O poema descreve o desejo ardente do eu lírico por um amor carnal e apaixonado, livre de sentimentalismos do passado. Ele quer apenas os braços quentes e os beijos afobados do seu amado, para celebrar o amor na hora que ele chegar com movimentos fervescentes.

4. Nada de me falar de amor
Conjugando verbos no passado
Esquecendo o brilho que há na aurora
Meu músculo quer se embaraçar no teu
A vida quer te semear agora

6. Nada de me falar de amor
Com estas delicadezas espirituais
Eu quero a violação de corpos
O fanatismo das membranas
A espremer teus ais

8. Nada de me falar de amor
Com estes beijos velhos
E gosto de antigas lembranças
Reminiscências absurdas não quero
Nem em varais, pálidas desesperanças

10. Nada de me falar de amor
Com estes gestos antigos
Movimentos de quem disse adeus
Eu te proíbo moribundas recordações
Desrespeitando sentimentos meus

12. Eu quero os teus braços quentes
Em um vendaval de anarquias
Com um tempo incerto para festejar
Os movimentos fervescentes do amor
Na hora que ele aportar

14. Preciso de um beijo afobado
Que afogue minha boca em tua boca
E faça o corpo todo me beijar
O beijo que a mulher esconde tanto
E só o grande amor pode roubar

16. Agora que o amor está aqui
Coloco a minha vida em tuas mãos
E vamos açoitar estas campinas
Lírios brancos para teus cabelos
Trapos, sedas, rendas finas!
Jose Balbino de Oliveira

18. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Jose Balbino de Oliveira
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Percy Faith & His Orchestra Somewher
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskjl4zkow
Data: 05 de Outubro de 2021
Fortaleza-Ce-Brasil