O poema descreve o medo como uma sombra que ronda a noite e o passado, fazendo o corpo sentir sua presença. A saudade da existência caminha sonâmbula enquanto a memória aperta laços dolorosos. O medo impede de virar a primeira página e enfrentar os fantasmas do passado.

4. Ouço os passos do medo...
Ele avança para que seja sentido
nas sombras da noite.

6. Esteve o tempo todo rondando
em lugares escuros, açoitado pelo vento
como um fantasma preso na cela
sombria da memória...

8. Faz do meu corpo seu aquário onde
sua sombra navega esquiva, vagando
pelas veredas primitivas da alma
flutuando, apertando o laço que
envolve a vida...

10. Neste momento, a saudade na noite
da existência cambaleia sonâmbula
nas mãos da memória...

12. Abre o livro do desencontro e não vira
a primeira página; teme que o medo
vergue atirado por sombra sinistra...

14. A espera foi longa, deixou um sabor
amargo uma falta instalada que desliza
em quase nada...

16. Ouço os passos do medo...
Ele avança para que seja sentido
nas sombras da noite.
Esteve o tempo todo rondando
em lugares escuros, açoitado pelo vento
como um fantasma preso na cela
sombria da memória...
Faz do meu corpo seu aquário onde
sua sombra navega esquiva, vagando
pelas veredas primitivas da alma
flutuando, apertando o laço que
envolve a vida...
Neste momento, a saudade na noite
da existência cambaleia sonâmbula
nas mãos da memória...
Abre o livro do desencontro e não vira
a primeira página; teme que o medo
vergue atirado por sombra sinistra...
A espera foi longa, deixou um sabor
amargo uma falta instalada que desliza
em quase nada...
Marcia Portella
Goiânia – Go
Brasil
20/10/10

17. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Marcia Portella
http://marciaportellago.blogspot.com
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Ernesto Cortazar - Heart To Heart - Instrumental
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskjl4zkow
Data: 08 de Julho de 2017