O documento discute a importância da educação sexual para todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência. A sexualidade deve ser compreendida como uma dimensão natural do ser humano, não importando capacidades ou limitações físicas. A escola tem o papel de promover a igualdade, respeito às diferenças e a autonomia sobre o próprio corpo.
2. *
*Nosso ponto de partida: compreensão da sexualidade
como uma dimensão humana inseparável:
*Abarca o corpo, cuidado, auto-estima, conhecimento de
si mesmo, higiene, prazer, desejos, sentimentos, afetos;
*Alegria, amor, felicidade na relação com o outro, é
querer bem o outro, conviver;
*Também os valores, normas e padrões sociais, mitos,
tabus construídos a partir do “sexo primordial”,
conforme Nunes (2002) .
3. “La educación sexual debe contribuir a la comprensión de
nuestros sentimientos. No solo los sentimientos amorosos sino
los de amistad, de compañerismo, de solidaridad, e incluso
aquellos más negativos de incomodidad, vergüenza repulsión o
rechazo. Debe ayudarnos a sentirnos cómodos en nuestra
relación con las demás personas y también con nosotros mismos,
nuestro cuerpo y nuestros sentimientos. La educación sexual
ayuda a desarrollar la capacidad de reconocer lo que sentimos,
cuándo estamos cómodos y cuándo no. Por eso, es parte de los
elementos protectores ante situaciones de abuso sexual,
coerción o violencia.”
(Programa de Educación Sexual/ANEP, 2012)
4. *
*Falamos em deficiência ou deficiências?
*Fatores orgânicos x fatores psicossociais.
*Como caracterizamos as deficiências?
*Física/motora, intelectual, sensorial
*Padrões de normalidade; preconceitos x diferença.
*Pessoas com deficiência têm mais dificuldade de
interação social » importância da família e da escola na
construção da sexualidade do sujeito com deficiência.
5. *
*Questões de gênero em relação à deficiência…
(machismo, por ex.)
*Pessoas com deficiência também sentem prazer,
também têm necessidade de contato, de afeto, de
prazer, amor, etc.
*Saber como lidar com as próprias limitações.
6. *
*1) pessoas com deficiência são assexuadas: não têm
sentimentos, pensamentos e necessidades sexuais;
*(2) pessoas com deficiência são hiperssexuadas: seus desejos
são incontroláveis e exacerbados;
*(3) pessoas com deficiência são pouco atraentes,
indesejáveis e incapazes para manter um relacionamento
amoroso e sexual;
*(4) pessoas com deficiência não conseguem usufruir o
sexo normal e têm disfunções sexuais relacionadas ao
desejo, à excitação e ao orgasmo;
*(5) a reprodução para pessoas com deficiência é sempre
problemática porque são pessoas estéreis, geram filhos com
deficiência ou não têm condições de cuidar deles. (Ribeiro &
Maia, 2010, p.159).
7. *
*O desejo sexual não é afetado pela deficiência, mas condiciona
parcialmente seu nível de funcionamento.
*Fator importante: imagem de si mesmo e auto-estima.
*Como as pessoas enxergam alguém com alguma deficiência.
*Estimular e capacitar para que possam tomar as próprias
decisões.
*Estimular a autonomia e a liberdade de escolha.
*Saber conversar de forma aberta e segura.
8. *
*A escola é também um espaço em que circulam informações e
saberes sobre a diferença, assim como os (re)produz e os
ensina pela relação educativa.
*Educação sexual é um direito de TODAS as pessoas.
9. *
*Educação sexual na escola deve estar voltada ao bem-estar,
à saúde, a uma visão positiva com relação ao corpo, à
segurança e a igualdade entre meninos e meninas,
respeitando a diferença que os constitui.
*É dever da escola promover a diversidade como riqueza
humana, evitando descriminação e estigmatização de
qualquer tipo, por meio de relações igualitárias e do
respeito mútuo.
*É também importante a escola trabalhar com as famílias e a
comunidade, como integrar as TIC no processo de ensino e
aprendizagem, de forma crítica, inclusive ao trabalhar
educação sexual e deficiências.
11. *
*Compreender e aceitar as diferenças.
*Todos têm os mesmos direitos, independentemente de qualquer
diferença.
*Compreender a noção de família(s).
*Compreender como nascem os bebês.
*Conhecer o corpo, sua anatomia e os aspectos vinculados à higiene.
*Compreender os aspectos que fazem parte da sexualidade, que ela
está presente em todas as pessoas e que não é algo sujo ou
vergonhoso.
*Compreender que algumas partes do corpo dizem respeito à
intimidade e devem ser guardadas ao espaço privado.
*Compreender que a autoerotização é uma forma saudável de
explorar e exercer a própria sexualidade.
12. *
*Compreender relações entre corpo, principais funções
anatômicas e sensações relacionadas à algumas de suas partes.
*Aprender a respeitar a igualdade de direitos entre homens e
mulheres.
*Compreender as relações sociais para além das familiares,
limites e diferenças entre cada tipo de relação.
*Conhecer e garantir o direito de decisão sobre seu corpo e
quando deseja ser tocado.
*Saber como prevenir uma gravidez.
*Aprender sobre as DSTs e como preveni-las.
*Compreender e respeitar as diferentes formas de viver a
sexualidade.
*Saber negociar e como pode conduzir uma relação amorosa.
14. *
* A sexualidade de pessoas com deficiência. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=7C8ovwXvfpE Acesso em 16 maio 2014.
* MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi; RIBEIRO, Paulo Rennes Marçal. Desfazendo mitos
para minimizar o preconceito sobre a sexualidade de pessoas com
deficiências. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 16, n. 2, Aug. 2010
. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
65382010000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 14 May 2014
* Maia, A. C. B. Sexualidade e deficiências. In: Maia, A. C. B. Maia, A. F. (org.).
Sexualidade e Infância. UNESP/Bauru: FC/CECEMCA: Brasília: MEC/SEF, 2005.
* Programa de Educação Sexual da ANEP - CODICEN. Es parte de la vida. UNFPA
Uruguay, UNICEF Uruguay, Naciones Unidas, 2011.
* Sexualidade da pessoa com deficiência. Disponível em:
http://www.deficiencia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1043436994,
acesso em 13 maio 2014.