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Palestra Espirita: Jesus Como Modelo De Vida
Durante o Espaço Jovem tivemos a oportunidade de refletir
sobre o sentido da vida, o que é significativo para a nossa vida,
quais os valores que a norteiam, quais as metas futuras, etc.
Então, diante de todos esses questionamentos podemos refletirno
versículo 10 :10 de João, onde Jesus nos diz: eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância.
O que seria a vida em abundância que jesus disse que veio nos trazer?
Se estamos o tempo todo assistindo passivamente ou vivenciando momentos
difíceis, guerras, flagelos, doenças, tormentos psíquicos. Viver em abundancia
ou plenamente não seria viver sem guerras, todos em paz, sem fome, sem
doenças? Não seria o paraíso? Então, quando teremos essa abundância?
Jesus mentiu, nos enganou? Não, naturalmente que não. Ou estamos
procurando o “viver plenamente” em coisas efêmeras, que se diluem com o
tempo? No carro novo, com vários cavalos a mais que o do vizinho, na
promoção no trabalho, conseguida a qualquer custo, em viagens, no novo
relacionamento, em quê estou procurando esta plenitude?
Onde está o teu coração, ai está o teu tesouro. Se colocamos o
nosso coração em coisas efêmeras, no materialismo, naturalmente
construímos o nosso tesouro em coisas que a traça pode destruir.
Joana de Angelis, nos fala sobres as emoções perturbadoras que nos
afligem, na busca incessante de valores que dormem soterrados no íntimo é a
razão da nossa existência corporal, no momento. As transformações sociais
dos últimos anos deu origem ao surgimento de uma série de conflitos que
irromperam na personalidade humana e conduzem à alienação.
Antes os tabus as superstições geravam comportamentos extravagantes
e a falsa moral que mascaravam os erros que se tornavam fatores de
desagregação da personalidade, a serviço da hipocrisia refinada.
As mudanças de hábitos no, entanto, liberou o homem de algumas
fobias e mecanismos de evasão perniciosos, impôs outros padrões
comportamentais de massificação. Nos quais surgem novos ídolos e mitos
devoradores, que respondem por equivalentes fenômenos de desequilíbrio.
Rotina
De um lado, a ciência em constante progresso, não se fazendo
acompanhar por um correspondente desenvolvimento ético-espiritual,
candidata-se a conduzir o homem ao niilismo, ao aniquilamento. A fim de fugir
da luta desigual, do competitivíssimo, o homem procura mecanismos de defesa
emocional que o levam a acomodação, estabelecendo poucas metas de
conquista passando a viver em uma rotina neurotizante que lhe mata a
vontade, o entusiasmo e o estímulo para enfrentar novos desafios.
A rotina é como ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que
corrói e arrebenta.
ANSIEDADE
Não se deixando vitimar pela rotina, o homem tende, às vezes, a assumir um
comportamento ansioso que o desgasta, dando origem a processos enfermiços que o
consomem.
A ansiedade é uma das características mais habituais da conduta contemporânea.
Impulsionado ao competitivismo da sobrevivência e esmagado pelos fatores
constringentes de uma sociedade eticamente egoísta, predomina a insegurança no
mundo emocional das criaturas.
Passando, de uma aparente segurança, que era concedida pelos padrões
individualistas do século 19, no apogeu da industrialização, para o período eletrônico, a
robotização ameaça milhões de empregados, que temem a perda de suas atividades
remuneradas, ao tempo em que o coletivismo, igualando os homens nas aparências
sociais, nos costumes e nos hábitos, alija os estímulos de luta, neles instalando a
incerteza, a necessidade de encontrar-se sempre na expectativa de notícias funestas,
desagradáveis, perturbadoras.
Esvaziados de idealismo e comprimidos no sistema em que todos fazem a mesma
coisa, assumem iguais composturas, passando de uma para outra pauta de
compromisso com ansiedade crescente.
A preocupação de parecer triunfador, de responder de forma semelhante aos
demais, de ser bem recebido e considerado é responsável pela desumanização do
indivíduo, que se torna um elemento complementar no grupamento social, sem
identidade, nem individualidade.
Tendo como modelo personalidades extravagantes, que ditam modas e
comportamento exóticos, ou liderado por ídolos da violência, como da astúcia dourada,
o descobrimento dos limites pessoais gera inquietação e conflitos que mal disfarçam a
contínua ansiedade humana.
A ansiedade tem manifestações e limites naturais, perfeitamente aceitáveis.
Quando se aguarda uma notícia, uma presença, uma resposta, uma conclusão, é
perfeitamente compreensível uma atitude de equilibrada expectativa.
Ao extrapolar para os distúrbios respiratórios, o colapso periférico, a sudorese, a
perturbação gástrica, a insônia, o clima de ansiedade torna-se um estado patológico a
caminho da somatização física em graves danos para a vida.
O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento.
MEDO
Decorrente dos referidos fatores sociológicos, das pressões psicológicas, dos
impositivos econômicos, o medo assalta o homem, empurrando-o para a violência
irracional ou amargurando-o em profundos abismos de depressão.
Num contexto social injusto, a insegurança engendra muitos mecanismos de evasão
da realidade, que dilaceram o comportamentohumano, anulando, por fim, as aspirações
de beleza, de idealismo, de afetividade da criatura.
Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios justificáveis do relacionamento
instável com as demais pessoas, surgem as ilhas individuais e grupais para onde fogem
os indivíduos, na expectativa de equilibrarem-se, sobrevivendo ao tumulto e à
agressividade, assumindo, sem darem-se conta, um comportamento alienado, que
termina por apresentar-se igualmente patológico.
Os fenômenos fóbicos procedem das experiências passadas — reencarnações
fracassadas —, nas quais a culpa não foi liberada, face ao crime haver permanecido
oculto, ou dissimulado, ou não justiçado, transferindo-se a consciência faltosa para
posterior regularização.
Ocorrências de grande impacto negativo, pavores, urdi-duras perversas, homicídios
programados com requintes de crueldade, traições infames sob disfarces de sorrisos
produziram a atual consciênciade culpa, de que padecem muitos atemorizados de hoje,
no inter-relacionamento pessoal.
Outrossim, catalépticos sepultados vivos, que despertaram na tumba e vieram a
falecer depois, por falta de oxigênio, reencarnam-se vitimados pelas profundas
claustrofobias, vivendo em precárias condições de sanidade mental.
O medo é fator dissolvente na organização psíquica do homem, predispondo-o, por
somatização, a enfermidades diversas que aguardam correta diagnose e específica
terapêutica.
À medida que a consciência se expande e o indivíduo se abriga na fé religiosa
racional, na certeza da sua imortalidade, ele se liberta, se agiganta, recupera a
identidade e humaniza-se definitivamente, vencendo o medo e os seus sequazes,sejam
de ontem ou de agora.
Solidão
Espectro cruel que se origina nas paisagens do medo, a solidão é, na atualidade,
um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem.
A necessidade de relacionamento humano, comomecanismode afirmaçãopessoal,
tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos
sensíveis e em todos quantos enfrentam problemas para um intercâmbio de idéias, uma
abertura emocional, uma convivência saudável.
Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e
aqueloutros que se consideram marginalizados ou são deixados à distância pelas
conveniências dos grupos.
A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada,
para deter-se em labores a benefício de outrem.
O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, comounidade
essencial do grupo, receba consideração e respeito ou conceda ao próximo este apoio
que gostaria de fruir.
Liberdade
As pressões constantes geradoras de medo, não raro extrapolam em forma de
violência propondo a liberdade.
Sentindo-se coarctado nos movimentos, o animal reage àprisão e debate-se até à
exaustão, na tentativa de libertar-se. Da mesma forma, o homem, sofrendo limites,
aspira pela amplidão de horizontes e luta pela sua independência.
É perfeitamente normal o empenho do cidadão em favor da sua libertação total,
passo esse valioso na conquista de si mesmo. Todavia, pouco esclarecido e vitimado
pelas com-pressões que o alucinam, utiliza-se dos instrumentos da rebeldia,
desencadeando lutas e violência para lograr o que aspira como condição fundamental
de felicidade.
A violência porém, jamais oferece a liberdade real.
Arranca o indivíduo da opressão política, arrebenta-lhe as injunções caóticas
impostas pela sociedade injusta, favorece-o com terras e objetos, salários e haveres.
Isto, porém, não é a liberdade, no seu sentido profundo.
São conquistas de natureza diferente, nas áreas das necessidades dos grupos e
aglomerados humanos, longe de ser
a meta de plenitude, talvez constituindo um meio que faculte
a realização do próximo passo, que é o do autodescobrimento.
A violência retém, porém não doa, já que sempre abre perspectivas para futuros
embates sob a ação de maiores crueldades.
As guerras, que se sucedem, apóiam-se nos tratados de paz mal formulados,
quando a violência selou, com sujeição, o destino da nação ou do povo submetido...
O instinto de rebeldia faz parte da psique humana.
A criança que se obstina usando a negativa, afirma a sua identidade, exteriorizando
o anseio inconsciente de ser livre. Porque carece de responsabilidade, não pode
entender o que tal significa.
Somente mediante a responsabilidade, o homem se liberta, sem tornar-se libertino
ou insensato.
A sociedade, que fala em nome das pessoas de sucesso, estabelece que a
liberdade é o direito de fazer o que a cada qual apraz, sem dar-se conta de que essa
liberação da vontade, termina por interditar o direito dos outros, fomentando as lutas
individuais, dos que se sentem impedidos, espocando nas violências de grupos e
classes, cujos direitos se encontram dilapidados.
Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, considerando-se liberado, essa
atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem limites.
Em nome da liberdade, atuam desonestamente os vendedores das paixões
ignóbeis, que espalham o bafio criminoso das mercadorias do prazer e da loucura.
A denominada liberação sexual, sem a correspondente maturidade emocional e
dignidade espiritual, rebaixou as fontes genésicas a paul venenoso, no qual, as
expressões aberrantes assumem cidadania, inspirando os comportamentos alienados
e favorecendo a contaminação das enfermidades degenerativas e destruidoras da
existência corporal. Ao mesmo tempo, faculta o aborto delituoso, a promiscuidade mo-
ral, reconduzindo o homem a um estágio de primarismo dantes não vivenciado.
A liberdade de expressão, aos emocionalmente desajustados, tem permitido que a
morbidez e o choque se revelem com mais naturalidade do que a cultura e a
educação, por enxamearem mais os aventureiros, com as exceções compreensíveis,
do que os indivíduos conscientes e responsáveis.
A liberdade é um direito que se consolida, na razão direta em que o homem se
autodescobre e se conscientiza, podendo identificar os próprios valores, que deve
aplicar de forma edificante, respeitando a natureza e tudo quanto nela existe.
A agressão ecológica, em forma de violencia cruel contra as forças mantenedoraS
da vida, demonstra que o homem, em nome da sua liberdade, destrói, mutila, mata e
mata-se, por fim, por não saber usá-la conforme seria de desejar.
A liberdade começa no pensamento, como forma de aspiração do bom, do belo, do
ideal que são tudo quanto fomenta a vida e a sustenta, dá vida e a mantém.
Qualquer comportamento que coage, reprimes viola é adversário da liberdade.
Examinando o magno problema da liberdade, Jesus sintetizou os meios de
consegui-la, na busca da verdade, única opção para tornar o homem realmente livre.
A verdade, em síntese, que é Deus — e não a verdade conveniente de cada um,
que é a forma doentia de projetar a própria sombra,de impora suaimagem, de submeter
à sua, a vontade alheia — constitui meta prioritária.
Deus, porém, está dentro de todos nós, e é necesSário imergir na Sua busca, de
modo que O exteriorizemos sobranceiro e tranqüilizador.
As conquistas externas atulham as casas e os cofres de coisas, sem torná-los lares
nem recipientes de luz, destituídos de significado, quando nos momentos magnos das
grandes dores, dos fortes dissabores, da morte, que chegam a todos...
A liberdade, que se encerra no túmulo, é utópiCa, mentirosa.
Livre, é o Espírito que se domina e se conquista. movimentando-se com sabedoria
por toda parte, idealista e amoroso, superando as injunções pressionadoras e
amesquinhantes.
Ghandi fez-se o protótipo da liberdade, mesmo quando nas várias vezes em que
esteve encarcerado, informando que “não tinha mensagem a dar. A minha mensagem
é a minha vida.”
Antes dele, Sócrates permaneceu em liberdade, embora na prisão e na morte que
lhe adveio depois.
E Cristo, cuja mensagem é o amor que liberta, prossegue ensinando a eficiente
maneira de conquistar a liberdade.
Nenhuma pressão de fora pode levar à falta de liberdade, quando se conseguir ser
lúcido e responsável interiormente, portanto, livre.
Não se justifica, deste modo, o medo da liberdade, como efeito dos fatores
extrínsecos, que as situações políticas, sociais e econômicas estabelecem como forma
espúria de fazer que sobrevivam as suas instituições, subjugando aqueles que vencem.
O homem que as edifica, dá-se conta, um dia, que dominando povos, grupos, classes
ou pessoas também não élivre, escravo, ele próprio, daqueles que submete aos seus
caprichos, mas lhe roubam a opção de viver em liberdade.
Não há liberdade quando se mente, engana, impõe e atraiçoa.
A liberdade é uma atitude perante a vida.
Assim, portanto, só há liberdade quando se ama conscientemente.
No entanto, em Mateus 5:17,18 Ele, também nos diz: “Não cuideis que
vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir. Porque em
verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um
til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.
A lei a que Jesus se refere, naturalmente, é a lei de Deus que é a lei de
amor e Justiça. Fazer com que uma lei seja cumprida é colocá-la em prática,
então, Ele veio justamente para isto – fazer com que a lei fosse cumprida. Não
destruiria nada na lei, pois, esta não poderia ser revogada.
Em vários momentos da sua passagem pela a terra, Jesus, dá exemplos
de como é o seu reino. num momento crucial de sua jornada, diante de Pilatos
é interrogado se era o rei, e ele responde que era rei, mas seu reino não era
desde mundo.
mulher samaritana à beira do poço de Jacó, com a mulher adultera, com Maria
de Magdála, nós mostra a que Jesus viera. A mulher naquela sociedade
patriarcal, cheia de preconceitos a mulher era marginalizada, ainda, hoje, uma
mulher nas condições de Maria de Magdala, ou da mulher adultera são
marginalizadas, pois neste quesito continuamos a julgar e condenar as
pessoas, da mesma forma que naquela época, sem no entanto, analisarmos
que a mulher não se corrompeu sozinha, existia um homem que se corrompia
junto a ela.
Nessas condições, então encontramos Jesus na sua missão de libertar o
ser humano dos atavismos de falsos
O encontro Jesus com a mulher samaritana à beira do poço de Jacó, e o
oferecimento d’ água da vida, que ao tomar desta água nunca mais teria sede
demostra que ele viera para nós libertar das amaras morais, dos sentimentos
inferiores que nós adormecem o ser. Ela não se sentia feliz
E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus
fazia e batizava mais discípulos do que João
(Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos),
Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
E era-lhe necessário passar por Samaria.
Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade
que Jacó tinha dado a seu filho José.
E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho,
assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de
beber.
Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me
pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus
não se comunicam com os samaritanos).
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e
quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria
água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é
fundo; onde, pois, tens a água viva?
És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo
ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará
a ter sede;
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede,
porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que
salte para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais
tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus:
Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido;
isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém
o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste
monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a
salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito
e em verdade.
A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo)
vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse
falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas?
ou: Por que falas com ela?
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles
homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito.
Porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.
E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não
conheceis.
Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura,
alguém algo de comer?
Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou, e realizar a sua obra.
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis
que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já
estão brancas para a ceifa.
E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para
que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o
que ceifa.
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam,
e vós entrastes no seu trabalho.
E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra
da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com
eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós
mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o
Cristo, o Salvador do mundo.
E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.
Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua
própria pátria.
Chegando, pois, à Galiléia, os galileus o receberam, vistas todas as
coisas que fizera em Jerusalém, no dia da festa; porque também eles
tinham ido à festa.
Segunda vez foi Jesus a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho.
E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.
Ouvindo este que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi ter com
ele, e rogou-lhe que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava
à morte.
Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.
Disse-lhe o nobre: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que
Jesus lhe disse, e partiu.
E descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe
anunciaram, dizendo: O teu filho vive.
Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor. E disseram-lhe:
Ontem às sete horas a febre o deixou.
Entendeu, pois, o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe
disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa.
Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judéia para a Galiléia.
João 4:1-54

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Jesus Como Modelo De Vida

  • 1. Palestra Espirita: Jesus Como Modelo De Vida Durante o Espaço Jovem tivemos a oportunidade de refletir sobre o sentido da vida, o que é significativo para a nossa vida, quais os valores que a norteiam, quais as metas futuras, etc. Então, diante de todos esses questionamentos podemos refletirno versículo 10 :10 de João, onde Jesus nos diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. O que seria a vida em abundância que jesus disse que veio nos trazer? Se estamos o tempo todo assistindo passivamente ou vivenciando momentos difíceis, guerras, flagelos, doenças, tormentos psíquicos. Viver em abundancia ou plenamente não seria viver sem guerras, todos em paz, sem fome, sem doenças? Não seria o paraíso? Então, quando teremos essa abundância? Jesus mentiu, nos enganou? Não, naturalmente que não. Ou estamos procurando o “viver plenamente” em coisas efêmeras, que se diluem com o tempo? No carro novo, com vários cavalos a mais que o do vizinho, na promoção no trabalho, conseguida a qualquer custo, em viagens, no novo relacionamento, em quê estou procurando esta plenitude? Onde está o teu coração, ai está o teu tesouro. Se colocamos o nosso coração em coisas efêmeras, no materialismo, naturalmente construímos o nosso tesouro em coisas que a traça pode destruir. Joana de Angelis, nos fala sobres as emoções perturbadoras que nos afligem, na busca incessante de valores que dormem soterrados no íntimo é a razão da nossa existência corporal, no momento. As transformações sociais dos últimos anos deu origem ao surgimento de uma série de conflitos que irromperam na personalidade humana e conduzem à alienação. Antes os tabus as superstições geravam comportamentos extravagantes e a falsa moral que mascaravam os erros que se tornavam fatores de desagregação da personalidade, a serviço da hipocrisia refinada. As mudanças de hábitos no, entanto, liberou o homem de algumas fobias e mecanismos de evasão perniciosos, impôs outros padrões comportamentais de massificação. Nos quais surgem novos ídolos e mitos devoradores, que respondem por equivalentes fenômenos de desequilíbrio. Rotina De um lado, a ciência em constante progresso, não se fazendo acompanhar por um correspondente desenvolvimento ético-espiritual, candidata-se a conduzir o homem ao niilismo, ao aniquilamento. A fim de fugir da luta desigual, do competitivíssimo, o homem procura mecanismos de defesa emocional que o levam a acomodação, estabelecendo poucas metas de
  • 2. conquista passando a viver em uma rotina neurotizante que lhe mata a vontade, o entusiasmo e o estímulo para enfrentar novos desafios. A rotina é como ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que corrói e arrebenta. ANSIEDADE Não se deixando vitimar pela rotina, o homem tende, às vezes, a assumir um comportamento ansioso que o desgasta, dando origem a processos enfermiços que o consomem. A ansiedade é uma das características mais habituais da conduta contemporânea. Impulsionado ao competitivismo da sobrevivência e esmagado pelos fatores constringentes de uma sociedade eticamente egoísta, predomina a insegurança no mundo emocional das criaturas. Passando, de uma aparente segurança, que era concedida pelos padrões individualistas do século 19, no apogeu da industrialização, para o período eletrônico, a robotização ameaça milhões de empregados, que temem a perda de suas atividades remuneradas, ao tempo em que o coletivismo, igualando os homens nas aparências sociais, nos costumes e nos hábitos, alija os estímulos de luta, neles instalando a incerteza, a necessidade de encontrar-se sempre na expectativa de notícias funestas, desagradáveis, perturbadoras. Esvaziados de idealismo e comprimidos no sistema em que todos fazem a mesma coisa, assumem iguais composturas, passando de uma para outra pauta de compromisso com ansiedade crescente. A preocupação de parecer triunfador, de responder de forma semelhante aos demais, de ser bem recebido e considerado é responsável pela desumanização do indivíduo, que se torna um elemento complementar no grupamento social, sem identidade, nem individualidade. Tendo como modelo personalidades extravagantes, que ditam modas e comportamento exóticos, ou liderado por ídolos da violência, como da astúcia dourada, o descobrimento dos limites pessoais gera inquietação e conflitos que mal disfarçam a contínua ansiedade humana. A ansiedade tem manifestações e limites naturais, perfeitamente aceitáveis. Quando se aguarda uma notícia, uma presença, uma resposta, uma conclusão, é perfeitamente compreensível uma atitude de equilibrada expectativa. Ao extrapolar para os distúrbios respiratórios, o colapso periférico, a sudorese, a perturbação gástrica, a insônia, o clima de ansiedade torna-se um estado patológico a caminho da somatização física em graves danos para a vida. O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento. MEDO Decorrente dos referidos fatores sociológicos, das pressões psicológicas, dos impositivos econômicos, o medo assalta o homem, empurrando-o para a violência
  • 3. irracional ou amargurando-o em profundos abismos de depressão. Num contexto social injusto, a insegurança engendra muitos mecanismos de evasão da realidade, que dilaceram o comportamentohumano, anulando, por fim, as aspirações de beleza, de idealismo, de afetividade da criatura. Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios justificáveis do relacionamento instável com as demais pessoas, surgem as ilhas individuais e grupais para onde fogem os indivíduos, na expectativa de equilibrarem-se, sobrevivendo ao tumulto e à agressividade, assumindo, sem darem-se conta, um comportamento alienado, que termina por apresentar-se igualmente patológico. Os fenômenos fóbicos procedem das experiências passadas — reencarnações fracassadas —, nas quais a culpa não foi liberada, face ao crime haver permanecido oculto, ou dissimulado, ou não justiçado, transferindo-se a consciência faltosa para posterior regularização. Ocorrências de grande impacto negativo, pavores, urdi-duras perversas, homicídios programados com requintes de crueldade, traições infames sob disfarces de sorrisos produziram a atual consciênciade culpa, de que padecem muitos atemorizados de hoje, no inter-relacionamento pessoal. Outrossim, catalépticos sepultados vivos, que despertaram na tumba e vieram a falecer depois, por falta de oxigênio, reencarnam-se vitimados pelas profundas claustrofobias, vivendo em precárias condições de sanidade mental. O medo é fator dissolvente na organização psíquica do homem, predispondo-o, por somatização, a enfermidades diversas que aguardam correta diagnose e específica terapêutica. À medida que a consciência se expande e o indivíduo se abriga na fé religiosa racional, na certeza da sua imortalidade, ele se liberta, se agiganta, recupera a identidade e humaniza-se definitivamente, vencendo o medo e os seus sequazes,sejam de ontem ou de agora.
  • 4. Solidão Espectro cruel que se origina nas paisagens do medo, a solidão é, na atualidade, um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. A necessidade de relacionamento humano, comomecanismode afirmaçãopessoal, tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos sensíveis e em todos quantos enfrentam problemas para um intercâmbio de idéias, uma abertura emocional, uma convivência saudável. Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e aqueloutros que se consideram marginalizados ou são deixados à distância pelas conveniências dos grupos. A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada, para deter-se em labores a benefício de outrem. O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, comounidade essencial do grupo, receba consideração e respeito ou conceda ao próximo este apoio que gostaria de fruir. Liberdade As pressões constantes geradoras de medo, não raro extrapolam em forma de violência propondo a liberdade. Sentindo-se coarctado nos movimentos, o animal reage àprisão e debate-se até à exaustão, na tentativa de libertar-se. Da mesma forma, o homem, sofrendo limites, aspira pela amplidão de horizontes e luta pela sua independência. É perfeitamente normal o empenho do cidadão em favor da sua libertação total, passo esse valioso na conquista de si mesmo. Todavia, pouco esclarecido e vitimado pelas com-pressões que o alucinam, utiliza-se dos instrumentos da rebeldia, desencadeando lutas e violência para lograr o que aspira como condição fundamental de felicidade. A violência porém, jamais oferece a liberdade real. Arranca o indivíduo da opressão política, arrebenta-lhe as injunções caóticas impostas pela sociedade injusta, favorece-o com terras e objetos, salários e haveres. Isto, porém, não é a liberdade, no seu sentido profundo. São conquistas de natureza diferente, nas áreas das necessidades dos grupos e aglomerados humanos, longe de ser a meta de plenitude, talvez constituindo um meio que faculte a realização do próximo passo, que é o do autodescobrimento.
  • 5. A violência retém, porém não doa, já que sempre abre perspectivas para futuros embates sob a ação de maiores crueldades. As guerras, que se sucedem, apóiam-se nos tratados de paz mal formulados, quando a violência selou, com sujeição, o destino da nação ou do povo submetido... O instinto de rebeldia faz parte da psique humana. A criança que se obstina usando a negativa, afirma a sua identidade, exteriorizando o anseio inconsciente de ser livre. Porque carece de responsabilidade, não pode entender o que tal significa. Somente mediante a responsabilidade, o homem se liberta, sem tornar-se libertino ou insensato. A sociedade, que fala em nome das pessoas de sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que a cada qual apraz, sem dar-se conta de que essa liberação da vontade, termina por interditar o direito dos outros, fomentando as lutas individuais, dos que se sentem impedidos, espocando nas violências de grupos e classes, cujos direitos se encontram dilapidados. Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, considerando-se liberado, essa atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem limites. Em nome da liberdade, atuam desonestamente os vendedores das paixões ignóbeis, que espalham o bafio criminoso das mercadorias do prazer e da loucura. A denominada liberação sexual, sem a correspondente maturidade emocional e dignidade espiritual, rebaixou as fontes genésicas a paul venenoso, no qual, as expressões aberrantes assumem cidadania, inspirando os comportamentos alienados e favorecendo a contaminação das enfermidades degenerativas e destruidoras da existência corporal. Ao mesmo tempo, faculta o aborto delituoso, a promiscuidade mo- ral, reconduzindo o homem a um estágio de primarismo dantes não vivenciado. A liberdade de expressão, aos emocionalmente desajustados, tem permitido que a morbidez e o choque se revelem com mais naturalidade do que a cultura e a educação, por enxamearem mais os aventureiros, com as exceções compreensíveis, do que os indivíduos conscientes e responsáveis. A liberdade é um direito que se consolida, na razão direta em que o homem se autodescobre e se conscientiza, podendo identificar os próprios valores, que deve aplicar de forma edificante, respeitando a natureza e tudo quanto nela existe. A agressão ecológica, em forma de violencia cruel contra as forças mantenedoraS da vida, demonstra que o homem, em nome da sua liberdade, destrói, mutila, mata e mata-se, por fim, por não saber usá-la conforme seria de desejar. A liberdade começa no pensamento, como forma de aspiração do bom, do belo, do ideal que são tudo quanto fomenta a vida e a sustenta, dá vida e a mantém. Qualquer comportamento que coage, reprimes viola é adversário da liberdade. Examinando o magno problema da liberdade, Jesus sintetizou os meios de consegui-la, na busca da verdade, única opção para tornar o homem realmente livre. A verdade, em síntese, que é Deus — e não a verdade conveniente de cada um, que é a forma doentia de projetar a própria sombra,de impora suaimagem, de submeter
  • 6. à sua, a vontade alheia — constitui meta prioritária. Deus, porém, está dentro de todos nós, e é necesSário imergir na Sua busca, de modo que O exteriorizemos sobranceiro e tranqüilizador. As conquistas externas atulham as casas e os cofres de coisas, sem torná-los lares nem recipientes de luz, destituídos de significado, quando nos momentos magnos das grandes dores, dos fortes dissabores, da morte, que chegam a todos... A liberdade, que se encerra no túmulo, é utópiCa, mentirosa. Livre, é o Espírito que se domina e se conquista. movimentando-se com sabedoria por toda parte, idealista e amoroso, superando as injunções pressionadoras e amesquinhantes. Ghandi fez-se o protótipo da liberdade, mesmo quando nas várias vezes em que esteve encarcerado, informando que “não tinha mensagem a dar. A minha mensagem é a minha vida.” Antes dele, Sócrates permaneceu em liberdade, embora na prisão e na morte que lhe adveio depois. E Cristo, cuja mensagem é o amor que liberta, prossegue ensinando a eficiente maneira de conquistar a liberdade. Nenhuma pressão de fora pode levar à falta de liberdade, quando se conseguir ser lúcido e responsável interiormente, portanto, livre. Não se justifica, deste modo, o medo da liberdade, como efeito dos fatores extrínsecos, que as situações políticas, sociais e econômicas estabelecem como forma espúria de fazer que sobrevivam as suas instituições, subjugando aqueles que vencem. O homem que as edifica, dá-se conta, um dia, que dominando povos, grupos, classes ou pessoas também não élivre, escravo, ele próprio, daqueles que submete aos seus caprichos, mas lhe roubam a opção de viver em liberdade. Não há liberdade quando se mente, engana, impõe e atraiçoa. A liberdade é uma atitude perante a vida. Assim, portanto, só há liberdade quando se ama conscientemente. No entanto, em Mateus 5:17,18 Ele, também nos diz: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. A lei a que Jesus se refere, naturalmente, é a lei de Deus que é a lei de amor e Justiça. Fazer com que uma lei seja cumprida é colocá-la em prática, então, Ele veio justamente para isto – fazer com que a lei fosse cumprida. Não destruiria nada na lei, pois, esta não poderia ser revogada. Em vários momentos da sua passagem pela a terra, Jesus, dá exemplos de como é o seu reino. num momento crucial de sua jornada, diante de Pilatos
  • 7. é interrogado se era o rei, e ele responde que era rei, mas seu reino não era desde mundo. mulher samaritana à beira do poço de Jacó, com a mulher adultera, com Maria de Magdála, nós mostra a que Jesus viera. A mulher naquela sociedade patriarcal, cheia de preconceitos a mulher era marginalizada, ainda, hoje, uma mulher nas condições de Maria de Magdala, ou da mulher adultera são marginalizadas, pois neste quesito continuamos a julgar e condenar as pessoas, da mesma forma que naquela época, sem no entanto, analisarmos que a mulher não se corrompeu sozinha, existia um homem que se corrompia junto a ela. Nessas condições, então encontramos Jesus na sua missão de libertar o ser humano dos atavismos de falsos O encontro Jesus com a mulher samaritana à beira do poço de Jacó, e o oferecimento d’ água da vida, que ao tomar desta água nunca mais teria sede demostra que ele viera para nós libertar das amaras morais, dos sentimentos inferiores que nós adormecem o ser. Ela não se sentia feliz E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário passar por Samaria. Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
  • 8. Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis
  • 9. que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. Chegando, pois, à Galiléia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém, no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa. Segunda vez foi Jesus a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Ouvindo este que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele, e rogou-lhe que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava à morte. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. Disse-lhe o nobre: Senhor, desce, antes que meu filho morra. Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e partiu. E descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive. Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor. E disseram-lhe: Ontem às sete horas a febre o deixou. Entendeu, pois, o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa. Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judéia para a Galiléia. João 4:1-54