SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Contabilidade de Custos
Conceitos Básicos
Definição da terminologia utilizada:
Custo: Valor de entrada por compra ou produção;
Preço: Valor de saída por venda;
Mercadoria: Bem adquirido para revenda;
Produto: Bem produzido para venda;
Insumo: Bem adquirido para consumo;
Desembolso: Saída de dinheiro do: Bolso, Bolsa, Caixa, Banco.
Receita: Valor pelo qual os produtos foram vendidos.
Gasto: Consumo de bem ou serviço, ativos adquiridos á vista ou prazo·.
Gastos podem ser classificados em custo, despesa, perdas ou desperdício.
Custos:sãogastosconsumidos na produção de outros bens ou serviços,Observem que não existem
despesasde produção e sim custosde produção: M.Prima; materiais auxiliares; MOD;MOI;energia; água;serviços
de apoio (almoxarifado, manutenção, refeitório, ambulatório, engenharia, etc).
Despesas: São gastos consumidos no processo de geração de receita ou manutenção do negócio.
Todas as despesas estão ligadas direta ou indiretamente ligadas à realização de receitas. Ex: Despesas
administrativas, com vendas.
Perdas: Gastos anormais ou involuntários que não geram um novo bem nem tampouco receitas e
são apropriados diretamente no resultado do período em que ocorrem. Exemplos:
● Vazamento de materiais líquido ou gasoso
● Material com prazo de validade vencido
● Gastos incorridos em períodos de paralisação de produção
Desperdícios: São gastos incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas e que
possam sereliminados semprejuízo da qualidade ou quantidade dos bens,serviços ou receitasgeradas.Atualmente,
o desperdício é classificado como custo ou despesa e sua identificação e eliminação é fator determinante de sucesso
ou fracasso de um negócio. Na economia globalizada manter desperdício é sinônimo de prejuízo, pois não poderão
ser repassados para o preço. Exemplos:
● Retrabalho decorrente de defeitos de fabricação;
● Estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos;
● Relatórios financeiros, administrativos e contábeis sem qualquer utilidade;
● Cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários.
Classificação dos Gastos
A separação dos gastos em custos e despesas é fundamental para a apuração do custo da produção e do resultado
de um período. É importante lembrar que custossão gastosnecessáriospara a produção de bens e serviços,enquanto
as despesas são gastos necessários para a geração de receitas.
Podemos resumir que gasto é o consumo de algo, que pode ser adquirido á vista ou a prazo.
Classificação dos gastos quanto às variações de volumes de produção e vendas.
Quanto ao comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de vendas, os gastos classificam-se
como a seguir:
● custos e despesas fixas;
● custos e despesas semifixos e semivariáveis;
● custos e despesas variáveis.
São os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independem do volume de
produção, ou seja, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor total do custo.
Exemplos: Salários das chefias, aluguel, seguros, impostos, pagamento de juros, etc.
Os custos fixos têm as seguintes principais características:
1 - O valor total permanece constante.
2 - O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de produção
por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade maior.
Custos fixos de um período Volume de produção Custos fixos por unidade
$ 12.000 5.000 unidades $ 2,40
$ 12.000 6.000 unidades $ 2,00
$ 12.000 4.000 unidades $ 3,00
Gasto
Custo
Despesa
Gerar um
novo Produto
Receita
3 - Sua alocação para os departamentos ou centro de custo é determinada por critérios de rateio.
4 - A variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização da moeda ou por aumento ou redução
significativa no volume de produção.
Esse decréscimo no custo fixo unitário, com o aumento do volume de produção, é conhecido como economia de
escala, uma das grandes vantagens competitivas das multinacionais que produzem para diversos mercados
internacionais. Dessa maneira, podem aproveitar ao máximo a capacidade instalada da fábrica e reduzir os custos
unitários de produção.
Gastos semifixos ou semivariáveis
Alguns gastos têm parte de sua natureza fixa e parte variável. Por exemplo, a depreciação é a perda de valor de um
bem em função do desgaste pelo uso, pela ação do tempo e pela obsolescência. Essa perda de valor tem o seguinte
comportamento:
Perda de valor por Natureza
Desgaste pelo uso Variável
Ação da natureza Fixa
Obsolescência Fixa
Na prática, esses gastos são classificados em função do que seja mais relevante e de acordo com o critério de
cálculo. No Brasil a depreciação é calculada pelo método linear, em função do tempo de vida útil. Assim sendo, é
tratada como gasto fixo. Caso fosse calculado em função do tempo efetivo de utilização, seria variável.
Vida útil estimada Custo Classificação Depreciação por Valor
depreciado
5 anos $18.000 Fixo Tempo de vida útil
independentemente
do tempo de
utilização= 20% ao
ano
$3.600 por ano
ou
$ 300 por mês
200.000 Km $ 18.000 Variável Km efetivamente
rodado
$0,09 por km
rodado no período
Custos Variáveis.
São os custos que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira,o total dos custos
variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Na maioria das vezes, esse crescimento
no total evolui na mesma proporção do acréscimo no volume produzido.
Os custos variáveis têm as seguintes características:
1 – Seu valor total varia na proporção direta ao volume de produção;
2 – O valor é constante por unidade, independentemente da quantidade produzida;
3 – A alocação aos produtos ou centro de custos é, normalmente, feita de forma direta, sem a necessidade de
utilização de critérios de rateios.
Por exemplo, se uma indústria consome um metro quadrado de couro para produzir um par de sapatos, teremos o
seguinte custo de material direto:
Produção no período Consumo de couro por
unidade
Consumo total de couro
1.000 pares 1 metro 1.000 metros
1.200 pares 1 metro 1.200 metros
1.500 pares 1 metro 1.500 metros
Os custos variáveis podem ser representados graficamente, como a seguir:
Custo
5000
4000
3000
2000
1000
0
100 200 300 400 500
Quantidade Produzida
Classificação dos gastos quanto à forma de distribuição e apropriação aos produtos.
Existem duas formas de classificação dos gastos que são: Diretos e Indiretos.
Custos Diretos
São os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa
facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados ou
serviços prestados, já que são facilmente identificados. Os custos diretos, na grande maioria das indústrias,
compõem-se de materiais e mão de obra, conforme definido a seguir.
Materiais diretos: matérias primas, materiais de embalagem, componentes e outros materiais necessários à
produção, ao acabamento e à apresentação final do produto.
Mão de obra direta: é o trabalho aplicado diretamente na confecção do produto, suas partes ou componentes. Nas
empresas industriais esse tipo de custo está sendo gradativamente substituído por máquinas e equipamentos.
O custo em mão de obra compõe-se dos salários, provisões de férias e 13 salário e encargos sociais, que podem ser
obrigatórios como INSS, FGTS e espontâneos como Assistência médica, cesta básica, seguro de vida, transporte,
alimentação.
Os custos diretos, de modo geral, são facilmente identificados com os produtos. Os matérias diretos, por exemplo,
são normalmente requisitados com a identificação prévia de sua utilização. Via de regra,ao se emitir a requisição,
seja ela manual ou automática, é indicado para qual produto ou OP o material será utilizado, o que facilita a posterior
apropriação do custo à produção específica.
A mão de obra direta, por sua vez, pode ser identificada, por meio de apontamentos, com o produto que está sendo
fabricado, restando apenas à contabilidade de custos, de posse das informações relacionadas com a folha de
pagamento e demais relatórios do departamento pessoal, efetuar as devidas apropriações às diversas unidades
produtivas.
Custos indiretos.
São custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser apropriados de
forma direta para as unidades específicas,ordens de serviços ou produtos. Necessitam, portanto, da utilização de
algum critério de rateio para a sua alocação. Exemplos:
1 – mão de obra indireta;
2 – materiais indiretos;
3 – outros custos indiretos;
Mão de obra indireta: é representada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares tais como mecânica,
elétrica, almoxarifado, operador empilhadeira, preparador de máquina, ou seja, toda mão de obra aplicada na
produção mais que não tenha um contado direto com a fabricação do produto. Não podendo mensurar em nenhum
produto confeccionado.
Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com
produto é irrelevante. Exemplos: graxas, lubrificantes, lixas, rebolos, materiais de proteção aos empregados,
uniformes, combustíveis, energia elétrica, água, etc.
Critérios de rateio.
Representa os critérios utilizados para a distribuição dos gastos indiretos aos produtos, centro de custo. Esses
critérios, muitas vezes, são subjetivos e arbitrários, podendo provocar distorções nos resultados finais.
Não há critério de rateio que seja válido para todas as empresas e sua definição depende do gasto que tiver sendo
rateado, do produto ou centro de custo e da relevância do valor envolvido. A principal regra para determinar um
critério de rateio é o bom senso.
Departamentalização ou Centro de Custos.
É a divisão da empresas em áreas distintas, de acordo com as atividades desenvolvidas em cada uma dessas áreas.
Dependendo da nomenclatura utilizada nas empresas,essas áreas poderão ser chamadasde departamentos,setores,
centros de custos ou centro de despesas.
Para a contabilidade de custos, é muito importante à correta definição das nomenclaturas, evitando interpretações
equivocadas.
Departamentos: è uma unidade operacional representada por um conjunto de homens e ou máquinas de
características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro de uma mesma área, esta divisão por
departamentos é aplicada a toda a empresa.
Industriais Cromeação Usinagem Montagem Manutenção
Administrativas Contabilidade Tesouraria Pessoal Compras
Comerciais Vendas Marketing Expedição Atendimento
Clientes
Para a contabilidade de custos é importante separaros departamentosque atuam diretamente sobre o produto, então,
é necessário dividir os departamentos industriais em duas formas, a saber:
Departamentos Produtivos
São os departamentos que atuam diretamente na confecção do produto, pois são eles que promovem qualquer tipo
de modificação sobre o produto.
Exemplo
Estamparia Usinagem Forjaria Pintura Montagem
Departamentos Auxiliares
Também conhecidos como não produtivos, são os que existem basicamente para prestarserviços aos demais departamentos.
Nestes departamentos não ocorrem nenhuma ação direta sobre os produtos.
Exemplo
Manutenção Almoxarifado Controle de
Qualidade
Engenharia
Industrial
Suprimentos
É importante salientar que não apenas em uma atividade indústria aplicasse o sistema de departamentalização em
todas as empresas pode se utilizar deste sistema. Por um único motivo: Controle de Gastos. Desta forma é possível
medir o desempenho de toda a empresa de forma mais racional.
Centro de Custos
Uma vez definida a estrutura departamental da empresa, quase sempre um departamento é um centro de custos,
mais nem sempre isto é uma verdade,pode um departamento ser composto por mais de um centro de custo. Defini-
se centro de custos como sendo a menor unidade acumuladora de custos indiretos, é o nível mais baixo da estrutura
que iremos estudar.
Exemplo:
Pode-se afirmar que a departamentalização é indispensável a uma empresa que se pretende efetuar uma correta
apropriação dos custos indiretos aos produtos fabricados. Como os custos indiretos são formados por gastos
ocorridos na fabrica toda, ou ainda por custos fixos e estes não possuem nenhuma relação direta com os produtos
fabricados, é importante manter um controle apurado do montante destes gastos. De um modo geral estes gastos
são alocados via rateio e rateio é sempre arbitrário.
Sistemas de Cálculos de Custos
Custeio por absorção direto: Apropriado o material direto (M. Prima), Mão de Obra direta, Outros custos de
produção. Sendo que a mão de Obra e os outros custos são apropriados em função do volume de horas produtivas.
Custeio por absorção Indireto: Apropriado o material direto (M. Prima), Mão de obra direta, Outros custos de
produção é separado por centro de custo e distribuído ao produto segundo diversas formas, exemplo mão de obra
indireta de acordo com o volume de horas prestadas a cada departamento, requisições de matérias auxiliares é
apropriado segundo o centro de custo consumidor.
CusteioABC:Oscritériossãoidênticos ao custeio indireto, porem este método é muito mais detalhado e complexo,
os critérios de rateio são direcionados de acordo com um plano de atividades para cada departamento e rotina
pertinente a cada um deles. Este método exige um nível de controle interno muito apurado, poucas empresasapuram
seus custos segundo este método, alem do controle seu custo é muito alto, em muitos casos inchando o quadro de
funcionários ou tornando os sistemas eletrônicos lentos e ineficientes.
Custeio RKW: ( Reichskuratorium fur Wirtschftlichkeit): Sistema alemão de apuração de custos todos os outros
sistemas são derivados deste. Este sistema está em desuso, pelo menos em sua forma original, o diferencial é que
ele não separa os gastos em custo e despesas, todos os gastos fazem parte do custo do produto, o que não deixa de
ser verdade, porem como já vimos é importante diferenciar os gastos, pois assim saberemos se o produto está
inviável em função dos gastos de produção ou administrativos e vendas.
Departamento:
Laminação
Decapagem Trefilação Laminação
Custeio Padrão (Standard): Os critérios são idênticos ao custeio indireto, porem é apurado os custos uma única
vez, no momento do orçamento da empresa para o próximo período, onde são determinadas taxas para cada fase ou
departamento e valorizadas de acordo com o volume de horas trabalhadas em cada fase ou departamento. Durante
o período em que esta taxa fica vigente e o que realmente acontece na produção surgem variações que são
apresentadas segundo suas classificações, ex. Mão de Obra, Uso (materiais), Custo fixo.
Tipos de Custos
Custos dos materiais:
Todos os gastos incorridos para a colocação do material em condições de uso incorporam ao seu valor.
Materiais Diretos: são todos os materiais aplicados nos produtos (Matérias Primas, Componentes).
Materiais Indiretos: são todos os materiais aplicados na produção, porem sem uma relação direta com os
produtos, é apropriado de acordo com o centro de custo consumidor, estes materiais são classificados em dois
grupos os Materiais Auxiliares e Materiais Operacionais.
Materiais Auxiliares: vernizes, adesivos, pregos, ácidos, material de solda, abrasivos, etc. que muitas vezes
estão presentes nos produtos (sem ser a matéria prima), mas cuja quantidade ou valor são tão pequenos, que não
justificam economicamente a apropriação direta.
Materiais Operacionais: material de limpeza, óleo, graxa, lubrificantes, que não compõem o produto.
Esta classificação é própria de cada empresa e seguimento de negócio, em vias gerais os materiais são classificados
segundo dois critérios:
Capacidade de apropriação ou controle: Todos os materiais requeridos na Op, que não sejam matérias
primas ou utilizados em pequenas quantidades, são geralmente designados como materiais auxiliares.
Capacidade de justificativa: materiais não requeridos nas Ops, porem necessários no
processo produtivo.
Apuração das quantidades de materiais aplicados.
Asquantidades de materiais aplicados podem serapuradasde formas direta ou indireta. Na forma direta osmateriais
são retirados do almoxarifado através de requisição, que contém as informações necessárias a identificar para qual
Tipos de Materiais
Materiais Diretos Materiais indiretos
Custos Gerais
Materiais
Auxiliares
Materiais
Operacionais
produto o material será aplicado. E para os materiais indiretos (operacionais) deverá contem informações que
indiquem em qual centro de custo o material será utilizado.
Na apuração indireta a quantidade de material aplicado, como às vezes é realizada em unidades fabris de pequeno
porte, o consumo é apurado utilizando uma fórmula.
Este método é muito simplista e não dá condições de verificar os problemas freqüentes que acontecem nos estoques, como
por exemplo, perdas, furtos e deteriorações. Toda a diferença é registrada como consumo, portanto, custo de produção.
Custos de combustíveis e de energia.
Este grupo de custos se subdivide, segundo o grau de importância, que resulta essencialmente do montante dos
custos, em tipos de custos.
Fazem parte dos combustíveis para aquecimento: Carvão, coque, óleo combustível e gás natural. Fazem parte dos
combustíveis para veículos: gasolina, óleo diesel, gás, óleo lubrificante. Como energia em primeiro lugar a energia
elétrica, gás, ar comprimido e vapor.
De acordo com o montante dos custos do consumo de água deverá ser decidido, se os custos com água serão
registrados no tipo de custos de energia ou em separado.
Os registros das quantidades aplicadas e dos preços de custo comprados e consumidos são relativamente simples,
partindo do pressuposto que a empresa mantém um controle de produção satisfatório.
Com a energia gerada pela própria fabrica fica mais difícil manter um controle e para evitar mais um controle,
normalmente estesitens são registrados como custos gerais e rateadospara os centrosde custos segundo um critério
pré-estabelecido.
Custos de Recursos Humanos.
Mão de obra como todos os outros itens de custo é dividida em direta e indireta, e para ambas o calculo que veremos
a seguir é valido.
Consumo = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
Consumo = EI C EF
Custos de Combustíveis e
Energia
Combustíveis para
Aquecimento e Veículos
Custos de Água e Energia
Alem do valor do salário, faz parte deste custo todos os encargos sociais determinados na CLT e nos acordos ou
convenções coletivas de trabalho. Que seriam:
Repousos semanais remunerados;
Férias;
13º Salário;
Contribuição ao INSS;
Remuneração dos feriados;
Faltas abonadas;
FGTS;
Cesta básica;
Seguro de Vida;
Transporte;
Alimentação;
Assistência médica;
Plano de Pensão;
Sobre o total dos salários o empregador é obrigado recolher as seguintes contribuições:
Previdência Social 20,0%
Fundo de Garantia 8,0%
Seguro – acidentes do trabalho 3,0%
Salário – Educação 2,5%
SESI ou SESC 1,5%
SENAI ou SENAC 1,0%
INCRA 0,2%
SEBRAE 0,6%
Total 36,8%
A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividi-lo pelo numero
de horas que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição. Vejamos um exemplo:
Suponhamos que um operário seja contratado por $ 5,00 por hora. A jornada máxima de trabalho permitida pela
CLT é 44 horas semanais (sem considerar horas extras). Supondo-se semana não inglesa, isto é,semana de seis dias
sem compensação do sábado, a jornada máxima diária será de:
44 / 6 = 7,3333 horas
que equivalem a 7 horas e 20 minutos.
Assim, podemos estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode oferecer a empresas:
Número total de dias no ano 365 dias
(-) Repousos Semanais 48 dias
(-) Férias 30 dias
(-) Feriados 12 dias
(=) Nº máximo de dias à disposição do empregador 275 dias
(x) jornada máxima diária 7,3333 horas
(=) Nº máximo de horas à disposição por ano 2.016,7 horas
A remuneração anual desse empregado será, então:
(a) Salários: 2.016,7 h x 5,00 10.083,50
(b) Repouso semanal 48 x 7,3333 x 5,00 1.759,99
(c) Férias 30 x 7,3333 x 5,00 1.100,00
(d) 13º salário 30 x 7,3333 x 5,00 1.100,00
(e) Adicional de férias 1/3 x ( c) 366,66
(f) Feriados 12 x 7,3333 x 5,00 440,00
Total 14.850,15
Encargos Sociais 36,8%
Total 20.315,01
Sendo assim o custo hora para a empresa será:
20.315,01 / 2.016,7 = 10,07
Os encargos sociais mínimos provocaram um acréscimo de:
(10,07 / 5,00)-1 = 101,4%
Tabela de Desconto do INSS – Assalariado
De R$ Até R$ 1.399,12 8%
de 1.399,13 Até R$ 2.331,88 9,00%
De R$ 2.331,89 Até R$ 4.663,75 11,00%
Como já vimos anteriormente à mão de obra direta é definida como o gasto aplicado direto no produto, ou seja, é o
valor do salário do operador de máquina, no caso de uma empresa industrial.
Desta forma ela será agregada ao produto de acordo com o tempo gasto, resta a empresa, portanto ter um controle
eficiente destas horas.
Mão de obra indireta é o valor do salário dos auxiliares á produção como, por exemplo, de um preparador de
máquina, ou setores ligados, como manutenção, ferramentaria, almoxarifado. Normalmente as horas de mão de
obra indiretas são rateadas aos produtos em função do volume das horas de produção. Calculando uma taxa gerale
cada produto receberá uma parcela deste custo de acordo com seu tempo de produção.
Custo da Manutenção.
Quanto mais técnica for à unidade fabril, tanto maior será a importância dos custos de manutenção, que neste caso
precisam ser apresentadas em forma detalhada para fins de planejamento e controle.
Nos custos de manutenção se pode diferenciar entre os serviços realizados internamente e por terceiros. Para os
serviços realizados por terceiros existem faturas, de maneira que estes podem ser atribuídos de forma direta aos
centros de custos que recebeu os serviços. Para os serviços realizados pelo departamento de manutenção, devem-
se criar sistemas de controles eficientes, onde se possa apontar o volume de horas trabalhadas e o material aplicado
em cada tarefa.
A ferramentaria é outro departamento muito importante e grande gerador de custos indiretos, em muitas empresas
este setor é tão importante quanto os setores produtivos. Este setor é responsável pela fabricação de ferramentais
específicos e imprescindíveis para a produção. Deve-se manter um perfeito controle sobre os gastos aqui realizados
e apontados de forma adequada ao consumo dos materiais gerados. Muitas vezes os gastos realizados não são
aplicados na fabricação de novos produtos e sim destinados ao estoque de ferramentas. Só podemos contabilizar
como custo àquilo que realmente está gerando produção.
Custos Imputados.
Custo Imputado é um valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizável como tal.
Normalmente não ocorre gasto nenhum, ele é subjetivo e polêmico.
Para esclarecemos melhor vamos mostrar alguns exemplos:
Custo de Oportunidade: É comum o gestor de a empresa levar em consideração o juro que poderia estar ganhando
com uma aplicação financeira ao em vez de estar investindo em estoques de materiais primas.
O mesmo pode-se afirmar ao Aluguel do prédio próprio, ao invés de utilizá-lo no processo produtivo poderia alugá-
lo e ter um retorno como no caso anterior.
Um exemplo bastante importante de Custo Imputado é o casobrasileiro de Depósito Compulsório para Importações.
A empresa se vê obrigada a deixar um valor depositado durante um determinado tempo para poder importar, por
exemplo, uma matéria prima. Não pode contabilizar os encargos financeiros ou o juro do capital empregado como
custo do produto. Gerencialmente, todavia, interessa a empresa ter esse gasto ou custo de oportunidade colocada
sobre o custo totaldo produto, para melhor poder analisá-lo. Nada impede isso para efeito de decisão; pelo contrário,
é exatamente desejável, mas é necessário levar em conta que só para essa finalidade interna pode haver a
incorporação ao custo global do produto.
O raciocínio é gerencialmente válido, mais não contabilizável.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
cathedracontabil
 
Apostila v ponto de equilibrio
Apostila v   ponto de equilibrioApostila v   ponto de equilibrio
Apostila v ponto de equilibrio
zeramento contabil
 
Fatores de produção
Fatores de produçãoFatores de produção
Fatores de produção
turma10ig
 
Apostila gestao de custos
Apostila gestao de custosApostila gestao de custos
Apostila gestao de custos
custos contabil
 
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontalAula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Reginaldo Santana
 
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Luciano Pires
 

Mais procurados (20)

Etapas da Fixação de Preços
Etapas da Fixação de PreçosEtapas da Fixação de Preços
Etapas da Fixação de Preços
 
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10Exercicios resolvidos contabilidade   aula 10
Exercicios resolvidos contabilidade aula 10
 
Orcamento publico
Orcamento publicoOrcamento publico
Orcamento publico
 
Caderno - Gestão e Contabilidade de Custos
Caderno - Gestão e Contabilidade de CustosCaderno - Gestão e Contabilidade de Custos
Caderno - Gestão e Contabilidade de Custos
 
Contabilidade de custos
Contabilidade de custosContabilidade de custos
Contabilidade de custos
 
Apresentação inflação
Apresentação inflaçãoApresentação inflação
Apresentação inflação
 
Material aula contabilidade de custos
Material aula contabilidade de custosMaterial aula contabilidade de custos
Material aula contabilidade de custos
 
Apostila v ponto de equilibrio
Apostila v   ponto de equilibrioApostila v   ponto de equilibrio
Apostila v ponto de equilibrio
 
Fatores de produção
Fatores de produçãoFatores de produção
Fatores de produção
 
Slide inflaçao 1
Slide inflaçao 1Slide inflaçao 1
Slide inflaçao 1
 
Apostila gestao de custos
Apostila gestao de custosApostila gestao de custos
Apostila gestao de custos
 
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontalAula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
 
Custos x despesas
Custos x despesasCustos x despesas
Custos x despesas
 
Externalidades
ExternalidadesExternalidades
Externalidades
 
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 25 (superior)
 
Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1
 
Contabilidade de custos slides 03 e 04 - leonardo almeida - classificação d...
Contabilidade de custos   slides 03 e 04 - leonardo almeida - classificação d...Contabilidade de custos   slides 03 e 04 - leonardo almeida - classificação d...
Contabilidade de custos slides 03 e 04 - leonardo almeida - classificação d...
 
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício
DRE - Demonstração  do Resultado do ExercícioDRE - Demonstração  do Resultado do Exercício
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício
 
Tesouraria
TesourariaTesouraria
Tesouraria
 
Cálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de PagamentoCálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
 

Destaque (7)

A postila contabilidade de custos
A postila contabilidade de custosA postila contabilidade de custos
A postila contabilidade de custos
 
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsoContabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolso
 
Contabilidade custos gestao de custos aula dpto
Contabilidade custos gestao de custos aula dptoContabilidade custos gestao de custos aula dpto
Contabilidade custos gestao de custos aula dpto
 
Contabilidade de custos material prova 01
Contabilidade de custos   material prova 01Contabilidade de custos   material prova 01
Contabilidade de custos material prova 01
 
Contabilidade de custos exercicios gabarito
Contabilidade de custos exercicios gabaritoContabilidade de custos exercicios gabarito
Contabilidade de custos exercicios gabarito
 
Questoes respondidas custos
Questoes respondidas custosQuestoes respondidas custos
Questoes respondidas custos
 
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 1
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 1Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 1
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 1
 

Semelhante a Contabilidade de custos

Custos professor danilo pires
Custos professor danilo piresCustos professor danilo pires
Custos professor danilo pires
Danilo Pires
 
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custosTerminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Delza Carvalho
 
Custos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoesCustos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoes
custos contabil
 
gerenciamnto de custos
gerenciamnto de custosgerenciamnto de custos
gerenciamnto de custos
tania mendes
 

Semelhante a Contabilidade de custos (20)

Apostila iii nocoes de custos
Apostila iii   nocoes de custosApostila iii   nocoes de custos
Apostila iii nocoes de custos
 
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptxContabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
Contabilidade de custo e Industrial rev01.pptx
 
Custos professor danilo pires
Custos professor danilo piresCustos professor danilo pires
Custos professor danilo pires
 
GC aula 1
GC aula 1GC aula 1
GC aula 1
 
Classifique os custos
Classifique os custosClassifique os custos
Classifique os custos
 
Contabilidade gerencial
Contabilidade gerencialContabilidade gerencial
Contabilidade gerencial
 
Conceitos e classificacoes de custos
Conceitos e classificacoes de custosConceitos e classificacoes de custos
Conceitos e classificacoes de custos
 
Custo
CustoCusto
Custo
 
SLIDES - CONTABILIDADE DE CUSTOS - AULA 1.pptx
SLIDES - CONTABILIDADE DE CUSTOS - AULA 1.pptxSLIDES - CONTABILIDADE DE CUSTOS - AULA 1.pptx
SLIDES - CONTABILIDADE DE CUSTOS - AULA 1.pptx
 
Aula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão FinanceiraAula 1 Custos e Gestão Financeira
Aula 1 Custos e Gestão Financeira
 
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptxQUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
 
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custosTerminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
Terminologias aplicadas em custeio e classificação dos custos
 
Contabilidade de custos, gastos e investimentos
Contabilidade de custos, gastos e investimentosContabilidade de custos, gastos e investimentos
Contabilidade de custos, gastos e investimentos
 
Custos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoesCustos conceitos e classificacoes
Custos conceitos e classificacoes
 
departamentalização
 departamentalização departamentalização
departamentalização
 
Unidade 1 custo
Unidade 1 custoUnidade 1 custo
Unidade 1 custo
 
gerenciamnto de custos
gerenciamnto de custosgerenciamnto de custos
gerenciamnto de custos
 
Contabilidade de custos
Contabilidade de custosContabilidade de custos
Contabilidade de custos
 
Classificacao dos custos
Classificacao dos custosClassificacao dos custos
Classificacao dos custos
 
Custos completo
Custos completoCustos completo
Custos completo
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 

Último (20)

LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 

Contabilidade de custos

  • 1. Contabilidade de Custos Conceitos Básicos Definição da terminologia utilizada: Custo: Valor de entrada por compra ou produção; Preço: Valor de saída por venda; Mercadoria: Bem adquirido para revenda; Produto: Bem produzido para venda; Insumo: Bem adquirido para consumo; Desembolso: Saída de dinheiro do: Bolso, Bolsa, Caixa, Banco. Receita: Valor pelo qual os produtos foram vendidos. Gasto: Consumo de bem ou serviço, ativos adquiridos á vista ou prazo·. Gastos podem ser classificados em custo, despesa, perdas ou desperdício. Custos:sãogastosconsumidos na produção de outros bens ou serviços,Observem que não existem despesasde produção e sim custosde produção: M.Prima; materiais auxiliares; MOD;MOI;energia; água;serviços de apoio (almoxarifado, manutenção, refeitório, ambulatório, engenharia, etc). Despesas: São gastos consumidos no processo de geração de receita ou manutenção do negócio. Todas as despesas estão ligadas direta ou indiretamente ligadas à realização de receitas. Ex: Despesas administrativas, com vendas. Perdas: Gastos anormais ou involuntários que não geram um novo bem nem tampouco receitas e são apropriados diretamente no resultado do período em que ocorrem. Exemplos: ● Vazamento de materiais líquido ou gasoso ● Material com prazo de validade vencido ● Gastos incorridos em períodos de paralisação de produção Desperdícios: São gastos incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas e que possam sereliminados semprejuízo da qualidade ou quantidade dos bens,serviços ou receitasgeradas.Atualmente, o desperdício é classificado como custo ou despesa e sua identificação e eliminação é fator determinante de sucesso ou fracasso de um negócio. Na economia globalizada manter desperdício é sinônimo de prejuízo, pois não poderão ser repassados para o preço. Exemplos: ● Retrabalho decorrente de defeitos de fabricação; ● Estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos; ● Relatórios financeiros, administrativos e contábeis sem qualquer utilidade; ● Cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários.
  • 2. Classificação dos Gastos A separação dos gastos em custos e despesas é fundamental para a apuração do custo da produção e do resultado de um período. É importante lembrar que custossão gastosnecessáriospara a produção de bens e serviços,enquanto as despesas são gastos necessários para a geração de receitas. Podemos resumir que gasto é o consumo de algo, que pode ser adquirido á vista ou a prazo. Classificação dos gastos quanto às variações de volumes de produção e vendas. Quanto ao comportamento em relação às variações nos volumes de produção e de vendas, os gastos classificam-se como a seguir: ● custos e despesas fixas; ● custos e despesas semifixos e semivariáveis; ● custos e despesas variáveis. São os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independem do volume de produção, ou seja, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor total do custo. Exemplos: Salários das chefias, aluguel, seguros, impostos, pagamento de juros, etc. Os custos fixos têm as seguintes principais características: 1 - O valor total permanece constante. 2 - O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de produção por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade maior. Custos fixos de um período Volume de produção Custos fixos por unidade $ 12.000 5.000 unidades $ 2,40 $ 12.000 6.000 unidades $ 2,00 $ 12.000 4.000 unidades $ 3,00 Gasto Custo Despesa Gerar um novo Produto Receita
  • 3. 3 - Sua alocação para os departamentos ou centro de custo é determinada por critérios de rateio. 4 - A variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização da moeda ou por aumento ou redução significativa no volume de produção. Esse decréscimo no custo fixo unitário, com o aumento do volume de produção, é conhecido como economia de escala, uma das grandes vantagens competitivas das multinacionais que produzem para diversos mercados internacionais. Dessa maneira, podem aproveitar ao máximo a capacidade instalada da fábrica e reduzir os custos unitários de produção. Gastos semifixos ou semivariáveis Alguns gastos têm parte de sua natureza fixa e parte variável. Por exemplo, a depreciação é a perda de valor de um bem em função do desgaste pelo uso, pela ação do tempo e pela obsolescência. Essa perda de valor tem o seguinte comportamento: Perda de valor por Natureza Desgaste pelo uso Variável Ação da natureza Fixa Obsolescência Fixa Na prática, esses gastos são classificados em função do que seja mais relevante e de acordo com o critério de cálculo. No Brasil a depreciação é calculada pelo método linear, em função do tempo de vida útil. Assim sendo, é tratada como gasto fixo. Caso fosse calculado em função do tempo efetivo de utilização, seria variável. Vida útil estimada Custo Classificação Depreciação por Valor depreciado 5 anos $18.000 Fixo Tempo de vida útil independentemente do tempo de utilização= 20% ao ano $3.600 por ano ou $ 300 por mês 200.000 Km $ 18.000 Variável Km efetivamente rodado $0,09 por km rodado no período Custos Variáveis. São os custos que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira,o total dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Na maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo no volume produzido. Os custos variáveis têm as seguintes características: 1 – Seu valor total varia na proporção direta ao volume de produção; 2 – O valor é constante por unidade, independentemente da quantidade produzida;
  • 4. 3 – A alocação aos produtos ou centro de custos é, normalmente, feita de forma direta, sem a necessidade de utilização de critérios de rateios. Por exemplo, se uma indústria consome um metro quadrado de couro para produzir um par de sapatos, teremos o seguinte custo de material direto: Produção no período Consumo de couro por unidade Consumo total de couro 1.000 pares 1 metro 1.000 metros 1.200 pares 1 metro 1.200 metros 1.500 pares 1 metro 1.500 metros Os custos variáveis podem ser representados graficamente, como a seguir: Custo 5000 4000 3000 2000 1000 0 100 200 300 400 500 Quantidade Produzida Classificação dos gastos quanto à forma de distribuição e apropriação aos produtos. Existem duas formas de classificação dos gastos que são: Diretos e Indiretos. Custos Diretos São os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados. Os custos diretos, na grande maioria das indústrias, compõem-se de materiais e mão de obra, conforme definido a seguir. Materiais diretos: matérias primas, materiais de embalagem, componentes e outros materiais necessários à produção, ao acabamento e à apresentação final do produto. Mão de obra direta: é o trabalho aplicado diretamente na confecção do produto, suas partes ou componentes. Nas empresas industriais esse tipo de custo está sendo gradativamente substituído por máquinas e equipamentos.
  • 5. O custo em mão de obra compõe-se dos salários, provisões de férias e 13 salário e encargos sociais, que podem ser obrigatórios como INSS, FGTS e espontâneos como Assistência médica, cesta básica, seguro de vida, transporte, alimentação. Os custos diretos, de modo geral, são facilmente identificados com os produtos. Os matérias diretos, por exemplo, são normalmente requisitados com a identificação prévia de sua utilização. Via de regra,ao se emitir a requisição, seja ela manual ou automática, é indicado para qual produto ou OP o material será utilizado, o que facilita a posterior apropriação do custo à produção específica. A mão de obra direta, por sua vez, pode ser identificada, por meio de apontamentos, com o produto que está sendo fabricado, restando apenas à contabilidade de custos, de posse das informações relacionadas com a folha de pagamento e demais relatórios do departamento pessoal, efetuar as devidas apropriações às diversas unidades produtivas. Custos indiretos. São custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas,ordens de serviços ou produtos. Necessitam, portanto, da utilização de algum critério de rateio para a sua alocação. Exemplos: 1 – mão de obra indireta; 2 – materiais indiretos; 3 – outros custos indiretos; Mão de obra indireta: é representada pelo trabalho realizado nos departamentos auxiliares tais como mecânica, elétrica, almoxarifado, operador empilhadeira, preparador de máquina, ou seja, toda mão de obra aplicada na produção mais que não tenha um contado direto com a fabricação do produto. Não podendo mensurar em nenhum produto confeccionado. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com produto é irrelevante. Exemplos: graxas, lubrificantes, lixas, rebolos, materiais de proteção aos empregados, uniformes, combustíveis, energia elétrica, água, etc. Critérios de rateio. Representa os critérios utilizados para a distribuição dos gastos indiretos aos produtos, centro de custo. Esses critérios, muitas vezes, são subjetivos e arbitrários, podendo provocar distorções nos resultados finais. Não há critério de rateio que seja válido para todas as empresas e sua definição depende do gasto que tiver sendo rateado, do produto ou centro de custo e da relevância do valor envolvido. A principal regra para determinar um critério de rateio é o bom senso.
  • 6. Departamentalização ou Centro de Custos. É a divisão da empresas em áreas distintas, de acordo com as atividades desenvolvidas em cada uma dessas áreas. Dependendo da nomenclatura utilizada nas empresas,essas áreas poderão ser chamadasde departamentos,setores, centros de custos ou centro de despesas. Para a contabilidade de custos, é muito importante à correta definição das nomenclaturas, evitando interpretações equivocadas. Departamentos: è uma unidade operacional representada por um conjunto de homens e ou máquinas de características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro de uma mesma área, esta divisão por departamentos é aplicada a toda a empresa. Industriais Cromeação Usinagem Montagem Manutenção Administrativas Contabilidade Tesouraria Pessoal Compras Comerciais Vendas Marketing Expedição Atendimento Clientes Para a contabilidade de custos é importante separaros departamentosque atuam diretamente sobre o produto, então, é necessário dividir os departamentos industriais em duas formas, a saber: Departamentos Produtivos São os departamentos que atuam diretamente na confecção do produto, pois são eles que promovem qualquer tipo de modificação sobre o produto. Exemplo Estamparia Usinagem Forjaria Pintura Montagem Departamentos Auxiliares Também conhecidos como não produtivos, são os que existem basicamente para prestarserviços aos demais departamentos. Nestes departamentos não ocorrem nenhuma ação direta sobre os produtos. Exemplo Manutenção Almoxarifado Controle de Qualidade Engenharia Industrial Suprimentos É importante salientar que não apenas em uma atividade indústria aplicasse o sistema de departamentalização em todas as empresas pode se utilizar deste sistema. Por um único motivo: Controle de Gastos. Desta forma é possível medir o desempenho de toda a empresa de forma mais racional.
  • 7. Centro de Custos Uma vez definida a estrutura departamental da empresa, quase sempre um departamento é um centro de custos, mais nem sempre isto é uma verdade,pode um departamento ser composto por mais de um centro de custo. Defini- se centro de custos como sendo a menor unidade acumuladora de custos indiretos, é o nível mais baixo da estrutura que iremos estudar. Exemplo: Pode-se afirmar que a departamentalização é indispensável a uma empresa que se pretende efetuar uma correta apropriação dos custos indiretos aos produtos fabricados. Como os custos indiretos são formados por gastos ocorridos na fabrica toda, ou ainda por custos fixos e estes não possuem nenhuma relação direta com os produtos fabricados, é importante manter um controle apurado do montante destes gastos. De um modo geral estes gastos são alocados via rateio e rateio é sempre arbitrário. Sistemas de Cálculos de Custos Custeio por absorção direto: Apropriado o material direto (M. Prima), Mão de Obra direta, Outros custos de produção. Sendo que a mão de Obra e os outros custos são apropriados em função do volume de horas produtivas. Custeio por absorção Indireto: Apropriado o material direto (M. Prima), Mão de obra direta, Outros custos de produção é separado por centro de custo e distribuído ao produto segundo diversas formas, exemplo mão de obra indireta de acordo com o volume de horas prestadas a cada departamento, requisições de matérias auxiliares é apropriado segundo o centro de custo consumidor. CusteioABC:Oscritériossãoidênticos ao custeio indireto, porem este método é muito mais detalhado e complexo, os critérios de rateio são direcionados de acordo com um plano de atividades para cada departamento e rotina pertinente a cada um deles. Este método exige um nível de controle interno muito apurado, poucas empresasapuram seus custos segundo este método, alem do controle seu custo é muito alto, em muitos casos inchando o quadro de funcionários ou tornando os sistemas eletrônicos lentos e ineficientes. Custeio RKW: ( Reichskuratorium fur Wirtschftlichkeit): Sistema alemão de apuração de custos todos os outros sistemas são derivados deste. Este sistema está em desuso, pelo menos em sua forma original, o diferencial é que ele não separa os gastos em custo e despesas, todos os gastos fazem parte do custo do produto, o que não deixa de ser verdade, porem como já vimos é importante diferenciar os gastos, pois assim saberemos se o produto está inviável em função dos gastos de produção ou administrativos e vendas. Departamento: Laminação Decapagem Trefilação Laminação
  • 8. Custeio Padrão (Standard): Os critérios são idênticos ao custeio indireto, porem é apurado os custos uma única vez, no momento do orçamento da empresa para o próximo período, onde são determinadas taxas para cada fase ou departamento e valorizadas de acordo com o volume de horas trabalhadas em cada fase ou departamento. Durante o período em que esta taxa fica vigente e o que realmente acontece na produção surgem variações que são apresentadas segundo suas classificações, ex. Mão de Obra, Uso (materiais), Custo fixo. Tipos de Custos Custos dos materiais: Todos os gastos incorridos para a colocação do material em condições de uso incorporam ao seu valor. Materiais Diretos: são todos os materiais aplicados nos produtos (Matérias Primas, Componentes). Materiais Indiretos: são todos os materiais aplicados na produção, porem sem uma relação direta com os produtos, é apropriado de acordo com o centro de custo consumidor, estes materiais são classificados em dois grupos os Materiais Auxiliares e Materiais Operacionais. Materiais Auxiliares: vernizes, adesivos, pregos, ácidos, material de solda, abrasivos, etc. que muitas vezes estão presentes nos produtos (sem ser a matéria prima), mas cuja quantidade ou valor são tão pequenos, que não justificam economicamente a apropriação direta. Materiais Operacionais: material de limpeza, óleo, graxa, lubrificantes, que não compõem o produto. Esta classificação é própria de cada empresa e seguimento de negócio, em vias gerais os materiais são classificados segundo dois critérios: Capacidade de apropriação ou controle: Todos os materiais requeridos na Op, que não sejam matérias primas ou utilizados em pequenas quantidades, são geralmente designados como materiais auxiliares. Capacidade de justificativa: materiais não requeridos nas Ops, porem necessários no processo produtivo. Apuração das quantidades de materiais aplicados. Asquantidades de materiais aplicados podem serapuradasde formas direta ou indireta. Na forma direta osmateriais são retirados do almoxarifado através de requisição, que contém as informações necessárias a identificar para qual Tipos de Materiais Materiais Diretos Materiais indiretos Custos Gerais Materiais Auxiliares Materiais Operacionais
  • 9. produto o material será aplicado. E para os materiais indiretos (operacionais) deverá contem informações que indiquem em qual centro de custo o material será utilizado. Na apuração indireta a quantidade de material aplicado, como às vezes é realizada em unidades fabris de pequeno porte, o consumo é apurado utilizando uma fórmula. Este método é muito simplista e não dá condições de verificar os problemas freqüentes que acontecem nos estoques, como por exemplo, perdas, furtos e deteriorações. Toda a diferença é registrada como consumo, portanto, custo de produção. Custos de combustíveis e de energia. Este grupo de custos se subdivide, segundo o grau de importância, que resulta essencialmente do montante dos custos, em tipos de custos. Fazem parte dos combustíveis para aquecimento: Carvão, coque, óleo combustível e gás natural. Fazem parte dos combustíveis para veículos: gasolina, óleo diesel, gás, óleo lubrificante. Como energia em primeiro lugar a energia elétrica, gás, ar comprimido e vapor. De acordo com o montante dos custos do consumo de água deverá ser decidido, se os custos com água serão registrados no tipo de custos de energia ou em separado. Os registros das quantidades aplicadas e dos preços de custo comprados e consumidos são relativamente simples, partindo do pressuposto que a empresa mantém um controle de produção satisfatório. Com a energia gerada pela própria fabrica fica mais difícil manter um controle e para evitar mais um controle, normalmente estesitens são registrados como custos gerais e rateadospara os centrosde custos segundo um critério pré-estabelecido. Custos de Recursos Humanos. Mão de obra como todos os outros itens de custo é dividida em direta e indireta, e para ambas o calculo que veremos a seguir é valido. Consumo = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final Consumo = EI C EF Custos de Combustíveis e Energia Combustíveis para Aquecimento e Veículos Custos de Água e Energia
  • 10. Alem do valor do salário, faz parte deste custo todos os encargos sociais determinados na CLT e nos acordos ou convenções coletivas de trabalho. Que seriam: Repousos semanais remunerados; Férias; 13º Salário; Contribuição ao INSS; Remuneração dos feriados; Faltas abonadas; FGTS; Cesta básica; Seguro de Vida; Transporte; Alimentação; Assistência médica; Plano de Pensão; Sobre o total dos salários o empregador é obrigado recolher as seguintes contribuições: Previdência Social 20,0% Fundo de Garantia 8,0% Seguro – acidentes do trabalho 3,0% Salário – Educação 2,5% SESI ou SESC 1,5% SENAI ou SENAC 1,0% INCRA 0,2% SEBRAE 0,6% Total 36,8% A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividi-lo pelo numero de horas que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição. Vejamos um exemplo: Suponhamos que um operário seja contratado por $ 5,00 por hora. A jornada máxima de trabalho permitida pela CLT é 44 horas semanais (sem considerar horas extras). Supondo-se semana não inglesa, isto é,semana de seis dias sem compensação do sábado, a jornada máxima diária será de: 44 / 6 = 7,3333 horas que equivalem a 7 horas e 20 minutos. Assim, podemos estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode oferecer a empresas: Número total de dias no ano 365 dias (-) Repousos Semanais 48 dias (-) Férias 30 dias (-) Feriados 12 dias (=) Nº máximo de dias à disposição do empregador 275 dias
  • 11. (x) jornada máxima diária 7,3333 horas (=) Nº máximo de horas à disposição por ano 2.016,7 horas A remuneração anual desse empregado será, então: (a) Salários: 2.016,7 h x 5,00 10.083,50 (b) Repouso semanal 48 x 7,3333 x 5,00 1.759,99 (c) Férias 30 x 7,3333 x 5,00 1.100,00 (d) 13º salário 30 x 7,3333 x 5,00 1.100,00 (e) Adicional de férias 1/3 x ( c) 366,66 (f) Feriados 12 x 7,3333 x 5,00 440,00 Total 14.850,15 Encargos Sociais 36,8% Total 20.315,01 Sendo assim o custo hora para a empresa será: 20.315,01 / 2.016,7 = 10,07 Os encargos sociais mínimos provocaram um acréscimo de: (10,07 / 5,00)-1 = 101,4% Tabela de Desconto do INSS – Assalariado De R$ Até R$ 1.399,12 8% de 1.399,13 Até R$ 2.331,88 9,00% De R$ 2.331,89 Até R$ 4.663,75 11,00% Como já vimos anteriormente à mão de obra direta é definida como o gasto aplicado direto no produto, ou seja, é o valor do salário do operador de máquina, no caso de uma empresa industrial. Desta forma ela será agregada ao produto de acordo com o tempo gasto, resta a empresa, portanto ter um controle eficiente destas horas. Mão de obra indireta é o valor do salário dos auxiliares á produção como, por exemplo, de um preparador de máquina, ou setores ligados, como manutenção, ferramentaria, almoxarifado. Normalmente as horas de mão de obra indiretas são rateadas aos produtos em função do volume das horas de produção. Calculando uma taxa gerale cada produto receberá uma parcela deste custo de acordo com seu tempo de produção. Custo da Manutenção. Quanto mais técnica for à unidade fabril, tanto maior será a importância dos custos de manutenção, que neste caso precisam ser apresentadas em forma detalhada para fins de planejamento e controle.
  • 12. Nos custos de manutenção se pode diferenciar entre os serviços realizados internamente e por terceiros. Para os serviços realizados por terceiros existem faturas, de maneira que estes podem ser atribuídos de forma direta aos centros de custos que recebeu os serviços. Para os serviços realizados pelo departamento de manutenção, devem- se criar sistemas de controles eficientes, onde se possa apontar o volume de horas trabalhadas e o material aplicado em cada tarefa. A ferramentaria é outro departamento muito importante e grande gerador de custos indiretos, em muitas empresas este setor é tão importante quanto os setores produtivos. Este setor é responsável pela fabricação de ferramentais específicos e imprescindíveis para a produção. Deve-se manter um perfeito controle sobre os gastos aqui realizados e apontados de forma adequada ao consumo dos materiais gerados. Muitas vezes os gastos realizados não são aplicados na fabricação de novos produtos e sim destinados ao estoque de ferramentas. Só podemos contabilizar como custo àquilo que realmente está gerando produção. Custos Imputados. Custo Imputado é um valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizável como tal. Normalmente não ocorre gasto nenhum, ele é subjetivo e polêmico. Para esclarecemos melhor vamos mostrar alguns exemplos: Custo de Oportunidade: É comum o gestor de a empresa levar em consideração o juro que poderia estar ganhando com uma aplicação financeira ao em vez de estar investindo em estoques de materiais primas. O mesmo pode-se afirmar ao Aluguel do prédio próprio, ao invés de utilizá-lo no processo produtivo poderia alugá- lo e ter um retorno como no caso anterior. Um exemplo bastante importante de Custo Imputado é o casobrasileiro de Depósito Compulsório para Importações. A empresa se vê obrigada a deixar um valor depositado durante um determinado tempo para poder importar, por exemplo, uma matéria prima. Não pode contabilizar os encargos financeiros ou o juro do capital empregado como custo do produto. Gerencialmente, todavia, interessa a empresa ter esse gasto ou custo de oportunidade colocada sobre o custo totaldo produto, para melhor poder analisá-lo. Nada impede isso para efeito de decisão; pelo contrário, é exatamente desejável, mas é necessário levar em conta que só para essa finalidade interna pode haver a incorporação ao custo global do produto. O raciocínio é gerencialmente válido, mais não contabilizável.