1) O documento discute vários tópicos relacionados à maçonaria, incluindo a mulher na maçonaria, feriados, datas históricas e almanaque.
2) É apresentado um artigo sobre a mulher na maçonaria, argumentando que embora mulheres não participem ativamente, prestam colaboração importante e são respeitadas.
3) Há menção a raros casos históricos de mulheres que teriam recebido o primeiro grau maçônico, embora não haja evidências documentais que confirmem.
1. JB NEWS
Informativo Nr. 380
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 15 de setembro de 2011
Índice desta quinta-feira:
1. Almanaque
2. A Mulher na Maçonaria (Ir. Anatoli Oliynik)
3. A aclamação Huzzé, Huzzé, Huzzé!
4. Especulações a respeito das Iniciações no futuro (Ir.
Hercule Spoladore)
5. Destaques JB
2. livros Indicados
JB NEWS E RADIO SINTONIA
UMA DOBRADINHA INCRÍVEL
ACESSE:
WWW. RADIOSINTONIA33.COM.BR
24 horas com você
3. 1514- D. Manuel I concede foral ao Montijo.
1590 - O Cardeal Giambattista Castagna é eleito Papa, com o nome de Papa
Urbano VII.
1644 - O Cardeal Giambattista Pamphili é eleito Papa, com o nome de Papa
Inocêncio X.
1821 - A Guatemala, a Costa Rica, a Nicarágua, El Salvador e Honduras
declaram a independência da Espanha.
1862 - Forças confederadas de Jackson uniram-se com as de Lee na Guerra Civil
Americana.
1903 - Fundação do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, clube de futebol
brasileiro.
1928 - O cientista Alexander Fleming anuncia a descoberta da penicilina
1944 - Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do Marechal
Mascarenhas de Morais, parte para a guerra na Itália.
1965 - Lei 4.771 institui o Novo Código Florestal Brasileiro.
1971 - Greenpeace, uma ONG, é fundada. Nasce a TV Record Rio Preto, que em
2009 completa 38 anos.
1975 - O Pink Floyd lançam um de seus maiores sucessos: Wish you were here
1976 - URSS lança nave Soyuz 22.
1978 - Muhammad Ali conquista novo recorde de quarto título mundial de
pesos-pesados.
1982 - Massacre de Sabra e Shatila no Líbano.
1984 - A legendária equipe de futebol estadunidense New York Cosmos realiza
a sua última partida oficial.
2008 - O banco norte-americano Lehman Brothers declarou falência, o que foi
considerado o ápice da crise financeira de 2008-2009.
2009 - FIA anuncia a volta da equipe Lotus a Fórmula 1.
4. Início do Yom Kippur.
Dia da Virgem do Caminho (que, dependendo dos locais, também é
comemorado a 5 de outubro)
Dia do Idoso Japonês.
Mitologia chinesa: Aniversário da Lua, instituído pelo imperador Ming Wong.
Portugal
Legalização da Rede Ex Aequo.
Feriado municipal em Setúbal.
Brasil
Feriado municipal em Açucena, Minas Gerais - Dia de Nossa Senhora da
Piedade
Feriado municipal em Barbacena, Minas Gerais - Dia da padroeira, Nossa
Senhora da Piedade.
Feriado municipal em Boa Esperança, Minas Gerais - Dia de Nossa Senhora das
Dores
Feriado municipal em Cruz das Almas, Bahia - Dia de Nossa Senhora do Bom
Sucesso, padroeira da cidade.
Feriado municipal em Guaxupé, Minas Gerais - Dia da padroeira, Nossa
Senhora das Dores.
Feriado municipal em Ibiraci, Minas Gerais - Dia de Nossa Senhora das Dores
Feriado municipal em Itaguara, Minas Gerais - Dia da padroeira, Nossa Senhora
das Dores.
Feriado municipal em Januária, Minas Gerais - Dia da padroeira do município.
Feriado municipal em Lima Duarte, Minas Gerais - Dia da padroeira
Feriado municipal em Pará de Minas, Minas Gerais - Dia da padroeira, Nossa
Senhora da Piedade.
Feriado municipal em Dores do Indaiá, Minas Gerais - Dia da padroeira, Nossa
Senhora das Dores.
Feriado municipal em Várzea Paulista, São Paulo – Dia da padroeira, Nossa
Senhora da Piedade.
Feriado municipal em Lençóis Paulista, São Paulo – Dia da padroeira, Nossa
Senhora da Piedade.
Feriado municipal em Magé, Rio de Janeiro - Dia da padroeira, Nossa Senhora
da Piedade.
Feriado municipal em Porto Real, Rio de Janeiro - Dia da padroeira, Nossa
Senhora das Dores.
Feriado municipal em Rio Claro, Rio de Janeiro - Dia da padroeira
Feriado municipal em Casimiro de Abreu (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro
Feriado municipal em Tubarão (Santa Catarina) - Dia da padroeira, Nossa
Senhora da Piedade.
Feriado municipal em Caruaru, Pernambuco - Dia da padroeira, Nossa Senhora
das Dores.
Feriado Municipal em Brotas, São Pulo - Dia da Padroeira, Nossa Senhora das
Dores
Aniversário do município de Barra do Garças, Mato Grosso
Aniversário do município de Limeira, São Paulo
Aniversário do município de Avaré, São Paulo
5. Aniversário do município de Ponta Grossa, Paraná
Aniversário da cidade de Jaguariaíva, Paraná
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1765:
Nasce Manuel Maria Barbosa Du Bocage () muito perseguido pela
Inquisição
1820:
Vitoriosa a Revolução Constitucionalista em Portugal. Convocado um
Parlamento (as Cortes) que busca reduzir o Brasil à condição de colônia
novamente. A imprensa livre estimula os debates e faz crescer o apooio à
Independência.
1821:
Começa a circular, dirigido por Gonçalves Ledo e pelo Cônego Januário
Barbosa, o jornal Revérbero Constitucional.
1832:
O marquês de Lafayette é feito Maçom do Real Arco no Capítulo
Jerusalémn nr. 8, de Nova York.
1832:
Ata da Sessão registra que o Grande Oriente do Brasil adotou o Rito
Francês ou Moderno.
1851:
Fundação da Grande Loja de Oregon dos Maçons Livres, Antigos &
Aceitos.
1901:
6. Fundação da Loja Maçônica Cayrú nr. 0762, no bairro Meier, do
GOB/RJ
1916:
Fundação do Supremo Conselho do Panamá.
1994:
Fundação da Loja Herbert Jurk, de Timbó, GOB/SC
2001:
Os Grão-Mestres das Grandes Lojas do Nordeste expressam total apoio
ao Soberano Grande Comendador de Estado, atingidos pela expulsão da
GLMERJ
7. Terça-feira (13) na
Loja Ordem e Fraternidade nr. 98 (GOSC),
durante os debates da palestra do Ir.
Hercule Spoladore sobre
“Paradoxos, Paradigmas e
Distorções da Maçonaria no Brasil”,
a mulher na Maçonaria foi um dos pontos
que prendeu a atenção dos participantes.
Por oportuno, buscamos em nossos arquivos
mais um subsídio da discutível matéria.
Trata-se de um artigo inteligente da lavra do estudioso
Ir Anatoli Oliynik
sobre “A Mulher na Maçonaria”.
O autor, Ir.∙. Anatoli Oliynik,
é Administrador, Consultor de Empresas
e membro da Academia de Cultura de Curitiba.
Grande Secretário-Geral Adjunto de Orientação Ritualística para o Rito de York
do Grande Oriente do Brasil e membro da Academia Paranaense de Letras
Maçônicas
8. A base da Instituição maçônica é a fraternidade. Por isso reúne os
homens em suas Lojas, nas quais reinam a moral, a tolerância e a
solidariedade. Porém, a Maçonaria também dedica à família o melhor
de suas atenções. E embora a mulher não participe diretamente dos
trabalhos maçônicos, não se pode dizer que não lhes presta a sua
colaboração, pois, enquanto os maridos se dedicam aos trabalhos da
Loja, as esposas se constituem em guardiãs do lar e dos filhos.
Os Maçons tributam, portanto, à mulher não somente o respeito que
ela merece como mãe, esposa, irmã e filha, mas também pela
admiração a que tem direito por ser o ornamento da humanidade, na
qual tem exercido um grande papel civilizador e propulsor do
progresso dos povos.
A Maçonaria não admite, por tradição, as mulheres em suas Lojas como
membros ativos. Mas, em muitas Lojas, têm a seu cargo os trabalhos
assistenciais da Oficina , e espalham a seu redor o carinho, o amor ao
próximo e todas as virtudes peregrinas que formam os dotes da
sensibilidade feminina.
Giz G. Huard (L’art Royal – p. 145) que no seu famoso discurso, datado
de 21 de março de 1737, Ramsay justificou a exclusão das mulheres da
Maçonaria, alegando que a sua presença poderia alterar a pureza dos
costumes.
Sabemos, no entanto, que os motivos são muito diferentes e remontam
aos alvores das sociedades humanas. No que se refere propriamente a
instituição maçônica, convém ter na devida conta que, ao ser fundada a
Maçonaria Moderna , as suas reuniões se realizavam em tavernas, as
quais, por mais seletas que fossem, não eram locais muito apropriados
para as senhoras. Além da tradição da arte dos pedreiros que excluía as
mulheres da profissão, os clubes, então em grande voga, só admitiam
homens que se reuniam entre si para tratar dos seus negócios. Os
ingleses sempre gostaram dos clubs only for man (clubes somente para
homens) e a maçonaria nasceu na Inglaterra.
Esta regra, contudo, não foi expressa em palavras precisas em nenhum
dos “Antigos Deveres” (Old Charges), embora todos os regulamentos se
refiram apenas a homens e muitos deles, de forma alguma, poderiam
ser aplicados a mulheres. Os regulamentos corporativos proibiam o
emprego das mulheres na indústria, com exceção da viúva do mestre
da oficina, e mesmo de sua filha.
9. A exclusão da mulher, na Maçonaria operativa, prendia-se, muitas
vezes, ao fato de a mulher operária daquela época, ganhando salário
inferior ao homem, tornar-se uma concorrente tão poderosa quanto
nefasta, ou pelo menos assim julgava uma sociedade que vivia
atrofiada pela falta de mercados e de empregos.
Mas se a corporação deixava a mulher viúva ou filha órfã, do mestre,
continuar o negócio-privilégio do marido para poder manter-se e aos
filhos, não lhe permitia, contudo, aceitar aprendizes, por lhe faltarem
conhecimentos profissionais para instruí-los devidamente.
Sabe-se, porém, por meio das relações do imposto de capitação, da
existência de mulheres gesseiras, almofarizeiras , e mais raramente
pedreiras. Não obstante, Bernard E. Jones fala de várias viúvas que
faziam parte da Companhia de Maçons de Londres.
Somente em 1723, nas Constituições maçônicas é que, pela primeira
vez, a palavra “mulher” foi introduzida na lei. Diz-se, e de maneira
explicita, que “as pessoas admitidas como membros de uma Loja
devem ser homens bons e verdadeiros… e n~o escravos, nem mulheres
etc.”
Eliane Brault em La F.M. et l’Émancip. des Femmes (A Franco-
maçonaria e a emancipação da mulher) expõe os motivos dessa
medida. Dizendo:
“Decretando desde a sua fundaç~o que n~o aceitaria sen~o homens
livres e de bons costumes, a Maçonaria afastava os mercenários (o
termo proletário não existia ainda naquela época) como privados de
liberdade, os assalariados dependendo de um patrão, os judeus que
não tinham ainda conquistado os direitos de cidadãos, os comediantes
e os artistas, que não eram considerados como de bons costumes, já
que o acesso à igreja lhes era proibido; a fortiori era obrigada a afastar
as mulheres, visto que as leis e os costumes as mantinham em estado
de menoridade e de subordinaç~o” (pp. 12-13).
Apesar da Maçonaria Moderna excluir terminantemente as mulheres
de qualquer participação ativa na Loja, são conhecidas algumas
narrativas de casos raros de mulheres que receberam o Primeiro Grau.
As narrativas referem-se a:
1. Sra. Aldworth (Elisabeth Saint-Leger – 1693-1773)
Conhecida na Inglaterra como a “Dama Maçom” teria sido iniciada,
10. ainda solteira, por volta de 1710. Era filha do 1º Visconde de Doneraile,
do condado de Cork, na Irlanda, casando-se, em 1713, com Richard
Aldworth. Entretanto, não há evidências documentais de que a Sra.
Aldworh tenha sido efetivamente iniciada no Primeiro Grau da
Maçonaria.
2. Sra. Beaton:
Escondeu-se uma tarde no forro de madeira de uma Loja de Norfolk, na
Inglaterra, surpreendendo os segredos maçônicos. Foi então iniciada.
Esta mulher, que era chamada “o Maçom”, guardou o segredo até a sua
morte em 1802. Não existem evidências documentais que confirmem o
fato narrado.
3. Madame de Xaintrailles:
Segundo a narrativa, que não cita a data em que se passou, o fato teria
se passado na Loja des Frères Artistes , em França, presidida pelo
Irmão Cuvelier de Trie, quando era celebrada uma Festa de Adoção.
“Antes da introduç~o dos membros femininos, os Irm~os abriam a Loja
no primeiro grau”. “Entre os visitantes que esperavam na antecâmara
estava um jovem oficial em uniforme de cavalaria”. “O Irm~o
encarregado do exame dos visitantes pediu-lhe o diploma ou o
certificado (de maçom) para ser examinado pela Loja”. “Após uma
pequena hesitação (o oficial) entregou um papel dobrado que foi
imediatamente encaminhado ao Orador da Loja, o qual, ao abri-lo,
descobriu tratar-se de uma patente de ajudante de ordens, outorgada
pelo Diretório (1795-1799) à esposa do General Xaintrailles, uma
mulher que, com várias outras, naqueles tempos conturbados, tinha
revestido o traje masculino, alcançando uma graduação militar pela
espada”.
Maçonaria Feminina ou de Adoção
O estado de inferioridade física da mulher foi o motivo de menoridade
jurídica em que se achou relegada até este século. E também a razão
por que não foi admitida, pelo menos oficialmente, na Maçonaria
Operativa e, conseqüentemente, na Maçonaria Moderna, salvo uma ou
outra exceção, que não fazem mais do que confirmar a regra geral.
As Constituições maçônicas de 1723 tornaram explicita a exclusão da
mulher na Ordem maçônica. Esta regra transformada em Landmarque ,
é uma daquelas que são exigidas para a regularidade de uma
Obediência maçônica e o subseqüente reconhecimento.
11. Não obstante, na sua Convenção de 1935, a Grande Loja de França
encarregou o seu Conselho Federal de “submeter ao estudo das Lojas,
de acordo com as Lojas de adoção, as modalidades permitindo a
outorga a essas Lojas da independência ou da autonomia, mesmo
obediencial, que lhes permitiria, em condições novas de administração,
prosseguir, do ponto de vista feminino, a obra de fraternidade e de
toler}ncia da Maçonaria masculina”.
Isto significa, do ponto de vista daquela Potência francesa, que a tutela
masculina não se justificava mais, daí a necessidade de adaptar as
Lojas femininas. Porém a Guerra de 1939-1945 atrasou a realização do
projeto. Não obstante, na Convenção de 1945 da Grande Loja de
França, diz Alec Mellor, o Grão-Mestre Michel Dumesnil de Gramont
voltou ao assunto nos seguintes termos:
“Desejaria chamar a vossa atenção sobre a participação da mulher na
obra maçônica e, por conseguinte, sobre as Lojas ditas de adoção. Hoje,
a emancipação da mulher é, no domínio político, plenamente realizada.
É de se pensar que o será, brevemente, no domínio jurídico. – Seria
realmente um paradoxo ofensivo de ver a Maçonaria, inteiramente
voltada para o progresso, permanecer como último refúgio da
concepção antiquada, visando manter a mulher num estado
humilhante de menoridade. – Assim, quando as nossas Irmãs
manifestaram a intenção muito natural de reconstituir as suas Oficinas,
decidimos por um termo a uma fórmula já caduca para chegar enfim ao
que devia ser a conseqüência lógica do esforço pretendido desde há
quarenta anos e mais nas nossas Lojas de Adoção, quer dizer à criação,
em França, como isto existe na Inglaterra, de uma Maçonaria feminina
autônoma.
As nossas Irmãs asseguraram-nos, aliás, que se consideravam sempre
como permanecendo sob o patrocínio espiritual da Grande Loja de
França e que a sua atividade se inspirava constantemente nos
princípios da Maçonaria escocesa.
Quanto a nós, não podemos esquecer que, durante longos anos, as
Irmãs, que uma evolução natural terá conduzido à independência,
contribuíram para a ação e a prosperidade da Grande Loja.
Isto nos cria para com elas deveres que não poderíamos esquecer e
que se devem traduzir por um concurso material e moral tão extenso
quanto for necessário, para permitir-lhes organizar a primeira
Maçonaria feminina autônoma que a França terá conhecido.
12. Esperamos, meus Irmãos, que haveis de querer consagrar com a vossa
aprovação um ato que pode ter, no porvir, as mais importantes e as
mais felizes conseqüências….” (pp. 194-195).
E assim, em 17 de setembro de 1945, a Grande Loja de França ab-
rogava os textos regendo a Maçonaria de adoção, abolia esta última
definitivamente e em 21 de outubro de 1945 uma nova obediência, a
União Maçônica Feminina, realizava a sua primeira assembléia geral.
Em 1952, esta obediência passou a denominar-se Grande Loja
Feminina de França e em 1959 adotou o Ritual masculino do Rito
Escocês Antigo e Aceito, ligeiramente modificado em alguns pontos e
detalhes. Em 1963, Alex Mellor (op. Cit.) escrevia ainda:
“A jovem obediência conta atualmente com cerca de vinte Lojas e um
pouco mais de 50O membros. A sua orientação difere da do Direito
Humano no fato de ela preferir nitidamente as questões de simbolismo,
quer dizer as verdadeiras questões maçônicas, às questões de política,
mesmo qualificada de ‘sociais’”.
“Os Maçons das outras obediências s~o admitidos como ‘visitantes’,
incluídos os do Direito Humano e as Irmãs do Direito Humano também,
liberalismo que alguns acham excessivo por duas razões: a primeira é
que os Maçons do Direito Humano não são admitidos como visitantes
nas Lojas da Grande Loja de França, e que a unidade do Escocesismo
teria a ganhar se a Grande Loja Feminina de França não desse a esta
última uma espécie de reprovaç~o pelo menos aparente”. “A segunda é
que o Direito Humano não admite como visitantes as Irmãs da Grande
Loja Feminina de França, tendo como motivo que esta última seria
‘irregular’, crítica que, por certo, n~o falta de aud|cia e mesmo de
comicidade para quem compara as origens do Direito Humano àquela
diretamente saída da Grande Loja de França!”
A Grande Loja Feminina de França compreende certos elementos de
valor e várias mulheres célebres.
Falta-lhe resolver um problema difícil: o dos Altos Graus. Até aqui ela
só pratica os graus simbólicos, e somente o Supremo Conselho do Rito
Escocês poderia permitir às mulheres ter acesso aos graus superiores.
A questão não se apresentou ainda, segundo o nosso conhecimento
pelo menos. Não é querer ser profeta pelo fato de conjeturar que a
Grande Loja Feminina de França permanecerá uma obediência
simbólica” (pp. 195-196).
13. Em 1965, em razão de suas relações cada vez mais íntima com o
Grande Oriente de França, a Grande Loja caiu na irregularidade,
produzindo-se então uma cisão. O Supremo Conselho do Rito Escocês
Antigo e Aceito reconheceu a Grande Loja Nacional Francesa como
Obediência legitima, para lá se retirando com numerosas Oficinas que
o seguiram, depois de proibir à Grande Loja de França que se
considerasse, no futuro, escocesa.
O progresso, em nossos dias, estabeleceu, entre homens e mulheres,
igualdade de direitos sociais, políticos e jurídicos. Poderá este novo
status influir para a reconsideração de uma posição à qual faltam as
bases tradicionais que colocavam a mulher sob a dependência e tutela
do homem?
Maçonaria Mista ou Comaçonaria.
Denominação dada a obediências formadas por Lojas nas quais são
admitidas as mulheres, em pé de igualdade com os homens, não sendo
por isso reconhecidas pela Maçonaria regular.
A Maçonaria Mista teve início em 1882, com a iniciação de Marie
Deraismes, na Loja “Livres Pensadores”, jurisdicionada { Grande Loja
Simbólica Escocesa de França, que não reconheceu aquela iniciação e a
declarou nula e ilegal e demoliu a Loja.
O Dr. Georges Martin, Vener|vel da Loja “La Jerusalém Ecossaise”,
apresentou, em 1890, uma proposta à Grande Loja para a admissão das
mulheres na Maçonaria, que não foi tomada em consideração. Em vista
disso, o Dr. George Martin e Marie Deraismes fundaram. Em 1893, a
Grande Loja Simbólica Escocesa Mista de França “O Direito Humano”,
que n~o foi reconhecida pelas Obediências francesas “masculinas”.
Em 1903, a Grande Loja de França reconheceu a qualidade maçônica
das Obediências Mistas, submetendo, porém, os seus membros
masculinos à admissão e regularização, após expedição de sindicâncias.
Em 1920, o Grande Oriente de França reconheceu o “Direito Humano”,
havendo troca de Garantes de Amizade. Não admitiu, porém, as Irmãs
em seus Templos.
A cooperação da mulher nos trabalhos maçônicos tem sido cogitada
pelas Lojas de vários países, todavia as opiniões divergem a esse
respeito.
14. Com o propósito de dar consistência ao desejo das Oficinas de ver os
membros femininos das famílias de seus obreiros ocupar-se do setor
filantrópico das Lojas, a Constituição de 1967, do Grande Oriente do
Brasil criava a “Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul”, entidade
paramaçônica sem caráter iniciático, constituída das esposas, das
ascendentes, descendentes e colaterais e afins de Maçons regulares,
com o fim de prestar os serviços de filantropia, educação e cultura,
preconizada pelo Grande Oriente do Brasil.
No Paran| a representante (Presidente) da “Fraternidade Feminina
Cruzeiro do Sul” é a nossa cunhada Sarah Gennari.
Com a permissão do meu Confrade na Academia Paranaense de Letras
Maçônicas, Irmão Frederico Guilherme Costa, reproduzo a seguir o seu
artigo, denominado “O Ide|rio da Maçonaria e as suas Preocupações
com a Quest~o da Sexualidade”. Trata-se de uma posição particular do
Irmão Frederico e que não expressa o pensamento da maioria dos
maçons brasileiros, mas que merece a atenção dos maçons e das
cunhadas, levando-os a uma profunda reflexão.
O Ideário da Maçonaria e as suas Preocupações com a Questão da
Sexualidade.
“Falar sobre a preocupaç~o da Maçonaria com a quest~o da
sexualidade é tratar do assunto da mulher na Instituição, o que não é
tarefa muito confort|vel”. “Em l774 temos um rito ou Maçonaria de
Adoção, destinado às mulheres. Esta iniciativa coube ao Grande
Oriente da França que exigiu subordinação a uma Loja regular
masculina. Gervásio de Figueiredo , especialista no assunto, nos fala
dos seguintes graus:
l – No Sistema Francês e Escocês, cinco: Aprendiz, Companheira,
Mestra Perfeita e Soberana Ilustre Escocesa.
2 – No Sistema de Menfis, cinco: Aprendiz, Velada, Mestra, Mestra
Perfeita e Sublime Eleita.
3 – Na Maçonaria Egípcia de Cagliostro, três: Aprendiz, Companheira e
Mestra Egípcia.
4 – Na Comaçonaria, cujo lema é o “Direito Humano”, s~o as mulheres
admitidas em perfeita igualdade com os homens, tanto nos graus como
nas funções, tal qual foram, segundo acreditam, nos Antigos Mistérios
do Egito e da Grécia.
15. Observamos que uma forte dose de misticismo está presente no único
sistema que existe até hoje: o “Direito Humano”, criado em l893, fruto
de uma importante reivindicação feminina visando a igualdade civil e
política.
Tentando justificar o impedimento da mulher na Maçonaria dita
regular, os maçons tradicionais invocam o item dos OITO PONTOS
exigido pela Grande Loja Unida da Inglaterra para reconhecer uma
Obediência Maçônica:
“Os membros da Grande Loja e das Lojas individuais devem ser, única e
exclusivamente homens. Nenhuma Grande Loja poderá manter
relações com Lojas que admitam mulheres como membros”.
O maçom francês e católico Alec Mellor procura justificar o
impedimento por razões históricas, psicológicas e morais. Tenta
demonstrar que na Maçonaria dita operativa não era possível
existirem pedreiras, o que é verdadeiro. Com acerto declara que
quando da fundação da Moderna Maçonaria, o Club maçônico londrino,
a exemplo dos tradicionais clubes de homens, não aceitavam a
iniciação feminina. Cabe a transcrição do autor citado:
“Na época da Franco-Maçonaria operativa, por definição, não era
possível existirem ‘pedreiras’. Quando, no século XVIII, fundaram-se as
primeiras lojas especulativas, o seu modelo foi o desta instituição
tipicamente britânica, o Club, essencialmente masculinos. Por razões
psicológicas e morais: a pretensa inaptidão das mulheres para
guardarem segredo é um absurdo puro e simples, mas o mesmo não
ocorre com a sua dificuldade de admitirem a igualdade social entre
elas, nem com a sua sensibilidade mais viva do que a dos homens. Em
um mundo fechado, onde a sensibilidade se torna mais arrebatada, a
vivacidade de certas reações femininas decuplicaria, prejudicando o
espírito fraternal. Enfatizou-se igualmente a hostilidade muito fácil que
as mulheres nutrem umas pelas outras, sobretudo se são de idades
diferentes, assim como o perigo que o espírito fraterno correria de
eventuais adultérios e também de brigas entre homens tão caras às
coquetes”
Mesmo admitindo que a pretensa inaptidão das mulheres para
guardarem segredo é um absurdo puro e simples, Mellor tropeça no
seu entendimento psicológico quando entende que as mulheres não
admitem a igualdade social entre elas e que a vivacidade de certas
reações femininas decuplicaria, prejudicando o espírito fraternal ao
lado de eventuais adultérios. São argumentos falhos, machistas. Como
16. impedir uma cidadã que elege e é eleita, o ingresso numa sociedade
que defende a liberdade e a igualdade? A única resposta possível se
encontra no “espírito” do clube londrino, e, não nas absurdas
considerações morais e psicológicas, pois para que exista uma adúltera
é óbvio que deve, igualmente, existir um adúltero.
Enquanto este “espírito” londrino existir e as Obediências
reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra insistirem na
necessária regularidade, só restará o protesto e a incompreensão dos
maçons que vêem na mulher algo mais do que o simples e agradável
prazer sexual.
Isolada, a mulher maçona encontra-se no espaço excludente
reatualizando-se a cartografia aristotélica dentro da ética da natureza:
“os homens s~o desiguais pela própria natureza humana”. Embora
tratando com carinho a mulher, o maçom, dentro de um processo de
longa duração, não quer inseri-la no espaço da produtividade, da
eficácia. Excluída dos Templos fica, a “cunhada”, no espaço próprio das
reprodutoras dos “sobrinhos”.
A Maçonaria, desde o seu início regular, recebeu nos seus quadros uma
quantidade significativa de conservadores marcados pelo positivismo
do século XIX onde “pensar a sexualidade” n~o é possível. Muito
própria da época, a idéia conservadora não deve ser entendida como
uma crítica à Maçonaria dos oitocentos, mas um perfeito
enquadramento da sua doutrina com a realidade política praticada na
Europa. Todavia permanece o vazio frustrante naquilo que deveria ser
o desenvolvimento das idéias maçônicas. Com relação a questão da
sexualidade, não seria temerário afirmar que a Maçonaria brasileira
não tem tradições intelectuais, apesar de muitos dos seus ilustrados
membros, no rigoroso sentido metodológico. Não se consegue saber o
que pensa a Maçonaria sobre a sexualidade. Portanto será mais sábio,
por enquanto, não falarmos sobre o tema; antes é preciso
desembaraçar a Maçonaria das peias do autoritarismo.
A transposição de forma de comportamento social da Europa para o
Brasil seria a explicação mais correta às dificuldades opostas à
formação de um pensamento maçônico brasileiro na direção de uma
discussão mínima sobre a questão da sexualidade, dos excluídos, da
mulher, do homossexual, para ficarmos apenas nestes.
Fundamentalmente o universo maçônico brasileiro mantém-se coeso
em torno do princípio burguês com relação aos excluídos, apesar de
alguns maçons se considerarem “liberais” e a favor do ingresso da
17. mulher na Maçonaria, mas somente esta “excluída” eventualmente
“poderia” interpretar, “um dia”, a doutrina e as pr|ticas ritualísticas
que sempre estiveram sujeitas à localização social dos maçons e, neste
espaço, não se discute sexualidade. Compreendem-se, assim, os cismas
a partir de uma perspectiva de mudança e ruptura com o modelo
existente.”
Colaboração: Ir.’. Guaraci José Terlecki
A ACLAMAÇÃO HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ!
(Ensaio)
Existem momentos fortemente
marcantes na Iniciação e nas sessões
maçônicas normais. Um deles é a
aclamação: “Huzzé, Huzzé, Huzzé”,
firmemente pronunciada e três vezes
repetida. Aclamação e não exclamação
de alegria entre os Maçons usual no
R.E.A.A., cuja origem é considerada
obscura. Aclamar = aplaudir, aprovar
bradando, saudar, proclamar, ovacionar.
Exclamar = bradar, gritar. Pesquisas
feitas a esse respeito pelo historiador Albert Lantoine, declara em
1815: “Acrescenta-se a triplice aclamação Huzzé que deve ser escrita
Huzza, palavra inglesa queEstendendo a Luz da
Razão para a Humanidade!
18. significa Viva o Rei e substitui o Vivat dos latinos”. Aclamada por três
vezes, Huzza! (pronunciar huzzé). Eis a causa da diferença entre a
ortografia e a pronúncia: é empregada em sinal de alegria. Citando o
mesmo Albert Lantoine, a palavra Huzza (Huzzé!) é simplesmente
sinônimo de Hurrah! , aclamação muito conhecida dos antigos
torcedores das partidas de futebol, com o Hip! Hip! Hurra!...
Existe mesmo na língua inglesa o verbo to huzza, que significa
aclamar. A bateria de alegria era sempre feita em honra a um
acontecimento feliz para uma Loja ou para um Irmão. Era natural que
os Maçons escoceses usassem esta aclamação. O dicionário “Michaelis”
diz: huzza, interj. (de alegria) – v. gritar hurra, aclamar. Traduzindo
corretamente do árabe “Huzzah” (Viva), significa Força e Vigor.
Huzzé era também o nome dado a uma espécie de Acácia
consagrada ao Sol, como símbolo da imortalidade.
“Huzzé, Huzzé, Huzzé” por constituir uma aclamação, é
pronunciada com voz forte. Ela é feita apenas por duas vezes em cada
reunião, por ocasião da abertura e do encerramento. Alivia tensões que
eventualmente possam ter surgido entre os Irmãos.
Trazemos às Sessões as preocupações de ordem material que
podem criar correntes vibratórias que põem obstáculos e restringem
nossas percepções. Ao contrário, no decorrer dos trabalhos, o esforço
constante para o bem e o belo, forma correntes que estabelecem as
relações com os planos superiores. Nesse sentido, a aclamação na
abertura do trabalho oferece passagem à energia habilitando-nos a
benefícios (saúde, força e vigor) bem mais consistentes e duradouros. O
importante é que, ao iniciar a Sessão, tenhamos presente que, em Loja,
tudo, verdadeiramente tudo, tem uma razão para sua existência. Nada,
absolutamente nada, se faz no interior de um Templo por acaso.
Ao se aproximar do objeto mais sagrado, existente no Templo
Maçônico – o Livro da Lei -, os maçons lembram pelo nome de Huzzé,
expressando com essa aclamação alegria e contentamento, por crerem
que o Grande Arquiteto do Universo se faz presente a cada sessão de
nossos trabalhos.
E é a ELE que os Maçons rendem graças pelos benefícios
advindos de Sua infinita bondade e de Sua presença que, iluminando e
espargindo bênçãos em todos aqueles que ali vão imbuídos do Espírito
Fraterno, intencionados a praticar a Tolerância, subjugar as suas
Intransigências, combater a Vaidade e, crentes que assim procedendo,
estarão caminhando rumo a evolução espiritual do Homem, meta do
maçom.
A Maçonaria é uma Obra de Luz; a prática da saudação está
arraigada nos ensinamentos maçônicos. A consideração da saudação
19. Huzzé na abertura dos trabalhos está relacionada ao meio-dia, hora de
grande esplendor de iluminação, quando o sol a pino subentende que
não há sombra, tornando-se um momento de extrema igualdade –
ninguém faz sombra a ninguém. Lembra também as benesses da
Sabedoria, representada pelo nascer do sol, cujos raios vivificantes
espalham luz e calor, ou seja, a Sabedoria e seus efeitos. Quando do
encerramento dos trabalhos, a saudação está relacionada à meia-noite,
nos dando o alento de que um novo dia irá raiar, pois quanto mais
escura é a madrugada, mais próximo está o nascer de um novo dia. A
aclamação ao sol no seu ocaso, lembra que a Luz da Sabedoria irradiou
os trabalhos, agora prestes a terminar, em alusão ao fim da nossa vida
(meia-noite) quando devemos estar certos de que nossa passagem pelo
plano terrreno fora pautada por atos de Sabedoria.
No Rito Moderno a aclamaç~o é “Igualdade, Liberdade e
Fraternidade”; no Adoniramita é “Vivat, Vivat, sempre Vivat”; no
Brasileiro “Glória, Glória, Glória!” E nos ritos de York (Emulation) e
Schroeder não existe aclamação.
Huzzé! é, pois, a reiteração que os Irmãos fazem de sua fé no
Grande Criador, que tudo pode e tudo governa. E só através DELE
encontram o caminho para a ascensão.
A primeira reflexão, portanto, em torno da aclamação sugere que
analisemos nossa vida e verifiquemos se sustentamos os propósitos de
paz ou espalhamos a agitação.
O Mahatma Gandhi dizia que alguém capaz de realizar a
plenitude do amor neutralizará o ódio de milhões. Certamente estamos
distanciados de suas realizações. Não obstante, podemos promover a
paz evitando que ressentimentos e mágoas fermentem no coração dos
que conosco congregam e se transformem nesse sentimento
desajustante que é o ódio.
Certa feita o Obreiro de uma Loja queixava-se do Mestre de
Cerimônias ao Venerável por sempre lhe oferecer, na falta dos
titulares, os cargos que, segundo ele, eram de mais dificil desempenho
ou de menor evidência. O Venerável, um semeador da paz o desarmou.
- Está enganado, meu Irmão, quanto ao nosso Mestre de
Cerimônias. Ele o admira muito, sabe que é eficiente e digno de
confiança. Por isso o tem encaminhado para desempenho das funções e
encargos onde há problemas, consciente de que sabe desempenhá-los
e resolvê-los melhor que qualquer outro Obreiro do quadro da Loja.
Desnecessário dizer que com sua intervenção pacificou o Irmão
que passou a ver com simpatia as iniciativas a seu respeito. Desarmou,
assim, o possível desafeto passando a idéia de que o Mestre de
Cerimônias não tinha a mesma opinião a seu respeito, fazendo
20. prevalecer a sugestão de Francisco de Assis: “Onde houver ódio que
eu semeie o Amor”.
Existem aqueles que entendem huzzé como força poderosa, ou
seja, um mantra, que deve ser com a consciência de quem a emprega
direcionada no sentido do bem. Seria essa a razão e significação da
palavra Huzzé como proposta na ritualística maçônica?
Devemos acrescer, ainda, que Cristo, em várias oportunidades,
saudava os Apóstolos com um “Adonai Ze” (O Senhor esteja entre vós).
Essa aclamação os deixava mais alegres e confiantes, formando uma
corrente de otimismo. Na Idade Média quando um católico encontrava-
se com outro, dizia: DOMINUS VOBISCUM (O Senhor esteja convosco);
PAX TECUM (A paz esteja contigo).
Até pelo exemplo citado, façamos tudo ao nosso alcance para que
reine em nossa Loja uma atmosfera de carinho, afeição, tranqüilidade,
paz, amor e harmonia para nossa constante elevação e glória do
Grande Arquiteto do Universo.
O emprego da aclamação Huzzé na Maçonaria tem também o
sentido esotérico numa indução moral a que se busque o prazer no que
se pratica, para o bem da humanidade (isto no começo) e, no final, a
mesma alegria pelo bem praticado, não sem também invocar
particularmente o duplo sentido do “Ele é ou ele está...” (com todos,
evidentemente).
O importante é que, no momento exato, gritemos de alegria
sempre que pudermos estar reunidos em Templo e rendermos graças
por estarmos juntos mais uma vez!.
Huzzé, Huzzé, Huzzé!
Reparta seus conhecimentos. É uma maneira de
alcançar a imortalidade!
21. ESPECULAÇÕES A RESPEITO DAS INICIAÇÕES NO FUTURO
Uma visão especulativa e futurística,
Ir. Hercule Spoladore
Loja de Pesquisas Brasil – Londrina – PR
Se nós nos projetarmos para daqui há cem anos, através da
especulação da imaginação, utilizando os conhecimentos que temos no
presente com relação à evolução da ciência do avanço do pensamento
humano quando houve profundas alterações de valores éticos e
morais, dos costumes, reavaliações de princípios, enfim de todo o
maravilhoso progresso alcançado nos últimos dois séculos, muitas
perguntas nos vêm à mente.
Haverá igrejas? Sobreviverão tantas denominações religiosas
quanto as temos no presente? Haverá a necessidade de templos? Qual
será a moderna concepção do GADU? A Maçonaria sobreviverá se não
mudar e se não se adaptar? As mulheres farão parte da Maçonaria
Tradicional? Quando? Haverá guerras? Haverá doenças? E a mente
humana como se comportará? Haverá mais Amor, mais Perdão, mais
Tolerância nos corações dos Homens?
Se a civilização nos últimos cem anos, à mercê do avanço
tecnológico incrível e fantástico, das invenções que mudaram a história
da humanidade, e através de uma maior liberdade de expressão e do
pensamento, teve um progresso chegando a atual posição, houve pelo
menos uma pálida coerência, entre a ciência e a humanidade com a
civilização ainda aceitando os princípios cartesianos que valoriza o
racionalismo e o dualismo metafísico. Não estuda um fenômeno como
um todo, estuda-o simplesmente em si, em separado.
Entretanto com o advento da Informática, Internet, Realidade
Virtual e outras tantas invenções maravilhosas que estão aparecendo a
cada dia, o futuro parece que escapou de vez das previsões dos
homens, porque pelo cartesianismo eles não conseguem mais explicar
os fatos.
Se analisarmos a revolução que o mundo digital em rede
mundial, está provocando, não se tem condições de explicar o que
acontecerá daqui há dez anos o que dirá daqui há cem anos?
Atualmente estão em experiência, chips e holografias projetáveis
em qualquer superfície.
22. Já existe um grupo de cientistas que fazem parte de um
movimento chamado Terceira Cultura (The Third Culture) que se
dedica a refletir sobre a sociedade do futuro. Deveria ter um grupo de
maçons fazendo a mesma coisa com relação à Ordem. Como será o
nosso porvir?
Parece que atualmente depois da moderna concepção da Teoria
da Relatividade e da Física Quântica, a qual já está tendo seus
princípios, por analogia, aplicados a outros segmentos da humanidade
e não tão somente à Física subatômica ou corpuscular, nos traz no
momento maior confusão. Estes princípios são aplicados a fenômenos
não visíveis, e onde se coloca tudo como sendo um todo, como uma
rede onde o Homem faz parte desta malha. Uma das características dos
princípios da mecânica quântica é que temos que primeiro esperar
acontecer o fenômeno para depois explica-lo. É muito importante a
maneira como o observador vê e sente o fenômeno. Parece que a
realidade virtual se enquadra nesta semelhança.
Como será a parceria do maçom com a Informática já que ele
acostumado a aceitar ensinamentos que há mais de um século não
sofreram uma atualização adequada, e agora sem que ele queira ou
não, terá à sua disposição um volume inimaginável de informações que
receberá, e o que fazer com elas? Esta situação nunca foi cogitada ou
imaginada no passado. E ainda considerando-se que a maioria dos
maçons do momento atual não está muito interessada na Informática?
Como serão as Iniciações neste futuro que já está entre nós?
Sabemos que já existem recintos cibernéticos onde o indivíduo é
introduzido, podendo mover-se livremente sem capacete ou mesmo
luvas, usando apenas óculos polarizados num angulo de 360 graus com
vários projetores colocados em vários locais. Ele terá uma experiência
tridimensional totalmente virtual frente ao programa que está sendo
conectado. No caso digamos que seria uma programação de uma
Iniciação. Os maçons atuais já pensaram nisso. Ressalte-se que o cada
dia surge mais novidades no mundo digital e que ainda descobertas
mais incríveis e espantosas estão por vir.
Imaginem a integração com os elementos da natureza, com os
mundos e com o infinito. O neófito viverá uma experiência tão grande
que se identificará com tudo isso. A sua aproximação com Deus, ou
uma Força Criadora será muito maior.
Teremos Templos ou Centros Cibernéticos de Iniciações? A
aproximação com o Uno não será muito maior e mais rápida ? Será que
o tempo para se chegar mais perto Iniciação real ou virtual (?) será
mais breve? Será que a Iniciação virtual não se tornará muito mais real
23. que a Iniciação que hoje temos como tal? A Iniciação virtual não será
quase que instantânea? Ficam estas indagações no mente de cada um.
Dizem os enologistas que o vinho fabricado ritualisticamente
pelos europeus, há milênios, com segredos de fabricação passados de
pais para filhos, sendo conservado em tonéis especiais de madeira
durante anos para ficar no ponto exato de ser ingerido, sofreu por
parte das vinícolas americanas um avanço tecnológico extraordinário.
Os americanos fabricam atualmente tonéis de alumínio adaptados pela
tecnologia moderna, que conseguem envelhecer a bebida em poucas
horas. Ressalte-se que a qualidade dos vinhos americanos é boa e
aceitável. Imaginem um velho europeu fabricante de vinhos aceitando
tal fato. Ele jamais aceitará. É cultural para ele aquela forma de fabricar
vinhos. No entanto o moderno processo de rápido envelhecimento
existe e, é uma realidade que não se pode contestar.
Usamos esta analogia para tentar explicar como os maçons que
insistem em não tomar conhecimento da Internet, ficarão para trás. Ela
veio para ficar. Trouxe um avanço inesperado de vários séculos à
frente, para a nossa atual civilização. Estamos perdidos no momento,
pois ela está fora do nosso controle, pois não sabemos o que irá
acontecer. Teremos que “pagar para ver”.
Já existem Lojas virtuais. A Inglaterra foi o primeiro país a fundar
uma Loja virtual, a Internet Lodge nº 9659, em 29/01/1998. Lembrem-
se, também foi na Inglaterra em 1884 que foi fundada a primeira Loja
de Pesquisas, a “Quatuor Coronati Lodge” n.º 2076 t~o combatida no
seu tempo, por causa da ousadia daqueles cientistas maçônicos em
desfazer mitos, aberrações, invenções, erros, crendices etc. Os ingleses
estarão errados?
No Brasil existem duas Lojas que temos conhecimento. A Loja
“Futura” fundada em 20/09/1999 em Recife Pernambuco. Reúne-se a
cada dois meses em loja normal e quinzenalmente via Internet.
Pertence ao Grande Oriente Independente de Pernambuco.
A outra loja, a Loja “Cavaleiros da Luz” fundada pelo pranteado
Irmão José Castellani, em 13/05/2000 esteve adormecida por uns
tempos e agora ressurge em Florianópolis que funciona associada a
lista Loja Virtual, as reuniões s~o realizadas na sala “Loja Virtual” e
nela somente ingressam Irmãos pré-cadastrados. A titulo de
informaç~o esta Loja “n~o inicia ninguém” e dela só fazem parte
Irmãos da Obediência consideradas regulares. Participam Irmãos de
várias partes do mundo.
Será que as lojas virtuais são completamente virtuais, ou terão
que ter um suporte não virtual. Serão híbridas?
24. Atualmente já estão sendo planejados e construídos aparelhos
capazes de projetar hologramas e envia-los para qualquer lugar.
inclusive em qualquer superfície.
Imaginemos, hologramas de Irmãos projetados para um espaço
virtual (loja) onde todos os cargos estariam ocupados, todos se
enxergariam, tal qual uma loja real que estamos acostumados a
assistir. Impossível? Porque não sonhar?
Por outro lado, se existem Irmãos internautas sérios, será que a
maioria dos maçons internautas estão usando corretamente a Ética e a
Moral que acreditamos que tenham aprendido em suas Lojas-Mãe?
Muitos Irmãos não perceberam que a Internet é um verdadeiro
santuário do Saber, da Informação, um verdadeiro Inconsciente
Coletivo Cibernético da Humanidade e nos enviam apenas
pornografias, piadas indecorosas, ao invés de trocarem mensagens
inteligentes ou informações a respeito da Ordem?
Sonhando, imaginemos uma Iniciação daqui há cem anos,
raciocinando dentro da nossa concepção atual, que ainda existirá
Maçonaria como a imaginamos no momento. Acreditamos em princípio
que a Ordem sobreviverá. Por quê? Porque ela sempre foi um corredor
iluminado de toda a essência filosófica de todos os tempos. Ela sempre
soube selecionar o que houve de melhor de toda sabedoria da humana,
enfim, sempre teve uma ala progressista muito grande, que fez com ela
continuasse a existir não contando com os retrógrados que se dizem
tradicionalistas e que não sabem muito bem o que é Tradição, porque
justamente não entenderam a ESSÊNCIA da Ordem.
Passou por todas as crises imagináveis e sobreviveu. Não irá
sucumbir agora no século XXI.
Bem, joguemos nossa mente no futuro. Ninguém nos poderá
impedir de sonhar, de especular, pois ainda não aconteceram os fatos,
e suponhamos que quinhentos candidatos que responderam a um
anúncio na Internet resolvam ser maçons. Porque resolveram ser
maçons? Ora, ainda deverá haver resquícios de religiões, e por certo,
muitos homens Livres-Pensadores do futuro queiram pertencer a uma
sociedade onde não haja o sentimento religioso como meio de
desenvolvimento espiritual, mas sim a razão e o estudo para se chegar
ao mesmo fim, ou seja, ao GADU. Acreditamos que não haverá mais
necessidade de sindicância, pois ao responder ao anuncio da loja (?) ou
Centro Cibernético Maçônico terá imediatamente o perfil do candidato
cadastrado. O qual será instantaneamente aprovado ou rejeitado. Todo
cidadão será um número.
Como imaginaríamos então esta Iniciação?. É claro que não será
nos mesmos moldes hoje considerados tradicionais. Ela possivelmente
25. demorará apenas alguns minutos, talvez segundos ou será quase que
instantânea. Vamos imaginar que os candidatos se dirijam para tal
Centro em horário previamente marcado para serem iniciados. Talvez
nesta época, nem existirá mais a palavra Iniciação. O termo poderá ser
“ A expans~o maçônica mente”(?), ou outro termo adequado para
aquele tempo.
O candidato receberá um medicamento, uma pílula, uma psico
droga a qual não causará qualquer tipo de efeito secundário, cuja ação
medicamentosa terminará assim que o candidato vivencie o programa
instalado. Este medicamento ajudará a causar uma expansão da mente,
mais precisamente através das ondas “alpha”, seguidas das ondas
“teta”. Dentro do recinto, onde tudo ser| virtual, a fant|stica
experiência impregnará de tal forma a mente do Iniciando que ele
viverá uma integração total com a natureza e com o próprio GADU. Ele
sentirá como se a natureza fosse ele próprio. Lá ele será fogo, será ar,
será água será terra, será plasma, o quinto estado da meteria. E nessa
aventura, nas profundezas da mente ele se sentirá uma partícula
consciente do GADU. Andará por todo o Universo caminhará por entre
e as estrelas, visitará galáxias distantes entrará no interior do átomo,
se sentirá no âmago de uma folha verde, será uma formiga, uma
bactéria, aprenderá com os Sábios e encontrará o Conhecimento. Tudo
isso acontecerá dentro de poucos minutos ou segundos. Ele será o
dono, será o senhor da ESSÊNCIA da própria vida e da própria alma,
criação inequívoca do GADU. Será o maçom triunfante do futuro. Pena
que eu não esteja lá. Nasci antes desse tempo, entretanto, sinto-me lá.
. Resta-me pois, apenas o tímido consolo, ainda que ousado,
de sonhá-lo.
26. PALESTRA DO IR. HERCULE SPOLADORE.
Vem. Mestre Marelo Damian
e palestrante Hercule Spoladore
A Loja Ordem e Fraternidade nr. 98, do Grande Oriente de
Santa Catarina (GOSC), nas festividades de comemoração de
seu aniversário, promoveu na terça-feira (13) a palestra do Ir.
Hercule Spoladore, que falou sobre “Paradoxos,
Paradigmas e Distorções da Maçonaria no Brasil”.
O Ir. Spoladore, pesquisador, escritor e membro da Loja de
Pesquisa Brasil e Regeneração 3ª. de Londrina deverá encerrar este
ciclo de palestras por Florianópolis no dia 21 do corrente, no Sublime
Capítulo Augusto Caser segundo assegurou o Ir. William Reis
Medeiros, Sapientíssimo daquele Capítulo.
Os cumprimentos ao Venerável Mestre da Loja Ordem e Fraternidade,
Ir Marcelo Damian, pela excelente Sessão que presidiu.
Clique no link a seguir e acompanhe as fotos da palestra, que contou
com a presença de várias autoridades, inclusive com o Patriarca do
Rito Adonhiramita do GOSC, Ir. Edson Carlos Ortiga:
https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/JBNewsHerculeSpoladorePale
straParadoxosPOaradigmasEDistorcoesDaMaconariaNoBrasil?authkey=Gv1sRgCMmn
zfqd-tjLtQE#
27. IR PEDRO JUK
Segundo informações do Ir. Barbosa Nunes, Grão-Mestre do Grande
Oriente do Estado de Goiás, o Ir. Pedro Juk, que esteve por Goiânia,
deverá no dia 29 de outubro participar de um Seminário local,
certamente esbanjando conhecimento dentro de uma pedagogia
simples, mas extraordinária.
LOJA GAÚCHA EM CASCAVEL
O Ir. Élzio Lima enviando os registros de uma Loja Gaúcha em
Cascavel, no Paraná. Confira no link:
https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/LojaGauchaEmCascave
l?authkey=Gv1sRgCJqbrNTI0vzzIA#
SESSÃO MAGNA DE INICIÇÃO NA LOJA
SEIXAS NETO:
No último final de semana a Loja Seixas Neto nr. 45, do GOSC, realizou
Sessão Magna Iniciação, tendo o Venerável Mestre, Ir. Roberto Mattos
Abrahão consagrado mais dois novos Irmãos.
Estiveram presentes da Loja Fraternidade Josefense o Ir José
Newton, Venerável Mestre, IrSergio Mattos que é Grande
Secretário das Relações Exteriores da GLSC , além dos IIrLuís Carlos
Dutra e Jorge Abrahão.
Presentes ainda o Grão Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina
Irmão Alaor Tissot, vários Veneráveis Mestres e Delegado da
jurisdição daquela Potência, além de IIr de diversas Lojas.
Clique no link abaixo e veja as fotos:
https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/LojaSeixasNetoIniciacao?auth
key=Gv1sRgCIjT0b6R7P_Z2gE#
IR REGINALDO BARBOSA
O Ir Reginaldo Barbosa, da Loja Acácia nr. 177, de Niterói e
Secretário do Tribunal de Justiça Maçônico do GOB/RJ, com sede no
Palácio do Lavradio, informando que se encontra na Itália tendo já
passado por Portugal. Dia 17 segue para a França. Nessa peregrinação
do Ir. Reginaldo o nosso abraço com votos de muita saúde e proveito.