SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Metabolismo Humano
Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia / /
Os aminoácidos são degradados por três motivos:
1. Não serão necessários para a síntese de novas moléculas;
2. Quando a quantidade de aa ingeridos é maior que a necessária, então o excesso é
catabolizado já que o corpo não é capaz de estocar aminoácidos /proteínas;
3. Quando os carboidratos não são suficientes, as proteínas corporais são hidrolisadas e
seus aa são usados como combustível.
Transaminação de aminoácidos:
O grupo amino da maioria dos aminoácidos - alanina, arginina, aspartato cisteína, fenilalanina,
glutamato, isoleucina, leucina, tirosina, triptofano e valina - retirado por um processo comum,
que consiste na transferência deste grupo para α-cetoglutarato, formando glutamato; a cadeia
carbônica do aminoácido é convertida ao α-cetoácido correspondente:
Essa reação é catalisada por aminotransferases, também chamadas transaminases, enzimas
presentes no citosol e na mitocôndria e que tem como coenzima piridoxal-fosfato (derivada da
vitamina B6).
Em segunda etapa os grupos amino originam aspartato e/ou amônia.
Por ação da ação da apastato aminotransferase o grupo amino do glutamato é transferido para
o oxaloacetato, formando aspartato.
A desaminação do glutamato libera seu grupo amino como NH3 (amônia), que se converte em
NH4+ (íon amônio). Essa reação é catalisada pela glutamato desidrogenase, encontrada no
fígado. A produção de amônia gera um sério problema fisiológico porque essa molécula é
extremamente tóxica. Talvez por isso a desaminação oxidativa esteja restrita apenas a um
tecido: o fÍgado. E é exatamente o figado o único tecido que tem a capacidade de metabolizar
2 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
essa amônia convertendo-a em uréia uma molécula de baixa toxicidade e de alta solubilidade,
muito adequada para a excreção via urina.
O processo de retirada do grupamento amino do glutamato envolve dois passos: No primeiro a
a oxidação do glutamato é acoplada com a redução de um carreador de hidrogênio, que pode
ser o NAD+ ou NADP+. Na segunda etapa ocorre uma hidrólise que resulta na formação de
alfa-cetoglutarato e de amônia.
CICLO DA GLICOSE ALANINA E TRANSPORTE DE GLICOSE PELA GLUTAMINA
A alanina funciona como um transportador da amônia e do esqueleto carbônico do piruvato
desde o músculo até o fígado. A amônia é excretada, e o piruvato é empregado na produção de
glicose, a qual pode retornar ao músculo.
No caso do transporte da alanina, o grupo amino dos aminoácidos é doador para piruvato por
transaminação. A alanina, no fígado, é convertida em glutamato. O glutamato pode originar os
dois átomos de nitrogênio da uréia.
O Ciclo da glicose-alanina, assim como o Ciclo de Cori, é um dos mecanismos que supre a
necessidade de alguns tecidos de obter glicose continuamente, já que está ligado à
gliconeogênese do fígado.
Devido à sua toxicidade e por ser convertido em uréia no fígado, o NH4
+
, produzido nos outros
tecidos (extra hepáticos) deve ser incorporado em compostos não-tóxicos e que atravessem
membranas com facilidade, sendo assim levado àquele órgão – estes compostos são os próprios
aminoácidos. De fato, as principais formas de transporte são glutamina e alanina. A glutamina
é sintetizada a partir de NH4
+
, glutamato e ATP, numa reação catalisada pela glutamina
sintetase:
Uma vez no fígado, o grupo amida da glutamina é hidrolisado pela glutaminase, liberando
NH4
+
, que pode ser consumido pelo ciclo da uréia.
3 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
A URÉIA É SINTETIZADA A PARTIR DE NH4
+
, ASPARTATO E CO2
4 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
A uréia é produzida em uma via biossintética cíclica que envolve a matriz mitocondrial e o
citoplasma.
Na primeira reação, que ocorre na matriz mitocondrial, o carbamoil fosfato reage com o
aminoácido ornitina, produzindo o aminoácido citrulina. A citrulina produzida é transportada
para o citoplasma.
A citrulina reage com o ATP formando um intermediário ativado, o Citrulil-AMP, que reage
com uma molécula de aspartato produzindo argininossuccinato e liberando uma molécula de
AMP.
O argininossuccinato se decompõe produzindo arginina e fumarato.
A arginina é hidrolisada produzindo uréia e regenerando ornitina, que fica disponível para a
realização de mais um ciclo.
Obs: Para cada amônia processada em uréia são gastos 3 ATPs.
5 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
O ciclo da uréia funciona de forma conectada ao ciclo de Krebs. O fumarato, que é um sub-produto do
ciclo da uréia é metabolizado pelo ciclo de Krebs que por vez o converte em oxaloacetato, que pode ser
convertido em aspartato que é utilizado pelo ciclo da uréia. O aspartato formado na mitocôndria por
transaminação entre o oxaloacetato e o glutamato pode ser transportado para o citosol podendo ele serve
como doador de nitrogênio na reação da uréia catalisado pela argininossuccinato sintetase. Essas
reações constituem o desvio aspartato-argininossuccinato.
6 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
OBS: Quando você está em estado de stress ocorre uma elevação na concentração de amônia.
É recomendando o uso aspartato por via oral.
Bula do Targifor:
O aspartato (ASP) age no organismo pela transmissão de grupamentos aminados aos corpos
cetônicos, desempenhando importante papel em certos processos metabólicos, notadamente em
relação ao ciclo de Krebs, como precursor do oxalacetato. O ASP também tem alguma
participação no ciclo da ureia, embora a arginina tenha ação mais direta na manutenção do
balanço nitrogenado.
“A arginina (ARG) é constituinte universal das proteínas, estando em 90% na constituição das
protoaminas. Fisiologicamente a ARG aumenta a urogênese, provocando a transformação de
amoníaco tóxico em ureia atóxica e diurética (ciclo da ureia). Estimula o ciclo de Krebs
fornecendo energia à célula hepática e, sendo precursor metabólico da creatinina, é
indispensável ao anabolismo aminado do músculo. A ARG também atua na secreção de
hormônios (vasopressina - hormônio antidiurético) e modulação do sistema imunológico. Sabe-
se que a deficiência de ARG por si só é capaz de produzir sintomas de astenia, semelhantes à
distrofia muscular e diminui a produção de insulina, alterando o metabolismo da glicose e
lipídeos no fígado. Entretanto, sua ação mais conhecida é como precursor direto do óxido
nítrico (NO), um fator chave de relaxamento vascular proveniente do endotélio, revestimento
interno dos vasos sanguíneos do corpo humano.
A ARG tem a importante função de estimular a produção de NO e através desse é capaz de
exercer efeitos benéficos em nível de sistema muscular, cardiovascular e imunológico e,
também, de sistema nervoso central como potente neurotransmissor (inclusive na formação da
memória), dentre outros benefícios. É utilizada no tratamento da astenia (fadiga), que atua
tanto no plano físico e muscular, quanto no plano psíquico.”
Importância do Ciclo da uréia:
Integração com o ciclo do ácido cítrico
Eliminação da amônia (toxica)
Todos aminoácidos são intermediários do ciclo do ácido cítrico:
7 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia
LANÇADEIRA MALATO-ASPARTATO
As coenzimas NAD+
/NADH + H+
não atravessam a crista mitocondrial, para isso utilizam a
lançadeira malato-aspartato, que é utilizada no fígado, nos rins e no coração.
A lançadeira malato aspartato promove a transferência de equivalente redutores do
citoplasma para a matriz mitocondrial. Estes equivalentes poderão ser utilizados na cadeia
respiratória para a síntese de ATP via aeróbia.
1) O NADH citosólico (espaço intermembranoso) cede dois equivalentes redutores para o
oxaloacetato, produzindo malato
2) O malato é transportado através da membrana interna pelo transportador malato-alfa-
cetoglutarato
3) Na matriz, o malato cede dois equivalentes redutores ao NAD+ e o NADH resultante é
oxidado pela cadeia respiratória. O oxaloacetato formado a partir do malato não pode
passar diretamente para o citosol. Ele primeiramente é transaminado a aspartato
4) Passa para o citosol por meio do transportador glutamato- aspartato
5) O oxaloacetato é regenerado no citosol
6) O ciclo é completado
Fontes: Anotações de aula
Livros: Lehninger, Mazzoco.
Site: http://graduacao.iqsc.usp.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioFisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioPedro Miguel
 
vitaminas
vitaminas vitaminas
vitaminas divadias
 
38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratosokamoto_adilson
 
004 aminoacido
004 aminoacido004 aminoacido
004 aminoacidoRaul Tomé
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasGleice Lima
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínasMarcos Gomes
 
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosAula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fsp
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fspFermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fsp
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fspMessias Miranda
 
Aula 02 metabolismo lipidico
Aula 02 metabolismo lipidicoAula 02 metabolismo lipidico
Aula 02 metabolismo lipidicoGlaucia Moraes
 
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
EnzimasUERGS
 
Proteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaProteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaRenata Carvalho
 
Aula Biofísica da contração muscular
Aula Biofísica da contração muscularAula Biofísica da contração muscular
Aula Biofísica da contração muscularLar D
 
Metabolismo de carboidratos
Metabolismo de carboidratosMetabolismo de carboidratos
Metabolismo de carboidratosRodrigo Tinoco
 
Bioquímica ii 10 lipogênese (arlindo netto)
Bioquímica ii 10   lipogênese (arlindo netto)Bioquímica ii 10   lipogênese (arlindo netto)
Bioquímica ii 10 lipogênese (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosAdriana Quevedo
 

Mais procurados (20)

Fisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioFisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema Digestorio
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Vitaminas
VitaminasVitaminas
Vitaminas
 
vitaminas
vitaminas vitaminas
vitaminas
 
38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos
 
004 aminoacido
004 aminoacido004 aminoacido
004 aminoacido
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínas
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínas
 
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosAula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
 
Aula Proteínas
Aula ProteínasAula Proteínas
Aula Proteínas
 
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fsp
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fspFermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fsp
Fermentação alcoólica e lática, gliconeogênese, glicogênese e glicogenólise fsp
 
Aula 02 metabolismo lipidico
Aula 02 metabolismo lipidicoAula 02 metabolismo lipidico
Aula 02 metabolismo lipidico
 
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)Bioquímica ii 11   lipolise (arlindo netto)
Bioquímica ii 11 lipolise (arlindo netto)
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Proteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaProteínas- Bromatologia
Proteínas- Bromatologia
 
Aula 4 - B
Aula 4 - BAula 4 - B
Aula 4 - B
 
Aula Biofísica da contração muscular
Aula Biofísica da contração muscularAula Biofísica da contração muscular
Aula Biofísica da contração muscular
 
Metabolismo de carboidratos
Metabolismo de carboidratosMetabolismo de carboidratos
Metabolismo de carboidratos
 
Bioquímica ii 10 lipogênese (arlindo netto)
Bioquímica ii 10   lipogênese (arlindo netto)Bioquímica ii 10   lipogênese (arlindo netto)
Bioquímica ii 10 lipogênese (arlindo netto)
 
Metabolismo de Carboidratos
Metabolismo de CarboidratosMetabolismo de Carboidratos
Metabolismo de Carboidratos
 

Semelhante a Metabolismo da Uréia

BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...RayFontenelle1
 
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptx
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptxAula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptx
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptxFabianaChagasCoelho
 
AMINOÁCIDOS.pdf
AMINOÁCIDOS.pdfAMINOÁCIDOS.pdf
AMINOÁCIDOS.pdflopes67
 
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Inacio Mateus Assane
 
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Aula transaminases
Aula transaminases Aula transaminases
Aula transaminases ivaldoufrj
 
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidos
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidosBioquímica: Metabolismo dos aminoácidos
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidosLucas Paniago S.
 
Metabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famedMetabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famedRhomelio Anderson
 
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoCiclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoBeatriz Souza Lima
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Inacio Mateus Assane
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemAdriana Quevedo
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iiiLeonardo Duarte
 
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - NutriçãoProteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutriçãoalderlanlima
 
T3 regulação e integração metabólica
T3   regulação e integração metabólicaT3   regulação e integração metabólica
T3 regulação e integração metabólicaCarina Marinho
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptSuilanMoreiraFerreir
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptMariledaRodrigues
 
0001 respiração celualr
0001   respiração celualr0001   respiração celualr
0001 respiração celualrdescompliBIO
 
0001 respiração celualr
0001   respiração celualr0001   respiração celualr
0001 respiração celualrdescompliBIO
 

Semelhante a Metabolismo da Uréia (20)

BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
BIOQUMICA - ESCOLA DE ENFERMAGEM -OXIDAO DOS AMINOCIDOS E PRODUO DE UREIA - 1...
 
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptx
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptxAula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptx
Aula 3 - METABOLISMO DO NITROGÊNIO (PROTEÍNAS - modificada).pptx
 
AMINOÁCIDOS.pdf
AMINOÁCIDOS.pdfAMINOÁCIDOS.pdf
AMINOÁCIDOS.pdf
 
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
Guião de correção dos exercícios de bioquímica, sobre metabolismo, cíclo cítr...
 
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
 
Aula transaminases
Aula transaminases Aula transaminases
Aula transaminases
 
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidos
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidosBioquímica: Metabolismo dos aminoácidos
Bioquímica: Metabolismo dos aminoácidos
 
Metabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famedMetabolismo de proteínas famed
Metabolismo de proteínas famed
 
Síntese de lípides
Síntese de lípidesSíntese de lípides
Síntese de lípides
 
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítricoCiclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
Ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
 
Bioquimica
BioquimicaBioquimica
Bioquimica
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iii
 
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - NutriçãoProteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
 
T3 regulação e integração metabólica
T3   regulação e integração metabólicaT3   regulação e integração metabólica
T3 regulação e integração metabólica
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
 
0001 respiração celualr
0001   respiração celualr0001   respiração celualr
0001 respiração celualr
 
0001 respiração celualr
0001   respiração celualr0001   respiração celualr
0001 respiração celualr
 

Último

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 

Último (13)

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 

Metabolismo da Uréia

  • 1. Metabolismo Humano Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia / / Os aminoácidos são degradados por três motivos: 1. Não serão necessários para a síntese de novas moléculas; 2. Quando a quantidade de aa ingeridos é maior que a necessária, então o excesso é catabolizado já que o corpo não é capaz de estocar aminoácidos /proteínas; 3. Quando os carboidratos não são suficientes, as proteínas corporais são hidrolisadas e seus aa são usados como combustível. Transaminação de aminoácidos: O grupo amino da maioria dos aminoácidos - alanina, arginina, aspartato cisteína, fenilalanina, glutamato, isoleucina, leucina, tirosina, triptofano e valina - retirado por um processo comum, que consiste na transferência deste grupo para α-cetoglutarato, formando glutamato; a cadeia carbônica do aminoácido é convertida ao α-cetoácido correspondente: Essa reação é catalisada por aminotransferases, também chamadas transaminases, enzimas presentes no citosol e na mitocôndria e que tem como coenzima piridoxal-fosfato (derivada da vitamina B6). Em segunda etapa os grupos amino originam aspartato e/ou amônia. Por ação da ação da apastato aminotransferase o grupo amino do glutamato é transferido para o oxaloacetato, formando aspartato. A desaminação do glutamato libera seu grupo amino como NH3 (amônia), que se converte em NH4+ (íon amônio). Essa reação é catalisada pela glutamato desidrogenase, encontrada no fígado. A produção de amônia gera um sério problema fisiológico porque essa molécula é extremamente tóxica. Talvez por isso a desaminação oxidativa esteja restrita apenas a um tecido: o fÍgado. E é exatamente o figado o único tecido que tem a capacidade de metabolizar
  • 2. 2 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia essa amônia convertendo-a em uréia uma molécula de baixa toxicidade e de alta solubilidade, muito adequada para a excreção via urina. O processo de retirada do grupamento amino do glutamato envolve dois passos: No primeiro a a oxidação do glutamato é acoplada com a redução de um carreador de hidrogênio, que pode ser o NAD+ ou NADP+. Na segunda etapa ocorre uma hidrólise que resulta na formação de alfa-cetoglutarato e de amônia. CICLO DA GLICOSE ALANINA E TRANSPORTE DE GLICOSE PELA GLUTAMINA A alanina funciona como um transportador da amônia e do esqueleto carbônico do piruvato desde o músculo até o fígado. A amônia é excretada, e o piruvato é empregado na produção de glicose, a qual pode retornar ao músculo. No caso do transporte da alanina, o grupo amino dos aminoácidos é doador para piruvato por transaminação. A alanina, no fígado, é convertida em glutamato. O glutamato pode originar os dois átomos de nitrogênio da uréia. O Ciclo da glicose-alanina, assim como o Ciclo de Cori, é um dos mecanismos que supre a necessidade de alguns tecidos de obter glicose continuamente, já que está ligado à gliconeogênese do fígado. Devido à sua toxicidade e por ser convertido em uréia no fígado, o NH4 + , produzido nos outros tecidos (extra hepáticos) deve ser incorporado em compostos não-tóxicos e que atravessem membranas com facilidade, sendo assim levado àquele órgão – estes compostos são os próprios aminoácidos. De fato, as principais formas de transporte são glutamina e alanina. A glutamina é sintetizada a partir de NH4 + , glutamato e ATP, numa reação catalisada pela glutamina sintetase: Uma vez no fígado, o grupo amida da glutamina é hidrolisado pela glutaminase, liberando NH4 + , que pode ser consumido pelo ciclo da uréia.
  • 3. 3 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia A URÉIA É SINTETIZADA A PARTIR DE NH4 + , ASPARTATO E CO2
  • 4. 4 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia A uréia é produzida em uma via biossintética cíclica que envolve a matriz mitocondrial e o citoplasma. Na primeira reação, que ocorre na matriz mitocondrial, o carbamoil fosfato reage com o aminoácido ornitina, produzindo o aminoácido citrulina. A citrulina produzida é transportada para o citoplasma. A citrulina reage com o ATP formando um intermediário ativado, o Citrulil-AMP, que reage com uma molécula de aspartato produzindo argininossuccinato e liberando uma molécula de AMP. O argininossuccinato se decompõe produzindo arginina e fumarato. A arginina é hidrolisada produzindo uréia e regenerando ornitina, que fica disponível para a realização de mais um ciclo. Obs: Para cada amônia processada em uréia são gastos 3 ATPs.
  • 5. 5 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia O ciclo da uréia funciona de forma conectada ao ciclo de Krebs. O fumarato, que é um sub-produto do ciclo da uréia é metabolizado pelo ciclo de Krebs que por vez o converte em oxaloacetato, que pode ser convertido em aspartato que é utilizado pelo ciclo da uréia. O aspartato formado na mitocôndria por transaminação entre o oxaloacetato e o glutamato pode ser transportado para o citosol podendo ele serve como doador de nitrogênio na reação da uréia catalisado pela argininossuccinato sintetase. Essas reações constituem o desvio aspartato-argininossuccinato.
  • 6. 6 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia OBS: Quando você está em estado de stress ocorre uma elevação na concentração de amônia. É recomendando o uso aspartato por via oral. Bula do Targifor: O aspartato (ASP) age no organismo pela transmissão de grupamentos aminados aos corpos cetônicos, desempenhando importante papel em certos processos metabólicos, notadamente em relação ao ciclo de Krebs, como precursor do oxalacetato. O ASP também tem alguma participação no ciclo da ureia, embora a arginina tenha ação mais direta na manutenção do balanço nitrogenado. “A arginina (ARG) é constituinte universal das proteínas, estando em 90% na constituição das protoaminas. Fisiologicamente a ARG aumenta a urogênese, provocando a transformação de amoníaco tóxico em ureia atóxica e diurética (ciclo da ureia). Estimula o ciclo de Krebs fornecendo energia à célula hepática e, sendo precursor metabólico da creatinina, é indispensável ao anabolismo aminado do músculo. A ARG também atua na secreção de hormônios (vasopressina - hormônio antidiurético) e modulação do sistema imunológico. Sabe- se que a deficiência de ARG por si só é capaz de produzir sintomas de astenia, semelhantes à distrofia muscular e diminui a produção de insulina, alterando o metabolismo da glicose e lipídeos no fígado. Entretanto, sua ação mais conhecida é como precursor direto do óxido nítrico (NO), um fator chave de relaxamento vascular proveniente do endotélio, revestimento interno dos vasos sanguíneos do corpo humano. A ARG tem a importante função de estimular a produção de NO e através desse é capaz de exercer efeitos benéficos em nível de sistema muscular, cardiovascular e imunológico e, também, de sistema nervoso central como potente neurotransmissor (inclusive na formação da memória), dentre outros benefícios. É utilizada no tratamento da astenia (fadiga), que atua tanto no plano físico e muscular, quanto no plano psíquico.” Importância do Ciclo da uréia: Integração com o ciclo do ácido cítrico Eliminação da amônia (toxica) Todos aminoácidos são intermediários do ciclo do ácido cítrico:
  • 7. 7 Transaminação de Aminoácidos e Produção de Uréia LANÇADEIRA MALATO-ASPARTATO As coenzimas NAD+ /NADH + H+ não atravessam a crista mitocondrial, para isso utilizam a lançadeira malato-aspartato, que é utilizada no fígado, nos rins e no coração. A lançadeira malato aspartato promove a transferência de equivalente redutores do citoplasma para a matriz mitocondrial. Estes equivalentes poderão ser utilizados na cadeia respiratória para a síntese de ATP via aeróbia. 1) O NADH citosólico (espaço intermembranoso) cede dois equivalentes redutores para o oxaloacetato, produzindo malato 2) O malato é transportado através da membrana interna pelo transportador malato-alfa- cetoglutarato 3) Na matriz, o malato cede dois equivalentes redutores ao NAD+ e o NADH resultante é oxidado pela cadeia respiratória. O oxaloacetato formado a partir do malato não pode passar diretamente para o citosol. Ele primeiramente é transaminado a aspartato 4) Passa para o citosol por meio do transportador glutamato- aspartato 5) O oxaloacetato é regenerado no citosol 6) O ciclo é completado Fontes: Anotações de aula Livros: Lehninger, Mazzoco. Site: http://graduacao.iqsc.usp.br