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BNCC – ENSINO FUNDAMENTAL I
ENSINO DE HISTÓRIA E DE
GEOGRAFIA
CRÍTICAS
PROFª ME. MARIA CRISTINA BORTOLOZO
• Aprovação aligeirada após oito meses de análise, trâmite
verticalizado (influência do MEC), pouca transparência geraram
pareceres contrários a aprovação: Aurina de Oliveira Santana,
Malvina Tania Tuttman e Márcia Ângela da Silva Aguiar,
• insiste em uma visão fragmentada do conhecimento;
• Invisibiliza as questões de gênero e orientação sexual ;
• enfatiza o ensino religioso
• antecipa a idade máxima para conclusão do processo
de ALFABETIZAÇÃO, ignorando as especificidades de
aprendizagem de cada aluno.
DEBATE
• Chico Soares (Conselho Nacional de Educação-CNE): A
BNCC é uma conquista - “A Base é importante porque
especifica direitos e esse é o primeiro passo para garanti-
los. Agora, concordo que ela é imperfeita e que é fruto de
um processo também imperfeito”, afirmou no 3º Seminário
Internacional de Educação Integral ;
• Daniel Cara (coordenador geral da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação): a considera ilegítima. “[A Base é]
falsamente participativa, obscurantista e submissa à lógica
das avaliações em larga escola”, em sua página no
Facebook;
PROBLEMAS
• Ensino Religioso: passa a ser uma área de conhecimento, como
Matemática ou Linguagens, de oferta pelas escolas obrigatória e
matrícula optativa por parte dos alunos;
• o texto aprovado menciona o “direito à liberdade de consciência
e de crença”, o “combate a intolerância, a discriminação e a
exclusão”, que as aulas devem partir de “pressupostos éticos e
científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção”.
*** O Supremo Tribunal Federal entendeu que escolas públicas
podem optar por ensinar uma religião específica para seus
alunos;
• foi inserido às pressas e não esclarece qual formação deve ter o
professor que lecionará essa aula.
• Gênero e sexualidade
• Suprimiu o debate sobre as questão de gênero – excluíram
os termos “orientação sexual” e “identidade de gênero;
• Alfabetização até o 2º ano
• a antecipação do 3º para o 2º ano do Ensino Fundamental;
• reduz o conceito de criança alfabetizada a uma noção já
superada de instrumentalização das práticas de leitura e
escrita;
• alterou a meta sem o acompanhamento proporcional de
investimento que subsidiem as condições básicas o objetivo.
PARECERES CONTRÁRIOS
• http://fnpe.com.br/wp-content/uploads/2017/12/pedido-de-
vistas-das-conselheiras.pdf
• https://anpuh.org.br/index.php/bncc-historia/item/3323-
relato-da-ii-jornada-de-historia-da-anpuh-rio-discussao-da-
bncc
• http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/Parecer_1
0_HI_Julia_Siqueira_da_Rocha.pdf
• https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/23781
-existem inúmeras críticas disponíveis na Internet, listamos
alguns para início da pesquisa.
DECLARAÇÕES DE VOTO
Conselheira Márcia Angela da Silva Aguiar: Declaro meu voto contrário ao
Parecer referente à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresentado
pelos Conselheiros Relatores da Comissão Bicameral da BNCC, José Francisco
Soares e Joaquim José Soares Neto, alegando que o mesmo rompe com o
princípio conceitual de Educação Básica ao excluir a etapa do Ensino Médio e
minimizar a modalidade EJA, e a especificidade da educação no campo;
desrespeita o princípio do pluralismo proposto pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB); fere o princípio de valorização das experiências
extraescolares; afronta o princípio da gestão democrática das escolas
públicas; atenta contra a organicidade da Educação Básica necessária à
existência de um Sistema Nacional de Educação (SNE). Declaro, ainda, que o
Conselho Nacional de Educação, ao aprovar o Anexo (documento – 3ª versão
da BNCC) apresentado pelo Ministério da Educação, com lacunas e
incompletudes, abdica do seu papel como órgão de Estado; fragiliza a
formação integral dos estudantes, além de ferir a autonomia dos profissionais
da Educação. Isto posto, reitero meu voto contrário à aprovação da Base
Nacional Comum Curricular nos termos dos Parecer, Resolução e Anexos
Conselheira Aurina Oliveira Santana
• Declaro que sou contrária à aprovação do Parecer da BNCC
por entender que o Ensino Médio deveria integrar a Base
Nacional Comum Curricular, e endosso integramente o
pronunciamento da Conselheira Márcia Angela da Silva
Aguiar. Dito isso, reitero o meu voto contrário ao Parecer e
Resolução nos termos em que foram apresentados.
Conselheira Malvina Tania Tuttman
• Declaro publicamente o meu voto divergente ao Perecer
apresentado, observando que o CNE deve exercer o papel
de órgão de Estado e não de governo, como demonstrou
e se manifestou neste momento ao aprovar documentos
incompletos. Considero, ainda, que o documento
relatado apresenta importantes limitações, entre elas a
ruptura da Educação Básica. Com esses argumentos,
reitero o meu posicionamento contrário ao Parecer, por
ser favorável ao diálogo democrático e republicano,
como princípio que fundamenta a minha trajetória de
quase cinquenta anos com professora deste país.
Concluo, afirmando que lutarei para que o diálogo
democrático e republicano aconteça em todos os espaços
e recantos do Brasil, inclusive neste colegiado.
PROBLEMAS PARA O ENSINO DE
HISTÓRIA
• http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/relatori
os-
analiticos/Parecer_10_HI_Julia_Siqueira_da_Rocha.pdf
• https://anpuh.org.br/index.php/bncc-
historia/item/3323-relato-da-ii-jornada-de-historia-
da-anpuh-rio-discussao-da-bncc
ANPUH-RIO NA II JORNADA DE HISTÓRIA DA
ANPUH-RIO: DISCUSSÃO DA BNCC Entre outras
críticas• REPUDIOU a inclusão do componente curricular “Ensino Religioso” que afronta o
princípio da laicidade na Educação;
• Persiste a perspectiva eurocêntrica, mesmo que a construção do currículo seja a
partir da História do Brasil;
• emprego pouco problematizado e equivocado de noções como as de patrimônio e
cultura;
• o empobrecimento: a abordagem de diversos conteúdos partem exclusivamente de
seus nexos com a história brasileira e a perspectiva reducionista da História da África,
reforçando o estereótipo que associa aquele continente apenas à história da
escravidão.
• a proposta não contempla temas e problemáticas que possibilitem aos estudantes a
construção de alteridades;
• ausência das temáticas de gênero e de educação inclusiva;
• concepção prescritiva de cidadania; a menção a uma noção de história indígena,
referida apenas ao passado, que desconhece a diversidade desses povos e suas
transformações ao longo do tempo;
• não obediência às Leis 10.639/03 e 11.645/08, em função da limitação da temática da
história africana e da cultura afro-brasileira ao 1º ano do Ensino Médio; e a ausência
• o papel preponderante das fundações privadas (ferindo o
caráter público da educação) e sua submissão da lógica do
currículo prescrito à definição de "descritores" e "parâmetros"
voltados antes aos exames nacionais e às avaliações externas
que à formação integral do aluno, o que confronta a
autonomia docente e dos espaços escolares;
• Denunciaram a condução pouco democrática e apressada do
processo da consulta pública do documento : o alijamento
dos professores da Educação Básica na discussão e a falta de
transparência quanto aos critérios que nortearam a
composição da comissão de especialistas e a seleção dos
leitores críticos;
PARECER DE JÚLIA SIQUEIRA DA ROCHA
• Compartimentaliza os conteúdos em 3 áreas COMPETÊNCIAS PESSOAIS E
SOCIAIS (SOC); COMPETÊNCIAS COGNITIVAS (COG); COMPETÊNCIAS
COMUNICATIVAS (COM).
“no texto introdutório da BNCC, na p. 3 parágrafo 4°, há inadequação no uso
do termo “tolerância recíproca em que se assenta a vida social e a formação
ética...” A convivência social com as diversidades prescinde de respeito e não
de tolerância. Todas as legislações que buscam equidade de direitos nas
diversidades apontam mudanças nos paradigmas educacionais como as da
Educação Indígena, Educação Quilombola, Educação da Relações Étnico-
Raciais, direito a adoção do nome social em ambiente escolar dentre outras,
pontuam que os saberes qualificados sobre estas diversidades organizam o
respeito ao outro e permitem relações solidárias o que se distancia desta
ideia de tolerância em que o outro é apenas suportado.”
“o texto introdutório de história está mais focado na
temporalidade apagando as diferentes origens sociais das
quais os sujeitos se constituem em todos os tempos históricos.
Exemplifico: no sexto parágrafo encontramos “...devem
reconhecer que os homens e mulheres agem de acordo com a
época em que vivem, de forma diferenciada preservando ou
transformando seus hábitos e condutas”. Ainda que a época
atue sobre os humanos, a origem deles será fator
preponderante sobre suas ações. Da forma como está descrito
abstrai-se as determinações sociais e centraliza-se no tempo.
Como sabemos é necessário cruzar ambos os referenciais
históricos e sociológicos.”
CRÍTICAS SOBRE A BNCC E O
ENSINO DE GEOGRAFIA
• https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/237
81
• http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/relatori
os-analiticos/Jose_Eustaquio_de_Sene_Geografia.pdf
• José Eustáquio tece elogios à BNCC, mas levanta inúmeros
problemas no que se refere ao ensino de Geografia
a)1º ano: Aborda a relação entre as pessoas no lugar, dando ênfase à
diversidade. O objetivo é vago. O termo “migrantes”, no caso do objetivo
a seguir, é de se supor que define populações que se deslocaram apenas
dentro do território brasileiro e nesse caso o recorte é étnico ou regional?
Por que não se menciona os imigrantes?
b) 2º ano Trata das relações sociais, destacando as diferenças entre cidade
e campo; propõe ainda a diferenciação de paisagens naturais e culturais,
rurais e urbanas - dificuldade pela opção pelas quatro dimensões
formativas: a consecução desse objetivo requer conhecimentos e
procedimentos que alunos de 2º ano ainda não possuem.
- Objetivos muito vagos dificultam o trabalho docentes.
JOSÉ EUSTÁQUIO DE SENE, IDENTIFICA MUITOS
PROBLEMAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA
NA BNCC, ENTRE ELES:
• o conceito de migrante não está muito claro. Populações indígenas e
africanas (na realidade, afrodescendentes) podem também ser migrantes.
É de se supor, então, que o recorte para migrantes é regional, não étnico.;
c) 3º ano:
• Introduz o conceito de território na análise socioespacial, no entanto,
não fica explícito qual é a esfera territorial abordada;
• Problemas: o uso dos conceitos de paisagem e lugar., explorando
informações em imagens (fotografias, de satélite?), mapas, gráficos etc. é
preciso antes dominar os signos dessa linguagem, o que passa pelo
processo de alfabetização cartográfica;
“A maioria dos alunos não vai conseguir “localizar e conhecer comunidades
indígenas e africanas”. A propósito, o que seria “comunidades africanas”?
Quilombolas? Os brasileiros descendentes de africanos guardam essa
ancestralidade, mas não constituem “comunidades africanas”, excetuando os
quilombolas, que ainda assim são brasileiros afrodescendentes. Vale lembrar
que os antepassados dos brasileiros afrodescendentes também foram
imigrantes. Geralmente e erroneamente se utiliza o conceito de imigrante
apenas aos povos europeus e asiáticos, no entanto, os povos africanos que
para cá vieram também foram imigrantes, ainda que condição de cativos”
DANIEL CARA
HTTPS://DANIELCARA.BLOGOSFERA.UOL.COM.BR/2
017/12/20/BNCC-O-QUE-PAULO-FREIRE-E-ANISIO-
TEIXEIRA-DIRIAM-SOBRE-A-BASE-CURRICULAR/
“A base curricular praticamente recria a experiência de séries no ensino
fundamental, conflitando com a lógica pedagogicamente mais avançada
de ciclos. Orientada por supostos direitos de aprendizagem, a BNCC
reduz o trabalho pedagógico dos professores com os alunos a uma lista
de conteúdos que devem ser cumpridos e
(equivocadamente) transmitidos, tornando o processo de ensino-
aprendizagem mimético, irrefletido e irrealizável. Professores com boa
formação serão capazes de superar a BNCC, mas – no início –
educadores com déficit formativo serão pressionados a se submeter a
ela, sendo impelidos a seguir à risca o instrumento curricular que será
tomado como uma mera receita. Se isso funcionasse, o que obviamente
não é o caso, os estudantes poderiam ser ensinados eficientemente por
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Bncc 7periodo

  • 1. BNCC – ENSINO FUNDAMENTAL I ENSINO DE HISTÓRIA E DE GEOGRAFIA CRÍTICAS PROFª ME. MARIA CRISTINA BORTOLOZO
  • 2. • Aprovação aligeirada após oito meses de análise, trâmite verticalizado (influência do MEC), pouca transparência geraram pareceres contrários a aprovação: Aurina de Oliveira Santana, Malvina Tania Tuttman e Márcia Ângela da Silva Aguiar, • insiste em uma visão fragmentada do conhecimento; • Invisibiliza as questões de gênero e orientação sexual ; • enfatiza o ensino religioso • antecipa a idade máxima para conclusão do processo de ALFABETIZAÇÃO, ignorando as especificidades de aprendizagem de cada aluno.
  • 3. DEBATE • Chico Soares (Conselho Nacional de Educação-CNE): A BNCC é uma conquista - “A Base é importante porque especifica direitos e esse é o primeiro passo para garanti- los. Agora, concordo que ela é imperfeita e que é fruto de um processo também imperfeito”, afirmou no 3º Seminário Internacional de Educação Integral ; • Daniel Cara (coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação): a considera ilegítima. “[A Base é] falsamente participativa, obscurantista e submissa à lógica das avaliações em larga escola”, em sua página no Facebook;
  • 4. PROBLEMAS • Ensino Religioso: passa a ser uma área de conhecimento, como Matemática ou Linguagens, de oferta pelas escolas obrigatória e matrícula optativa por parte dos alunos; • o texto aprovado menciona o “direito à liberdade de consciência e de crença”, o “combate a intolerância, a discriminação e a exclusão”, que as aulas devem partir de “pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção”. *** O Supremo Tribunal Federal entendeu que escolas públicas podem optar por ensinar uma religião específica para seus alunos; • foi inserido às pressas e não esclarece qual formação deve ter o professor que lecionará essa aula.
  • 5. • Gênero e sexualidade • Suprimiu o debate sobre as questão de gênero – excluíram os termos “orientação sexual” e “identidade de gênero; • Alfabetização até o 2º ano • a antecipação do 3º para o 2º ano do Ensino Fundamental; • reduz o conceito de criança alfabetizada a uma noção já superada de instrumentalização das práticas de leitura e escrita; • alterou a meta sem o acompanhamento proporcional de investimento que subsidiem as condições básicas o objetivo.
  • 6. PARECERES CONTRÁRIOS • http://fnpe.com.br/wp-content/uploads/2017/12/pedido-de- vistas-das-conselheiras.pdf • https://anpuh.org.br/index.php/bncc-historia/item/3323- relato-da-ii-jornada-de-historia-da-anpuh-rio-discussao-da- bncc • http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/Parecer_1 0_HI_Julia_Siqueira_da_Rocha.pdf • https://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/23781 -existem inúmeras críticas disponíveis na Internet, listamos alguns para início da pesquisa.
  • 7. DECLARAÇÕES DE VOTO Conselheira Márcia Angela da Silva Aguiar: Declaro meu voto contrário ao Parecer referente à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresentado pelos Conselheiros Relatores da Comissão Bicameral da BNCC, José Francisco Soares e Joaquim José Soares Neto, alegando que o mesmo rompe com o princípio conceitual de Educação Básica ao excluir a etapa do Ensino Médio e minimizar a modalidade EJA, e a especificidade da educação no campo; desrespeita o princípio do pluralismo proposto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); fere o princípio de valorização das experiências extraescolares; afronta o princípio da gestão democrática das escolas públicas; atenta contra a organicidade da Educação Básica necessária à existência de um Sistema Nacional de Educação (SNE). Declaro, ainda, que o Conselho Nacional de Educação, ao aprovar o Anexo (documento – 3ª versão da BNCC) apresentado pelo Ministério da Educação, com lacunas e incompletudes, abdica do seu papel como órgão de Estado; fragiliza a formação integral dos estudantes, além de ferir a autonomia dos profissionais da Educação. Isto posto, reitero meu voto contrário à aprovação da Base Nacional Comum Curricular nos termos dos Parecer, Resolução e Anexos
  • 8. Conselheira Aurina Oliveira Santana • Declaro que sou contrária à aprovação do Parecer da BNCC por entender que o Ensino Médio deveria integrar a Base Nacional Comum Curricular, e endosso integramente o pronunciamento da Conselheira Márcia Angela da Silva Aguiar. Dito isso, reitero o meu voto contrário ao Parecer e Resolução nos termos em que foram apresentados.
  • 9. Conselheira Malvina Tania Tuttman • Declaro publicamente o meu voto divergente ao Perecer apresentado, observando que o CNE deve exercer o papel de órgão de Estado e não de governo, como demonstrou e se manifestou neste momento ao aprovar documentos incompletos. Considero, ainda, que o documento relatado apresenta importantes limitações, entre elas a ruptura da Educação Básica. Com esses argumentos, reitero o meu posicionamento contrário ao Parecer, por ser favorável ao diálogo democrático e republicano, como princípio que fundamenta a minha trajetória de quase cinquenta anos com professora deste país. Concluo, afirmando que lutarei para que o diálogo democrático e republicano aconteça em todos os espaços e recantos do Brasil, inclusive neste colegiado.
  • 10. PROBLEMAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA • http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/relatori os- analiticos/Parecer_10_HI_Julia_Siqueira_da_Rocha.pdf • https://anpuh.org.br/index.php/bncc- historia/item/3323-relato-da-ii-jornada-de-historia- da-anpuh-rio-discussao-da-bncc
  • 11. ANPUH-RIO NA II JORNADA DE HISTÓRIA DA ANPUH-RIO: DISCUSSÃO DA BNCC Entre outras críticas• REPUDIOU a inclusão do componente curricular “Ensino Religioso” que afronta o princípio da laicidade na Educação; • Persiste a perspectiva eurocêntrica, mesmo que a construção do currículo seja a partir da História do Brasil; • emprego pouco problematizado e equivocado de noções como as de patrimônio e cultura; • o empobrecimento: a abordagem de diversos conteúdos partem exclusivamente de seus nexos com a história brasileira e a perspectiva reducionista da História da África, reforçando o estereótipo que associa aquele continente apenas à história da escravidão. • a proposta não contempla temas e problemáticas que possibilitem aos estudantes a construção de alteridades; • ausência das temáticas de gênero e de educação inclusiva; • concepção prescritiva de cidadania; a menção a uma noção de história indígena, referida apenas ao passado, que desconhece a diversidade desses povos e suas transformações ao longo do tempo; • não obediência às Leis 10.639/03 e 11.645/08, em função da limitação da temática da história africana e da cultura afro-brasileira ao 1º ano do Ensino Médio; e a ausência
  • 12. • o papel preponderante das fundações privadas (ferindo o caráter público da educação) e sua submissão da lógica do currículo prescrito à definição de "descritores" e "parâmetros" voltados antes aos exames nacionais e às avaliações externas que à formação integral do aluno, o que confronta a autonomia docente e dos espaços escolares; • Denunciaram a condução pouco democrática e apressada do processo da consulta pública do documento : o alijamento dos professores da Educação Básica na discussão e a falta de transparência quanto aos critérios que nortearam a composição da comissão de especialistas e a seleção dos leitores críticos;
  • 13. PARECER DE JÚLIA SIQUEIRA DA ROCHA • Compartimentaliza os conteúdos em 3 áreas COMPETÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAIS (SOC); COMPETÊNCIAS COGNITIVAS (COG); COMPETÊNCIAS COMUNICATIVAS (COM). “no texto introdutório da BNCC, na p. 3 parágrafo 4°, há inadequação no uso do termo “tolerância recíproca em que se assenta a vida social e a formação ética...” A convivência social com as diversidades prescinde de respeito e não de tolerância. Todas as legislações que buscam equidade de direitos nas diversidades apontam mudanças nos paradigmas educacionais como as da Educação Indígena, Educação Quilombola, Educação da Relações Étnico- Raciais, direito a adoção do nome social em ambiente escolar dentre outras, pontuam que os saberes qualificados sobre estas diversidades organizam o respeito ao outro e permitem relações solidárias o que se distancia desta ideia de tolerância em que o outro é apenas suportado.”
  • 14. “o texto introdutório de história está mais focado na temporalidade apagando as diferentes origens sociais das quais os sujeitos se constituem em todos os tempos históricos. Exemplifico: no sexto parágrafo encontramos “...devem reconhecer que os homens e mulheres agem de acordo com a época em que vivem, de forma diferenciada preservando ou transformando seus hábitos e condutas”. Ainda que a época atue sobre os humanos, a origem deles será fator preponderante sobre suas ações. Da forma como está descrito abstrai-se as determinações sociais e centraliza-se no tempo. Como sabemos é necessário cruzar ambos os referenciais históricos e sociológicos.”
  • 15. CRÍTICAS SOBRE A BNCC E O ENSINO DE GEOGRAFIA • https://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/237 81 • http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/relatori os-analiticos/Jose_Eustaquio_de_Sene_Geografia.pdf • José Eustáquio tece elogios à BNCC, mas levanta inúmeros problemas no que se refere ao ensino de Geografia
  • 16. a)1º ano: Aborda a relação entre as pessoas no lugar, dando ênfase à diversidade. O objetivo é vago. O termo “migrantes”, no caso do objetivo a seguir, é de se supor que define populações que se deslocaram apenas dentro do território brasileiro e nesse caso o recorte é étnico ou regional? Por que não se menciona os imigrantes? b) 2º ano Trata das relações sociais, destacando as diferenças entre cidade e campo; propõe ainda a diferenciação de paisagens naturais e culturais, rurais e urbanas - dificuldade pela opção pelas quatro dimensões formativas: a consecução desse objetivo requer conhecimentos e procedimentos que alunos de 2º ano ainda não possuem. - Objetivos muito vagos dificultam o trabalho docentes. JOSÉ EUSTÁQUIO DE SENE, IDENTIFICA MUITOS PROBLEMAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NA BNCC, ENTRE ELES:
  • 17. • o conceito de migrante não está muito claro. Populações indígenas e africanas (na realidade, afrodescendentes) podem também ser migrantes. É de se supor, então, que o recorte para migrantes é regional, não étnico.; c) 3º ano: • Introduz o conceito de território na análise socioespacial, no entanto, não fica explícito qual é a esfera territorial abordada; • Problemas: o uso dos conceitos de paisagem e lugar., explorando informações em imagens (fotografias, de satélite?), mapas, gráficos etc. é preciso antes dominar os signos dessa linguagem, o que passa pelo processo de alfabetização cartográfica;
  • 18. “A maioria dos alunos não vai conseguir “localizar e conhecer comunidades indígenas e africanas”. A propósito, o que seria “comunidades africanas”? Quilombolas? Os brasileiros descendentes de africanos guardam essa ancestralidade, mas não constituem “comunidades africanas”, excetuando os quilombolas, que ainda assim são brasileiros afrodescendentes. Vale lembrar que os antepassados dos brasileiros afrodescendentes também foram imigrantes. Geralmente e erroneamente se utiliza o conceito de imigrante apenas aos povos europeus e asiáticos, no entanto, os povos africanos que para cá vieram também foram imigrantes, ainda que condição de cativos”
  • 19. DANIEL CARA HTTPS://DANIELCARA.BLOGOSFERA.UOL.COM.BR/2 017/12/20/BNCC-O-QUE-PAULO-FREIRE-E-ANISIO- TEIXEIRA-DIRIAM-SOBRE-A-BASE-CURRICULAR/ “A base curricular praticamente recria a experiência de séries no ensino fundamental, conflitando com a lógica pedagogicamente mais avançada de ciclos. Orientada por supostos direitos de aprendizagem, a BNCC reduz o trabalho pedagógico dos professores com os alunos a uma lista de conteúdos que devem ser cumpridos e (equivocadamente) transmitidos, tornando o processo de ensino- aprendizagem mimético, irrefletido e irrealizável. Professores com boa formação serão capazes de superar a BNCC, mas – no início – educadores com déficit formativo serão pressionados a se submeter a ela, sendo impelidos a seguir à risca o instrumento curricular que será tomado como uma mera receita. Se isso funcionasse, o que obviamente não é o caso, os estudantes poderiam ser ensinados eficientemente por máquinas e não por seres humanos....