O poema descreve a solidão e o silêncio de alguém que sente falta de um amor ausente. A pessoa vive com saudade dos abraços e beijos do parceiro e odeia o silêncio e a melancolia causados pela sua ausência. O quarto parece lúgubre e assustador sem a presença amada, e o medo da solidão é maior que qualquer outra coisa.

1. Luzia14-09-2016

3. Olhar cravado no infinito
vazio na parede nua,
vivo o seu silêncio e o meu...

5. Nesse parto da solidão,
não há dor ou lágrimas.
Sonho com seus afagos,
seus beijos ardentes,
abraço seu abraço terno...

7. Não há queixa na voz,
que chama seu nome no escuro.
Há apenas esse ardor amante,
de ser agora e sempre
sua novamente

9. Olhar cravado no imponderável,
silêncio na parede nua...
Caminho em tardes de chuva,
meu peito, seu apoio,
meu braço, seu amparo,
seu abandono
minha esperança...

10. E confesso:
- Odeio esse silêncio!...

12. Quarto lúgubre, melancólico,
e soturno...
Estás à procura de alguém,
sussurras... tentas chamar, não consegues gritar,
exista, não olhas, amedrontas-te,
não vês ninguém se aproximar!

14. Insistes mais uma vez mas a voz não sai.
Tens um olhar melancólico naquele espaço
vazio, olhas sem direção.
De repente, ouves um assovio de um vento forte,
que mais pavor te traz, abalando teu peito.
Procuras por afago, carinho sensual;
sem solução, encontras abandono.

16. Reclamas, queres ouvir algo... negativo!
O silêncio ali perdura naquele instante,
o temor à solidão preenche aquele quarto vazio.
Não quero me assustar, mas impossível;
o medo do silêncio,
da solidão, é maior que eu.

17. Por isso,
não gosto da melancolia!

19. Formatação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Poetas: Ciducha e
José Ernesto Ferraresso
Site: www.joseernesto.com/
Montagens: Luzia Gabriele
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Ronnie Aldrich E Orquestra
Luzes Da Ribalta
http://www.slideshare.net/luziagabriele
Data : 14 de Setembro de 2016