O documento apresenta informações sobre um livro didático de geografia para o ensino médio. Ele descreve a organização do livro em unidades temáticas, capítulos e seções, com o objetivo de abordar os conteúdos de forma contextualizada e interdisciplinar, despertando o compromisso social e a visão crítica do estudante.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Geografia do ensino médio
1. Geografia
1
geografia
1º ano
ensino
médio
Organizadora:
Edições SM
Obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida
por Edições SM.
Editor responsável:
Flávio Manzatto de Souza
Bianca Carvalho Vieira
Carla Bilheiro Santi
Carlos Henrique Jardim
Fernando dos Santos Sampaio
Ivone Silveira Sucena
SER_PROTAGONISTA_GEO_1_PNLD2018_CAPA_INSCRICAO.indd 1 5/20/16 9:50 AM
2. 3a
edição
São Paulo
2016
Organizadora:
Edições SM
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM.
Editor responsável:
Flávio Manzatto de Souza
• Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo (USP).
• Licenciado em Geografia pela Faculdade de Educação da USP.
• Editor de livros didáticos.
Bianca Carvalho Vieira
• Bacharela em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
• Mestra e Doutora em Ciências – Geografia pela UFRJ.
• Professora no Ensino Superior.
Carla Bilheiro Santi
• Bacharela e Licenciada plena em Geografia pela UFRJ.
• Mestra em Ciências – Geografia pela UFRJ.
• Especializada em Políticas Territoriais do Estado do Rio de Janeiro pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
• Professora no Ensino Médio e Superior.
Carlos Henrique Jardim
• Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
• Licenciado em Geografia pela Faculdade de Educação da USP.
• Mestre em Ciências – Geografia Física pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da USP.
• Doutor em Ciências – Análise Ambiental e Dinâmica Territorial pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp-SP).
• Professor no Ensino Superior.
Fernando dos Santos Sampaio
• Doutor em Ciências – Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da USP.
• Professor no Ensino Superior.
Ivone Silveira Sucena
• Licenciada em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
• Professora no Ensino Fundamental e Médio.
Geografia
1 Geografia
1º ano
ensino
médio
SP_GEO_1_PNLD2018_FRONTIS.indd 1 5/20/16 4:01 PM
4. Apresentação
3
É no espaço geográfico que caminha a vida, ensinou o geógrafo brasi-
leiro Milton Santos.
Nesse espaço existem rios e montanhas, ruas, edifícios e plantações;
há também técnicas e práticas de trabalho, laços familiares, manifestações
religiosas, relações de igualdade ou de desigualdade entre pessoas, grupos
e nações. Nos múltiplos espaços da superfície terrestre estão representa-
dos, em íntima associação, elementos naturais e sociais, que se constroem e
reconstroem o tempo todo.
Nesta coleção, o espaço geográfico é estudado em seus múltiplos
aspectos, sem separar a natureza da dinâmica social. Assim, a população,
os aspectos econômicos, os problemas ambientais ou as questões geopolí-
ticas são analisados, em seus respectivos contextos históricos e naturais, de
forma integrada.
Desse modo, o estudo de Geografia feito nesta obra oferece ferramen-
tas para entender a realidade em que estamos mergulhados e, dessa forma,
apreender o lugar de cada um. Mais ainda, possibilita refletir e atuar sobre
essa realidade.
É este o principal objetivo da coleção: contribuir para a formação crí-
tica de indivíduos capazes de entender o lugar em que vivem e agir nele de
forma responsável. Cidadãos que possam atuar verdadeiramente no espaço
em que caminha a vida.
Equipe editorial
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5. A organização do livro
4
Páginas de abertura
Apresentação dos conteúdos
capítulo
Não escreva no livro.
4 A inserção do Brasil
na economia mundial
Franz Post, Vista da cidade Maurícia e do Recife ,1653. Óleo sobre madeira, 48,2 cm � 83,6 cm.
O artista holandês fez parte da comitiva de Maurício de Nassau ao Brasil (1637-1644).
o que você
vAi estudAr
Formação
do território
brasileiro.
Industrialização
do Brasil.
Características
regionais do
Brasil e a divisão
oficial proposta
pelo IBGE.
Desigualdades
regionais.
Outras
regionalizações
do Brasil.
Desmundo. Direção de
Alain Fresnot, Brasil,
2003, 100 min.
O filme mostra
aspectos da sociedade
colonial brasileira
e a submissão
das mulheres no
século XVI.
Assista
Para muitos autores, a conquista e a colonização territorial, a partir do século XVI,
podem ser consideradas empreendimentos capitalistas, pois os colonizadores objetivavam
o lucro no comércio dos bens produzidos nas colônias. Nesse período, as atividades eco-
nômicas desenvolvidas no Brasil estiveram estreitamente associadas às potencialidades
naturais do território e, dependentes do capital da Metrópole, visavam atender apenas aos
interesses dos europeus.
Esse cenário começou a ser estruturado no início no século XVI, quando os colonizado-
res, sobretudo os portugueses, organizaram feitorias no litoral brasileiro para a exploração
do pau-brasil. A partir de meados desse século, empreenderam o cultivo de cana-de-açú-
car por meio do sistema de plantation, caracterizado pela monocultura voltada para a ex-
portação, produção em grandes propriedades e exploração de mão de obra escrava. Além
de instituir a escravidão, que fez milhões de vítimas por mais de três séculos, dizimando
numerosos povos indígenas e subjugando os africanos trazidos à força, a formação desses
espaços de produção foi realizada a partir do desmatamento e de outras alterações que
hoje identificamos como problemas ambientais.
Em diferentes momentos ao longo da história, os espaços foram organizados no Brasil
para atender ao mercado mundial, que demandava produtos agrícolas ou minerais. A im-
plantação de várias atividades exportadoras explica a forma de ocupação do Brasil e a
construção de suas diferenças regionais.
1. Identifique na representação de Franz Post elementos citados no texto como caracterís-
ticos do início da formação do território brasileiro e da inserção do Brasil na economia
mundial.
Coleção
particular,
São
Paulo.
Fotografia:
ID/BR
44
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C04_044A051.indd 44
4/28/16 10:57 AM
Essa coleção organiza-se a partir de quatro pilares, cada qual com objetivo(s) próprio(s):
contextualização e
interdisciplinaridade compromisso visão crítica iniciativa
Relacionar o estudo dos
conteúdos de Geografia ao de
outras disciplinas, áreas do
conhecimento e temas atuais,
construindo, assim, uma
visão ampla e integrada dos
fenômenos estudados.
Despertar a consciência da
responsabilidade e incentivar
a reflexão e o entendimento do
mundo, para que você se torne
um cidadão responsável.
Contribuir para que você seja
capaz de entender a realidade
que o cerca e refletir sobre
seu papel nessa realidade,
desenvolvendo, dessa maneira,
sua visão crítica.
Incentivar a atitude proativa
diante de situações-problema,
contribuindo para que você
tome decisões e participe
de forma ativa em diversos
contextos sociais.
As seções e os boxes que se propõem a trabalhar esses eixos estão indicados pelos ícones que os representam.
Abertura da unidade
Elaborada em página dupla, apresenta um texto
introdutório da temática da unidade articulado a uma
imagem para levantar seus conhecimentos prévios.
Em Questões para refletir você é convidado a pensar
e a se manifestar sobre o tema.
Abertura do capítulo
Texto, imagens e questões se relacionam e
introduzem o assunto específico do capítulo.
Pilares da coleção
Capítulo
3
–
O
papel
do
comércio
mundial
Não escreva no livro.
Protecionismo agrícola e abertura comercial
Um dos entraves ao comércio mundial tem sido a ques-
tão do protecionismo agrícola. Esse protecionismo tem nos
subsídios agrícolas seu principal ponto de sustentação.
Os subsídios são um volume de capital ou de bens mate-
riais fornecidos pelo Estado aos produtores rurais com o
objetivo de auxiliá-los a manter baixos os preços dos pro-
dutos agrícolas (tornando-os mais competitivos no mer-
cado). Consequentemente, isso permite que a agricultura
continue a ser um ramo rentável.
A interferência do Estado tem sido observada prin-
cipalmente nos países desenvolvidos, sendo, portanto,
os produtores desses países os maiores beneficiários dos
subsídios. Em geral, a defesa dos subsídios baseia-se em
vários argumentos. O primeiro está relacionado à rela-
tiva fragilidade do setor agrícola: mesmo dispondo de
técnicas modernas, a agricultura depende de fatores na-
turais que podem comprometer a produção, gerando
crises de abastecimento e colocando em risco a segu-
rança alimentar. O subsídio seria uma proteção ao pro-
dutor. Outro argumento relaciona-se à manutenção da
atividade rural.
Na União Europeia, por exemplo, os subsídios che-
gam aos agricultores por meio da Política Agrícola Comum
(PAC), e países como a França e a Alemanha estão entre os
que mais defendem os respectivos setores agrícolas.
A Rodada de Doha
Em 2001, em Doha, capital do Catar (país do Orien-
te Médio), ocorreu uma reunião que envolveu mais de
uma centena de países-membros da OMC. Entre os obje-
tivos dessa reunião, que ficou conhecida como Rodada de
Doha, estava o de obter maior liberalização do comércio
mundial, ou seja, conseguir que os fluxos de mercadorias
pudessem ocorrer entre vendedores e compradores sem
barreiras alfandegárias ou protecionismos.
Ao longo dos anos, após a Rodada de Doha, foram rea-
lizadas outras reuniões em várias partes do mundo. No
entanto, o impasse continua, pois os países desenvolvidos
não aceitam remover suas barreiras a produtos agrícolas
exportados pelos países em desenvolvimento. Estes, por
sua vez, fazem restrições à abertura de seus mercados pa-
ra os produtos manufaturados e os serviços exportados
pelos países desenvolvidos.
A União Europeia destina quase metade de seu orçamento para
subsidiar a agricultura. Silo localizado em Lorrez le Bocage, França.
Foto de 2013.
Agricultores contam com a PAC
A Política Agrícola Comum foi idealizada depois
do término da Segunda Guerra Mundial, período
marcado por uma grande escassez de alimentos.
Em 1962, ela foi formalizada, dando aos produto-
res rurais uma renda estável e, aos consumidores,
preços baixos.
Mesmo após a recuperação no pós-guerra, a PAC
manteve-se e, atualmente, representa quase metade
da despesa anual da União Europeia.
sAibA MAis
Roger
Rozencwajg/Photononstop/Corbis/Fotoarena
O Brasil no comércio internacional
Na atualidade, de acordo com dados da Associação
de Comércio Exterior do Brasil, a participação do país
na economia mundial é de apenas 3%. Ao mesmo tem-
po, o Brasil faz parte do G-20, um fórum de discus-
são criado para promover a discussão e a negociação
sobre temas relevantes para a economia mundial. Em
2015, além do Brasil, integravam o G-20: África do
Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália,
Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Indoné-
sia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Coreia do Sul,
Rússia, Turquia e União Europeia. Juntos, esses inte-
grantes concentram cerca de 90% do PIB e dois terços
da população mundial. Nas últimas décadas, o Brasil
se destacou como um dos países em desenvolvimento
que exigem maior e mais justa participação no comér-
cio mundial.
1. Reúna-se com os colegas para discutir a seguinte questão: O Brasil tem condições de liderar as propostas co-
merciais do G-20? Justifiquem suas respostas.
CONeXÃO
38
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C03_036A043.indd 38 4/28/16 10:57 AM
informe
Não escreva no livro.
As nações e o nacionalismo no novo século
A dialética das relações entre a globalização, a identidade nacional e a xenofobia é enfatica-
mente demonstrada pela atividade pública que combina esses três elementos: o futebol. Graças
à televisão global, esse esporte universalmente popular transformou-se em um complexo indus-
trial capitalista de categoria mundial (embora de tamanho modesto, em comparação com outras
atividades de negócios globais). […]
Praticamente desde que adquiriu um público de massa, esse esporte tem sido o catalisador de
duas formas de identificação grupal: a local (com o clube) e a nacional (com a seleção nacional,
composta com os jogadores dos clubes). No passado, elas eram complementares, mas a transfor-
mação do futebol em um negócio mundial e sobretudo o surgimento extraordinariamente rápi-
do de um mercado global de jogadores nas décadas de 1980 e 1990 […] criaram uma crescente
incompatibilidade entre os interesses empresariais, políticos e econômicos, nacionais e globali-
zados, e o sentimento popular. Essencialmente, o negócio global do futebol é dominado pelo im-
perialismo de umas poucas empresas capitalistas com nomes de marcas também globais – um
pequeno número de superclubes baseados em alguns países da Europa. […]. Seus jogadores são
recrutados em todo o mundo. Com frequência apenas uma minoria […] dos jogadores tem a na-
cionalidade do país onde se situa o clube. A partir da década de 1980, eles provêm cada vez mais
de países não europeus, especialmente da África […].
Esses desenvolvimentos tiveram um efeito triplo. Do ponto de vista dos clubes, provocaram
um considerável enfraquecimento da posição de todos aqueles que não estão no circuito das su-
perligas internacionais e dos supertorneios e em especial nos clubes dos países exportadores de
jogadores, notadamente nas Américas e na África. […] Na Europa, os clubes menores mantêm-se
em competição com os gigantes em grande medida comprando jogadores baratos […] na esperan-
ça de revendê-los como estrelas já descobertas aos superclubes.
O segundo efeito está em que a lógica transnacional da empresa de negócios entrou em con-
flito com o futebol como expressão de identidade nacional, tanto pela tendência a favorecer
torneios internacionais entre superclubes, em detrimento dos torneios tradicionais das copas
e dos campeonatos nacionais, quanto porque os interesses dos superclubes competem com
os das seleções nacionais, que são as portadoras de toda a carga política e emocional da iden-
tidade nacional e que têm de ser formadas por jogadores que tenham o passaporte do país.
Ao contrário dos superclubes, […] [as seleções] não são permanentes. Hoje elas tendem a ser
conjuntos de jogadores, muitos dos quais – a maioria, em casos extremos como o do Brasil –
jogam em clubes estrangeiros, que perdem dinheiro a cada dia que eles se ausentam, […] para
que treinem e joguem com suas seleções. Do ponto de vista dos superclubes e dos superjoga-
dores, o clube tende a ser mais importante do que o país. No entanto, os imperativos não eco-
nômicos da identidade nacional têm tido força suficiente para afirmar-se […] e mesmo para
impor […] a Copa do Mundo, como o elemento principal e mais poderoso da presença econô-
mica global do futebol.
O terceiro efeito pode ser visto na crescente proeminência do comportamento xenofóbico e
racista entre os torcedores […]. Eles ficam divididos entre o orgulho que sentem pelos superclu-
bes e pelas seleções nacionais (o que inclui seus jogadores estrangeiros ou negros) e a crescente
importância que competidores provenientes de povos há tanto tempo considerados inferiores
alcançam nos seus cenários nacionais. [...]
Hobsbawm, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 92-95.
Dialética:
debate em que
um argumento
é defendido e
criticado, visando
ao aprimoramento
do conhecimento,
tomado como
sempre transitório.
Xenofobia:
sentimento e
atitude de aversão
aos estrangeiros.
1. O que significa a transnacionalização do futebol?
2. Como o autor relaciona globalização e identidade nacional no futebol?
3. Atualmente, quando é feita a escalação da Seleção Brasileira de Futebol, muitos dos jogadores
convocados jogam no exterior. Quais são as consequências desse fato?
PARA DisCuTiR
39
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O texto didático é
complementado por
imagens (ilustrações,
fotos, mapas) e
boxes variados, a fim
de estimular a sua
participação e facilitar
a compreensão.
Cada volume da coleção
traz infográficos, em
páginas duplas, com
riqueza de imagens
(fotografias, mapas,
gráficos) e pequenos
textos que auxiliam na
compreensão do
fenômeno representado.
A rede mundial de transportes
31
30
De acordo com a ONU, cerca de 10 bilhões de
toneladas em mercadorias são transportadas por via
marítima todos os anos. As principais são produtos
primários exportados em navios-tanque ou a granel
(nos porões dos navios, sem embalagem especial),
como minério de ferro, carvão, grãos, bauxita,
fosfato, petróleo e gás natural. As mercadorias
transportadas por via aérea correspondem a menos
de 1% do volume global transportado, no entanto,
são muito mais caras e pagam fretes bem maiores.
Enquanto o frete dos minérios e grãos
transportados por navio, calculado por peso, atinge
um valor expresso em centavos, bens enviados
por avião – de flores a equipamentos eletrônicos –
tendiam a valer ao menos US$ 16 por quilo em
2013, segundo estudos da indústria aérea Boeing.
As cargas comerciais aéreas respondem por 35% do
valor movimentado pelo comércio internacional.
A maior parte do fluxo internacional de
mercadorias se dá por navios. No entanto,
é comum que as cargas de maior valor
agregado sejam transportadas por aviões.
Este mapa mostra que nas
décadas recentes o
movimento de navios
cresceu em todos os
mares. Na costa da
Somália, porém, a mancha
azul escura indica redução
no tráfego marítimo –
resultado do temor
causado pelo ataque de
piratas na área.
Fonte de pesquisa: Tornandre/Laboratoire d’Océanographie Spatiale.
Fontes de pesquisa: BOEING COMPANY. World Air Cargo Forecast
2014-2015. Seattle: Boeing Co., 2015; UNCTAD. Review of
Maritime Transport 2014. Genebra: ONU, 2014; TOURNADE,
J. Anthropogenic pressure on the open ocean. Geophys.
Res. Lett./41, p.7924-7932, 2014.
180o
O 150o
O 120o
O 90o
O 60o
O 30o
O 0o
30o
L 60o
L 90o
L 120o
L 150o
L 180o
L
70o
N
50o
N
30o
N
10o
N
10o
S
30o
S
50o
S
Evolução do tráfego marítimo (1992-2012)
As rotas marítimas
pelo oceano Índico e
Extremo Oriente
apresentam a maior
evolução,
estimulada pelo
desenvolvimento
econômico da
região. Nota-se
também um
aumento do tráfego
marítimo na costa
do Brasil.
Variação na ocorrência
de navios (em %)
-200 0 200 400
O espaço aéreo europeu é um dos mais congestionados
do mundo. No entanto, se considerarmos o total dos
fluxos no continente, os voos transportam mais
passageiros do que mercadorias. Pouco mais da metade
do comércio internacional da União Europeia ocorre
entre países do bloco e serve-se principalmente de
modais terrestres, como rodovias e ferrovias.
Maior exportador de bens
industrializados, a China foi responsável
por 40% das importações mundiais de
grãos e por 2/3 das de minério de ferro
e bauxita em 2013 . Neste ano, a maior
parte das exportações minerais do Brasil
e Austrália foi direcionada à China.
Os Estados Unidos e a União
Europeia são os principais destinos
dos navios que carregam contêineres
com produtos industrializados da
Ásia – como celulares, computadores,
roupas, veículos e bens de capital.
Tráfegos globais
Esta imagem representa as milhares de viagens anuais
de aviões e navios no início deste século. A National
Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), órgão
do governo dos Estados Unidos que pesquisa assuntos
relacionados aos oceanos e atmosfera, reuniu dados
de GPS de milhares de veículos comerciais para criar
essa representação de suas rotas, usando imagens
noturnas da Terra feitas por satélite.
Transporte internacional de mercadorias (2013)
O fluxo de mercadorias por via aérea é reservado para o
transporte de bens leves ou perecíveis de alto valor.
Via marítima:
9,5bilhões
de toneladas
Via aérea:
42 milhões
de toneladas
Tráfego marítimo
Tráfego aéreo
Vias terrestres
Fotografia:
NOAA/SPL/Latinstock
Jean
Tournadre/IFREMER
NE
NO
SE
SO
0 4164 8328 km
Não escreva no livro.
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A rede mundial de transportes
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De acordo com a ONU, cerca de 10 bilhões de
toneladas em mercadorias são transportadas por via
marítima todos os anos. As principais são produtos
primários exportados em navios-tanque ou a granel
(nos porões dos navios, sem embalagem especial),
como minério de ferro, carvão, grãos, bauxita,
fosfato, petróleo e gás natural. As mercadorias
transportadas por via aérea correspondem a menos
de 1% do volume global transportado, no entanto,
são muito mais caras e pagam fretes bem maiores.
Enquanto o frete dos minérios e grãos
transportados por navio, calculado por peso, atinge
um valor expresso em centavos, bens enviados
por avião – de flores a equipamentos eletrônicos –
tendiam a valer ao menos US$ 16 por quilo em
2013, segundo estudos da indústria aérea Boeing.
As cargas comerciais aéreas respondem por 35% do
valor movimentado pelo comércio internacional.
A maior parte do fluxo internacional de
mercadorias se dá por navios. No entanto,
é comum que as cargas de maior valor
agregado sejam transportadas por aviões.
Este mapa mostra que nas
décadas recentes o
movimento de navios
cresceu em todos os
mares. Na costa da
Somália, porém, a mancha
azul escura indica redução
no tráfego marítimo –
resultado do temor
causado pelo ataque de
piratas na área.
Fonte de pesquisa: Tornandre/Laboratoire d’Océanographie Spatiale.
Fontes de pesquisa: BOEING COMPANY. World Air Cargo Forecast
2014-2015. Seattle: Boeing Co., 2015; UNCTAD. Review of
Maritime Transport 2014. Genebra: ONU, 2014; TOURNADE,
J. Anthropogenic pressure on the open ocean. Geophys.
Res. Lett./41, p.7924-7932, 2014.
180o
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Evolução do tráfego marítimo (1992-2012)
As rotas marítimas
pelo oceano Índico e
Extremo Oriente
apresentam a maior
evolução,
estimulada pelo
desenvolvimento
econômico da
região. Nota-se
também um
aumento do tráfego
marítimo na costa
do Brasil.
Variação na ocorrência
de navios (em %)
-200 0 200 400
O espaço aéreo europeu é um dos mais congestionados
do mundo. No entanto, se considerarmos o total dos
fluxos no continente, os voos transportam mais
passageiros do que mercadorias. Pouco mais da metade
do comércio internacional da União Europeia ocorre
entre países do bloco e serve-se principalmente de
modais terrestres, como rodovias e ferrovias.
Maior exportador de bens
industrializados, a China foi responsável
por 40% das importações mundiais de
grãos e por 2/3 das de minério de ferro
e bauxita em 2013 . Neste ano, a maior
parte das exportações minerais do Brasil
e Austrália foi direcionada à China.
Os Estados Unidos e a União
Europeia são os principais destinos
dos navios que carregam contêineres
com produtos industrializados da
Ásia – como celulares, computadores,
roupas, veículos e bens de capital.
Tráfegos globais
Esta imagem representa as milhares de viagens anuais
de aviões e navios no início deste século. A National
Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), órgão
do governo dos Estados Unidos que pesquisa assuntos
relacionados aos oceanos e atmosfera, reuniu dados
de GPS de milhares de veículos comerciais para criar
essa representação de suas rotas, usando imagens
noturnas da Terra feitas por satélite.
Transporte internacional de mercadorias (2013)
O fluxo de mercadorias por via aérea é reservado para o
transporte de bens leves ou perecíveis de alto valor.
Via marítima:
9,5bilhões
de toneladas
Via aérea:
42 milhões
de toneladas
Tráfego marítimo
Tráfego aéreo
Vias terrestres
Fotografia:
NOAA/SPL/Latinstock
Jean
Tournadre/IFREMER
NE
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SE
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Não escreva no livro.
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6. 5
Não escreva no livro.
1. Explique quais são os fatores naturais e os de origem antrópica citados no texto que ameaçam a
preservação dos sítios arqueológicos do Parque Nacional da Serra da Capivara.
2. Identifique o período geológico em que a América Central se formou e explique como sua formação
interferiu na fauna do continente americano.
atividades
Fundação Museu do
Homem Americano
(Fumdham)
Fundação criada
para a preservação
do patrimônio
histórico e natural
do Parque Nacional
da Serra da
Capivara. No site,
há importantes
informações sobre a
história geológica,
humana, da fauna e
da flora da região.
Disponível em:
<http://linkte.me/
fumdham>. Acesso
em: 16 mar. 2016.
Navegue
A ilustração mostra o Eremotherium rusconii, um mamífero herbívoro que pesava mais de cinco toneladas e que
foi extinto há cerca de 10 mil anos.
Fundação Museu do Homem Americano. Disponível em: <http://www.fumdham.org.br/fauna_extinta.html>. Acesso em: 25 nov. 2015.
mos ocorriam exclusivamente na serra da Capivara.
Segundo as datações disponíveis até o momento, os
mamíferos de grande porte, chamados de megafauna,
habitaram a região desde o final do Pleistoceno até o
início do Holoceno. [...]
a megafauna pleistocênica
da região do Parque
Nacional da serra da Capivara
Há cerca de 60 milhões de anos, a América do Sul
era uma ilha, assim como é hoje a Austrália. Mudan-
ças geológicas geraram alterações dramáticas no rele-
vo terrestre, como a elevação da cordilheira dos Andes,
iniciada há cerca de 35 milhões de anos, e a formação
de uma ponte intercontinental, a América Central, que
E, no caminho contrário, foram para o norte animais
como preguiças, tamanduás, tatus e gambás.
Na região do Parque Nacional da Serra da Capivara,
estão representados vertebrados da chamada megafauna
sul-americana, caracterizada principalmente pelo gigan-
tismo de algumas formas, como preguiças, gliptodontes,
toxodontes, mastodontes, entre outros. Esses grandes
animais foram extintos na transição Pleistoceno/Holo-
ceno, há cerca de 10000 anos. A causa dessa grande ex-
tinção é um tema bastante discutido pelos cientistas que
ainda não possuem um consenso sobre o tema. Sabe-se
que nesse período houve drásticas alterações climáticas
em todo o continente e o crescimento das populações
humanas, fatores que podem ter contribuído para o de-
clínio dessa fauna.
Catmando/Shutterstock.com/ID/BR
133
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Atividades Não escreva no livro.
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
40ºO
60ºO
20ºS
Trópico de Capricórnio
0º
Equador
ARCO SUL
DO DESMATAMENTO
FRENTE NORTE
DO DESMATAMENTO
VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana
Francesa (FRA)
SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
EQUADOR
0 625 1250 km
NE
NO
SE
SO
Área do polígono da seca
Área com risco de
desertificação e arenização
Arco do desmatamento
Faixa de maior intensidade
de desmatamento
Intensificação de
processos erosivos
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
40ºO
60ºO
20ºS
Trópico de Capricórnio
0º
Equador
AM
AC
RO
RR AP
PA
MT
MA
PI
CE
RN
PB
PE
AL
SE
BA
GO DF
MS
MG
SP
PR
ES
RJ
SC
RS
TO
VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana
Francesa (FRA)
SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
0 550 1100 km
NE
NO
SE
SO
40
20
10
5
1
Parte da produção
do estado no total
do país (%)
Revendo conceitos
1. Qual é a principal característica do Brasil no que se
refere a sua estrutura fundiária? Como essa caracte-
rística se consolidou?
2. O que foi a Lei de Terras de 1850 e qual sua im-
portância para a manutenção da estrutura agrária
brasileira?
3. O que é latifúndio? Podemos dizer que toda grande
propriedade é um latifúndio? Explique.
4. Qual foi o principal marco na estrutura agrária bra-
sileira nas últimas décadas?
5. Qual foi a característica da expansão da fronteira
agrícola no período colonial e no período atual?
Lendo mapas e gráficos
6. Reúna-se com um colega e observem o mapa abai-
xo, que mostra, entre outras informações, alguns
riscos ambientais decorrentes de atividades antró-
picas no território brasileiro.
Compare-o com o mapa de intensidade de ocupa-
ção pela agropecuária da página 149 e respondam
às questões a seguir.
Área de soja por ano do desflorestamento
Fonte de pesquisa: Moratória da soja: 7o
ano do mapeamento
e monitoramento do plantio de soja no bioma Amazônia.
Abiove. Disponível em: <http://www.abiove.org.br/site/_FILES/
Portugues/12122014-105447-19.11.2014._relatorio_da_moratoria_da_
soja_-_7º_ano.pdf> Acesso em: 10 nov. 2015.
Os números das barras referem-se à área desmatada da Amazônia,
em hectare, ocupada pelo cultivo da soja.
Fonte de pesquisa: Ferreira, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial.
São Paulo: Moderna, 2013. p. 144.
Fonte de pesquisa: Simielli, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2013. p. 123.
a) Quais anos registram a maior taxa de área plan-
tada com soja em desflorestamento?
b) A soja é amplamente cultivada no país. Quais bio-
mas sofrem os impactos desse intenso cultivo?
8. O mapa a seguir traz informações sobre a produção
de feijão em unidades federativas do Brasil. Analise-
-o identificando a distribuição dessa produção no
Brasil. Escreva uma síntese com suas conclusões.
Brasil – Produção de feijão (2012)
Brasil – Riscos ambientais (2012)
7. Analise o gráfico abaixo e responda às questões.
8876 (19%)
10861 (23%)
3547 (8%)
5800 (12%)
6308 (11%)
6508 (14%)
6128 (13%)
2013
2012
2011
2010
Ano
do
desflorestamento
Área de soja (ha)
2009
2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000
0
2008
2007
João
Miguel
A.
Moreira/ID/BR
João
Miguel
A.
Moreira/ID/BR
Adilson
Secco/ID/BR
a) Em que regiões brasileiras há mais áreas onde
ocorre a intensificação dos processos erosivos?
b) Que relação é possível estabelecer entre a ativi-
dade agropecuária e a intensificação dos proces-
sos erosivos? Justifique sua resposta.
c) Pesquisem em livros e em sites da internet as
causas do processo de desertificação e areniza-
ção. Escrevam suas conclusões no caderno.
154
Para incluir esta página
no sumário, clicar + shift +
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transparente abaixo
SP_GEO1_LA_PNLD18_U3_C11_152a155.indd 154 03/05/16 15:06
Vestibular e Enem
0 20 40 60 80 100
%
de 100 a 1000 ha
mais de 1000 ha
até 10 ha
de 10 a 100 ha
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a ques-
tão agrária brasileira permitem afirmar que uma das
causas que explicam a atual concentração fundiária
no país é:
a) o modelo de uso do solo, predominantemente des-
tinado à pecuária bovina.
b) o avanço das fronteiras agrícolas na Amazônia
durante a ditadura militar.
c) a rápida expansão do processo de modernização
agrícola em todo o país.
d) o significativo êxodo rural que tem esvaziado sis-
tematicamente o campo.
e) a terra ser considerada reserva de valor, isto é,
uma mercadoria.
8. (Enem) Na charge há uma crítica ao processo pro-
dutivo agrícola brasileiro relacionada ao:
5. (Enem)
Mas plantar pra dividir
Não faço mais isso, não.
Eu sou um pobre caboclo,
Ganho a vida na enxada.
O que eu colho é dividido
Com quem não planta nada.
Se assim continuar
vou deixar o meu sertão,
mesmo os olhos cheios d’água
e com dor no coração.
Vou pro Rio carregar massas
pros pedreiros em construção.
Deus até está ajudando:
está chovendo no sertão!
Mas plantar pra dividir,
Não faço mais isso, não.
Vale, J.; aquino, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994.
(Fragmento.)
No trecho da canção, composta na década de 1960,
retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com:
a) a distribuição desigual da produção.
b) os financiamentos feitos ao produtor rural
c) a ausência de escolas técnicas no campo.
d) os empecilhos advindos das secas prolongadas.
e) a precariedade de insumos no trabalho do campo.
6. (PUC-RJ) A partir da década de 1970, o Governo
Federal passou a intervir, de forma mais decisiva,
na Região Centro-Oeste. Programas e planos con-
templaram a região, concedendo incentivos e
atraindo investidores para numerosos setores da
sua economia. Assinale a alternativa que não
apresente um objetivo desses programas e planos
regionais.
a) O acirramento de conflitos pela posse da terra
entre grandes proprietários e empresários
agrícolas.
b) A execução de grandes projetos agropecuários
com base em incentivos fiscais.
c) A ampliação da fronteira agrícola com a incorpo-
ração de novos espaços produtivos.
d) O aumento do rendimento agrícola graças à
introdução de técnicas mais eficientes.
e) A ampliação da infraestrutura viária e a constru-
ção de hidrelétricas.
IBGE.
Brasil: Total da área ocupada pelos
estabelecimentos agrícolas (%)
a) elevado preço das mercadorias no comércio.
b) aumento da demanda por produtos naturais.
c) crescimento da produção de alimentos.
d) hábito de adquirir derivados industriais.
e) uso de agrotóxicos nas plantações.
Enem/2015.
Disponível
em:
<www.amarildo.com.br>.
Acesso:
3
mar.
2013.
7. (Unifor-CE) Observe o gráfico.
Unifor-CE.
Fac-símile:
ID/BR
186
SP_GEO1_LA_PNLD18_U3_C14_182a187.indd 186 4/28/16 11:31 AM
Atenção: todas as questões foram reproduzidas das provas originais
de que fazem parte. Responda a todas as questões no caderno.
e) ao aumento do interesse internacional por fontes
renováveis de energia, em função do Protocolo
de Kyoto.
12. (Unifesp) Observe o mapa.
9.(UFV-MG) No final dos anos [19]60 do século XX, o
Brasil passou a vivenciar os impactos da Revolução
Verde no desenvolvimento de uma agricultura mo-
derna e de grande eficiência econômica. No entan-
to, a Revolução Verde trouxe também efeitos per-
versos de ordem social, econômica e ambiental. Das
alternativas abaixo, assinale a que não expressa um
desses efeitos do processo de modernização da
agricultura brasileira.
a) Ampliação do processo de concentração fundiá-
ria pela incorporação da chamada fronteira agrí-
cola à produção capitalista.
b) Formação de um amplo contingente de trabalha-
dores volantes, dependentes de um mercado de
trabalho com grande sazonalidade.
c) Degradação das áreas remanescentes de Mata
Atlântica do Rio de Janeiro e São Paulo para a im-
plantação da lavoura cafeeira.
d) Ampliação da dependência dos produtores ao
mercado de sementes pela intensa utilização de
híbridos.
e) Comprometimento dos recursos hídricos pelo
assoreamento de cursos de água e contaminação
por produtos químicos.
10. (UFPE) Existe, em diversos países do mundo, um
sistema de criação que é feito em amplas áreas
cercadas, onde o gado é solto para se alimentar da
pastagem natural ou de restos de cultura, após a
colheita das mesmas. Qual a denominação que é
dada, em Geografia agrária, a esse sistema de
criação?
a) Pecuária intensiva.
b) Pecuária ultraextensiva.
c) Pecuária ultraintensiva.
d) Pecuária nômade.
e) Pecuária extensiva.
11. (Fuvest-SP) No Brasil, o setor agroindustrial prevê
aumento significativo da produção de cana-de-açú-
car para os próximos anos. Isso pode ser atribuído:
a) à maior flexibilidade da nova regulamentação
ambiental, que implicará uma importante dimi-
nuição de custos.
b) ao atual acréscimo de subsídios governamen-
tais para a produção de álcool, chegando a valo-
res semelhantes aos do Proálcool na década de
setenta.
c) à diminuição gradativa de áreas de produção da
soja transgênica, aparecendo a cana como alter-
nativa econômica e ambientalmente viável.
d) à recente ampliação da demanda externa por to-
dos os subprodutos da cana devido à desvalori-
zação do real nos últimos dois anos.
200 400 km
(IBGE, 2002)
0
Fonte de pesquisa: IBGE, 2002.
O produto I é beneficiado no país e exportado. O
produto II atende ao mercado interno. Identifique
corretamente os produtos cultivados nas regiões
I e II do mapa.
a) I – algodão; II – feijão.
b) I – laranja; II – arroz.
c) I – cana-de-açúcar; II – milho.
d) I – soja; II – mandioca.
e) I – café; II – uva.
13. (UFRN) Nos anos [19]90 do século passado, inten-
sificou-se no Brasil o crescimento da atividade
agroindustrial articulado aos vários setores indus-
triais, favorecendo a emergência do agronegócio,
que tem como característica a:
a) constituição de cadeias produtivas atreladas à
produção agrícola de caráter familiar, com uma
gestão voltada para os mercados internacionais
e regionais.
b) constituição de cadeias produtivas formadas por
agentes econômicos integrados por diversos me-
canismos, como cooperativismo, associativismo
e integração vertical.
c) forma de produção na qual predomina a intera-
ção entre gestão e execução do processo produti-
vo pelos agricultores familiares, com ênfase no
trabalho assalariado.
d) forma de produção que privilegia o associativis-
mo e a formação de cadeias produtivas que ocor-
rem nas áreas de assentamentos rurais, onde
predomina o trabalho da família.
Unifesp/2005.
Fac-símile:
ID/BR
187
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Projeto
exposição: “As multinacionais brasileiras”
O que vocês vão fazer
Neste projeto, vocês vão reunir-se em grupos e desenvolver uma pesquisa sobre as multinacionais
brasileiras. Com base nessa pesquisa, a classe vai organizar uma exposição que mostre, por meio de
fotografias, mapas, recortes de jornais e outros documentos, a atuação de empresas brasileiras em
outros países do mundo.
O objetivo é mostrar a participação do Brasil na economia mundial, identificando as principais
empresas brasileiras que atuam internacionalmente e seus impactos na economia brasileira e nos
países de destino. Conhecer a atuação das multinacionais brasileiras é uma forma de compreender
melhor as relações que o país estabelece com o restante do mundo e o perfil de nossa economia,
seus avanços, limites e desafios.
1. Levantamento de dados
Para isso, a classe deve organizar-se em grupos de pelo menos quatro pessoas. Cada grupo
obedecerá às etapas descritas a seguir.
• Com ajuda do professor,
pesquisem e façam uma lista
das 10 maiores multinacionais
brasileiras. Classifiquem as
empresas de acordo com
os segmentos de atuação:
energético, alimentício, têxtil,
tecnologia da informação,
indústria cosmética,
automobilística, aeronáutica,
entre outros. O gráfico ao
lado mostra a área de
atuação das multinacionais
brasileiras pesquisadas no
documento “Ranking” FDC das
multinacionais brasileiras 2015,
elaborado pela Fundação Don
Cabral. Observe que, de acordo
com esse documento,
em 2014, o setor industrial
era predominante.
• Cada grupo deve selecionar uma das multinacionais brasileiras listadas na etapa anterior, de forma
que não haja repetições. Em seguida, vocês devem pesquisar: o contexto histórico da fundação
da empresa, os países onde atua, quais são as principais atividades desenvolvidas nesses países,
os investimentos aplicados no Brasil e no exterior, a quantidade de funcionários e de unidades no
Brasil e no exterior. Para obter essas e outras informações, vocês podem acessar o site da empresa
e consultar pesquisas jornalísticas.
• Busquem saber dos impactos econômicos, sociais e ambientais gerados pela empresa, tanto
no Brasil como nos demais países onde ela atua, especialmente aqueles relativos à degradação
ou à conservação ambiental, aos direitos trabalhistas, à contribuição ao desenvolvimento
socioeconômico.
• Comparem a multinacional brasileira escolhida pelo grupo com outras empresas nacionais e
internacionais do mesmo ramo para saber se ela está bem posicionada em rankings mundiais.
Segmentos de atuação de algumas multinacionais brasileiras (2014)
Fonte de pesquisa: “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015. Fundação Dom Cabral.
Disponível em: <https://www.fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/2015/ranking_fdc_
multinacionais_brasileiras2015.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016.
Siderurgia e
Metalurgia
Fabricação
de veículos e
aeronaves
Fabricação de
máquinas e
equipamentos
Consultoria
Construção
Indústria
química
Indústria de
não tecidos
Indústria
extrativa
Tecnologia da
comunicação e
Comunicação Cosméticos
Eletricidade
e gás
Materiais de
construção
Papel e
celulose
Calçados
e têxteis
Alimentos
e bebidas
Bancos e
Seguradoras
Autopeças
Fabricação de
eletroeletrônicos
10%
13%
6%
6%
6%
10%
10%
2%
2%
2%
2%
2%
8%
8%
2%
6%
2%
2%
Adilson
Secco/ID/BR
76
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2. Seleção e organização das informações e elaboração do cartaz
Agora, o grupo deve discutir as informações levantadas e selecionar quais são significativas para
demonstrar a participação da empresa pesquisada no cenário internacional.
Em seguida, vocês deverão elaborar um cartaz com essas informações. Para isso, considerem as
etapas a seguir.
• Identifiquem a empresa por meio de fotos de sua sede e unidades e da identidade visual
(logotipo, marca).
• Incluam informações sobre a localização da sede da empresa, a data de sua criação no Brasil e a
data do início de sua internacionalização.
• Elaborem mapas, gráficos e tabelas com as informações levantadas na pesquisa para representar a
distribuição espacial da empresa pelo mundo e suas sedes no Brasil. Como exemplo, observem o gráfico
abaixo, que mostra a distribuição das principais multinacionais brasileiras em várias regiões do mundo.
• Utilizem trechos de matérias jornalísticas e fotos sobre os impactos positivos e negativos da atuação
da empresa no Brasil e no mundo, destacando suas dimensões econômica, social e ambiental.
• Usem dados comparativos com outras empresas multinacionais brasileiras e internacionais do setor.
• Incluam no cartaz uma pequena síntese com as conclusões do grupo sobre a atuação da empresa
no Brasil e no mundo e sua importância no respectivo setor econômico.
Distribuição geográfica das multinacionais brasileiras no mundo*
Fonte de pesquisa: “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015. Fundação Dom Cabral. Disponível em: <https://www.
fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/2015/ranking_fdc_multinacionais_brasileiras2015.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2016.
*Porcentagem das empresas pesquisadas no “Ranking” FDC das multinacionais brasileiras 2015 que possuem
subsidiárias ou franquias nessas regiões.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
16,0%
21,0%
26,0%
29,0%
33,0%
36,0%
70,0%
81,0%
América
do Sul
América
do Norte
Europa África América
Central e
Caribe
Ásia Oriente
Médio
Oceania
Adilson
Secco/ID/BR
3. Apresentação da pesquisa e montagem da exposição
Ao final da elaboração dos cartazes, cada grupo deverá fazer uma apresentação para os colegas na sala
de aula, mostrando os resultados da pesquisa. Poderão ser utilizados também outros materiais obtidos
durante a coleta de informações, tais como anúncios e filmes institucionais da empresa.
Na apresentação, é importante destacar a importância da empresa para o desenvolvimento
econômico do país, se a empresa faz parte de algum setor tradicional da economia brasileira ou se
está inserida em um setor de desenvolvimento mais recente no país. Os impactos ambientais da
empresa no Brasil e nos países em que atuam também devem ser destacados.
Após a elaboração dos cartazes, os grupos devem montar uma exposição em local acessível à
comunidade escolar com todos os painéis confeccionados pela classe.
77
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160
Não escreva no livro.
quilombolas: direito à terra e respeito ao modo de vida
Um quilombo representa a base para a sobrevivência
física e cultural, o enraizamento social das pessoas que
dele fazem parte em um território, e deve ser reconheci-
do pela sociedade como um patrimônio da cultura na-
cional. A presença de vários quilombos em todo o país
ilustra algumas conquistas. A própria Constituição de
1988 estabelece que:
Aosremanescentesdascomunidadesdosquilombos
que estejam ocupando suas terras é reconhecida a pro-
priedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os
títulos respectivos.
Brasil. Constituição, 1988. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/
constituicao-federal>. Acesso em: 13 dez. 2015.
São atribuições do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) o reconhecimento, a demar-
cação e a titulação das terras quilombolas. Esse é o pri-
meiro passo para a estabilização dessas comunidades.
No entanto, muitas terras quilombolas são alvo de
empresas extrativistas ou do agronegócio que justificam
a expropriação dessas áreas em nome do progresso, da
modernidade e do crescimento da economia nacional. É
bastante difundida a visão de que apenas formas “moder-
nas” de propriedade e de exploração do solo seriam capa-
zes de produzir comercialmente, estas representariam o
progresso; as comunidades quilombolas, o atraso.
O modelo familiar de produção é vitimado pelo pre-
conceito, sendo em geral associado a baixos rendimen-
tos, baixa produtividade e agricultura de subsistência.
Esse tipo de reflexão tende a conduzir a opinião pú-
blica a apoiar o favorecimento da grande propriedade,
na ilusão de que assim seriam ampliados a produção, o
uso de técnicas avançadas, os rendimentos, os empre-
gos rurais, ao mesmo tempo barateando os alimentos.
Propriedade coletiva e
identidade cultural
A lei assegura a propriedade da terra às comunida-
des e não a indivíduos isolados. O direito à terra é com-
preendido como a conclusão do processo inacabado de
abolição da escravidão, como reparação de uma dívida
histórica existente. É conferido por ser a comunidade
remanescente, isto é, por ter-se originado de um qui-
lombo e ter mantido traços culturais ainda identificáveis
dessa origem. Por isso, o título da propriedade somen-
te pode ser coletivo e indivisível, o que diferencia da
ideia de propriedade individual.
A preservação das formas de organização social das
comunidades remanescentes de quilombos, assim como
das terras indígenas, é importante para toda a socieda-
de brasileira. Essas formas de organização são concep-
ções, interpretações e maneiras de lidar com a natureza
diferentes do padrão “moderno”. Podem mostrar outras
maneiras de ser e apontar caminhos possíveis de mu-
dança, quando for necessário.
O respeito à diferença de costumes, à pluralidade de
culturas, à diversidade de valores é um aspecto conside-
rado essencial em nossos dias para a prática democráti-
ca, sendo reafirmado pela Constituição brasileira.
Não só a ideia de uso comum da terra caracteriza
os membros das comunidades quilombolas atuais. Eles
partilham muitos outros conhecimentos e práticas que
os tornam portadores de uma cultura própria, que ain-
da guarda muitas influências de usos e costumes afri-
canos. Conforme comenta dona Luzia, da comunidade
quilombola de Santa Luzia do Norte (Alagoas), na qual
não raramente os idosos alcançam um século de vida:
Minha mãe, Maria Rosa, ganhou uma medalha da
mulher mais velha de Santa Luzia, ela morreu com
104 anos. Meu pai, Manuel Livino, e por isso me cha-
mam Luzia do Livino, morreu com 118 anos. […] Hoje
em dia tem muito remédio, esses médicos não sabem
de nada, dão remédio e a doença volta, antigamente
gripe era hortelã batida e alho, e sempre comer direito.
Veja só, antes, menino que ficava doente a gente fazia
o seguinte: queimava a roupa que ele estava vestido e
defumava o menino, depois dava um pouco das cinzas
com água morna pra ele beber e pronto, estava curado.
CaBral, Marcelo. O Quilombo do Norte e a fonte da juventude. Disponível em:
<http://www.overmundo.com.br/overblog/o-quilombo-do-norte-e-a-fonte-
da-juventude>. Acesso em: 4 nov. 2015.
Ainda que reconheçam aspectos positivos na forma
como vivem os não quilombolas, dona Luzia e a gran-
de maioria dos integrantes das comunidades ainda hoje
Presença da África
O modelo produtivo encontrado em muitas comunidades
quilombolas é o da agricultura familiar de subsistência. Na foto,
uma mulher quilombola prepara o beiju, feito a partir da mandioca,
no Quilombo Maria Romana, Cabo Frio (RJ). Foto de 2015.
Cesar
Diniz/Pulsar
Imagens
160
SP_GEO1_LA_PNLD18_U3_C12_156a161.indd 160 4/28/16 11:28 AM
Informe
Não escreva no livro.
ÁSIA
EUROPA
EGITO
LÍBIA
ERITREIA
SUDÃO
ANGLO-EGÍPCIO
ETIÓPIA
SOMÁLIA
BRITÂNICA
SOMÁLIA
FRANCESA
SOMÁLIA
ITALIANA
UGANDA
ÁFRICA
ORIENTAL
BRITÂNICA
CONGO
BELGA
ÁFRICA
ORIENTAL
ALEMÃ
MADAGASCAR
RODÉSIA
DO NORTE
RODÉSIA
DO SUL
ÁFRICA
ORIENTAL
PORTUGUESA
(MOÇAMBIQUE)
SUAZILÂNDIA
BASUTOLÂNDIA
UNIÃO
SUL-AFRICANA
BECHUANA-
LÂNDIA
BAÍA DE
WALVIS
ÁFRICA DO SUDOESTE
ANGOLA
RIO MUNI
CAMARÕES
NIGÉRIA
TOGO
COSTA
DO OURO
COSTA
DO
MARFIM
LIBÉRIA
SERRA
LEOA
GUINÉ
PORTUGUESA
GÂMBIA
RIO DE OURO
SAARA
ESPANHOL
MARROCOS
MARROCOS
ESPANHOL
TUNÍSIA
ARGÉLIA
ÁFRICA OCIDENTAL FRANCESA
ÁFR
I
C
A
E
Q
U
A
T
O
R
I
A
L
F
R
A
N
C
E
S
A
NIASSALÂNDIA
OCEANO
ATLÂNTICO OCEANO
ÍNDICO
20°L
20°O 40°L
0°
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Meridiano
de
Greenwich
20°S
20°N
Mar Mediterrâneo
Ma
r
Ve
rm
elh
o
0°
França
Bélgica
Grã-Bretanha
Portugal
Alemanha
Itália
Estados independentes
Espanha
Domínio britânico 0 1090 2180 km
NE
NO
SE
SO
A ocupação colonial na África
[…] A África só começou a ser ocupada pelas potências
europeias exatamente quando a América se tornou inde-
pendente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando
lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvi-
mento das economias mais dinâmicas, que se industriali-
zavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse
momento foi criado um novo tipo de colonialismo, im-
plantado na África a partir do final do século XIX, depois
da Conferência de Berlim, que em 1885 dividiu o conti-
nente africano entre Portugal, Espanha, Inglaterra, Fran-
ça, Alemanha, Itália e Bélgica [ver mapa ao lado].
A divisão, contudo, não foi feita de uma só vez. Se pen-
sarmos em termos amplos, em tempos longos, em pro-
cessos que passaram por muitas etapas, a ocupação da
África por alguns países europeus teve as sementes lança-
das desde o início do comércio atlântico. Os acordos diplo-
máticos entre os países que participaram da Conferência e
decidiram nas mesas de negociação europeias quem fica-
ria com que áreas estabeleceram que estas seriam defini-
das pelos pontos de ocupação já existentes na vasta costa
africana. Assim, foi a partir desses pontos, nos quais atua-
vam há séculos, que os países europeus começaram a to-
mar conta do continente.
Além das relações diplomáticas e comerciais que exis-
tiam entre chefes e comerciantes africanos e os euro-
peus desde o século XVI, outros fatores foram decisivos
na ocupação colonial do continente africano. O primei-
ro deles foi a exploração do seu interior pelos europeus,
que conheciam bem a costa, mas quase nada além dela.
Os mapas anteriores ao século XIX mostram a geografia
imaginária que eles construíram, feita de relatos fragmen-
tados e de induções a partir do que conheciam na costa. O
aumento de interesse pelas matérias-primas que o conti-
nente poderia oferecer para alimentar as novas necessida-
des das indústrias levou os empresários da época de olho
nos recursos naturais a investir em expedições de explo-
ração que uniam seus interesses à curiosidade de alguns
cientistas e aventureiros.
Os percursos dos principais rios da África, como o Ni-
lo, o Senegal, o Níger e o Congo, só foram revelados aos
europeus no século XIX, depois de várias expedições de
exploração. Na maior parte das vezes elas eram bancadas
por sociedades de geografia sediadas em Londres, Lisboa
e Paris e a partir das quais se buscava ampliar o conheci-
mento sobre as regiões até então desconhecidas dos ho-
mens do Ocidente. Nessa época o exotismo, ou seja, a
maneira de viver e as expressões de outras culturas, era
valorizado na Europa, onde os estudiosos criavam mu-
seus para abrigar objetos que exploradores e conquistado-
res coletavam em terras longínquas.
Além do interesse por matérias-primas e mercados,
do maior conhecimento do interior do continente e suas
rotas de penetração, da descoberta de que o quinino aju-
dava na cura da malária, um fator decisivo para a ocupa-
ção da África foi a invenção do rifle. [...] Esse conjunto de
fatores pouco a pouco venceu a resistência africana, e os
exércitos europeus abriram caminho à força para a pene-
tração dos comerciantes e dos administradores coloniais,
agentes de poderes distantes que iam subjugando as so-
ciedades locais e impondo a sua dominação. [...]
1. Quais fatores levaram à partilha da África?
2. Além da conquista pelas armas, os colonizadores utilizaram-se da estratégia de ensinar a sua língua e a
religião cristã aos africanos. O que se pretendia com isso? Explique.
pArA DISCUTIr
Mello e Souza, Marina de. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2007. p. 153-155.
Fonte de pesquisa: Philip’s atlas of world history – concise edition. 2. ed.
London: Philip’s, 2007. p. 206.
A partilha da África (1885)
João
Miguel
A.
Moreira/ID/BR
17
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C01_016A019.indd 17 29/04/16 18:57
Vestibular e Enem
A seção apresenta questões
de vestibulares do país e de
vários Enem (Exame Nacional
do Ensino Médio) realizados
até hoje, de acordo com o que
foi estudado em cada unidade.
Atividades
Ao final dos capítulos, um
conjunto de atividades
possibilita a consolidação,
a retomada, a análise,
a síntese e a pesquisa
dos assuntos abordados.
Há três subseções nesse
conjunto: Revendo
conceitos, Lendo mapas,
gráficos e tabelas e
Interpretando textos
e imagens.
Seções especiais
Atividades
Informe e Mundo Hoje
Seções destinadas ao desenvolvimento do
senso crítico a partir, respectivamente,
de textos científicos e textos jornalísticos,
geralmente no final dos capítulos.
Geografia e...
Relaciona a Geografia com outras
disciplinas do Ensino Médio, por meio
de textos, imagens e propostas de
atividades em comum.
Projeto
Propõe a resolução de uma
situação-problema, que
promove a iniciativa e o
compartilhamento de seus
estudos. São apresentados dois
projetos por ano, estruturados
em páginas duplas.
Em análise
Não escreva no livro.
180°
135°L
90°L
45°L
0°
45°O
90°O
135°O
180°
45°N
0°
45°S
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Meridiano
de
Greenwich
1
1
0 2460 4920 km
NE
NO
SE
SO
0 1195 km
560058334
200000000
100000000
50000000
20000000
menos de
1 000000
Valores em milhares de dólares
Construir e interpretar mapas com círculos proporcionais
Um mapa pode oferecer grande número de informa
ções que permitem conhecer melhor as características
de determinado espaço.
Alguns mapas podem apresentar o caráter quanti
tativo de um fenômeno e sua localização no espaço.
É esse o objetivo do mapa com figuras geométricas
proporcionais (círculos, quadrados, etc.). Esse mapa
é mais indicado para representar quantidades absolu
tas, como o número de habitantes de um país. Cada
figura no mapa tem um tamanho, que é determinado
pela quantidade do que está sendo representado.
A figura mais comum para simbolizar quantidades é o
círculo, que deixa bem clara a diferença entre os tama
nhos. Para mostrar aspectos de um fenômeno, um círculo,
representando determinado valor, é colocado no local on
de esse fenômeno ocorre.
Um círculo representando um valor é obrigatoria
mente colocado no local onde ocorre o valor do fe
nômeno representado. Novos círculos com valores
diferentes são aplicados em outros locais do mapa, con
forme a proporcionalidade do que se quer representar.
Os círculos podem chegar a cobrir uns aos outros. Para
possibilitar a leitura, os menores sempre aparecem por
cima dos maiores.
Abaixo, damos um exemplo de tabela cujos dados es
tão representados no mapa por meio de círculos propor
cionais. Observe estes dados aplicados no mapa a seguir.
Maiores exportadores de alta tecnologia (2013)
País Valor
(em milhares de dólares)
China 560 058 334
Alemanha 193 087 961
Estados Unidos 147 833 169
Cingapura 135 601 531
Fonte de pesquisa: Banco Mundial. Disponível em: <http://data.worldbank.
org/indicator/TX.VAL.TECH.CD/countries?display=default>. Acesso em: 11
nov. 2015.
A leitura do mapa permite concluir que os países que
têm maior volume de valores em exportações de alta
tecnologia estão concentrados na América do Norte,
Europa e Ásia.
Fonte de pesquisa: Banco Mundial. Disponível em: <http://data.worldbank.org/indicator/TX.VAL.TECH.CD/countries?display=default>. Acesso em:
11 nov. 2015.
Mundo – Exportação de alta tecnologia (2013)
João
Miguel
A.
Moreira/ID/BR
68
68
SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C05_066A073.indd 68 4/28/16 10:59 AM
Mundo Hoje
Não escreva no livro.
1. Você conhece outros exemplos de participação das mulheres em lutas sociais no campo? Discuta com
os colegas e escrevam um texto coletivo sobre a importância do aumento da participação das mulheres
nessas lutas sociais.
para elaborar
Na foto, passeata da Marcha das Margaridas realizada em 12 de agosto de 2015, em Brasília (DF). O evento reúne trabalhadoras rurais do
Brasil e de outros países latino-americanos. Na ocasião, as participantes apresentaram reivindicações em favor da reforma agrária, da
igualdade de direitos entre homens e mulheres, além de defender práticas agroecológicas e sustentáveis no campo.
Trabalhadoras rurais protestam por políticas públicas
e mais educação
Milhares de trabalhadoras rurais participaram da Mar-
cha das Margaridas em Brasília [agosto de 2015]. As mu-
lheres se reuniram nas ruas da capital federal para protestar
por mais educação e políticas públicas para o campo.
Trabalhadoras rurais e pequenas agricultoras se con-
centraram no Estádio Nacional. […]
Elas cercaram o gramado da Câmara e do Senado para
protestar contra a falta de incentivos à agricultura familiar.
“As mulheres do campo são mais discriminadas do que as
da cidade. Temos que ter agricultura familiar, temos que
dar condições pra que elas também tenham condições de
viver bem no campo”, diz Susineide de Medeiros, presiden-
te do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Essa é a quinta edição da marcha, que acontece a ca-
da dois anos em Brasília, sempre no dia 12 de agosto. A
data marca o assassinato, em 1983, de Margarida Ma-
ria Alves, presidente de um sindicato de trabalhadores
na Paraíba. O tiro foi disparado por um dono de terras
naquele estado. Neste ano [2015], a marcha pediu o
combate à violência contra a mulher e incentivos à pro-
dução da agroecologia.
“Quem garante a diversidade na mesa das pessoas é a
agricultura familiar, é a produção das mulheres e nós vie-
mos às ruas exigindo mais fortalecimento com mais sus-
tentabilidade para o campo”, diz Alessandra Luna, [da]
Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.
No começo da tarde da terça-feira (12) o Congresso fez
uma sessão especial em homenagem às margaridas. “Nós
queremos um país que avance nos direitos, que garanta a
democracia e que garanta o direito nosso de virmos aqui
nesse espaço e fazermos as denúncias necessárias para ga-
rantir vida digna para todas e todos os trabalhadores do
nosso país”, diz Carmen Foro, vice-presidente da CUT.
De volta ao Estádio Nacional as margaridas se encon-
traram com a presidente Dilma Rousseff. No encontro, as
trabalhadoras rurais entregaram um documento com to-
das as reivindicações da marcha que serão analisadas uma
a uma pelo governo. […]
Charles
Sholl/Futura
Press
Marsola, Flávia. G1, 13 ago. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/08/trabalhadoras-rurais-protestam-por-politicas-publicas-e-mais-
educacao.html>. Acesso em: 3 nov. 2015.
162
SP_GEO1_LA_PNLD18_U3_C12_162a165.indd 162 4/28/16 11:29 AM
Não escreva no livro.
Geografia e Arte
1. Identifique no mapa:
a) o tipo de harmonia pelas cores.
Justifique sua resposta.
b) se as cores utilizadas são primárias
ou secundárias.
c) se as cores utilizadas são frias ou
quentes.
AtividAdeS
Fontes de pesquisa: Anatel. Disponível em:
<http://www.anatel.gov.br/dados/index.php?option=com_
content&view=article&id=269>; IBGE.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/
index.php>. Acessos em: 30 nov. 2015.
As cores e seu uso em mapas
[…]
Todas as cores que impressionam nossas vistas são
obtidas pela combinação do vermelho, amarelo e azul,
que são chamadas de cores primárias. Elas não podem
ser obtidas por mistura e por isso diz-se que são encon-
tradas puras na natureza. Quando elas são misturadas
em quantidades iguais, duas a duas, dão origem às cores
secundárias (laranja, verde e violeta). Da mistura das
cores primárias com as secundárias, também em partes
iguais e duas a duas, surgem as cores terciárias (abóbora,
púrpura, anil, turquesa, limão e ouro). [...]
Cores frias e quentes
Cores frias são aquelas que vão do violeta ao verde na
Rosa cromática. [Entre elas, estão o verde, o azul e o vio-
leta.] […]
Cores quentes são aquelas que vão do amarelo ao ver-
melho na Rosa cromática. [Entre elas, estão o amarelo, o
laranja e o vermelho.] […]
A harmonia das cores
Quando da confecção dos mapas, devemos levar em
consideração que as cores possuem um significativo efei-
to estético, prestando-se atenção no que podemos chamar
de harmonia das cores.
• Harmonia monocromática: quando usamos uma só
cor, variando apenas sua tonalidade. Em geral, esta va-
riação serve para mostrar a intensidade de um fenôme-
no, em que cores fracas indicam valores fracos e cores
mais escuras significam valores fortes, como acontece
em mapas que representam temperatura do ar, pressão
e precipitação.
• Harmonia pelas cores vizinhas: é outra forma de se
harmonizar as cores (vizinhas) da Rosa cromática, de-
vendo-se seguir um sentido anti-horário. […] Tanto a
harmonia monocromática como pelas cores vizinhas
servem para mostrar fenômenos que indicam hierar-
quia ou sequência.
• Harmonia pelas cores opostas: é usada quando a in-
tenção é […] mostrar claramente que um fenômeno é
diferente de outro. […] cor oposta é aquela que fica dia-
metralmente contrária a uma outra na Rosa cromática,
como o verde, por exemplo, que se encontra no vértice
contrário ao do vermelho e vice-versa. [...]
João
Miguel
A.
Moreira/ID/BR
Fonte de
pesquisa:
Duarte, Paulo A.
Fundamentos de
cartografia. 3. ed.
Florianópolis:
Ed. da UFSC,
2006. p. 181.
Duarte, Paulo A. Fundamentos de cartografia. 3. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2006. p. 180-184.
Rosa cromática
amarelo
azul
Cores secundárias
laranja
violeta
verde
Cores primárias
amarelo
limão
verde
turquesa
azul
anil
violeta
púrpura
vermelho
abóbora
laranja
ouro
magenta
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
40ºO
60ºO
20ºS
Trópico
de Capricórnio
0º
Equador
AM
AC
RO
RR
AP
PA
MT
MA
PI
CE
RN
PB
PE
AL
SE
BA
GO
DF
MS
MG
SP
PR
ES
RJ
SC
RS
TO
VENEZUELA
COLÔMBIA
PERU
Guiana Francesa (FRA)
SURINAME
GUIANA
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
BOLÍVIA
CHILE
EQUADOR
0 665 1330 km
NE
NO
SE
SO
de 10,1 a 15
de 5 a 10
mais de 20,1
de 15,1 a 20
até 5
Percentual de acessos
em relação ao total
da população
Brasil – Acesso à internet de banda larga fixa (2015)
Setup
Bureau/ID/BR
238
SP_GEO1_LA_PNLD18_U4_C17_234a238.indd 238 29/04/16 10:32
Síntese da Unidade
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
Equador
Trópico de Capricórnio
20°S
0°
60°O 40°O
50°O
10°S
60°O
70°O
DF
RR
AM
RO
AC
PA
AP
PI
CE
MA
TO
GO
BA
MG
ES
RJ
RN
PB
PE
SE
AL
SP
PR
SC
RS
MS
MT
Planalto
Depressão
Planície
0 925 1850 km
NE
NO
SE
SO
Allmaps/ID/BR
Movimentos da Terra Orientação
Coordenadas
geográficas
Fusos horários
Mapa, carta e planta
Computador
Satélite, radar, fotografia aérea, GPS
Região do município de Barbacena (MG),
2013.
Relevo do Brasil.
Fonte de pesquisa: Ross, Jurandyr L. Sanches
(Org.). Geografia geral e do Brasil. São Paulo:
Edusp, 2008. p. 53.
Monte Tabor na Chapada Diamantina,
Palmeiras (BA), 2015.
Representação de cadeia de montanhas.
4
2
5
3
6
Belém (PA), 2016. Área planejada no Plano Piloto de
Brasília (DF) e seu entorno, 2014.
1
• Escreva frases com cada palavra-chave ou expressão abaixo, sintetizando as
informações do capítulo.
• Há diversos tipos de representação cartográfica. Nomeie cada uma das
representações apresentadas a seguir, resuma suas principais características e
identifique sua finalidade.
• Explique, com base nas informações do capítulo e na sequência abaixo,
a utilização de tecnologias modernas pela Geografia.
2014,
Google
Earth/DigitalGlobe
Andre
Dib/Pulsar
Imagens
Disponível
em:
<http://mapas.guiamais.com.br/belem-pa>.
Acesso:
28
jan.
de
2016.
IBGE/Secretaria
do
Planejamento
e
Coordenação
Geral/Instituto
de
Geociências
Aplicadas
de
Minas
Gerais
Thiago
Lyra/ID/BR
Capítulo 15 Localização e orientação geográfica
Capítulo 16 Diferentes formas de representação do espaço
Capítulo 17 Novas tecnologias e suas aplicações
234
SP_GEO1_LA_PNLD18_U4_C17_234a238.indd 234 4/28/16 11:37 AM
Em análise
Traz atividades sobre a
construção de procedimentos
e conhecimentos geográficos,
como a elaboração e
interpretação cartográfica, no
final de cada unidade.
Presença da África e
Presença Indígena
Textos e atividades que
valorizam a diversidade e
combatem o preconceito
e a discriminação ao longo
dos capítulos.
Síntese da Unidade
Atividades esquemáticas que
retomam conceitos básicos de
cada capítulo.
A coleção conta com boxes para apresentar
assuntos complementares aos temas (Saiba mais);
sugerir filmes, livros e sites para ampliação dos
estudos (Assista, Leia e Navegue); e destacar no
texto didático glossários sobre termos que você
talvez não conheça.
Os boxes vinculados aos pilares contribuem
para articular o tema estudado ao cotidiano
(Conexão); refletir sobre a construção da
cidadania e o convívio social (Ação e cidadania);
e associar os estudos a outras áreas do
conhecimento (Geografia e...).
Planície aluvial
A planície aluvial (ou de inunda-
ção) consiste em uma área com bai-
xa altitude, plana e próxima a um
curso de água que a inunda de acor-
do com seu regime fluvial. O mate-
rial sedimentar (argila, silte e areia)
que se deposita na planície inunda-
da chama-se aluvião.
As planícies aluviais, por apresen-
tarem terrenos férteis (devido à depo-
sição dos sedimentos aluvionares), ti-
veram grande importância na história
da humanidade. Muitas civilizações,
entre elas a da antiga Mesopotâmia,
se desenvolveram com o aproveita-
mento agrícola dessas planícies.
saiba mais
so superior
curso médio
curso inferior
catarata
queda-d’água devida a um
desnível brusco do terreno
vale em V aberto
vale menos profundo onde o
desgaste incide sobre as margens
afluente
rio que deságua noutro
meandros
curvas do rio
praia fluvial
acumulação
de aluviões
delta
terreno triangular
formado na desembocadura
do rio pela acumulação de aluviões
vale em caleira aluvial
vale pouco profundo,
em regiões planas,
onde o rio diminui
a velocidade
e acumula
aluviões
Esquema do curso de um rio
grande importância para a natureza e para a sociedade.
s são responsáveis por transportar sedimentos de um
o na paisagem e, dessa forma, são capazes de modificar
sociedade, os rios, assim como os reservatórios subter-
tam fonte de água para o consumo.
orrente de água que deságua no mar, em um lago ou em
caso, o rio que deságua em outro é chamado afluente.
ontro entre cursos de água é denominado confluência.
m se originar de diferentes formas: pela água das chuvas
cialmente, acumulando-se em áreas mais baixas do terre-
das chuvas que, após se infiltrar no solo e na rocha, forma
atingindo depois a superfície e dando origem à nascente
mbém podem ter origem na água de degelo das monta-
período em que as temperaturas estão mais elevadas.
os
m ser efêmeros, intermitentes ou perenes.
os na maior parte do ano, comportam fluxo de água
diatamente após uma chuva.
: possuem água durante uma parte do ano e secam no
iagem.
sentam água no decorrer de todo o ano.
al é o termo que designa a média anual da variação da
em uma bacia hidrográfica. A quantidade de água que
pende do tamanho da área ocupada pela bacia, das va-
étricas e das perdas de água devido à evaporação e à in-
e na rocha. Dessa forma, a descarga final dos rios depen-
es sazonais de períodos úmidos (maiores descargas) e de
menores descargas). Geralmente, quanto maior o núme-
maior a quantidade de água de um rio. Em regiões ári-
evaporação pode levar a um decréscimo desse volume.
Nas planícies aluviais, é possível
identificar as áreas alagáveis durante os
períodos de cheia. Na imagem, o rio
Waimakariri e sua planície aluvial, Nova
Zelândia. Foto de 2007.
Fonte de pesquisa: Secretaria da Educação do Paraná.
Disponível em: <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/
modules/galeria/detalhe.php?foto=1514&evento=7>.
Acesso em: 19 nov. 2015.
Representação esquemática fora de proporção de
tamanho e distância e em cores-fantasia.
Agência Nacional de Águas (ANA)
Nesta página é possível ter acesso a
informações sobre a gestão dos recursos
hídricos brasileiros. Disponível em: <http://
linkte.me/ana>. Acesso em: 18 abr. 2016.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Site da agência vinculada ao Ministério de
Minas e Energia, apresenta dados sobre
geração, distribuição e consumo de energia
elétrica no Brasil. Disponível em: <http://
linkte.me/aneel>. Acesso em: 18 abr. 2016.
navegue
Greg
O’Beirne/Acervo
do
fotógrafo
115
19.indd 115 4/28/16 11:07 AM
Capítulo
1
–
A
formação
do
mundo
capitalista
Não escreva no livro.
O extremo oriente do Mediterrâneo
e parte do mar Negro, em mapa do
Atlas-portulano veneziano,
do cartógrafo francês
Jean-François Roussin, 1673.
tos contribuíram, por sua vez, para a expan-
são do comércio na Europa e em outros lu-
gares do mundo.
Em termos geográficos, o reconhecimento
da esfericidade da Terra significou uma gran-
de mudança pois, a partir de então, podia-se
supor que, saindo da Europa e viajando sem-
pre na mesma direção, os navegadores dariam
uma volta na Terra e retornariam ao lugar de
origem, o que estimulou a expansão marítima.
As inovações tecnológicas
e a cartografia
Em fins do século XIII, os europeus aper-
feiçoaram suas cartas náuticas, produzindo
os portulanos (ver abaixo), mapas que re-
presentavam sobretudo a costa dos conti-
nentes e que traziam as rotas de viagem tra-
çadas com linhas no próprio mapa.
No século XIV, os árabes levaram para a
Europa vários instrumentos que utilizavam
na navegação, como a bússola, o astrolábio
e o quadrante. Invenção chinesa, a bússola,
por exemplo, permitia a definição de rumos
em alto-mar.
No século XV, os portugueses desenvol-
veram a caravela, embarcação leve e ágil,
com velas triangulares, que possibilitava a
Constantinopla (atual Istambul, na Tur-
quia), passaram a dificultar a circulação de
navios pelo mar Mediterrâneo, prejudican-
do o comércio entre a Europa e o Oriente.
Para garantir o suprimento de mercadorias
para o continente, os europeus procuraram
descobrir novas rotas comerciais.
Os portugueses, com grande domínio
das técnicas de navegação, chegaram então
às ilhas dos Açores, da Madeira e de Cabo
Verde e alcançaram o sul da África. Nave-
gando próximo à costa africana, foram es-
tabelecendo várias feitorias no continente.
No final do século XV, Cristóvão Colom-
bo, a serviço da Coroa espanhola, atingiu as
Antilhas, na América Central e, em 1500,
uma esquadra portuguesa chegou à costa do
atual território brasileiro. A posse e a ocu-
pação das novas terras representaram uma
importante medida para a consolidação da
política mercantilista.
Era o início da colonização das terras que
viriam a ser chamadas de Novo Mundo,
processo feito à base da exploração dos re-
cursos naturais das colônias e do extermínio
ou escravização dos povos nativos.
A colonização organizou espaços de pro-
dução e definiu o papel das novas colônias
na economia mundial.
localizada na costa,
para armazenamento
dos bens da colônia
que seriam
embarcados em
navios para serem
comercializados na
Europa.
Política
mercantilista:
política econômica
desenvolvida pelos
estados nacionais
europeus entre os
séculos XVI e XVIII,
segundo a qual a
riqueza de um Estado
deveria ser medida
pela quantidade de
metais preciosos que
este possuía.
1492: a conquista
do paraíso. Direção
de Ridley Scott, EUA,
1992, 154 min.
O filme narra a
viagem de Cristóvão
Colombo à América.
Assista
África: terra,
sociedades e
conflitos, de Nelson
Bacic Olic e Beatriz
Canepa. São Paulo:
Moderna, 2004.
A obra traz
informações sobre
povos, etnias e
tradições antigas
do continente,
além de descrever
seu processo de
colonização.
leia
Instituto
Cultural
Banco
Santos.
Fotografia:
ID/BR
14
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Não escreva no livro.
A London Stock Exchange foi fundada em 1801 e,
na atualidade, é a quarta maior bolsa de valores do
mundo. À sua frente, estão a bolsa de Nova York,
a Nasdaq (ambas nos Estados Unidos) e a bolsa de
valores de Tóquio, no Japão. Foto de 2014.
parte do mundo nos séculos XIX e XX.
A expansão do capitalismo foi realizada
por meio da expansão imperialista, carac-
terizada pelo domínio territorial das nações
economicamente mais fortes sobre outras.
Nesse período, os países europeus formaram
ou ampliaram seus domínios na África e na
Ásia com o objetivo de conseguir mais maté-
rias-primas e novos mercados consumidores
para as indústrias europeias.
No final do século XIX, nos países mais
industrializados, teve início a formação de
monopólios: grandes empresas passaram
por um processo de fusão com o objetivo de
controlar o mercado. Era o nascimento das
multinacionais (ou transnacionais).
Novamente o sistema capitalista se re-
formulava. Os bancos e as instituições fi-
nanceiras assumiram um papel dominan-
Características do sistema capitalista
Alguns elementos estruturais estão pre-
sentes no capitalismo, de modo geral, desde
sua origem:
• Predomínio da propriedade privada dos
meios de produção, ou seja, terras, fábri-
cas, minas, bancos, etc.
• Atividades econômicas desenvolvidas com
o objetivo de obter lucro.
• Divisão da sociedade em classes e prin-
cipalmente a divisão entre os capitalis-
tas (donos dos meios de produção) e os
trabalhadores (que vendem sua força de
trabalho para os capitalistas). Essa divi-
são em classes é fator de concentração de
renda, que se intensifica em países menos
desenvolvidos.
• Relações de trabalho com o predomínio
do trabalho assalariado. Os que não são
donos dos meios de produção vendem
sua força de trabalho em troca de salário.
• Crises cíclicas que ocorrem em determi-
nados momentos históricos devido a fa-
tores relacionados à superprodução, à
especulação financeira ou a problemas
políticos. Algumas crises podem ser lem-
bradas, como a do final do século XIX
(1874), a do início do século XX (1929) e
a que se iniciou em 2008.
• Concentração de capitais em determinados
países, caracterizando-os como centrais eco-
nomicamente, intensificando a desigualda-
de nas relações entre tais países e os demais.
por países europeus, de
formação ou ampliação
dos domínios coloniais
na África, na Ásia e na
América.
Monopólio: neste
contexto, designa uma
situação específica
de mercado em que
uma empresa ou um
pequeno número de
empresas domina o
mercado.
Capitalismo: uma
história de amor.
Direção de Michael
Moore, EUA, 2009,
127 min.
O documentário
aborda criticamente
o sistema econômico
nos Estados Unidos
durante o período da
crise econômica de
2008.
Trabalho interno.
Direção de Charles
Ferguson, EUA, 2010,
105 min.
O documentário
mostra as origens
da crise de 2008
e seus efeitos em
países como Islândia,
França, China e
Estados Unidos.
Assista
15
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Não escreva no livro.
desenvolvimento industrial e financeiro
A London Stock Exchange foi fundada em 1801 e,
na atualidade, é a quarta maior bolsa de valores do
mundo. À sua frente, estão a bolsa de Nova York,
a Nasdaq (ambas nos Estados Unidos) e a bolsa de
valores de Tóquio, no Japão. Foto de 2014.
A partir do século XVIII, o sistema de
produção europeu passou por significati-
vas transformações. A Revolução Industrial,
processo de profundas inovações tecnológi-
cas e de intensas mudanças econômicas e
sociais, teve início na Inglaterra, país euro-
peu que obteve os melhores resultados com
as políticas mercantilistas.
A Revolução Industrial deu novo impulso
ao sistema capitalista, inaugurando a fase do
capitalismo industrial. A começar pela In-
glaterra, esse sistema foi adotado pela maio-
ria dos países da Europa Ocidental e pelos
Estados Unidos, estendendo-se para grande
parte do mundo nos séculos XIX e XX.
A expansão do capitalismo foi realizada
por meio da expansão imperialista, carac-
terizada pelo domínio territorial das nações
economicamente mais fortes sobre outras.
Nesse período, os países europeus formaram
ou ampliaram seus domínios na África e na
Ásia com o objetivo de conseguir mais maté-
rias-primas e novos mercados consumidores
para as indústrias europeias.
No final do século XIX, nos países mais
industrializados, teve início a formação de
monopólios: grandes empresas passaram
por um processo de fusão com o objetivo de
controlar o mercado. Era o nascimento das
multinacionais (ou transnacionais).
Novamente o sistema capitalista se re-
formulava. Os bancos e as instituições fi-
nanceiras assumiram um papel dominan-
te, e as empresas abriram seu capital com
a venda de ações nas bolsas de valores.
Dessa maneira, teve início a fase do capi-
talismo monopolista ou financeiro, na
qual vivemos ainda hoje.
Características do sistema capitalista
Alguns elementos estruturais estão pre-
sentes no capitalismo, de modo geral, desde
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SP_GEO1_LA_PNLD18_ N C A S_003A005_APRES_ORGAN CACAO ndd 5 24 05 16 16 06
7. Sumário
6
Unidade 1 A produção do espaço
no capitalismo 10
Capítulo 1 A formação do
mundo capitalista................................................... 12
O renascimento comercial e urbano.............13
As Grandes Navegações..............................................14
Desenvolvimento industrial e
financeiro...........................................................................15
Características do sistema capitalista........15
A dificuldade de classificar os países.........16
Informe: A ocupação colonial
na África.............................................................................17
Atividades ......................................................................18
Capítulo 2 A DIT e as revoluções
industriais..........................................................................20
A DIT e a organização do
espaço mundial...........................................................21
A Primeira Revolução Industrial......................22
A Segunda Revolução Industrial......................23
A Terceira Revolução Industrial....................... 24
Informe: As condições de trabalho
e os trabalhadores na Primeira e na
Segunda Revolução Industrial...................25
Atividades ......................................................................26
Capítulo 3 O papel do comércio mundial............28
A globalização e o comércio mundial........ 29
Infográfico: A rede mundial de
transportes......................................................................30
Atividades ilegais e globalização.....................33
Grandes blocos comerciais....................................34
Protecionismo agrícola e abertura
comercial...........................................................................38
Informe: As nações e o nacionalismo
no novo século.............................................................39
Presença da África: No vaivém das
caravelas lusas, a formação do eixo
econômico do Atlântico.....................................40
Atividades ......................................................................42
Capítulo 4 A inserção do Brasil
na economia mundial ....................................44
A ocupação do território...........................................45
A industrialização e a integração do
território .....................................................................46
Características regionais do Brasil ......... 48
Presença Indígena: Xingu.............................52
Mundo Hoje: A globalização e a
cultura brasileira.......................................................54
Informe: Agronegócio e o uso
corporativo do território na
Amazônia...........................................................................55
Atividades ......................................................................56
Capítulo 5 Circulação e transportes ........................58
O transporte marítimo................................................59
O transporte hidroviário.......................................... 60
O transporte ferroviário.............................................61
As rodovias..............................................................................63
O transporte aéreo..........................................................64
Mundo Hoje: A ineficiência da
infraestrutura logística do Brasil............65
Atividades ......................................................................66
Em análise: Construir e interpretar mapas
com círculos proporcionais......................................................................68
Síntese da Unidade .........................................................................................70
Vestibular e Enem .............................................................................................71
Geografia, Arte e Filosofia: Pessoas ao sol.........................74
Projeto: Exposição: “A multinacionais brasileiras”...............76
Xinhua/Wu
Xintao/Corbis/Fotoarena
Bolsa de valores de Londres (em
inglês, London Stock Exchange),
Inglaterra. Foto de 2014.
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8. 7
Unidade 2 A dinâmica da natureza 78
Capítulo 6 Estrutura geológica da Terra.............80
Estrutura da Terra.............................................................81
Eras geológicas................................................................... 82
Teoria da tectônica de placas............................. 83
Infográfico: Movimentos das placas
tectônicas..........................................................................84
Terremotos e vulcanismo........................................86
Minerais...................................................................................... 87
Rochas..........................................................................................88
Estrutura geológica do Brasil............................. 90
Informe: O Brasil e os terremotos.........93
Atividades ......................................................................94
Capítulo 7 Relevo..................................................................................... 96
Agentes internos ou endógenos........................ 97
Agentes externos ou exógenos........................... 97
Formas do relevo..............................................................98
Classificação do relevo brasileiro...................99
Processos de vertentes: erosão e
movimentos de massa...................................... 101
A ação humana no relevo......................................102
Informe: Prevenção de riscos de
deslizamentos em encostas.......................103
Atividades ..................................................................104
Capítulo 8 Os solos....................................................................106
Fatores de formação dos solos.......................107
Tipos de intemperismo e fertilidade
dos solos........................................................................ 108
Degradação dos solos............................................. 109
Informe: Solos para a
sustentabilidade da sociedade..............110
Atividades ..................................................................111
Capítulo 9 Hidrologia e hidrografia......................... 112
Ciclo hidrológico............................................................ 113
Bacias hidrográficas................................................... 114
Bacias hidrográficas brasileiras.................... 116
Informe: Visões distintas sobre a
transposição do rio São Francisco..... 119
Oceanos e mares............................................................120
Poluição das águas......................................................122
Atividades ...................................................................124
Em análise: Construir um perfil topográfico..................... 126
Síntese da Unidade ..................................................................................... 128
Vestibular e Enem ......................................................................................... 129
Geografia, História e Biologia: Povos pré-
-históricos e a megafauna sul-americana............................. 132
Unidade 3 Espaço agrário 134
Capítulo 10 O mundo rural ................................................. 136
Transformações no campo ..................................137
A diversidade no mundo rural........................138
Diferenças na produção agrícola................ 139
Sistemas de produção agrícola
no mundo...................................................................... 140
Mundo Hoje: 2050: A escassez de
água em várias partes do mundo
ameaça a segurança alimentar e os
meios de subsistência.....................................143
Atividades ................................................................144
Andre
Dib/Pulsar
Imagens
Paisagem da Chapada
Diamantina, em Caeté-Açu
(BA). Foto 2015.
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9. Sumário
8
Capítulo 12 O campo e o acesso à terra.............. 156
Relações de poder no campo:
coronelismo.................................................................157
A reforma agrária e as lutas sociais
no campo....................................................................... 158
O “novo rural” brasileiro...................................... 159
Presença da África: Quilombolas:
direito à terra e respeito ao modo
de vida.............................................................................. 160
Mundo Hoje: Trabalhadoras rurais
protestam por políticas públicas e
mais educação......................................................... 162
Informe: A compreensão sobre o
rural no Brasil...........................................................163
Atividades ..................................................................164
Capítulo 13 A modernização
da agricultura.....................................................166
A modernização da agricultura
no Brasil.......................................................................... 167
As relações de trabalho...........................................168
Agricultura familiar.....................................................169
O agronegócio...................................................................170
Mundo Hoje: Principal gargalo
para a competitividade do
agronegócio brasileiro é o
escoamento da produção............................. 171
Atividades ...............................................172
João
Prudente/Pulsar
Imagens
Ricardo
Teles/Pulsar
Imagens
Capítulo 11 O espaço rural brasileiro......................146
Origens da concentração de terras............ 147
A organização agrária atual.............................. 148
A expansão das fronteiras agrícolas........ 149
Uso da terra no Brasil.............................................. 149
Presença Indígena: Os indígenas
isolados...........................................................................150
Informe: A agricultura e o Código
Florestal..........................................................................152
Mundo Hoje: As experiências de
produção e vida no assentamento
Vitória...............................................................................153
Atividades ..................................................................154
Cultivo de hortaliças em Santa Bárbara (MG). Foto de 2014.
Mudas de cana-de-açúcar
em estufa, Goianápolis
(GO). Foto de 2015.
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10. 9
Capítulo 14 Brasil: potência agropecuária.........174
Matérias-primas..............................................................175
A produção de alimentos.......................................175
A questão dos alimentos e da fome...........176
A produção de biocombustíveis.....................177
A indústria de equipamentos
agrícolas........................................................................ 178
Informe: Como biocombustíveis
poderiam afetar a segurança
alimentar?.....................................................................179
Atividades ..................................................................180
Em análise: Interpretar mapas de uso do solo ..............182
Síntese da Unidade .....................................................................................184
Vestibular e Enem .........................................................................................185
Geografia, Biologia e Química: Transgênicos
e biotecnologia...................................................................................................188
Projeto: Os impactos das atividades
agropecuárias .................................................................................................................190
Unidade 4 A representação do
espaço produzido 192
Capítulo 15 Localização e orientação
geográfica..............................................................194
Orientação............................................................................195
Coordenadas geográficas.....................................196
As coordenadas no globo e
no planisfério............................................................ 197
Infográfico: Parque do Solstício.........198
Fusos horários.................................................................200
Mundo Hoje: O que é
relógio biológico? / É verdade que
o horário de verão atrapalha o
funcionamento do organismo?...............202
Informe: A importância dos
mapas................................................................................203
Atividades ..................................................................204
Capítulo 16 Diferentes formas de
representação do espaço.................. 206
Informação e representação
do espaço........................................................................207
A importância da cartografia...........................208
Projeções cartográficas..........................................209
As diferentes escalas................................................ 210
A cartografia de base.................................................211
A cartografia temática............................................. 213
Construção e leitura de gráficos................... 217
Informe: A ideologia dos mapas.........219
Atividades ..................................................................220
Capítulo 17 Novas tecnologias
e suas aplicações.......................................... 222
O sensoriamento remoto....................................... 223
As aerofotografias........................................................224
Informe: Estrutura das imagens de
sensoriamento remoto.................................... 226
O sistema de posicionamento global...........227
Os sistemas de informação
geográfica e geoprocessamento............228
Mundo Hoje: Cartografia tátil:
mapas para deficientes visuais.............229
Atividades ..................................................................230
Em análise: Fazer um mapa temático......................................232
Síntese da Unidade .....................................................................................234
Vestibular e Enem .........................................................................................235
Geografia e Arte: As cores e seu uso em mapas..........238
Referências bibliográficas...................................................................239
Siglas dos exames e das universidades..............................240
Borchi-Ana/Only
World/Only
France/AFP
Detalhe da maquete de Shangai, em Shangai (China). Foto de 2013.
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11. 10
unidade
A produção
do espaço no
capitalismo
Após a dissolução da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991,
o capitalismo ampliou seu domínio e as
economias nacionais tornaram-se cada vez
mais interdependentes.
Apesar do crescimento econômico e
do aumento da utilização dos sistemas de
informação, as crises também tornaram-se
mais intensas e abrangentes. Em 2008, por
exemplo, uma grave recessão econômica
iniciou-se nos Estados Unidos e se estendeu
à maioria dos países do mundo nos anos
subsequentes.
A crise causou enorme crescimento do
desemprego, em especial na Europa, onde
diversos países enfrentavam dificuldades
financeiras, e fez com que multidões fossem às
ruas para protestar.
Questões para refleTIR
1. Além do desemprego, que outros impactos
as crises econômicas podem ter na vida das
pessoas?
2. Comente o papel das tecnologias na mobilização
das populações.
Imagem da página ao lado:
Em 2015, com cerca de 25% de sua
população desempregada, a Grécia
vivenciava um período de grave recessão
econômica, cujas origens são anteriores
à crise mundial de 2008. Manifestação
popular em Atenas. Foto de 2015.
Nesta unidade
1
A formação do
mundo capitalista
2
A DIT e as
revoluções
industriais
3
O papel do
comércio mundial
4
A inserção
do Brasil na
economia mundial
5
Circulação e
transportes
1
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13. capítulo
Não escreva no livro.
1 A formação do
mundo capitalista
Funcionárias de um banco no início do século XX,
em Londres, Reino Unido. Foto de 1934.
Pessoas em terminal de autoatendimento bancário no
início do século XXI, em Manchester, Reino Unido.
Foto de 2015.
As atividades humanas agem sobre a natureza, transformando-a em espaço geográfico.
O espaço geográfico é, assim, o espaço produzido e organizado pelo trabalho humano, e
nele ocorrem as relações sociais.
A capacidade de transformação da natureza depende do desenvolvimento técnico de
um grupo social. Para o geógrafo Milton Santos, dá-se o nome de técnica a um conjunto
de meios instrumentais e sociais com os quais o ser humano realiza sua vida, produz e, ao
mesmo tempo, cria espaços. Nos últimos séculos, o desenvolvimento das técnicas tem se
acelerado de maneira intensa, promovendo novos arranjos espaciais e a formação ou
transformação do espaço geográfico.
Neste capítulo, veremos como o modo de produção capitalista, predominante no mun-
do atual, estruturou-se a partir do desenvolvimento do comércio, da indústria, dos trans-
portes e das comunicações e desse modo reconfigurou o espaço geográfico.
Responda às questões a seguir.
1. Você concorda com a afirmação de que a capacidade de transformação da natureza
pela sociedade depende de seu desenvolvimento técnico? Justifique.
2. Com um colega, levante hipóteses sobre as principais diferenças no sistema bancário
nos dois períodos representados pelas imagens acima.
o que você
vai estudar
O renascimento
comercial e
urbano.
As Grandes
Navegações.
Desenvolvimento
industrial e
financeiro
Características
do sistema
capitalista.
A dificuldade
de classificar os
países
Royal
Mail
Group
Ltd/The
Postal
Museum/Bridgeman
Images/Easypix
Paul
Thomas/Bloomberg/Getty
Images
12
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