aula de sobre demências possivelmente reversíveis bem como rastreio, diagnostico e tratamento. Abordando as principais causas de demências no mundo e no consultório clínico e de geriatria. Além de causas a serem investigadas nas enfermarias de clínica médica e geriatria durante internamentos hospitalares.
2. INTRODUÇÃO
Constituem um grupo de demências para as quais
há possibilidades de prevenção, interrupção do curso e
mesmo reversão de quadro.
São causas raras de demência. Entretanto, são
importantes do ponto de vista diagnóstico, pois o
tratamento adequado pode reverter o declínio cognitivo.
3. INTRODUÇÃO
O termo demência refere-se a uma doença
cerebral ou sistêmica que leva a um prejuízo cognitivo
combinado com um prejuízo funcional , social e/ou
ocupacional.
É recomendado sempre excluir possíveis causas
reversíveis, tais como alterações nutricionais, hormonais,
depressão e hidrocefalia de pressão normal.
4. Epidemiologia
A prevalência da demência potencialmente
reversíveis varia de 1,3% a 32,5% em diferentes estudos.
Depende principalmente dos critérios de classificação:
depressão, demência vascular.
Metanálise (1998-32 estudos) a prevalência média
está entre 13% a 15. No Brasil a prevalência em hospitais
universitários varia de 8% a 23%.
5. ETILOGIA
As causas mais comuns de demência
potencialmente reversíveis são:
• Quadros metabólicos (hipotireoidismo e deficiência de
vi.t. B12)
• Hidrocefalia de pressão normal
• Depressão
• Tumores
• Traumas neurológicos (concussões e hematomas
subdurais)
• Uso de medicamentos
• Uso de outras substâncias (álcool e drogas ilícitas
• Infecções (sífilis, HIV)
6. QUADRO CLÍNICO
Em geral, os sintomas são caracterizados de forma
mais recente (iniciados mais rapidamente), porém com
intensidade mais leve do que aqueles caracterizados por
pacientes com quadros neurodegenerativos.
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9. HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL
Pode ocorrer sem uma causa identificável, ou pode
ser causada por alguma condição em que há uma
obstrução do fluxo de líquido cefalorraquidiano (LCR).
Este líquido é produzido normalmente, porém não é
reabsorvido. Os ventrículos do cérebro se dilatam para
acomodar o grande volume de líquido cefalorraquidiano, de
forma que a pressão do LCR, quando medido por meio de
uma punção lombar, permanece normal.
O tecido cerebral fica lesionado (atrofia) ou destruído
por causa da compressão exercida pelos ventrículos
repletos de líquido.
10. HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL
Caracteriza-se pela tríade clássica: demência, ataxia
e incontinência urinária. Pode ser idiopática ou secundária a
condições que interfiram na absorção liquórica, como
meningite ou hemorragia subaracnóidea.
A demência é frequentemente leve e de início
insidioso e é tipicamente precedida por distúrbio de marcha
e incontinência urinária. A deterioração da memória é
comum, mas o aparecimento de apraxia e agnosia é
incomum.
11. HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL
Tratamento: implantação de uma válvula para drenar
o excesso de líquido cefalorraquidiano dos ventrículos
cerebrais. À medida que os ventrículos aumentados
diminuem de tamanho, você pode ter um alívio dos
sintomas.
13. É caracterizado por uma coleção encapsulada e
bem delimitada entre a dura mater. e a membrana
aracnoide contendo uma mistura de sangue fluido e
coagulado de vários estágios. Acomete mais o sexo
masculino, a partir da quinta década da vida e sua
incidência encontra-se elevada em etilistas e epilépticos,
provavelmente pela maior exposição destes a traumas.
Também tem sido correlacionados com o uso de
drogas anticoagulantes e antiagregantes plaquetários,
hipotensão liquórica e hemodiálise.
HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO
17. Quando o hematoma subdural crônico não está
causando nenhum sintoma, ele pode ser tratado
conservadoramente, ou seja, sem cirurgia. O próprio
organismo pode reabsorver o coágulo e o paciente evolui
bem, sem sequelas.
Já quando o hematoma está causando sintomas, ou
então está aumentando progressivamente de tamanho, o
tratamento é feito através de um procedimento cirúrgico
"drenagem". O neurocirurgião faz um ou dois orifícios no lado
do crânio onde está o coágulo para que o sangue saia
(drenagem).
Esse é um dos poucos procedimentos neurocirúrgicos
que são realizados em idosos acima de 90 anos.
HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO
19. EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma
Painel metabólico incluindo sódio, potássio,
magnésio, fósforo e cálcio
Provas de função hepática
Provas reumatológicas e imunológicas (fator
antinuclear [FAN], VHS, PCR)
Função tireoidiana
Vitamina B12
Níveis séricos de medicação (lítio, fenitoína)
Urina tipo I
Testes toxicológicos na urina (quando indicados)
20. EXAMES COMPLEMENTARES
LCR
RM de crânio com e sem contraste; radiografia de tórax
e EEG
Ainda podem ser considerados, a depender da avaliação
inicial: marcadores tumorais (p. ex., CA 125),
eletroforese de proteínas, ácido metilmalônico.
Testes reumatológicos adicionais (anticorpo
citoplasmático, anticorpo antineutrófilo citoplasmático,
anti DNA SCL-70, SSA/SSB, C3, C4, CH50, anticorpos
antitireoglobulina e antitireoperoxidase, anticorpos para a
doença de Lyme)
Exames de imagem como angiotomografia,
angioressonância, PET scan, mamografia e TC de tórax,
abdome e pelve com e sem contraste,
eletroneuromiografia, exame oftalmológico e biopsia
cerebral.