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Desvendando o Apocalipse - Introdução
A partir de hoje, e sempre às sextas-feiras, começo a publicar aqui a série
"Desvendando o Apocalipse", um estudo verso a verso do último e mais intrigante livro da Bíblia. Os
textos são da colaboradora jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirados nas palestras do advogado
Mauro Braga.
Este estudo tem o objetivo de apresentar as verdades contidas no livro do Apocalipse de maneira direta
e simples. Está livre de interpretações pessoais ou de alguma denominação religiosa. A Bíblia e a própria
história da humanidade são as únicas fontes usadas nos textos.
É muito comum vermos a imprensa de todo o mundo, pessoas cultas e formadores de opinião insistirem
em afirmar que o Apocalipse (último livro da seleção do cânon bíblico, escrito pelo apóstolo João) é algo
ligado a grandes catástrofes, calamidades e fim do mundo. Mas você já parou para pensar qual é o
verdadeiro significado dessa palavra?
"Apocalipse" significa, em grego, "revelação". As perguntas são: Revelação de quem? Para quem? E sobre
o quê? Peço que você pare um pouco e reflita sobre essas três questões. Voltarei a elas posteriormente.
Antes de começar a mostrar o que a Bíblia fala sobre esse livro, convido-o(a) a participar de um breve,
porém crucial histórico do autor, o apóstolo João.
Por que João foi escolhido para escrever o Apocalipse? João tinha 85 anos
quando começou a escrever o livro. Estava preso e isolado em Patmos, uma ilha árida e rochosa no mar
Egeu, na Grécia, escolhida pelo governo romano para banimento de criminosos.
João tinha 17 anos quando viu Jesus pela primeira vez. Mateus 4:18 a 21: "E Jesus, andando junto ao mar
da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar,
porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens. Então eles,
deixando logo as redes seguiram-No. E, adiantando-Se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes. Chamou-os; eles,
deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-No."
Os irmãos Tiago e João eram pescadores e estavam consertando o barco do pai, provavelmente para
saírem em mais uma viagem ao mar. Porém, quando ouviram o chamado de Jesus para O
acompanharem, largaram tudo e O seguiram.
Os relatos bíblicos seguintes confirmam que João esteve presente nos momentos mais importantes da
vida de Jesus.
João foi consultado sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. João 20:1 e 2: "E no primeiro dia da
semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do
sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes:
Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." João fala dele mesmo na terceira
pessoa, usando as palavras "a quem Jesus amava".
João estava presente quando Jesus ressuscitou a filha de Jairo. Lucas 8:49 a 51: "Estando Ele ainda
falando, chegou um dos príncipes da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta, não incomodes o
Mestre. Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva. E,
entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai e a mãe da
menina."
João foi um dos escolhidos para subir ao monte com Jesus onde contemplou Sua transfiguração. Mateus
17:1 e 2: "Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu
em particular a um alto monte. E transfigurou-Se diante deles; e o Seu rosto resplandeceu como o sol, e
as Suas vestes se tornaram brancas como a luz."
João foi levado junto ao Getsêmani enquanto Jesus orava. Mateus 26:36 e 37: "Então chegou Jesus com
eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a Seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além
orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se
muito."
João estava presente no momento em que Jesus era julgado na corte. João 18:15 e 16: "E Simão Pedro e
outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus
na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava na parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que
era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro."
João estava aos pés da cruz quando Jesus foi crucificado. João 19:25 a 27: "E junto à cruz de Jesus
estava Sua mãe, e a irmã de Sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali
Sua mãe, e que o discípulo a quem Ele amava estava presente, disse a Sua mãe: Mulher, eis aí o teu
filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa."
Não foi por acaso que João foi chamado de o apóstolo amado. Ele esteve presente nos momentos mais
importantes da vida de Jesus. Estava sendo preparado para algo muito maior.
Ele não era um homem perfeito. Amava a Deus de todo o coração, mas tinha uma personalidade forte. A
própria Bíblia se refere a isto em Marcos 3:17?: "E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago,
aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa Filhos do trovão." Apesar de ser uma pessoa difícil,
talvez até explosivo, João sempre odiou as injustiças do Império Romano.
João 13:33: "Filhinhos, ainda por um pouco estou [Jesus] convosco. Vós Me buscareis, mas, como tenho
dito aos judeus: Para onde Eu vou não podeis vós ir; Eu vo-lo digo também agora." O momento era a
Santa Ceia e Jesus falava aos discípulos sobre o lugar para onde Ele partiria. João ficou angustiado
porque não entendia o recado do Mestre. Os apóstolos achavam que havia chegado a hora de Jesus
mostrar todo o Seu poder, tornar-Se rei e acabar com toda dor, medo e injustiças cometidas contra os
judeus.
Mateus 20:21: "Então Se aproximou dEle a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-O, e
fazendo-Lhe um pedido. E Ele disse-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se
assentem, um à Tua direita e outro à Tua esquerda, no Teu reino." Nesse momento a mãe de Tiago e
João chega perto de Jesus para pedir que seus dois filhos tivessem lugares privilegiados em Seu reino.
Havia uma disputa política por parte dos apóstolos para saber quais os cargos que receberiam, pois
acreditavam que Jesus estabeleceria Seu reino na Terra.
Mateus 20:22: "Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que
Eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que Eu sou batizado? Disseram-Lhe eles: Podemos."
A verdade é que nenhum dos apóstolos estava preparado para aquele momento e nem esperavam por
ele. Não compreenderam o caráter do reinado de Cristo.
João 18:36: "Respondeu Jesus: O Meu reino não é deste mundo; se o Meu reino fosse deste mundo,
pelejariam os Meus servos, para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o Meu reino não é
daqui." A cena era de Jesus perante Pilatos. João estava presente em meio à multidão.
Depois que Cristo foi crucificado, começaram as perseguições contra os apóstolos. Alguns foram mortos
cruelmente, mas a vida de João foi sendo preservada. Foi aí, então, que João começou a entender que o
reinado de Jesus não era deste mundo. Entendeu também qual era seu papel e ministério.
Aos 85 anos, João foi escolhido para ser o mensageiro de revelações, não por acaso. Ele foi sendo
moldado por Jesus durante toda sua vida, para que pudesse compreender o real significado do ministério
de Cristo. Ele foi escolhido por causa do relacionamento íntimo que tinha com o Mestre.
Desvendando o Apocalipse - Capítulo 1
A Bíblia é um livro que deve ser estudado com a mente aberta e o coração
puro e receptivo. O Apocalipse é um livro que utiliza muitos símbolos, porém, todos eles são explicados
pela própria Palavra de Deus. Para compreender o Apocalipse é preciso ter em mente que ele é um
resumo de toda a Bíblia. Portanto, para entendê-lo é preciso consultar o Antigo Testamento, inclusive o
livro profético de Daniel, e também o Novo Testamento.
Eis aqui uma pequena tabela de conversão dos símbolos usados no Apocalipse, para você usar toda vez
que lê-los no livro profético:
Animal = rei ou Reino (Daniel 7:17, 17 e 23)
Mulher = igreja (Efésios 5:23 e 32)
Água = povos (Apocalipse 17:15)
1 dia = 1 ano (Ezequiel 4:6 e 7; Números 14:34)
Ventos = guerras (Jeremias 51:1-5)
Chifres = poder, rei ou reino (Apocalipse 17:12; Daniel 8:21 e 22; 7:14)
Tempos = anos (Daniel 11:13)
Dragão = diabo (Apocalipse 12:9)
Cordeiro = Jesus Cristo (João 1:29)
Cauda = falso profeta (Isaías 9:15)
Estrelas = mensageiros (Apocalipse 12:4 [anjos]; Daniel 12:3 [pregadores])
Apocalipse = revelação (Apocalipse 1:1)
Apocalipse 1:1 a 3: "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos as
coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo. O
qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-
aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela
estão escritas; porque o tempo está próximo."
Revelação de quem? Deus deu a Jesus Cristo uma revelação. O Senhor então entregou a mensagem ao
anjo Gabriel e este notificou ao servo João. Essa foi à ordem dos acontecimentos.
Para quem? Seus servos. O que é um servo? É alguém que serve a um senhor. Gostaria de enfatizar a
importância dessa passagem. O próprio Deus deu a revelação para Jesus, para que através de Gabriel
chegasse a João, o qual foi escolhido para transmitir a mensagem a mim e a você. Fica claro que essa
mensagem é para uma categoria especial de pessoas. São eles os servos de Deus. Portanto, não importa
se você é rico ou pobre, se é ignorante no assunto, culto, inteligente. Você não terá dificuldade em
compreender esse livro se realmente tiver um coração receptivo e for um servo de Deus. A revelação é
para você.
Revelação sobre o quê? João foi escolhido por Deus para mostrar aos Seus servos as coisas que
brevemente devem acontecer.
Apocalipse 1:2: "O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que
tem visto." Essa passagem confirma porque João, com 85 anos, foi escolhido para escrever o livro. Ele
escreveu sobre tudo aquilo que viu.
Apocalipse 1:3: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam
as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Creio que essa seja uma das poucas,
senão a única passagem bíblica em que é oferecida uma benção tríplice. Os versos também mostram que
existem três estágios espirituais para todo o servo que queira conhecer as revelações do Apocalipse.
Primeiro nível: aqueles que lêem – são os servos que lêem a Palavra, a conhecem, dedicam tempo para
seu estudo.
Segundo nível: aqueles que ouvem – são os servos que se permitem ficar em silêncio para ouvir a voz de
Deus falar-lhes ao coração.
Terceiro nível: aqueles que guardam – são os que já leram, já ouviram e agora praticam o que
aprenderam na vida.
Apocalipse 1:4-6: "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele
que é, e que era, e que há de vir, e dos sete espíritos que estão diante do Seu trono. E da parte de Jesus
Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele
que nos amou, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados. E nos fez reis e sacerdotes para Deus e
Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém."
Confirmação da Santa Trindade Divina saudando o povo de Deus. Quem são os sete espíritos que estão
diante do trono? Sabemos que o número sete, na Bíblia, representa a perfeição divina, a plenitude. Aqui
o sete é usado de maneira simbólica.
Sete = número simbólico que representa a perfeição.
Espíritos = Espírito Santo de Deus.
O verso declara Jesus como o primogênito dentre os mortos. A referência é para afirmar que Jesus foi a
pessoa mais importante que já experimentou a morte.
Apocalipse 1:7: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos que O traspassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém." Primeira promessa em Apocalipse sobre a
volta de Jesus. Indicação de como será Sua vinda. Afirmação de que todas as pessoas que estiverem vivas
O verão. Também ressuscitarão no dia da volta do Senhor aqueles que O transpassaram (todos que
tiveram participação direta ou indiretamente em Sua morte). Os mortos em Cristo também se levantarão
dos túmulos para presenciar Sua volta.
Apocalipse 1:8: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há
de vir, o Todo-Poderoso." Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, ômega a última. Isso quer dizer que
Deus Se intitulou como sendo o início e o fim de tudo. Que promessa maravilhosa Deus faz aqui; que
esperança é saber que por maior que sejam os problemas pelos quais passamos ou vamos enfrentar, eles
têm uma data certa para acabar.
Apocalipse 1:9: "Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e
paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo
testemunho de Jesus Cristo."
João confessa que é nosso irmão, que foi como um de nós, cheio de problemas e provações. Aliás, ele
estava preso e isolado aos 85 anos na ilha de Patmos justamente por causa da Palavra de Deus. Ele, que
andava com Jesus, que foi chamado de apóstolo amado, não foi poupado das injustiças deste mundo.
Muitos acreditam que seguir a Jesus é assinar uma "apólice de seguro", porém, aqui fica claro que mesmo
João foi alvo de injustiças e provações. Porém, ele seguiu em frente, olhando para o alto, pois sabia que
havia de cumprir o propósito pelo qual fora criado.
Apocalipse 1:10: "João diz: Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma
grande voz, como de trombeta."
A real explicação para essa afirmação é que em momento de revelação, o Espírito Santo de Deus levou a
mente de João para um estado onde pudesse compreender a visão e a mensagem que iria receber. Sua
"alma" não saiu do seu corpo e foi para algum lugar do "além". Não. A Bíblia é enfática em afirmar que a
vida (alma) não existe se corpo e espírito (fôlego) não estiverem juntos. O Espírito Santo impressionou a
mente do apóstolo a fim de que ele pudesse ver.
João disse que sua visão foi no dia do Senhor. Eis apenas algumas das diversas passagens bíblicas que
afirmam que dia é esse:
Isaías 58:12-14: "E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de
geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. Se
desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no Meu santo dia, e chamares ao sábado
deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem
pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras. Então te deleitarás no
Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó;
porque a boca do Senhor o disse."
Êxodo 20:10 e 11: "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu,
nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e
tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o
santificou."
Lucas 4:16: "Chegando a Nazaré, onde fora criado, [Jesus] entrou na sinagoga no dia de sábado, segundo
o Seu costume, e levantou-Se para ler." Enquanto Cristo viveu na Terra, guardou e santificou o sábado, o
dia do Senhor.
Apocalipse 1:10-14: "E ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta. Que dizia: Eu sou o Alfa
e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que
estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E
virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete
castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos
peitos com um cinto de ouro."
João viveu com Jesus durante anos. Tinha um íntimo relacionamento com o Senhor. Por que, então, o
verso menciona que ele precisou se virar para ver quem falava com ele?
Jesus esteve na terra como homem, assim como João. O apóstolo não O reconheceu de imediato porque
a voz de Jesus havia mudado. Jesus apareceu a João glorificado, como o próprio Deus. Com uma voz
cheia de poder.
Que sete igrejas são essas? Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia representam
os períodos e fases pelas quais a igreja de Deus passou na Terra, desde a crucificação de Jesus e a morte
dos apóstolos.
O que são os sete castiçais de ouro? Um símbolo usado para descrever as sete igrejas. "O mistério dos
sete castiçais de ouro que viste, são as sete igrejas" (Ap 1:20).
O texto trata da primeira revelação que João teve. E sua tradução é a seguinte: João ouviu Jesus falando
com ele, afirmando ser o início e o fim. Jesus deu ordem para que João escrevesse tudo aquilo que visse
e então mandasse para as sete igrejas, ou seja, para todos os períodos da igreja de Deus na Terra. João
disse que, ao se virar, viu sete castiçais de ouro, ou seja, as sete igrejas. E no meio desses períodos, um
em especial que refletia o caráter de Jesus Cristo.
Apocalipse 1:13-15: "No meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés
de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a Sua cabeça e cabelos eram
brancos como lã branca, como a neve, e os Seus olhos como chama de fogo. E os Seus pés, semelhantes
a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a Sua voz como a voz de muitas
águas."
As vestes usadas por Jesus eram as mesmas que os sacerdotes do Antigo Testamento usavam quando
estavam oficiando no santuário. O relato da descrição das roupas deixa claro que assim como existia um
santuário terrestre, existe também o celestial, no qual Jesus está ministrando como sacerdote.
Voz de muitas águas = voz como de grande multidão.
Apocalipse 1:16: "E ele tinha na Sua destra sete estrelas; e da Sua boca saía uma aguda espada de dois
fios; e o Seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece."
Sete estrelas = "O mistério das sete estrelas que viste na minha destra são os anjos das sete igrejas" (Ap
1:20). Mensageiros das Igrejas. O recado aqui é para os dirigentes de igrejas quanto à responsabilidade
de pregar a Palavra de Deus. Jesus tem em Sua mão direita os mensageiros da Sua Palavra e os sustenta
com ela.
O que é a espada aguda de dois fios que saia da boca de Jesus? "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz,
e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e
das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12).
Logo, o significado do verso é o seguinte: Jesus sustenta em Sua mão direita os mensageiros de Sua
Palavra; de Sua boca sai toda palavra de Deus que é tão penetrante que, quando temos um coração
receptivo, entra no íntimo da nossa mente e é capaz de mudar as intenções do coração.
Apocalipse 1:17 e 18: "E eu, quando vi, caí a Seus pés como morto; e Ele pôs sobre mim a Sua destra,
dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último. E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo
para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
Todo e qualquer ser humano, no estado de pecador, não pode ver a Deus. Com João não foi diferente.
Não conseguia enxergar a glória de Deus e então desmaiou. Mas Jesus o levantou com Sua mão direita e
disse-lhe: "Não temas, Eu sou o primeiro e o último." Jesus também Se refere a Si como aquele que
morreu, mas que hoje está vivo para todo o sempre. Jesus é o único que tem a chave da morte e das
sepulturas (heb. inferno); só Ele pode dar vida aos mortos.
Apocalipse 1:19: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de
acontecer."
Jesus chama a atenção de João para que ele continue escrevendo tudo que diante dele tem se revelado,
pois é chegada a hora de mostrar a todos os servos de Deus tudo o que há de acontecer. Para que
ninguém seja enganado.
Apocalipse 1:20: "O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro.
As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas."
O capítulo termina com Jesus revelando o significado das sete estrelas e dos sete castiçais.
Desvendando o Apocalipse - Capítulo 2 (parte 1)
Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse revelam o conteúdo de cartas que o
próprio Jesus ditou ao apóstolo João para serem enviadas às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo,
Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. No estudo anterior, vimos que essas sete igrejas representam os
períodos pelos quais a Igreja de Deus passou. Nas cartas, encontramos o retrato da relação de Cristo com
as diferentes fases da Igreja ao longo da era Cristã.
Por meio das cartas, Jesus faz elogios, censuras, exortações, advertências e promessas ao Seu povo,
desde Sua crucificação até os dias de hoje. As sete igrejas estavam localizadas na Ásia e a primeira
delas, Éfeso, foi fundada pelos próprios apóstolos.
Você vai notar que ao terminar o conteúdo das cartas, Jesus diz: "Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas." Essas palavras confirmam que as mensagens expressas por Cristo são para todos
os Seus seguidores. São mensagens de Jesus para você e para mim.
I - A igreja de Éfeso
Éfeso era uma importante cidade na província romana da Ásia. O que fazia da cidade uma atração
mundial era o famoso templo de Diana, a denominada “deusa da fertilidade” dos efésios. A maioria das
pessoas que viviam na cidade adorava deuses pagãos. Paulo fundou uma igreja cristã em Éfeso e João
viveu ali algum tempo. A carta de Cristo dirigida à igreja de Éfeso representa a mensagem que Ele tinha
para o primeiro período da igreja cristã.
O período relacionado à igreja de Éfeso vai do ano 31 d.C. ao ano 100 d.C. A palavra Éfeso significa
“desejável”. Essa palavra descreve o caráter e as condições espirituais da igreja cristã em sua primeira
etapa. Por muitas razões era a igreja apostólica “desejável” aos olhos de Deus:
1. Foi fundada diretamente por Cristo.
2. Era totalmente fiel aos princípios fundamentais de doutrina de Cristo.
3. Possuía o poder sem limites do Espírito Santo.
4. Deu o mais poderoso testemunho em favor de Jesus.
5. Suas obras missionárias foram inigualáveis. Trinta anos foi o tempo em que os apóstolos pregaram o
evangelho de Jesus por várias partes do mundo.
Apocalipse 2:1: “Ao anjo da igreja de Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na mão direita as sete
estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:”
Anjos = mensageiros
Sete estrelas = anjos (mensageiros ou emissários) das sete igrejas
Sete candeeiros = sete igrejas
Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que Seu apóstolo João escreveu.
Apocalipse 2:2: “Conheço as tuas obras e o teu trabalho e a tua perseverança, e que não podes suportar
os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são e os achastes mentirosos.”
“Eu sei as tuas obras.” Elogio de Jesus aos Seus seguidores; é um incentivo para se apegarem às boas
obras e renunciarem as más. Nada passa despercebido por Ele. Ainda na vida dos apóstolos, começaram
a se manifestar os “maus”, dentro da igreja. Ananias e sua esposa Safira foram os primeiros que, de
alguma maneira, queriam mudar os ensinos de Jesus; mas houve muitos deles. Porém, Jesus aprova a
perseverança dos que criam em Seu nome em manter as leis e ensinos puros e retos.
Apocalipse 2:3: “Tens perseverança e por causa do Meu nome sofreste e não desfaleceste.”
A igreja apostólica foi muito perseguida pelos judeus e pelos romanos. Nero incendiou Roma em 19 de
julho de 64. Os historiadores falam com indignação da crueldade de Nero para com os cristãos
incessantemente perseguidos. A perseguição implacável durou quatro anos, até a morte de Nero.
Embora perseguidos, os cristãos eram pacientes e conformados, pois sabiam em Quem criam. Outro
elogio de Jesus diz respeito ao trabalho missionário de Sua igreja. O trabalho missionário do período de
Éfeso foi o mais grandioso de toda a história da Igreja. Os apóstolos percorreram os quatro cantos do
mundo para pregar o evangelho.
Apocalipse 2:4: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”
Jesus, em seu amor, repreende Seu povo sempre que necessário. A gloriosa igreja que em apenas 30
anos evangelizou o mundo é, por fim, acusada da perda do primeiro amor. Não é o caso que a igreja não
amasse mais a Deus, a Jesus e Sua verdade. Mas já não era aquele primeiro amor.
A discussão de assuntos sobre doutrinas sem importância ocupou o tempo que devia ser usado para
pregar o evangelho. Foi nessa hora crítica da Igreja que João foi isolado na ilha de Patmos. Quase todos
os outros apóstolos já estavam mortos.
E até os nossos dias o cristianismo sente falta do primeiro amor, do primeiro entusiasmo. A história ainda
se repete. Quantos cristãos aceitam o evangelho com fervor e entusiasmo, para depois, com o correr do
tempo, esfriarem e se deixarem levar pelo desânimo. Jesus nos chama de volta, nos chama para a
beleza do primeiro amor.
Apocalipse 2:5: “Lembra-te de onde caíste! Arrepende-te e pratica as primeiras obras. Se não te
arrependeres, brevemente virei a ti e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.”
Uma admoestação e uma advertência – Deus não estava alheio à gravidade do perigo. Deus apela para
que todo cristão faça três coisas:
1. Lembrar-se do momento ou circunstância que o fez se separar das verdades bíblicas.
2. Arrepender-se.
3. E praticar as primeiras obras de fé e fervor.
Se a Igreja não voltasse às primeiras obras, o candeeiro seria retirado. Isso significava que Jesus privaria
a Igreja da luz e das bênçãos do evangelho, para confiá-las a outras mãos.
Como cristãos, devemos verificar se estamos ou não sob a influência do “primeiro amor”. A indiferença é
a pior coisa na vida espiritual. A proposta de Jesus é a transformação da vida.
Apocalipse 2:6: “Tens, porém, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais Eu também
odeio.”
Os nicolaitas faziam parte de uma seita fundada por Nicolau, da Antioquia. Se diziam cristãos, mas
consideravam normal o adultério e outras práticas odiadas por Deus. Eles achavam que a fé em Jesus os
liberava da obediência aos Dez Mandamentos.
Cristo sempre se preocupava em não apenas apontar os erros, mas em oferecer a cura.
Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe–ei a
comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.”
“Quem tem ouvidos” – a advertência é para todos! Mas vencer o quê? O que há para ser vencido? O
pecado. A promessa ao vencedor é bem clara: participação “da árvore da vida que está no paraíso de
Deus”. Duas pessoas apenas da família humana – Adão e Eva – provaram da árvore da vida, quando ainda
em estado de inocência e pureza. O impedimento do acesso à árvore da vida foi uma das maiores perdas
do homem. Mas Jesus assegura devolver essa bênção ao vencedor.
II - A igreja de Esmirna
Esmirna é uma das cidades mais antigas do mundo. Atualmente é chamada Izmir, e é a terceira maior
cidade da Turquia. Fica ao norte de Éfeso, numa linha da baía do Mar Egeu, Grécia. O Período
relacionado à igreja de Esmira vai do ano 100 d.C ao ano 313 d.C.
A palavra esmirna significa “mirra”, “perfume” ou “cheiro suave”. Compreendemos que a igreja, no
segundo período de sua história, seria esmagada por perseguições de seus adversários; porém, na
opressão, liberaria o suave perfume da fidelidade e do amor a Jesus.
Apocalipse 2:8: “Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, o que foi morto e
reviveu.”
Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que Seu apóstolo João escreveu.
Apocalipse 2:9: “Conheço a tua tribulação e a tua pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que se
dizem judeus e não o são, mas são sinagoga de Satanás.”
“Eu sei as tuas obras”, é a frase de Cristo em cada uma das sete cartas, antes de referir-Se à condição
da igreja em cada período. Por si só, essa frase constitui uma denúncia ou um elogio às obras de cada
cristão. É muito importante que cada cristão medite nessa frase dirigida à Igreja e analise sua condição
espiritual.
A pobreza que enriquece – Jesus diz à igreja que sabia de sua pobreza material, mas que ela era rica,
pois tinha muita fé.
Falsos judeus – A acusação de Cristo de que na igreja de Esmirna havia falsos judeus, equivale a dizer
que havia nela falsos cristãos. Afirmou Jesus que esses pertenciam à “sinagoga de Satanás”.
Apocalipse 2:10: “Não temas as coisas que estás para sofrer. Escutai: o diabo lançará alguns de vós na
prisão, para que sejais provados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, a dar-te-ei a
coroa da vida.”
Sabemos que nas profecias das Sagradas Escrituras um dia equivale a um ano. Em vez de dias literais,
temos aqui dez anos proféticos de perseguição contra a igreja do período de Esmirna. Essa perseguição
sem trégua durou dez anos (de 303 a 313), durante o governo do imperador Diocleciano. Foi a maior
perseguição que a igreja cristã recebeu durante o domínio da Roma pagã, o Imperador não queria apenas
matar todos os cristãos, mas acabar com o Cristianismo na face da Terra.
Apocalipse 2:11: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum
sofrerá o dano da segunda morte.”
Pela primeira vez no Apocalipse é feita menção à segunda morte. Só o cristão vencedor não passará pela
experiência da segunda morte. Mas o que é a segunda morte? De acordo com uma citação de autor
desconhecido, “é o resultado da persistência do homem em pecar voluntariamente”. Todos os ímpios
serão ressuscitados para a segunda morte ou condenação. Entretanto, aos fiéis, Jesus garantiu a vitória
sobre a segunda morte.
Desvendando o Apocalipse - Capítulo 2 (parte 2)
III - A igreja de Pérgamo
Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos seus mestres na arte de curar. Tinha uma biblioteca
com 200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma forma refinada de couro. Pérgamo é uma
modificação da palavra "pelica". O rei de Pérgamo recebia o título de “Pontífice Máximo”, que significa o
"edificador da grande ponte".
Nisto vemos uma semelhança com a torre de Babel, cujo propósito era alcançar o céu por esforços
humanos. Quando o rei de Pérgamo entregou seu reino aos romanos, todo esse culto foi transferido para
Roma. E o título “Pontífice Máximo” foi absorvido pelo cristianismo romano. Pérgamo tornou-se, assim,
um elo entre a antiga Babilônia e a moderna Roma.
O período relacionado à igreja de Pérgamo foi de 313 d.C a 538 d.C. A palavra Pérgamo significa
“exaltação”, “elevação”, porque a própria cidade estava edificada mil pés acima do nível do vale. Esse
significado descreve o caráter e a vida espiritual da igreja em seu novo período.
Apocalipse 2:12: “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada afiada de
dois gumes.”
Jesus Se apresenta à igreja deste período com uma espada de dois gumes. Espada é a “palavra de Deus
que penetra até a medula”, diz Paulo, “que interpreta os pensamentos e intenções do coração” (Hb
4:12).
Apocalipse 2:13: “Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, reténs o Meu nome, e
não negaste a Minha fé, mesmo nos dias de Antipas, Minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita.”
É a terceira vez que Jesus diz estar a par das obras de Sua igreja. Esta carta é uma veemente denúncia.
Jesus sabia que a igreja estava se aliando ao mundanismo, dando início à apostasia. Deste período da
igreja de Pérgamo, de 313 a 538, ou de Constantino a Justiniano, em que ela foi considerada Igreja
Imperial, disse Jesus que ela habitava no “trono de Satanás”. Jesus lamentava que Sua igreja escolhesse
para sede a mesma cidade onde estava o trono de Satanás, a cidade dos Césares – Roma.
Apocalipse 2:14: “Todavia, tenho algumas coisas contra ti; Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão,
o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, levando-os a comer das coisas
sacrificadas aos ídolos, e praticar a prostituição.”
A doutrina de Balaão pode ser resumida como idolatria pagã. Como o paganismo não podia vencer a
igreja, então fez amizade com ela. Assim, paulatinamente, as práticas e cerimônias pagãs foram sendo
introduzidas aos poucos no cristianismo, para amenizar as perseguições. Dessa forma, o cristianismo
passou a freqüentar as cortes e palácios dos imperadores, trocando a simplicidade de Cristo e de Seus
apóstolos pela pompa e orgulho dos sacerdotes; em lugar dos mandamentos de Deus, entraram teorias e
tradições humanas.
Assim como fez com Balaão, Satanás corrompeu a igreja por meio de uma aliança com o mundo. Na
pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos Césares e reinou como uma rainha. Houve uma mútua
transigência e tolerância entre o cristianismo e o paganismo. Por causa da influência pagã, o cristianismo
mudou tanto que se tornou um "paganismo batizado".
Apocalipse 2:15: “Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas.”
Apocalipse 2:16: “Arrepende-te, pois! Se não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada
da Minha boca.”
A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão e dos nicolaítas – a
idolatria e a prostituição da verdade.
Apocalipse 2:17: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná
escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece
senão aquele que o recebe.”
Quando qualquer pessoa entre os gregos era acusada de crimes contra o Estado e era julgada pelos
cidadãos, eles votavam por absolvição com uma pedra branca; e por condenação, com uma pedra preta.
Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer dar aos vencedores uma pedra branca, está lhes dando a
certeza da absolvição.
IV – A igreja de Tiatira
Das sete cartas, esta é a mais longa. A cidade de Tiatira estava localizada numa região estratégica para
muitos negócios. Tinha como fonte de renda uma brilhante tintura vermelha, conhecida como púrpura.
Pode ser considerada a Igreja da Idade Média. O período relacionado a Tiatira foi de 538 d.C. até 1517
d.C.
A palavra Tiatira significa “sacrifício”, “dificuldade”, que bem descreve a situação da Igreja em sua
quarta etapa. A igreja foi perseguida de morte pelo papado, principalmente no movimento chamado de
Inquisição.
Apocalipse 2:18: “Ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como
chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:”
Cristo Se apresenta à Sua igreja neste período, pela primeira vez e a única em todo o Apocalipse, como
“Filho de Deus”, exatamente porque sabia que o lugar do Filho de Deus seria usurpado por aquele que se
apresentaria como Seu substituto na Terra. A igreja não deveria trocar de Senhor.
Apocalipse 2:19: “Conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua
perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas do que as primeiras”.
Jesus elogia Seu povo. Foi o período que precedeu à grande obra da Reforma. Reconhecido também por
“Igreja do Deserto”, época das grandes perseguições de Roma papal, contra o povo de Deus.
Nesse tempo adverso, a igreja cristã manifestou fé, paciência e consagração. A história dos Valdenses é
uma prova disso. Rejeitando a supremacia dos papas, os Valdenses mantinham a Escritura Sagrada como
única autoridade suprema e infalível. Escondidos nas montanhas e em cavernas dedicavam-se a copiar as
Escrituras, capítulo por capítulo, versículo por versículo. Por isso, a Palavra de Deus foi conservada
através dos séculos.
Apocalipse 2:20: “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa. Com o seu
ensino ela engana os Meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos
ídolos.”
Na igreja de Pérgamo havia os que seguiam a doutrina de Balaão – idolatria e prostituição. Na igreja de
Tiatira é mencionado haver uma mulher ensinando e enganando também com idolatria e prostituição.
Mas quem era a Jezabel da época da igreja de Tiatira?
A mulher é empregada nas profecias como símbolo de igreja. Se a profecia fala que a igreja verdadeira é
simbolizada por uma mulher virgem e pura, então aquela mulher que ensina a mentira para enganar só
pode representar uma igreja falsa. Conseqüentemente, a Jezabel de Tiatira representa uma falsa igreja
que ensina idolatria e prostituição das doutrinas de Cristo.
A Jezabel do antigo Testamento praticou várias obras detestáveis aos olhos de Deus:
1. Ela se casou com o rei Acabe e tornou-se rainha de Israel.
2. Por ser filha de um rei pagão, ela introduziu a idolatria entre o povo de Deus.
3. Proibiu o verdadeiro culto a Yahweh.
4. A adoração ao Sol tomou o lugar da adoração a Yahweh.
5. Trouxe sacerdotes pagãos para Israel.
6. Perseguiu até a morte os verdadeiros servos de Deus.
7. Os que se recusavam a deixar de adorar a Deus eram mortos (1 Reis 16-21).
Diante disso, é de se perguntar: Quem foi a Jezabel (ou a igreja) que nos séculos do período de Tiatira
introduziu na igreja cristã a idolatria, que proibiu o verdadeiro culto a Deus, que tinha um grande
número de sacerdotes sob suas ordens e que perseguiu os servos de Deus que se opunham à sua
autoridade?
Apocalipse 2:21: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas ela não quer se
arrepender.”
A profecia diz que Deus concedeu um tempo para que essa igreja, a Jezabel, se arrependesse de sua
prostituição espiritual, mas ela não se arrependeu. Todo afastamento dos princípios fundamentais de
Cristo é prostituição e apostasia.
Apocalipse 2:22: “Portanto, lançá-la-ei num leito de dores, bem como em grande tribulação os que com
ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.”
Apocalipse 2:23: “Ferirei de morte a seus filhos. Então todas as igrejas saberão que Eu sou aquele que
esquadrinha os rins e os corações, e darei a cada um de vós segundo as vossas obras.”
Apocalipse 2:24: “Digo-vos, porém, a vós, os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta
doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga não porei sobre
vós.”
Todo desvio da doutrina correta é considerado adultério. Como conseqüência, todos os que persistirem
voluntariamente com essa igreja na idolatria e prostituição, após receberem o pleno conhecimento da
verdade, terão que enfrentar as sete pragas que serão estudadas no capítulo 16.
Os “filhos” de Jezabel são, evidentemente, os adeptos dessa falsa igreja. Estes, se não se arrependerem
a tempo, como assegura a profecia, conhecerão a segunda morte, porque serão julgados e condenados
segundo as suas próprias obras e não segundo as obras de Cristo.
Apocalipse 2:25: “O que tendes, retende-o até que Eu venha.”
A eterna verdade do evangelho de Cristo foi confiada à Sua igreja neste planeta. Por nada no mundo a
igreja pode descuidar desse patrimônio. O desejo de Cristo é que Seus seguidores defendam a verdade a
todo custo.
Apocalipse 2:26: “Ao que vencer, e guardar até o fim as Minhas obras, Eu lhe darei autoridade sobre as
nações,”
Apocalipse 2:27: “e com vara de ferro as regerá, quebrando-as como são quebrados os vasos de oleiro;
assim como também recebi autoridade de Meu Pai.”
Apocalipse 2:28: “Também lhe darei a estrela da manhã.”
A estrela da manhã é Jesus (Ap 22:16). Ele oferece a Si mesmo para ser a nossa companhia.
Apocalipse 2:29: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
Durante a Idade Escura, cada região da Europa esteve sob a inspeção direta da Igreja. Não somente reis
em seus tronos, mas até pessoas comuns, em suas próprias casas, se submetiam ao poder de Roma. A
Igreja se colocou entre o rei e os súditos, pais e filhos, maridos e mulheres. Os segredos dos corações
eram abertos no confessionário. A Igreja ensinou que as pessoas eram salvas pelas boas obras.
Penitências e indulgências tiraram o pão de muitas bocas. Um governo forte, com um domínio como
jamais foi visto, assentou-se no trono.
Desvendando o Apocalipse: Sardes e Filadélfia
Sardes foi fundada no século 12 a.C. No passado, foi a capital da antiga
monarquia lídia, um dos reinos mais ricos do mundo antigo. A antiga cidade de Sardes foi construída
sobre um platô de rochas que se erguiam a 500 metros da planície. Era considerada uma fortaleza
impenetrável, mas em 1402 foi invadida e destruída por Tamerlane e nunca mais voltou a ser
reconstruída. O período relacionado à igreja de Sardes vai do ano 1517 d.C. ao ano 1821 d.C. - pouco
mais de 300 anos. A palavra Sardes quer dizer "remanescentes" ou "aqueles que estão escapando".
Apocalipse 3:1: "E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de
Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto."
Jesus Se identifica como o Espírito Mensageiro. Mais uma vez, deixa claro que é onisciente e conhece
todas as obras do Seu povo. Sardes teve um bom começo, pois carregava a bandeira das verdades
bíblicas; trouxe o espírito da Reforma. Começou com uma história de glória e terminou em completa
ruína.
1 João 5:12: "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida." Jesus Se
referiu a Sardes como igreja que tem nome de que vive mas está morta, porque o povo daquela época
estava aos poucos se afastando dEle.
Apocalipse 3:2 e 3: "Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei
as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e
arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei."
A estratégia de Satanás que antes era na forma de perseguição contra o povo de Deus, passou a ser "unir-
se" à igreja. Foi nesse período, após a Reforma de Martinho Lutero, que houve proliferação de
denominações religiosas. Jesus está pedindo para o povo guardar a verdade, mas Satanás percebeu que
poderia entrar na igreja e deturpar a doutrina, causando assim separação e confusão.
Sardes simboliza a igreja da Reforma, cobrindo os séculos dezesseis, dezessete e a maior parte do século
dezoito. O protestantismo foi fundado em protesto contra as doutrinas e práticas corruptas do
romanismo, mas a falta de conhecimento das Escrituras produziu debilidade espiritual e conformidade
com o mundo.
Apocalipse 3:4 e 5: "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e
comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e
de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e
diante dos Seus anjos."
As pessoas que não se contaminaram são aquelas que, mesmo em meio à confusão de diversas
denominações, se mantiveram fiéis à Palavra de Deus. Jesus afirma que esses fiéis ganhariam vestes
brancas e teriam seus nomes no livro da vida.
Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho
fino são as justiças dos santos." Os fiéis herdarão a Justiça de Cristo.
Apocalipse 3:6: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Todo ser humano deve ouvir o
que Deus diz.
Igreja de Filadélfia
Filadélfia se localizava em uma vasta colina entre dois vales férteis. Esta igreja recebe elogios e
nenhuma falha é mencionada. Esse tempo representa um período missionário, quando pregadores
falavam sobre a mensagem de um grande despertamento.
O período relacionado à igreja de Filadélfia vai do ano 1821 d.C. ao ano 1844 d.C. - o mais curto entre
todos os outros.
Apocalipse 3:7: "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é
verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre."
Jesus Se identifica como aquele que tem a chave de Davi. Quer dizer, aquele que tem toda autoridade e
poder.
Apocalipse 3:8: "Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode
fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha palavra, e não negaste o Meu nome."
Jesus afirma que para aqueles que se mantivessem fiéis Ele abriria uma porta e ninguém fecharia. Mas
que porta é essa?
Apocalipse 11:19: "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da Sua aliança foi vista no Seu templo;
e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva."
Porta da graça, salvação. Não era uma porta para o Céu, mas uma porta aberta no Céu. No santuário
celestial, onde Jesus ministrava no lugar santo, foi aberta uma porta e Ele passou ao lugar santíssimo.
Nesse momento da história, através da nova luz, novas verdades foram apresentadas, como, por
exemplo, a guarda de todos os dez mandamentos apresentados em Êxodo 20. Quando a porta no Céu se
abriu, as portas das igrejas protestantes se fecharam.
Apocalipse 3:9: "Eis que Eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas
mentem: eis que Eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que Eu te amo."
Jesus está Se referindo aos que dizem ser Seus seguidores, mas não são. O grande perigo atual está nas
igrejas que pregam, digamos, 95% da verdade. Por ocultar os 5% restantes elas automaticamente deixam
de ser de Cristo. Lembre-se sempre que para saber se você está no lugar certo é preciso que a igreja
pregue 100% das verdades bíblicas.
Apocalipse 3:10: "Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra."
Promessa de Deus para os filhos fiéis que iriam passar por aflições. Tempo de angústia. Deus promete
proteção na hora da dificuldade.
Apocalipse 3:11: "Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa."
É a primeira vez no Apocalipse que Jesus coloca Sua volta como fato iminente. Não é mais apenas uma
promessa, mas o próprio Filho de Deus fala com clareza que Sua segunda vinda está próxima.
Apocalipse 3:12: "A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e
escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém, que
desce do céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome."
Jesus promete ao filho fiel e vencedor três bênçãos especiais.
Apocalipse 3:13: "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas."
Desvendando o Apocalipse: Laodicéia
Laodicéia era uma cidade muito rica. A confiança nas riquezas era tanta
que seus habitantes não aceitaram ajuda de Roma para reconstruir a cidade, depois que um terrível
terremoto a destruiu. Sua riqueza vinha principalmente do comércio e dos juros bancários. O período
relacionado à igreja de Laodicéia vai do ano 1844 d.C. até os dias de hoje. Isso significa que as
mensagens de Jesus para este período são para você e para mim - a mensagem é para nós, que levamos
a bandeira das verdades bíblicas; povo cristão que guarda os dez mandamentos e têm o testemunho de
Jesus.
Apocalipse 3:14: "E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel
e verdadeira, o princípio da criação de Deus."
Jesus Se apresenta como o "princípio da criação de Deus". A palavra usada no original, em grego, é
Arché, que significa “origem ou agente da criação”.
Apocalipse 3:15 e 16: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou
quente. Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca."
Só esses dois versículos dariam um sermão, tamanha a importância do conteúdo. Jesus começa a
mensagem com palavras extremamente fortes. Ele diz conhecer tudo o que você e eu. Conhece o que
está em nosso íntimo. Conhece as intenções do nosso coração. Em seguida, diz que se não somos frios
nem quentes, somos pessoas mornas. E afirma que preferiria uma das duas condições, menos a
mornidão.
Jesus está falando aqui sobre a mornidão espiritual em que vivemos nos dias de hoje. Estamos dentro da
igreja, guardamos os mandamentos, temos o testemunho de Jesus, cremos em Sua volta, mas pelo fato
de termos a verdade, achamos que não precisamos mais trabalhar.
A mensagem aqui é para todos os cristãos de nome. Aqueles que falam muito bonito, mas que não vivem
os ensinos da Palavra. São os cristãos de banco, que ouvem as lindas pregações e os louvores, mas não
falam mais de Deus para ninguém. São os cristãos que se tornaram indiferentes espiritualmente.
Jesus usa uma série de adjetivos fortes e negativos para Se referir ao povo morno. É um recado para
todos aqueles que se acham bons a ponto de não precisarem de Deus. São aqueles que dizem ser
conhecedores da verdade, arrogantes e presunçosos. A mensagem é para as pessoas que têm a pretensão
de imaginar ser algo que não são.
Frio – É um estado desconfortável o bastante para saber que há algo errado. São as pessoas que
desconhecem as verdades bíblicas, que vivem a vida conforme sua vontade.
Quente – Esta condição representa uma igreja pronta a fazer o bem. Repleta do primeiro amor, do
temor, adoração. Cheia de louvor, alegria e sabedoria.
Morno – Mistura de quente e frio. Mistura de mundanismo e religião, o que é nauseante para Cristo.
Religiosa o bastante para não desprezar o Seu nome, mas mundana demais para assumir uma posição
firme ao lado dEle.
O problema não é doutrinário, mas comportamental.
É uma mensagem de Deus para acordar todo cristão que se encontra nessa condição de mornidão.
Apocalipse 3:17: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és
um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu."
Os presunçosos e arrogantes Jesus coloca nas condições de:
Desgraçados: dignos da misericórdia de Deus.
Miseráveis: dignos de pena.
Pobres: pobreza espiritual, falta de dedicação, trabalho, oração.
Cegos: falta de visão. Cegos para as necessidades alheias, para a necessidade da pregação do evangelho.
Nus: despidos, desprovidos das vestes de glória e beleza que devem adornar a igreja de Deus.
Apocalipse 3:18: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e
roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos
com colírio, para que vejas."
Através do Seu inexplicável amor, Jesus dá a receita para os que necessitam de cura. Chama Seu povo
para comprar (de graça) dEle ouro e roupas brancas.
Jó 23:10: "Porém Ele sabe o meu caminho; provando-me Ele, sairei como o ouro." Jesus nos convida a
nos purificarmos e a refinarmos a fé.
Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho
fino são as justiças dos santos."
Os fiéis herdarão a justiça de Cristo. Jesus nos chama para nos despirmos de nossa própria justiça e
vestirmos a dEle.
Atos 10:38: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou
fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele." O colírio é o Espírito
Santo.
Efésios 1:18: "Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança
da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos." O trabalho do Espírito Santo é
iluminar nossa mente, abrir nossos olhos para que enxergamos o que Deus tem para nos mostrar.
Apocalipse 3:19: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te."
A repreensão de Deus são expressões de amor, porque por meio delas Ele espera que nos voltemos para
Sua verdade.
Apocalipse 3:20: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo."
Um dos mais lindos versículos da Bíblia. É interessante notar que anteriormente Jesus também fala de
uma porta. Mas Ele tinha a chave para abri-la. Aqui Jesus afirma que Ele está à porta e precisa bater,
logo, entende-se que Ele está do lado de fora.
Esta porta representa o seu e o meu coração. Jesus está ali, a todo o momento, batendo para que
possamos abrir.
Jesus não força a entrada pela porta do nosso coração. Ele valoriza nossa liberdade de escolha. Respeita
nosso livre-arbítrio.
Apocalipse 3:21: "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu
venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono."
Os que abrirem o coração a Jesus estarão ao lado dEle no Céu.
Apocalipse 3:22: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas."
Desvendando o Apocalipse: O trono de Deus
Depois de Jesus ter apresentado a João as mensagens para todos os períodos de
Sua igreja aqui na Terra, Jesus o convida para contemplar o trono de Deus no Céu. Neste capítulo, João
teve o privilégio de ver a habitação do Rei dos reis; presenciou toda a Glória de Deus no trono eterno.
Desde 1844, data em que teve início o último período da igreja de Deus - Laodicéia -, está acontecendo
um julgamento no Céu. É essa a visão que João é convidado a contemplar no capítulo 4 de seu livro.
Apocalipse 4:1: "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz
que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois
destas devem acontecer."
João viu uma porta no Céu. É importante lembrar que no capítulo 1 de Apocalipse ele viu uma porta,
mas esta do capítulo 4 se refere à porta pela qual Jesus passou do lugar Santo para o Santíssimo, em
1844.
Outros profetas bíblicos tiveram a mesma oportunidade de João. Isaías viu anjos cantando; Ezequiel
contemplou uma cena com brasas de fogo, tochas. Estevão, pouco antes de morrer, pôde ter uma vista
da sala do trono de Deus.
Apocalipse 4:2 e 3: "E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no Céu, e um
assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e
sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda."
O livro de Hebreus confirma a existência de um santuário no Céu. O Apocalipse o menciona 14 vezes
como estando localizado lá. O trono de Deus, o qual está no interior do Templo Celestial, é mencionado
40 vezes.
João, através de uma visão, contemplou o trono de Deus no Céu e diz ter visto alguém sentado no trono.
Por que ele não reconheceu quem estava lá? Sabemos que no estado pecaminoso em que o homem se
encontra é impossível ver a Deus. Porém, o apóstolo tenta descrever o que viu, usando o jaspe e a
sardônica, que representam um brilho cristalino. O brilho retrata a santidade de Deus.
O arco-íris que João viu é o mesmo que representa a promessa de Deus de Sua misericórdia infalível. Foi
um sinal de concerto entre Ele e Seu povo, ao afirmar que jamais haveria um novo dilúvio sobre a Terra.
O arco-íris no Céu denota um concerto da graça de Deus.
A certeza que isso nos dá é que Deus continua no comando do mundo. Ele ainda não efetuou Sua justiça,
mas em breve o fará. Ele tem o controle de todas as coisas.
Apocalipse 4:4: "E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e
quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro."
Existem duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu:
1. Transladação – De acordo com a Bíblia, somente dois homens foram para o Céu dessa maneira: Elias e
Enoque.
2. Ressurreição - Moisés foi ressuscitado e levado para o Céu logo após seu sepultamento.
Estudiosos da Bíblia crêem que os 24 anciãos vistos no Céu são pessoas santas e justas que viveram em
todas as épocas na Terra. Podem ser os que ressuscitaram com Cristo e com Ele subiram como as
primícias da Sua vitória no Calvário (cf. Mt 27:50-53; Ef 4:8).
Apocalipse 4:5: "E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete
lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus."
João contemplou basicamente a mesma cena de quando Deus entregou a Moisés as tábuas com os Dez
Mandamentos, no monte Sinai. Relâmpagos e Trovões são símbolos do julgamento divino. Retratam todo
o poder e a glória de Deus; remetem à solenidade do acontecimento.
Sete é o número da perfeição. O texto diz que as sete lâmpadas de fogo são os sete espíritos de Deus. A
obra completa do Espírito Santo é representada em suas múltiplas operações investigando todas as
coisas, atuando em todos os lugares.
Apocalipse 4:6: "E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do
trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás."
Quem são os quatro seres viventes?
Isaías 6:1 e 2: "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e
sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas;
com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam."
São serafins; categoria de anjo.
Apocalipse 4:7: "E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um
bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma
águia voando."
Os quatro animais representam aspectos de Jesus destacados pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e
João, nos Evangelhos.
Leão: 28 vezes no livro de Apocalipse Jesus é chamado de Leão por Mateus, referindo-se ao Leão da tribo
de Judá. Aquele que é Rei dos reis.
Bezerro: Marcos mostra toda humildade de Jesus através da figura do novilho, que é um animal de
serviço. Jesus veio à Terra para servir. O bezerro representa esse aspecto do ministério de Jesus.
Homem: Lucas mostra o lado humano de Jesus. O chama de “Filho do homem”.
Águia: Creio que se fosse nos dias de hoje João usaria algo como um avião a jato para representar Jesus.
A idéia é apresentar Jesus como quem tem visão privilegiada. Alguém capaz de chegar aos altos céus. O
primeiro capítulo de João apresenta Jesus como Deus - o lado Divino. Ele está muito acima de tudo o que
podemos ver ou compreender.
Apocalipse 4:8: "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro,
estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o
Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir."
João contempla toda a adoração e louvores prestados a Deus por Seus anjos. Uma adoração "24 horas".
Apocalipse 4:9 a 11: "E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava
assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante
do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas
coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu
criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas."
Deus está no controle deste mundo. Todos os anjos que vivem com Ele há séculos entoam louvores e
cânticos de honra e glória. Os 24 anciãos se prostram perante o Criador de todo o Universo. Louvam a
Deus pelo motivo que, atualmente, milhares se esquecem: a Criação.
Jesus é a figura central do louvor dos anjos. Louvam porque O conhecem intimamente, convivem com
Ele há séculos e vivem impressionados por Seu amor e justiça. Deus é exaltado porque é o Criador e
Doador de toda a vida.
Desvendando o Apocalipse: o Cordeiro de Deus
Este novo capítulo encerra a continuação da visão precedente, no santuário
celestial. O tema central apresentado é um livro selado com sete selos. Uma só pessoa, em todo o
Universo de Deus, foi achada digna de abrir o livro e remover os seus sete selos.
Ao ter sido encontrada a pessoa digna, denominada “Leão da Tribo de Judá”, a Divindade e toda criatura
na vastidão universal sem fim, promoveram um coro inigualável de louvor e honra ao Todo-Poderoso e a
Seu Filho.
O livro de Jó fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando
miríades de anjos entoaram louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas,
alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). Em Apocalipse 5, temos outro
concerto, ainda mais bonito. É o hino da redenção.
Apocalipse 5:1: “Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e
por fora, selado com sete selos.”
João fala sobre um livro que estava na mão de Deus. O livro não tinha a forma como hoje conhecemos.
Na verdade, eram rolos em papiro ou pergaminho. O livro continha uma nova seqüência profética em
sete partes, como no caso das sete igrejas. Cada parte estava fechada com um selo.
Apocalipse 5:2: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e
de lhe romper os selos?”
Apocalipse 5:3: “E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar
para ele.”
Apocalipse 5:4: “E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler,
nem de olhar para ele.”
O anjo não pergunta “quem é capaz” de abrir o livro, mas “quem é digno”. O Universo inteiro ficou em
silêncio. Diante desse silêncio, João chora copiosamente. Se não aparecer alguém digno de abrir o livro e
romper-lhe os selos, todas as promessas dos profetas, todas as esperanças do povo de Deus, todas as
mensagens dos apóstolos terão sido em vão. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão
preocupado que chora.
Os querubins, os serafins, os 24 anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente,
esperam até que alguém tome o rolo da mão de Deus, e quebre os sete selos.
Apocalipse 5:5: “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da tribo de Judá, a raiz de
Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.”
Apocalipse 5:6: “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um
Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus
enviados por toda a terra”.
Apocalipse 5:7: “E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono.”
O leão, além de ser o rei dos animais, é o mais poderoso deles; invencível. Jesus é chamado assim
porque é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Procedeu da tribo de Judá, que era a tribo líder do povo
de Deus em Israel.
A raiz é quem sustenta a planta. Assim, Cristo era o sustentáculo de Davi como rei de Israel. O reino de
Davi era um emblema do futuro reino de Cristo.
Cristo venceu todos os Seus inimigos e foi então capacitado “para abrir o livro e desatar os seus sete
selos”.
Jesus é apresentado perante João sob os símbolos de “Leão da Tribo de Judá” e de um “Cordeiro” como
havendo sido morto. Esses símbolos representam a união do poder onipotente e do sacrifício do amor.
O Cordeiro não foi abatido pela morte, mas triunfou sobre ela.
Novamente o número sete representa uma unidade em sua plenitude. Os sete chifres simbolizam
plenitude de poder – onipotência. Os sete olhos simbolizam plenitude de conhecimento – onisciência. Por
isso, os sete chifres e os sete olhos são os sete espíritos de Deus – onipresença.
Apocalipse 5:8: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos
prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que
são as orações dos santos.”
Apocalipse 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus
selos, porque foste morto, e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e
povo e nação.”
Apocalipse 5:10: “Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles reinarão sobre a terra.”
Jesus é digno, não porque viveu uma vida santa, mas “porque [foi] morto”. Ele foi feito pecado por nós.
Houve uma substituição. Ele recebeu em Seu corpo a punição, para que pudéssemos ser conduzidos a
Deus.
A redenção tem suas raízes no passado, mas sua plena realização está no futuro. O preço da nossa
redenção foi pago quando o Senhor morreu na cruz. Mas a nossa redenção só se completará quando Jesus
vier pela segunda vez.
Este mundo deve ser recuperado e entregue outra vez ao povo de Deus: “Bem-aventurados os mansos,
porque eles herdarão a Terra.” Essa herança está no futuro.“Quando estas coisas começarem a
acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21:28).
Quando Adão pecou, ele cedeu todos os direitos sobre este mundo. E a herança não somente saiu de suas
mãos, mas das mãos de toda a sua posteridade. Satanás se declara senhor do mundo. Porém, por todo
esse tempo, os verdadeiros donos têm estado à espera de que o Remidor tome o livro selado e reassuma
a herança perdida.
Antes, porém, que o inimigo e sua semente possam ser despejados, e os verdadeiros herdeiros
reinstalados em sua propriedade, tem que haver uma completa verificação de todos os argumentos e
alegações. Isso exige a abertura dos livros no Céu. Esses livros devem ser examinados antes que a
sentença seja proferida. Antes que o nosso Senhor volte em glória e poder para receber Sua igreja, todo
caso terá sido decidido, pois Ele traz consigo o Seu galardão “para dar a cada um, segundo a sua obra”
(Ap 22:12).
O juízo investigativo teve início em 1844 e a sentença será dada quando Jesus retornar.
Julgamento
Em todo julgamento há três fases: (1) a investigação; (2) a sentença; (3) a execução da sentença.
No grande tribunal do Céu, são evidentes essas mesmas fases. Antes da sentença, deve haver uma
investigação de cada caso. Não porque Deus necessite disso, pois Ele sabe todas as coisas, mas para que
todo o Universo possa conhecer a justiça e a correção da sentença.
O apóstolo Paulo diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (2Co 5:10). Cristo
“há de julgar os segredos dos homens” (Rm 2:16). “Porquanto [Deus] tem determinado um dia em que
com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou” (At 17:31).
Esse Homem não é outro senão Jesus Cristo, pois Ele próprio declara de Si mesmo: “O Pai a ninguém
julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” “E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do
homem” (Jo 5:22, 27). Assim, Jesus é ao mesmo tempo nosso Advogado e Juiz.
Sabemos, pois, que para um advogado nos representar, é preciso que lhe demos uma procuração. Jesus
Cristo será o juiz no dia do julgamento pelo qual todos iremos passar, mas Ele só será o advogado de
quem lhe entregar a “procuração”.
Apocalipse 5:11: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e
dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares,”
Apocalipse 5:12: “proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber a glória,
e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”
Apocalipse 5:13: “Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar,
e a todas as coisas que neles há, dizerem: ‘Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o
louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo o sempre.’”
Apocalipse 5:14: “E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.”
Ao mover-Se o Remidor exibindo o título de propriedade da posse alienada, irrompeu um novo canto
diante do trono: “Digno é o Cordeiro que foi morto.” Os anjos, os quatro seres viventes e os 24 anciãos
compreendem claramente o que significa o livro nas mãos do Cordeiro – o Remidor celestial. O cântico
de glória é para Aquele que é digno de toda honra e louvor.
Desvendando o Apocalipse: os sete selos
No capítulo 5 do Apocalipse, João descreve a cena em que Jesus toma o
livro selado da mão de Deus sob uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir
os selos, um por um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo será explorado no capítulo 8 de
Apocalipse. Ao invés de palavras ditadas por Jesus, João agora visualiza cenas. Assim, como em outros
capítulos, a simbologia é bastante utilizada. É importante citar que a seqüência profética e simbólica
dos sete selos relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando
ênfase a outros eventos.
As profecias do Apocalipse não são sucessivas, mas repetitivas; isto é, elas são reafirmadas cobrindo os
mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete trombetas cobrem o mesmo período
das sete igrejas.
O princípio de interpretação profética destacado pelo próprio Senhor Jesus é que somente quando a
profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente compreendida. Três vezes Jesus disse
isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que aconteça, para que quando acontecer possais crer”
(Jo 14:29, 13:19 e 16:4).
O propósito do cumprimento das profecias é fortalecer nossa fé.
Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro primeiros selos – representam
as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira).
Os quatros cavaleiros do Apocalipse
O primeiro selo
Apocalipse 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes
dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!”
Apocalipse 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa,
e ele saiu vencendo, e para vencer.”
O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro.
Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de comunicação (como o e-
mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder
e da rapidez necessários à pregação do evangelho; tarefa incumbida ao povo de Deus. A cor branca era
símbolo de vitória sobre o inimigo.
A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a segunda vinda triunfal de Cristo, que o apresenta
vindo à Terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco.
O cavalo de cor branca é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, no período de 34 a 100 d.C. A
igreja cristã era pura na doutrina porque foi conduzida diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro
trazia, nos dias antigos, era uma arma de ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição
dos exércitos daquele tempo eram as flechas.
Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores deste mundo recebem a
coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, recebe a coroa antecipadamente,
como evidência segura de Sua vitória.
O segundo selo
Apocalipse 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem!”
Apocalipse 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para
que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.”
O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro representa o Império Romano
pagão.
O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em se tratando de vida
espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim...” (Is
1:18).
A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este período do segundo selo, de
corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do ano 100 ao ano 313 d.C.
Milhões morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristianismo da face da terra. A perseguição
contra cristãos foi seguida de muitas mortes, porém, por causa do sangue de muitos mártires, o
cristianismo crescia a cada dia.
Os cristãos primitivos não tinham liberdade como nós hoje de ir às igrejas prestar culto a Deus. Ser
cristão era um crime punido com a morte. Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todas
as pessoas presentes apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perseguição. O tempo do
cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram os cristãos.
O terceiro selo
Apocalipse 6:5: “Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! Olhei,
e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão.”
Apocalipse 6:6: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Uma medida de
trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho.”
O cavalo preto simboliza luto e trevas espirituais. O cavaleiro representa a figura do Imperador Romano.
O cristianismo já não era mais ilícito, mas popular. As pessoas eram incentivadas a tornarem-se cristãs.
Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais branco. Era tão corrupto que foi representado por
um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o lugar das doutrinas verdadeiras e puras da igreja
primitiva.
Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Estado ou o governo (313 a 538 d.C.). A
partir daí não eram mais os pagãos que perseguiam os cristãos. Eram os cristãos que passaram a
perseguir os pagãos.
A balança é o símbolo da justiça. A utilização desse símbolo demonstra que a Igreja e o Estado estariam
unidos para exercer a autoridade judicial. Isso foi verdade entre os imperadores romanos desde
Constantino até Justiniano, quando ele entregou a mesma autoridade judicial ao bispo de Roma.
Nesta visão, João viu uma balança na mão do cavaleiro. “Uma medida de trigo por um denário; e três
medidas de cevada por um denário.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser de graça. Mas
agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um negócio.
O trigo representa a pura verdade do evangelho de Cristo, enquanto a cevada que não é tão pura assim,
as tradições e erros que penetraram na igreja. Em razão de sua escassez, o trigo era vendido por valor
maior do que a cevada. Três medidas de cevada eram vendidas pelo mesmo preço de uma medida de
trigo.
E até hoje esse estado de coisas perdura no chamado cristianismo nominal. Aquele que apresenta ao
mundo, evidentemente, mais “cevada” do que “trigo”, ou seja, mais erros tradicionais do que verdades
fundamentais.
Nas Escrituras Sagradas o azeite é símbolo do Espírito Santo, enquanto o vinho representa o sangue de
Cristo. A ordem “Não danifiques o azeite e o vinho” reclama que não se pode invocar o nome de Cristo e
do Espírito Santo quando se prega o erro e a “tradição dos homens” em lugar da verdade de Deus.
O quarto selo
Apocalipse 6:7: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia:
Vem!”
Apocalipse 6:8: “Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Inferno o seguia.
Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e
com as feras da terra.”
O cavalo amarelo simboliza a morte. O cavaleiro é representado pelo Papado.
Na verdade, a palavra grega que designa a cor deste cavalo é chloros, que é um esverdeado pálido. A cor
da morte.
Foi durante os 1.260 anos da perseguição que os templos pagãos viraram igrejas cristãs. Mas o povo
verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar o seu Deus.
Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cristãos perseguindo pagãos. Agora eram
cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A Roma cristã não crucificava pessoas como a Roma pagã
fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava criminosos por roubarem, mas a Roma
cristã torturava cristãos por lerem a Bíblia.
No período do quarto selo, que foi de 538 a 1517 d.C., foi dado ao cavaleiro que monta o cavalo amarelo
ou tem as rédeas da igreja em suas mãos o nome de “Morte”. É uma prova real da carnificina que foi a
Inquisição. O papado efetuou grande chacina e levou multidões à sepultura. Inferno, ou “hades”, designa
o lugar dos mortos ou sepultura.
O quinto selo
Apocalipse 6:9: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por
causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.”
Apocalipse 6:10: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano,
não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
Apocalipse 6:11: “E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que
repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos,
que haviam de ser mortos, como também eles foram.”
O quinto selo é uma sucessão do quarto e estende-se do período que vai do ano 1517 a 1755. No quarto
selo vimos os terríveis extermínios do papado contra o povo de Deus. O quinto selo nos mostra o quadro
das testemunhas de Deus e de Seus filhos mortos pela espada papal.
Para entender o que significam as almas debaixo do altar é preciso considerar quatro questões:
1. O que significa o termo “alma”?
A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego psyche e é mencionada 103 vezes no Novo Testamento.
Psyche é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”. Por exemplo, referindo-se aos convertidos no
Pentecostes, é dito que “naquele dia agregaram-se quase três mil almas” [psyche] (At 2:41). Fica claro
que João teve a visão das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não
supostas almas desencarnadas.
2. Existe algum altar de sacrifícios no Céu?
Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a declaração de João de que viu
“debaixo do altar as almas dos que foram mortos” no período da perseguição papal deve ser entendida
como uma afirmativa de que eles estão debaixo da terra, ou em seus sepulcros.
3. Pode haver espírito de vingança no Céu?
Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse dominar de tal maneira as mentes das almas
no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas
enquanto não vissem a vingança praticada contra os seus inimigos. Há lugar para ódio no coração dos
habitantes do Céu? Não, nunca. Jamais.
4. Por que essas almas estariam clamando por vingança?
Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando
num suposto inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior
poderiam querer?
O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. O sangue de Abel clama
por vingança (Gn 4:9, 10).
O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo longe está de afirmar que eles
estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo certo, os Seus inimigos. O que João
viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será satisfeito no devido tempo. “A voz do
sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” (Gn 4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente
que se trata de uma linguagem figurada.
As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente martirizados, não porque
fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”.
A frase "repouso por pouco tempo" é outra evidência de que não poderiam estar no Céu, mas em seus
sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco.
O sexto selo
Apocalipse 6:12: “Olhei enquanto ele abria o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol tornou-se
negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.”
Apocalipse 6:13: “As estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um
vento forte, deixa cair os seus figos verdes.”
Apocalipse 6:14: “O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola, e todos os montes e ilhas
foram removidos dos seus lugares.”
Apocalipse 6:15: “Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os poderosos e todo escravo
e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes,”
Apocalipse 6:16: “e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele
que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro!”
Apocalipse 6:17: “Pois é vindo o grande dia da ira deles, e quem poderá subsistir?”
João visualiza a abertura do sexto selo, onde estão descritos os sinais da iminente volta de Jesus. A
linguagem que antes era simbólica passa a ser literal. Os escritores do Antigo Testamento, e o próprio
Cristo, falaram muitas vezes de grandes sinais no universo físico, no Sol, na Lua, nas estrelas e na Terra.
Esses sinais seriam indicações especiais da volta de nosso Senhor.
No século 18, em 1º de novembro de 1755, na cidade de Lisboa, Portugal, ocorreu o maior terremoto de
toda história. A maior parte da cidade foi destruída em apenas seis minutos. O sismo abalou outras
cidades da Europa e da África.
O dia escuro ocorreu no dia 19 de maio de 1780, principalmente na cidade de Connecticut.
Na noite seguinte ao dia escuro, a Lua se mostrou vermelha como sangue.
Na noite de 12 de novembro de 1833, uma tempestade de estrelas cadentes irrompeu sobre a Terra. A
América do Norte recebeu o maior impacto desse chuveiro de estrelas.
De acordo com a profecia descrita em Apocalipse 6, estamos vivendo entre os versos 13 e 14. Os eventos
do verso 13 já ocorreram. Os próximos acontecimentos no programa de Deus estão descritos no verso 14.
O Céu se retira como um rolo. Cada montanha e ilha serão removidas.
João descreve que haverá um tempo em que as pessoas irão correr e se esconder da ira de Deus. Numa
grande reunião irão desejar que montes e vales caiam sobre eles, pois não conseguirão encarar a face do
Senhor. Essas pessoas são todos aqueles que, infelizmente, não dedicaram a vida a Deus. Não
reconheceram Jesus como Salvador, Senhor e Advogado e recusaram todas as ofertas de salvação. Mas
ainda há tempo! É preciso tomar uma decisão - a escolha deve ser imediata.
Desvendando o Apocalipse: o selo de Deus
O assunto é tão importante que Deus abriu um parêntese antes de falar sobre o
sétimo selo para mostrar a João que, antes da volta de Jesus, existirá um povo especial responsável por
realizar uma obra profética mundial. O capítulo sete apresenta informações adicionais particulares
concernentes ao sexto selo. João visualiza essa cena antes de o céu retirar-se como um livro que se
enrola, e depois dos sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. Isso ocorre entre os versos 13 e 14 de Apocalipse
6.
Apocalipse 7:1: “Depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra,
retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem
contra árvore alguma.”
Os quatro cantos da Terra denotam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Isso significa
que esses anjos têm toda a Terra para cuidar.
Os anjos são agentes sempre presentes nos negócios da Terra. Aqui fica claro que Deus lhes confiou uma
poderosa obra: reter os quatro ventos da Terra. Isso é uma profecia a cumprir-se imediatamente antes
da segunda vinda de Cristo.
Na Bíblia, ventos significam comoção política, agitação, guerras (Dn 7:2, 3, 16, 17; Is 17:12-14; Jr 49:35-
37).
Não fosse pelos quatro anjos segurando os ventos, a civilização se auto-destruiria. Os anjos do mal estão
agitando os ventos das guerras. Os acontecimentos internacionais falam em voz alta de que se aproxima
o momento decisivo em que os ventos serão soltos, e se estabelecerá o caos total. Simultaneamente, ao
serem soltos os ventos, virão as sete últimas pragas preditas no capítulo 16.
Mas a obra dos anjos de segurar os ventos tornará possível a realização de outra obra muito especial, que
será descrita nos versos seguintes. O tempo da graça divina por um mundo caído e ingrato terá se
esgotado para sempre. Multidões que estão recebendo e rejeitando o convite da misericórdia estarão
excluídas da salvação que desprezam. Agora, porém, é o tempo da decisão.
Apocalipse 7:2: “Vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo. Ele clamou com
grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,”
Apocalipse 7:3: “dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos selado
nas suas testas os servos do nosso Deus.”
A Bíblia usa as palavras “sinal” e “selo” de maneira intercalada. Em Gênesis 17:11, é dito que a
circuncisão era um “sinal”. Em Romanos 4:11, ela é mencionada como sendo um “selo”. O selo é uma
marca distinta que torna o povo de Deus diferente. Segundo as Escrituras, o selo de Deus é o sábado (Êx
31:16, 17; Ez 20:12, 20).
Os Dez Mandamentos são a Lei de Deus. Para uma lei ser autêntica, é necessário que ela tenha três
características: nome do legislador, função e território.
O quarto é o único mandamento onde é possível encontrar essas três características.
Êxodo 20:8 a 11: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua
obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho,
nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e
ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou."
Nome do Legislador: Deus
Sua função: Criador
Território: Terra
A expressão "selado nas suas testas" quer dizer que haveria um povo que teria consciência da
importância de guardar e santificar o sábado, que é o selo de Deus. Como se trata de uma obra de
evangelização, esse anjo deve representar, sem dúvida, um movimento mundial que deverá chamar a
atenção dos homens para o selo de Deus.
O anjo é tão-somente o portador do selo. Mas o Selador deve ser Aquele que é o único capaz de
convencer os homens a aceitar o selo de Deus. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado,
da justiça e do juízo. Em outras palavras, Ele convence o mundo sobre a transgressão da lei, porque,
segundo o apóstolo João, pecado também é a transgressão da lei.
Só guardar o sábado não garante o selamento; é preciso ser santificado. Somente depois que os pecados
são apagados por Jesus no santuário celestial é que os Seus servos poderão receber o “selo do Deus
vivo”, pois o sábado, como vimos, é um sinal de “santificação” (Ez 20:20).
Apocalipse 7:4: “E ouvi o número dos que foram selados, e eram cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel.”
Apocalipse 7:5: “Da tribo de Judá, doze mil foram selados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de
Gade, doze mil;”
Apocalipse 7:6: “da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manasses, doze
mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil;”
Apocalipse 7:8: “da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamin, doze
mil.”
Essa profecia não trata do Israel que foi condenado como nação por ter rejeitado o Filho de Deus. Então,
quem são os 144 mil?
Os 144 mil representam um símbolo do Israel espiritual, a igreja de Deus. O número 144 (12 tribos de
Israel x 12 apóstolos) simboliza o povo de Deus de todos os tempos (Ap 21:12-14), por isso o número 144
é multiplicado por mil. Os 144 mil são um grupo especial de pessoas que estarão no Céu.
Apocalipse 7:9: “Depois destas coisas olhei, e vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de
todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e perante o Cordeiro,
trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos.”
Apocalipse 7:10: “Clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e
ao Cordeiro.”
Apocalipse 7:11: “Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres
viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,”
Apocalipse 7:12: “dizendo: Amém. Louvor e glória e sabedoria e ação de graças e honra e poder e força
ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.”
Apocalipse 7:13: “Então um dos anciãos me perguntou: Estes que estão vestidos de branco, quem são
eles e de onde vieram?”
Apocalipse 7:14: “Respondi-lhe: Senhor, tu o sabes. Disse-me ele: Estes são os que vieram da grande
tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”
Apocalipse 7:15: “Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e
aquele que está assentado sobre o trono estenderá o Seu tabernáculo sobre eles.”
Apocalipse 7:16: “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre
eles.”
Apocalipse 7:17: “Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das
águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.”
O profeta contempla todos os santos salvos, “de todas as nações, e tribos, e povos e línguas”, de todos
os séculos da história do mundo. Todos trajarão uma vestimenta única – as vestes brancas simbólicas da
justiça do Salvador. Ostentarão palmas em suas mãos como emblemas da grande vitória alcançada sob o
poder de Jesus. Essa multidão incontável é composta dos que “vieram da grande tribulação”.
Todos os cristãos passam por tribulações para entrar no reino de Deus (At 14:22). A Bíblia fala sobre o
tempo de angústia “qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1).
Nem fome, nem sede. Isso mostra que eles passaram fome e sede. Nas sete últimas pragas, os pastos,
com todos os frutos e a vegetação, ficam secos (Jl 1:18-20), e os rios e fontes tornam-se em sangue (Ap
16:4-7). Nesse tempo, a dieta de justiça será reduzida para pão e água, e isso será certo (Is 33:16).
Nas pragas, o Sol recebe poder para “abrasar os homens com fogo” (Ap 16:8, 9). Os justos serão
protegidos dos efeitos mortais.
Deus tem muitos filhos espalhados ao redor do mundo. São encontrados em todas as igrejas e até mesmo
fora das igrejas. Sua mensagem de selamento está indo depressa a todas as terras, reunindo aqueles
cujo coração é perfeito para com Ele.
Aqueles que estão diante do trono louvam e servem a Deus de dia e de noite porque “Deus lhes enxugará
dos olhos toda lágrima”.
Desvendando o Apocalipse: as sete trombetas
Os capítulos 8 e 9 apresentam a terceira cadeia histórica do livro. O tema
central é a abertura do sétimo selo. Uma nova corrente profética, composta de sete trombetas. Nas
profecias, os toques de trombetas são emblemas de guerra; e, nesta revelação, o teor da profecia já
indica isso mesmo, aliás, guerras de conquista e aniquilamento, movidas por poderes levantados contra o
império mais opressor da história do mundo – o Império Romano.
Apocalipse 8:1: “Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora.”
Que acontecimento será esse que fará com que cessem os coros e as orquestras celestiais por quase meia
hora? Em Sua segunda vinda, Jesus virá acompanhado de todos os anjos do Céu. Assim sendo, haverá
silêncio no Céu, enquanto não regressarem com os salvos de todos os tempos.
A meia hora de silêncio no Céu não será literal, mas profética, como o resto do Apocalipse. Para
sabermos o tempo exato de quase meia hora profética, temos que dividir um dia profético por 24 horas.
Um dia profético equivale a um ano, ou melhor dito – 24 horas proféticas. E, mais ainda, o ano profético
compreende 360 dias literais.
Agora, para termos o tempo exato de “quase meia hora” profética, teremos que, em primeiro lugar,
dividir 360 dias por 24 horas. E o resultado da operação será 15 dias. Quer dizer que uma hora profética
equivale a 15 dias literais. Então, meia hora profética equivale a sete dias e meio. Como a profecia não
fala em meia hora, ou sete dias e meio, mas em “quase meia hora”, isso dá exatamente sete dias (uma
semana). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu.
Apocalipse 8:2: “E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete
trombetas.”
Profeticamente falando, trombeta é símbolo de guerra ou de graves acontecimentos políticos. Como as
sete igrejas revelam a condição interna e os sete selos, a condição externa da igreja cristã, as sete
trombetas demonstram evidentes guerras ou juízos que desabariam sobre os seus opressores, a começar
com os primeiros que foram os romanos: Roma-Pagã Ocidental e Roma-Cristã Oriental.
Apocalipse 8:3: “Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro. Foi-lhe dado
muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante
do trono.”
Apocalipse 8:4: “E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos
santos.”
Antes dos sete anjos saírem de diante de Deus para cumprirem a sua missão, uma nova cena é
apresentada na visão. Um novo anjo surge, não com trombeta, mas com um incensário de ouro, pondo-se
“junto ao altar”. No Céu, há um único altar, aliás, o do incenso, que se encontra no primeiro
compartimento ou lugar santo do santuário.
Mas quem é o anjo que se apresentou junto do altar para ministrar o incenso? Um anjo comum não pode
exercer funções de sacerdote, pelo fato de o sacerdote ser um mediador entre o pecador e Deus, e os
anjos jamais foram designados como tais. O Mediador entre o pecador e Deus é um só – Jesus Cristo. Daí
o anjo ministrante da visão ser o próprio Senhor Jesus, não só porque já O vimos noutra visão
ministrando no santuário, mas porque a revelação O apresenta também como um anjo, o “anjo do
concerto”.
Se pudéssemos ser transportados ao santuário de Israel, veríamos ali o sacrifício contínuo (diário) dos
sacerdotes. Todos os dias, um deles tirava fogo do altar e, enchendo o incensário, queimava o incenso.
Enquanto a fragrância permeava o acampamento, ela servia como um chamado à oração.
Em um dia do ano, o Dia da Expiação, o trabalho era desempenhado apenas pelo sumo sacerdote.
Enquanto ele oferecia o incenso sobre o altar, a congregação, em atitude solene, do lado de fora do
santuário, dedicava-se à oração. Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote celestial, ainda faz intercessão por
nós no santuário celestial. Nossas orações sobem até Ele como suave incenso.
Apocalipse 8:5: “Então o anjo tomou o incensário, encheu-o de fogo do altar e o lançou sobre a terra; e
houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.”
O mesmo fogo do altar que produz a nuvem de incenso que sobe para Deus com as orações dos santos é
lançado na Terra, produzindo efeitos tremendos. A mesma graça que absolve o pecador torna-se
condenação ao ímpio.
Para os justos, o ato do lançamento do fogo do altar sobre a Terra indica que a obra da mediação
terminou. Não mais será oferecido incenso pelas orações. Por pouco tempo, os justos terão que viver
sem mediação até o aparecimento do seu Senhor para arrebatá-los da Terra.
E para os ímpios que desprezaram o amor de Deus, indica o fechamento definitivo da porta da graça. Por
isso, após o lançamento do fogo do altar sobre a Terra, seguem-se “vozes e trovões, relâmpagos e
terremotos”, anunciando a recompensa dos ímpios. As mesmas cenas são descritas noutras visões do
Apocalipse.
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Desvendando o Apocalipse

  • 1. Desvendando o Apocalipse - Introdução A partir de hoje, e sempre às sextas-feiras, começo a publicar aqui a série "Desvendando o Apocalipse", um estudo verso a verso do último e mais intrigante livro da Bíblia. Os textos são da colaboradora jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirados nas palestras do advogado Mauro Braga. Este estudo tem o objetivo de apresentar as verdades contidas no livro do Apocalipse de maneira direta e simples. Está livre de interpretações pessoais ou de alguma denominação religiosa. A Bíblia e a própria história da humanidade são as únicas fontes usadas nos textos. É muito comum vermos a imprensa de todo o mundo, pessoas cultas e formadores de opinião insistirem em afirmar que o Apocalipse (último livro da seleção do cânon bíblico, escrito pelo apóstolo João) é algo ligado a grandes catástrofes, calamidades e fim do mundo. Mas você já parou para pensar qual é o verdadeiro significado dessa palavra? "Apocalipse" significa, em grego, "revelação". As perguntas são: Revelação de quem? Para quem? E sobre o quê? Peço que você pare um pouco e reflita sobre essas três questões. Voltarei a elas posteriormente. Antes de começar a mostrar o que a Bíblia fala sobre esse livro, convido-o(a) a participar de um breve, porém crucial histórico do autor, o apóstolo João. Por que João foi escolhido para escrever o Apocalipse? João tinha 85 anos quando começou a escrever o livro. Estava preso e isolado em Patmos, uma ilha árida e rochosa no mar Egeu, na Grécia, escolhida pelo governo romano para banimento de criminosos. João tinha 17 anos quando viu Jesus pela primeira vez. Mateus 4:18 a 21: "E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes seguiram-No. E, adiantando-Se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de
  • 2. Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes. Chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-No." Os irmãos Tiago e João eram pescadores e estavam consertando o barco do pai, provavelmente para saírem em mais uma viagem ao mar. Porém, quando ouviram o chamado de Jesus para O acompanharem, largaram tudo e O seguiram. Os relatos bíblicos seguintes confirmam que João esteve presente nos momentos mais importantes da vida de Jesus. João foi consultado sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. João 20:1 e 2: "E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." João fala dele mesmo na terceira pessoa, usando as palavras "a quem Jesus amava". João estava presente quando Jesus ressuscitou a filha de Jairo. Lucas 8:49 a 51: "Estando Ele ainda falando, chegou um dos príncipes da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta, não incomodes o Mestre. Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva. E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai e a mãe da menina." João foi um dos escolhidos para subir ao monte com Jesus onde contemplou Sua transfiguração. Mateus 17:1 e 2: "Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-Se diante deles; e o Seu rosto resplandeceu como o sol, e as Suas vestes se tornaram brancas como a luz." João foi levado junto ao Getsêmani enquanto Jesus orava. Mateus 26:36 e 37: "Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a Seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se muito." João estava presente no momento em que Jesus era julgado na corte. João 18:15 e 16: "E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava na parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro." João estava aos pés da cruz quando Jesus foi crucificado. João 19:25 a 27: "E junto à cruz de Jesus estava Sua mãe, e a irmã de Sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali Sua mãe, e que o discípulo a quem Ele amava estava presente, disse a Sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa."
  • 3. Não foi por acaso que João foi chamado de o apóstolo amado. Ele esteve presente nos momentos mais importantes da vida de Jesus. Estava sendo preparado para algo muito maior. Ele não era um homem perfeito. Amava a Deus de todo o coração, mas tinha uma personalidade forte. A própria Bíblia se refere a isto em Marcos 3:17?: "E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa Filhos do trovão." Apesar de ser uma pessoa difícil, talvez até explosivo, João sempre odiou as injustiças do Império Romano. João 13:33: "Filhinhos, ainda por um pouco estou [Jesus] convosco. Vós Me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde Eu vou não podeis vós ir; Eu vo-lo digo também agora." O momento era a Santa Ceia e Jesus falava aos discípulos sobre o lugar para onde Ele partiria. João ficou angustiado porque não entendia o recado do Mestre. Os apóstolos achavam que havia chegado a hora de Jesus mostrar todo o Seu poder, tornar-Se rei e acabar com toda dor, medo e injustiças cometidas contra os judeus. Mateus 20:21: "Então Se aproximou dEle a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-O, e fazendo-Lhe um pedido. E Ele disse-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à Tua direita e outro à Tua esquerda, no Teu reino." Nesse momento a mãe de Tiago e João chega perto de Jesus para pedir que seus dois filhos tivessem lugares privilegiados em Seu reino. Havia uma disputa política por parte dos apóstolos para saber quais os cargos que receberiam, pois acreditavam que Jesus estabeleceria Seu reino na Terra. Mateus 20:22: "Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que Eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que Eu sou batizado? Disseram-Lhe eles: Podemos." A verdade é que nenhum dos apóstolos estava preparado para aquele momento e nem esperavam por ele. Não compreenderam o caráter do reinado de Cristo. João 18:36: "Respondeu Jesus: O Meu reino não é deste mundo; se o Meu reino fosse deste mundo, pelejariam os Meus servos, para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o Meu reino não é daqui." A cena era de Jesus perante Pilatos. João estava presente em meio à multidão. Depois que Cristo foi crucificado, começaram as perseguições contra os apóstolos. Alguns foram mortos cruelmente, mas a vida de João foi sendo preservada. Foi aí, então, que João começou a entender que o reinado de Jesus não era deste mundo. Entendeu também qual era seu papel e ministério. Aos 85 anos, João foi escolhido para ser o mensageiro de revelações, não por acaso. Ele foi sendo moldado por Jesus durante toda sua vida, para que pudesse compreender o real significado do ministério de Cristo. Ele foi escolhido por causa do relacionamento íntimo que tinha com o Mestre. Desvendando o Apocalipse - Capítulo 1
  • 4. A Bíblia é um livro que deve ser estudado com a mente aberta e o coração puro e receptivo. O Apocalipse é um livro que utiliza muitos símbolos, porém, todos eles são explicados pela própria Palavra de Deus. Para compreender o Apocalipse é preciso ter em mente que ele é um resumo de toda a Bíblia. Portanto, para entendê-lo é preciso consultar o Antigo Testamento, inclusive o livro profético de Daniel, e também o Novo Testamento. Eis aqui uma pequena tabela de conversão dos símbolos usados no Apocalipse, para você usar toda vez que lê-los no livro profético: Animal = rei ou Reino (Daniel 7:17, 17 e 23) Mulher = igreja (Efésios 5:23 e 32) Água = povos (Apocalipse 17:15) 1 dia = 1 ano (Ezequiel 4:6 e 7; Números 14:34) Ventos = guerras (Jeremias 51:1-5) Chifres = poder, rei ou reino (Apocalipse 17:12; Daniel 8:21 e 22; 7:14) Tempos = anos (Daniel 11:13) Dragão = diabo (Apocalipse 12:9) Cordeiro = Jesus Cristo (João 1:29) Cauda = falso profeta (Isaías 9:15) Estrelas = mensageiros (Apocalipse 12:4 [anjos]; Daniel 12:3 [pregadores]) Apocalipse = revelação (Apocalipse 1:1) Apocalipse 1:1 a 3: "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo. O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem- aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Revelação de quem? Deus deu a Jesus Cristo uma revelação. O Senhor então entregou a mensagem ao anjo Gabriel e este notificou ao servo João. Essa foi à ordem dos acontecimentos. Para quem? Seus servos. O que é um servo? É alguém que serve a um senhor. Gostaria de enfatizar a importância dessa passagem. O próprio Deus deu a revelação para Jesus, para que através de Gabriel chegasse a João, o qual foi escolhido para transmitir a mensagem a mim e a você. Fica claro que essa
  • 5. mensagem é para uma categoria especial de pessoas. São eles os servos de Deus. Portanto, não importa se você é rico ou pobre, se é ignorante no assunto, culto, inteligente. Você não terá dificuldade em compreender esse livro se realmente tiver um coração receptivo e for um servo de Deus. A revelação é para você. Revelação sobre o quê? João foi escolhido por Deus para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. Apocalipse 1:2: "O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto." Essa passagem confirma porque João, com 85 anos, foi escolhido para escrever o livro. Ele escreveu sobre tudo aquilo que viu. Apocalipse 1:3: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Creio que essa seja uma das poucas, senão a única passagem bíblica em que é oferecida uma benção tríplice. Os versos também mostram que existem três estágios espirituais para todo o servo que queira conhecer as revelações do Apocalipse. Primeiro nível: aqueles que lêem – são os servos que lêem a Palavra, a conhecem, dedicam tempo para seu estudo. Segundo nível: aqueles que ouvem – são os servos que se permitem ficar em silêncio para ouvir a voz de Deus falar-lhes ao coração. Terceiro nível: aqueles que guardam – são os que já leram, já ouviram e agora praticam o que aprenderam na vida. Apocalipse 1:4-6: "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e dos sete espíritos que estão diante do Seu trono. E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados. E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém." Confirmação da Santa Trindade Divina saudando o povo de Deus. Quem são os sete espíritos que estão diante do trono? Sabemos que o número sete, na Bíblia, representa a perfeição divina, a plenitude. Aqui o sete é usado de maneira simbólica. Sete = número simbólico que representa a perfeição. Espíritos = Espírito Santo de Deus. O verso declara Jesus como o primogênito dentre os mortos. A referência é para afirmar que Jesus foi a
  • 6. pessoa mais importante que já experimentou a morte. Apocalipse 1:7: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos que O traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém." Primeira promessa em Apocalipse sobre a volta de Jesus. Indicação de como será Sua vinda. Afirmação de que todas as pessoas que estiverem vivas O verão. Também ressuscitarão no dia da volta do Senhor aqueles que O transpassaram (todos que tiveram participação direta ou indiretamente em Sua morte). Os mortos em Cristo também se levantarão dos túmulos para presenciar Sua volta. Apocalipse 1:8: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso." Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, ômega a última. Isso quer dizer que Deus Se intitulou como sendo o início e o fim de tudo. Que promessa maravilhosa Deus faz aqui; que esperança é saber que por maior que sejam os problemas pelos quais passamos ou vamos enfrentar, eles têm uma data certa para acabar. Apocalipse 1:9: "Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo." João confessa que é nosso irmão, que foi como um de nós, cheio de problemas e provações. Aliás, ele estava preso e isolado aos 85 anos na ilha de Patmos justamente por causa da Palavra de Deus. Ele, que andava com Jesus, que foi chamado de apóstolo amado, não foi poupado das injustiças deste mundo. Muitos acreditam que seguir a Jesus é assinar uma "apólice de seguro", porém, aqui fica claro que mesmo João foi alvo de injustiças e provações. Porém, ele seguiu em frente, olhando para o alto, pois sabia que havia de cumprir o propósito pelo qual fora criado. Apocalipse 1:10: "João diz: Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta." A real explicação para essa afirmação é que em momento de revelação, o Espírito Santo de Deus levou a mente de João para um estado onde pudesse compreender a visão e a mensagem que iria receber. Sua "alma" não saiu do seu corpo e foi para algum lugar do "além". Não. A Bíblia é enfática em afirmar que a vida (alma) não existe se corpo e espírito (fôlego) não estiverem juntos. O Espírito Santo impressionou a mente do apóstolo a fim de que ele pudesse ver. João disse que sua visão foi no dia do Senhor. Eis apenas algumas das diversas passagens bíblicas que afirmam que dia é esse: Isaías 58:12-14: "E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no Meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem
  • 7. pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras. Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Êxodo 20:10 e 11: "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Lucas 4:16: "Chegando a Nazaré, onde fora criado, [Jesus] entrou na sinagoga no dia de sábado, segundo o Seu costume, e levantou-Se para ler." Enquanto Cristo viveu na Terra, guardou e santificou o sábado, o dia do Senhor. Apocalipse 1:10-14: "E ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta. Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro." João viveu com Jesus durante anos. Tinha um íntimo relacionamento com o Senhor. Por que, então, o verso menciona que ele precisou se virar para ver quem falava com ele? Jesus esteve na terra como homem, assim como João. O apóstolo não O reconheceu de imediato porque a voz de Jesus havia mudado. Jesus apareceu a João glorificado, como o próprio Deus. Com uma voz cheia de poder. Que sete igrejas são essas? Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia representam os períodos e fases pelas quais a igreja de Deus passou na Terra, desde a crucificação de Jesus e a morte dos apóstolos. O que são os sete castiçais de ouro? Um símbolo usado para descrever as sete igrejas. "O mistério dos sete castiçais de ouro que viste, são as sete igrejas" (Ap 1:20). O texto trata da primeira revelação que João teve. E sua tradução é a seguinte: João ouviu Jesus falando com ele, afirmando ser o início e o fim. Jesus deu ordem para que João escrevesse tudo aquilo que visse e então mandasse para as sete igrejas, ou seja, para todos os períodos da igreja de Deus na Terra. João disse que, ao se virar, viu sete castiçais de ouro, ou seja, as sete igrejas. E no meio desses períodos, um em especial que refletia o caráter de Jesus Cristo.
  • 8. Apocalipse 1:13-15: "No meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os Seus olhos como chama de fogo. E os Seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a Sua voz como a voz de muitas águas." As vestes usadas por Jesus eram as mesmas que os sacerdotes do Antigo Testamento usavam quando estavam oficiando no santuário. O relato da descrição das roupas deixa claro que assim como existia um santuário terrestre, existe também o celestial, no qual Jesus está ministrando como sacerdote. Voz de muitas águas = voz como de grande multidão. Apocalipse 1:16: "E ele tinha na Sua destra sete estrelas; e da Sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o Seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece." Sete estrelas = "O mistério das sete estrelas que viste na minha destra são os anjos das sete igrejas" (Ap 1:20). Mensageiros das Igrejas. O recado aqui é para os dirigentes de igrejas quanto à responsabilidade de pregar a Palavra de Deus. Jesus tem em Sua mão direita os mensageiros da Sua Palavra e os sustenta com ela. O que é a espada aguda de dois fios que saia da boca de Jesus? "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12). Logo, o significado do verso é o seguinte: Jesus sustenta em Sua mão direita os mensageiros de Sua Palavra; de Sua boca sai toda palavra de Deus que é tão penetrante que, quando temos um coração receptivo, entra no íntimo da nossa mente e é capaz de mudar as intenções do coração. Apocalipse 1:17 e 18: "E eu, quando vi, caí a Seus pés como morto; e Ele pôs sobre mim a Sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último. E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." Todo e qualquer ser humano, no estado de pecador, não pode ver a Deus. Com João não foi diferente. Não conseguia enxergar a glória de Deus e então desmaiou. Mas Jesus o levantou com Sua mão direita e disse-lhe: "Não temas, Eu sou o primeiro e o último." Jesus também Se refere a Si como aquele que morreu, mas que hoje está vivo para todo o sempre. Jesus é o único que tem a chave da morte e das sepulturas (heb. inferno); só Ele pode dar vida aos mortos.
  • 9. Apocalipse 1:19: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer." Jesus chama a atenção de João para que ele continue escrevendo tudo que diante dele tem se revelado, pois é chegada a hora de mostrar a todos os servos de Deus tudo o que há de acontecer. Para que ninguém seja enganado. Apocalipse 1:20: "O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas." O capítulo termina com Jesus revelando o significado das sete estrelas e dos sete castiçais. Desvendando o Apocalipse - Capítulo 2 (parte 1) Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse revelam o conteúdo de cartas que o próprio Jesus ditou ao apóstolo João para serem enviadas às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. No estudo anterior, vimos que essas sete igrejas representam os períodos pelos quais a Igreja de Deus passou. Nas cartas, encontramos o retrato da relação de Cristo com as diferentes fases da Igreja ao longo da era Cristã. Por meio das cartas, Jesus faz elogios, censuras, exortações, advertências e promessas ao Seu povo, desde Sua crucificação até os dias de hoje. As sete igrejas estavam localizadas na Ásia e a primeira delas, Éfeso, foi fundada pelos próprios apóstolos. Você vai notar que ao terminar o conteúdo das cartas, Jesus diz: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Essas palavras confirmam que as mensagens expressas por Cristo são para todos os Seus seguidores. São mensagens de Jesus para você e para mim. I - A igreja de Éfeso Éfeso era uma importante cidade na província romana da Ásia. O que fazia da cidade uma atração mundial era o famoso templo de Diana, a denominada “deusa da fertilidade” dos efésios. A maioria das pessoas que viviam na cidade adorava deuses pagãos. Paulo fundou uma igreja cristã em Éfeso e João viveu ali algum tempo. A carta de Cristo dirigida à igreja de Éfeso representa a mensagem que Ele tinha para o primeiro período da igreja cristã.
  • 10. O período relacionado à igreja de Éfeso vai do ano 31 d.C. ao ano 100 d.C. A palavra Éfeso significa “desejável”. Essa palavra descreve o caráter e as condições espirituais da igreja cristã em sua primeira etapa. Por muitas razões era a igreja apostólica “desejável” aos olhos de Deus: 1. Foi fundada diretamente por Cristo. 2. Era totalmente fiel aos princípios fundamentais de doutrina de Cristo. 3. Possuía o poder sem limites do Espírito Santo. 4. Deu o mais poderoso testemunho em favor de Jesus. 5. Suas obras missionárias foram inigualáveis. Trinta anos foi o tempo em que os apóstolos pregaram o evangelho de Jesus por várias partes do mundo. Apocalipse 2:1: “Ao anjo da igreja de Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na mão direita as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:” Anjos = mensageiros Sete estrelas = anjos (mensageiros ou emissários) das sete igrejas Sete candeeiros = sete igrejas Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que Seu apóstolo João escreveu. Apocalipse 2:2: “Conheço as tuas obras e o teu trabalho e a tua perseverança, e que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são e os achastes mentirosos.” “Eu sei as tuas obras.” Elogio de Jesus aos Seus seguidores; é um incentivo para se apegarem às boas obras e renunciarem as más. Nada passa despercebido por Ele. Ainda na vida dos apóstolos, começaram a se manifestar os “maus”, dentro da igreja. Ananias e sua esposa Safira foram os primeiros que, de alguma maneira, queriam mudar os ensinos de Jesus; mas houve muitos deles. Porém, Jesus aprova a perseverança dos que criam em Seu nome em manter as leis e ensinos puros e retos. Apocalipse 2:3: “Tens perseverança e por causa do Meu nome sofreste e não desfaleceste.” A igreja apostólica foi muito perseguida pelos judeus e pelos romanos. Nero incendiou Roma em 19 de julho de 64. Os historiadores falam com indignação da crueldade de Nero para com os cristãos incessantemente perseguidos. A perseguição implacável durou quatro anos, até a morte de Nero. Embora perseguidos, os cristãos eram pacientes e conformados, pois sabiam em Quem criam. Outro elogio de Jesus diz respeito ao trabalho missionário de Sua igreja. O trabalho missionário do período de Éfeso foi o mais grandioso de toda a história da Igreja. Os apóstolos percorreram os quatro cantos do mundo para pregar o evangelho.
  • 11. Apocalipse 2:4: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” Jesus, em seu amor, repreende Seu povo sempre que necessário. A gloriosa igreja que em apenas 30 anos evangelizou o mundo é, por fim, acusada da perda do primeiro amor. Não é o caso que a igreja não amasse mais a Deus, a Jesus e Sua verdade. Mas já não era aquele primeiro amor. A discussão de assuntos sobre doutrinas sem importância ocupou o tempo que devia ser usado para pregar o evangelho. Foi nessa hora crítica da Igreja que João foi isolado na ilha de Patmos. Quase todos os outros apóstolos já estavam mortos. E até os nossos dias o cristianismo sente falta do primeiro amor, do primeiro entusiasmo. A história ainda se repete. Quantos cristãos aceitam o evangelho com fervor e entusiasmo, para depois, com o correr do tempo, esfriarem e se deixarem levar pelo desânimo. Jesus nos chama de volta, nos chama para a beleza do primeiro amor. Apocalipse 2:5: “Lembra-te de onde caíste! Arrepende-te e pratica as primeiras obras. Se não te arrependeres, brevemente virei a ti e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.” Uma admoestação e uma advertência – Deus não estava alheio à gravidade do perigo. Deus apela para que todo cristão faça três coisas: 1. Lembrar-se do momento ou circunstância que o fez se separar das verdades bíblicas. 2. Arrepender-se. 3. E praticar as primeiras obras de fé e fervor. Se a Igreja não voltasse às primeiras obras, o candeeiro seria retirado. Isso significava que Jesus privaria a Igreja da luz e das bênçãos do evangelho, para confiá-las a outras mãos. Como cristãos, devemos verificar se estamos ou não sob a influência do “primeiro amor”. A indiferença é a pior coisa na vida espiritual. A proposta de Jesus é a transformação da vida. Apocalipse 2:6: “Tens, porém, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais Eu também odeio.” Os nicolaitas faziam parte de uma seita fundada por Nicolau, da Antioquia. Se diziam cristãos, mas consideravam normal o adultério e outras práticas odiadas por Deus. Eles achavam que a fé em Jesus os liberava da obediência aos Dez Mandamentos. Cristo sempre se preocupava em não apenas apontar os erros, mas em oferecer a cura. Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe–ei a
  • 12. comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” “Quem tem ouvidos” – a advertência é para todos! Mas vencer o quê? O que há para ser vencido? O pecado. A promessa ao vencedor é bem clara: participação “da árvore da vida que está no paraíso de Deus”. Duas pessoas apenas da família humana – Adão e Eva – provaram da árvore da vida, quando ainda em estado de inocência e pureza. O impedimento do acesso à árvore da vida foi uma das maiores perdas do homem. Mas Jesus assegura devolver essa bênção ao vencedor. II - A igreja de Esmirna Esmirna é uma das cidades mais antigas do mundo. Atualmente é chamada Izmir, e é a terceira maior cidade da Turquia. Fica ao norte de Éfeso, numa linha da baía do Mar Egeu, Grécia. O Período relacionado à igreja de Esmira vai do ano 100 d.C ao ano 313 d.C. A palavra esmirna significa “mirra”, “perfume” ou “cheiro suave”. Compreendemos que a igreja, no segundo período de sua história, seria esmagada por perseguições de seus adversários; porém, na opressão, liberaria o suave perfume da fidelidade e do amor a Jesus. Apocalipse 2:8: “Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, o que foi morto e reviveu.” Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que Seu apóstolo João escreveu. Apocalipse 2:9: “Conheço a tua tribulação e a tua pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são sinagoga de Satanás.” “Eu sei as tuas obras”, é a frase de Cristo em cada uma das sete cartas, antes de referir-Se à condição da igreja em cada período. Por si só, essa frase constitui uma denúncia ou um elogio às obras de cada cristão. É muito importante que cada cristão medite nessa frase dirigida à Igreja e analise sua condição espiritual. A pobreza que enriquece – Jesus diz à igreja que sabia de sua pobreza material, mas que ela era rica, pois tinha muita fé. Falsos judeus – A acusação de Cristo de que na igreja de Esmirna havia falsos judeus, equivale a dizer que havia nela falsos cristãos. Afirmou Jesus que esses pertenciam à “sinagoga de Satanás”. Apocalipse 2:10: “Não temas as coisas que estás para sofrer. Escutai: o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais provados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, a dar-te-ei a coroa da vida.”
  • 13. Sabemos que nas profecias das Sagradas Escrituras um dia equivale a um ano. Em vez de dias literais, temos aqui dez anos proféticos de perseguição contra a igreja do período de Esmirna. Essa perseguição sem trégua durou dez anos (de 303 a 313), durante o governo do imperador Diocleciano. Foi a maior perseguição que a igreja cristã recebeu durante o domínio da Roma pagã, o Imperador não queria apenas matar todos os cristãos, mas acabar com o Cristianismo na face da Terra. Apocalipse 2:11: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte.” Pela primeira vez no Apocalipse é feita menção à segunda morte. Só o cristão vencedor não passará pela experiência da segunda morte. Mas o que é a segunda morte? De acordo com uma citação de autor desconhecido, “é o resultado da persistência do homem em pecar voluntariamente”. Todos os ímpios serão ressuscitados para a segunda morte ou condenação. Entretanto, aos fiéis, Jesus garantiu a vitória sobre a segunda morte. Desvendando o Apocalipse - Capítulo 2 (parte 2) III - A igreja de Pérgamo Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos seus mestres na arte de curar. Tinha uma biblioteca com 200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma forma refinada de couro. Pérgamo é uma modificação da palavra "pelica". O rei de Pérgamo recebia o título de “Pontífice Máximo”, que significa o "edificador da grande ponte". Nisto vemos uma semelhança com a torre de Babel, cujo propósito era alcançar o céu por esforços humanos. Quando o rei de Pérgamo entregou seu reino aos romanos, todo esse culto foi transferido para Roma. E o título “Pontífice Máximo” foi absorvido pelo cristianismo romano. Pérgamo tornou-se, assim, um elo entre a antiga Babilônia e a moderna Roma. O período relacionado à igreja de Pérgamo foi de 313 d.C a 538 d.C. A palavra Pérgamo significa “exaltação”, “elevação”, porque a própria cidade estava edificada mil pés acima do nível do vale. Esse significado descreve o caráter e a vida espiritual da igreja em seu novo período. Apocalipse 2:12: “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes.” Jesus Se apresenta à igreja deste período com uma espada de dois gumes. Espada é a “palavra de Deus que penetra até a medula”, diz Paulo, “que interpreta os pensamentos e intenções do coração” (Hb
  • 14. 4:12). Apocalipse 2:13: “Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, reténs o Meu nome, e não negaste a Minha fé, mesmo nos dias de Antipas, Minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.” É a terceira vez que Jesus diz estar a par das obras de Sua igreja. Esta carta é uma veemente denúncia. Jesus sabia que a igreja estava se aliando ao mundanismo, dando início à apostasia. Deste período da igreja de Pérgamo, de 313 a 538, ou de Constantino a Justiniano, em que ela foi considerada Igreja Imperial, disse Jesus que ela habitava no “trono de Satanás”. Jesus lamentava que Sua igreja escolhesse para sede a mesma cidade onde estava o trono de Satanás, a cidade dos Césares – Roma. Apocalipse 2:14: “Todavia, tenho algumas coisas contra ti; Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, levando-os a comer das coisas sacrificadas aos ídolos, e praticar a prostituição.” A doutrina de Balaão pode ser resumida como idolatria pagã. Como o paganismo não podia vencer a igreja, então fez amizade com ela. Assim, paulatinamente, as práticas e cerimônias pagãs foram sendo introduzidas aos poucos no cristianismo, para amenizar as perseguições. Dessa forma, o cristianismo passou a freqüentar as cortes e palácios dos imperadores, trocando a simplicidade de Cristo e de Seus apóstolos pela pompa e orgulho dos sacerdotes; em lugar dos mandamentos de Deus, entraram teorias e tradições humanas. Assim como fez com Balaão, Satanás corrompeu a igreja por meio de uma aliança com o mundo. Na pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos Césares e reinou como uma rainha. Houve uma mútua transigência e tolerância entre o cristianismo e o paganismo. Por causa da influência pagã, o cristianismo mudou tanto que se tornou um "paganismo batizado". Apocalipse 2:15: “Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas.” Apocalipse 2:16: “Arrepende-te, pois! Se não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da Minha boca.” A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão e dos nicolaítas – a idolatria e a prostituição da verdade. Apocalipse 2:17: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” Quando qualquer pessoa entre os gregos era acusada de crimes contra o Estado e era julgada pelos
  • 15. cidadãos, eles votavam por absolvição com uma pedra branca; e por condenação, com uma pedra preta. Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer dar aos vencedores uma pedra branca, está lhes dando a certeza da absolvição. IV – A igreja de Tiatira Das sete cartas, esta é a mais longa. A cidade de Tiatira estava localizada numa região estratégica para muitos negócios. Tinha como fonte de renda uma brilhante tintura vermelha, conhecida como púrpura. Pode ser considerada a Igreja da Idade Média. O período relacionado a Tiatira foi de 538 d.C. até 1517 d.C. A palavra Tiatira significa “sacrifício”, “dificuldade”, que bem descreve a situação da Igreja em sua quarta etapa. A igreja foi perseguida de morte pelo papado, principalmente no movimento chamado de Inquisição. Apocalipse 2:18: “Ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:” Cristo Se apresenta à Sua igreja neste período, pela primeira vez e a única em todo o Apocalipse, como “Filho de Deus”, exatamente porque sabia que o lugar do Filho de Deus seria usurpado por aquele que se apresentaria como Seu substituto na Terra. A igreja não deveria trocar de Senhor. Apocalipse 2:19: “Conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas do que as primeiras”. Jesus elogia Seu povo. Foi o período que precedeu à grande obra da Reforma. Reconhecido também por “Igreja do Deserto”, época das grandes perseguições de Roma papal, contra o povo de Deus. Nesse tempo adverso, a igreja cristã manifestou fé, paciência e consagração. A história dos Valdenses é uma prova disso. Rejeitando a supremacia dos papas, os Valdenses mantinham a Escritura Sagrada como única autoridade suprema e infalível. Escondidos nas montanhas e em cavernas dedicavam-se a copiar as Escrituras, capítulo por capítulo, versículo por versículo. Por isso, a Palavra de Deus foi conservada através dos séculos. Apocalipse 2:20: “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz profetisa. Com o seu ensino ela engana os Meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos.” Na igreja de Pérgamo havia os que seguiam a doutrina de Balaão – idolatria e prostituição. Na igreja de Tiatira é mencionado haver uma mulher ensinando e enganando também com idolatria e prostituição. Mas quem era a Jezabel da época da igreja de Tiatira?
  • 16. A mulher é empregada nas profecias como símbolo de igreja. Se a profecia fala que a igreja verdadeira é simbolizada por uma mulher virgem e pura, então aquela mulher que ensina a mentira para enganar só pode representar uma igreja falsa. Conseqüentemente, a Jezabel de Tiatira representa uma falsa igreja que ensina idolatria e prostituição das doutrinas de Cristo. A Jezabel do antigo Testamento praticou várias obras detestáveis aos olhos de Deus: 1. Ela se casou com o rei Acabe e tornou-se rainha de Israel. 2. Por ser filha de um rei pagão, ela introduziu a idolatria entre o povo de Deus. 3. Proibiu o verdadeiro culto a Yahweh. 4. A adoração ao Sol tomou o lugar da adoração a Yahweh. 5. Trouxe sacerdotes pagãos para Israel. 6. Perseguiu até a morte os verdadeiros servos de Deus. 7. Os que se recusavam a deixar de adorar a Deus eram mortos (1 Reis 16-21). Diante disso, é de se perguntar: Quem foi a Jezabel (ou a igreja) que nos séculos do período de Tiatira introduziu na igreja cristã a idolatria, que proibiu o verdadeiro culto a Deus, que tinha um grande número de sacerdotes sob suas ordens e que perseguiu os servos de Deus que se opunham à sua autoridade? Apocalipse 2:21: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas ela não quer se arrepender.” A profecia diz que Deus concedeu um tempo para que essa igreja, a Jezabel, se arrependesse de sua prostituição espiritual, mas ela não se arrependeu. Todo afastamento dos princípios fundamentais de Cristo é prostituição e apostasia. Apocalipse 2:22: “Portanto, lançá-la-ei num leito de dores, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.” Apocalipse 2:23: “Ferirei de morte a seus filhos. Então todas as igrejas saberão que Eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações, e darei a cada um de vós segundo as vossas obras.” Apocalipse 2:24: “Digo-vos, porém, a vós, os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga não porei sobre vós.” Todo desvio da doutrina correta é considerado adultério. Como conseqüência, todos os que persistirem voluntariamente com essa igreja na idolatria e prostituição, após receberem o pleno conhecimento da verdade, terão que enfrentar as sete pragas que serão estudadas no capítulo 16.
  • 17. Os “filhos” de Jezabel são, evidentemente, os adeptos dessa falsa igreja. Estes, se não se arrependerem a tempo, como assegura a profecia, conhecerão a segunda morte, porque serão julgados e condenados segundo as suas próprias obras e não segundo as obras de Cristo. Apocalipse 2:25: “O que tendes, retende-o até que Eu venha.” A eterna verdade do evangelho de Cristo foi confiada à Sua igreja neste planeta. Por nada no mundo a igreja pode descuidar desse patrimônio. O desejo de Cristo é que Seus seguidores defendam a verdade a todo custo. Apocalipse 2:26: “Ao que vencer, e guardar até o fim as Minhas obras, Eu lhe darei autoridade sobre as nações,” Apocalipse 2:27: “e com vara de ferro as regerá, quebrando-as como são quebrados os vasos de oleiro; assim como também recebi autoridade de Meu Pai.” Apocalipse 2:28: “Também lhe darei a estrela da manhã.” A estrela da manhã é Jesus (Ap 22:16). Ele oferece a Si mesmo para ser a nossa companhia. Apocalipse 2:29: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Durante a Idade Escura, cada região da Europa esteve sob a inspeção direta da Igreja. Não somente reis em seus tronos, mas até pessoas comuns, em suas próprias casas, se submetiam ao poder de Roma. A Igreja se colocou entre o rei e os súditos, pais e filhos, maridos e mulheres. Os segredos dos corações eram abertos no confessionário. A Igreja ensinou que as pessoas eram salvas pelas boas obras. Penitências e indulgências tiraram o pão de muitas bocas. Um governo forte, com um domínio como jamais foi visto, assentou-se no trono. Desvendando o Apocalipse: Sardes e Filadélfia
  • 18. Sardes foi fundada no século 12 a.C. No passado, foi a capital da antiga monarquia lídia, um dos reinos mais ricos do mundo antigo. A antiga cidade de Sardes foi construída sobre um platô de rochas que se erguiam a 500 metros da planície. Era considerada uma fortaleza impenetrável, mas em 1402 foi invadida e destruída por Tamerlane e nunca mais voltou a ser reconstruída. O período relacionado à igreja de Sardes vai do ano 1517 d.C. ao ano 1821 d.C. - pouco mais de 300 anos. A palavra Sardes quer dizer "remanescentes" ou "aqueles que estão escapando". Apocalipse 3:1: "E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto." Jesus Se identifica como o Espírito Mensageiro. Mais uma vez, deixa claro que é onisciente e conhece todas as obras do Seu povo. Sardes teve um bom começo, pois carregava a bandeira das verdades bíblicas; trouxe o espírito da Reforma. Começou com uma história de glória e terminou em completa ruína. 1 João 5:12: "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida." Jesus Se referiu a Sardes como igreja que tem nome de que vive mas está morta, porque o povo daquela época estava aos poucos se afastando dEle. Apocalipse 3:2 e 3: "Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." A estratégia de Satanás que antes era na forma de perseguição contra o povo de Deus, passou a ser "unir- se" à igreja. Foi nesse período, após a Reforma de Martinho Lutero, que houve proliferação de denominações religiosas. Jesus está pedindo para o povo guardar a verdade, mas Satanás percebeu que poderia entrar na igreja e deturpar a doutrina, causando assim separação e confusão. Sardes simboliza a igreja da Reforma, cobrindo os séculos dezesseis, dezessete e a maior parte do século dezoito. O protestantismo foi fundado em protesto contra as doutrinas e práticas corruptas do romanismo, mas a falta de conhecimento das Escrituras produziu debilidade espiritual e conformidade com o mundo. Apocalipse 3:4 e 5: "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e
  • 19. de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos." As pessoas que não se contaminaram são aquelas que, mesmo em meio à confusão de diversas denominações, se mantiveram fiéis à Palavra de Deus. Jesus afirma que esses fiéis ganhariam vestes brancas e teriam seus nomes no livro da vida. Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." Os fiéis herdarão a Justiça de Cristo. Apocalipse 3:6: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Todo ser humano deve ouvir o que Deus diz. Igreja de Filadélfia Filadélfia se localizava em uma vasta colina entre dois vales férteis. Esta igreja recebe elogios e nenhuma falha é mencionada. Esse tempo representa um período missionário, quando pregadores falavam sobre a mensagem de um grande despertamento. O período relacionado à igreja de Filadélfia vai do ano 1821 d.C. ao ano 1844 d.C. - o mais curto entre todos os outros. Apocalipse 3:7: "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre." Jesus Se identifica como aquele que tem a chave de Davi. Quer dizer, aquele que tem toda autoridade e poder. Apocalipse 3:8: "Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha palavra, e não negaste o Meu nome." Jesus afirma que para aqueles que se mantivessem fiéis Ele abriria uma porta e ninguém fecharia. Mas que porta é essa? Apocalipse 11:19: "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da Sua aliança foi vista no Seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva." Porta da graça, salvação. Não era uma porta para o Céu, mas uma porta aberta no Céu. No santuário celestial, onde Jesus ministrava no lugar santo, foi aberta uma porta e Ele passou ao lugar santíssimo. Nesse momento da história, através da nova luz, novas verdades foram apresentadas, como, por
  • 20. exemplo, a guarda de todos os dez mandamentos apresentados em Êxodo 20. Quando a porta no Céu se abriu, as portas das igrejas protestantes se fecharam. Apocalipse 3:9: "Eis que Eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que Eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que Eu te amo." Jesus está Se referindo aos que dizem ser Seus seguidores, mas não são. O grande perigo atual está nas igrejas que pregam, digamos, 95% da verdade. Por ocultar os 5% restantes elas automaticamente deixam de ser de Cristo. Lembre-se sempre que para saber se você está no lugar certo é preciso que a igreja pregue 100% das verdades bíblicas. Apocalipse 3:10: "Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra." Promessa de Deus para os filhos fiéis que iriam passar por aflições. Tempo de angústia. Deus promete proteção na hora da dificuldade. Apocalipse 3:11: "Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." É a primeira vez no Apocalipse que Jesus coloca Sua volta como fato iminente. Não é mais apenas uma promessa, mas o próprio Filho de Deus fala com clareza que Sua segunda vinda está próxima. Apocalipse 3:12: "A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome." Jesus promete ao filho fiel e vencedor três bênçãos especiais. Apocalipse 3:13: "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas." Desvendando o Apocalipse: Laodicéia
  • 21. Laodicéia era uma cidade muito rica. A confiança nas riquezas era tanta que seus habitantes não aceitaram ajuda de Roma para reconstruir a cidade, depois que um terrível terremoto a destruiu. Sua riqueza vinha principalmente do comércio e dos juros bancários. O período relacionado à igreja de Laodicéia vai do ano 1844 d.C. até os dias de hoje. Isso significa que as mensagens de Jesus para este período são para você e para mim - a mensagem é para nós, que levamos a bandeira das verdades bíblicas; povo cristão que guarda os dez mandamentos e têm o testemunho de Jesus. Apocalipse 3:14: "E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus." Jesus Se apresenta como o "princípio da criação de Deus". A palavra usada no original, em grego, é Arché, que significa “origem ou agente da criação”. Apocalipse 3:15 e 16: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Só esses dois versículos dariam um sermão, tamanha a importância do conteúdo. Jesus começa a mensagem com palavras extremamente fortes. Ele diz conhecer tudo o que você e eu. Conhece o que está em nosso íntimo. Conhece as intenções do nosso coração. Em seguida, diz que se não somos frios nem quentes, somos pessoas mornas. E afirma que preferiria uma das duas condições, menos a mornidão. Jesus está falando aqui sobre a mornidão espiritual em que vivemos nos dias de hoje. Estamos dentro da igreja, guardamos os mandamentos, temos o testemunho de Jesus, cremos em Sua volta, mas pelo fato de termos a verdade, achamos que não precisamos mais trabalhar. A mensagem aqui é para todos os cristãos de nome. Aqueles que falam muito bonito, mas que não vivem os ensinos da Palavra. São os cristãos de banco, que ouvem as lindas pregações e os louvores, mas não falam mais de Deus para ninguém. São os cristãos que se tornaram indiferentes espiritualmente. Jesus usa uma série de adjetivos fortes e negativos para Se referir ao povo morno. É um recado para todos aqueles que se acham bons a ponto de não precisarem de Deus. São aqueles que dizem ser conhecedores da verdade, arrogantes e presunçosos. A mensagem é para as pessoas que têm a pretensão de imaginar ser algo que não são.
  • 22. Frio – É um estado desconfortável o bastante para saber que há algo errado. São as pessoas que desconhecem as verdades bíblicas, que vivem a vida conforme sua vontade. Quente – Esta condição representa uma igreja pronta a fazer o bem. Repleta do primeiro amor, do temor, adoração. Cheia de louvor, alegria e sabedoria. Morno – Mistura de quente e frio. Mistura de mundanismo e religião, o que é nauseante para Cristo. Religiosa o bastante para não desprezar o Seu nome, mas mundana demais para assumir uma posição firme ao lado dEle. O problema não é doutrinário, mas comportamental. É uma mensagem de Deus para acordar todo cristão que se encontra nessa condição de mornidão. Apocalipse 3:17: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Os presunçosos e arrogantes Jesus coloca nas condições de: Desgraçados: dignos da misericórdia de Deus. Miseráveis: dignos de pena. Pobres: pobreza espiritual, falta de dedicação, trabalho, oração. Cegos: falta de visão. Cegos para as necessidades alheias, para a necessidade da pregação do evangelho. Nus: despidos, desprovidos das vestes de glória e beleza que devem adornar a igreja de Deus. Apocalipse 3:18: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." Através do Seu inexplicável amor, Jesus dá a receita para os que necessitam de cura. Chama Seu povo para comprar (de graça) dEle ouro e roupas brancas. Jó 23:10: "Porém Ele sabe o meu caminho; provando-me Ele, sairei como o ouro." Jesus nos convida a nos purificarmos e a refinarmos a fé.
  • 23. Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." Os fiéis herdarão a justiça de Cristo. Jesus nos chama para nos despirmos de nossa própria justiça e vestirmos a dEle. Atos 10:38: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele." O colírio é o Espírito Santo. Efésios 1:18: "Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos." O trabalho do Espírito Santo é iluminar nossa mente, abrir nossos olhos para que enxergamos o que Deus tem para nos mostrar. Apocalipse 3:19: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." A repreensão de Deus são expressões de amor, porque por meio delas Ele espera que nos voltemos para Sua verdade. Apocalipse 3:20: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Um dos mais lindos versículos da Bíblia. É interessante notar que anteriormente Jesus também fala de uma porta. Mas Ele tinha a chave para abri-la. Aqui Jesus afirma que Ele está à porta e precisa bater, logo, entende-se que Ele está do lado de fora. Esta porta representa o seu e o meu coração. Jesus está ali, a todo o momento, batendo para que possamos abrir. Jesus não força a entrada pela porta do nosso coração. Ele valoriza nossa liberdade de escolha. Respeita nosso livre-arbítrio. Apocalipse 3:21: "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Os que abrirem o coração a Jesus estarão ao lado dEle no Céu. Apocalipse 3:22: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Desvendando o Apocalipse: O trono de Deus
  • 24. Depois de Jesus ter apresentado a João as mensagens para todos os períodos de Sua igreja aqui na Terra, Jesus o convida para contemplar o trono de Deus no Céu. Neste capítulo, João teve o privilégio de ver a habitação do Rei dos reis; presenciou toda a Glória de Deus no trono eterno. Desde 1844, data em que teve início o último período da igreja de Deus - Laodicéia -, está acontecendo um julgamento no Céu. É essa a visão que João é convidado a contemplar no capítulo 4 de seu livro. Apocalipse 4:1: "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer." João viu uma porta no Céu. É importante lembrar que no capítulo 1 de Apocalipse ele viu uma porta, mas esta do capítulo 4 se refere à porta pela qual Jesus passou do lugar Santo para o Santíssimo, em 1844. Outros profetas bíblicos tiveram a mesma oportunidade de João. Isaías viu anjos cantando; Ezequiel contemplou uma cena com brasas de fogo, tochas. Estevão, pouco antes de morrer, pôde ter uma vista da sala do trono de Deus. Apocalipse 4:2 e 3: "E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no Céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda." O livro de Hebreus confirma a existência de um santuário no Céu. O Apocalipse o menciona 14 vezes como estando localizado lá. O trono de Deus, o qual está no interior do Templo Celestial, é mencionado 40 vezes. João, através de uma visão, contemplou o trono de Deus no Céu e diz ter visto alguém sentado no trono. Por que ele não reconheceu quem estava lá? Sabemos que no estado pecaminoso em que o homem se encontra é impossível ver a Deus. Porém, o apóstolo tenta descrever o que viu, usando o jaspe e a sardônica, que representam um brilho cristalino. O brilho retrata a santidade de Deus.
  • 25. O arco-íris que João viu é o mesmo que representa a promessa de Deus de Sua misericórdia infalível. Foi um sinal de concerto entre Ele e Seu povo, ao afirmar que jamais haveria um novo dilúvio sobre a Terra. O arco-íris no Céu denota um concerto da graça de Deus. A certeza que isso nos dá é que Deus continua no comando do mundo. Ele ainda não efetuou Sua justiça, mas em breve o fará. Ele tem o controle de todas as coisas. Apocalipse 4:4: "E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro." Existem duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu: 1. Transladação – De acordo com a Bíblia, somente dois homens foram para o Céu dessa maneira: Elias e Enoque. 2. Ressurreição - Moisés foi ressuscitado e levado para o Céu logo após seu sepultamento. Estudiosos da Bíblia crêem que os 24 anciãos vistos no Céu são pessoas santas e justas que viveram em todas as épocas na Terra. Podem ser os que ressuscitaram com Cristo e com Ele subiram como as primícias da Sua vitória no Calvário (cf. Mt 27:50-53; Ef 4:8). Apocalipse 4:5: "E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus." João contemplou basicamente a mesma cena de quando Deus entregou a Moisés as tábuas com os Dez Mandamentos, no monte Sinai. Relâmpagos e Trovões são símbolos do julgamento divino. Retratam todo o poder e a glória de Deus; remetem à solenidade do acontecimento. Sete é o número da perfeição. O texto diz que as sete lâmpadas de fogo são os sete espíritos de Deus. A obra completa do Espírito Santo é representada em suas múltiplas operações investigando todas as coisas, atuando em todos os lugares. Apocalipse 4:6: "E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás." Quem são os quatro seres viventes? Isaías 6:1 e 2: "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam." São serafins; categoria de anjo.
  • 26. Apocalipse 4:7: "E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando." Os quatro animais representam aspectos de Jesus destacados pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João, nos Evangelhos. Leão: 28 vezes no livro de Apocalipse Jesus é chamado de Leão por Mateus, referindo-se ao Leão da tribo de Judá. Aquele que é Rei dos reis. Bezerro: Marcos mostra toda humildade de Jesus através da figura do novilho, que é um animal de serviço. Jesus veio à Terra para servir. O bezerro representa esse aspecto do ministério de Jesus. Homem: Lucas mostra o lado humano de Jesus. O chama de “Filho do homem”. Águia: Creio que se fosse nos dias de hoje João usaria algo como um avião a jato para representar Jesus. A idéia é apresentar Jesus como quem tem visão privilegiada. Alguém capaz de chegar aos altos céus. O primeiro capítulo de João apresenta Jesus como Deus - o lado Divino. Ele está muito acima de tudo o que podemos ver ou compreender. Apocalipse 4:8: "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir." João contempla toda a adoração e louvores prestados a Deus por Seus anjos. Uma adoração "24 horas". Apocalipse 4:9 a 11: "E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas." Deus está no controle deste mundo. Todos os anjos que vivem com Ele há séculos entoam louvores e cânticos de honra e glória. Os 24 anciãos se prostram perante o Criador de todo o Universo. Louvam a Deus pelo motivo que, atualmente, milhares se esquecem: a Criação. Jesus é a figura central do louvor dos anjos. Louvam porque O conhecem intimamente, convivem com Ele há séculos e vivem impressionados por Seu amor e justiça. Deus é exaltado porque é o Criador e Doador de toda a vida.
  • 27. Desvendando o Apocalipse: o Cordeiro de Deus Este novo capítulo encerra a continuação da visão precedente, no santuário celestial. O tema central apresentado é um livro selado com sete selos. Uma só pessoa, em todo o Universo de Deus, foi achada digna de abrir o livro e remover os seus sete selos. Ao ter sido encontrada a pessoa digna, denominada “Leão da Tribo de Judá”, a Divindade e toda criatura na vastidão universal sem fim, promoveram um coro inigualável de louvor e honra ao Todo-Poderoso e a Seu Filho. O livro de Jó fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando miríades de anjos entoaram louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). Em Apocalipse 5, temos outro concerto, ainda mais bonito. É o hino da redenção. Apocalipse 5:1: “Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” João fala sobre um livro que estava na mão de Deus. O livro não tinha a forma como hoje conhecemos. Na verdade, eram rolos em papiro ou pergaminho. O livro continha uma nova seqüência profética em sete partes, como no caso das sete igrejas. Cada parte estava fechada com um selo. Apocalipse 5:2: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e de lhe romper os selos?” Apocalipse 5:3: “E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.” Apocalipse 5:4: “E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.” O anjo não pergunta “quem é capaz” de abrir o livro, mas “quem é digno”. O Universo inteiro ficou em silêncio. Diante desse silêncio, João chora copiosamente. Se não aparecer alguém digno de abrir o livro e romper-lhe os selos, todas as promessas dos profetas, todas as esperanças do povo de Deus, todas as mensagens dos apóstolos terão sido em vão. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão
  • 28. preocupado que chora. Os querubins, os serafins, os 24 anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém tome o rolo da mão de Deus, e quebre os sete selos. Apocalipse 5:5: “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” Apocalipse 5:6: “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Apocalipse 5:7: “E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono.” O leão, além de ser o rei dos animais, é o mais poderoso deles; invencível. Jesus é chamado assim porque é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Procedeu da tribo de Judá, que era a tribo líder do povo de Deus em Israel. A raiz é quem sustenta a planta. Assim, Cristo era o sustentáculo de Davi como rei de Israel. O reino de Davi era um emblema do futuro reino de Cristo. Cristo venceu todos os Seus inimigos e foi então capacitado “para abrir o livro e desatar os seus sete selos”. Jesus é apresentado perante João sob os símbolos de “Leão da Tribo de Judá” e de um “Cordeiro” como havendo sido morto. Esses símbolos representam a união do poder onipotente e do sacrifício do amor. O Cordeiro não foi abatido pela morte, mas triunfou sobre ela. Novamente o número sete representa uma unidade em sua plenitude. Os sete chifres simbolizam plenitude de poder – onipotência. Os sete olhos simbolizam plenitude de conhecimento – onisciência. Por isso, os sete chifres e os sete olhos são os sete espíritos de Deus – onipresença. Apocalipse 5:8: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” Apocalipse 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação.” Apocalipse 5:10: “Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles reinarão sobre a terra.”
  • 29. Jesus é digno, não porque viveu uma vida santa, mas “porque [foi] morto”. Ele foi feito pecado por nós. Houve uma substituição. Ele recebeu em Seu corpo a punição, para que pudéssemos ser conduzidos a Deus. A redenção tem suas raízes no passado, mas sua plena realização está no futuro. O preço da nossa redenção foi pago quando o Senhor morreu na cruz. Mas a nossa redenção só se completará quando Jesus vier pela segunda vez. Este mundo deve ser recuperado e entregue outra vez ao povo de Deus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra.” Essa herança está no futuro.“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21:28). Quando Adão pecou, ele cedeu todos os direitos sobre este mundo. E a herança não somente saiu de suas mãos, mas das mãos de toda a sua posteridade. Satanás se declara senhor do mundo. Porém, por todo esse tempo, os verdadeiros donos têm estado à espera de que o Remidor tome o livro selado e reassuma a herança perdida. Antes, porém, que o inimigo e sua semente possam ser despejados, e os verdadeiros herdeiros reinstalados em sua propriedade, tem que haver uma completa verificação de todos os argumentos e alegações. Isso exige a abertura dos livros no Céu. Esses livros devem ser examinados antes que a sentença seja proferida. Antes que o nosso Senhor volte em glória e poder para receber Sua igreja, todo caso terá sido decidido, pois Ele traz consigo o Seu galardão “para dar a cada um, segundo a sua obra” (Ap 22:12). O juízo investigativo teve início em 1844 e a sentença será dada quando Jesus retornar. Julgamento Em todo julgamento há três fases: (1) a investigação; (2) a sentença; (3) a execução da sentença. No grande tribunal do Céu, são evidentes essas mesmas fases. Antes da sentença, deve haver uma investigação de cada caso. Não porque Deus necessite disso, pois Ele sabe todas as coisas, mas para que todo o Universo possa conhecer a justiça e a correção da sentença. O apóstolo Paulo diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (2Co 5:10). Cristo “há de julgar os segredos dos homens” (Rm 2:16). “Porquanto [Deus] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou” (At 17:31).
  • 30. Esse Homem não é outro senão Jesus Cristo, pois Ele próprio declara de Si mesmo: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” “E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem” (Jo 5:22, 27). Assim, Jesus é ao mesmo tempo nosso Advogado e Juiz. Sabemos, pois, que para um advogado nos representar, é preciso que lhe demos uma procuração. Jesus Cristo será o juiz no dia do julgamento pelo qual todos iremos passar, mas Ele só será o advogado de quem lhe entregar a “procuração”. Apocalipse 5:11: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares,” Apocalipse 5:12: “proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber a glória, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.” Apocalipse 5:13: “Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: ‘Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo o sempre.’” Apocalipse 5:14: “E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.” Ao mover-Se o Remidor exibindo o título de propriedade da posse alienada, irrompeu um novo canto diante do trono: “Digno é o Cordeiro que foi morto.” Os anjos, os quatro seres viventes e os 24 anciãos compreendem claramente o que significa o livro nas mãos do Cordeiro – o Remidor celestial. O cântico de glória é para Aquele que é digno de toda honra e louvor.
  • 31. Desvendando o Apocalipse: os sete selos No capítulo 5 do Apocalipse, João descreve a cena em que Jesus toma o livro selado da mão de Deus sob uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir os selos, um por um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo será explorado no capítulo 8 de Apocalipse. Ao invés de palavras ditadas por Jesus, João agora visualiza cenas. Assim, como em outros capítulos, a simbologia é bastante utilizada. É importante citar que a seqüência profética e simbólica dos sete selos relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando ênfase a outros eventos. As profecias do Apocalipse não são sucessivas, mas repetitivas; isto é, elas são reafirmadas cobrindo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete trombetas cobrem o mesmo período das sete igrejas. O princípio de interpretação profética destacado pelo próprio Senhor Jesus é que somente quando a profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente compreendida. Três vezes Jesus disse isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que aconteça, para que quando acontecer possais crer” (Jo 14:29, 13:19 e 16:4). O propósito do cumprimento das profecias é fortalecer nossa fé. Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro primeiros selos – representam as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira). Os quatros cavaleiros do Apocalipse O primeiro selo Apocalipse 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!” Apocalipse 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer.” O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro.
  • 32. Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de comunicação (como o e- mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder e da rapidez necessários à pregação do evangelho; tarefa incumbida ao povo de Deus. A cor branca era símbolo de vitória sobre o inimigo. A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a segunda vinda triunfal de Cristo, que o apresenta vindo à Terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco. O cavalo de cor branca é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, no período de 34 a 100 d.C. A igreja cristã era pura na doutrina porque foi conduzida diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro trazia, nos dias antigos, era uma arma de ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição dos exércitos daquele tempo eram as flechas. Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores deste mundo recebem a coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, recebe a coroa antecipadamente, como evidência segura de Sua vitória. O segundo selo Apocalipse 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem!” Apocalipse 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.” O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro representa o Império Romano pagão. O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em se tratando de vida espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim...” (Is 1:18). A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este período do segundo selo, de corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do ano 100 ao ano 313 d.C. Milhões morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristianismo da face da terra. A perseguição contra cristãos foi seguida de muitas mortes, porém, por causa do sangue de muitos mártires, o cristianismo crescia a cada dia.
  • 33. Os cristãos primitivos não tinham liberdade como nós hoje de ir às igrejas prestar culto a Deus. Ser cristão era um crime punido com a morte. Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todas as pessoas presentes apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perseguição. O tempo do cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram os cristãos. O terceiro selo Apocalipse 6:5: “Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! Olhei, e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão.” Apocalipse 6:6: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho.” O cavalo preto simboliza luto e trevas espirituais. O cavaleiro representa a figura do Imperador Romano. O cristianismo já não era mais ilícito, mas popular. As pessoas eram incentivadas a tornarem-se cristãs. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais branco. Era tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o lugar das doutrinas verdadeiras e puras da igreja primitiva. Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Estado ou o governo (313 a 538 d.C.). A partir daí não eram mais os pagãos que perseguiam os cristãos. Eram os cristãos que passaram a perseguir os pagãos. A balança é o símbolo da justiça. A utilização desse símbolo demonstra que a Igreja e o Estado estariam unidos para exercer a autoridade judicial. Isso foi verdade entre os imperadores romanos desde Constantino até Justiniano, quando ele entregou a mesma autoridade judicial ao bispo de Roma. Nesta visão, João viu uma balança na mão do cavaleiro. “Uma medida de trigo por um denário; e três medidas de cevada por um denário.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser de graça. Mas agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um negócio. O trigo representa a pura verdade do evangelho de Cristo, enquanto a cevada que não é tão pura assim, as tradições e erros que penetraram na igreja. Em razão de sua escassez, o trigo era vendido por valor maior do que a cevada. Três medidas de cevada eram vendidas pelo mesmo preço de uma medida de trigo. E até hoje esse estado de coisas perdura no chamado cristianismo nominal. Aquele que apresenta ao mundo, evidentemente, mais “cevada” do que “trigo”, ou seja, mais erros tradicionais do que verdades fundamentais.
  • 34. Nas Escrituras Sagradas o azeite é símbolo do Espírito Santo, enquanto o vinho representa o sangue de Cristo. A ordem “Não danifiques o azeite e o vinho” reclama que não se pode invocar o nome de Cristo e do Espírito Santo quando se prega o erro e a “tradição dos homens” em lugar da verdade de Deus. O quarto selo Apocalipse 6:7: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia: Vem!” Apocalipse 6:8: “Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Inferno o seguia. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra.” O cavalo amarelo simboliza a morte. O cavaleiro é representado pelo Papado. Na verdade, a palavra grega que designa a cor deste cavalo é chloros, que é um esverdeado pálido. A cor da morte. Foi durante os 1.260 anos da perseguição que os templos pagãos viraram igrejas cristãs. Mas o povo verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar o seu Deus. Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cristãos perseguindo pagãos. Agora eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A Roma cristã não crucificava pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava cristãos por lerem a Bíblia. No período do quarto selo, que foi de 538 a 1517 d.C., foi dado ao cavaleiro que monta o cavalo amarelo ou tem as rédeas da igreja em suas mãos o nome de “Morte”. É uma prova real da carnificina que foi a Inquisição. O papado efetuou grande chacina e levou multidões à sepultura. Inferno, ou “hades”, designa o lugar dos mortos ou sepultura. O quinto selo Apocalipse 6:9: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.” Apocalipse 6:10: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
  • 35. Apocalipse 6:11: “E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram.” O quinto selo é uma sucessão do quarto e estende-se do período que vai do ano 1517 a 1755. No quarto selo vimos os terríveis extermínios do papado contra o povo de Deus. O quinto selo nos mostra o quadro das testemunhas de Deus e de Seus filhos mortos pela espada papal. Para entender o que significam as almas debaixo do altar é preciso considerar quatro questões: 1. O que significa o termo “alma”? A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego psyche e é mencionada 103 vezes no Novo Testamento. Psyche é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”. Por exemplo, referindo-se aos convertidos no Pentecostes, é dito que “naquele dia agregaram-se quase três mil almas” [psyche] (At 2:41). Fica claro que João teve a visão das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não supostas almas desencarnadas. 2. Existe algum altar de sacrifícios no Céu? Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a declaração de João de que viu “debaixo do altar as almas dos que foram mortos” no período da perseguição papal deve ser entendida como uma afirmativa de que eles estão debaixo da terra, ou em seus sepulcros. 3. Pode haver espírito de vingança no Céu? Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse dominar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas enquanto não vissem a vingança praticada contra os seus inimigos. Há lugar para ódio no coração dos habitantes do Céu? Não, nunca. Jamais. 4. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando num suposto inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer? O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. O sangue de Abel clama por vingança (Gn 4:9, 10).
  • 36. O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo longe está de afirmar que eles estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo certo, os Seus inimigos. O que João viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será satisfeito no devido tempo. “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” (Gn 4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente que se trata de uma linguagem figurada. As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente martirizados, não porque fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”. A frase "repouso por pouco tempo" é outra evidência de que não poderiam estar no Céu, mas em seus sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco. O sexto selo Apocalipse 6:12: “Olhei enquanto ele abria o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.” Apocalipse 6:13: “As estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes.” Apocalipse 6:14: “O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola, e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.” Apocalipse 6:15: “Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes,” Apocalipse 6:16: “e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro!” Apocalipse 6:17: “Pois é vindo o grande dia da ira deles, e quem poderá subsistir?” João visualiza a abertura do sexto selo, onde estão descritos os sinais da iminente volta de Jesus. A linguagem que antes era simbólica passa a ser literal. Os escritores do Antigo Testamento, e o próprio Cristo, falaram muitas vezes de grandes sinais no universo físico, no Sol, na Lua, nas estrelas e na Terra. Esses sinais seriam indicações especiais da volta de nosso Senhor. No século 18, em 1º de novembro de 1755, na cidade de Lisboa, Portugal, ocorreu o maior terremoto de toda história. A maior parte da cidade foi destruída em apenas seis minutos. O sismo abalou outras cidades da Europa e da África.
  • 37. O dia escuro ocorreu no dia 19 de maio de 1780, principalmente na cidade de Connecticut. Na noite seguinte ao dia escuro, a Lua se mostrou vermelha como sangue. Na noite de 12 de novembro de 1833, uma tempestade de estrelas cadentes irrompeu sobre a Terra. A América do Norte recebeu o maior impacto desse chuveiro de estrelas. De acordo com a profecia descrita em Apocalipse 6, estamos vivendo entre os versos 13 e 14. Os eventos do verso 13 já ocorreram. Os próximos acontecimentos no programa de Deus estão descritos no verso 14. O Céu se retira como um rolo. Cada montanha e ilha serão removidas. João descreve que haverá um tempo em que as pessoas irão correr e se esconder da ira de Deus. Numa grande reunião irão desejar que montes e vales caiam sobre eles, pois não conseguirão encarar a face do Senhor. Essas pessoas são todos aqueles que, infelizmente, não dedicaram a vida a Deus. Não reconheceram Jesus como Salvador, Senhor e Advogado e recusaram todas as ofertas de salvação. Mas ainda há tempo! É preciso tomar uma decisão - a escolha deve ser imediata.
  • 38. Desvendando o Apocalipse: o selo de Deus O assunto é tão importante que Deus abriu um parêntese antes de falar sobre o sétimo selo para mostrar a João que, antes da volta de Jesus, existirá um povo especial responsável por realizar uma obra profética mundial. O capítulo sete apresenta informações adicionais particulares concernentes ao sexto selo. João visualiza essa cena antes de o céu retirar-se como um livro que se enrola, e depois dos sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. Isso ocorre entre os versos 13 e 14 de Apocalipse 6. Apocalipse 7:1: “Depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.” Os quatro cantos da Terra denotam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Isso significa que esses anjos têm toda a Terra para cuidar. Os anjos são agentes sempre presentes nos negócios da Terra. Aqui fica claro que Deus lhes confiou uma poderosa obra: reter os quatro ventos da Terra. Isso é uma profecia a cumprir-se imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Na Bíblia, ventos significam comoção política, agitação, guerras (Dn 7:2, 3, 16, 17; Is 17:12-14; Jr 49:35- 37). Não fosse pelos quatro anjos segurando os ventos, a civilização se auto-destruiria. Os anjos do mal estão agitando os ventos das guerras. Os acontecimentos internacionais falam em voz alta de que se aproxima o momento decisivo em que os ventos serão soltos, e se estabelecerá o caos total. Simultaneamente, ao serem soltos os ventos, virão as sete últimas pragas preditas no capítulo 16. Mas a obra dos anjos de segurar os ventos tornará possível a realização de outra obra muito especial, que será descrita nos versos seguintes. O tempo da graça divina por um mundo caído e ingrato terá se esgotado para sempre. Multidões que estão recebendo e rejeitando o convite da misericórdia estarão excluídas da salvação que desprezam. Agora, porém, é o tempo da decisão. Apocalipse 7:2: “Vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo. Ele clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,”
  • 39. Apocalipse 7:3: “dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.” A Bíblia usa as palavras “sinal” e “selo” de maneira intercalada. Em Gênesis 17:11, é dito que a circuncisão era um “sinal”. Em Romanos 4:11, ela é mencionada como sendo um “selo”. O selo é uma marca distinta que torna o povo de Deus diferente. Segundo as Escrituras, o selo de Deus é o sábado (Êx 31:16, 17; Ez 20:12, 20). Os Dez Mandamentos são a Lei de Deus. Para uma lei ser autêntica, é necessário que ela tenha três características: nome do legislador, função e território. O quarto é o único mandamento onde é possível encontrar essas três características. Êxodo 20:8 a 11: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Nome do Legislador: Deus Sua função: Criador Território: Terra A expressão "selado nas suas testas" quer dizer que haveria um povo que teria consciência da importância de guardar e santificar o sábado, que é o selo de Deus. Como se trata de uma obra de evangelização, esse anjo deve representar, sem dúvida, um movimento mundial que deverá chamar a atenção dos homens para o selo de Deus. O anjo é tão-somente o portador do selo. Mas o Selador deve ser Aquele que é o único capaz de convencer os homens a aceitar o selo de Deus. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Em outras palavras, Ele convence o mundo sobre a transgressão da lei, porque, segundo o apóstolo João, pecado também é a transgressão da lei. Só guardar o sábado não garante o selamento; é preciso ser santificado. Somente depois que os pecados são apagados por Jesus no santuário celestial é que os Seus servos poderão receber o “selo do Deus vivo”, pois o sábado, como vimos, é um sinal de “santificação” (Ez 20:20). Apocalipse 7:4: “E ouvi o número dos que foram selados, e eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.”
  • 40. Apocalipse 7:5: “Da tribo de Judá, doze mil foram selados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil;” Apocalipse 7:6: “da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manasses, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil;” Apocalipse 7:8: “da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamin, doze mil.” Essa profecia não trata do Israel que foi condenado como nação por ter rejeitado o Filho de Deus. Então, quem são os 144 mil? Os 144 mil representam um símbolo do Israel espiritual, a igreja de Deus. O número 144 (12 tribos de Israel x 12 apóstolos) simboliza o povo de Deus de todos os tempos (Ap 21:12-14), por isso o número 144 é multiplicado por mil. Os 144 mil são um grupo especial de pessoas que estarão no Céu. Apocalipse 7:9: “Depois destas coisas olhei, e vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e perante o Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos.” Apocalipse 7:10: “Clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” Apocalipse 7:11: “Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,” Apocalipse 7:12: “dizendo: Amém. Louvor e glória e sabedoria e ação de graças e honra e poder e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.” Apocalipse 7:13: “Então um dos anciãos me perguntou: Estes que estão vestidos de branco, quem são eles e de onde vieram?” Apocalipse 7:14: “Respondi-lhe: Senhor, tu o sabes. Disse-me ele: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apocalipse 7:15: “Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o Seu tabernáculo sobre eles.” Apocalipse 7:16: “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles.”
  • 41. Apocalipse 7:17: “Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” O profeta contempla todos os santos salvos, “de todas as nações, e tribos, e povos e línguas”, de todos os séculos da história do mundo. Todos trajarão uma vestimenta única – as vestes brancas simbólicas da justiça do Salvador. Ostentarão palmas em suas mãos como emblemas da grande vitória alcançada sob o poder de Jesus. Essa multidão incontável é composta dos que “vieram da grande tribulação”. Todos os cristãos passam por tribulações para entrar no reino de Deus (At 14:22). A Bíblia fala sobre o tempo de angústia “qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1). Nem fome, nem sede. Isso mostra que eles passaram fome e sede. Nas sete últimas pragas, os pastos, com todos os frutos e a vegetação, ficam secos (Jl 1:18-20), e os rios e fontes tornam-se em sangue (Ap 16:4-7). Nesse tempo, a dieta de justiça será reduzida para pão e água, e isso será certo (Is 33:16). Nas pragas, o Sol recebe poder para “abrasar os homens com fogo” (Ap 16:8, 9). Os justos serão protegidos dos efeitos mortais. Deus tem muitos filhos espalhados ao redor do mundo. São encontrados em todas as igrejas e até mesmo fora das igrejas. Sua mensagem de selamento está indo depressa a todas as terras, reunindo aqueles cujo coração é perfeito para com Ele. Aqueles que estão diante do trono louvam e servem a Deus de dia e de noite porque “Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.
  • 42. Desvendando o Apocalipse: as sete trombetas Os capítulos 8 e 9 apresentam a terceira cadeia histórica do livro. O tema central é a abertura do sétimo selo. Uma nova corrente profética, composta de sete trombetas. Nas profecias, os toques de trombetas são emblemas de guerra; e, nesta revelação, o teor da profecia já indica isso mesmo, aliás, guerras de conquista e aniquilamento, movidas por poderes levantados contra o império mais opressor da história do mundo – o Império Romano. Apocalipse 8:1: “Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora.” Que acontecimento será esse que fará com que cessem os coros e as orquestras celestiais por quase meia hora? Em Sua segunda vinda, Jesus virá acompanhado de todos os anjos do Céu. Assim sendo, haverá silêncio no Céu, enquanto não regressarem com os salvos de todos os tempos. A meia hora de silêncio no Céu não será literal, mas profética, como o resto do Apocalipse. Para sabermos o tempo exato de quase meia hora profética, temos que dividir um dia profético por 24 horas. Um dia profético equivale a um ano, ou melhor dito – 24 horas proféticas. E, mais ainda, o ano profético compreende 360 dias literais. Agora, para termos o tempo exato de “quase meia hora” profética, teremos que, em primeiro lugar, dividir 360 dias por 24 horas. E o resultado da operação será 15 dias. Quer dizer que uma hora profética equivale a 15 dias literais. Então, meia hora profética equivale a sete dias e meio. Como a profecia não fala em meia hora, ou sete dias e meio, mas em “quase meia hora”, isso dá exatamente sete dias (uma semana). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu. Apocalipse 8:2: “E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.” Profeticamente falando, trombeta é símbolo de guerra ou de graves acontecimentos políticos. Como as sete igrejas revelam a condição interna e os sete selos, a condição externa da igreja cristã, as sete trombetas demonstram evidentes guerras ou juízos que desabariam sobre os seus opressores, a começar com os primeiros que foram os romanos: Roma-Pagã Ocidental e Roma-Cristã Oriental. Apocalipse 8:3: “Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro. Foi-lhe dado muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.” Apocalipse 8:4: “E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos
  • 43. santos.” Antes dos sete anjos saírem de diante de Deus para cumprirem a sua missão, uma nova cena é apresentada na visão. Um novo anjo surge, não com trombeta, mas com um incensário de ouro, pondo-se “junto ao altar”. No Céu, há um único altar, aliás, o do incenso, que se encontra no primeiro compartimento ou lugar santo do santuário. Mas quem é o anjo que se apresentou junto do altar para ministrar o incenso? Um anjo comum não pode exercer funções de sacerdote, pelo fato de o sacerdote ser um mediador entre o pecador e Deus, e os anjos jamais foram designados como tais. O Mediador entre o pecador e Deus é um só – Jesus Cristo. Daí o anjo ministrante da visão ser o próprio Senhor Jesus, não só porque já O vimos noutra visão ministrando no santuário, mas porque a revelação O apresenta também como um anjo, o “anjo do concerto”. Se pudéssemos ser transportados ao santuário de Israel, veríamos ali o sacrifício contínuo (diário) dos sacerdotes. Todos os dias, um deles tirava fogo do altar e, enchendo o incensário, queimava o incenso. Enquanto a fragrância permeava o acampamento, ela servia como um chamado à oração. Em um dia do ano, o Dia da Expiação, o trabalho era desempenhado apenas pelo sumo sacerdote. Enquanto ele oferecia o incenso sobre o altar, a congregação, em atitude solene, do lado de fora do santuário, dedicava-se à oração. Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote celestial, ainda faz intercessão por nós no santuário celestial. Nossas orações sobem até Ele como suave incenso. Apocalipse 8:5: “Então o anjo tomou o incensário, encheu-o de fogo do altar e o lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.” O mesmo fogo do altar que produz a nuvem de incenso que sobe para Deus com as orações dos santos é lançado na Terra, produzindo efeitos tremendos. A mesma graça que absolve o pecador torna-se condenação ao ímpio. Para os justos, o ato do lançamento do fogo do altar sobre a Terra indica que a obra da mediação terminou. Não mais será oferecido incenso pelas orações. Por pouco tempo, os justos terão que viver sem mediação até o aparecimento do seu Senhor para arrebatá-los da Terra. E para os ímpios que desprezaram o amor de Deus, indica o fechamento definitivo da porta da graça. Por isso, após o lançamento do fogo do altar sobre a Terra, seguem-se “vozes e trovões, relâmpagos e terremotos”, anunciando a recompensa dos ímpios. As mesmas cenas são descritas noutras visões do Apocalipse.