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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil

Comércio

Contabilidade Geral
Eliana Soares Barbosa Santos

Ministério da
Educação
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

Escola Técnica Aberta do Brasil

Comércio

Contabilidade Geral
Eliana Soares Barbosa Santos

Montes Claros - MG
2010
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenadora Geral do e-Tec Brasil
Iracy de Almeida Gallo Ritzmann
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior
Alberto Duque Portugal

Coordenadores de Cursos:
Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio
Augusto Guilherme Dias
Coordenador do Curso Técnico em Comércio
Carlos Alberto Meira
Coordenador do Curso Técnico em Meio
Ambiente
Edna Helenice Almeida
Coordenador do Curso Técnico em Informática
Frederico Bida de Oliveira
Coordenador do Curso Técnico em
Vigilância em Saúde
Simária de Jesus Soares

Reitor
Paulo César Gonçalves de Almeida
Vice-Reitor
João dos Reis Canela
Pró-Reitora de Ensino
Maria Ivete Soares de Almeida
Diretor de Documentação e Informações
Giuliano Vieira Mota
Coordenadora do Ensino Médio e Fundamental
Rita Tavares de Mello
Diretor do Centro de Ensino Médio e
Fundamental
Wilson Atair Ramos
Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/
Unimontes
Wilson Atair Ramos
Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/
CEMF/Unimontes
Rita Tavares de Mello

Coordenador do Curso Técnico em Gestão
em Saúde
Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim
CONTABILIDADE GERAL
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Elaboração
Eliana Soares Barbosa Santos
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Supervisão
Alcino Franco de Moura Júnior
Diagramação
Jamilly Julia Lima Lessa
Marcos Aurélio de Almeda e Maia
Impressão
Gráfica RB Digital
Designer Instrucional
Angélica de Souza Coimbra Franco
Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
Revisão
Maria Ieda Almeida Muniz
Patrícia Goulart Tondineli
Rita de Cássia Silva Dionísio
AULA 1
Alfabetização Digital

Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes

Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola
Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e
escola técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e
grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente
ou economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes
das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas
instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em
escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação
profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica,
– não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas
também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Ministério da Educação
Janeiro de 2010

Contabilidade Geral

3

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas
de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada
no texto.
Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades
empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e
outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis
de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu
domínio do tema estudado.

Contabilidade Geral

5

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Sumário

Palavra do professor conteudista..............................................9
Projeto instrucional............................................................ 11
Aula 1 - Introdução à Contabilidade......................................... 13
	
1.1 Conceito de Contabilidade.......................................... 13
	
1.2 História da Contabilidade através do tempo..................... 14
	
1.3 Campo de aplicação da Contabilidade............................ 15
	
1.4 Usuários da Contabilidade.......................................... 15
	
1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade........................ 16
	
1.6 Utilização da informação contábil................................. 17
	Resumo.................................................................... 18
	
Atividades de aprendizagem............................................ 18
Aula 2 - Sociedades............................................................ 21
	
2.1. Sociedade empresária.............................................. 22
	
2.2 Tipos jurídicos........................................................ 22
	
2.3. Microempreendedor individual – MEI............................. 25
	Resumo.................................................................... 25
	
Atividades de aprendizagem............................................ 26
Aula 3 - Patrimônio das entidades........................................... 27
	
3.1 Conceito de patrimônio............................................. 27
	
3.2 Escrituração contábil................................................ 29
	Resumo.................................................................... 32
	
Atividades de Aprendizagem............................................ 32
Aula 4 - Variações patrimoniais.............................................. 33
	
4.1 Situação líquida patrimonial........................................ 33
	Resumo.................................................................... 36
	
Atividades de aprendizagem............................................ 36
Aula 5 - Elementos patrimoniais............................................. 39
	
5.1 Contas................................................................. 39
	
5.2 Plano de contas...................................................... 40
	
5.3 Apuração do resultado das empresas............................. 42
	Resumo.................................................................... 43
	
Atividades de aprendizagem............................................ 43
Aula 6 - Capital................................................................. 45
	
6.1 Tipos de capital...................................................... 45
	Resumo.................................................................... 47
	
Atividades de aprendizagem............................................ 47
Aula 7 - Gestão patrimonial.................................................. 49
	
7.1 Mutações patrimoniais............................................... 49
	
7.2 Fatos contábeis....................................................... 50

Contabilidade Geral

7

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo.................................................................... 54
	
Atividades de aprendizagem............................................ 54
Aula 8 - Demonstrações contábeis........................................... 57
	
8.1 Classificação das demonstrações contábeis...................... 57
	Resumo.................................................................... 61
	
Atividades de aprendizagem............................................ 61
Aula 9 - Documentos contábeis.............................................. 63
	
9.1 Títulos de crédito.................................................... 63
	
9.2 Nota fiscal............................................................. 63
	
9.3 Nota fiscal eletrônica................................................ 64
	
9.4 Fatura.................................................................. 65
	
9.5 Duplicata.............................................................. 66
	
9.6 Conciliação bancária................................................. 67
	
9.7 Cheques............................................................... 68
	
9.8 Nota promissória..................................................... 70
	Resumo.................................................................... 71
	
Atividades de aprendizagem............................................ 71
Aula 10 - Controles administrativos.......................................... 73
	
10.1 Controle de vendas................................................. 73
	
10.2 Controle de compras............................................... 73
	
10.3 Controle de despesas.............................................. 73
	
10.4 Controle de estoque............................................... 73
	Resumo ................................................................... 78
	
Atividades de aprendizagem............................................ 78
Referências...................................................................... 80
Curriculo do professor conteudista.......................................... 81

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

8
AULA 1
Alfabetização Digital

Palavra do professor conteudista
						

Prezado(a) Acadêmico(a),
Seja bem-vindo aos estudos da Disciplina Contabilidade Geral, do
Curso Técnico em Administração do Comércio.
Em nossa disciplina, vamos mostrar, através de conceitos e exemplos, que a Contabilidade está sempre presente em sua vida. Não confunda
nossa disciplina com Matemática; apesar dela ser uma ferramenta no nosso
aprendizado, você verá que a Contabilidade é muito mais que isso, ela é a
base para se organizar e demonstrar as informações de natureza financeira
das empresas e, assim, auxiliar no processo de tomada de decisões.
A Contabilidade faz parte do nosso dia-a-dia; ao conhecer os conceitos contábeis, você vai observar que, ao ir ao Supermercado, acontecem
várias situações que necessitam de ser registradas e que irão servir de informação útil para compradores, vendedores, fornecedores, governos, entre
outros. Com esse exemplo, queremos mostrar a você que a Contabilidade se
faz necessária a todo instante, e que esta é uma oportunidade para que você
comece a aprender a controlar as suas finanças e a sua vida econômica e,
com certeza, levar este aprendizado para a sua vida profissional.
A nossa proposta é oferecer subsídios para o aprendizado da Contabilidade de maneira bem fácil, por isso oferecemos recursos teóricos e
práticos. Para tanto, oferecemos uma série de literaturas complementares,
pois nosso estudo não se encerrar aqui, estamos apenas iniciando esta etapa.
Para que este aprendizado tenha o efeito esperado, é preciso muita
leitura e perseverança para se alcançar bons resultados.
Então, bons estudos e seja criativo, procure se informar, se atualizar sempre e a colocar em prática os conceitos adquiridos. Faça as atividades
propostas para cada unidade e não deixe de acessar o ambiente virtual do
curso para ter acesso às atividades complementares, aulas, chats e fóruns.
Esta disciplina tem como objetivo desenvolver conhecimentos necessários e suficientes para a análise das informações contábeis como instrumental de apoio para o processo de tomadas de decisões econômicas e
financeiras nas organizações.

Contabilidade Geral

9

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Projeto instrucional

Disciplina: Contabilidade Geral (carga horária: 64h).
Ementa: Noções de Contabilidade geral; conceito de empresa, ativo, passivo
e patrimônio líquido; planejamento e controle das rotinas administrativas;
práticas comerciais: fatura, duplicata, cheque, nota promissória e nota fiscal;
controles de contas a pagar e contas a receber: caixa, conciliação bancária,
compras, estoque e vendas.
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM

AULA

MATERIAIS

CARGA
HORÁRIA

1. Introdução
à Contabilidade

Identificar os conceitos
Apostila do e-tec e textos na
contábeis e conhecer a
página virtual
cronologia contábil

3h

2. Sociedades

Conhecer os tipos de
Apostila do e-tec e textos na
sociedades mercantis e página virtual; utilizar sites
suas características
referentes ao conteúdo

6h

3. Patrimônio
das entidades

Identificar a composição Apostila do e-tec e textos na
do patrimônio, sua for- página virtual; utilizar sites
mação e características referentes ao conteúdo

9h

4. Variações
patrimoniais

Identificar as possíveis
variações patrimoniais
e suas interferências
no patrimônio

5. Elementos
patrimoniais

Classificar os elemenApostila do e-tec e textos na
tos patrimoniais e com- página virtual; utilizar sites
preender sua formação referentes ao conteúdo

6h

6. Capital

Identificar os tipos de
capital e suas características

Apostila do e-tec e textos na
página virtual; utilizar sites
referentes ao conteúdo

3h

7. Gestão
patrimonial

Identificar os registros
contábeis e as operações de registros

Apostila do e-tec e textos na
página virtual; utilizar sites
referentes ao conteúdo

6h

Conhecer as demons8. Demonstratrações contábeis e a
ções contáaplicabilidade para as
beis
informações contábeis

Apostila do e-tec e textos na
página virtual; utilizar sites
referentes ao conteúdo

9h

Apostila do e-tec, textos e
exercícios na página virtual

9h

9. Documentos contábeis

Identificar os documentos contábeis e
suas características.

Apostila do e-tec e textos na
página virtual; utilizar sites
referentes ao conteúdo

8h

10. Controles
administrativos

Identificar os tipos de
Apostila do e-tec e textos na
controle administrativo página virtual; utilizar sites
e suas características
referentes ao conteúdo

6h

Contabilidade Geral

11

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 1 - Introdução à Contabilidade

									
“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação
para a vida, é a própria vida.”
John Dewey

				

Pessoa Física:
é a pessoa natural,
isto é, todo indivíduo
(homem ou mulher),
desde o nascimento
até a morte. A
personalidade civil
da pessoa começa do
nascimento com vida.
Para efeito de exercer
atividade econômica, a
pessoa física pode atuar
como autônomo ou
como sócio de empresa
ou sociedade simples,
conforme o caso.

Figura 1: Contabilizando o sucesso.

Fonte: http://goo.gl/bFtF. Acesso em 23/08/2010.

								
Veremos, nesta aula, um breve histórico da Contabilidade, objeto
do nosso estudo, sua aplicabilidade, suas ramificações e principalmente sua
importância como Ciência Social nos processos administrativos, compreendendo os conceitos básicos, os princípios que norteiam a aplicação dos conhecimentos voltados à estruturação dos demonstrativos contábeis.

1.1 Conceito de Contabilidade
Iniciaremos o nosso estudo com o conceito de Contabilidade para o
autor Greco (2007 p.01), que nos diz que a Contabilidade registra, estuda e
interpreta (por análise) os fatos financeiros e econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa física ou jurídica.

Contabilidade Geral

13

Pessoa jurídica:
Conforme o Dicionário
Michaelis, pessoa
jurídica é a entidade
abstrata com existência
e responsabilidade
jurídica como,
por exemplo, uma
associação, empresa, ou
companhia legalmente
autorizada. Podem
ser de direito público
(União, Unidades
Federativas, autarquias
etc.), ou de direito
privado (empresas,
sociedades simples,
associações etc.). Vale
dizer ainda que as
empresas individuais,
para os efeitos do
imposto de renda, são
equiparadas às pessoas
jurídicas.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
1.2 História da Contabilidade através do tempo

Figura 2: Cronologia da Contabilidade.

Fonte: http://goo.gl/NXM0. Acesso em 23/08/2010.

Você já observou que é através do tempo que conseguimos adquirir
o conhecimento sobre determinado assunto? Pois bem, vamos descrever os
períodos da Contabilidade, desde a sua mais remota origem até os tempos
atuais:
Origem do homem e a Bíblia (~ 4.000 a.C.)
•	 A contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem.
•	 Livro de Gênesis.
•	 Rebanhos de ovelhas de Jacó e seu sogro Labão, Livro de Jó,
considerado o mais antigo da Bíblia, descrição da sua riqueza.
Egípcios e Babilônios (~3.000 a.C.)
•	 Transações em cerâmicas relatam pagamentos de salários e impostos.
Luca Pacioli (séculos XIII e XVI d.C.)
•	 A contabilidade atingiu sua maturidade entre os séculos XIII e
XVI d.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mercantilismo, etc.).
•	 Trabalho do frade franciscano Luca Pacioli, Itália, 1494. A Escola
Italiana de Contabilidade dominou o cenário mundial até o século XX.
EUA (século XX e atualidade)
•	 A Contabilidade se desenvolveu notoriamente nos EUA, após a
depressão de 1929, com inúmeras pesquisas na área, crescimento do mercado de capitais e, consequentemente, a auditoria. A
Escola Contábil Americana, voltada para a tomada de decisão,
domina nosso cenário contábil atual.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

14
Então, conseguiu observar que nossa disciplina acompanha cada
passo da Humanidade?

1.3 Campo de aplicação da Contabilidade
Como vimos, a Contabilidade está presente em todas as áreas sociais
e o seu campo de atuação pode ser tanto no setor público (empresas públicas,
prefeituras, estados, Federação, instituições financeiras públicas etc.) quanto no
setor privado (indústria, comércio, prestadoras de serviços etc.), ou seja, nas
empresas particulares. Para melhor entendermos como a Contabilidade aparece
em todas as nossas atividades, vejamos o gráfico a seguir.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Gráfico1: Aplicação da Contabilidade.
Fonte: Marion (2002).

1.4 Usuários da Contabilidade
Bem, já vimos onde a Contabilidade atua, agora, vamos conhecer os
usuários das informações contábeis.
Os usuários podem ser tanto internos como externos e, mais ainda,
com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pelas
entidades devem ser amplas, verdadeiras e suficientes para a avaliação da
situação patrimonial e das modificações sofridas pelo patrimônio, permitindo
a realização de interferências sobre o seu futuro.

Contabilidade Geral

15

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 3: Usuários da Contabilidade.

Fonte: http://migre.me/174Am. Acesso em 23/8/2010.	

Ciclo operacional:
período de atividade de
determinada empresa.

Vejamos quem são eles: os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis que, usual­ ente, se valem de infor­ ações mais
m
m
aprofundadas e específicas acerca da entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo operacional.
Já os usuários externos concen­ ram suas atenções, de forma geral,
t
em aspectos mais genéricos, expressos nas demons­ rações contábeis.
t

1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade
Princípio:

característica
determinante de
alguma coisa; aquilo
do qual alguma coisa
procede na ordem do
conhecimento ou da
existência.

Como dissemos anteriormente, a Contabilidade é uma Ciência e,
para tanto, observa alguns princípios fundamentais, que foram editados pela
resolução do Conselho Federal de Contabilidade n.º 750/93, de 29 de dezembro
de 1993; não são leis cientí­ cas, e sim estabelecidas e reconhecidas pelo
fi
consenso de opiniões de profissionais que atuam na área de Contabilidade.
O uso predominante dos princípios fundamentais de Contabilidade
nas práticas contábeis proporciona uma interpretação uniforme das
demonstrações financeiras, po­ ém, são suscetíveis de modi­ cações, ou
r
fi
seja, podem ser modificados, sendo resultantes do desenvolvimento e da
aplicação da técnica contábil. Os princípios contábeis são as diretrizes gerais e,
para qualificar e delimitar a sua aplicação, surgem normas e procedimentos que
são chamados de convenções. Os princípios fundamentais de Contabilidade são:
•	 da entidade;
•	 da continuidade;
•	 da oportunidade;
•	 do registro pelo valor original;
•	 da atualização monetária;
•	 da competência;
•	 da prudência.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

16
1.6 Utilização da informação contábil

Figura 4: Uso da informação contábil.

Fonte: http://migre.me/174F8. Acesso em 23/08/2010.

Como observamos, a utilização tempestiva e fidedigna das informações contábeis pelos seus usuários demonstra ser a principal característica
deste nosso estudo.
A informação contábil deve revelar dados suficientes sobre a
entidade, de modo a facilitar a comunicação com o usuário sem deixar de
ter os seguintes atributos:
•	 confiabilidade;
•	 tempestividade;
•	 compreensibilidade;
•	 comparabilidade.
Além disso, entende-se que a Contabilidade deve ter o sistema
contábil estruturado de forma que atenda:
•	 a Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 11638/07);
•	 a Legislação do Imposto de Renda (preparação da declaração de
rendimentos);
•	 os relatórios gerenciais internos;
•	 o acompanhamento orçamentário;
•	 os órgãos governamentais (Comissão de Valores Imobiliários –
CVM -, Bolsa de Valores, etc.) e particulares (bancos, etc.).
Os principais órgãos e pessoas que utilizam as informações contábeis
são os seguintes:
•	 acionistas, sócios ou proprietários: com o objetivo de saber a
rentabilidade e a segurança do seu investimento;
•	 administradores da companhia: com a finalidade de tomada de
decisões;
•	 credores de forma geral (bancos, fornecedores, etc.): com a pretensão de avaliar a segurança do retorno dos recursos aplicados
na companhia;
•	 órgãos do governo: para fins de tributação das companhias.

Contabilidade Geral

17

LEI Nº 11.638, DE 28
DE DEZEMBRO DE
2007.
Altera e revoga
dispositivos da Lei
no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, e da
Lei no 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, e
estende às sociedades
de grande porte
disposições relativas à
elaboração e divulgação
de demonstrações
financeiras.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Para as informações contábeis serem de forma clara e precisa
aos usuários da informação, a Contabilidade utiliza-se das demonstrações
contábeis obrigatórias pela Lei11638/07.
O Art. 176 da referida Lei normatiza que, ao fim de cada exercício
social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir
com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas
no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa;
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

Figura 5: Informação contábil.

Fonte: http://migre.me/174RF. Acesso em 23/08/2010.

Resumo
Nesta primeira aula, você pôde conhecer de forma sucinta a história da Contabilidade, os princípios que a norteiam e a Lei que a rege, bem
como os seus usuários e a sua aplicabilidade. Vimos como a Contabilidade
faz parte do nosso dia-a-dia. Verificamos, também, que as informações contábeis são colocadas para os usuários através das demonstrações contábeis.

Atividades de aprendizagem
Então, vamos verificar o aprendizado?		
Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

18
1) Defina os conceitos de:
Contabilidade

Pessoa Jurídica

Princípios Contábeis

Qual o objeto da Contabilidade?

Contabilidade Geral

19

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 2 - Sociedades
		

O objetivo desta nossa aula é conhecer as entidades que utilizam
da informação contábil para tomada de decisão através das informações geradas pela Contabilidade.
Bom, agora que já conhecemos a importância da Contabilidade no
nosso dia-a-dia, trataremos, então, de conhecer um pouco mais da instituição que movimenta o objeto da nossa disciplina. Iremos descobrir o universo
das empresas e a composição do seu patrimônio.
Para entendermos o objeto de estudo da Contabilidade, identificaremos primeiro os tipos de entidades que utilizam a Contabilidade.

Figura 7: Sociedades comerciais.

Fonte: http://goo.gl/fnll. Acesso em 23/04/2010.

Tipos de sociedade
Segundo Iudícibus (2009, p. 9), a sociedade pode ser definida como
um contrato em que duas pessoas ou mais se obrigam a conjugar esforços
ou recursos para a consecução de um fim comum, ou celebram contrato de
sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com
bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre
si, dos resultados.

Contabilidade Geral

21

Você já imaginou
que todo o dinheiro
que circula no seu
patrimônio já esteve
registrado pela
Contabilidade em algum
momento?

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Sociedades personificadas
Considera-se sociedade personificada aquela que possui personalidade jurídica, obtida mediante o registro de seus atos constitutivos no órgão
competente. As sociedades personificadas se subdividem em sociedade empresária e sociedade simples.

2.1. Sociedade empresária
É definida como sociedade empresária aquela que tem por objeto
o exercício de atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, ou seja, considera-se sociedade empresária a
antiga sociedade comercial.
Antes de iniciar a atividade econômica, o empresário individual ou
a sociedade empresária que a ela for se dedicar, deverá inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais (artigos
967, 968 e 1.150 do Código Civil), tendo como elemento essencial o nome
empresarial. 

2.2 Tipos jurídicos

Figura 8: Constituição de empresa.

Fonte: http://goo.gl/zx4o. Acesso em 22/08/2010.

A sociedade empresária deve se constituir segundo um dos seguintes tipos jurídicos, elaborando sempre um contrato de constituição da empresa:
•	
•	
•	
•	
•	

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

22

sociedade
sociedade
sociedade
sociedade
sociedade

em nome coletivo;
em comandita simples;
limitada;
anônima;
em comandita por ações.
2.2.1 Sociedade em nome coletivo
Exceto pelo fato de poder exercer atividade empresária, esse tipo
de sociedade é praticamente idêntico ao da sociedade simples. Nessa sociedade, somente podem participar pessoas físicas, respondendo todos os
sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo ou por unânime convenção posterior, limitar entre si
a responsabilidade de cada um.

2.2.2 Sociedade em comandita simples
Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas
categorias, a saber:
•	 os comanditados, pessoas físicas responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais;
•	 os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
As sociedades por comandita simples são regidas supletivamente
pelas normas da sociedade em nome coletivo, cabendo aos sócios comanditados os mesmos direitos e obrigações dos sócios em nome coletivo. Sem
prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de fiscalizar suas operações, não pode, o comanditário, praticar nenhum ato de
gestão nem ter o nome da firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.  
Neste caso, o contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

2.2.3 Sociedade limitada
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita
ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em apenas um diploma legal, pois a sociedade antes denominada de sociedade por
quotas de responsabilidade limitada tinha seu regime jurídico determinado
pelo Decreto n° 3.708/19, revogado, e, subsidiariamente, pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei n° 6.404/76).
A aplicação subsidiária da Lei das Sociedades Anônimas continua
sendo possível, desde que haja previsão expressa no contrato social. 

Contabilidade Geral

23

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
2.2.4 Sociedade anônima
É importante lembrar
que a sigla CEBRAE,
grafada com “C”, foi
utilizada até o final
da década de 1990,
referindo-se ao Centro
Brasileiro de Apoio à
Pequena Empresa e era
vinculado ao Governo
Federal. A partir dessa
data, essa instituição
foi privatizada e passou
a ser denominada
SEBRAE, grafada com
S (Serviço Brasileiro
de apoio à Pequena
Empresa), vinculada às
federações privadas.

Figura 9: Sociedade Anônima.

Fonte: http://goo.gl/RSM. Acesso em 23/08/2010.

Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações,
obrigando-se, cada sócio ou acionista, somente pelo preço de emissão das
ações que subscrever ou adquirir. A sociedade anônima, como vimos anteriormente, rege-se por lei especial (Lei n° 11638/07 e disposições posteriores), aplicando-se, nos casos omissos, as disposições do Novo Código Civil
(artigos 1.088 e 1.089).

2.2.5 Sociedade em comandita por ações
Esta sociedade tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima. Todavia, neste tipo societário,
somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade
(artigos 1.090 a 1.092).
O primeiro código
de ética de que se
tem conhecimento,
sobretudo para quem
possui formação
católica cristã, são os 10
mandamentos. Regras
como “não matarás”,
“não desejarás a
mulher do próximo”,
“não roubarás”, são
apresentadas como
propostas fundadoras
da civilização ocidental.

2.2.6 Sociedade simples
É considerada sociedade simples aquela cujo objeto social seja decorrente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores, ou seja, considera-se
sociedade simples a antiga sociedade civil.
A sociedade simples (exceto no caso das cooperativas e de determinadas atividades reguladas por leis especiais que imponham a doação de tipo
societário específico) poderá ser  constituída em conformidade com um dos tipos
examinados nos subitens anteriores (exceto como sociedade por ações), ou não o
fazendo, subordina-se às normas que lhes são próprias (artigos 997 a 1.000).
Neste tipo de sociedade, os bens particulares dos sócios (inclusive
daqueles que ingressarem em uma sociedade já constituída) poderão ser
executados por dívidas da sociedade, mas apenas depois de executados os
bens sociais, se estes forem insuficientes para saldar as dívidas. Nesse caso,
os sócios respondem com o seu patrimônio social na proporção que participam das perdas sociais, salvo se houver, no contrato social, cláusula estipulando a responsabilidade solidária. 
As cooperativas são consideradas sociedades simples, independentemente de seu objeto de funcionamento.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

24
2.3. Microempreendedor individual – MEI

Figura 10: Micro empreendedor Individual.
Fonte: http://goo.gl/TJTk. Acesso em 24/08/2010.

O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor
individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter
participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado
contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Essa categoria tem como objetivo legalizar um grande número de
empreendedores que geram receita para a União, para os estados e para os
municípios, mas que não tinham vinculo com a Previdência Social, deixando,
assim, de obter os benefícios dessa geração de receita.

Resumo
Nesta aula conhecemos os tipos de sociedades, seus especificidades e suas características, para relembrarmos vejamos o quadro abaixo:
QUADRO II: Resumo dos tipos de sociedade
Sociedade em conta de participação
Sociedade simples
 
 
 
Sociedade
personificada
 
 
 

Sociedade em nome coletivo
 
 
Sociedade empresária
 

Sociedade em comandita simples
Sociedade limitada
Sociedade anônima
Sociedade em comandita por
ações

Microempreendedor individual
Fonte: Próprio autor.

Contabilidade Geral

25

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Atividades de aprendizagem
Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir.
Defina o que é uma Sociedade e descreva o conceito das principais empresas
existentes em sua cidade.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

26
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 3 - Patrimônio das entidades

O objetivo desta nossa aula é conhecer o patrimônio das entidades
com suas características, modificações e composição.
mos ter?

Então, observaram a diversidade de tipos de sociedades que pode-

Mas está faltando algo; precisamos conhecer, agora, como é formado o patrimônio dessas sociedades que, como vimos, é o nosso objeto de estudo, não é mesmo? Ele é o nosso ator principal no estudo da Contabilidade.

3.1 Conceito de patrimônio

Figura 12: Patrimônio público – Palácio do Planalto.
Fonte: http://goo.gl/E4dL. Acesso em 24/08/2010.

Como conceito de patrimônio, Greco (2007) define:
Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais,
avaliáveis em dinheiro e vinculados à entidade pela propriedade ou por cessão a qualquer título, dos quais se possa dispor no giro dos seus negócios.

Conceito este que podemos complementar após a Lei 11638/07:
que, além de ter a propriedade, os bens que estejam sob o domínio da entidade também compõem o seu patrimônio.

Contabilidade Geral

27

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
3.1.1 Aspectos do patrimônio
Para a Contabilidade, os aspectos relevantes a se considerar são:
•	 qualitativo;
•	 quantitativo.

3.1.1.1 Aspecto qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes
aos elementos componentes dos respectivos rela­ órios, permit
tindo que se conheça a natureza de cada um.
Exemplo: veículos, máquinas e equipamentos, fornecedores.

Figura 13: Imobilizado.

Fonte: http://migre.me/175aF. Acesso em 22/08/2010.

3.1.1.2 Aspecto quantitativo: consiste em atribuir os respectivos valores em moeda, levando-nos a conhecer o valor do
patrimônio da empresa.
Exemplo: bens:
•	 veículos: R$15.000,00;
•	 máquinas e equipamentos: R$ 4.000,00.

Figura 14: Imobilizado.

Fonte: http://migre.me/175do - http://sitededicas.uol.com.br/gifs/clips. Acesso em 22/08/2010.

R$15.000,00

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

28

R$4.000,00
Com essas informações, é possível ter uma ideia do tamanho do
patrimônio e quanto a empresa tem em bens, direitos e obrigações.
Verificando o total de máquinas e veículos dessa empresa, pode-se observar que o mesmo é composto pelo montante de R$19.000,00, em
imobilizado.
E isso é só o começo do nosso aprendizado.

Você consegue, agora,
quantificar e qualificar
o seu patrimônio? Faça
uma planilha e monte o
seu gráfico patrimonial.
Não se esqueça dos
valores a receber e dos
valores a pagar, ok?

Figura 16: Patrimônio mundial.

Fonte: http://migre.me/175LU. Acesso em 24/08/2010.

A representação gráfica do patrimônio demonstra a equidade do
controle patrimonial:
•	
•	
•	
•	
	

bens; 	
direitos;
obrigações;
patrimônio líquido.

3.2 Escrituração contábil

Figura 17: Escrituração atual.

Fonte: http://goo.gl/lPEV. Acesso em 24/08/2010.

Na aula I, vimos que a Contabilidade, no século XIII, teve o seu marco com os estudos do Frei Luca Pacioli que, em seus escritos, desenvolveu o
método de registro da Contabilidade.

Contabilidade Geral

29

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Como definição do método das partidas dobradas tem-se:
Segundo a essência do método, hoje universalmente aceito,
o registro de qualquer operação implica que a um débito ou
a mais de um débito numa ou mais contas deve corresponder
um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma
que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma
dos valores creditados. (Iudicibus, 2009, p.40).

Para escrituração dos componentes do Patrimônio, representamos
os elementos positivos como ATIVO e os elementos negativos como PASSIVO.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) conceitua os elementos patrimoniais como:
•	 ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;
•	 passivo é uma obrigação presente da entidade derivada de
eventos já ocorridos cuja liquidação se espera que resulte em
saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
•	 patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade
depois de deduzidos todos os seus passivos.
	

RECURSOS ECONÔMICOS	

=

OBRIGAÇÕES

O que nos leva à construção da equação fundamental do patrimônio:
	

Para identificarmos melhor o patrimônio, temos a representação
gráfica. Do lado esquerdo do gráfico, temos as aplicações em bens e direitos
na empresa e, do lado direito, temos a origem dos recursos que foram aplicados.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

30
QUADRO III - Representação Gráfica do Patrimônio

Balanço Patrimonial
Ativo
Bens
• Máquinas
• Veículos
• Estoque
• Disponibilidades
Direitos
• Títulos a receber
• Depósitos em bancos

Passivo e PL
Obrigações
• Fornecedores
• Salários a pagar
• Empréstimos bancários
• Impostos a pagar
Patrimônio Líquido
• Capital
• Subscrito
• Integralizado
• Reservas

Fonte: Próprio autor

Ao avaliarmos se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade
econômica, e não apenas para a sua forma legal.
Considerando-se que já conhecemos a composição do PATRIMÔNIO,
precisamos, agora, identificar como ocorrem as variações patrimoniais, pois
o estudo contábil trata-se da ciência que tem como objetivo orientar, controlar, prestar informações e contabilizar os fatos ocorridos em um patrimônio, observando os seus aspectos qualitativos e quantitativos.
As variações patrimoniais ocorrerão com o aumento ou a diminuição das contas de resultados, representadas pelas despesas e receitas.
RECEITAS são aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e
que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.

Figura 18: Crescimento patrimonial.

Fonte: http://goo.gl/A6DQ . Acesso em 22/08/2010.

Contabilidade Geral

31

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
DESPESAS são decréscimos nos benefícios econômicos, durante o
período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou
incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido
e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.

Resumo
Nesta aula, você conheceu a formação do patrimônio das empresas.
Identificou os elementos patrimoniais, Ativo e Passivo, e os elementos de
resultado que influenciam nas variações patrimoniais, que são as despesas
e as receitas. Verificou que, para o registro das modificações ocorridas no
patrimônio, é utilizado o método das partidas dobradas: para toda aplicação
feita na empresa, há sempre uma origem, uma fonte do recurso aplicado.
Bem, agora é hora de praticar, vamos lá!	

Atividades de Aprendizagem
Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir.
1) Defina os conceitos de:
Ativo

Passivo

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32
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 4 - Variações patrimoniais

O objetivo desta nossa aula é identificar as variações patrimoniais
e como elas interferem nas informações contábeis para os seus usuários.
Vamos colocar os conceitos adquiridos anteriormente em prática.
Iremos identificar as possíveis situações patrimoniais de uma entidade e
como elas afetam o patrimônio da empresa; conhecer os registros através
de lançamentos contábeis, bem como as aplicações e as origens de recursos
e os seus registros.

	

Figura 20: Ativo.

Fonte: http://migre.me/175Sw. Acesso em 24/08/2010.

				

4.1 Situação líquida patrimonial
Para encontrarmos a situação líquida da empresa, aplicamos a seguinte fórmula:

(BENS)+(DIREITOS)=OBRIGAÇÕES=SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL

4.1.1 Tipos de situação líquida patrimonial
1.ª - Ativo maior que passivo = A > P, ou

Bens e direitos

Contabilidade Geral

Obrigações (para terceiros)

33

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Exemplo:
Na apuração da
situação liquida
patrimonial,
só utilize as
obrigações para
com terceiros.

QUADRO IV – Situação positiva
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 100,00

Fornecedores

R$ 200,00

Mercadorias

R$ 200,00

Salários a pagar

R$ 500,00

Veículos

R$ 400,00

Obrigações tributárias

R$ 100,00

Subtotal

R$ 800,00

Situação líquida
positiva

R$ 1.000,00

Total

R$ 1.800,00

Direitos
Clientes

R$ 600,00

Títulos a receber

R$ 500,00

Total

R$ 1.800,00

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida positiva porque o total dos bens e
direitos é maior do que o total das obrigações.
2.ª - Ativo menor que passivo = A < P, ou

Bens e direitos

Obrigações (para terceiros)

QUADRO V – Situação negativa
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 100,00

Fornecedores

R$ 1.200,00

Mercadorias

R$ 200,00

Salários a pagar

R$ 300,00

Veículos

R$ 400,00

Obrigações tributárias

R$ 400,00

Subtotal

R$ 1.900,00

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

34
Direitos
Clientes

R$ 600,00

Títulos a receber

R$ 1.800,00

R$ 100,00

Total

R$ 1.800,00

R$ 500,00

Total

Situação líquida negativa

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida negativa porque o total dos bens e
direitos é menor do que o total das obrigações.
3.ª - Ativo igual ao Passivo: A = P, ou

Bens e direitos	

Obrigações (para terceiros)

Exemplo:
QUADRO VI – Situação nula
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 100,00

Fornecedores

R$ 900,00

Mercadorias

R$ 200,00

Salários a pagar

R$ 300,00

Veículos

R$ 400,00

Obrigações tributárias

R$ 600,00

Subtotal

R$ 1.800,00

Situação líquida nula

R$ 0,00

Total

R$ 1.800,00

Direitos
Clientes

R$ 600,00

Títulos a receber

R$ 500,00

Total

R$ 1.800,00

Fonte: Próprio autor

É chamada de situação líquida nula porque o total dos bens e direitos é igual ao total das obrigações.
DICA: A representação do patrimônio em dois lados tem por objetivo mostrar o equilíbrio, a igualdade entre a aplicação dos recursos e
a origem desses recursos.

Contabilidade Geral

35

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ativo: Aplicações de recursos (bens, direitos) em: caixa, mercadorias em esto­ ue, vendas a prazo, etc.
q
Passivo: Recursos (obrigações são patrimônio líquido) provenientes
dos pro­ rie­ ários (capital), de terceiros (obrigações), das vendas (lucros).
p t
Por essa razão, a soma dos valores do ativo deve ser sempre igual
à soma dos valores do passivo. O patrimônio líquido é o elemento que permite que haja uma igualdade entre a soma do lado do ativo e a do lado do
passivo. Representa o que os proprietários aplicaram na empresa (o capital),
aumentado pelos lucros ou diminuído pelo prejuízo.

Resumo
Conhecemos, nesta aula, como é composto o nosso patrimônio, as
variações ocorridas e como montar o gráfico com os elementos patrimoniais
e as situações patrimoniais possíveis de uma empresa.
Então, como está o seu aprendizado?

Atividades de aprendizagem
1) Represente graficamente e apure as situações possíveis, como dado no
exemplo nº 1
Caixa..............................50,00	
Duplicatas a receber ......100,00	
Imposto a pagar...............50,00

Duplicatas a pagar..................50,00
Máquinas.............................300,00

Patrimônio
Ativo

Passivo

Caixa..................................50,00

Duplicatas a pagar ...............50,00

Duplicatas a receber ............100,00

Impostos a pagar..................50,00

Máquinas.............................300,00

Situação líquida positiva........350,00

Total...................................450,00

Total...................................450,00

a) Caixa.......................200		
Duplicatas a pagar.........170		
Ordenados a pagar..........20		

Móveis e utensílios .........300	
Veículos...........................30	
Duplicatas a receber.........70

b) Veículos..................4000		
Máquinas.....................1000		
Promissórias a pagar.....2000		

Móveis e utensílios........2000
Caixa...........................1000	
Imposto a pagar............5000

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36
Duplicatas a pagar........7000		
Aluguéis a receber.........500

Títulos a receber............500

c) Imóveis....................6000		
Títulos a pagar.............5000		
Aluguéis a pagar...........1000		

Veículos.......................1500
Títulos a receber..........3000	
Imposto a pagar ...........4500

Contabilidade Geral

37

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 5 - Elementos patrimoniais

Para compreendermos as variações patrimoniais estudadas, vamos
conceituar os itens que afetam a construção do gráfico patrimonial. Nesta
aula, identificaremos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, suas características e sua classificação.
Primeiro, identificaremos os componentes do registro contábil, que
são feitos através das contas.
Para entendermos essa questão melhor, vamos conceituar esses
elementos.

Não confunda “as
contas utilizadas pela
contabilidade, com
os valores devidos
geralmente pelas
pessoas físicas, e
que são chamadas de
contas”.

Figura 21: Elementos patrimoniais.

Fonte: http://goo.gl/qzLc. Acesso em 25/08/2010.

5.1 Contas
Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial
(bem, direito, obrigação ou patrimônio líquido) ou um componente de resultado (despesa ou receita).

5.1.1 Classificação das contas
As contas podem ser classificadas em dois grupos: contas patrimoniais e contas de resultado.
Conta patrimonial: representa os elementos componentes do patrimônio. Dividem-se em ativas (bens e direitos) e passivas (obrigações e
patrimônio líquido).

Contabilidade Geral

39

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Contas de resultado: representam as despesas e as receitas da
empresa. Despesa é todo gasto reali­ ado por uma empresa. Receita é todo
z
recebimento efetuado em favor de uma empresa.

5.1.2 Características
As contas patrimoniais e de resultado possuem características que
são importantes para a escri­ u­ ação. Podem ser sintéticas e analíticas.
t r
Contas sintéticas: são aquelas contas que resumem, sob um único
título, uma série de fatos idênticos. Ex.: bancos com movimento; fornecedores; despesas adminis­ rativas.
t
Contas analíticas: são aquelas contas que expressam os fatos com
individua­idade, demonstrando cada um dos acontecimentos em separado.
l
Ex.: Banco do Brasil S/A; Malu Ltda, material de escritório.

5.2 Plano de contas
Como vimos na aula 2, temos tipos diferentes de entidades. Para
que sejam feitos os registros contábeis dessas empresas, é utilizado um Plano
de Contas, onde são relacionadas todas as contas utilizadas pelas empresas.
Segundo Marion (2009), Plano de Contas é o conjunto de contas
previamente estabelecido para orientar a execução da contabilidade de uma
empresa.
Ele propicia a uniformização dos registros contábeis, evitando a
utilização de diferentes contas para registros de ope­ a­ ões de idêntica natur ç
reza. O plano de contas é elaborado antes de as operações serem efetuadas
pela empresa e é flexível, de acordo com a necessidade da empresa.

5.2.1 Classificação 							
				
QUADRO IV – Grupos de contas do patrimônio
Ativo

Passivo

Ativo circulante
Compreende contas que estão consPassivo circulante
tantemente em giro, em movimento;
Compreende as obrigações exigíveis que
sua conversão em dinheiro ocorrerá, no serão liquidadas no próximo exercício social
máximo, até o próximo exercício social.
Não circulante

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

40

Não circulante
Realizável a longo prazo
Incluem-se, nessa conta, bens e direitos
que se transformarão em dinheiro após
o exercício seguinte.

Exigível a longo prazo
Relacionam-se, nessa conta, obrigações
exigíveis que serão liquidadas com prazo
superior a um ano: dívidas a longo prazo.

Investimento
São as aplicações de caráter permanente que geram rendimentos não
necessários à manutenção da atividade
principal da empresa.

Patrimônio líquido
São recursos dos proprietários aplicados na
empresa. Os recursos significam o capital
mais as reservas. Se houver prejuízo, o
total dos investimentos dos proprietários
será reduzido.

Imobilizado
Abarca itens de natureza permanente
que serão utilizados para a manutenção
da atividade básica da empresa.
Intangível
Neste grupo, são relacionados os bens
incorpóreos destinados à manutenção
da empresa.
Fonte: Próprio autor

Vamos entender cada grupo de contas e seus subgrupos.

Ativo circulante
Representa valores numéricos para a livre e franca circulação, ou
valores que ainda serão convertidos em dinheiro em curto prazo. Ex.: caixa;
bancos com movimento; mercadorias.

Ativo Não circulante
Realizável a longo prazo: são direitos realizáveis após o término do
exercício seguinte. Ex.: títulos a receber.
Imobilizado: são aplicações representadas por aquisições do imobilizado de uso da empresa.
Investimentos: são aplicações representadas em aquisições de investimentos em outras empresas
Intangível: neste grupo, são relacionados os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa.
Exemplos de bens não circulantes: imóveis; veículos; máquinas e
equipamentos, ações, marcas e patentes, etc.

Contabilidade Geral

41

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Passivo circulante
São contas representativas das obrigações da empresa para com
terceiros exigíveis em curto prazo.
Ex.: fornecedores; duplicatas a pagar, impostos a pagar.

Passivo não circulante
Passivo exigível a longo prazo: representa obrigações com vencimento após o término do exercício seguinte.

Patrimônio Líquido
Representa as contas de capital, as provisões e as reservas. Não
representa as obrigações para com terceiros.
Ex.: capital social; reservas de lucro, reservas de capital.

Contas de resultado
Representa as contas de despesas e receitas efetivamente realizadas no exercício.
Exemplos: ordenados e salários, telefone, juros ativos, vendas à
vista, vendas a prazo.
Sistema auxiliar: representa as contas de apuração de resultados
parciais e finais do exercício.
Ex.: apuração do resultado do exercício.

5.3 Apuração do resultado das empresas

Na página virtual, você
encontrará um modelo
de Plano de Contas.
Acesse e comece a
identificar todos os
tipos de contas de uma
empresa comercial.

A cada exercício social, a empresa deve apurar o resultado dos seus
negócios, ou seja, ela precisa saber se durante o exercício social ela teve
lucro ou prejuízo. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade
confronta as receitas com as despesas.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

42
Resumo
Nesta aula identificamos e conceituamos os itens que afetam as variações patrimoniais, identificamos os elementos que compõem o patrimônio
de uma empresa, suas características e sua classificação.

Atividades de aprendizagem
1) No quadro abaixo identifique as contas conforme a legenda abaixo, seguindo os exemplos:
Quanto ao grupo: P: Patrimonial ; R: De resultado
Quanto ao subgrupo: A: Ativo; P: Passivo; D: Despesa; R: Receita
Conta

Grupo

Subgrupo

Caixa

P

A

Conta de luz

R

D

Salários a pagar
Banco Conta movimento
Venda de mercadorias
Móveis e máquinas
Salários e ordenados
Veículos
Duplicatas a pagar
Conta de telefone
Títulos a receber
Juros a receber
Desconto concedido
Nota promissória a pagar
Mercadorias em estoque
ICMS a recolher
Máquinas e equipamentos

Contabilidade Geral

43

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AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 6 - Capital

O objetivo desta aula é compreender como se inicia uma empresa,
conhecer os conceitos de capital e as suas variações.
Economicamente, capital é toda riqueza destinada a produzir outras ri­ ue­ as. Para que um bem ou riqueza seja caracterizado como capital,
q z
deverá possuir natureza econômica, isto é, ser destinado a produzir outros
bens ou riquezas. Por exem­ lo, um produto para revenda (mercadoria) é cap
pital e possui natureza econômica porque produz lucros; porém, um produto
para consumo não tem característica econômica. Assim, não é considerado
como capital.

Figura 22: Investimento Inicial.

Fonte: http://migre.me/1762A. Acesso em 22/08/2010.

6.1 Tipos de capital
Capital social: é o conjunto de recursos próprios mediante os quais
a empresa adquire condições para iniciar e gerir suas atividades. Tem sua
origem fora da empresa, através da participação dos sócios, ou dentro da
empresa, através da incorporação das reservas, dos lucros, etc.
Capital subscrito: é a parcela escolhida pelo sócio que corresponde
à sua parti­ ipação na formação do capital social. Cada sócio, por ocasião
c
da assinatura do contrato social, escolherá, dentro de suas possibilidades, o
valor com o qual vai participar neste capital social. Como, por exemplo, uma

Contabilidade Geral

45

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
empresa cujo capital social é de R$ 1.500.000,00; com a participação de três
sócios, pode subscrever o capital social da seguinte maneira:	
•	 sócio A subscreveu R$ 500.000,00;
•	 sócio B subscreveu R$ 500.000,00;
•	 sócio C subscreveu R$ 500.000,00.

				

Figura 23. Capital Subscrito.
Fonte: http://migre.me/1766J . Acesso em 23/08/2010.

Capital integralizado: quando os sócios subscrevem o capital no
contrato social, deter­ inam o valor, em Reais, com que cada um participa
m
na formação do capital social da empresa. Assim, o capital subscrito passa a
ser uma dívida líquida e certa dos sócios para com a empresa. Ao ato de liquidar o capital subscrito denominamos integralização de capital. Capital integralizado é a parte ou o total do capital subscrito que já foi liquidada pelos
sócios. O capital subscrito pode ser integralizado total ou parceladamente.
Capital fixo ou permanente: consiste na aplicação de capitais, na
aquisição de bens e equipamentos destinados ao uso próprio da empresa e
que passarão a constituir o seu imobilizado, permanecendo vinculados ao
patrimônio da empresa por tempo indeterminado.
Capital de giro ou circulante: consiste na aplicação de capitais
na aquisição de bens destinados à venda ou à produção de outros bens que
constituem objeto de negócio da empresa.
Capital próprio: é a parte do capital que pertence exclusivamente
à empresa, não podendo ser exigido por terceiros, salvo em casos muito especiais. Pode ser de origem externa, com a formação do capital pelos sócios,
ou interna, através do lucro obtido, de reservas, de fundos e de provisões.
Capital alheio ou de terceiros: são valores pertencentes a outras
pessoas aplicados na em­ re­ a. Esses capitais podem ser exigidos pelos resp s
pectivos credores por ocasião do vencimento dos títulos representativos das
obrigações.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

46
Exemplos: compra a prazo de mercadorias, empréstimos obtidos
junto a instituições financeiras, etc.

Figura 24: Capital de terceiros.

Fonte: http://migre.me/176aN > 22/08/2010.

Resumo
Nesta aula, identificamos os tipos de capital investidos na empresa,
como podem ser investidos e que eles são a primeira fonte de recursos de
uma empresa.

Atividades de aprendizagem
Monte um contrato social de uma empresa de responsabilidade limitada,
sendo o capital dividido entre três sócios com parcelas iguais.

Contabilidade Geral

47

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AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 7 - Gestão patrimonial

Os objetivos desta aula são aprender sobre as operações contábeis nas
empresas e como elas são registradas, identificar as fórmulas de lançamentos
contábeis e a sua utilização para a elaboração dos demonstrativos contábeis.

Figura 25: Gestão patrimonial.

Fonte: http://goo.gl/T50K. Acesso em 23/08/2010.

Para início, vamos identificar o que é um ato administrativo e um
fato administrativo.
Ato administrativo: é uma operação que não modifica o patrimônio. Exemplo: a contratação de um funcionário pela empresa.
Fato administrativo: é toda operação que modifica o patrimônio.
Exemplo: o pagamento do funcionário no final do mês.

7.1 Mutações patrimoniais
Dinâmica patrimonial: durante o exercício financeiro contábil da
entidade, ocorrem operações que modificam a estrutura patrimonial, sejam
de compras, sejam de vendas. Essa sucessão de operações diárias da entidade, que continuamente modifica a estrutura patrimonial, é denominada de
aspecto dinâmico do patrimônio.
Estática patrimonial: o balanço representa o aspecto estático do
patrimônio, isto é, a represen­ ação do que existe de bens, direitos e obrigat
ções e do resultado do exercício que está sendo encerrado.

Contabilidade Geral

49

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
O resultado do exercício pode representar duas situações:
•	 quando a receita (+) for maior que a despesa (-), o resultado final
do exercício será LUCRO;
•	 quando a despesa (-) for maior que a receita (+), o resultado final
do exercício será PREJUÍZO.

7.2 Fatos contábeis
Quando uma empresa compra mercadorias, realiza um fato administrativo. Quando contabiliza esse fato, isto é, atribui valor à operação, ele
se torna um fato contábil. Segundo Almeida (2006), fato contábil é o registro
de um fato administrativo acompanhado do valor monetário da operação
realizada pela empresa. Ele pode se classificar em permutativo, modifi­ a­ ivo
c t
e misto.
•	 Fatos permutativos: são aqueles que provocam uma permuta
(troca) entre os ele­ entos do ati­ o e/ou do passivo, sem alterar
m
v
o patrimônio líquido. A permuta pode ocor­ er entre os elemenr
tos do ati­ o, entre os elementos do passivo e entre ambos ao
v
mes­ o tempo. Exemplo: recebimento, em dinheiro, referente a
m
uma duplicata de clien­ e.
t
•	 Fatos modificativos: são aqueles que provocam alterações de aumento ou diminuição no patri­ ônio líquido. Normalmente, esses
m
fatos envolvem contas de resultado. Exemplo com aumento: recebimento de aluguéis. Exemplo com diminuição: pagamento da
conta de telefone.
•	 Fatos mistos: são aqueles que provocam, ao mesmo tempo, um
fato permutativo e um fato modificativo. Além das alterações no
ativo e/ou passivo, provocam alterações no patrimônio líquido.
Exem­ lo com aumento: recebimento de duplicata de clientes
p
acres­ida de juros, devido ao atraso. Exem­lo com diminuic
p
ção: pagamento de uma duplicata de fornecedores, já vencida,
acrescida de juros, devido ao atraso no pagamento.
Conforme Iudícibus (2004), para o registro das contas nas entidades, é utilizado o mecanismo de lançamento contábil.
Nos lançamentos são utilizados, convencionalmente, débito, para
as aplicações de recursos, e crédito, para as origens, fontes dos recursos
aplicados.
DICA: Na escrituração contábil, débito não é sinônimo de dívida,
e sim de algo bom que acontece na empresa.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

50
Debitar = lançamento dos valores (lado esquerdo)
Creditar = lançamento dos valores (lado direito)
Fique atento a este quadro!!!

Quadro resumo dos lançamentos
QUADRO VII – resumo dos lançamentos
Ativo

Passivo e PL

Qualquer conta do Ativo

Qualquer conta do Passivo e PL

Débito
Aumento
de conta do
Ativo

Crédito
Diminuição de conta
do Ativo

Débito
Diminuição
de conta do
Passivo

Crédito
Aumento de conta do
Passivo

Fonte: Próprio autor

Nas contas de resultado, o esquema de contabilização será:

Contabilidade Geral

51

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo geral de contabilização
QUADRO VIII – Resumo geral de contabilização
1 – Para contas patrimoniais ativas:
. se representar aumento, DEBITAR a conta correspondente;
. se representar diminuição, CREDITAR a conta correspondente.
2 – Para contas patrimoniais passivas:
. se representar aumento, CREDITAR a conta correspondente;
. se representar diminuição, DEBITAR a conta correspondente.
3– Para contas de resultado de despesas:
. se acontecer uma despesa, DEBITAR a conta correspondente.
Obs.: As contas de despesas só serão CREDITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício.
4 – Para contas de resultado de receitas:
. se acontecer uma receita, CREDITAR a conta correspondente.
Obs.: As contas de receitas só serão DEBITADAS quando ocorrer estorno
ou encerramento do exercício.
Fonte: Próprio autor

Exemplo de formação do patrimônio por balanços sucessivos
1. Formação do patrimônio inicial da empresa Santos & Santos pela
entrega de R$400.000,00 em dinheiro para a formação do capital social.
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 400.000,00

Capital social

R$ 400.000,00

Total

R$ 400.000,00

Total

R$ 400.000,00

2. Depósito no Banco ABC S/A, em dinheiro, na abertura de conta
corrente no valor de R$ 390.000,00.
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 10.000,00

Bancos

R$ 390.000,00

Total

R$ 400.000,00

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52

Capital social

R$ 400.000,00

Total

R$ 400.000,00
3. Compra de mercadoria para estoque a prazo no valor de R$
60.000,00.
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 10.000,00

Fornecedores

R$60.000,00

Bancos

R$ 390.000,00

Estoque

R$ 60.000,00

Capital social

R$ 400.000,00

Total

R$ 460.000,00

Total

R$ 460.000,00

4. Venda de mercadoria a prazo no valor R$35.000,00.
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 10.000,00

Bancos

R$ 390.000,00

Estoque

R$ 25.000,00

Duplicata a receber

R$35.000,00

Total

R$ 460.000,00

Fornecedores

R$60.000,00

Capital social

R$ 400.000,00

Total

R$ 460.000,00

5. Pagamento da duplicata no valor R$20.000,00, com cheque.
Ativo

Passivo

Bens

Obrigações

Caixa

R$ 10.000,00

Bancos

R$ 370.000,00

Estoque

R$ 25.000,00

Duplicata a
receber

R$35.000,00

Total

R$ 440.000,00

Contabilidade Geral

Fornecedores

R$40.000,00

Capital social

R$ 400.000,00

Total

R$ 440.000,00

53

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Resumo
Nesta aula, pudemos identificar todos os elementos que compõem
o patrimônio de uma empresa, como são feitos os registros e o mecanismo
de lançamento contábil.

Atividades de aprendizagem
Você entendeu o mecanismo do débito e do crédito? Então, vamos praticar.
Faça os exercícios como no modelo 1.
1) Exemplo do lançamento contábil:
Venda de mercadoria a prazo à Eletrolux Ltda.
Débito: Clientes
		
Crédito	: Venda de mercadoria
	
Eletrolux Ltda 			
Venda a prazo	
2) Depósito efetuado no Banco Brasil S/A, em dinheiro.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________
03) Compra de uma mesa para uso, a prazo, de Móveis ABC Ltda.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________
4) Compra de mercadoria a prazo de Zanet Perfumes S/A.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________

5) Pagamento de conta de telefone com cheque do Banco Brasil S/A.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________
6) Compra de um computador a prazo de Informaticolândia Ltda.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________

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54
7) Pagamento da duplicata de Móveis ABC Ltda, em dinheiro.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________
08) Recebimento da duplicata de MM Móveis Ltda.
Débito	_____________________	 Crédito_____________________	
	_____________________		_____________________

Contabilidade Geral

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AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 8 - Demonstrações contábeis

Já estamos contabilizando o nosso patrimônio. Como vimos nas unidades anteriores, a informação contábil é uma das prioridades da Contabilidade.
Para que essas informações cheguem aos usuários, são emitidos
demonstrativos que vamos identificar nesta aula, bem como os documentos
registrados pela Contabilidade e a forma de controles administrativos para
que as informações sejam claras, objetivas e, principalmente, fiéis aos princípios contábeis.

Segundo Marion (2004), as demonstrações contábeis são as extraídas dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de
qualquer tipo de entidade.
A atribuição e a responsabilidade técnica do sistema contábil da
entidade cabem, exclusivamente, ao contabilista registrado no CRC.
As demonstrações contábeis observarão os princípios fundamentais
de Contabi­idade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
l
Devem especificar sua natureza, a data e/ou o período e a entidade
a que se referem.
O grau de revelação das demonstrações contábeis deve propiciar o
suficiente entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de
notas explicativas que, entretanto, não poderão substituir as informações
dadas nas demonstrações contábeis.
As demons­ rações financeiras “deverão exprimir com clareza a sit
tuação do patrimônio da companhia (entidade) e as mutações ocorridas no
exercício” (BRASIL, Lei 11638/07).

8.1 Classificação das demonstrações contábeis
Com a Lei 11638/07, as demonstrações obrigatórias para as sociedades anônimas e adotas pelas outras entidades são as seguintes:
•	 balanço patrimonial;
•	 demonstração do resultado do exercício - DRE;
•	 demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados - DLPA –
•	 demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL
•	 demonstração de fluxo de caixa - DFC;
•	 demonstração do valor adicionado – DVA.

Contabilidade Geral

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8.1.1 Balanço patrimonial
	

Figura 26: Balanço patrimonial.

Fontes: http://goo.gl/hYRr. Acesso em 24/08/2010.

	
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, o patrimônio e o patrimônio líquido da entidade. O balanço é constituído pelo ativo,
pelo passivo e pelo patrimônio líquido;

8.1.2 Demonstração do resultado - DRE

Figura 27: Demonstração do resultado.

Fonte:http://goo.gl/KSpwi. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração do resultado - DRE: é a demonstração contábil
desti­ ada a evidenciar a composição do resultado num determinado perín
odo de operações da entidade. A demonstração do resultado, observado o
princípio da compe­ ência, evidenciará a formação dos vários níveis de result
tados mediante o confronto entre as receitas e os correspondentes custos e
despesas.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

58
8.1.3 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
- DLPA

Figura 28: DLPA.

Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados - DLPA: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as
mutações nos resultados acumulados da entidade.

8.1.4 Demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL
Demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num deter­ inado período, a
m
movimen­ ação de contas que integram o patrimônio da entidade.
t

8.1.5 Demonstração de fluxo de caixa - DFC

Figura 29: Fluxo de Caixa.

Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010.

Contabilidade Geral

59

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Demonstração de fluxo de caixa - DFC: para Hendriksen e Breda
(2006), uma razão básica para o fornecimento de demonstrações de fluxos
de caixa histórico é a sua possibilidade de uso para avaliação da empresa
como entidade em andamento, por parte dos acionistas e dos credores.

8.1.6 Demonstração do valor adicionado – DVA

Figura 30: DVA.

Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010.

Demonstração do valor adicionado – DVA : tem a função de divulgar
e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade e como essa riqueza
foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração.

8.1.7 Notas explicativas

Figura 31: Notas explicativas.

Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010.

Notas explicativas: contêm os critérios utilizados pelo contador
para a elaboração das demons­rações contábeis e de outras informações
t
para o entendimento desses relatórios pelos leitores.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

60
Resumo
Nesta aula, verificamos que os relatórios contábeis, através das demonstrações financeiras, são as ferramentas dos usuários das informações
contábeis para conhecer as empresas num determinado momento. Identificamos cada uma das demonstrações e suas aplicações.

Resumo das demonstrações financeiras

Vamos colocar a casa em ordem e praticar.

Atividades de aprendizagem

		
Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda à questão a seguir.
1) Identifique os tipos de demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei
11638/07 para as sociedades anônimas e comente sobre cada uma delas.

Contabilidade Geral

61

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AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 9 - Documentos contábeis

O objetivo desta aula é conhecer os documentos mais usuais para o
registro contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades.

9.1 Títulos de crédito
São documentos emitidos pelo devedor, em favor do credor, que
comprovam a transação comercial. Títulos de crédito mais utilizados no comércio: nota promissória; duplicata e fatura.

9.2 Nota fiscal
É o documento  que comprova a existência de um ato comercial
(compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços); tem a necessidade maior de atender às exigências do Fisco, quanto ao trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e fornecedores.
Tipos de notas fiscais :
•	 Mod. 1 - Nota fiscal de entrada e saída de mercadorias.
•	 Mod. 2 - Nota fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída
pelo cupom fiscal).

Figura 32: Notas fiscais.

Fonte: http://goo.gl/vexb. Acesso em 24/08/2010.

Contabilidade Geral

63

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Requisitos básicos para a emissão da NF:
•	 denominação: Nota Fiscal;
•	 número de ordem, série/subsérie e o número da via;
•	 natureza da operação (venda, devolução, remessa para demonstração);
•	 data da emissão;
•	 nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica),endereço, inscrição estadual e CNPJ;
•	 nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço , inscrição estadual e CNPJ);
•	 data de saída das mercadorias;
•	 discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação possível de produtos);
•	 classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados;
•	 base de cálculo do ICMS;
•	 nome do transportador, endereço e placa do veículo;
•	 forma de acondicionamento dos produtos (quantidade, espécie,
peso, etc.);
•	 nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de notas, data, quantidade da impressão, números de ordem, com
respectiva série/ subsérie, bem como número da autorização
para a impressão de documentos fiscais.

9.3 Nota fiscal eletrônica

Figura 33: Nota fiscal eletrônica.

Fonte: http://migre.me/178bF. Acesso em 24/08/2010.

A nota fiscal eletrônica é o documento de existência digital, emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de documentar, para fins
fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de
serviços, ocorrida entre as partes e cuja validade jurídica é garantida pela
assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

64
recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico, antes da
ocorrência do Fato Gerador.
A implantação da NF-e constitui grande avanço para facilitar a vida
do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações
tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e
pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a
NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos,
em papel, tipo 1 e 1A.
CF - cupom fiscal: é o documento fiscal emitido, qualquer que seja
o valor da operação, pelo equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, nas
vendas à vista, à pessoa natural ou jurídica não contribuinte do imposto em
que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio estabelecimento pelo
comprador.

9.4 Fatura

Figura 34: Fatura.

Fonte: http://migre.me/178i2. Acesso em 24/08/2010.

É o documento que comprova a venda a prazo. Numa mesma fatura, podem ser incluídas várias notas fiscais. A duplicata tem esse nome por
ser uma cópia  da fatura. A lei permite a emissão de várias duplicatas para
uma mesma  fatura.

Contabilidade Geral

65

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
9.5 Duplicata
É um título de crédito resultante da venda mercantil ou prestação
de serviços. Trata-se, portanto,  de título causal. Duplicata fria, sacador e
aceitante incorrem em crime de estelionato.
Figuras da duplicata: sacador (emitente, vendedor) e sacado (comprador, devedor, aceitante).

Figura 35: Duplicata.

Fonte: http://migre.me/178n6. Acesso em 24/08/2010.

Requisitos:
•	 denominação duplicata, data do saque e número de ordem;
•	 número da fatura que a originou;
•	 data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à
vista;
•	 o nome e o domicílio do vendedor e do comprador;
•	 praça de pagamento;
•	 importância a pagar em algarismos por extenso;
•	 cláusula  “a ordem”;
•	 declaração de reconhecimento de sua exatidão e a obrigação de
pagá-la, a ser assinada pelo comprador (aceite cambial);
•	 assinatura do sacador/emitente.

Vencimento
A duplicata pode ser sacada à vista  ou a prazo. Na duplicata à
vista, o vencimento é determinado pelo momento da apresentação do documento ao sacado (comprador).
A lei admite a prorrogação (ou reforma) do prazo de vencimento
mediante declaração em separado ou nela inscrita, assinada pelo sacador
ou endossatário (possuidor). Na hipótese de haver endossante e/ou  avalista,
necessária se torna a anuência deles para manter sua coobrigação.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

66
Dicas: A circulação da duplicata dá-se por endosso. São também
admitidos o endosso-mandato e o endosso-caução, ou seja, aqueles que
não transmitem a propriedade do título, apenas autorizam a instituição
financeira (bancos) a efetuar a cobrança ou recebê-la em garantia.

Ação para cobrança
A duplicata aceita será cobrada pela via executiva. Se não for protestada, somente poderá ser cobrada judicialmente contra o aceitante e seu avalista. Se não tiver sido aceita, para ser executada,  terá que, antes, ser protestada.
Nesse caso, ainda acompanhará  o processo de documentos que comprovem o
recebimento das mercadorias adquiridas/prestação de serviços (canhoto comprobatório da entrega  da mercadoria ou do recebimento do serviço prestado).
Prescrição:
•	 3 anos, contra o sacado e seus avalistas, contados a partir da
data de vencimento;
•	 1 ano, contra o endossante e seus avalistas, contado a partir da
data do protesto;
•	 1 ano, para ação de qualquer coobrigado contra os demais, contado a partir da data em que tenha sido efetuado o pagamento
do título.
Triplicata: é a reprodução (cópia) da duplicata destinada a substituí-la, caso se extravie.

9.6 Conciliação bancária
Tem sido pouco significativa a ênfase dada ao estudo e à análise das
conciliações bancárias nas empresas.
Sabe-se, também, que somente empresas de médio e grande porte podem
oferecer oportunidade de preparar conciliações bancárias expressivas. As empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME), geralmente, fazem anotações nos canhotos dos talões de cheque e não formalizam as pendências existentes.
A conciliação bancária é um método de controle auxiliar valioso. Por intermédio
desse procedimento, é possível verificar, inclusive, a consistência das demonstrações contábeis de uma empresa, quando da publicação de seu balanço.

Contabilidade Geral

67

Cheque é uma ordem
de pagamento à
vista. Ao emiti-lo,
lembre-se de que ele
poderá ser descontado
imediatamente.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
9.7 Cheques

Figura 36: Cheques.

Fonte: http://migre.me/178r7. Acesso em 24/08/2010.

O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido
diretamente na agência em que o emitente mantém conta ou depositado em
outra agência para ser compensado e creditado na conta do correntista. Ao
emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente.

Formas de emissão
Ao portador - o cheque só pode ser emitido ao portador (sem a
indicação do beneficiário).
Nominal - o emitente é obrigado a indicar o nome do beneficiário (pessoa ou empresa a quem está efetuando o pagamento).
O cheque nominal só poderá ser pago pelo banco mediante identificação do
beneficiário ou de pessoa por ele indicada no verso do cheque (endosso), ou,
ainda, através do sistema de compensação, caso ele seja depositado.
Cruzado - tanto o cheque ao portador quanto o nominal podem ser
cruzados, com a colocação de dois traços paralelos, em sentido diagonal, na
frente do documento.
Administrativo - é o cheque emitido pelo próprio banco. Pode ser
comprado pelo cliente em qualquer agência bancária. O banco o emite em
nome de quem o cliente efetuará o pagamento.
Especial - assim denominado porque o banco concedeu ao titular da
conta um limite de crédito para saque quando não dispuser de fundos. O cheque
especial é concedido ao cliente mediante contrato firmado previamente.
Cheque pós-datado: pela lei, um cheque é pagável quando for
apresentado ao banco, mesmo que tenha sido emitido com data posterior.
Assim, se um cheque pós-datado for apresentado para pagamento antes do
dia previsto, o banco terá de pagá-lo ou devolvê-lo por falta de fundos. Caso
isso ocorra, o correntista poderá ser prejudicado.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

68
DICA: Cheque pós-datado só deve ser dado quando houver certeza de que o credor irá depositá-lo nas datas combinadas. Lembre-se
de controlar esses cheques em seu orçamento, anotando os valores e as
respectivas datas.

Figura 37: Cheque sem fundo.

Fonte: http://migre.me/178zk. Acesso em 24/08/2010.
	

Cheque sem fundos: o cheque poderá ser devolvido quando o emitente não tiver fundos suficientes para o seu pagamento.
Inclusão no Cadastro dos Emitentes de Cheques sem Fundos:
o cheque devolvido por falta de fundos, na segunda apresentação, obriga
o banco a incluir seu emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem
Fundos (CCF), do Banco Central. Se a conta for conjunta, a legislação determina que também sejam incluídos no CCF os nomes e números no cadastro de contribuintes (CIC/CPF) de todos os demais titulares da conta.
O banco é obrigado a comunicar ao emitente - ou ao primeiro titular, em
caso de conta conjunta - a inclusão desses registros no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundo. Mantenha seu endereço de correspondência
sempre atualizado nas instituições ou empresas com as quais mantém relacionamento de crédito. Fica a critério do banco a decisão de abrir, manter
ou encerrar a conta de depósitos à vista do correntista titular que figure no
CCF. É proibida, porém, a entrega de novos talões ao correntista cujo nome
figure no CCF.
Como sair do CCF - Cadastro dos Emitentes de Cheque sem Fundos: o emitente de cheque sem fundos pode solicitar sua exclusão do CCF
por carta dirigida ao banco, desde que comprove o pagamento do cheque
que deu origem à ocorrência. Após cinco anos da última inclusão, a exclusão
é automática.

Contabilidade Geral

69

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Utilize cheques com segurança:
•	 emita sempre cheques nominais e cruzados;
•	 ao preencher cheques, elimine os espaços vazios, evite rasuras;
•	 nunca deixe requisições ou cheques assinados no talão.
Ao sustar o cheque, você não estará livre da obrigação de pagamento, nem de ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto
nos casos de perda, furto ou roubo, e mediante a apresentação de boletim
de ocorrência.
Roubo, perda e extravio de cheques
O correntista com cheques roubados, furtados, perdidos ou extraviados deve comunicar a ocorrência ao banco o mais rapidamente possível e
pedir cancelamento, se o cheque estava em branco quando se deu a ocorrência, ou sustação, se já haviam sido preenchidos.
Como receber cheques com segurança:
•	 confira se o cheque foi corretamente preenchido;
•	 solicite ao cliente a apresentação do cartão do banco e do documento de identidade - original ou cópia autenticada;
•	 confira os números do RG e do CPF e a assinatura que estão no
cheque com os que constam em outros documentos e no cartão
do banco;
•	 verifique se a foto no documento é a do emitente ou se tem sinal
de adulteração;
•	 consulte uma das centrais de proteção aos cheques - Serasa, SPC
ou outra de sua preferência. Elas possuem informações sobre
emitentes de cheques sem fundos cadastrados no Banco Central
(CCF), de cheques sustados e cancelados por roubo ou outras
irregularidades, a exemplo de CPFs que tenham sido cancelados
pela Receita Federal;
•	 anote no verso do cheque os números de telefone e do RG do
emitente. Se necessário, ligue no ato para confirmar a validade
do telefone informado. Persistindo a dúvida, condicione a venda
à prévia compensação do cheque;
•	 não aceite cheques rasurados.

9.8 Nota promissória

Figura 38: Nota promissória.

Fonte: http://migre.me/178Gh. Acesso em 24/08/2010.

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

70
É um título de crédito emitido pelo devedor sob a forma de promessa de pagamento a determinada pessoa, de certa quantia, em certa data. A
nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor
ao promissário-credor.
Figuram como partes na nota promissória: o subscritor ou promitente-devedor e o beneficiário ou promissário-credor. Na nota promissória, o
que existe é uma promessa de pagamento. 

Formas de vencimento da nota promissória
O pagamento da promissória será feito no tempo indicado no próprio título. Se não se determina o prazo para pagamento, entende-se que se
trata de promissória à vista.
A nota promissória pode ser passada:
1. à vista;
2. em dia certo;
3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão
tem relevância.

Resumo
Nesta aula conhecemos os documentos mais usuais para o registro
contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades, bem
como a importância de cada documento para as informações contábeis.

Atividades de aprendizagem
1) Para fixarmos os conceitos desses documentos , escolha 4 tipos de documentos e conceitue cada um, dando um exemplo de sua aplicabilidade
dentro da empresa

Contabilidade Geral

71

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1
Alfabetização Digital

Aula 10 - Controles administrativos

Os objetivos desta aula são identificar e compreender os variados
tipos de controles administrativos dos fatos ocorridos nas empresas e verificar como os controles administrativos auxiliam na obtenção das informações
contábeis que irão ajudar o empresário a tomar decisões para alavancar o
seu empreendimento.

10.1 Controle de vendas
A adoção de um controle de vendas possibilita ao empresário prever receitas futuras e, consequentemente, programar as compras da empresa. Além disso, torna-se mais fácil acompanhar o comportamento mensal das vendas, as variações devido à sazonalidade, bem como
o prazo médio concedido para os pagamentos realizados a prazo.

10.2 Controle de compras
A adoção de um controle de compras possibilitará ao empresário distribuir melhor suas compras para os meses seguintes, baseando-se nas previsões de vendas e nos compromissos assumidos.
Este controle permitirá, também, a determinação do prazo médio das compras.

10.3 Controle de despesas
O controle de despesas tem como objetivo o melhor acompanhamento da evolução dos gastos mensais, bem como a verificação do comportamento de cada item de despesa, permitindo, assim, a adoção de medidas
que possam conter os gastos que venham crescendo sem justificativa.
O controle de despesas é indispensável à elaboração do cálculo dos
custos e do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria.
Os valores gastos com pessoal, encargos sociais e retiradas pró-labore podem ser extraídos da folha de pagamento.

10.4 Controle de estoque
Pode ser utilizada  uma ficha de controle para cada item,
onde serão anotadas as entradas e saídas de mercadoria ou material.
O controle físico e financeiro de estoque tem como objetivo básico infor-

Contabilidade Geral

73

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
ICMS:

Imposto sobre
Circulação de
Mercadoria e Serviços.

PIS:

Programa de Integração
Social.

COFIN:

Contribuição para fins
sociais.

mar a quantidade disponível de cada item existente na empresa, quer seja
matéria-prima, quer seja mercadoria, e quanto esta quantidade significa em
valores monetários.
Vamos aprender, agora, como calcular o CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de um produto.

Cálculo do custo unitário para entrada no estoque
1ª hipótese: aquisição, por uma empresa industrial, de 700 unidades
de certa espécie de matéria-prima, ao preço de R$ 10,00 por unidade (ICMS
incluso - 18%) mais 10% de IPI, com frete e seguro por conta do vendedor:

IRPJ:

Imposto de Renda
Pessoa Jurídica

IPI:

Imposto sobre Produtos
Industrializados

Preço das matérias-primas (700 X R$10,00)		
(-) ICMS destacado na nota fiscal (recuperável) 	
(-) PIS-Pasep não cumulativo 				
(-) COFINS a recuperar					
= Custo líquido de aquisição 				

R$ 7.000,00
(R$ 1.260,00)
(R$ 100,00)
(R$ 300,00)
(RS 5.340,00)

Custo unitário (para entrada em estoque): RS$ 5.340,00÷700 = R$ 7,63
2ª hipótese: aquisição de 5.000 unidades de determinada mercadoria destinada à revenda no varejo, ao preço de compra de R$ 50,00 por
unidade (ICMS incluso - 18%) mais 10% de IPI,
IRPJ - lucro real - avaliação de estoques com frete e seguro por
conta do vendedor:
Preço das mercadorias (5.000 X R$ 50,00) 		
R$250.000,00
+ IPI (não recuperável) 					
(R$25.000,00)
(-) ICMS (recuperável) 					(R$45.000,00)
(-) PIS-Pasep não cumulativo 				
(R$ 200,00)
(-) COFINS não cumulativo 				
(R$ 500,00)
= Custo líquido de aquisição 				
R$229.300,00
Custo unitário (para entrada em estoque): R$229.300,00÷5.000=R$ 45,86

Frete e seguro pagos a terceiros
As despesas de frete e seguro, quando cobradas diretamente pelo
vendedor de bens, não oferecem maiores dificuldades porque são debitadas
na própria nota fiscal de venda e somadas ao preço total. Neste caso, para se
determinar o custo unitário de aquisição, basta dividir o valor total da nota
fiscal (excluídos o IPI e o ICMS, o PIS-Pasep e a COFINS, quando recuperáveis)
pela quantidade adquirida. Entretanto, quando tais despesas forem pagas a
terceiros (transportadores, companhias seguradoras), deve ser providenciada a sua agregação ao custo de aquisição dos bens por meio de lançamento
contábil específico (excluído o ICMS passível de crédito, quando for o caso).

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

74
10.4.1 Métodos de avaliação de estoque

Figura 39: Controle de estoque.

Fontes: http://goo.gl/uBeu. Acesso em 24/08/2010.

Para a avaliação do estoque, temos 3 métodos para o cálculo do
custo da mercadoria:
•	 média ponderada = baseia-se na média ponderada do custo do
estoque;
•	 PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) = a mercadoria que deu
entrada primeiro é aquela que será vendida em primeiro lugar;
•	 UEPS (último a entrar, primeiro a sair) = o estoque que deu entrada no final será vendido em primeiro lugar.
Controle de estoques por inventário periódico ou permanente
O inventário periódico não requer o registro de cada saída de mercadoria, sendo ideal para pequenas empresas ou entidades que não necessitam de uma informação mais precisa de seus investimentos em estoques.
Já o inventário permanente registra cada transação com os estoques, sendo utilizado nas entidades com estoque de alto valor ou que necessitam exercer uma maior vigilância sobre esse ativo.

Contabilidade Geral

75

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Exemplo 1:

Figura 40. Ativo bicicleta.
Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso.
em 22/08/2010.

Compra/dia: 4 por $100

Figura 40. Ativo bicicleta.

Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso em
22/08/2010.

Compra/dia: 6 por $120

Venda de 1 unidade no dia 15. Qual o valor do CMV?
Média ponderada = (100+120)/2 = $110
Primeiro a entrar, primeiro a sair = $100
Último a entrar, primeiro a sair = $120
Exemplo 2:
Exemplo:
Estoque inicial		
Compra (10/Maio)	
Compra (18/Maio)	
Estoque final		
Quantidade vendida	

15 unidades a $1.470
24 unidades a $2.400
36 unidades a $3.672
10 unidades
(15+24+36-10) = 65 unidades

Média ponderada
Custo		
Estoque final			
CMV
100,56	 100,56 x 10 = 1.005,60	
65 x 100,56 =	 6.536,40
PEPS			
102,00	 102,00 x 10 = 1.020,00	
1.470+6.072-1020 = 6.522,00
UEPS			
98,00	
98,00 x 10 = 980,00	
1.470+6.072-980 = 	
6.562,00

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76
PEPS - Inventário permanente

Compras 		

CMV		

Estoque final

	

UEPS - Inventário permanente

Compras		

CMV			

EF

Média móvel - Inventário permanente			

Compras 		

Contabilidade Geral

CMV		

Estoque final

77

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No Brasil, o método de avaliação pelo UEPS não é permitido, pois o
CMV fica superavaliado, diminuindo, assim, o lucro bruto da empresa, sendo
assim, os cálculos dos impostos sobre o lucro seriam menores.
Caro acadêmico, com certeza nossa disciplina não se encerra aqui.
Nos próximos módulos, vocês irão se utilizar desses conceitos adquiridos
para conhecer cada vez mais a arte de administrar no comércio.
Não deixem de utilizar as referências bibliográficas complementares, pois a leitura é fundamental para que você complemente o seu aprendizado.

Figura 41: Atividade.

Fonte: http://migre.me/16VGO . Acesso em 25/08/2010.

Resumo
Nesta aula identificamos os variados tipos de controles administrativos dos fatos ocorridos nas empresas e verificamos como os controles administrativos auxiliam na obtenção das informações contábeis que irão ajudar o
empresário a tomar decisões para alavancar o seu empreendimento.

Atividades de aprendizagem
1) Numere a 1ª coluna de acordo com a 2ª, no que se refere aos conceitos dos
controles administrativos.
1. Controle de compras

2. Controle de vendas	

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes

78

( ) tem como objetivo o melhor acompanhamento da evolução dos gastos mensais, bem
como a verificação do comportamento de
cada item.
( ) A adoção desse controle possibilita ao empresário prever receitas futuras e, consequentemente, programar as compras da empresa.
3. Controle de estoques

4. Controle de despesas

( ) A adoção desse controle possibilitará ao
empresário distribuir melhor suas atividades
para os meses seguintes, baseando-se nas
previsões de vendas e nos compromissos assumidos.
( ) Tem como objetivo básico informar a
quantidade disponível de cada item existente
na empresa.

2. Através dos dados abaixo, calcule o CMV pelos 3 métodos de avaliação de
estoques.

Figura 4: Estoque.

Fonte: http://goo.gl/2MSO.
Acesso em 25/08/2010.

	

Compra/dia: 6 por R$40,00

Figura 42: Estoque.

Fonte: http://goo.gl/2MSO.
Acesso em 25/08/2010.

Compra/dia: 10 por R$55,00

Venda de 1 unidade no dia 22. Qual o valor do CMV?
Média ponderada = ___________________________________________
Primeiro a entrar, primeiro a sair = _______________________________
Último a entrar, primeiro a sair = _________________________________

Contabilidade Geral

79

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Referências
ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da
contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
BRASIL, LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007.
GRECO, Alvisio. & AREND, Lauro, Teoria da Contabilidade. São Paulo: Saraiva,
2007.
HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade;
tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006.
IUDÍCIBUS, S. et. al. FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis,
atuariais e financeiras. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2003.
IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores.
São Paulo: Atlas, 2004.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. São Paulo: Atlas, 2002.
SÍTIO DO BANCO CENTRAL - www.bcb.gov.br/
SÍTIO DO SEBRAE – www.sebrae.mg.org.br

Referência suplementar
ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da
contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade;
tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006.
IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores.
São Paulo: Atlas, 2004.
IUDÍCIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2002.

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80
Curriculo do professor conteudista
Eliana Soares Barbosa Santos
Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (1989), Licenciatura Plena para a Graduação de Professores pelo CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
(1993), especialização em Contabilidade pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (1996) e aperfeiçoamento em Capacitação em Ensino
a Distância pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (2008).
Atualmente, é professora assistente da Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências
Contábeis.

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil

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  • 1. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Contabilidade Geral Eliana Soares Barbosa Santos Ministério da Educação
  • 2.
  • 3. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Comércio Contabilidade Geral Eliana Soares Barbosa Santos Montes Claros - MG 2010
  • 4. Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância Carlos Eduardo Bielschowsky Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Iracy de Almeida Gallo Ritzmann Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Alberto Duque Portugal Coordenadores de Cursos: Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio Augusto Guilherme Dias Coordenador do Curso Técnico em Comércio Carlos Alberto Meira Coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente Edna Helenice Almeida Coordenador do Curso Técnico em Informática Frederico Bida de Oliveira Coordenador do Curso Técnico em Vigilância em Saúde Simária de Jesus Soares Reitor Paulo César Gonçalves de Almeida Vice-Reitor João dos Reis Canela Pró-Reitora de Ensino Maria Ivete Soares de Almeida Diretor de Documentação e Informações Giuliano Vieira Mota Coordenadora do Ensino Médio e Fundamental Rita Tavares de Mello Diretor do Centro de Ensino Médio e Fundamental Wilson Atair Ramos Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/ Unimontes Wilson Atair Ramos Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/ CEMF/Unimontes Rita Tavares de Mello Coordenador do Curso Técnico em Gestão em Saúde Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim CONTABILIDADE GERAL e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Elaboração Eliana Soares Barbosa Santos Projeto Gráfico e-Tec/MEC Supervisão Alcino Franco de Moura Júnior Diagramação Jamilly Julia Lima Lessa Marcos Aurélio de Almeda e Maia Impressão Gráfica RB Digital Designer Instrucional Angélica de Souza Coimbra Franco Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira Revisão Maria Ieda Almeida Muniz Patrícia Goulart Tondineli Rita de Cássia Silva Dionísio
  • 5. AULA 1 Alfabetização Digital Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escola técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Contabilidade Geral 3 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 6.
  • 7. AULA 1 Alfabetização Digital Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. Contabilidade Geral 5 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 8.
  • 9. AULA 1 Alfabetização Digital Sumário Palavra do professor conteudista..............................................9 Projeto instrucional............................................................ 11 Aula 1 - Introdução à Contabilidade......................................... 13 1.1 Conceito de Contabilidade.......................................... 13 1.2 História da Contabilidade através do tempo..................... 14 1.3 Campo de aplicação da Contabilidade............................ 15 1.4 Usuários da Contabilidade.......................................... 15 1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade........................ 16 1.6 Utilização da informação contábil................................. 17 Resumo.................................................................... 18 Atividades de aprendizagem............................................ 18 Aula 2 - Sociedades............................................................ 21 2.1. Sociedade empresária.............................................. 22 2.2 Tipos jurídicos........................................................ 22 2.3. Microempreendedor individual – MEI............................. 25 Resumo.................................................................... 25 Atividades de aprendizagem............................................ 26 Aula 3 - Patrimônio das entidades........................................... 27 3.1 Conceito de patrimônio............................................. 27 3.2 Escrituração contábil................................................ 29 Resumo.................................................................... 32 Atividades de Aprendizagem............................................ 32 Aula 4 - Variações patrimoniais.............................................. 33 4.1 Situação líquida patrimonial........................................ 33 Resumo.................................................................... 36 Atividades de aprendizagem............................................ 36 Aula 5 - Elementos patrimoniais............................................. 39 5.1 Contas................................................................. 39 5.2 Plano de contas...................................................... 40 5.3 Apuração do resultado das empresas............................. 42 Resumo.................................................................... 43 Atividades de aprendizagem............................................ 43 Aula 6 - Capital................................................................. 45 6.1 Tipos de capital...................................................... 45 Resumo.................................................................... 47 Atividades de aprendizagem............................................ 47 Aula 7 - Gestão patrimonial.................................................. 49 7.1 Mutações patrimoniais............................................... 49 7.2 Fatos contábeis....................................................... 50 Contabilidade Geral 7 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 10. Resumo.................................................................... 54 Atividades de aprendizagem............................................ 54 Aula 8 - Demonstrações contábeis........................................... 57 8.1 Classificação das demonstrações contábeis...................... 57 Resumo.................................................................... 61 Atividades de aprendizagem............................................ 61 Aula 9 - Documentos contábeis.............................................. 63 9.1 Títulos de crédito.................................................... 63 9.2 Nota fiscal............................................................. 63 9.3 Nota fiscal eletrônica................................................ 64 9.4 Fatura.................................................................. 65 9.5 Duplicata.............................................................. 66 9.6 Conciliação bancária................................................. 67 9.7 Cheques............................................................... 68 9.8 Nota promissória..................................................... 70 Resumo.................................................................... 71 Atividades de aprendizagem............................................ 71 Aula 10 - Controles administrativos.......................................... 73 10.1 Controle de vendas................................................. 73 10.2 Controle de compras............................................... 73 10.3 Controle de despesas.............................................. 73 10.4 Controle de estoque............................................... 73 Resumo ................................................................... 78 Atividades de aprendizagem............................................ 78 Referências...................................................................... 80 Curriculo do professor conteudista.......................................... 81 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8
  • 11. AULA 1 Alfabetização Digital Palavra do professor conteudista Prezado(a) Acadêmico(a), Seja bem-vindo aos estudos da Disciplina Contabilidade Geral, do Curso Técnico em Administração do Comércio. Em nossa disciplina, vamos mostrar, através de conceitos e exemplos, que a Contabilidade está sempre presente em sua vida. Não confunda nossa disciplina com Matemática; apesar dela ser uma ferramenta no nosso aprendizado, você verá que a Contabilidade é muito mais que isso, ela é a base para se organizar e demonstrar as informações de natureza financeira das empresas e, assim, auxiliar no processo de tomada de decisões. A Contabilidade faz parte do nosso dia-a-dia; ao conhecer os conceitos contábeis, você vai observar que, ao ir ao Supermercado, acontecem várias situações que necessitam de ser registradas e que irão servir de informação útil para compradores, vendedores, fornecedores, governos, entre outros. Com esse exemplo, queremos mostrar a você que a Contabilidade se faz necessária a todo instante, e que esta é uma oportunidade para que você comece a aprender a controlar as suas finanças e a sua vida econômica e, com certeza, levar este aprendizado para a sua vida profissional. A nossa proposta é oferecer subsídios para o aprendizado da Contabilidade de maneira bem fácil, por isso oferecemos recursos teóricos e práticos. Para tanto, oferecemos uma série de literaturas complementares, pois nosso estudo não se encerrar aqui, estamos apenas iniciando esta etapa. Para que este aprendizado tenha o efeito esperado, é preciso muita leitura e perseverança para se alcançar bons resultados. Então, bons estudos e seja criativo, procure se informar, se atualizar sempre e a colocar em prática os conceitos adquiridos. Faça as atividades propostas para cada unidade e não deixe de acessar o ambiente virtual do curso para ter acesso às atividades complementares, aulas, chats e fóruns. Esta disciplina tem como objetivo desenvolver conhecimentos necessários e suficientes para a análise das informações contábeis como instrumental de apoio para o processo de tomadas de decisões econômicas e financeiras nas organizações. Contabilidade Geral 9 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 12.
  • 13. AULA 1 Alfabetização Digital Projeto instrucional Disciplina: Contabilidade Geral (carga horária: 64h). Ementa: Noções de Contabilidade geral; conceito de empresa, ativo, passivo e patrimônio líquido; planejamento e controle das rotinas administrativas; práticas comerciais: fatura, duplicata, cheque, nota promissória e nota fiscal; controles de contas a pagar e contas a receber: caixa, conciliação bancária, compras, estoque e vendas. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM AULA MATERIAIS CARGA HORÁRIA 1. Introdução à Contabilidade Identificar os conceitos Apostila do e-tec e textos na contábeis e conhecer a página virtual cronologia contábil 3h 2. Sociedades Conhecer os tipos de Apostila do e-tec e textos na sociedades mercantis e página virtual; utilizar sites suas características referentes ao conteúdo 6h 3. Patrimônio das entidades Identificar a composição Apostila do e-tec e textos na do patrimônio, sua for- página virtual; utilizar sites mação e características referentes ao conteúdo 9h 4. Variações patrimoniais Identificar as possíveis variações patrimoniais e suas interferências no patrimônio 5. Elementos patrimoniais Classificar os elemenApostila do e-tec e textos na tos patrimoniais e com- página virtual; utilizar sites preender sua formação referentes ao conteúdo 6h 6. Capital Identificar os tipos de capital e suas características Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 3h 7. Gestão patrimonial Identificar os registros contábeis e as operações de registros Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 6h Conhecer as demons8. Demonstratrações contábeis e a ções contáaplicabilidade para as beis informações contábeis Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 9h Apostila do e-tec, textos e exercícios na página virtual 9h 9. Documentos contábeis Identificar os documentos contábeis e suas características. Apostila do e-tec e textos na página virtual; utilizar sites referentes ao conteúdo 8h 10. Controles administrativos Identificar os tipos de Apostila do e-tec e textos na controle administrativo página virtual; utilizar sites e suas características referentes ao conteúdo 6h Contabilidade Geral 11 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 14.
  • 15. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 1 - Introdução à Contabilidade “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.” John Dewey Pessoa Física: é a pessoa natural, isto é, todo indivíduo (homem ou mulher), desde o nascimento até a morte. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. Para efeito de exercer atividade econômica, a pessoa física pode atuar como autônomo ou como sócio de empresa ou sociedade simples, conforme o caso. Figura 1: Contabilizando o sucesso. Fonte: http://goo.gl/bFtF. Acesso em 23/08/2010. Veremos, nesta aula, um breve histórico da Contabilidade, objeto do nosso estudo, sua aplicabilidade, suas ramificações e principalmente sua importância como Ciência Social nos processos administrativos, compreendendo os conceitos básicos, os princípios que norteiam a aplicação dos conhecimentos voltados à estruturação dos demonstrativos contábeis. 1.1 Conceito de Contabilidade Iniciaremos o nosso estudo com o conceito de Contabilidade para o autor Greco (2007 p.01), que nos diz que a Contabilidade registra, estuda e interpreta (por análise) os fatos financeiros e econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa física ou jurídica. Contabilidade Geral 13 Pessoa jurídica: Conforme o Dicionário Michaelis, pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídica como, por exemplo, uma associação, empresa, ou companhia legalmente autorizada. Podem ser de direito público (União, Unidades Federativas, autarquias etc.), ou de direito privado (empresas, sociedades simples, associações etc.). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 16. 1.2 História da Contabilidade através do tempo Figura 2: Cronologia da Contabilidade. Fonte: http://goo.gl/NXM0. Acesso em 23/08/2010. Você já observou que é através do tempo que conseguimos adquirir o conhecimento sobre determinado assunto? Pois bem, vamos descrever os períodos da Contabilidade, desde a sua mais remota origem até os tempos atuais: Origem do homem e a Bíblia (~ 4.000 a.C.) • A contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem. • Livro de Gênesis. • Rebanhos de ovelhas de Jacó e seu sogro Labão, Livro de Jó, considerado o mais antigo da Bíblia, descrição da sua riqueza. Egípcios e Babilônios (~3.000 a.C.) • Transações em cerâmicas relatam pagamentos de salários e impostos. Luca Pacioli (séculos XIII e XVI d.C.) • A contabilidade atingiu sua maturidade entre os séculos XIII e XVI d.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mercantilismo, etc.). • Trabalho do frade franciscano Luca Pacioli, Itália, 1494. A Escola Italiana de Contabilidade dominou o cenário mundial até o século XX. EUA (século XX e atualidade) • A Contabilidade se desenvolveu notoriamente nos EUA, após a depressão de 1929, com inúmeras pesquisas na área, crescimento do mercado de capitais e, consequentemente, a auditoria. A Escola Contábil Americana, voltada para a tomada de decisão, domina nosso cenário contábil atual. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14
  • 17. Então, conseguiu observar que nossa disciplina acompanha cada passo da Humanidade? 1.3 Campo de aplicação da Contabilidade Como vimos, a Contabilidade está presente em todas as áreas sociais e o seu campo de atuação pode ser tanto no setor público (empresas públicas, prefeituras, estados, Federação, instituições financeiras públicas etc.) quanto no setor privado (indústria, comércio, prestadoras de serviços etc.), ou seja, nas empresas particulares. Para melhor entendermos como a Contabilidade aparece em todas as nossas atividades, vejamos o gráfico a seguir. APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE Gráfico1: Aplicação da Contabilidade. Fonte: Marion (2002). 1.4 Usuários da Contabilidade Bem, já vimos onde a Contabilidade atua, agora, vamos conhecer os usuários das informações contábeis. Os usuários podem ser tanto internos como externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pelas entidades devem ser amplas, verdadeiras e suficientes para a avaliação da situação patrimonial e das modificações sofridas pelo patrimônio, permitindo a realização de interferências sobre o seu futuro. Contabilidade Geral 15 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 18. Figura 3: Usuários da Contabilidade. Fonte: http://migre.me/174Am. Acesso em 23/8/2010. Ciclo operacional: período de atividade de determinada empresa. Vejamos quem são eles: os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis que, usual­ ente, se valem de infor­ ações mais m m aprofundadas e específicas acerca da entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo operacional. Já os usuários externos concen­ ram suas atenções, de forma geral, t em aspectos mais genéricos, expressos nas demons­ rações contábeis. t 1.5 Princípios fundamentais de Contabilidade Princípio: característica determinante de alguma coisa; aquilo do qual alguma coisa procede na ordem do conhecimento ou da existência. Como dissemos anteriormente, a Contabilidade é uma Ciência e, para tanto, observa alguns princípios fundamentais, que foram editados pela resolução do Conselho Federal de Contabilidade n.º 750/93, de 29 de dezembro de 1993; não são leis cientí­ cas, e sim estabelecidas e reconhecidas pelo fi consenso de opiniões de profissionais que atuam na área de Contabilidade. O uso predominante dos princípios fundamentais de Contabilidade nas práticas contábeis proporciona uma interpretação uniforme das demonstrações financeiras, po­ ém, são suscetíveis de modi­ cações, ou r fi seja, podem ser modificados, sendo resultantes do desenvolvimento e da aplicação da técnica contábil. Os princípios contábeis são as diretrizes gerais e, para qualificar e delimitar a sua aplicação, surgem normas e procedimentos que são chamados de convenções. Os princípios fundamentais de Contabilidade são: • da entidade; • da continuidade; • da oportunidade; • do registro pelo valor original; • da atualização monetária; • da competência; • da prudência. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16
  • 19. 1.6 Utilização da informação contábil Figura 4: Uso da informação contábil. Fonte: http://migre.me/174F8. Acesso em 23/08/2010. Como observamos, a utilização tempestiva e fidedigna das informações contábeis pelos seus usuários demonstra ser a principal característica deste nosso estudo. A informação contábil deve revelar dados suficientes sobre a entidade, de modo a facilitar a comunicação com o usuário sem deixar de ter os seguintes atributos: • confiabilidade; • tempestividade; • compreensibilidade; • comparabilidade. Além disso, entende-se que a Contabilidade deve ter o sistema contábil estruturado de forma que atenda: • a Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 11638/07); • a Legislação do Imposto de Renda (preparação da declaração de rendimentos); • os relatórios gerenciais internos; • o acompanhamento orçamentário; • os órgãos governamentais (Comissão de Valores Imobiliários – CVM -, Bolsa de Valores, etc.) e particulares (bancos, etc.). Os principais órgãos e pessoas que utilizam as informações contábeis são os seguintes: • acionistas, sócios ou proprietários: com o objetivo de saber a rentabilidade e a segurança do seu investimento; • administradores da companhia: com a finalidade de tomada de decisões; • credores de forma geral (bancos, fornecedores, etc.): com a pretensão de avaliar a segurança do retorno dos recursos aplicados na companhia; • órgãos do governo: para fins de tributação das companhias. Contabilidade Geral 17 LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 20. Para as informações contábeis serem de forma clara e precisa aos usuários da informação, a Contabilidade utiliza-se das demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei11638/07. O Art. 176 da referida Lei normatiza que, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Figura 5: Informação contábil. Fonte: http://migre.me/174RF. Acesso em 23/08/2010. Resumo Nesta primeira aula, você pôde conhecer de forma sucinta a história da Contabilidade, os princípios que a norteiam e a Lei que a rege, bem como os seus usuários e a sua aplicabilidade. Vimos como a Contabilidade faz parte do nosso dia-a-dia. Verificamos, também, que as informações contábeis são colocadas para os usuários através das demonstrações contábeis. Atividades de aprendizagem Então, vamos verificar o aprendizado? Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18
  • 21. 1) Defina os conceitos de: Contabilidade Pessoa Jurídica Princípios Contábeis Qual o objeto da Contabilidade? Contabilidade Geral 19 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 22.
  • 23. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 2 - Sociedades O objetivo desta nossa aula é conhecer as entidades que utilizam da informação contábil para tomada de decisão através das informações geradas pela Contabilidade. Bom, agora que já conhecemos a importância da Contabilidade no nosso dia-a-dia, trataremos, então, de conhecer um pouco mais da instituição que movimenta o objeto da nossa disciplina. Iremos descobrir o universo das empresas e a composição do seu patrimônio. Para entendermos o objeto de estudo da Contabilidade, identificaremos primeiro os tipos de entidades que utilizam a Contabilidade. Figura 7: Sociedades comerciais. Fonte: http://goo.gl/fnll. Acesso em 23/04/2010. Tipos de sociedade Segundo Iudícibus (2009, p. 9), a sociedade pode ser definida como um contrato em que duas pessoas ou mais se obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum, ou celebram contrato de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Contabilidade Geral 21 Você já imaginou que todo o dinheiro que circula no seu patrimônio já esteve registrado pela Contabilidade em algum momento? e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 24. Sociedades personificadas Considera-se sociedade personificada aquela que possui personalidade jurídica, obtida mediante o registro de seus atos constitutivos no órgão competente. As sociedades personificadas se subdividem em sociedade empresária e sociedade simples. 2.1. Sociedade empresária É definida como sociedade empresária aquela que tem por objeto o exercício de atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, ou seja, considera-se sociedade empresária a antiga sociedade comercial. Antes de iniciar a atividade econômica, o empresário individual ou a sociedade empresária que a ela for se dedicar, deverá inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais (artigos 967, 968 e 1.150 do Código Civil), tendo como elemento essencial o nome empresarial.  2.2 Tipos jurídicos Figura 8: Constituição de empresa. Fonte: http://goo.gl/zx4o. Acesso em 22/08/2010. A sociedade empresária deve se constituir segundo um dos seguintes tipos jurídicos, elaborando sempre um contrato de constituição da empresa: • • • • • e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 22 sociedade sociedade sociedade sociedade sociedade em nome coletivo; em comandita simples; limitada; anônima; em comandita por ações.
  • 25. 2.2.1 Sociedade em nome coletivo Exceto pelo fato de poder exercer atividade empresária, esse tipo de sociedade é praticamente idêntico ao da sociedade simples. Nessa sociedade, somente podem participar pessoas físicas, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. 2.2.2 Sociedade em comandita simples Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas categorias, a saber: • os comanditados, pessoas físicas responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; • os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. As sociedades por comandita simples são regidas supletivamente pelas normas da sociedade em nome coletivo, cabendo aos sócios comanditados os mesmos direitos e obrigações dos sócios em nome coletivo. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de fiscalizar suas operações, não pode, o comanditário, praticar nenhum ato de gestão nem ter o nome da firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.   Neste caso, o contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. 2.2.3 Sociedade limitada Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em apenas um diploma legal, pois a sociedade antes denominada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada tinha seu regime jurídico determinado pelo Decreto n° 3.708/19, revogado, e, subsidiariamente, pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei n° 6.404/76). A aplicação subsidiária da Lei das Sociedades Anônimas continua sendo possível, desde que haja previsão expressa no contrato social.  Contabilidade Geral 23 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 26. 2.2.4 Sociedade anônima É importante lembrar que a sigla CEBRAE, grafada com “C”, foi utilizada até o final da década de 1990, referindo-se ao Centro Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa e era vinculado ao Governo Federal. A partir dessa data, essa instituição foi privatizada e passou a ser denominada SEBRAE, grafada com S (Serviço Brasileiro de apoio à Pequena Empresa), vinculada às federações privadas. Figura 9: Sociedade Anônima. Fonte: http://goo.gl/RSM. Acesso em 23/08/2010. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se, cada sócio ou acionista, somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. A sociedade anônima, como vimos anteriormente, rege-se por lei especial (Lei n° 11638/07 e disposições posteriores), aplicando-se, nos casos omissos, as disposições do Novo Código Civil (artigos 1.088 e 1.089). 2.2.5 Sociedade em comandita por ações Esta sociedade tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima. Todavia, neste tipo societário, somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade (artigos 1.090 a 1.092). O primeiro código de ética de que se tem conhecimento, sobretudo para quem possui formação católica cristã, são os 10 mandamentos. Regras como “não matarás”, “não desejarás a mulher do próximo”, “não roubarás”, são apresentadas como propostas fundadoras da civilização ocidental. 2.2.6 Sociedade simples É considerada sociedade simples aquela cujo objeto social seja decorrente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores, ou seja, considera-se sociedade simples a antiga sociedade civil. A sociedade simples (exceto no caso das cooperativas e de determinadas atividades reguladas por leis especiais que imponham a doação de tipo societário específico) poderá ser  constituída em conformidade com um dos tipos examinados nos subitens anteriores (exceto como sociedade por ações), ou não o fazendo, subordina-se às normas que lhes são próprias (artigos 997 a 1.000). Neste tipo de sociedade, os bens particulares dos sócios (inclusive daqueles que ingressarem em uma sociedade já constituída) poderão ser executados por dívidas da sociedade, mas apenas depois de executados os bens sociais, se estes forem insuficientes para saldar as dívidas. Nesse caso, os sócios respondem com o seu patrimônio social na proporção que participam das perdas sociais, salvo se houver, no contrato social, cláusula estipulando a responsabilidade solidária.  As cooperativas são consideradas sociedades simples, independentemente de seu objeto de funcionamento. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24
  • 27. 2.3. Microempreendedor individual – MEI Figura 10: Micro empreendedor Individual. Fonte: http://goo.gl/TJTk. Acesso em 24/08/2010. O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Essa categoria tem como objetivo legalizar um grande número de empreendedores que geram receita para a União, para os estados e para os municípios, mas que não tinham vinculo com a Previdência Social, deixando, assim, de obter os benefícios dessa geração de receita. Resumo Nesta aula conhecemos os tipos de sociedades, seus especificidades e suas características, para relembrarmos vejamos o quadro abaixo: QUADRO II: Resumo dos tipos de sociedade Sociedade em conta de participação Sociedade simples       Sociedade personificada       Sociedade em nome coletivo     Sociedade empresária   Sociedade em comandita simples Sociedade limitada Sociedade anônima Sociedade em comandita por ações Microempreendedor individual Fonte: Próprio autor. Contabilidade Geral 25 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 28. Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir. Defina o que é uma Sociedade e descreva o conceito das principais empresas existentes em sua cidade. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26
  • 29. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 3 - Patrimônio das entidades O objetivo desta nossa aula é conhecer o patrimônio das entidades com suas características, modificações e composição. mos ter? Então, observaram a diversidade de tipos de sociedades que pode- Mas está faltando algo; precisamos conhecer, agora, como é formado o patrimônio dessas sociedades que, como vimos, é o nosso objeto de estudo, não é mesmo? Ele é o nosso ator principal no estudo da Contabilidade. 3.1 Conceito de patrimônio Figura 12: Patrimônio público – Palácio do Planalto. Fonte: http://goo.gl/E4dL. Acesso em 24/08/2010. Como conceito de patrimônio, Greco (2007) define: Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais, avaliáveis em dinheiro e vinculados à entidade pela propriedade ou por cessão a qualquer título, dos quais se possa dispor no giro dos seus negócios. Conceito este que podemos complementar após a Lei 11638/07: que, além de ter a propriedade, os bens que estejam sob o domínio da entidade também compõem o seu patrimônio. Contabilidade Geral 27 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 30. 3.1.1 Aspectos do patrimônio Para a Contabilidade, os aspectos relevantes a se considerar são: • qualitativo; • quantitativo. 3.1.1.1 Aspecto qualitativo: consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes dos respectivos rela­ órios, permit tindo que se conheça a natureza de cada um. Exemplo: veículos, máquinas e equipamentos, fornecedores. Figura 13: Imobilizado. Fonte: http://migre.me/175aF. Acesso em 22/08/2010. 3.1.1.2 Aspecto quantitativo: consiste em atribuir os respectivos valores em moeda, levando-nos a conhecer o valor do patrimônio da empresa. Exemplo: bens: • veículos: R$15.000,00; • máquinas e equipamentos: R$ 4.000,00. Figura 14: Imobilizado. Fonte: http://migre.me/175do - http://sitededicas.uol.com.br/gifs/clips. Acesso em 22/08/2010. R$15.000,00 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 28 R$4.000,00
  • 31. Com essas informações, é possível ter uma ideia do tamanho do patrimônio e quanto a empresa tem em bens, direitos e obrigações. Verificando o total de máquinas e veículos dessa empresa, pode-se observar que o mesmo é composto pelo montante de R$19.000,00, em imobilizado. E isso é só o começo do nosso aprendizado. Você consegue, agora, quantificar e qualificar o seu patrimônio? Faça uma planilha e monte o seu gráfico patrimonial. Não se esqueça dos valores a receber e dos valores a pagar, ok? Figura 16: Patrimônio mundial. Fonte: http://migre.me/175LU. Acesso em 24/08/2010. A representação gráfica do patrimônio demonstra a equidade do controle patrimonial: • • • • bens; direitos; obrigações; patrimônio líquido. 3.2 Escrituração contábil Figura 17: Escrituração atual. Fonte: http://goo.gl/lPEV. Acesso em 24/08/2010. Na aula I, vimos que a Contabilidade, no século XIII, teve o seu marco com os estudos do Frei Luca Pacioli que, em seus escritos, desenvolveu o método de registro da Contabilidade. Contabilidade Geral 29 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 32. Como definição do método das partidas dobradas tem-se: Segundo a essência do método, hoje universalmente aceito, o registro de qualquer operação implica que a um débito ou a mais de um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. (Iudicibus, 2009, p.40). Para escrituração dos componentes do Patrimônio, representamos os elementos positivos como ATIVO e os elementos negativos como PASSIVO. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) conceitua os elementos patrimoniais como: • ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; • passivo é uma obrigação presente da entidade derivada de eventos já ocorridos cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; • patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. RECURSOS ECONÔMICOS = OBRIGAÇÕES O que nos leva à construção da equação fundamental do patrimônio: Para identificarmos melhor o patrimônio, temos a representação gráfica. Do lado esquerdo do gráfico, temos as aplicações em bens e direitos na empresa e, do lado direito, temos a origem dos recursos que foram aplicados. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30
  • 33. QUADRO III - Representação Gráfica do Patrimônio Balanço Patrimonial Ativo Bens • Máquinas • Veículos • Estoque • Disponibilidades Direitos • Títulos a receber • Depósitos em bancos Passivo e PL Obrigações • Fornecedores • Salários a pagar • Empréstimos bancários • Impostos a pagar Patrimônio Líquido • Capital • Subscrito • Integralizado • Reservas Fonte: Próprio autor Ao avaliarmos se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica, e não apenas para a sua forma legal. Considerando-se que já conhecemos a composição do PATRIMÔNIO, precisamos, agora, identificar como ocorrem as variações patrimoniais, pois o estudo contábil trata-se da ciência que tem como objetivo orientar, controlar, prestar informações e contabilizar os fatos ocorridos em um patrimônio, observando os seus aspectos qualitativos e quantitativos. As variações patrimoniais ocorrerão com o aumento ou a diminuição das contas de resultados, representadas pelas despesas e receitas. RECEITAS são aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade. Figura 18: Crescimento patrimonial. Fonte: http://goo.gl/A6DQ . Acesso em 22/08/2010. Contabilidade Geral 31 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 34. DESPESAS são decréscimos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. Resumo Nesta aula, você conheceu a formação do patrimônio das empresas. Identificou os elementos patrimoniais, Ativo e Passivo, e os elementos de resultado que influenciam nas variações patrimoniais, que são as despesas e as receitas. Verificou que, para o registro das modificações ocorridas no patrimônio, é utilizado o método das partidas dobradas: para toda aplicação feita na empresa, há sempre uma origem, uma fonte do recurso aplicado. Bem, agora é hora de praticar, vamos lá! Atividades de Aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda às questões a seguir. 1) Defina os conceitos de: Ativo Passivo e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32
  • 35. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 4 - Variações patrimoniais O objetivo desta nossa aula é identificar as variações patrimoniais e como elas interferem nas informações contábeis para os seus usuários. Vamos colocar os conceitos adquiridos anteriormente em prática. Iremos identificar as possíveis situações patrimoniais de uma entidade e como elas afetam o patrimônio da empresa; conhecer os registros através de lançamentos contábeis, bem como as aplicações e as origens de recursos e os seus registros. Figura 20: Ativo. Fonte: http://migre.me/175Sw. Acesso em 24/08/2010. 4.1 Situação líquida patrimonial Para encontrarmos a situação líquida da empresa, aplicamos a seguinte fórmula: (BENS)+(DIREITOS)=OBRIGAÇÕES=SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL 4.1.1 Tipos de situação líquida patrimonial 1.ª - Ativo maior que passivo = A > P, ou Bens e direitos Contabilidade Geral Obrigações (para terceiros) 33 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 36. Exemplo: Na apuração da situação liquida patrimonial, só utilize as obrigações para com terceiros. QUADRO IV – Situação positiva Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 200,00 Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 500,00 Veículos R$ 400,00 Obrigações tributárias R$ 100,00 Subtotal R$ 800,00 Situação líquida positiva R$ 1.000,00 Total R$ 1.800,00 Direitos Clientes R$ 600,00 Títulos a receber R$ 500,00 Total R$ 1.800,00 Fonte: Próprio autor É chamada de situação líquida positiva porque o total dos bens e direitos é maior do que o total das obrigações. 2.ª - Ativo menor que passivo = A < P, ou Bens e direitos Obrigações (para terceiros) QUADRO V – Situação negativa Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 1.200,00 Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 300,00 Veículos R$ 400,00 Obrigações tributárias R$ 400,00 Subtotal R$ 1.900,00 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 34
  • 37. Direitos Clientes R$ 600,00 Títulos a receber R$ 1.800,00 R$ 100,00 Total R$ 1.800,00 R$ 500,00 Total Situação líquida negativa Fonte: Próprio autor É chamada de situação líquida negativa porque o total dos bens e direitos é menor do que o total das obrigações. 3.ª - Ativo igual ao Passivo: A = P, ou Bens e direitos Obrigações (para terceiros) Exemplo: QUADRO VI – Situação nula Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 100,00 Fornecedores R$ 900,00 Mercadorias R$ 200,00 Salários a pagar R$ 300,00 Veículos R$ 400,00 Obrigações tributárias R$ 600,00 Subtotal R$ 1.800,00 Situação líquida nula R$ 0,00 Total R$ 1.800,00 Direitos Clientes R$ 600,00 Títulos a receber R$ 500,00 Total R$ 1.800,00 Fonte: Próprio autor É chamada de situação líquida nula porque o total dos bens e direitos é igual ao total das obrigações. DICA: A representação do patrimônio em dois lados tem por objetivo mostrar o equilíbrio, a igualdade entre a aplicação dos recursos e a origem desses recursos. Contabilidade Geral 35 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 38. Ativo: Aplicações de recursos (bens, direitos) em: caixa, mercadorias em esto­ ue, vendas a prazo, etc. q Passivo: Recursos (obrigações são patrimônio líquido) provenientes dos pro­ rie­ ários (capital), de terceiros (obrigações), das vendas (lucros). p t Por essa razão, a soma dos valores do ativo deve ser sempre igual à soma dos valores do passivo. O patrimônio líquido é o elemento que permite que haja uma igualdade entre a soma do lado do ativo e a do lado do passivo. Representa o que os proprietários aplicaram na empresa (o capital), aumentado pelos lucros ou diminuído pelo prejuízo. Resumo Conhecemos, nesta aula, como é composto o nosso patrimônio, as variações ocorridas e como montar o gráfico com os elementos patrimoniais e as situações patrimoniais possíveis de uma empresa. Então, como está o seu aprendizado? Atividades de aprendizagem 1) Represente graficamente e apure as situações possíveis, como dado no exemplo nº 1 Caixa..............................50,00 Duplicatas a receber ......100,00 Imposto a pagar...............50,00 Duplicatas a pagar..................50,00 Máquinas.............................300,00 Patrimônio Ativo Passivo Caixa..................................50,00 Duplicatas a pagar ...............50,00 Duplicatas a receber ............100,00 Impostos a pagar..................50,00 Máquinas.............................300,00 Situação líquida positiva........350,00 Total...................................450,00 Total...................................450,00 a) Caixa.......................200 Duplicatas a pagar.........170 Ordenados a pagar..........20 Móveis e utensílios .........300 Veículos...........................30 Duplicatas a receber.........70 b) Veículos..................4000 Máquinas.....................1000 Promissórias a pagar.....2000 Móveis e utensílios........2000 Caixa...........................1000 Imposto a pagar............5000 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 36
  • 39. Duplicatas a pagar........7000 Aluguéis a receber.........500 Títulos a receber............500 c) Imóveis....................6000 Títulos a pagar.............5000 Aluguéis a pagar...........1000 Veículos.......................1500 Títulos a receber..........3000 Imposto a pagar ...........4500 Contabilidade Geral 37 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 40.
  • 41. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 5 - Elementos patrimoniais Para compreendermos as variações patrimoniais estudadas, vamos conceituar os itens que afetam a construção do gráfico patrimonial. Nesta aula, identificaremos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, suas características e sua classificação. Primeiro, identificaremos os componentes do registro contábil, que são feitos através das contas. Para entendermos essa questão melhor, vamos conceituar esses elementos. Não confunda “as contas utilizadas pela contabilidade, com os valores devidos geralmente pelas pessoas físicas, e que são chamadas de contas”. Figura 21: Elementos patrimoniais. Fonte: http://goo.gl/qzLc. Acesso em 25/08/2010. 5.1 Contas Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (bem, direito, obrigação ou patrimônio líquido) ou um componente de resultado (despesa ou receita). 5.1.1 Classificação das contas As contas podem ser classificadas em dois grupos: contas patrimoniais e contas de resultado. Conta patrimonial: representa os elementos componentes do patrimônio. Dividem-se em ativas (bens e direitos) e passivas (obrigações e patrimônio líquido). Contabilidade Geral 39 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 42. Contas de resultado: representam as despesas e as receitas da empresa. Despesa é todo gasto reali­ ado por uma empresa. Receita é todo z recebimento efetuado em favor de uma empresa. 5.1.2 Características As contas patrimoniais e de resultado possuem características que são importantes para a escri­ u­ ação. Podem ser sintéticas e analíticas. t r Contas sintéticas: são aquelas contas que resumem, sob um único título, uma série de fatos idênticos. Ex.: bancos com movimento; fornecedores; despesas adminis­ rativas. t Contas analíticas: são aquelas contas que expressam os fatos com individua­idade, demonstrando cada um dos acontecimentos em separado. l Ex.: Banco do Brasil S/A; Malu Ltda, material de escritório. 5.2 Plano de contas Como vimos na aula 2, temos tipos diferentes de entidades. Para que sejam feitos os registros contábeis dessas empresas, é utilizado um Plano de Contas, onde são relacionadas todas as contas utilizadas pelas empresas. Segundo Marion (2009), Plano de Contas é o conjunto de contas previamente estabelecido para orientar a execução da contabilidade de uma empresa. Ele propicia a uniformização dos registros contábeis, evitando a utilização de diferentes contas para registros de ope­ a­ ões de idêntica natur ç reza. O plano de contas é elaborado antes de as operações serem efetuadas pela empresa e é flexível, de acordo com a necessidade da empresa. 5.2.1 Classificação QUADRO IV – Grupos de contas do patrimônio Ativo Passivo Ativo circulante Compreende contas que estão consPassivo circulante tantemente em giro, em movimento; Compreende as obrigações exigíveis que sua conversão em dinheiro ocorrerá, no serão liquidadas no próximo exercício social máximo, até o próximo exercício social. Não circulante e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 40 Não circulante
  • 43. Realizável a longo prazo Incluem-se, nessa conta, bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o exercício seguinte. Exigível a longo prazo Relacionam-se, nessa conta, obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano: dívidas a longo prazo. Investimento São as aplicações de caráter permanente que geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa. Patrimônio líquido São recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais as reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos dos proprietários será reduzido. Imobilizado Abarca itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa. Intangível Neste grupo, são relacionados os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa. Fonte: Próprio autor Vamos entender cada grupo de contas e seus subgrupos. Ativo circulante Representa valores numéricos para a livre e franca circulação, ou valores que ainda serão convertidos em dinheiro em curto prazo. Ex.: caixa; bancos com movimento; mercadorias. Ativo Não circulante Realizável a longo prazo: são direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Ex.: títulos a receber. Imobilizado: são aplicações representadas por aquisições do imobilizado de uso da empresa. Investimentos: são aplicações representadas em aquisições de investimentos em outras empresas Intangível: neste grupo, são relacionados os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa. Exemplos de bens não circulantes: imóveis; veículos; máquinas e equipamentos, ações, marcas e patentes, etc. Contabilidade Geral 41 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 44. Passivo circulante São contas representativas das obrigações da empresa para com terceiros exigíveis em curto prazo. Ex.: fornecedores; duplicatas a pagar, impostos a pagar. Passivo não circulante Passivo exigível a longo prazo: representa obrigações com vencimento após o término do exercício seguinte. Patrimônio Líquido Representa as contas de capital, as provisões e as reservas. Não representa as obrigações para com terceiros. Ex.: capital social; reservas de lucro, reservas de capital. Contas de resultado Representa as contas de despesas e receitas efetivamente realizadas no exercício. Exemplos: ordenados e salários, telefone, juros ativos, vendas à vista, vendas a prazo. Sistema auxiliar: representa as contas de apuração de resultados parciais e finais do exercício. Ex.: apuração do resultado do exercício. 5.3 Apuração do resultado das empresas Na página virtual, você encontrará um modelo de Plano de Contas. Acesse e comece a identificar todos os tipos de contas de uma empresa comercial. A cada exercício social, a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios, ou seja, ela precisa saber se durante o exercício social ela teve lucro ou prejuízo. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade confronta as receitas com as despesas. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 42
  • 45. Resumo Nesta aula identificamos e conceituamos os itens que afetam as variações patrimoniais, identificamos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, suas características e sua classificação. Atividades de aprendizagem 1) No quadro abaixo identifique as contas conforme a legenda abaixo, seguindo os exemplos: Quanto ao grupo: P: Patrimonial ; R: De resultado Quanto ao subgrupo: A: Ativo; P: Passivo; D: Despesa; R: Receita Conta Grupo Subgrupo Caixa P A Conta de luz R D Salários a pagar Banco Conta movimento Venda de mercadorias Móveis e máquinas Salários e ordenados Veículos Duplicatas a pagar Conta de telefone Títulos a receber Juros a receber Desconto concedido Nota promissória a pagar Mercadorias em estoque ICMS a recolher Máquinas e equipamentos Contabilidade Geral 43 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 46.
  • 47. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 6 - Capital O objetivo desta aula é compreender como se inicia uma empresa, conhecer os conceitos de capital e as suas variações. Economicamente, capital é toda riqueza destinada a produzir outras ri­ ue­ as. Para que um bem ou riqueza seja caracterizado como capital, q z deverá possuir natureza econômica, isto é, ser destinado a produzir outros bens ou riquezas. Por exem­ lo, um produto para revenda (mercadoria) é cap pital e possui natureza econômica porque produz lucros; porém, um produto para consumo não tem característica econômica. Assim, não é considerado como capital. Figura 22: Investimento Inicial. Fonte: http://migre.me/1762A. Acesso em 22/08/2010. 6.1 Tipos de capital Capital social: é o conjunto de recursos próprios mediante os quais a empresa adquire condições para iniciar e gerir suas atividades. Tem sua origem fora da empresa, através da participação dos sócios, ou dentro da empresa, através da incorporação das reservas, dos lucros, etc. Capital subscrito: é a parcela escolhida pelo sócio que corresponde à sua parti­ ipação na formação do capital social. Cada sócio, por ocasião c da assinatura do contrato social, escolherá, dentro de suas possibilidades, o valor com o qual vai participar neste capital social. Como, por exemplo, uma Contabilidade Geral 45 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 48. empresa cujo capital social é de R$ 1.500.000,00; com a participação de três sócios, pode subscrever o capital social da seguinte maneira: • sócio A subscreveu R$ 500.000,00; • sócio B subscreveu R$ 500.000,00; • sócio C subscreveu R$ 500.000,00. Figura 23. Capital Subscrito. Fonte: http://migre.me/1766J . Acesso em 23/08/2010. Capital integralizado: quando os sócios subscrevem o capital no contrato social, deter­ inam o valor, em Reais, com que cada um participa m na formação do capital social da empresa. Assim, o capital subscrito passa a ser uma dívida líquida e certa dos sócios para com a empresa. Ao ato de liquidar o capital subscrito denominamos integralização de capital. Capital integralizado é a parte ou o total do capital subscrito que já foi liquidada pelos sócios. O capital subscrito pode ser integralizado total ou parceladamente. Capital fixo ou permanente: consiste na aplicação de capitais, na aquisição de bens e equipamentos destinados ao uso próprio da empresa e que passarão a constituir o seu imobilizado, permanecendo vinculados ao patrimônio da empresa por tempo indeterminado. Capital de giro ou circulante: consiste na aplicação de capitais na aquisição de bens destinados à venda ou à produção de outros bens que constituem objeto de negócio da empresa. Capital próprio: é a parte do capital que pertence exclusivamente à empresa, não podendo ser exigido por terceiros, salvo em casos muito especiais. Pode ser de origem externa, com a formação do capital pelos sócios, ou interna, através do lucro obtido, de reservas, de fundos e de provisões. Capital alheio ou de terceiros: são valores pertencentes a outras pessoas aplicados na em­ re­ a. Esses capitais podem ser exigidos pelos resp s pectivos credores por ocasião do vencimento dos títulos representativos das obrigações. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 46
  • 49. Exemplos: compra a prazo de mercadorias, empréstimos obtidos junto a instituições financeiras, etc. Figura 24: Capital de terceiros. Fonte: http://migre.me/176aN > 22/08/2010. Resumo Nesta aula, identificamos os tipos de capital investidos na empresa, como podem ser investidos e que eles são a primeira fonte de recursos de uma empresa. Atividades de aprendizagem Monte um contrato social de uma empresa de responsabilidade limitada, sendo o capital dividido entre três sócios com parcelas iguais. Contabilidade Geral 47 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 50.
  • 51. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 7 - Gestão patrimonial Os objetivos desta aula são aprender sobre as operações contábeis nas empresas e como elas são registradas, identificar as fórmulas de lançamentos contábeis e a sua utilização para a elaboração dos demonstrativos contábeis. Figura 25: Gestão patrimonial. Fonte: http://goo.gl/T50K. Acesso em 23/08/2010. Para início, vamos identificar o que é um ato administrativo e um fato administrativo. Ato administrativo: é uma operação que não modifica o patrimônio. Exemplo: a contratação de um funcionário pela empresa. Fato administrativo: é toda operação que modifica o patrimônio. Exemplo: o pagamento do funcionário no final do mês. 7.1 Mutações patrimoniais Dinâmica patrimonial: durante o exercício financeiro contábil da entidade, ocorrem operações que modificam a estrutura patrimonial, sejam de compras, sejam de vendas. Essa sucessão de operações diárias da entidade, que continuamente modifica a estrutura patrimonial, é denominada de aspecto dinâmico do patrimônio. Estática patrimonial: o balanço representa o aspecto estático do patrimônio, isto é, a represen­ ação do que existe de bens, direitos e obrigat ções e do resultado do exercício que está sendo encerrado. Contabilidade Geral 49 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 52. O resultado do exercício pode representar duas situações: • quando a receita (+) for maior que a despesa (-), o resultado final do exercício será LUCRO; • quando a despesa (-) for maior que a receita (+), o resultado final do exercício será PREJUÍZO. 7.2 Fatos contábeis Quando uma empresa compra mercadorias, realiza um fato administrativo. Quando contabiliza esse fato, isto é, atribui valor à operação, ele se torna um fato contábil. Segundo Almeida (2006), fato contábil é o registro de um fato administrativo acompanhado do valor monetário da operação realizada pela empresa. Ele pode se classificar em permutativo, modifi­ a­ ivo c t e misto. • Fatos permutativos: são aqueles que provocam uma permuta (troca) entre os ele­ entos do ati­ o e/ou do passivo, sem alterar m v o patrimônio líquido. A permuta pode ocor­ er entre os elemenr tos do ati­ o, entre os elementos do passivo e entre ambos ao v mes­ o tempo. Exemplo: recebimento, em dinheiro, referente a m uma duplicata de clien­ e. t • Fatos modificativos: são aqueles que provocam alterações de aumento ou diminuição no patri­ ônio líquido. Normalmente, esses m fatos envolvem contas de resultado. Exemplo com aumento: recebimento de aluguéis. Exemplo com diminuição: pagamento da conta de telefone. • Fatos mistos: são aqueles que provocam, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo. Além das alterações no ativo e/ou passivo, provocam alterações no patrimônio líquido. Exem­ lo com aumento: recebimento de duplicata de clientes p acres­ida de juros, devido ao atraso. Exem­lo com diminuic p ção: pagamento de uma duplicata de fornecedores, já vencida, acrescida de juros, devido ao atraso no pagamento. Conforme Iudícibus (2004), para o registro das contas nas entidades, é utilizado o mecanismo de lançamento contábil. Nos lançamentos são utilizados, convencionalmente, débito, para as aplicações de recursos, e crédito, para as origens, fontes dos recursos aplicados. DICA: Na escrituração contábil, débito não é sinônimo de dívida, e sim de algo bom que acontece na empresa. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50
  • 53. Debitar = lançamento dos valores (lado esquerdo) Creditar = lançamento dos valores (lado direito) Fique atento a este quadro!!! Quadro resumo dos lançamentos QUADRO VII – resumo dos lançamentos Ativo Passivo e PL Qualquer conta do Ativo Qualquer conta do Passivo e PL Débito Aumento de conta do Ativo Crédito Diminuição de conta do Ativo Débito Diminuição de conta do Passivo Crédito Aumento de conta do Passivo Fonte: Próprio autor Nas contas de resultado, o esquema de contabilização será: Contabilidade Geral 51 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 54. Resumo geral de contabilização QUADRO VIII – Resumo geral de contabilização 1 – Para contas patrimoniais ativas: . se representar aumento, DEBITAR a conta correspondente; . se representar diminuição, CREDITAR a conta correspondente. 2 – Para contas patrimoniais passivas: . se representar aumento, CREDITAR a conta correspondente; . se representar diminuição, DEBITAR a conta correspondente. 3– Para contas de resultado de despesas: . se acontecer uma despesa, DEBITAR a conta correspondente. Obs.: As contas de despesas só serão CREDITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício. 4 – Para contas de resultado de receitas: . se acontecer uma receita, CREDITAR a conta correspondente. Obs.: As contas de receitas só serão DEBITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício. Fonte: Próprio autor Exemplo de formação do patrimônio por balanços sucessivos 1. Formação do patrimônio inicial da empresa Santos & Santos pela entrega de R$400.000,00 em dinheiro para a formação do capital social. Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 400.000,00 Capital social R$ 400.000,00 Total R$ 400.000,00 Total R$ 400.000,00 2. Depósito no Banco ABC S/A, em dinheiro, na abertura de conta corrente no valor de R$ 390.000,00. Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 10.000,00 Bancos R$ 390.000,00 Total R$ 400.000,00 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 52 Capital social R$ 400.000,00 Total R$ 400.000,00
  • 55. 3. Compra de mercadoria para estoque a prazo no valor de R$ 60.000,00. Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 10.000,00 Fornecedores R$60.000,00 Bancos R$ 390.000,00 Estoque R$ 60.000,00 Capital social R$ 400.000,00 Total R$ 460.000,00 Total R$ 460.000,00 4. Venda de mercadoria a prazo no valor R$35.000,00. Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 10.000,00 Bancos R$ 390.000,00 Estoque R$ 25.000,00 Duplicata a receber R$35.000,00 Total R$ 460.000,00 Fornecedores R$60.000,00 Capital social R$ 400.000,00 Total R$ 460.000,00 5. Pagamento da duplicata no valor R$20.000,00, com cheque. Ativo Passivo Bens Obrigações Caixa R$ 10.000,00 Bancos R$ 370.000,00 Estoque R$ 25.000,00 Duplicata a receber R$35.000,00 Total R$ 440.000,00 Contabilidade Geral Fornecedores R$40.000,00 Capital social R$ 400.000,00 Total R$ 440.000,00 53 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 56. Resumo Nesta aula, pudemos identificar todos os elementos que compõem o patrimônio de uma empresa, como são feitos os registros e o mecanismo de lançamento contábil. Atividades de aprendizagem Você entendeu o mecanismo do débito e do crédito? Então, vamos praticar. Faça os exercícios como no modelo 1. 1) Exemplo do lançamento contábil: Venda de mercadoria a prazo à Eletrolux Ltda. Débito: Clientes Crédito : Venda de mercadoria Eletrolux Ltda Venda a prazo 2) Depósito efetuado no Banco Brasil S/A, em dinheiro. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ 03) Compra de uma mesa para uso, a prazo, de Móveis ABC Ltda. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ 4) Compra de mercadoria a prazo de Zanet Perfumes S/A. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ 5) Pagamento de conta de telefone com cheque do Banco Brasil S/A. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ 6) Compra de um computador a prazo de Informaticolândia Ltda. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 54
  • 57. 7) Pagamento da duplicata de Móveis ABC Ltda, em dinheiro. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ 08) Recebimento da duplicata de MM Móveis Ltda. Débito _____________________ Crédito_____________________ _____________________ _____________________ Contabilidade Geral 55 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 58.
  • 59. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 8 - Demonstrações contábeis Já estamos contabilizando o nosso patrimônio. Como vimos nas unidades anteriores, a informação contábil é uma das prioridades da Contabilidade. Para que essas informações cheguem aos usuários, são emitidos demonstrativos que vamos identificar nesta aula, bem como os documentos registrados pela Contabilidade e a forma de controles administrativos para que as informações sejam claras, objetivas e, principalmente, fiéis aos princípios contábeis. Segundo Marion (2004), as demonstrações contábeis são as extraídas dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade. A atribuição e a responsabilidade técnica do sistema contábil da entidade cabem, exclusivamente, ao contabilista registrado no CRC. As demonstrações contábeis observarão os princípios fundamentais de Contabi­idade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). l Devem especificar sua natureza, a data e/ou o período e a entidade a que se referem. O grau de revelação das demonstrações contábeis deve propiciar o suficiente entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de notas explicativas que, entretanto, não poderão substituir as informações dadas nas demonstrações contábeis. As demons­ rações financeiras “deverão exprimir com clareza a sit tuação do patrimônio da companhia (entidade) e as mutações ocorridas no exercício” (BRASIL, Lei 11638/07). 8.1 Classificação das demonstrações contábeis Com a Lei 11638/07, as demonstrações obrigatórias para as sociedades anônimas e adotas pelas outras entidades são as seguintes: • balanço patrimonial; • demonstração do resultado do exercício - DRE; • demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados - DLPA – • demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL • demonstração de fluxo de caixa - DFC; • demonstração do valor adicionado – DVA. Contabilidade Geral 57 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 60. 8.1.1 Balanço patrimonial Figura 26: Balanço patrimonial. Fontes: http://goo.gl/hYRr. Acesso em 24/08/2010. O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, o patrimônio e o patrimônio líquido da entidade. O balanço é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo patrimônio líquido; 8.1.2 Demonstração do resultado - DRE Figura 27: Demonstração do resultado. Fonte:http://goo.gl/KSpwi. Acesso em 22/08/2010. Demonstração do resultado - DRE: é a demonstração contábil desti­ ada a evidenciar a composição do resultado num determinado perín odo de operações da entidade. A demonstração do resultado, observado o princípio da compe­ ência, evidenciará a formação dos vários níveis de result tados mediante o confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 58
  • 61. 8.1.3 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados - DLPA Figura 28: DLPA. Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados - DLPA: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade. 8.1.4 Demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL Demonstração das mutações do patrimônio líquido - DMPL: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num deter­ inado período, a m movimen­ ação de contas que integram o patrimônio da entidade. t 8.1.5 Demonstração de fluxo de caixa - DFC Figura 29: Fluxo de Caixa. Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010. Contabilidade Geral 59 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 62. Demonstração de fluxo de caixa - DFC: para Hendriksen e Breda (2006), uma razão básica para o fornecimento de demonstrações de fluxos de caixa histórico é a sua possibilidade de uso para avaliação da empresa como entidade em andamento, por parte dos acionistas e dos credores. 8.1.6 Demonstração do valor adicionado – DVA Figura 30: DVA. Fonte: www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/figuras. Acesso em 22/08/2010. Demonstração do valor adicionado – DVA : tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração. 8.1.7 Notas explicativas Figura 31: Notas explicativas. Fonte: http://pt.dreamstime.com. Acesso em 22/08/2010. Notas explicativas: contêm os critérios utilizados pelo contador para a elaboração das demons­rações contábeis e de outras informações t para o entendimento desses relatórios pelos leitores. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 60
  • 63. Resumo Nesta aula, verificamos que os relatórios contábeis, através das demonstrações financeiras, são as ferramentas dos usuários das informações contábeis para conhecer as empresas num determinado momento. Identificamos cada uma das demonstrações e suas aplicações. Resumo das demonstrações financeiras Vamos colocar a casa em ordem e praticar. Atividades de aprendizagem Prezado(a) acadêmico(a), com base na apostila virtual e na bibliografia recomendada, responda à questão a seguir. 1) Identifique os tipos de demonstrações contábeis obrigatórias pela Lei 11638/07 para as sociedades anônimas e comente sobre cada uma delas. Contabilidade Geral 61 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 64.
  • 65. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 9 - Documentos contábeis O objetivo desta aula é conhecer os documentos mais usuais para o registro contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades. 9.1 Títulos de crédito São documentos emitidos pelo devedor, em favor do credor, que comprovam a transação comercial. Títulos de crédito mais utilizados no comércio: nota promissória; duplicata e fatura. 9.2 Nota fiscal É o documento  que comprova a existência de um ato comercial (compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços); tem a necessidade maior de atender às exigências do Fisco, quanto ao trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e fornecedores. Tipos de notas fiscais : • Mod. 1 - Nota fiscal de entrada e saída de mercadorias. • Mod. 2 - Nota fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída pelo cupom fiscal). Figura 32: Notas fiscais. Fonte: http://goo.gl/vexb. Acesso em 24/08/2010. Contabilidade Geral 63 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 66. Requisitos básicos para a emissão da NF: • denominação: Nota Fiscal; • número de ordem, série/subsérie e o número da via; • natureza da operação (venda, devolução, remessa para demonstração); • data da emissão; • nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica),endereço, inscrição estadual e CNPJ; • nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço , inscrição estadual e CNPJ); • data de saída das mercadorias; • discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação possível de produtos); • classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados; • base de cálculo do ICMS; • nome do transportador, endereço e placa do veículo; • forma de acondicionamento dos produtos (quantidade, espécie, peso, etc.); • nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de notas, data, quantidade da impressão, números de ordem, com respectiva série/ subsérie, bem como número da autorização para a impressão de documentos fiscais. 9.3 Nota fiscal eletrônica Figura 33: Nota fiscal eletrônica. Fonte: http://migre.me/178bF. Acesso em 24/08/2010. A nota fiscal eletrônica é o documento de existência digital, emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 64
  • 67. recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador. A implantação da NF-e constitui grande avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Num momento inicial, a NF-e será emitida apenas por grandes contribuintes e substituirá os modelos, em papel, tipo 1 e 1A. CF - cupom fiscal: é o documento fiscal emitido, qualquer que seja o valor da operação, pelo equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, nas vendas à vista, à pessoa natural ou jurídica não contribuinte do imposto em que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio estabelecimento pelo comprador. 9.4 Fatura Figura 34: Fatura. Fonte: http://migre.me/178i2. Acesso em 24/08/2010. É o documento que comprova a venda a prazo. Numa mesma fatura, podem ser incluídas várias notas fiscais. A duplicata tem esse nome por ser uma cópia  da fatura. A lei permite a emissão de várias duplicatas para uma mesma  fatura. Contabilidade Geral 65 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 68. 9.5 Duplicata É um título de crédito resultante da venda mercantil ou prestação de serviços. Trata-se, portanto,  de título causal. Duplicata fria, sacador e aceitante incorrem em crime de estelionato. Figuras da duplicata: sacador (emitente, vendedor) e sacado (comprador, devedor, aceitante). Figura 35: Duplicata. Fonte: http://migre.me/178n6. Acesso em 24/08/2010. Requisitos: • denominação duplicata, data do saque e número de ordem; • número da fatura que a originou; • data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; • o nome e o domicílio do vendedor e do comprador; • praça de pagamento; • importância a pagar em algarismos por extenso; • cláusula  “a ordem”; • declaração de reconhecimento de sua exatidão e a obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador (aceite cambial); • assinatura do sacador/emitente. Vencimento A duplicata pode ser sacada à vista  ou a prazo. Na duplicata à vista, o vencimento é determinado pelo momento da apresentação do documento ao sacado (comprador). A lei admite a prorrogação (ou reforma) do prazo de vencimento mediante declaração em separado ou nela inscrita, assinada pelo sacador ou endossatário (possuidor). Na hipótese de haver endossante e/ou  avalista, necessária se torna a anuência deles para manter sua coobrigação. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 66
  • 69. Dicas: A circulação da duplicata dá-se por endosso. São também admitidos o endosso-mandato e o endosso-caução, ou seja, aqueles que não transmitem a propriedade do título, apenas autorizam a instituição financeira (bancos) a efetuar a cobrança ou recebê-la em garantia. Ação para cobrança A duplicata aceita será cobrada pela via executiva. Se não for protestada, somente poderá ser cobrada judicialmente contra o aceitante e seu avalista. Se não tiver sido aceita, para ser executada,  terá que, antes, ser protestada. Nesse caso, ainda acompanhará  o processo de documentos que comprovem o recebimento das mercadorias adquiridas/prestação de serviços (canhoto comprobatório da entrega  da mercadoria ou do recebimento do serviço prestado). Prescrição: • 3 anos, contra o sacado e seus avalistas, contados a partir da data de vencimento; • 1 ano, contra o endossante e seus avalistas, contado a partir da data do protesto; • 1 ano, para ação de qualquer coobrigado contra os demais, contado a partir da data em que tenha sido efetuado o pagamento do título. Triplicata: é a reprodução (cópia) da duplicata destinada a substituí-la, caso se extravie. 9.6 Conciliação bancária Tem sido pouco significativa a ênfase dada ao estudo e à análise das conciliações bancárias nas empresas. Sabe-se, também, que somente empresas de médio e grande porte podem oferecer oportunidade de preparar conciliações bancárias expressivas. As empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME), geralmente, fazem anotações nos canhotos dos talões de cheque e não formalizam as pendências existentes. A conciliação bancária é um método de controle auxiliar valioso. Por intermédio desse procedimento, é possível verificar, inclusive, a consistência das demonstrações contábeis de uma empresa, quando da publicação de seu balanço. Contabilidade Geral 67 Cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 70. 9.7 Cheques Figura 36: Cheques. Fonte: http://migre.me/178r7. Acesso em 24/08/2010. O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido diretamente na agência em que o emitente mantém conta ou depositado em outra agência para ser compensado e creditado na conta do correntista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente. Formas de emissão Ao portador - o cheque só pode ser emitido ao portador (sem a indicação do beneficiário). Nominal - o emitente é obrigado a indicar o nome do beneficiário (pessoa ou empresa a quem está efetuando o pagamento). O cheque nominal só poderá ser pago pelo banco mediante identificação do beneficiário ou de pessoa por ele indicada no verso do cheque (endosso), ou, ainda, através do sistema de compensação, caso ele seja depositado. Cruzado - tanto o cheque ao portador quanto o nominal podem ser cruzados, com a colocação de dois traços paralelos, em sentido diagonal, na frente do documento. Administrativo - é o cheque emitido pelo próprio banco. Pode ser comprado pelo cliente em qualquer agência bancária. O banco o emite em nome de quem o cliente efetuará o pagamento. Especial - assim denominado porque o banco concedeu ao titular da conta um limite de crédito para saque quando não dispuser de fundos. O cheque especial é concedido ao cliente mediante contrato firmado previamente. Cheque pós-datado: pela lei, um cheque é pagável quando for apresentado ao banco, mesmo que tenha sido emitido com data posterior. Assim, se um cheque pós-datado for apresentado para pagamento antes do dia previsto, o banco terá de pagá-lo ou devolvê-lo por falta de fundos. Caso isso ocorra, o correntista poderá ser prejudicado. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 68
  • 71. DICA: Cheque pós-datado só deve ser dado quando houver certeza de que o credor irá depositá-lo nas datas combinadas. Lembre-se de controlar esses cheques em seu orçamento, anotando os valores e as respectivas datas. Figura 37: Cheque sem fundo. Fonte: http://migre.me/178zk. Acesso em 24/08/2010. Cheque sem fundos: o cheque poderá ser devolvido quando o emitente não tiver fundos suficientes para o seu pagamento. Inclusão no Cadastro dos Emitentes de Cheques sem Fundos: o cheque devolvido por falta de fundos, na segunda apresentação, obriga o banco a incluir seu emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), do Banco Central. Se a conta for conjunta, a legislação determina que também sejam incluídos no CCF os nomes e números no cadastro de contribuintes (CIC/CPF) de todos os demais titulares da conta. O banco é obrigado a comunicar ao emitente - ou ao primeiro titular, em caso de conta conjunta - a inclusão desses registros no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundo. Mantenha seu endereço de correspondência sempre atualizado nas instituições ou empresas com as quais mantém relacionamento de crédito. Fica a critério do banco a decisão de abrir, manter ou encerrar a conta de depósitos à vista do correntista titular que figure no CCF. É proibida, porém, a entrega de novos talões ao correntista cujo nome figure no CCF. Como sair do CCF - Cadastro dos Emitentes de Cheque sem Fundos: o emitente de cheque sem fundos pode solicitar sua exclusão do CCF por carta dirigida ao banco, desde que comprove o pagamento do cheque que deu origem à ocorrência. Após cinco anos da última inclusão, a exclusão é automática. Contabilidade Geral 69 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 72. Utilize cheques com segurança: • emita sempre cheques nominais e cruzados; • ao preencher cheques, elimine os espaços vazios, evite rasuras; • nunca deixe requisições ou cheques assinados no talão. Ao sustar o cheque, você não estará livre da obrigação de pagamento, nem de ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto nos casos de perda, furto ou roubo, e mediante a apresentação de boletim de ocorrência. Roubo, perda e extravio de cheques O correntista com cheques roubados, furtados, perdidos ou extraviados deve comunicar a ocorrência ao banco o mais rapidamente possível e pedir cancelamento, se o cheque estava em branco quando se deu a ocorrência, ou sustação, se já haviam sido preenchidos. Como receber cheques com segurança: • confira se o cheque foi corretamente preenchido; • solicite ao cliente a apresentação do cartão do banco e do documento de identidade - original ou cópia autenticada; • confira os números do RG e do CPF e a assinatura que estão no cheque com os que constam em outros documentos e no cartão do banco; • verifique se a foto no documento é a do emitente ou se tem sinal de adulteração; • consulte uma das centrais de proteção aos cheques - Serasa, SPC ou outra de sua preferência. Elas possuem informações sobre emitentes de cheques sem fundos cadastrados no Banco Central (CCF), de cheques sustados e cancelados por roubo ou outras irregularidades, a exemplo de CPFs que tenham sido cancelados pela Receita Federal; • anote no verso do cheque os números de telefone e do RG do emitente. Se necessário, ligue no ato para confirmar a validade do telefone informado. Persistindo a dúvida, condicione a venda à prévia compensação do cheque; • não aceite cheques rasurados. 9.8 Nota promissória Figura 38: Nota promissória. Fonte: http://migre.me/178Gh. Acesso em 24/08/2010. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 70
  • 73. É um título de crédito emitido pelo devedor sob a forma de promessa de pagamento a determinada pessoa, de certa quantia, em certa data. A nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor. Figuram como partes na nota promissória: o subscritor ou promitente-devedor e o beneficiário ou promissário-credor. Na nota promissória, o que existe é uma promessa de pagamento.  Formas de vencimento da nota promissória O pagamento da promissória será feito no tempo indicado no próprio título. Se não se determina o prazo para pagamento, entende-se que se trata de promissória à vista. A nota promissória pode ser passada: 1. à vista; 2. em dia certo; 3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão tem relevância. Resumo Nesta aula conhecemos os documentos mais usuais para o registro contábil, a utilização de cada documento, e as suas particularidades, bem como a importância de cada documento para as informações contábeis. Atividades de aprendizagem 1) Para fixarmos os conceitos desses documentos , escolha 4 tipos de documentos e conceitue cada um, dando um exemplo de sua aplicabilidade dentro da empresa Contabilidade Geral 71 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 74.
  • 75. AULA 1 Alfabetização Digital Aula 10 - Controles administrativos Os objetivos desta aula são identificar e compreender os variados tipos de controles administrativos dos fatos ocorridos nas empresas e verificar como os controles administrativos auxiliam na obtenção das informações contábeis que irão ajudar o empresário a tomar decisões para alavancar o seu empreendimento. 10.1 Controle de vendas A adoção de um controle de vendas possibilita ao empresário prever receitas futuras e, consequentemente, programar as compras da empresa. Além disso, torna-se mais fácil acompanhar o comportamento mensal das vendas, as variações devido à sazonalidade, bem como o prazo médio concedido para os pagamentos realizados a prazo. 10.2 Controle de compras A adoção de um controle de compras possibilitará ao empresário distribuir melhor suas compras para os meses seguintes, baseando-se nas previsões de vendas e nos compromissos assumidos. Este controle permitirá, também, a determinação do prazo médio das compras. 10.3 Controle de despesas O controle de despesas tem como objetivo o melhor acompanhamento da evolução dos gastos mensais, bem como a verificação do comportamento de cada item de despesa, permitindo, assim, a adoção de medidas que possam conter os gastos que venham crescendo sem justificativa. O controle de despesas é indispensável à elaboração do cálculo dos custos e do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria. Os valores gastos com pessoal, encargos sociais e retiradas pró-labore podem ser extraídos da folha de pagamento. 10.4 Controle de estoque Pode ser utilizada  uma ficha de controle para cada item, onde serão anotadas as entradas e saídas de mercadoria ou material. O controle físico e financeiro de estoque tem como objetivo básico infor- Contabilidade Geral 73 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 76. ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços. PIS: Programa de Integração Social. COFIN: Contribuição para fins sociais. mar a quantidade disponível de cada item existente na empresa, quer seja matéria-prima, quer seja mercadoria, e quanto esta quantidade significa em valores monetários. Vamos aprender, agora, como calcular o CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de um produto. Cálculo do custo unitário para entrada no estoque 1ª hipótese: aquisição, por uma empresa industrial, de 700 unidades de certa espécie de matéria-prima, ao preço de R$ 10,00 por unidade (ICMS incluso - 18%) mais 10% de IPI, com frete e seguro por conta do vendedor: IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados Preço das matérias-primas (700 X R$10,00) (-) ICMS destacado na nota fiscal (recuperável) (-) PIS-Pasep não cumulativo (-) COFINS a recuperar = Custo líquido de aquisição R$ 7.000,00 (R$ 1.260,00) (R$ 100,00) (R$ 300,00) (RS 5.340,00) Custo unitário (para entrada em estoque): RS$ 5.340,00÷700 = R$ 7,63 2ª hipótese: aquisição de 5.000 unidades de determinada mercadoria destinada à revenda no varejo, ao preço de compra de R$ 50,00 por unidade (ICMS incluso - 18%) mais 10% de IPI, IRPJ - lucro real - avaliação de estoques com frete e seguro por conta do vendedor: Preço das mercadorias (5.000 X R$ 50,00) R$250.000,00 + IPI (não recuperável) (R$25.000,00) (-) ICMS (recuperável) (R$45.000,00) (-) PIS-Pasep não cumulativo (R$ 200,00) (-) COFINS não cumulativo (R$ 500,00) = Custo líquido de aquisição R$229.300,00 Custo unitário (para entrada em estoque): R$229.300,00÷5.000=R$ 45,86 Frete e seguro pagos a terceiros As despesas de frete e seguro, quando cobradas diretamente pelo vendedor de bens, não oferecem maiores dificuldades porque são debitadas na própria nota fiscal de venda e somadas ao preço total. Neste caso, para se determinar o custo unitário de aquisição, basta dividir o valor total da nota fiscal (excluídos o IPI e o ICMS, o PIS-Pasep e a COFINS, quando recuperáveis) pela quantidade adquirida. Entretanto, quando tais despesas forem pagas a terceiros (transportadores, companhias seguradoras), deve ser providenciada a sua agregação ao custo de aquisição dos bens por meio de lançamento contábil específico (excluído o ICMS passível de crédito, quando for o caso). e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 74
  • 77. 10.4.1 Métodos de avaliação de estoque Figura 39: Controle de estoque. Fontes: http://goo.gl/uBeu. Acesso em 24/08/2010. Para a avaliação do estoque, temos 3 métodos para o cálculo do custo da mercadoria: • média ponderada = baseia-se na média ponderada do custo do estoque; • PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) = a mercadoria que deu entrada primeiro é aquela que será vendida em primeiro lugar; • UEPS (último a entrar, primeiro a sair) = o estoque que deu entrada no final será vendido em primeiro lugar. Controle de estoques por inventário periódico ou permanente O inventário periódico não requer o registro de cada saída de mercadoria, sendo ideal para pequenas empresas ou entidades que não necessitam de uma informação mais precisa de seus investimentos em estoques. Já o inventário permanente registra cada transação com os estoques, sendo utilizado nas entidades com estoque de alto valor ou que necessitam exercer uma maior vigilância sobre esse ativo. Contabilidade Geral 75 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 78. Exemplo 1: Figura 40. Ativo bicicleta. Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso. em 22/08/2010. Compra/dia: 4 por $100 Figura 40. Ativo bicicleta. Fonte: http://goo.gl/mTqQ. Acesso em 22/08/2010. Compra/dia: 6 por $120 Venda de 1 unidade no dia 15. Qual o valor do CMV? Média ponderada = (100+120)/2 = $110 Primeiro a entrar, primeiro a sair = $100 Último a entrar, primeiro a sair = $120 Exemplo 2: Exemplo: Estoque inicial Compra (10/Maio) Compra (18/Maio) Estoque final Quantidade vendida 15 unidades a $1.470 24 unidades a $2.400 36 unidades a $3.672 10 unidades (15+24+36-10) = 65 unidades Média ponderada Custo Estoque final CMV 100,56 100,56 x 10 = 1.005,60 65 x 100,56 = 6.536,40 PEPS 102,00 102,00 x 10 = 1.020,00 1.470+6.072-1020 = 6.522,00 UEPS 98,00 98,00 x 10 = 980,00 1.470+6.072-980 = 6.562,00 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 76
  • 79. PEPS - Inventário permanente Compras CMV Estoque final UEPS - Inventário permanente Compras CMV EF Média móvel - Inventário permanente Compras Contabilidade Geral CMV Estoque final 77 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 80. No Brasil, o método de avaliação pelo UEPS não é permitido, pois o CMV fica superavaliado, diminuindo, assim, o lucro bruto da empresa, sendo assim, os cálculos dos impostos sobre o lucro seriam menores. Caro acadêmico, com certeza nossa disciplina não se encerra aqui. Nos próximos módulos, vocês irão se utilizar desses conceitos adquiridos para conhecer cada vez mais a arte de administrar no comércio. Não deixem de utilizar as referências bibliográficas complementares, pois a leitura é fundamental para que você complemente o seu aprendizado. Figura 41: Atividade. Fonte: http://migre.me/16VGO . Acesso em 25/08/2010. Resumo Nesta aula identificamos os variados tipos de controles administrativos dos fatos ocorridos nas empresas e verificamos como os controles administrativos auxiliam na obtenção das informações contábeis que irão ajudar o empresário a tomar decisões para alavancar o seu empreendimento. Atividades de aprendizagem 1) Numere a 1ª coluna de acordo com a 2ª, no que se refere aos conceitos dos controles administrativos. 1. Controle de compras 2. Controle de vendas e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 78 ( ) tem como objetivo o melhor acompanhamento da evolução dos gastos mensais, bem como a verificação do comportamento de cada item. ( ) A adoção desse controle possibilita ao empresário prever receitas futuras e, consequentemente, programar as compras da empresa.
  • 81. 3. Controle de estoques 4. Controle de despesas ( ) A adoção desse controle possibilitará ao empresário distribuir melhor suas atividades para os meses seguintes, baseando-se nas previsões de vendas e nos compromissos assumidos. ( ) Tem como objetivo básico informar a quantidade disponível de cada item existente na empresa. 2. Através dos dados abaixo, calcule o CMV pelos 3 métodos de avaliação de estoques. Figura 4: Estoque. Fonte: http://goo.gl/2MSO. Acesso em 25/08/2010. Compra/dia: 6 por R$40,00 Figura 42: Estoque. Fonte: http://goo.gl/2MSO. Acesso em 25/08/2010. Compra/dia: 10 por R$55,00 Venda de 1 unidade no dia 22. Qual o valor do CMV? Média ponderada = ___________________________________________ Primeiro a entrar, primeiro a sair = _______________________________ Último a entrar, primeiro a sair = _________________________________ Contabilidade Geral 79 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 82. Referências ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. BRASIL, LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007. GRECO, Alvisio. & AREND, Lauro, Teoria da Contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2007. HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade; tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006. IUDÍCIBUS, S. et. al. FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, atuariais e financeiras. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2004. MARION, J. C. Contabilidade Básica. São Paulo: Atlas, 2002. SÍTIO DO BANCO CENTRAL - www.bcb.gov.br/ SÍTIO DO SEBRAE – www.sebrae.mg.org.br Referência suplementar ALMEIDA, M. C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade; tradução de Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 2006. IUDICIBUS, S., MARION, J. C. Manual de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2002. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 80
  • 83. Curriculo do professor conteudista Eliana Soares Barbosa Santos Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (1989), Licenciatura Plena para a Graduação de Professores pelo CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (1993), especialização em Contabilidade pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (1996) e aperfeiçoamento em Capacitação em Ensino a Distância pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (2008). Atualmente, é professora assistente da Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis. Contabilidade Geral 81 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
  • 84.
  • 85.
  • 86. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 84