O documento discute temas relacionados à identidade humana, relações interpessoais e sociedade. Aborda o homem como um ser social, emocional e histórico, e explora questões sobre quem ele é e o que o constitui. Também reflete sobre a identidade feminina e a importância de se construir um projeto de vida.
O porquê dos nossos sentimentos: por que eles existem?
F O R M AÇÃ O H U M A N A
1. _______________________________________________________SUMÁRIO
CAPITULO I – O Homem e sua identidade...................................................01
CAPITULO II – Relações humanas e comunicação......................................12
CAPITULO III – Cidadania.............................................................................27
CAPITULO IV – Ética......................................................................................42
CAPITULO V – Mercado de Trabalho...........................................................52
CAPITULO VI – Saúde....................................................................................77
CAPITULO VII – Violência.............................................................................94
CAPITULO VIII – Meio Ambiente.................................................................97
2. O HOMEM E SUA IDENTIDADE - I
O HOMEM E O MUNDO EM QUE VIVEMOS
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo
e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los.
Passava dias em seu laboratório em busca de respostas
para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário
decidido a ajudá-lo a trabalhar.
O cientista nervoso pela interrupção,
tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo,
o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho
com o objetivo de distrair sua atenção.
De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava!
Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e,
junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
-Você gosta de quebra-cabeças?
Então vou lhe dar o mundo para consertar.
Aqui está o mundo todo quebrado.
Veja se consegue consertá-lo bem direitinho!
Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa.
Algumas horas, depois,
ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
-Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho.
Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor
um mapa que jamais havia visto.
Relutante, o cientista levantou os olhos
de suas anotações, certo de que veria um trabalho
digno de uma criança.
Para sua surpresa, o mapa estava completo.
Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
-Pai , eu não sabia como era o mundo,
mas quando você tirou o papel da revista para recortar,
eu vi que do outro lado havia a figura de um homem.
Quando você me deu o mundo para consertar,
eu tentei mas não consegui.
Foi aí que me lembrei do homem,
virei os recortes e comecei a consertar
o homem que eu sabia como era.
Quando consegui consertar o homem,
virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
Autor Desconhecido
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3. COMPREENDENDO O HOMEM E SUA IDENTIDADE
Quem é o homem? O que o constitui? Ao procurarmos a resposta
para estas questões passamos a nos movimentar em um terreno
instável, composto por respostas superficiais, afirmações subjetivas
ou doutrinárias que não resistem a uma reflexão cuidadosa sobre a
experiência pessoal e nos remetem ao domínio da incerteza.
O homem não sabe quem ele é não sabe para onde vai, qual é o sentido dos pequenos e
grandes fatos que se sucede em sua existência e, mais grave ainda, afasta estas questões de
seu horizonte no cotidiano, tornando-se uma pálida imagem daquilo que está chamado a ser.
O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem
tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o
trabalho e tantos outros. Pois o mesmo não vive isolado, mas em permanente contato com os
outros homens.
A pessoa humana é um ser social por natureza, necessita da vida social porque ninguém é
auto-suficiente. Por isso, tem a tendência natural que impulsiona a associar-se com o desejo
de alcançar objetivos que excedem as capacidades individuais. A família e a cidade são
sociedades que diretamente correspondem à natureza do homem, e outras ações com fins
econômicos, culturais, esportivos e outros expressam também a necessidade do homem de
viver em sociedade.
Alem de ser social o homem também é um ser consciente e quanto maior a consciência maior
a qualidade do convívio social. A consciência significa uma visão clara do mundo
circundante complementado por uma análise lúcida de sua relação com esse mundo. Quanto
maior a lucidez, maior e melhor sua relação com o semelhante, seja o irmão, o colega, o
cliente ou o estranho. O que não se deve esquecer é que, ninguém nasce lúcido e ninguém
compra lucidez no varejo. A lucidez é construída com esforço através da educação, aquela
educação completa que é para a vida toda e que às vezes leva uma vida para se completar.
Ele está em contínuo processo de interação com o outro. Daí, ser um
ser de relações, de diálogo, de participação e de comunicação.
Portanto, um ser social, que se traduz no cotidiano, através da vida
em grupo e, através dessa convivência, esse homem passa a
concretizar a sua existência, produzindo, recriando e realizando-se
nas suas relações com o outro.
O homem é inteligente, um inventor, um ser criador de novos mundos dentro de seu interior,
o ser humano é capaz de entender o universo e a si mesmo. É com a inteligência que ele
sintetiza tudo o que capta através dos sentidos e de outras faculdades, fazendo suas análises e
criticas.
O homem e um ser de emoções, onde em um sentido restrito, são expressões afetivas
acompanhadas de reações intensas e breves do organismo em resposta a um acontecimento
inesperado. Em sentido mais amplo, as emoções se referem ao conjunto da realidade humana
que se distingue do lógico. Elas dão colorido à vida humana.
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4. Fazem parte das emoções: as paixões, o prazer, a dor, o medo, as frustrações e a raiva.
Destaca-se com realce, o amor como estado emocional pelo qual se quer o bem do outro e a
união com ele. O amor requer reciprocidade, dar e receber.
O homem é um ser histórico, onde o mesmo é chamado para criar fatos e não sofrê-los. Não
deve ser arrastado pelos acontecimentos. Compete a ele programar a existência, saindo da
contemplação fatalista para uma ação de sujeito de si mesmo e de tudo que lhe diz respeito.
Mesmo que nem tudo ainda lhe seja compreensível e dominável. Está no homem o poder de
investigar, de não se abater e de sempre colocar um pequeno avanço para que a humanidade
vá, aos poucos, descortinando novos horizontes da vida e do mundo.
O homem sofre influências do mundo em que vive: do clima, da flora, da fauna, de outros
homens, dos astros, mas ele precisa ter consciência de que deve ser o sujeito de seus êxitos ou
fracassos. Não deve jogar a responsabilidade para fora de sim, como se fosse conduzido por
forças exteriores o ser humano é o que ele decide ser, pelo conjunto de suas ações.
Questões para serem refletidas e respondidas de acordo com o estudo do
texto acima
1. Quem é o Homem?
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2. O que o constitui?
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3. E, quem é você?
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4. Explique porque o homem é um ser social.
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5.
6. TEXTO PARA REFLEXÃO
IDENTIDADE FEMININA
A identidade é, antes de tudo, resultado de um processo histórico-
cultural. Nascemos com uma definição biológica, ou seja, homens ou
mulheres. Ou nascemos com uma definição racial: brancos, negros etc. E
sobre essas definições sexuais e raciais se construirá uma identidade
social para esses diferentes indivíduos, homens, mulheres, brancos e
negros. E essa identidade social será construída a partir de elementos
históricos, culturais, religiosos e psicológicos.
Isso tudo não seria problema se a diferença não fosse tida e vivida como inferioridade na
cultura ocidental, o que implica dizer que a identidade é também algo que se constrói em
oposição a alguma coisa, pressupondo, portanto, o outro. Nesse sentido a identidade feminina
se explicará em sua diferenciação em relação ao masculino. Portanto, seja numa visão
biológica, que define a mulher como inferior ao homem do ponto de vista da força física; seja
numa visão religiosa que identifica a mulher como subproduto do homem, já que foi
construída da costela de Adão; seja do ponto de vista cultural, que define um campo
especifico para a atividade feminina e outro, privilegiado, para a atividade masculina, todos
esses argumentos, na maioria pseudocientíficos, presta-se a construir uma identidade negativa
para a mulher e, assim, justificar os diversos níveis de subordinação e opressão a que as
mulheres estão submetidas e a promover, nelas, a aceitação de um papel subordinado
socialmente.
Os primeiros passos do movimento feminista no Brasil e no mundo expressam a intensa
revolta a esse processo de opressão e, como todo movimento de contestação, se constituiu na
recusa de todos os estereótipos tradicionais existentes sobre a mulher: contra o mito da
fragilidade, contra o confinamento da mulher ao espaço doméstico, contra a limitação da
mulher a mero agente reprodutor da espécie. E o rompimento com esses modelos nos situava
mais próximas do modelo da masculinidade. A evolução do movimento de mulheres nos
levou ao resgate desta dimensão feminina irrecusável: somos mulheres!
Temos útero e não pênis. Procriamos. Somos mulheres e pensamos. Somos mulheres e
estudamos. Somos mulheres e trabalhamos. Somos seres plenos de potencialidades,
exercendo uma cidadania de segunda classe.
7. PROJETO DE VIDA
O QUE É UM PROJETO DE VIDA?
Quando alguém pretende construir uma casa, um profissional será contratado para planejar
tudo que será necessário fazer antes de começar as obras. Este profissional irá também montar
um projeto baseado nos desejos de seu cliente. A partir deste projeto, ele terá uma noção de
quanto material será necessário e quantos trabalhadores serão contratados para construir a
obra em determinado período de tempo. Assim, quando a obra for iniciada, os trabalhadores
terão um plano, um projeto para seguir. Caso não houvesse esse planejamento prévio,
provavelmente os trabalhadores não saberiam como prosseguir, pois não saberia o que a
pessoa que encomendou a casa quer, muito menos haveria os recursos necessários para a
construção da casa. A casa, provavelmente nunca seria construída ou se fosse, com certeza
não iria satisfazer os desejos do cliente.
Na vida, ocorre algo similar. Possuímos muitas metas e planos que desejamos realizar. Temos
a opção de escolhermos o nosso destino e o nosso caminho. Queremos algo, entretanto,
inúmeras vezes escolhemos rotas que nos afastam de nosso objetivo maior ou ficamos
confusos em relação a qual caminho tomar, justamente por não ter planejado antes o que
realmente queremos.
Um Projeto de Vida é um plano colocado em papel para que possamos visualizar melhor os
caminhos que devemos seguir para alcançar nossos objetivos. Para isso, necessitamos saber
claramente quais são nossos objetivos e metas e, precisamos ter em mente também quais são
os nossos valores, pois são eles que direcionarão nossas vidas. Se nossas metas não estiverem
em congruência com nossos valores mais profundos, dificilmente estaremos satisfeitos com
nossas vidas. Mesmo alcançando as metas, se elas não estiverem em harmonia com o que
realmente nosso coração pede, sentiremos um vazio interior que poderá nos deixar confuso e
sem direção.
Dessa forma, conhecer-se, saber o que a vida realmente significa para você e conhecer seus
valores é de fundamental importância no planejamento do seu Projeto de Vida. Os valores
também podem e estão livres para serem modificados, pois a medida que evoluímos, nossos
valores também evoluem. Nada é estático.
Um Projeto de Vida pode ser dividido em 8 áreas ou saúdes:
• Saúde Física
• Saúde Espiritual
• Saúde Intelectual
• Saúde Familiar
• Saúde Social
• Saúde Financeira
• Saúde Profissional
• Saúde Ecológica
Para saber como montar um Projeto de Vida e o que focar em cada Saúde, leia o artigo
"Como montar um Projeto de Vida. "
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8. COMO MONTAR UM PROJETO DE VIDA
Existem diversas maneiras de montar um Projeto de Vida. Ensinaremos aqui uma maneira
básica, mas sinta-se a vontade para seguir sua própria intuição e fazer algo personalizado,
afinal de contas, é o Projeto de sua Vida.
Um Projeto de Vida pode ser feito utilizando um caderno ou um fichário. Coloque seu nome e
divida igualmente o caderno ou fichário em 8 partes que serão as 8 saúdes:
• Saúde Física
• Saúde Espiritual
• Saúde Intelectual
• Saúde Familiar
• Saúde Social
• Saúde Financeira
• Saúde Profissional
• Saúde Ecológica
Em cada uma das 8 saúdes você colocará as metas correspondentes. Siga o seu coração e
primeiramente coloque em cada área uma meta, objetivo ou sonho que você realmente deseja
alcançar. Medite tranquilize-se e entre em contato com seu ser mais profundo para descobrir o
que você realmente quer. A partir deste ponto, utilize a razão para questionar o que será
necessário fazer para alcançar tal meta. Cada resposta será uma nova meta para alcançar o seu
sonho. Determine uma data para que cada meta seja cumprida e escreva tudo em seu Projeto
de Vida. Você pode tanto colocar todas as metas uma embaixo da outra, ou colocar cada meta
em uma folha de papel separada, assim poderá ir destacando cada folha conforme alcançar
seus objetivos.
As 8 saúdes estão inter-relacionadas uma com outra, ou seja, para a conquista de uma meta
em uma área, talvez seja necessário colocar uma outra meta em outra área.
Exemplo de uma saúde de Projeto de Vida:
Saúde Física:
- Eu vou alcançar saudavelmente o peso de 70 kg até o dia;
- Eu tenho uma alimentação balanceada e saudável todos os dias a partir de hoje.
- Eu pratico caminhada pelo menos 30 minutos por dia a partir de hoje.
- Eu faço um check-up médico uma vez por ano.
Sobre as saúdes:
Saúde Física: está relacionado com o seu corpo físico. O nosso corpo é o meio pelo qual
podemos manifestar toda nossa essência. O que você anda fazendo para manter seu corpo
saudável?
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9. Saúde Espiritual: está relacionado com o seu auto-desenvolvimento como Ser. O que você
anda fazendo para manter sua paz de espírito, seu amor por você e pela vida? O que está
fazendo para entrar cada vez mais em contato com o seu coração?
Saúde Intelectual: está relacionado ao seu aprendizado. Quantos livros você tem lido? Tem
feito algum curso ultimamente relacionado a qualquer área de sua vida? Tem ido ao teatro,
concertos, cinema? O quanto tem estudado ultimamente?
Saúde Familiar: está relacionado aos relacionamentos familiares. Como você tem tratado os
familiares próximos de você? O que o está impedindo de ter um relacionamento mais
amoroso e harmonioso com todos os seus familiares?
Saúde Social: está relacionado com a sociedade como um todo. O que você tem feito para
viver numa sociedade mais justa? Tem doado seu tempo ou amor a alguma instituição de
caridade? O que tem feito para ajudar o próximo?
Saúde Financeira: está relacionado com suas finanças. Você tem planejado como vai poupar
dinheiro para o futuro? Aonde tem investido o seu dinheiro? Tem uma planilha de gastos e
lucros?
Saúde Profissional: está relacionado com sua carreira. Você está na profissão que deseja?
Você sabe qual o seu objetivo e o que você realmente quer? Pretende mudar de profissão?
Pretende crescer na profissão que está? Qual é a motivação (motivo para ação) que o faz estar
nesta profissão?
Saúde Ecológica: está relacionado com a natureza e o planeta Terra. O que você tem feito
para viver em harmonia com a natureza? Tem algum programa de coleta seletiva de lixo?
Como está o consumo de água em sua residência? Tem desperdiçado água? O que você tem
feito para cuidar do meio-ambiente em que vivemos?
Dicas Extras
• Escreva cada meta no presente, ou seja, como se já estivesse acontecendo. Ex: Tenho uma
saúde perfeita.
• Escreva cada meta afirmativamente, ou seja, escreva aquilo que você quer e não aquilo que
você não quer. Ex: Sou uma pessoa magra.
• Comemore cada meta alcançada dando um presente à si mesmo.
• Trate com muito carinho seu Projeto de Vida e leia-o sempre que possível em voz e
mentalmente, visualizando cada meta como se ela já estivesse acontecida.
Autor: Saulo Nagamori Fong - Coordenardor do Instituto União é Ser Humano, Educador, Fotógrafo, Coach e
Palestrante com abordagem psico-corporaL.
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10. A FAMILIA E A SOCIEDADE
Fábula da Convivência
Durante uma glaciação muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de
gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do
clima hostil.
Foi então, que uma grande vara de porcos-espinhos, em uma tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se
unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e, juntos, bem unidos
agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida
ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos justamente aqueles que lhes
forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. Afastaram-se feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito… mas, essa não
foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrerem congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que,
unidos, cada qual conservou uma distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para
sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram.
O QUE É FAMILIA:
A primeira sociedade organizada no mundo é a família, base de todas
as outras sociedades, que se inicia com o matrimônio (independente se
de fato ou de direito) é, teoricamente, formada pelos pais e filhos.
Tendo, o amor recíproco entre eles, a confiança, a cooperação, o
respeito, a obediência, a compreensão e a tolerância mútua como
preceitos básicos para que a família continue a existir.
A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras
pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados
por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou
adoção.
Vamos entender melhor: pai, mãe e os filhos. O pai trabalha, a mãe ocupa-se da gestão da
casa e da educação dos filhos. Este era até a não muito tempo atrás o modelo de família
perfeito. Contudo, nas últimas décadas do século XX este modelo veio sofrendo alterações
profundas que acompanharam também o evoluir da sociedade moderna. Hoje em dia são
variadas as questões com que o tradicional modelo familiar se debate. Isto não significa que,
anteriormente, estas questões não existissem já no seio familiar, a diferença está em que,
atualmente, ela são alvo de uma discussão mais aberta a nível social.
Percebe-se daí que, a família de hoje já não é a mesma de ontem, muita
coisa mudou na prática, as relações, os papéis dos genitores, filhos e até
mesmo o conceito do que venha a ser família hoje.
Diante disso é importante saber que se mudou o conceito de família, ou seja,
pra se ter uma família não significar necessariamente ser casado com uma
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11. pessoa do sexo oposto, mas sim ser mãe solteira, juntar com uma pessoa do sexo oposto sem
ser preciso a cerimônia na Igreja ou assinar os papeis no cartório, se relacionar com pessoas
do mesmo sexo, mãe adotiva, morar com a avó dentre outros, pois antes, uma união que não
fosse formada pelo casamento formal, era considerada família ilegítima, da mesma forma,
filho ilegítimo.
O importante é valorizar a nossa família e preservar os preceitos básicos como: o amor
recíproco entre os membros da família, a confiança, a cooperação, o respeito, a obediência, a
compreensão e a tolerância mútua, pois a família é a base, é ela que nos apóia nos momentos
mais difíceis da nossa vida.
Nos dias atuais o que se observa é que esses preceitos básicos que é muito importante estão
caindo por terra. O que se ver hoje é a falta de respeito, a intolerância, os filhos cada vez mais
desobedientes e violentos com os membros da família, ou seja, os valores estão se perdendo e
as famílias se desestruturando por conta disso.
FAMILIA, ONTEM, HOJE, AMANHÃ E SEMPRE.
A família constitui, desde sempre, uma célula fundamental da
sociedade e assume um predomínio decisivo no desenvolvimento
integral das pessoas, com repercussões no desenvolvimento
harmonioso das comunidades em que se integram, sendo
imperioso reconhecer as funções específicas que desempenha e
estimula a realização plena dessas funções.
Porém, os maiores conflitos hoje existentes na sociedade decorrem de um desajuste nesse
ambiente familiar. Isto é um fato, e temos presenciado homicídios, furtos e delitos sexuais
causados por pessoas sem uma identidade familiar. A construção de um caráter sólido e justo
está vinculada ao meio familiar e reflete no cotidiano da sociedade.
O diálogo está associado a um bom convívio e entrosamento entre todos os membros de uma
família. Cada vez mais, o ritmo dessa vida nos leva a darmos prioridade ao trabalho e ao
dinamismo esmagador destes tempos, em detrimento dos reais valores dessa vida.
A família é a realidade permanente mais importante para a pessoa e para a sociedade, porque,
é no âmbito da família que o homem recebe as primeiras noções do BEM e da VERDADE,
aprende a AMAR e SER AMADO e o pleno significado de SER PESSOA. Por isso tem-se
que parar e refletir, à que estamos dando maior estima nessa nossa curta passagem por esta
vida? Podemos responder a esta pergunta, simplesmente olhando a história da nossa vida
passada e presente, reavaliado decisões do ontem e observando suas conseqüências no hoje.
Nada é tão simples como o que está escrito, a prática é muito mais complicada e pode levar
tempo para surtir efeito com eficácia.
A FAMILIA A BASE DE QUALQUER SOCIEDADE
A família é e sempre foi e sempre será a base da nossa sociedade e a base do nosso bem estar,
portanto, quando a família se encontra doente toda a sociedade fica doente. E, a melhor
maneira de medir o estado de saúde da família e medindo o estado de saúde da sociedade, ou
seja, quando a família não está bem, a sociedade, também, não está bem.
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12. A sociedade é apenas um reflexo da família, porquanto, a sociedade apenas reflete o que se
passa na família. Isto implica dizer que a sociedade é apenas um reflexo da família e quando a
sociedade não está bem, não é na sociedade que devemos procurar as causas, mas sim na
família.
Quando uma sociedade se encontra doente isso apenas significa que as famílias se encontram
doentes. Agora essa doença tão falada até aqui, não se trata da doença biológica, física, mas
sim, do adoecer ético, sociocultural, relacional, psicossocial, político e econômico dos
indivíduos que constituem a família.
Infelizmente muitas vezes tenta-se reparar ou corrigir uma sociedade, mas os resultados são e
serão sempre desastrosos enquanto não se corrigirem as causas que levam a sociedade a ter
problemas e a estar doente. Haja vista que, as causas que levam a sociedade a ter problemas e
a estar doente encontra-se em grande parte na família e no sistema sociopolítico e econômico,
pois a sociedade é apenas o resultado de muitas famílias e desse sistema.
ATIVIDADE
FAÇA UMA REFLEXÃO SOBRE O TEMA ABORDADO NESTE CAPÍTULO E
RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO:
1.Qual era o conceito de família?
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2.Qual o conceito atual de família? Por quê?
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3. Segundo o autor, os maiores conflitos hoje existentes na sociedade, decorrem de um
desajuste no ambiente familiar. Explique essa afirmação.
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4- Analise as questões abaixo e marque (V) para as questões que são verdadeiras e (F) para as
questões que são falsas:
( ) É no âmbito familiar que o homem recebe as primeiras noções do bem e da verdade,
aprende a amar e ser amado.
( ) A função de sustentar os filhos não é mais exclusividade do pai-provedor, pois agora é
responsabilidade do pai e da mãe desde que a mesma trabalhe.
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13. ( ) Hoje, a responsabilidade de educar ou cuidar dos filhos é papel exclusivo da mãe.
( ) A omissão e a falta de envolvimento dos pais na educação dos filhos gera um problema
freqüente de relacionamento e no desenvolvimento dos mesmos.
( ) A família não é a base da sociedade e quando ela adoece a sociedade não se prejudica,
pois a mesma não tem nenhum tipo de envolvimento que possa prejudicá-la.
5. Que tipo de doença é essa que as famílias vêm passando para a sociedade?
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VAMOS FECHAR O CAPITULO COM O FILME “ENTRE O AMOR E A RAZÃO”
DE CÍCERO FILHO. FAÇA UMA REFLEXÃO SOBRE O FILME
RELACIONANDO COM O ASSUNTO E DISCORRA SUA OPINIÃO MOSTRANDO
COMO É SEU RELACIONAMENTO COM SUA FAMILIA.
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14. ___________________________________________________________________________
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RELAÇÕES HUMANAS E COMUNICAÇÃO - II
"’Aprender a viver com os outros' é uma das mais complexas e vitais aprendizagens a realizar."
Somos cercados por uma grande quantidade de pessoas a todo
instante e em qualquer lugar, com as quais, mantemos
diferentes tipos de contato. Porquanto, cada uma das pessoas
tem sua própria individualidade, desejos, emoções,
sentimentos, motivos, interesses que irão influenciar nas suas
relações sociais. Além dessas qualidades pessoais, elas
também estão sob a influência dos laços familiares, das suas idéias políticas e ideológicas, das
suas crenças religiosas, das tradições da comunidade, das pressões do mundo.
Não existem dúvidas de que as pessoas são diferentes das outras. Mesmo sendo gêmeos
univitelinos que tiveram a mesma criação, a mesma educação, desde pequenos demonstram
características diferentes no comportamento, nas personalidades, no modo de agir em
sociedade. Sempre tivemos consciência que somos diferentes, de que temos necessidades
diferentes uns dos outros. Apesar de tudo isso, compartilhamos de algo que é comum a todos
os seres humanos: a capacidade de nos relacionarmos de forma consciente e voluntariamente
uns com os outros.
As relações humanas se estruturam através das interações entre as pessoas no seu dia-a-dia.
Desde a infância aprendemos a nos relacionamos primeiro com nossos familiares. Este
processo prolonga-se através do tempo, acompanhando o indivíduo em todos os estágios da
sua vida: Escola, grupo de amigos, trabalho, etc. Este processo de relacionamento entre os
indivíduos acaba sendo de extrema importância para a estruturação da personalidade do ser
humano.
Devido aos diferentes fatores que são envolvidos nas relações humanas, tais como a
característica psicológica de cada pessoa, de como esta pessoa se entrega nos ciclos sociais,
da sua história de vida, este é um processo de alta complexidade que não possui modelo ou
fórmulas mágicas. Os modos de procedimentos são demarcados pelas regras sociais a qual o
indivíduo deve observar e adaptar ou não às suas próprias características de personalidade.
O modo de o indivíduo estar e perceber o mundo dependerá da multiplicidade das redes de
interações que ele for estabelecendo durante a sua vida. Serão estas relações que construirão
todo o sistema que sustentará o desenvolvimento social dos seres humanos. Onde houver mais
de uma pessoa envolvida em um processo de troca de experiências, teremos um
relacionamento humano.
O SER HUMANO E SEUS FATORES DIFERENCIAIS
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15. O homem é ser desde o momento em que nasce. No início pertence a um grupo (família), aos
poucos vai-se integrando a outros grupos que, de certa forma, contribui para modelar o seu
desenvolvimento. As pessoas no convivem com várias pessoas no seu dia a dia, só que
individualmente não se parece com ninguém, ou seja, cada pessoa é um ser único. Daí,
analisando um grupo de pessoas não se pode ignorar as diferenças individuais coexistentes.
Desde que o homem nasceu percebe pessoas e coisas. À medida que o tempo vai passando, a
partir das suas percepções (auditiva, táteis, visuais, gustativas e olfativas), formam idéias, que
formam juízos, que são impregnados de valores. Estes valores são aprendidos através da
família e da sociedade.
As experiências, premissas, preconceitos, valores e interesses pessoais passam então a
influenciar a maneira como o homem vê, interpretam, julga e avalia uma determinada
situação.
• Cada ser humano vive em seu próprio mundo particular.
• A realidade é diferente para cada um.
• Algumas vezes, o homem vê aquilo que quer ver.
• Não raro, vê aquilo que deve ver, a fim de manter a consciência de suas próprias
concepções.
• Acreditam que aquilo que vê existe em verdade e representa a mais pura realidade.
AQUILO QUE VEMOS RESULTA DE DUAS COISAS:
• Aquilo que é visto resulta da própria mente;
• A situação externa (situações físicas e humanas). O que difere em nossas mentes é que
somos formados por nossas experiências e isso nos torna diferente.
OS FATORES RESPONSÁVEIS POR NOSSAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS SÃO:
• O aparato biológico;
• As diferentes experiências de vida;
• Herança Social;
• O momento presente, o estado emocional, preocupações, saúde etc.
Esses fatores interagem entre si, determinando de forma peculiar a maneira
que perceberemos e atuaremos sobre ele. Uma coisa ocorre em decorrência
da outra, uma vez que somos tão diferentes. Nestes aspectos que modelam as
pessoas é obvio que a percepção de cada pessoa será única e também
diferente.
PERCEPÇÃO:
A palavra percepção vem do latim “percibere” que significa “apoderar-se de” diz respeito a
maneira como nós vemos, julgamos, conceituamos, qualificamos tanto a nós mesmos. É o
processo pelo qual torna-se conhecimento do mundo externo.
Sentidos Mundo Externo
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16. Audição Fatos
Visão
Tato PERCEPÇÃO Pessoas
Olfato
Paladar Objetos
A função básica da percepção é dar significação aos estímulos sensoriais, de tal forma que
tornem significativas cada uma de nossas experiências. Sabemos que cada indivíduo percebe
de forma diferente algo objetivamente igual. Por quê? A comprovação experimental indica
que a percepção é influenciada por diversos fatores que ocorrem, de forma diferente em cada
indivíduo. Veja como acontece:
DIFERENÇAS PERCEPTIVAS:
Nós não somos máquinas fotográficas, nem fita de gravador, não
percebemos o mundo que nos rodeia tal como é, não vemos as pessoas
como elas são, mas de acordo com o que significam para nós, e isso
acontece o tempo inteiro durante toda a vida. A maneira como percebemos
o nosso mundo pode ser vista de três maneiras:
• A primeira como selecionamos;
• A segunda como organizamos;
• E a última como recebemos e interpretamos as informações.
A INFORMAÇÃO É SELECIONADA:
Somos constantemente rodeados e bombardeados por uma série de atividades. Luzes, barulho,
conversas, vento e até nosso próprio pensamento são fonte perceptíveis ao estimulo. Para
entender as coisas, tornamo-nos seletivos quanto ás nossas percepções. Bloqueamos o
zumbido das lâmpadas, as conversas mais próximas, ruídos de TV, rádio quando queremos
nos concentrar em uma determinada coisa ou leitura. Selecionamos o estímulo que desejamos
perceber, baseados em nossas expectativas, necessidades e desejos. Por exemplo:
• Se nossa primeira impressão sobre alguém é negativa tendemos a reconhecer as ações
que sustentem esta imagem. Esperamos que certas coisas sejam verdades e elas
acabam sendo.
• Se quisermos adquirir algum objeto, de repente começamos a perceber que esse objeto
esta sempre a nossa volta, no caminho de casa, nas revistas, na casa de alguém, etc.
A INFORMAÇÃO É ORGANIZADA
Uma vez selecionado o que desejamos perceber, nós o organizamos. Uma
forma de fazer essa organização é usando o método de fundo e figura. Isto é,
um conjunto de informações torna-se a figura em que nos concentramos, e
tudo mais passa a ser fundo. Você já passou pela experiência de estar
conversando com alguém um determinado assunto e parecer que a pessoa
esta falando de outra coisa completamente diferente? Isso acontece porque
enquanto um se encontra na figura o outro se concentra no fundo.
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17. Uma outra maneira de organizar informações é através de conclusões, isso acontece porque
tendemos a preencher os nossos ambientes com informações que estão falando, temos
tendências a preencher esses espaços com pensamentos negativos e não com pensamentos
positivos. Ex. Se deixam você de fora de uma conversa, a tendência é você pensar que estão
falando de você.
A INFORMAÇÃO E INTERPRETADA:
Nossas interpretações são afetadas pela ambigüidade de uma situação, nossas atitudes e pelo
contexto psicológico daquela situação em particular. Veja o exemplo abaixo.
Um homem apressado entra no bar de um aeroporto, pede um drinque, bebe e deixa uma nota
de cinco reais no balcão e sai correndo. O garçom caminha devagar até o balcão, pega o
dinheiro vira-se para um outro cliente e diz: Veja só! Naquela pressa toda, ele esqueceu de
pagar, mas lembrou de deixar a gorjeta. Ambigüidade, o garçom interpretou as ações do
cliente baseado no que era importante para si mesmo. Se você não se comunicar de maneira
correta, as pessoas estão livres para lhe interpretar da maneira que lhes convêm.
ATITUDES
Se você é como algumas pessoas, onde o humor muda durante o dia dependendo de suas
intenções com os outros ou a partir de informações que recebe, tome cuidado, pois você sabe
o que esta acontecendo, mas as outras pessoas não. Isso pode afetar o relacionamento
interpessoal causando desgastes e distorções na comunicação. Fique atento aos sinais que
você esta emitindo, para não haver distorções de sua imagem, já que seu comportamento
verbal e não-verbal pode ter dupla interpretação.
CONTEXTO PSICOLÓGICO:
Todos interpretam as informações baseadas na inteira informação em que, por acaso, esta
pensando. Vez por outra, as pessoas se perdem em seus próprios pensamentos e não presta
atenção no que o outro está tentando lhe dizer. É importante conferir a exatidão do que acha
que ouviu para eliminar algumas barreiras e tornar a sua comunicação mais eficaz.
Lembre-se, o equilíbrio emocional também interfere na sua forma de expressão. Procure
manter-se tranqüilo quando estiver se comunicando para não ser interpretado de forma
distorcida. A sua sensibilidade mais apurada para as diferenças perceptivas o ajudarão a
compreender melhor e superar diferenças verbais e de comportamento.
EMPATIA
Uma habilidade básica que se requer para um bom relacionamento
interpessoal é procurar enxergar as coisas do ponto de vista de outrem.
A esta habilidade dá-se o nome de empatia. É a capacidade de penetrar
na realidade de outra pessoa e buscar compreender o ponto de vista do
outro. É entrar em sintonia com alguém, tem como característica
aguçar a nossa percepção em relação aos fatos do cotidiano. Ou seja,
empatia é a capacidade que a pessoa tem de se colocar no lugar do
outro sem interferência de julgamentos pessoais.
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18. Sempre que nos colocamos no lugar do outro e analisamos o que ele esta sentindo no
momento, tornamos mais proveitoso o relacionamento. As palavras mais comuns utilizadas
para se expressar a empatia são: Eu entendo, eu compreendo, eu posso avaliar, eu percebo. Só
se consegue a empatia pela apreensão do mundo interno do outro, em um nível de
comunicação interdependente do verbal, em um verdadeiro estado de comunhão, no qual, se
mantém claros os limites de eu e do tu.
GRUPO
Um grupo deve ser concebido como um sistema cujas partes se
inter-relacionam, isso significa que apenas algumas pessoas
aglomeradas, sem que suas atividades se relacionem mutuamente
para um determinado fim, não é grupo.
O homem é um ser social que só se satisfaz na relação com outro,
daí, desde que nascemos estamos participando de grupos. Nosso
primeiro grupo é a família, cada membro é diferente do outro e tem uma função diferente,
mas todos são importantes porque se unem para atingir um objetivo comum.
Em grupo, mesmo que todos estejam voltados para uma meta comum, surgem idéias
diferentes de como se atingir os objetivos, e com essas diferenças que enriquecemos nossas
experiências, vencemos nossos medos e percebemos que com o outro somos mais fortes.
Todos os grupos enfrentam dificuldades. Algumas vezes um membro não colabora ou sente-
se auto-suficiente, outro age de forma diferente do que fala e ainda gera conflito, ou ainda
boicota de várias formas e realização das tarefas. Nesses momentos devemos agir com
serenidade e identificar o que esta acontecendo. Só assim é possível mudar para melhor.
Mudar não é fácil, mas com a colocação do grupo cada um consegue mudar coisas em si e no
outro.
O grupo sempre lhe dá dicas de como sua atuação o está influenciando. Cabe a cada
participante de um grupo eliminar os aspectos que prejudicam o relacionamento grupal e a
obtenção dos objetivos é manter aqueles que permitam o crescimento de todos.
CARACTERÍSTICAS DE UM GRUPO PRODUTIVO:
• Reconhece seus valores e limitações;
• Oferece uma atmosfera de liberdade psicológica para a expressão de todos os
sentimentos e pontos de vistas;
• Possui compreensão clara de seus propósitos e fins;
• Enfrenta a realidade e trabalha com base em fatos e não fantasia;
• Dá condições para o compartilhamento da liderança;
• Usa inteligentemente as diferenças e aptidões de seus membros;
• Estabelece o necessário equilíbrio entre a produtividade e a satisfação de outras
necessidades do grupo;
• É objetivo a respeito de seu próprio funcionamento;
• Possui grau de solidariedade, mas não a ponto de abafar a individualidade;
• Estabelece o equilíbrio entre a emoção e a razão.
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19. Ao colocarem-se em prática estas características, estamos realizando a cooperação
grupal.
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20. REQUISITOS DA COOPERAÇÃO:
• Cada pessoa precisa entender o problema como sendo de todos;
• Cada pessoa precisa identificar como pode ajudar para resolver o problema e
acreditar que pode contribuir para isso;
• Cada pessoa precisa confiar que os outros também podem ajudar e contribuir para a
solução do problema;
• E preciso identificar conhecer e admitir os problemas pessoais das outras pessoas e
ajudá-las para que possam contribuir na solução do problema.
TRABALHO EM EQUIPE
O trabalho é feito de forma organizada e o processo de produção
envolve pessoas constituídas em grupos, que formam equipes,
que se interligam com outros grupos e com outras equipes. Esses
grupos e equipes se comunicam entre si, mas ai não termina o
processo de comunicação, as empresas se relacionam com outras
empresas com a coletividade em geral e com os clientes em
partícula.
O trabalho em equipe é um fenômeno social que influencia o ambiente e a qualidade das
interações humanas. O espírito de equipe, o ambiente cinegético, a solidariedade, o respeito e
a Ética podem minimizar efeitos negativos e apoiar os esforços individuais de crescimento na
empresa.
O trabalho em equipe tem como imperativo a existência de um código de Ética, através do
quais as pessoas conquistam espaço para participar e discordar, sem que isso gere conflitos
pessoais. Fundamentalmente, significa comprometimento com a verdade, nas palavras e
ações.
Equipes são grupos que, compreendendo seus objetivos, estão engajados em alcançá-los de
forma compartilhada. Desenvolvem um espírito corporativo, onde as opiniões divergentes são
estimuladas e fortalecem os grupos, assumem-se riscos. As habilidades complementares dos
membros possibilitam alcançar resultados. Os objetivos compartilhados determinam seu
propósito e direção, respeito, mente aberta e cooperação. A equipe investe o seu próprio
crescimento.
Um grupo se transforma em equipe quando passa a prestar atenção na sua própria forma de
operar e procurar resolver os problemas que afetam o seu funcionamento.
O conflito interpessoal é inerente a vida do grupo, a trajetória do grupo pode ser entendida
como uma sucessão de conflitos, os quais se bem administrados podem ser considerados
como uma oportunidade de mudança/crescimento.
RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO
Para sua sobrevivência e evolução, as pessoas necessitam conviver em grupos até mesmo
para, a princípio, satisfazerem suas necessidades vitais (fisiológicas, de segurança e sociais).
Mesmo depois de adultas, sendo capazes de ter uma vida independente, as pessoas precisam
estar inseridas em grupos para o desenvolvimento de suas habilidades e ir em busca da
16
21. satisfação de suas necessidades, as quais nunca se acabam, pois depois de suprir uma
necessidade outras vão surgindo.
Podemos afirma que o homem é o ser gregário. Logo, o Homem é um ser social.
• Divide espaços comuns na cidade onde mora;
• Participa do desenvolvimento de sua sociedade;
• Sofre os desequilíbrios sociais;
• Adquire e transmite conhecimentos.
Porém, praticar relações humanas vai bem mais além, significa estar condicionados nessas
nossas relações, por uma atitude, um estado de espírito ou uma maneira de ver as coisas, que
nos permita compreender o nosso interlocutor, respeitando a sua personalidade, que sem
dúvida é diferente da nossa. Portanto, saber ouvir, respeitar diferentes opiniões, cumprir
metas, refletir, ter uma ativa participação, disponibilizar-se para aprender a aprender, enfim,
todas estas características fazem parte do desenvolvimento da aprendizagem de uma boa
relação entre pessoas, que pode ter duas distintas formas:
A primeira é a relação interpessoal, que envolve pessoas com maiores intimidades;
A segunda é a relação social, que envolve o convívio social.
Entretanto, antes de qualquer relação, primeiramente deve se ter uma estrutura individual
psicológica, para assim, permitir a convivência com os outros. Essa vivência pessoal vai
muito mais além que uma relação entre pessoas, pois é uma relação consigo mesmo (é a
chamada relação intrapessoal), uma busca interior que nos leva a nos conhecer. Algo próprio
do indivíduo que se reconhece como sujeito participante da construção desse mundo.
Precisamos do outro para saber quem somos e como agimos, e ele como um espelho, pode
indicar aspectos da nossa forma de ser que interfere no relacionamento humano. Assim,
através do outro, conhecemo-nos melhor, mas, isso depende também da nossa flexibilidade
em nos adaptar aos fatos e experimentar várias formas de relação. É importante que possamos
ver os fatos por diferentes ângulos e buscar sempre formas alternativas de interação com o
outro.
Perceber os fatos sob diferentes ângulos significa não nos fixarmos em
uma única resposta que os explique – coisa que geralmente fazemos
quando estamos diante de um problema ou conflito. Tendemos sempre a
ver o problema apenas no outro ou apenas em nos mesmos. Não
podemos esquecer de que uma interação envolve duas pessoas e que
ambas tem, em situação de conflito, a oportunidade de crescer, pois
podem se conhecer melhor. Enfim, é no convívio com o outro, inclusive
em situação de trabalho, que podemos nos conhecer, saber um pouco
mais de nos mesmos, do que gostamos, do que queremos, do que nos
agrada. O outro tem papel fundamental nessas descobertas, pois
possibilita-nos estar abertos para ouvir, ver e transformar as formas de
relação.
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22. A COMUNICAÇÃO
A comunicação é a principal ferramenta da relação humana. Uma
comunicação eficiente garante o entendimento entre as pessoas, evitando
que a conversa seja alterada e que haja possibilidades de mal-entendidos.
O convívio entre as pessoas só é possível devido à comunicação.
No mundo moderno, a palavra comunicação tornou-se lugar-comum e
transformou-se em força de extraordinária, vitalidade na observação das relações humanas e
no comportamento individual.
A comunicação é a utilização de qualquer meio pelo qual um agrupamento de códigos – a
mensagem – é transmitido. No caso dos seres humanos podemos dizer que a comunicação é a
transmissão de um modo de pensar, de ser e de sentir. Seu objetivo é influenciar com a
finalidade de se obter uma reação específica do outro interlocutor. É através da comunicação
que as pessoas conseguem expressar suas emoções, motivar outras pessoas, transmitir fatos,
opiniões e experiências.
Um grande engano ocorre quando se confunde comunicação com falar. Comunicação é muito
mais do que simplesmente o ato da fala. Ela envolve outros sentidos que, na maioria das
vezes, não são considerados como importantes, ou mesmo como parte essencial da
comunicação. Ver, ouvir, sentir é, constantemente, esquecido quando se discute o processo de
comunicação. Muitas pessoas falam, e por não saber falar provocam danos irreparáveis na sua
rede de relações humanas, principalmente, na rede de relacionamentos profissionais. Muitas
pessoas escutam, mas não ouvem, muitas olham, mas não veem. Os poucos que conseguem
desenvolver habilidades em saber ouvir, ver, e sentir, descobrem que são capazes de inovar e
melhorar o seu desempenho profissional.
Para o profissional da venda, ouvir talvez seja o requisito principal para garantir o sucesso de
seu negócio. Ouvir requer muita prática e paciência. Requer a capacidade de saber refrear o
impulso da impaciência para deixar a outra pessoa se expressar. Quando realmente estamos
ouvindo, uma forte conexão é estabelecida entre nós e o outro. Uma ligação invisível que nos
conecta e nos permite em um processo de empatia, ocuparmos o lugar do outro, e com isso
conseguimos entender melhor o que esta outra pessoa é, e o que ela deseja.
Quando você estiver ouvindo, foque sua atenção somente na outra pessoa que fala. Escute,
veja, sinta o que ela tem a dizer. Escute não somente o que está sendo dito, mas preste
atenção, principalmente, no que não está sendo dito. ‘Leia’ a expressão corporal, sinta a
energia transmitida, veja a luz que brilha no olhar do outro. Ou seja, fique concentrado no que
está sendo dito pelo outro. Quando você realmente souber ouvir um mundo de oportunidades
surgirá. Ouça seus clientes, sua família, seus amigos e você aprenderão muito com eles,
principalmente, a ouvir, você mesmo. Ouça, pergunte, compreenda e, só então, dê a sua
resposta.
A NATUREZA DA COMUNICAÇÃO INTRA E INTERPESSOAL
Desde os primórdios da humanidade, o grande sonho do homem foi liderar pessoas. Para
atingir esse objetivo, descobriu que o relacionamento interpessoal, baseado em uma
comunicação eficiente, era a melhor receita. As palavras podem ser obstáculos ou pontes entre
18
23. as pessoas, dependendo de como a experiência que as originam são
vistas ou sentidas.
Comunicação é o processo de transferência de idéias, impressões,
sentimentos, fatos e imagens com o objetivo de gerar compreensão.
Exemplos disso são muito triviais: mensagens, recados, jornais, panfletos, discursos, bate-
papos, musicas, exposições, etc.
Não é fácil aceitar às vezes nossas próprias atitudes, quanto mais a do outro. Então
precisamos aprender que, se quisermos nos relacionar adequadamente com outro indivíduo,
precisamos nos relacionar bem primeiro com nós mesmos, vencendo nossos obstáculos
internos (medos, desconfiança, insegurança e etc.).
Observa-se, então que, você como pessoa, pode relacionar-se consigo mesmo. Quando você
estabelece esse diálogo consigo mesmo, está realizando uma comunicação/relação
intrapessoal, está de certa forma, relacionada com a reflexão. É um tipo de comunicação em
que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode ou não existir um meio por onde a
mensagem é transmitida.
Enfim, a comunicação/relação intrapessoal é nada mais do que falar consigo mesmo, é o
apredizado com o interior. Por isso, que as pessoais tem essa capacidade que nenhum outro
animal tem, que é a capacidade de ser original, de criar.
Entretanto, existe também, uma outra forma de se relacionar, a qual é muito utilizada e
contribui na vivência em comunidade, em grupo, é o relacionamento interpessoal, acontece
quando há interação de duas ou mais pessoas.
Pode-se afirmar que, dentre as experiências mais inusitadas e mais difíceis está o modo como
as pessoas se relacionam, nos diversos grupos como: na família, com os amigos e no trabalho.
O bom relacionamento interpessoal é um dos maiores desafios do ser
humano, tendo em vista as diferentes crenças, valores e culturas de cada
um que são adquiridas desde a infância, no convívio familiar e vão sendo
moldadas e desenvolvidas no decorrer de suas vidas, porém existem
vários fatores que criam resistências em algumas pessoas, a qualquer
mudança. Esse é um dos motivos que nos fazem deparar, muitas vezes,
com dificuldades no relacionamento interpessoal.
CLASSIFICAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Quanto aos instrumentos:
Verbal: (Quando se utiliza a linguagem oral) são as comunicações em que as mensagens são
constituídas pela palavra:
Não Verbal: (Quando se faz por gestos, expressões faciais, olhares, posturas, etc. ) Podem ser
identificadas através da comunicação por mímicas que são: os gestos das mãos, do corpo, da
face, as caretas dentre outros;
19
24. Pelo olhar - sabemos que as pessoas costumam se entender pelo olhar, as vezes um simples
olhar expressar tudo que queremos dizer ao nosso receptor.
Posturais - quando nos comunicamos com alguém estamos atentos a tudo que a pessoa faz,
imagine você conversando com alguém que diz: eu estou calma e ao mesmo tempo rói as
unhas, balança as pernas, contrai as mãos essa comunicação nos revela algo mais sobre a
pessoa, sobre seus sentimentos e emoções.
Cuidados que devem ser observado na conversação:
• Exibicionismo; • Excessos;
• Gestos; • O tom de voz;
• A linguagem; • Saber ouvir;
• A maledicência; • Interrupção.
• Indiscrição;
ESCUTAR COM EFICIÊNCIA
Escutar é a primeira habilidade de linguagem que desenvolvemos. Quando
pequenos, escutamos antes de falar, falamos antes de ler, lemos antes de
escrever. Por isso nossa habilidade de falar, ler escrever esta diretamente
relacionada com a nossa habilidade de escutar. Escutar significa
comprometer-se com três etapas distintas, porém inter-relacionadas: Ouvir,
prestar atenção em quem está falando e fazer um esforço para compreender o
que o emissor disser.
O fator mais importante para uma comunicação eficaz não é somente a habilidade de usar
bem a linguagem ou apresentar nosso ponto de vista, mas sim a habilidade de escutar bem o
ponto de vista da outra pessoa.
Para escutar bem é necessário manter contato visual durante a comunicação; mostrar interesse
e receptividade; buscar perceber as coisas como o outro percebe, a partir das preocupações,
necessidades e expectativas dele; ser flexível; deixar os preconceitos de lado; evitar
interromper quem esta falando; abster-se de fazer julgamentos; não deixar que os sentimentos
do interlocutor afetem demasiadamente nossos sentimentos; admitir que os outros tenham
crenças, idéias e valores diferentes dos seus; estar aberto para a comunicação.
FEEDBACK
Feedback é um processo de ajuda para a mudança ou fortalecimento de um comportamento. É
comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre sua
atuação. O feedback eficaz ajuda o indivíduo ou grupo, no sentido de melhorar seu
desempenho e assim alcançar seus objetivos.
É mediante o feedback que podemos implementar as palavras do poeta ver-nos a nós mesmos
como os outros nos vêem, e mostrar as outras pessoas como nós as vemos.
20
25. POR QUE É DIFÍCIL DÁ UM FEEDBACK?
Tememos as reações das pessoas, se o receptor se torna defensivo, podemos querer
argumentar mais para sermos compreendidos e com isso aumentamos a resistência, ainda
corremos o risco de comprometer o relacionamento.
A pessoa não está preparada para receber feedback ou não deseja nem sente a sua
necessidade.
Podemos reagir somente a um aspecto do que vemos no comportamento do outro dependendo
de nossas próprias motivações e com isso tornamo-nos parciais e avaliativos, servindo o
processo de feedback como desabafo nosso (alivio de tensão) ou agressão velada ou
manifesta.
POR QUE É DIFÍCIL RECEBER FEEDBACK?
• É difícil aceitar nossa ineficiência e ainda mais admiti-las para os outros
Publicamente;
• Pode afetar nosso status ou imagem;
• Podemos sentir que a nossa independência esteja sendo violada ou que o apoio
que esperamos nos esteja sendo negado (reconhecimento social);
• A relação de confiança e amizade não existe ou não é suficiente;
• Pode descobrir ou reconhecer facetas de nossa personalidade que temos evitado, e
podemos reagir defensivamente paramos de ouvir, agredimos o comunicador,
negamos a validade do feedback, etc.
Para torna-se realmente um processo útil, o feedback precisa ser possível:
Descritivo ao invés de avaliativo: quando não há julgamento, apenas o relato de um evento,
reduz-se a necessidade de reagir defensivamente.
Especifico ao invés de geral: quando se generaliza o comportamento de alguém estamos
desqualificando totalmente. Ex. quando falamos á alguém você é egoísta, a reação com
certeza não será favorável, ao passo se você disser fulano, naquela situação você se
comportou de forma egoísta, o feedback não se torna pesado e a tendência é aceitar o
comentário e procurar se corrigir.
Oportuno: em geral, o feedback é mais útil quando dado em um curto espaço de tempo do
acontecido, porque se decorrer muito tempo perde o sentido para a pessoa que pode não se
lembrar do que aconteceu, então para ter uma validade maior, o feedback deve estar
relacionado com o aqui e agora em vez de lá e então.
Compatível com as necessidades do comunicador e do receptor, pode ser ineficaz quando
satisfaz somente as necessidades do comunicador sem levar em conta às necessidades do
receptor.
21
26. COMUNICAÇÃO, INTEGRAÇÃO ECRESCIMENTO PESSOAL.
Todos nós temos necessidades de expressão e comunicação. Ninguém deseja
ser uma pessoa insignificante, superficial, falsa ou fingida. Todos nós
necessitamos ser compreendidos. Entretanto, nem todo mundo tem
consciência de que, para ser compreendido, precisa melhorar a capacidade de
comunicação consigo mesmo e com os outros.
São condições indispensáveis para o aprofundamento da comunicação interpessoal a
capacidade de autocomunicação e a abertura para o ambiente. Estamos chamando de
autoconhecimento a capacidade de experimentar, explorar, reconhecer e aceitar as próprias
sensações, emoções, pensamentos e vontades. A capacidade de contato com o outro é
proporcional à intimidade que a pessoa tem consigo mesma. A comunicação implica também
que a pessoa esteja aberta para o ambiente que a cerca, que esteja disponível para ouvir e para
sentir empaticamente os outros. Sem essa abertura, a pessoa se coloca em uma atitude
defensiva que a leva a perceber o mundo de acordo com suas estruturas preconcebidas.
Muitos fatores podem dificultar a comunicação: o sentimento de inferioridade, o medo da
rejeição, a necessidade compulsiva de ser aceito e de agradar, o dogmatismo. Na raiz, de todas
essas dificuldades, está o medo de não sermos suficientemente bons, de que os outros não nos
amem como somos. Os medos que experimentamos nos levam a falsear a autocomunicação e
a comunicação interpessoal, buscando refúgio em papéis, máscaras e comportamentos
estereotipados, o que bloqueia nosso crescimento pessoal.
Cada um tem apenas uma tarefa vital: desenvolver os próprios potenciais, crescer em direção
à própria pessoa, diferenciar-se, e não tornar-se como os outros. Uma pessoa orientada para o
crescimento experimenta o sentimento de confiança em si mesma e nos outros. Está disposta a
enfrentar desafios, mostra-se pró-ativa, capaz de responder a cada momento, as demandas que
a vida lhe faz decidindo como quer e deve agir. Sente-se parte do ambiente, reconhece sua
interdependência em relação aos outros, mas não permite que influências externas decidam
como vai agir. Assim, se alguém a trata com rispidez ou desprezo, ela não responde
automaticamente no mesmo tom, ou seja, não permite que o outro comande sua maneira de
agir e de estar no mundo. Em suma, pessoas orientadas para o crescimento agem como atores
e não como reatores, como protagonistas e não como antagonistas.
O CORPO FALA
As expressões corporais também fazem parte da comunicação quando
estamos envolvidos em uma relação frente a frente com outras pessoas.
As expressões corporais podem nos trair se não forem policiadas: converse
com as pessoas olhando em seus olhos; não percorra o seu olhar pelo corpo
da outra pessoa. Isso pode gerar constrangimento ou irritação; corrija os
tiques nervosos, evitando que eles possam ser mal-interpretados como parte
da conversa; se você não estiver de acordo com que o outro está falando, deixe-o terminar de
falar sem expressar, na fisionomia, reprovação, ironia ou qualquer outro julgamento
precipitado. Isso desencoraja a iniciativa do outro em exteriorizar suas idéias. Pela linguagem
do corpo, você diz muitas coisas aos outros e eles têm muitas coisas a dizer a você.
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27. Ao conversar com uma pessoa que possua qualquer tipo de deficiência que possa lhe provocar
sensações ruins, não deixe que suas expressões faciais ou seu olhar possam lhe transmitir
idéias de rejeição, repugnação, pena ou qualquer outro sentimento ruim.
Movimentos bruscos, como tapa nos ombros, durante uma conversa, podem gerar estranhas
impressões por parte do outro, podendo ser considerados como forma agressiva no trato com
as pessoas.
O CICLO DA COMUNICAÇÃO
A comunicação é um processo de interação social entre indivíduos e não meramente uma
troca de atos verbais e não verbais. Comunicar-se está relacionado com o desempenho de
papeis sociais, e durante o desenrolar do processo os comunicantes estão submetidos a várias
condições psicológicas, tais como: Falta de conhecimento sobre o assunto; nervosismo;
tensão; ansiedade, etc. O ato de comunicar envolve sempre um propósito definido, um grau de
imprevisibilidade e criatividade por parte de quem participa do processo.
Um processo de comunicação envolve quatro integrantes básicos: um emissor; um receptor;
um canal para o envio da mensagem e o feedback.
EMISSOR – TRANSMISSOR – CODIFICADOR
No processo de comunicação pode-se considerar o emissor como o ponto de partida. É ele
quem envia a mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões, desenhos, etc.
O emissor pode ser também uma organização informativa como rádio, TV, estúdio
cinematográfico, etc. É preciso não confundir o emissor como fonte de mensagem. Por
exemplo, ao ler uma mensagem, um locutor poderá estar dando início a um processo de
comunicação, porém não será ele a fonte que originou a mensagem.
ALGUNS FATORES A SEREM CONSIDERADOS COM RELAÇÃO AO EMISSOR
SÃO:
Motivação: ao estabelecer uma comunicação, os interlocutores podem possuir os mais
variados motivos. Você como especialista, pode estar tentando convencer a um grande
investidor que aquele novo lançamento de carro é a mais moderna concepção de
empreendimento automobilístico. Pode estar tentando vender um serviço, ou pode estar
apenas apresentando a um grupo de colegas como foi o seu desempenho no ano que passou.
Qualquer que seja o motivo é imprescindível que você esteja motivado, envolvido pelo
assunto e que seja capaz de empolgar a quem lhe ouve de modo a convencê-lo e finalmente
alcançar o seu objetivo almejado com aquela mensagem.
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28. Credibilidade: o seu sucesso ao comunicar com o seu cliente ou com uma outra pessoa
qualquer, está diretamente relacionado com o seu conhecimento sobre o assunto que está
sendo tratado. É preciso que você tenha segurança sobre o que está falando, que suas atitudes
(comunicação não-verbal) sejam correspondentes ao conteúdo da mensagem. Mostre
segurança, dinamismo e autoconfiança. Prepare-se cuidadosa e criteriosamente para usar
corretamente sua expressão verbal e não-verbal para comunicar-se com os outros.
RECEPTOR – OUVINTE – DESTINATÁRIO
Receptor ou destinatário ou ouvinte é a pessoa ou grupo de pessoas situadas na outra ponta da
cadeia de comunicação. Ele é o elemento mais importante do processo. Pode ser a pessoa que
lê, que ouve, um pequeno grupo, um auditório ou uma multidão. Ao recebedor, cabe
decodificar a mensagem e dele depende, em termos, o êxito da comunicação. Vale considerar,
nesse caso, os agentes externos que independem da vontade do recebedor (ruídos).
O receptor recebe a mensagem e a interpreta internamente, manifestando externamente essa
interpretação. O receptor faz o caminho inverso, isto é parte dos significantes até alcançar a
intenção de significação.
ATIVIDADE
DIANTE DO SEU ENTENDIMENTO SOBRE O ASSUNTO TRABALHADO,
RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO:
1-O que é comunicação?
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___________________________________________________________________________
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2- No processo de comunicação qual é o elemento mais importante?
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3- Quais fatores a serem considerados com relação ao emissor são?
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___________________________________________________________________________
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4-Qual o poderoso complemento da comunicação?
___________________________________________________________________________
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5-Quais os fatos que podem dificultar a comunicação entre as pessoas?
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29. 6-Na sua concepção por que a comunicação é importante?
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7-O que é feedback?
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8- Por que é difícil dá um feedback?
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9- O que é comunicação intrapessoal?
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10-Quais os cuidados que devem ser observados na conversação?
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11-O que são equipes?
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12- Na sua concepção, por que devemos aprender a trabalhar em equipe?
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13- Você gosta de trabalhar em grupo? Por quê?
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30. CIDADANIA - III
Cidadão
Autor: Zé Ramalho
Tá vendo aquele edifício moço Ajudei a levantar Foi um tempo de
aflição Eram quatro condução Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto Olho prá cima e fico tonto Mas me vem um
cidadão E me diz desconfiado "Tu tá aí admirado? Ou tá querendo
roubar?" Meu domingo tá perdido Vou prá casa entristecido Dá
vontade de beber E prá aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro
prédio Que eu ajudei a fazer... Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus
cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem prá mim toda
contente "Pai vou me matricular" Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão Aqui não pode estudar" Essa dor doeu mais
forte Por que é que eu deixei o norte Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a
comer... Tá vendo aquela igreja moço Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei
também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a
terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem
criou asa E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu
quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje
o homem criou asas E na maioria das casas
Eu também não posso entrar" Hié! Hié! Hié! Hié! Hié! Oh! Oh! Oh!
SER CIDADÃO
O “ser cidadão” é, sem dúvida, uma expressão que precisa ser mais bem utilizada e
vivenciada pela coletividade. Talvez, se todos os brasileiros soubessem o que é cidadania,
viveriam em um país melhor, menos injusto, e a qualidade de vida teria outra conotação.
Infelizmente são poucas as iniciativas para a criação dessa consciência na sociedade. Quando
ocorrem, partem de algumas comunidades específicas e das raras organizações privadas
realmente imbuídas nesse fim.
“Ser cidadão” é saber viver em sociedade, estando ciente dos anseios comuns. É participar
ativamente das decisões de sua comunidade, influenciar modos de vida de maneira positiva ao
seu redor, exercer os direitos constitucionais adquiridos e lutar pelos que virão. É preservar o
meio ambiente, a natureza, os animais, os seus semelhantes, os opostos. É ser solidário,
político, flexível, decidido e, sobretudo, estar consciente de todas as atitudes tomadas em prol
da sociedade.
Todo ser humano, independente da idade, etnia, religião, etc., é um cidadão, e isso quer dizer
que ele tem deveres e direitos dentro da sociedade. Precisar-se querer e aprender a zelar por
nosso país dentro de nossa comunidade, pois fazendo isso estaremos exercendo a cidadania e
atuando na construção da organização política. Deve-se saber que somos uma peça de
extrema importância para mudar qualquer situação. Não adianta só reclamar, têm que agir,
trabalhando para a melhoria da comunidade e da cidade, que é um direito que deve ser
exercido todos os dias.
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31. Ser cidadão é ter consciência dos limites colocados pela sociedade e participar da construção
coletiva de regras que organizam a comunidade em que vivemos. É colaborar nas relações
pessoais e participar de ações solidárias. Tem-se que perceber e respeitar os diferentes pontos
de vista, usar o diálogo como instrumento de difusão de idéias e resolução de problemas e
buscar a justiça nas situações de conflito.
Para que haja o crescimento da comunidade, não são apenas os políticos que devem seguir os
preceitos éticos, mas também todos que fazem parte dela. A cada instante, em todas as
circunstâncias deve-se agir com ética, respeitar os direitos dos outros, defender os próprios
direitos, lutar pela justiça, acompanhar o desenvolvimento da comunidade e do país,
trabalhando pelo seu progresso e combatendo ações que prejudiquem a comunidade. Seja qual
for a idade, o credo, a etnia, todos devem praticar a cidadania..
“Estar cidadão” é não praticar o exercício da cidadania em nenhuma de suas formas. É apenas
se deixar levar pelos acontecimentos e, ainda, reclamar das situações vividas, sem nada fazer
para mudar. “Uma longa caminhada começa sempre com o primeiro passo”, diz um provérbio
chinês. Por isso, devemos fazer das pequenas ações o ponto de partida para uma firme
caminhada em direção à responsabilidade social, como valor fundamental na transformação
da sociedade.
No exercício da cidadania, os seres humanos fortalecem as suas práticas sociais através de
projetos coletivos e vão paulatinamente conquistando melhorias, sabendo que as conquistas
são pequenas mediante os cenários e contextos que precisam ser ajustados. Espera-se que as
calçadas sejam revistas, que o trânsito se organize que as pessoas que prestam atendimento no
comércio assumam uma postura de tolerância e respeito e esperamos muito mais. Aos poucos,
vamos fazendo de nossos projetos, um projeto maior, sonhado por muitos para que se tenha
uma cidade desejada por todos.
CIDADANIA, SEGUNDO O DICIONÁRIO AURÉLIO
Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, cidadania é a
qualidade ou estado do cidadão. Entende-se por cidadão “o indivíduo no
gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus
deveres para com este”.
Cidadania é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado,
se acha no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida política. A
cidadania é, portanto, o conjunto dos direitos políticos de que goza um
indivíduo e que lhe permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado,
participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja
ao votar (direto), ou concorrer a um cargo público (indireto).
A nacionalidade é pressuposto da cidadania - ser nacional de um Estado é condição
primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo cidadão é nacional de
um Estado, nem todo nacional é cidadão - os indivíduos que não estejam investidos de
direitos políticos podem ser nacionais de um Estado sem serem cidadãos.
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar
ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou
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32. excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando em uma posição de inferioridade
dentro do grupo social.
EXERCICIO DA CIDADANIA
Marshall, sociólogo inglês, que apresentou ao mundo notável
estudo sobre a cidadania, a entende como uma medida universal de
igualdade humana básica aceita por toda sociedade. Vista desta
forma, o conceito de cidadania envolve a interdependência dos três
tipos de direitos:
Os Direitos Civis são aqueles que dizem respeito à personalidade do indivíduo através do qual
é garantida a ele uma esfera de arbítrio e liberdade, desde que o seu comportamento não viole
o direito dos outros.
Os primeiros direitos civis que expressaram essas conquistas sociais são os direitos de
liberdade individual – ir e vir; liberdade de imprensa – pensamento e opinião; liberdade
religiosa – fé; o direito à propriedade – constituir contatos validos; o direito á justiça – a
defesa nos tribunas, o direito à segurança.
Os Direitos Políticos são direitos individuais exercidos coletivamente, se relacionam à
formação do Estado democrático representativo e implicam uma liberdade ativa expressa na
participação dos cidadãos na determinação dos objetivos políticos do Estado.
Os direitos políticos representam a ampliação da cidadania no momento em que o indivíduo
participa no exercício do poder político, investido de autoridade política ou como simples
eleitor. A participação da vida pública está relacionada ao direito de votar e ser votado, de se
filiar aos partidos políticos e sindicatos ou associações que representam e defendem as causas
comuns.
Os Direitos Sociais implicam um comportamento ativo por parte do estado em garantir aos
cidadãos uma situação de certeza. Os direitos sociais representam direitos de participação no
poder político e na distribuição da riqueza social produzida pela nação.
Os direitos sociais representam a ampliação da cidadania, pois se refere a tudo o que vai desde
o direito a um mínimo de bem-estar econômico e segurança, ao direito de participar, por
completo, na herança social e levar a vida de um ser civilizado de acordo com os padrões que
prevalecem na sociedade.
Vista dessa forma, a cidadania não é um valor que aguarda o futuro para ser edificado. É
construída a partir da premissa de que cabe ao cidadão construir sua realidade social que se
aperfeiçoa a cada dia consoante com a medida de igualdade humana básica e da participação
de cada um na parcela da riqueza da nação gerada por todos.
A participação acontece quando a pessoa descobre que no seu
relacionamento com os outros seres humanos existe um espaço para que
ela expresse, valores o que ela é, o que ela pensa, o que ela reflete, o que
ela faz. Nessa expressão, pensamento, reflexão, valorização, ela se
realiza, se sente útil, se sente responsável, se sente participante. A
participação muitas vezes é entendida como uma caminhada que precisa
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33. ser feita para que as pessoas desenvolvam uma consciência crítica e adquiram poder. Neste
ponto o conflito é quase inevitável.
Não existe participação concedida por quem tem o poder. Quem tem o poder não cede o
poder. Só há participação através da conquista daqueles que, ao ser-lhes negado o direito de
votar, de opinar, de dizer, de refletir sobre as decisões, luta para conseguir que suas opiniões,
sua voz, seu voto, suas reflexões sejam levados em consideração por quem julga ter suas mãos
todo o poder de decidir.
DEMOCRACIA
A democracia nem sempre é praticada como deveria ser. Quase todos os governos se dizem
democráticos, mas poucos conseguem cumprir esse papel de verdade. Para que exista a
democracia é preciso à participação de todos: governo e comunidade. E o que é uma
democracia no verdadeiro sentido da palavra? Aquela que reconhece a igualdade e a
dignidade de todas as pessoas, independentemente de etnia (origem racial), religião, sexo ou
posição social. A democracia tem o dever de garantir que todos sejam iguais perante a lei e
que exista a liberdade de opinião, de imprensa, de reunião e de crença religiosa.
Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são:
Direta na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou
outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre
assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não
existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é
muito comum na atualidade. No Brasil a gente teve como exemplo mais
recente o referendo contra a venda de armas de fogo que aconteceu no dia
25/10/2005.
Indireta na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo
seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em nome
daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa.
DEMOCRACIA NO BRASIL
No Brasil segue o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto,
diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota
quem quer). Porém, no Brasil o voto é obrigatório para os cidadãos que estão na faixa etária
entre 18 e 65 anos. Com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém nesta faixa etária o
voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de 65 anos.
No Brasil elegemos nossos representantes e governantes. É o povo quem escolhe os
integrantes do poder legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas – deputados,
senadores e vereadores) e do executivo (administram e governam – prefeitos, governadores e
presidente da república).
O voto é importante porque é por meio dele que escolhemos nossos representantes. Já que não
podemos exercer o poder todos juntos (ou diretamente), é com esse instrumento precioso que
dizemos quem pode governar no nosso lugar. E, se você pensar bem, vai ver que a democracia
faz com que todos sejam iguais. O voto de cidadãos diferentes (ricos ou pobres, alfabetizados
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34. ou não, empregados ou desempregados) tem o mesmo peso na escolha dos representantes.
Um voto não vale mais do que o outro.
ATIVIDADE
DE ACORDO COM O SEU ENTENDIMENTO RESPONDA OS ASSUNTOS
DESCRITOS ABAIXO:
1-Análise as questões abaixo e coloque (F) para as questões que estiverem falsas e (V) para as
questões que estiverem verdadeiras.
a-( ) Os Direitos Civis são aqueles que dizem respeito à personalidade do indivíduo.
b-( ) Os Direitos Políticos são direitos de cada cidadão exercidos individualmente, se
relacionam à formação do Estado democrático representativo e implicam uma liberdade ativa
expressa na participação dos cidadãos na determinação dos objetivos políticos do Estado.
c-( ) Os direitos que constituem a cidadania são sempre conquistas resultadas de um processo
histórico em que indivíduos, grupos e nações lutam por adquiri-los e fazê-los valer.
d-( ) Para que exista a democracia não é preciso à participação do governo e comunidade.
Pois democracia é aquela que reconhece a igualdade e a dignidade de todas as pessoas,
independentemente de etnia (origem racial), religião, sexo ou posição.
2-Explique as formas de democracia direta e indireta. Diga qual a forma de democracia do
Brasil.
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3-Para você porque o voto é importante?
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4-Explique o que representa os direitos sociais.
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35. TEXTOS PARA REFLEXÃO
TEXTO N° 2 A CIDADANIA NO BRASIL ATUAL
A constituição Brasileira de 1988 assegurou aos cidadãos brasileiros os direitos já tradicionalmente
reconhecidos, como o direito de votar para escolher representantes do Legislativo e no Executivo e o
direito de se candidatar para esses cargos. Não ficou, porém, apenas nisso, sendo importante
assinalar que essa Constituição ampliou bastante os direitos da cidadania.
Como inovação, foi dado ao cidadão o direito de apresentar projetos de lei, por meio de iniciativa
popular, tanto ao Legislativo federal quanto às Assembléias Legislativas dos Estados e as Câmaras
Municipais. Foi assegurado também o direito de participar de plebiscito ou referendo, quando forem
feitas consultas ao povo brasileiro sobre projetos de lei ou atos do governo. Além disso, foi atribuído
também aos cidadãos brasileiros o direito de propor certas ações judiciais, denominadas garantias
constitucionais especialmente, previstas para a garantia de direitos fundamentais. Entre essas ações
estão a Ação Popular e o Mandado de Segurança que visam impedir abusos de autoridades em
prejuízo de direitos de um cidadão ou de toda a cidadania.
A par disso, a Constituição prevê a participação obrigatória de representantes da comunidade em
órgãos de consulta e decisões sobre os direitos da criança e do adolescente, bem como na área da
educação e da saúde. Essa participação configura o exercício de direitos da cidadania e é muito
importante para a democratização da sociedade.
Em todos os Estados do mundo, inclusive no Brasil, a legislação estabelece exigências mínimas para
que um cidadão exerça os direitos relacionados com a vida pública, o que significa a imposição de
restrições para que alguém exerça os direitos da cidadania. De certo modo, isso mantém a
diferenciação entre cidadãos e cidadãos ativos. O dado novo é que no século XX, sobretudo a partir
de sua segunda metade, houve o reconhecimento de que muitas dessas restrições eram
antidemocráticas e por isso elas foram sendo eliminadas. Um exemplo muito expressivo dessa
mudança é o que aconteceu com o direito de cidadania das mulheres. Em grande parte do mundo as
mulheres conquistaram o direito de votar e de ocupar todos os cargos públicos, eliminando-se uma
discriminação injusta que, no entanto, muitos efeitos ainda permanecem na prática.
Por último, é importante assinalar que os direitos da cidadania são, ao mesmo tempo, deveres. Pode
parecer estranho dizer que uma pessoa tem o dever de exercer os seus direitos, porque isso dá a
impressão de que tais direitos são convertidos em obrigações. Mas a natureza associativa da pessoa
humana, a solidariedade natural característica da humanidade, a fraqueza dos indivíduos isolados
quando devem enfrentar o Estado ou grupos sociais poderosos, são fatores que tornam necessária a
participação de todos nas atividades sociais.
Acrescente-se a isso a impossibilidade de viver democraticamente se os membros da sociedade
externarem suas opiniões e sua vontade. Tudo isso torna imprescindível que os cidadãos exerçam
seus direitos de cidadania.
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36. IGUALDADE RACIAL
Canto Das Três Raças
Clara Nunes
Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil
Um lamento triste Sempre ecoou Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro E de lá cantou
Negro entoou Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes Pela quebra das correntes
Nada adiantou E de guerra em paz De paz em guerra
Todo o povo dessa terra Quando pode cantar Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia É ensurdecedor Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador Esse canto que devia Ser um canto de alegria
Soa apenas Como um soluçar de dor
DISCRIMINAÇÃO RACIAL
O Estatuto da Igualdade Racial Lei nº 6264/2005 aprovado pela
Câmara dos Deputados no dia 9 de setembro de 2009, representa
um avanço histórico. De maneira geral, os 70 artigos do Estatuto
criam ou ampliam vários direitos nas áreas, econômica, social,
política e cultural.
Para o estatuto, discriminação racial são toda distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que
tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico,
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
Desigualdade Racial são as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens, serviços e
oportunidades, na esfera pública e privada.
São consideradas afro-brasileiras, as pessoas que se classificam como tais ou como negros,
pretos, pardos ou por definição análoga.
DIREITO À SAÚDE
Art. 11. O direito à saúde dos afro-brasileiros será garantido pelo Estado mediante políticas
sociais e econômicas destinadas à redução do risco de doenças e outros agravos.
Parágrafo único. O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde - SUS para
promoção, proteção e recuperação da saúde da população afro-brasileira será proporcionado
pelos governos federal, estaduais, distritais e municipais com ações e serviços em que sejam
focalizadas as peculiaridades dessa parcela da população.
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