4. Definindo o casamento.
Antes de falarmos sobre os problemas sexuais, é fundamental
definirmos o casamento.
A essência do casamento e da família é a aliança, ou seja um
compromisso pelo resto da vida baseando em fidelidade, confiança e
respeito.
Quatro bênçãos relacionadas às esferas de autoridade estabelecidas
por Deus funcionam como alicerces espirituais que irão definir o
sucesso do casamento.
5. A benção dos pais (família).
Na Bíblia, é fácil observar que a principal instituição
responsável pelo casamento é a própria família da pessoa.
Os casamentos nos tempos bíblicos eram realizados
mediante a aprovação dos pais, em casa.
Em Gênesis a Bíblia mostra essa ligação entre o
casamento e os pais:
“Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-
se-á à sua mulher, e serão uma só carne” Gn 2:24
O casamento se resume na emancipação, ou seja, na
autorização dos pais para deixá-los, em honra, assumindo
diante de Deus uma aliança até que a morte os separe.
6. A benção sacerdotal (igreja).
O conselho dos líderes e pastores é essencial para
confirmar um passo tão importante como é o casamento.
Qualquer advertência nesse sentido deve ser levada a
sério.
A bênção judicial (governo).
Faz parte do dever civil e bíblico de se submeter às
autoridades instituídas por Deus.
Isso traz uma proteção legal.
O não casamento no cartório estabelece uma situação
espiritual ilegítima em relação ao casamento, ou seja, o
amasiamento.
7. A benção sexual (aliança).
É estabelecida pela pureza e fidelidade conjugal.
A intimidade sexual sanciona e renova uma aliança de
sangue entre o casal, construindo a condição espiritual de
uma só carne, uma só alma, a afinidade conjugal:
“...porque, como foi dito, os dois serão uma só carne”
I Co 6:16
Normalmente, quando a vida sexual dentro do casamento
acaba, é sinal que esse casamento está seriamente
danificado, adoecido e em perigo.
Casamento sem sexo está deixando de ser casamento. As
questões e contaminações relacionadas à vida sexual das
pessoas precisam ser bem resolvidas.
9. Quase sempre as pessoas estão em conflito com essas
questões.
O que pode e o que não pode na intimidade conjugal?
O sexo oral é pecado?
O sexo anal é pecado?
Na realidade os maiores problemas e as culpas de um
casal no relacionamento conjugal é os abusos de líderes
despreparados no aconselhamento.
Quando qualquer líder ou conselheiro cristão começa a
doutrinar como deve ser a intimidade sexual de um casal
está cruzando uma linha perigosa, podendo cometer um
abuso espiritual.
Nessas questões, é melhor deixar a bíblia falar.
10. A primeira consideração relevante que devemos entender
é que quando a bíblia fala de proibição de sexo oral e anal
está falando da prática homossexual.
“pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até
as suas mulheres mudaram o uso natural no que é
contrário à natureza; semelhantemente, também os
varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram
em sua sensualidade uns para com os outros, varão com
varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a
devida recompensa do seu erro” Rm 1:26-27
Não dá para associar esse texto ao casamento. Também,
quando a bíblia fala sobre a sodomia, é importante
entender que sodomia está descontextualizada do
casamento.
O conceito de sodomia tem a sua origem na bíblia.
11. A história da sodomia está essencialmente ligada ao
homossexualismo, ou seja, quando os habitantes de
Sodoma chegaram a recusar a proposta de Ló em relação
às filhas, cobiçando sexualmente os varões que hospedara
em sua casa.
Não encontramos na bíblia o conceito de sodomia
vinculado ao casamento.
12. Basicamente, em relação ao sexo, a bíblia estabelece duas
condições fundamentais.
A primeira condição é o casamento.
Qualquer tipo de intimidade sexual fora do casamento é
pecado, e certamente trará consequências espirituais e
sociais destruidoras.
Você pode encontrar em toda a bíblia inúmeras restrições
e proibições para o sexo fora do casamento.
Porém no contexto do casamento, você não vai achar
nenhuma referência bíblica regulamentando ou
restringindo o que um casal pode ou não pode fazer na
sua intimidade sexual.
13. A segunda condição, depende da primeira, é o consenso.
Quem ama respeita. Quando não existe respeito ou
conivência, haverá violência. Onde existe violência haverá
sofrimento.
Não existe prazer sem respeito. Havendo consenso, a
intimidade sexual dentro do casamento não encontra
regras ou restrições bíblicas.
Na verdade só existe uma restrição que é para à
abstinência sexual (I Co 7:5), que deve ser feita em comum
acordo, por um tempo que não seja longo, e com a
motivação de consagração e oração.