O documento discute a história da educação rural no Brasil desde a década de 1920 até a década de 1970. A educação rural era influenciada pelos valores da aristocracia rural e focada na agricultura. Nos anos 1930, programas de escolarização para a população campesina emergiram, mas a educação rural permaneceu subdesenvolvida. Nos anos 1960-1970, houve esforços para modernizar a educação rural, porém ainda havia desafios em reconhecer a cultura do campo.
3. Educação Rural
Na década de 1920, as características agrárias, sob o
domínio político e ideológico da aristocracia rural, cujos
valores nortearam as “exatas necessidades da sociedade
escravista” influenciavam também a educação.
Desenvolveu-se uma economia de base agrícola onde o
poder centralizava-se nas mãos dos grandes latifundiários,
com a produção voltada para a monocultura, o que não
contribuía em favor da modernização, nem mesmo para a
necessidade de preparação da população trabalhadora rural.
Com a crise do café, em 1929. O poder econômico saiu das
mãos dos grandes latifundiários e as ideias começaram a
evoluir por meio dos movimentos sociais em busca de novos
espaços, entre eles, a educação.
APONTAMENTOS HISTÓRICOS
4. Educação Rural
A emergência do ruralismo pedagógico ganha força a partir
de 1930, com o objetivo de fixar o homem na sua terra de
origem, por meio de programas de escolarização para a
população campesina.
Os ideais de um país essencialmente agrícola apontavam a
agricultura como necessária para a base econômica do capital
industrial, garantindo a produção de matéria prima para a
indústria.
APONTAMENTOS HISTÓRICOS
5. Educação Rural
O mercado interno exigia mão de obra qualificada e por isso
o investimento na educação passa a ser estratégico: Criação
do Ministério da Educação e Saúde Pública no ano de 1931
emitiu um decreto para a criação do ensino secundário e
universidades, conhecido “Reforma Francisco Campos”.
O censo escolar 2016 registrou um total de 5.753.301
alunos moradores na zona rural, matriculados nas escolas
públicas municipais e estaduais do país.
APONTAMENTOS HISTÓRICOS
6. Educação Rural
Poucas foram as iniciativas educacionais para a educação
rural, somente em meados de 1930, por meio de programas
de escolarização para a população campesina que, segundo
BEZERRA NETO (2003):
“Os pedagogos ruralistas entendiam sendo
fundamental que se produzisse um currículo escolar
que tivesse voltado para dar respostas às
necessidades do homem do meio rural.”
INFLUÊNCIAS PEDAGÓGICAS
7. Educação Rural
O manifesto dos pioneiros da Escola Nova evidenciava
grandes ideias, segundo Calazans:
• Uma escola rural típica, acomodada aos interesses e
necessidades da região a que fosse destinada.
• Uma escola que impregnasse o espírito brasileiro.
• A convicção de ali encontrar o enriquecimento próprio e do
grupo social de que faz parte.
INFLUÊNCIAS PEDAGÓGICAS
8. Educação Rural
Mas a grande defasagem da educação perante a
intensificação dos produtos de fabricação nacional levou à
queda a exportação de produtos agrícolas, êxodo rural e a
educação nas zonas ruralistas estavam atrelados a interesse
políticos, o analfabetismo.
Sob a lógica da modernização tecnológica, grandes
proprietários, como também os denominados pequenos
produtores, foram estimulados a investir na utilização de
máquinas agrícolas. Nesse sentido, o maior investimento em
educação ocorreu na cidade, já que o país se modernizava e
se industrializava.
INFLUÊNCIAS PEDAGÓGICAS
9. Educação Rural
Até 1964, registra-se um período político na história da
educação brasileira. Nomes relevantes de educadores como:
• Anísio Teixeira;
• Fernando de Azevedo;
• Lourenço Filho;
• Carneiro Leão;
• Armando Hildebrand;
• Pascoal Lemme;
• Paulo Freire;
• Lauro de Oliveira Lima;
• Durmeval Trigueiro.
Marcaram a história da educação brasileira com grandes
realizações, pois, constatar as normas escolares tencionava que o
Estado elaborasse um plano geral de educação e, com grande
ênfase, defendia a bandeira, por meio de ideias democráticas, de
um sistema único de ensino, laico, obrigatório e gratuito.
DITADURA MILITAR
10. Educação Rural
O Golpe Militar, em 1964, impediu todas as ações de uma
revolução em defesa da educação brasileira alegando que as
propostas populares eram “ comunistas e subversivas ”.
A Educação desempenhava um papel fundamental na
adequação de recursos humanos imprescindíveis a acelerada
modernização tecnológica do país e o desenvolvimento
econômico da sociedade.
Exigia-se mão de obra qualificada e a modernização do
processo de produção no campo.
DITADURA MILITAR
11. Educação Rural
Com a criação da Lei 5692/71, teoricamente, abriu espaço
para a zona rural, em relação à educação, todavia “restrita ao
seu próprio meio e sem contar com recursos humanos e
materiais satisfatórios, distanciando a realidade sócio-cultural
do campesinato brasileiro”.
A evolução do sistema educacional, a expansão do ensino, o
direito a educação para a classe trabalhadora rural só pode
ser percebida a partir do contexto histórico no qual configura
que a educação do campo como projeto político que a
considera como um direito.
A escola rural está situada em uma realidade histórica
criada pela nossa herança cultural.
LEI DE DIRETRIZES E BASE DE 1971
12. Educação Rural
Para compreender a escola em um distrito rural, os
educadores tem que ter a sensibilidade de olhar a dinâmica
social, educativa e cultural no contexto do campo.
A escola no campo possui características importantes, que
não são valorizadas e/ou são silenciadas do seu contexto
político, social e cultural.
Nóvoa (1995), ao tratar sobre a formação de professores
também anuncia essa marginalização do ensino rural como
um caráter, de certa forma ausente, e pouco definida na
história da educação, quando legítima alguns grupos e exclui
outros. É possível identificar na Literatura e nas políticas
públicas para a educação, que a educação do campo não
aparece como prioridade.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
13. Educação Rural
BEZERRA NETO, Luiz. Avanços e retrocessos na educação
rural no Brasil. 2003. 221 f. Tese ( Doutorado) - Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Educação - Campinas,
2003.
CALAZANS, C. J. M. Para compreender a educação do estado
no meio rural. In: Terrien J. Educação e trabalho no campo.
Campinas: Papirus, 1993.
NÓVOA, A. Para o estudo sócio-histórico da gênese e
desenvolvimento da profissão docente. Teoria & Educação.
1991
REFERÊNCIAS
14. FIM
Augusto César Colpani de Oliveira Sacramento
Cassia Cristina Bacin
Cristiane Luz Valentim Marino
Fernanda Fonseca de Carvalho
Leone Lebrão
Rafaela Cesini Mendonça
GRUPO RESPONSÁVEL PELO PROJETO