Subprojeto letras novos olhares na aula de leitura
1. III Seminário Itinerante Redes-Pibid: O PIBID e a Extensão
Bagé, 09 e 10 de novembro de 2012
NOVOS OLHARES NA AULA DE LEITURA1
Ana Maria Rullman [anarullmann@gmail.com]
Fyama da Silva Medeiros [fyama.unipampa@gmail.com]
Graciela Brunetto [graccygb05@gmail.com]
Phamela Cardoso [phaby_estrela@hotmail.com]
Silvana Noda [silvananoda@hotmail.com]
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
Campus Jaguarão.
Bairro Kennedy, 96300-000, Jaguarão, RS.
Adriana Nascimento Bodolay - Orientadora [adriananbodolay@gmail.com]
Maria Tereza Alves Cabello – supervisora
[celinha_lopez@hotmail.com]
Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Castelo Branco
Praça Antônio Joaquim Rodrigues, S/N.
Bairro Kennedy, 96300-000, Jaguarão, RS.
Trabalho sobre: ( ) Extensão ( x ) Ensino
Roda de conversa: ( x ) Ciências Humanas ( ) Ciências Exatas e da Natureza
( ) Todas as áreas ( ) Coordenadores
RESUMO
O PIBID Língua Materna, realizado na Escola Municipal de ensino fundamental Marechal Castelo
Branco, em Jaguarão, tem como principal objetivo a formação do leitor proficiente (LEFFA, 1996),
tendo em vista que os alunos desta comunidade escolar possuem um histórico de não leitores. Para
o desenvolvimento desta proposta, foram selecionadas duas turmas de sétimo ano, com faixa etária
de doze a dezoito anos. O critério para a escolha dessas turmas baseou-se no pressuposto de que os
estudantes estão no término do ensino fundamental e ainda não se familiarizaram com a prática de
leitura. De acordo com Kleiman (2008, p. 50): “estratégias metacognitivas são operações realizadas
com algum objetivo em mente, sobre as quais temos controle consciente, no sentido de sermos
capazes de dizer e explicar a nossa ação”. Isso se justifica em nossas práticas porque o ensino de
leitura pressupõe estratégias metacognitivas. As atividades serão realizadas num período de trinta
dias durante o quarto bimestre, tendo como foco as seguintes abordagens: a dança, o teatro de
bonecos, os quadrinhos, as literaturas marginal e nonsense. Apesar da multiplicidade de gêneros,
nossas propostas são unidas pelo mesmo fio condutor: a formação de leitores autônomos,
conscientes do seu próprio processo de leitura. Nosso referencial teórico se baseia nos estudos de
Solé (1998), Kleiman (2008) e Liberato e Fulgêncio (2007), autoras cujas obras têm como foco o
ensino de estratégias de leitura. Tais abordagens foram dividas em duas turmas. Na primeira, o
projeto parte do seguinte questionamento: Por que ler sentado?, cujas práticas terão como norte o
gênero letra de música. A partir disso, a dança virá como metodologia inicial abre espaço para o
teatro de bonecos (fantoches) e finaliza com a produção de história de quadrinhos. Para desenvolver
a dança na sala de aula, usaremos as estratégias de leitura de Solé (1998), com a pretensão de ativar
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Este trabalho ainda não foi apresentado.
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Bagé, 09 e 10 de novembro de 2012
os conhecimentos prévios antes, durante e depois da leitura sobre o gênero letra de música,
expressados pela movimentação corporal, em que vamos propor uma aula de leitura diferenciada,
na qual o corpo ultrapassa as fronteiras do disciplinado para dinamizar a aula de língua materna no
espaço escolar. O teatro de bonecos (fantoches) vem com a proposta de inserir a leitura protocolada
e a encenação de letras musicais, enfatizando as expectativas do leitor perante o texto, observando
as estratégias de prever, verificar e construir significados ao longo da leitura. Além disso,
acreditamos ser necessária a reflexão sobre como o professor pode relacionar o ensino de língua
portuguesa ao ensino das artes, dentro do contexto da sala de aula. A produção de história em
quadrinhos (HQ) parte da proposta de desenvolver estratégias aplicadas aos gêneros dos quadrinhos
sob a perspectiva de Ramos (2012), que vê este gênero como um grande rótulo que agrega vários
outros gêneros (charge, cartum, tira cômica, tira cômica seriada). A produção de HQs partirá das
duas abordagens anteriores a fim de que os alunos desenvolvam a sua criatividade. Na segunda
turma, o foco principal é a literatura, baseada em textos de autores marginais (periferia) e nonsense,
tendo como ponto teórico principal Kleiman (2007). A intenção de utilizar a Literatura Marginal se
deve ao fato de essa literatura apresentar uma característica diferente das outras literaturas que é a
linguagem: ela apresenta marcas coloquiais, na qual aparecem muitas gírias. Acreditamos que esse
traço faz com que os alunos se identifiquem com essa linguagem interagindo mais fácil com o texto
e o autor. Fazendo com que os alunos vivenciem a hora de contar a história, ligando o texto com a
realidade. Inserir a literatura nonsense na aula de leitura é romper com o estigma de “certo” ou
“errado”, pois este gênero proporciona a desconstrução do modelo tradicional. Assim, contribuímos
para que os alunos usem o imaginário como forma de construção crítica. O ensino de gêneros
literários se torna importante na medida em que está interligado com a leitura prazerosa. Nossa
proposta pretende diferenciar-se do modelo comum na sala de aula, em que os alunos não se sentem
motivados para a prática de leitura. Ler sentado remete a um ensino formal de um corpo
disciplinado pelo espaço escolar. Unir a leitura com a arte e a cultura auxilia na formação de um
sujeito leitor preparado para as práticas sociais. Este novo olhar que estamos propondo vem ao
encontro da ampliação da noção de leitura que dialogue com a realidade em que os alunos estão
inseridos.
Palavras-chave: leitura; produção textual; gêneros textuais
Apoio: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – Brasil.