Gêneros jornalísticos no meio online - estudo de caso do T1 Notícias
1. GÊNEROS JORNALÍSTICOS
NO MEIO ONLINE:
um estudo de caso do T1 Notícias
Thaise Moreira Marques
Orientação: Liana Vidigal
Universidade Federal do Tocantins
2. Objeto de análise
Para essa pesquisa, foi escolhido o T1 Notícias, hoje um
dos principais veículos de comunicação no meio online do
Estado do Tocantins.
Para justificar a escolha, os números de exibição, até
outubro de 2012, era de 20 milhões 521 mil 929 páginas.
3. Objetivo
• O trabalho consiste na identificação e análise da
utilização dos três principais gêneros jornalísticos:
informativo, opinativo e interpretativo no meio
online.
4. Gêneros
• Os gêneros jornalísticos são resultados da demanda
social que surgiram baseados em um modelo de estilo e
discurso, criados ainda devido às novas tecnologias.
• Para Marques de Melo (1985, p. 33), a classificação dos
gêneros foca na intencionalidade do material jornalístico.
• Para Bertocchi (2008, p. 1291) os "gêneros nascem,
transformam-se, mesclam-se com outros, originam
subgêneros e, eventualmente, morrem“. Não existem em
estado puro.
5. Jornalismo Informativo
• O jornalismo informativo surge juntamente com o
jornalismo ideológico entre os anos de 1870 e 1914,
primeiro na Inglaterra e depois nos EUA.
• Era encarado como um jornalismo que primava pela
narração de fatos.
• A partir de 1920, consolida-se no ocidente em geral,
inclusive no Brasil. Os textos predominantes dessa época
são os do “relato” ou “informação”.
• Para a estruturação do texto na pirâmide invertida surge
o lead.
6. Jornalismo Informativo
• Beltrão (2006, p.13) considerou a informação jornalística
como “o relato puro e simples de fatos pertencentes ao
presente imediato ou ao passado que esteja atuando nas
situações do presente”.
• Marques de Melo (2003, p.64) diz que cabe ao gênero a
função exclusiva de descrever os fatos. Essa característica
de “relato do real”.
• Lia Seixas (2003, p. 92) acrescenta que “Jornalismo não é
apenas informação, mas envolve toda uma produção de
conhecimento da atualidade”.
7. Jornalismo Opinativo
• No Brasil, com a classificação do jornalismo opinativo
surge uma característica: o monolitismo.
• O gênero opinativo é o ponto de vista do jornalista, ou
quem o escreve, manifeste sua opinião, ou seja, é o juízo,
a interpretação ou a avaliação que se faz do assunto.
• Para Marshall (2003, p. 78): “é um palco de batalhas
ideológicas, polêmicas, conflitos políticos, lutas e
mobilizações sociais, instrumento de ataque e defesa de
ideias”.
8. Jornalismo Interpretativo
• Características: jornalismo mais qualificado, completo e
passível de análise. As informações auxiliam na
interpretação do leitor para determinado acontecimento ou
fenômeno ocorrido.
• Segundo Marques de Melo (2007), o jornalismo
interpretativo tem como função explicar o fato acontecido,
onde o leitor fique situado de maneira contextualizada.
• Para o autor, esse jornalismo possui caráter “educativo” ao
oferecer dados, localização histórica, antropológica,
filosófica, sendo composto ainda pelo dossiê, perfil, enquete
e cronologia.
9. Procedimentos Metodológicos
• Objeto de análise: Portal T1 Notícias.
• Editorias: Ação Parlamentar, Café Online, Cidades,
Curtas, Estado, Minha Opinião, Plantão de Polícia e
Política
• Tipo de análise quali-quantitativa
• Período analisado: 05 a 09 de novembro de 2012
• Total de material analisado: 63 amostras (notas,
notícias e reportagem).
11. Considerações Finais
• A rapidez na divulgação da informação e o meio online
trouxeram a inovação para o relato dos fatos ocorridos
diariamente.
• A adaptação para a web refletiu também nos gêneros
jornalísticos, como abordado nesse trabalho, o informativo,
opinativo e interpretativo.
• Houve mudanças na linguagem usada, na estruturação dos
textos e nos meios usados para divulgação no caso dos
blogs, sites e portais.
12. Considerações Finais
• Assim é possível explicar a preocupação com o público
“consumidor” de informação que resulta em trazer a
utilização da pirâmide invertida e a presença frequente do
lead.
• Foi possível identificar, na amostra coletada, que o gênero
interpretativo não é muito explorado, pois demanda uma
análise mais profunda de conteúdo.
• Portanto, o portal T1 Notícias acompanha a tendência
apontada por Ferrari (2002, p. 84): a reportagem não é tão
usada, adotando apenas a produção da notícia.