O documento discute conceitos fundamentais de cartografia, incluindo:
1) A definição de cartografia segundo a Associação Cartográfica Internacional;
2) Métodos de orientação no espaço como o uso do sol e da rosa dos ventos;
3) Sistemas de coordenadas geográficas baseados em linhas de latitude e longitude.
2. Conceitos
• O conceito da Cartografia, hoje aceito sem maiores
contestações, foi estabelecido em 1966 pela Associação
Cartográfica Internacional:
"A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos
e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo
por base os resultados de observações diretas ou da
análise de documentação, se voltam para a elaboração
de mapas, cartas e outras formas de expressão ou
representação de objetos, elementos, fenômenos e
ambientes físicos e sócio-econômicos, bem como a sua
utilização."
3. Orientação no espaçoOrientação no espaço
• A orientação no espaço foi uma das primeiras
preocupações do homem.
• As primeiras formas de orientação surgiram com
a observação dos astros, principalmente o Sol.
• Para nos orientarmos pelo sol, há uma regra
básica a ser seguida:
4. Orientação pelo SolOrientação pelo Sol
- estendemos o braço direito para o lado em que o Sol
nasce, isto é, para o nascente ou Leste;
- estendemos o braço esquerdo para o lado em que o
Sol desaparece, isto é, para o poente ou Oeste;
- à nossa frente fica o Norte;
- às nossas costas fica o Sul.
5. Orientação: A rosa dos ventosOrientação: A rosa dos ventos
• Foi criado um símbolo de referência para representar direções
a serem seguidas: a rosa dos ventos.
6. Orientação: A rosa dos ventosOrientação: A rosa dos ventos
-Pontos cardeais
N, S, L(E) e O(W)
- Pontos Colaterais
NE, SE, SO e NO
- Pontos Subcolaterais
NNE, ENE, ESE, SSE, SSO,
OSO, ONO, NNO.
7. Localização no espaçoLocalização no espaço
As linhas imaginárias
As linhas imaginárias são divididas em paralelos (ou
latitudes) e meridianos (ou longitudes)
8. Paralelos
Os paralelos são linhas
imaginárias e paralelas
traçadas em relação à linha
do Equador.
O valor destas linhas variam
de 0º (Equador) a 90º graus
(polos) e tem o nome de
LATITUDE.
9. Latitudes ou Paralelos
As latitudes são
fundamentais para a
geografia, sobre tudo em
relação as faixas
climáticas.
Aqui, podemos ver 3
padrões climáticos
pautados pelas latitudes:
Tropical, temperado e
polar.
10. Meridianos
As longitudes são linhas
imaginárias que são traçadas a
partir do meridiano de
Greenwich, que divide o mundo
em hemisfério ocidental e
oriental.
O valor destas linhas variam de
0º (Greenwich) a 180º graus
(LID) e tem o nome de
LONGITUDE.
11. Longitudes ou Meridianos
As longitudes também são
responsáveis pelos fusos horários.
Cada 15 graus equivale uma hora.
(Como o dia tem 24 horas, e a terra
360º, temos: 360/24 = 15)
Portanto, a cada 15º tem-se uma
hora. Lembre-se de que o sol
nasce a Leste, ou seja, o dia
começa no extremo oriente.
Resulta disso o aumento de uma
hora a cada 15º ao leste.
12. Coordenadas Geográficas
• As coordenadas geográficas surgem do cruzamento entre as
LATITUDES e LONGITUDES.
• Isso possibilita que tenhamos pontos específicos que não se
repetem no planeta, encontrando qualquer ponto no mesmo.
13. Coordenadas Geográficas
• A partir da divisão do planeta em
quadrantes (norte e sul, leste e
oeste), podemos identificar o
posicionamento correto de algum
lugar específico, muito utilizado nas
bombas “inteligentes” ou em
expedições mundo afora.
• O GPS (global position system) é um
aparelho que identifica o exato local
em que ele se encontra.
• Interligado a satélites, o GPS manda
um sinal para que o satélite responda.
Para isso o satélite tem que
decodificar o exato (coordenadas
geográficas) para onde mandar as
informações e, descobre-se sua
posição.
14. Movimentos da Terra
• A Terra possui cerca de 14 movimentos, mas somente dois
interferem no nosso cotidiano:
• Movimento de Rotação
• Movimento de Translação
15. Movimento de Rotação
• Movimento que a Terra realiza ao redor do seu próprio eixo
imaginário.
• Sentido: Oeste para Leste;
• Duração: 23horas e 54 minutos;
• Velocidade: 1 674 km/h.
16.
17. Consequências da Rotação
• A sucessão dos dias e das noites
• A direção dos ventos
• As correntes marinhas
18. Movimento de Translação
• Movimento da Terra ao redor do Sol
• Tem a duração de 365 dias 5 horas 48 minutos 50 segundos.
• O movimento de translação aliado a inclinação do eixo da
Terra em 23°, possibilita a chegada da radiação solar em
diferentes intensidades durante o ano.
23. OS FUSOS HORÁRIOS
- Até 1883 (nos EUA) cada cidade tinha sua própria
hora, de acordo com a passagem do Sol pelo
meridiano local. Quando em Washington eram 12
horas, em Boston eram 12:24. Aqui no Brasil (até
1913), quando na Capital Federal, atual cidade do
Rio de Janeiro, era 12 horas, em Recife eram 12:33 e
em Porto Alegre eram 11:28.
- Em 1895, quando da Conferência de Geografia
realizada em Londres, foi estipulado que todas as
regiões dentro de um mesmo fuso adotaria o
mesmo horário.
24. OS FUSOS HORÁRIOS
- Em relação ao Meridiano de Greenwich, qualquer
ponto sobre a superfície terrestre varia de 00
a 1800
para oeste ou leste.
- Assim, a longitude completa da Terra é de 3600
que,
divididos pelas 24 horas de duração do dia, dão
como resultado 150
.
- Dessa maneira, cada 150
que nosso planeta gira
corresponde a 1 hora.
- Portanto, ao dividirmos o mundo em 24 partes
(conforme a duração do dia), cada uma delas
significa um fuso horário.
25. Cálculo de fuso horário
• Para o cálculo de fuso horário deve-se estar atento
aos seguintes procedimentos:
1º - Calcular a diferença de horas entre as localidades.
- Se os hemisférios
# Forem iguais, subtrai-se os valores e
divide-se o resultado por 15.
# Forem diferentes, soma-se os valores e
divide-se o resultado por 15.
26. Cálculo de fuso horário
2º - Encontrar a hora exata no local de chegada.
- Se a cidade de destino estiver à
# Leste, soma-se o resultado.
# Oeste, subtrai-se o resultado.
OBS: Não esquecer de somar a duração da viagem
no final!!
27. Cálculo de fuso horário
• Um avião parte de Brasília, localizada à 45°
Oeste em direção à Paris, localizada à 15° Leste.
Sabendo-se que o avião partiu às 07:00 horas e
que a viagem demorou 12 horas, qual horário de
chegada do avião a capital da França?
28. Resolução
As duas cidades estão em hemisférios diferentes.
- Portanto, 45 + 15 = 60 / 15 = 4 , ou seja, a
diferença de horas entre as duas cidades é de 4
horas.
Paris está a Leste de Brasília, portanto, soma-se;
12 (duração da viagem) + 4 (diferença de fusos) + 7
que é o horário de partida = 23:00 horas
29. Projeções Cartográficas
• A confecção de um mapa exige, antes de tudo, o
estabelecimento de um método, segundo o qual, a cada
ponto da superfície da Terra corresponda um ponto da carta e
vice-versa.
• O problema básico das projeções cartográficas é a
representação de uma superfície curva (Terra) em um plano
(papel).
30. • Podemos dizer que todas as representações de
superfícies curvas em um plano envolvem:
"extensões" ou "contrações" que resultam em
distorções.
• Diferentes técnicas de representação são
aplicadas no sentido de se alcançar resultados
que possuam certas propriedades favoráveis
para um propósito específico.
Projeções Cartográficas
31. Projeção Cilíndrica
Todos os paralelos e meridianos são projetados a
partir do centro da esfera, o que distorce as
imagens à medida que se aumenta a latitude. A
45º, a área representada passa a ter o dobro do
seu tamanho real. A 75º de latitude, ela já é de 16
vezes maior que a realidade.
32. Projeção Cônica
As projeções cônicas são muito utilizadas para
representar partes de um dos hemisférios terrestres.
Nessas projeções, os países localizados fora da região
temperada apresentam grande distorção.
33. Projeção Plana, Azimutal ou Polar
Um plano toca o globo terrestre num único ponto.
Círculos concêntricos são traçados em torno desse
ponto, representando os paralelos. Os meridianos são
radiais. É útil para navegação aérea e análise geopolítica.
35. Projeção de Mercator
• Idealizada no século XVI;
• “CONFORME” – mantém as formas mas distorce as áreas
• “EUROCÊNTRICA”
36. Projeção de Peters
• Idealizado pós II Guerra por Arno Peters;
• “EQUIVALENTE”: mantém as áreas, mas distorce as formas;
• “TERCEIRO-MUNDISTA” – “Mapa para um mundo solidário”
37. PEQUENA ESCALA
• Usada para mostrar um ESPAÇO GEOGRÁFICO GRANDE.
• NÃO APARECEM MUITOS DETALHES.
Exemplo:
MAPA POLÍTICO DO BRASIL
39. Cálculos de escala
Podem ser feitos de duas maneiras:
1) Através de fórmulas
Sendo,
E = escala do mapa
D = distância real
d = distância no mapa
40. Exemplos
Em um mapa de escala 1:100.000, a distância entre
dois pontos é de 6 cm. Qual a distância real entre os
mesmos ?
D = ?
E = 1:100.000
d = 6 cm
D = E x d
D = 100.000 x 6
D = 600.000 cm
D = 6 km
41. Cálculos de escala
2) Regra de três
Se a escala é de 1:100.000, então 1 cm no mapa
corresponde a 100.000 cm na realidade.
Portanto, se temos a distância no mapa de 6 cm, a
relação é: