1) O documento discute as diferentes concepções de liberalismo ao longo da história, desde a antiguidade greco-romana até os dias atuais.
2) É feita uma distinção entre o liberalismo antigo, relacionado à virtude e participação política na pólis, e o liberalismo moderno, baseado nos direitos iguais de todos aos vida, liberdade e felicidade.
3) O documento defende que as artes liberais, como lógica, gramática e retórica, são importantes para cultivar a excelência humana e questionar
1. II FÓRUM DA LIBERDADE EM MINAS GERAIS Painel: “Liberdade & Educação” - Paulo Kramer - Instituto de Ciência Política Universidade de Brasília (Ipol/UnB) Palácio das Artes/Belo Horizonte (29 de agosto de 2011)
2. Palavras LIBERAL, LIBERALISMO Duas reações mais comuns: 1ª) “Água benta, já!” Associação a palavrões como neoliberal e neoliberalismo (não como conceitos analítico-descritivos, mas sim como xingamento contra os inimigos do povo e da classe trabalhadora).
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23. SANTO AGOSTINHO (354-430): obra Sobre o livre arbítrio. (Razão, dádiva de Deus a todas as pessoas, propriedade espiritual que permite distinguir o bem do mal. Responsabilidade de cada um pelas consequências dos seus atos. Razão, sede da liberdade.)
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28. GRANDES LIVROS: TOCQUEVILLE e sua advertência ao Homo democraticus : o estudo dos clássicos como contrapeso às tendências despóticas, ainda que “suaves”, da democracia (indiferentismo cívico-político, consumismo, vulgaridade estética, infantilização dos cidadãos). Quando a obsessão por igualdade esmaga a liberdade. Quem abre mão da “liberdade positiva”, acaba perdendo, também, a “liberdade negativa”.
29. O alerta de Sidney Hook (1902-1989), educador e filósofo liberal americano: “ Aqueles cuja lealdade primordial é votada à livre-empresa, como sistema [meramente] econômico, jamais morrerão por ela. Para eles, liberdade em primeiro lugar significa lucro em primeiro lugar; com os olhos fixos nas perdas e ganhos de curto prazo, chegarão ao ponto de fornecer as competências necessárias e os meios técnicos eficazes aos regimes totalitários para a destruição das culturas livres [...] Os que definem a cultura livre [...] em termos do direito das pessoas a escolherem por si mesmas [...], estes sim, serão capazes de assumir compromisso com a defesa da liberdade até as últimas consequências”.
30. Mas, então, por que os liberais preferem o regime econômico da iniciativa privada? Pelo seu bem fundamentado temor de que a estatização dos meios de produção concentre todos os tipos de poder nas mãos da burocracia governamental; de que o fim da competição no mercado e do conflito de interesses na sociedade civil e entre esta e o setor público decrete o assoreamento de múltiplas fontes de inovação e criatividade; de que, enfim, o futuro se transforme na “jaula de ferro” conforme a sombria alegoria weberiana.
31. “ A corrupção no Brasil não é apenas resultado da impunidade e da dissolução dos valores morais, mas das tentações criadas pela própria organização do Estado”. (Mário Henrique Simonsen, 1935-1997)