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LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
PERGUNTAS
e
RESPOSTAS
Leandro Bertoldo
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Dedico este livro à irmã em Cristo,
Luzinete Alves Leite
Que deu origem a presente obra.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
“Os que estão dispostos a assim aceitar as Sagradas
Escrituras sob a autoridade de Deus, são os que são abençoadas com a mais clara
luz. Solicitados a explicarem certas declarações, só saberão responder: ‘Assim é
apresentado nas Escrituras’”. (II Testemunhos Seletos, 305).
Ellen Gould White
Escritora, conferencista, conselheira,
e educadora norte-americana.
(1827-1915)
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
SUMÁRIO
Dados Biográficos
Prefácio
1º Módulo: Bíblia Sagrada
1. A Bíblia e os Textos Originais
2. Inspiração e Iluminação
3. Diversidades de Interpretações
4. Interpretações por Revelações
5. Bíblia Tirada dos Crentes
2º Módulo: Espírito de Profecia
6. Ellen White e o Verdadeiro Profeta
7. A Incredulidade no Espírito de Profecia
8. Como Crer no Espírito de Profecia
9. Livros Intitulados Espírito de Profecia
10. Ellen White e Outras Fontes
11. Escritores Bíblicos e Outras Fontes
12. As Leis do Plágio
13. Vocabulário dos Profetas
14. Assistentes Literários dos Profetas
3º Módulo: Línguas Estranhas
15. Verdadeiro Dom de Línguas
16. Falta de Entendimento de Línguas
17. Igrejas e Demônios
18. Falsos Profetas
19. Insuficiência da Sinceridade
20. Profecias Sobre Evangélicos
4º Módulo: Dons do Espírito
21. Não Mereço os Dons do Espírito Santo
22. Não Consigo os Dons do Espírito
23. Não Recebi os Dons do Espírito Santo
24. Como Saber Se Recebi o Espírito Santo
25. Dons Proféticos na Igreja Adventista
26. Dons do Espírito Santo na Igreja Adventista
27. Santos Sem o Espírito Santo
5º Módulo: Batismo
28. Batismo com Fogo
29. Batismo de Recém-nascido
30. Recusando o Batismo
31. Procrastinando o Batismo
32. A Igreja e o Batismo de Recém-Nascidos
33. Rebatismo
34. Um Só Batismo
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
6º Módulo: Salvação
35. Salvação Pela Fé da Família
36. Uma Vez Salvo, Salvo Para Sempre
37. Salvação Fora da Igreja
38. Salvação Dentro da Igreja
39. Tempos de Ignorância
40. Salvação de Bebês
41. Salvação de Animais
7º Módulo: Lei de Deus
42. Graça e Salvação
43. Lei e Salvação
44. Mandamentos e Vida Eterna
45. Lei do Amor
46. Lei que durou até João
47. Sábado e Salvação
48. Leis Incoerentes
49. Pena de Morte
8º Módulo: Juízo e Julgamento
50. Julgados Pelas Obras ou Pelo Coração
51. Perdão e Julgamento
52. Juízo Sobre as Nações
53. Espécies de Juízos
9º Módulo: A Igreja
54. Uma Religião Cristã
55. Uma Seita
56. A Tradição
57. Apresentação de Crianças
58. Quantidade de Santa Ceia
59. Rigor no Horário
60. Mulheres Caladas na Igreja
61. Mulheres Ensinando na Igreja
62. Cristãos Indignos na Igreja
63. Futuras Perseguições
10º Módulo: A Vinda de Cristo
64. Deus e a Volta de Jesus
65. Quem Viver Verá?
66. Arrebatamento Secreto
67. Os que Traspassaram
68. Aparência Física na Ressurreição
11º Módulo: O Milênio
69. O Reino Terrestre de Mil Anos
70. Mil Anos no Céu
71. Ímpios Salvos Durante o Milênio
12º Módulo: O Céu
72. Recordações Antigas no Céu
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
73. Reconhecendo os Familiares no Céu
74. Onde Estão Elias e Enoque
75. Conhecendo os Heróis da Fé no Céu
76. Atividades no Céu
77. Casamentos no Céu
78. Imediatamente para o Céu
79. O Ladrão Crucificado e o Céu
13º Módulo: Conduta Cristã
80. Brincos e Jóias
81. Cinema e Televisão
82. Literaturas Indevidas
83. Leituras Indevidas no Sábado
84. Teatro na Igreja
14º Módulo: Doutrinarias
85. A Trindade
86. Postura Ideal Para Oração
87. Fogo Eterno em Sodoma
88. Continuação do Mal
89. Indevida Criação do Homem
90. Comer de Tudo
91. “Para Sempre” e “Perpétuo”
92. Pregação aos Mortos
93. Ano do Nascimento de Jesus
94. Dia da Morte de Jesus
95. Anjos e Sexo
15º Módulo: Miscelânea
96. A Benção do Pecador
97. Um Basta no Mundo
98. Igreja Católica
99. Árvore da Vida
100. Pôr-do-Sol da Ira
101. Criação da Mulher
102. Símile da Igreja
103. Origem de Deus
104. O Arrependimento de Deus
105. O Dia em que o Sol Parou
106. Quantidade de Anjos
107. Dinossauros
108. Vida em Outros Mundos
109. OVNI
Epílogo
Endereços
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
DADOS BIOGRÁFICOS
Leandro Bertoldo é o primogênito do casal José Bertoldo Sobrinho e Anita
Leandro Bezerra. Nasceu no dia 03 de março de 1959 no bairro de Belenzinho, na
cidade de São Paulo, SP. Quando nasceu, sua mãe contava dezoito anos de idade e seu
pai tinha trinta e dois anos. Seu irmão, Francisco Leandro Bertoldo, nasceu no dia 23 de
setembro de 1960 na cidade de Guarulhos, SP.
Pai. Seu pai, José Bertoldo Sobrinho, veio ao mundo em São Vicente, Icó no
Estado do Ceará no dia 16 de setembro de 1926 e faleceu em 05 de junho de 2004. Era
filho do primeiro casamento de Francisco Bertoldo de Amorim com Águida Augusta de
Amorim, que também tiveram mais duas filhas: Gracilia e Odete. Com o falecimento de
Águida Augusta, o velho Francisco Amorim casou segunda vez com Francisca das
Chagas, com quem teve quatro filhos: Geraldo (Izidorio), Áurea, Águida e Antonio.
À procura de melhores oportunidades financeiras e de trabalho, no fim da década
de quarenta, José Bertoldo Sobrinho migrou para o Estado de São Paulo.
Ele sempre foi um homem muito esforçado e altamente competente em suas
atividades profissionais. No decorrer dos anos, com muita dedicação, aperfeiçoou-se em
seu ramo de trabalho, galgando diversas colocações profissionais. Foi Agricultor
(1938/1947), Ajudante de Pedreiro (1948/1952), Pedreiro (1953/1966), Mestre Concreto
(1967/1968), Mestre Pedreiro (1968/1973), Mestre de Obras (1974/1975) e Mestre
Geral de Obras (1975/1977), vindo a aposentar-se nesta última atividade em 10 de maio
de 1977. No princípio de sua carreira, começou recebendo quatro salários mínimos por
mês mais ajuda de custo, mas na época de sua aposentadoria estava ganhando dezenove
salários mínimos mensais, mais ajuda de custo.
Durante sua vida, ele trabalhou nas empresas de Engenharia, Arquitetura e
Construções: “Hedeager – Bosworth do Brasil S.A.”; “Hoffmann Bosworth do Brasil
S.A.”; “Engenal – Engenharia e Comércio Ltda.”; “Christiani-Nielsen”; e “Transpavi –
Codrasa S.A.”. Aposentado, tornou-se um profissional autônomo.
Como resultado de sua qualificação profissional ele era muito requisitado pelas
empreiteiras, razão pela qual viajava constantemente por todo o Brasil, participando na
construção de várias obras. No Estado de São Paulo, ele trabalhou nas cidades de
Araçatuba, Guarulhos, Mogi das Cruzes e São Paulo. No Estado de Minas Gerais, veio a
trabalhar nas cidades de Belo Horizonte, Ibiá e Poços de Caldas. No Estado do Paraná,
trabalhou em Porecatu, e no Estado da Bahia, trabalhou em Mataripe.
Sua qualificação profissional era tão elevada que jamais ficou, um dia sequer,
desempregado. Ele era muito viajado e fazia amigos com grande facilidade. Todo o seu
comportamento cultural e moral era típico dos cearenses de sua classe social.
Mãe. Sua mãe, Anita Leandro Bezerra, nasceu em Icó, no Estado do Ceará aos
20 de janeiro de 1941 e pereceu em 29 de agosto de 2010. Era filha de Olavo Leandro
Bezerra e de Rita Augusta Bezerra, e teve seis irmãos: Filomena, Francisco, Luzia,
Marieta, Moreira e Posa. Era tida como a mais bonita entre todas as suas irmãs.
Embora não possuísse nenhuma educação formal, era muito inteligente e
talentosa. Aos trinta e um anos de idade aprendeu a ler e a escrever com perfeição em
apenas seis meses de aulas, ministradas por seu filho Leandro.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Sempre procurava nortear a sua vida por tudo o que era honesto, certo e correto.
Não gostava de nada que fosse errado ou imoral. Seu ditado preferido era: “nunca pegue
nada de ninguém, nem mesmo um palito de fósforo queimado”. Ela era bastante
perspicaz, impulsiva, desconfiada e extremamente cautelosa. Durante toda sua vida,
sempre foi muito dedicada ao lar e aos seus dois filhos e, ultimamente, à sua querida
neta Beatriz Bertoldo.
Irmão. Seu irmão recebeu o nome de Francisco em homenagem ao avô paterno.
Na família, o seu apelido de infância era “Lico” e na adolescência passou a ser
conhecido pelos colegas de escola como “Chico”.
Conforme testemunho de seus pais, o Lico nasceu “tirado a ferro”, ou seja, com
a ajuda do fórceps. Esse nascimento forçado deixou marcas indeléveis em seu couro
cabeludo. Quando sua mãe obteve alta na maternidade, as enfermeiras entregaram-lhe
uma criança da raça negra. Quando seu pai viu a criança, percebeu que houve algum
engano, e mandou a jovem parturiente retornar e falar com a parteira, a qual constatou o
engano, que foi prontamente corrigido.
Lico nasceu tão pequenino que, segundo seu pai, poderia caber dentro de uma
caneca de meio litro. Em sua infância, ele sempre vivia com alguma enfermidade, razão
pela qual recebia um cuidado todo especial por parte de sua mãe. Mas, quando adulto,
tornou-se saudável, inteligente, decidido e seguro de si mesmo.
Francisco é casado com Carla dos Reis Leandro Bertoldo, e tem dois lindos
filhos: Leandro e Felipe. Ele é um respeitável Oficial de Justiça pertencente ao quadro
dos funcionários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Educação Formal. Em 15 de novembro de 1962, por questão de trabalho, o
casal José e Anita, juntamente com seus dois filhos, mudaram-se para o município de
Ibiá, Minas Gerais, local de onde Leandro preserva as suas primeiras recordações.
Em 1964, o casal e seus dois filhos retornaram para São Paulo, vindo a fixar
residência da na pacata cidade de Mogi das Cruzes, onde Leandro recebeu toda sua
educação formal.
Sua instrução teve início no Grupo Escolar Professora Leonor de Oliveira Mello
(1966-1971), e seguiu na Escola Estadual de 1º Grau - Dr. Deodato Wertheimer (1972-
1975) e na Escola Estadual de 2º Grau - Francisco Ferreira Lopes (1976-1978). Fez as
Faculdades de Física (1979-1981) e de Direito (2000-2004) na Universidade de Mogi
das Cruzes – UMC. Sempre foi um estudante altamente respeitado pelos professores e
colegas.
Na escola primária, longe da mãe, no meio de pessoas estranhas, e totalmente
despreparado para a vida estudantil, Leandro encontrou grandes dificuldades e
obstáculos para adaptar-se à vida escolar. Porém, depois de alguns anos, tornou-se um
aluno esforçado e exemplar, obtendo excelentes notas em todas as disciplinas.
No decorrer de sua vida estudantil, Leandro ganhou alguns certificados de honra
ao mérito e sempre recebeu elogios de diversos professores, tanto no primário, como no
ginásio e no colégio. Como estudante, seu principal objetivo sempre foi atender às
expectativas de seus pais. Ficava muito aborrecido quando não conseguia atingir esse
alvo.
Com a finalidade de alcançar a excelência estudantil dedicou-se integralmente
aos estudos. Raramente brincava, jogava futebol ou empinava pipas porque os estudos,
os deveres domésticos e alguns trabalhos externos consumiam todo o seu tempo livre.
Sempre teve como prioridade o dever, depois o prazer.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Trabalhos e Afazeres. Desde os sete anos de idade, Leandro sempre foi muito
dedicado e trabalhador. Realizava pequenos afazeres domésticos, como lavar louça e
limpar a casa para sua mãe, sendo ele mesmo o maior beneficiado desse aprendizado.
Além disso, uma ou duas vezes por semana, Leandro entregava nos bares salgadinhos,
como coxinhas e bolinhos e vendia nas praças da cidade as balas de coco produzidas
pela vizinhança. Quando não estava fazendo esses trabalhos, Leandro catava caco de
vidro, ferro-velho e papelão nas ruas de Mogi das Cruzes para vender no Ferro Velho
localizado na rua Casarejos. Com mais idade, capinava os quintais dos vizinhos, fazia
aterros de terrenos, realizava pequenos carretos e ajudava a escavar poços de água. Com
o dinheiro que ganhava, algumas vezes, ajudava a sua mãe, mas na maioria das vezes
gostava mesmo era de comprar doces e revistas em quadrinhos que eram vendidas nos
sebos da cidade. Essas eram as suas principais distrações, mesmo porque, a família não
possuía televisor, telefone, energia elétrica ou mesmo água encanada.
Carreira Profissional. A carreira profissional de Leandro teve início em 01 de
julho de 1975, e sempre transcorreu sob a égide do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, onde ocupou diversos cargos promocionais: Auxiliar, Auxiliar Judiciário,
Escrevente Técnico Judiciário, Chefe de Seção e Oficial Maior.
Durante o período de julho de 1975 a outubro de 1984, Leandro exerceu as suas
funções no Cartório do Distribuidor Judicial, localizado no Fórum de Mogi das Cruzes.
A princípio era supervisionado por Mário Emerson Beck Bottion e, posteriormente, por
Silvio da Silva Pires. Nessa época o Cartório do Distribuidor era uma Serventia
Extrajudicial Anexada ao Cartório de Registro Civil de Mogi das Cruzes, tendo por
Escrivão o Senhor Diomar Mello Freire.
O emprego de Leandro no Cartório do Distribuidor foi adquirido por seu pai,
que tinha amigos muito influentes na cidade de Mogi das Cruzes. Posteriormente,
Leandro realizou algumas provas e foi aprovado para o cargo de Escrevente pelo Juiz
Corregedor Dr. José Elias Habice Filho.
Com a oficialização de todos os Cartórios Judiciais do Estado de São Paulo em
1984, Leandro pediu sua transferência, e foi lotado junto ao Segundo Ofício Cível de
Justiça de Mogi das Cruzes, sob a direção do Bel. Enio de Camargo Franco Junior.
Neste Cartório exerceu as funções de escrevente. Em 18 de dezembro de 1992 foi
nomeado escrevente-chefe pelo Meritíssimo Juiz Dr. Antonio Carlos Ribeiro dos
Santos. Em 02 de fevereiro de 2000 foi nomeado Oficial Maior pelo Excelentíssimo
Juiz Corregedor Dr. Marcos de Lima Porta.
Pesquisas e Livros. Entre os anos de 1978 a 1985, Leandro realizou uma série
de pesquisas nas áreas da Física e da Matemática. Durante esse período de sete anos
desenvolveu, na forma matemática, centenas de teses e artigos científicos, totalmente
originais.
Suas descobertas abrangem pesquisas em diversos ramos da Física Clássica,
Física Quântica e Relatividade. Entre seus trabalhos publicados, destacam-se: “Teoria
Matemática e Mecânica do Dinamismo”, “Teses da Física Clássica e Moderna” e
“Teoria do Ímpeto”.
Também desenvolveu dezenas de teorias matemáticas inovadoras, entre as quais
se sobressaem as seguintes publicações: “Artigos Matemáticos”, “Cálculo Seguimental”
e o seu trabalho de “Geometria”.
A partir de 1986, Leandro passou a dedicar seus esforços e energias nas
pesquisas da Teologia Bíblica. Suas observações resultaram em Cursos Bíblicos,
Estudos em Escatologia e Pesquisas Apologéticas. Seus livros são utilizados nas aulas
de estudos bíblicos e nas classes pós-batismais.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
A poesia jorrou na veia literária de Leandro em sua adolescência e mocidade,
resultando na publicação de dois livros intitulados: “Lamentações de Leandro” e
“Profecias”.
Leandro é apreciado por todos os que o conhecem. Tornou-se cientista, escritor,
expositor-teólogo, palestrante, poeta, professor e escrevente. Seus livros são conhecidos
em todo o Brasil e fora dele. Até o presente momento possui publicado mais de duas
dezenas de obras direcionadas para diversos seguimentos, tais como Física, Matemática,
Química, Poesia e Teologia.
Casamento. Em 02 de julho de 1981, Leandro casou com uma jovem de
dezessete anos de temperamento forte chamada Francineide Maciel, com quem teve
uma filha muito dedicada aos estudos chamada Beatriz Maciel Bertoldo, que se formou
em Direito em 2004.
Separado de fato desde 21 de setembro de 1985 e judicialmente desde 03 de
março de 1986, Leandro e Francineide vieram a se divorciar amigavelmente no dia 06
de dezembro de 1988.
Com fim prematuro de seu casamento, após a sua separação judicial, Leandro
Bertoldo veio a conhecer a jovial e amável Daisy Menezes, com quem contraiu
matrimônio civil no dia 25 de junho de 1992 e religioso em 28 de junho de 1992. Desde
então, o casal tem convivido harmoniosamente, num relacionamento equilibrado e bem
sólido.
Cães e o Gatão. Em novembro de 1998, a alegre cachorra, que recebeu o nome
de Fofa, tomou a inusitada decisão de conquistar e adotar o Leandro, a Daisy e a
Beatriz, como seus legítimos donos e proprietários.
Quando jovem, a Fofa gostava de brincar de jogar bola na posição de goleiro.
Também gostava de lutar com o gato da casa, chamado gatão. Além disso, desde sua
juventude, Fofa sempre se divertiu perseguindo reflexos luminosos projetados na parede
ou no piso. Também gostava de olhar para o teto da casa, na procura de lagartixas para
abocanhar.
Hoje, a Fofa é uma senhora de idade avançada. Perdeu um pouco a sua agilidade
e diminuiu as suas atividades “esportistas”. Não joga mais bola e nem pula como
antigamente. Ela cansa-se com mais facilidade e sua visão diminuiu um pouco a
acuidade. Passa boa parte do dia dormindo, mas continua sendo a mesma doce e meiga
cachorra.
A partir da adoção da Fofa, vieram outras, como a da amorosa cachorra Pitucha,
que nunca gostou de bola, lutas ou de gatos; mais tarde veio a da nervosinha da Calma,
que gosta somente de latir e ver a rua, e tem sido o terror dos ratos; finalmente chegou o
mimado do Mimo, um tremendo lambe-botas, que estando loucamente apaixonado pela
senhora Fofa, não é correspondido no amor. Todos esses três cachorros também
decidiram, à semelhança da Fofa, conquistar o coração da família Bertoldo, adotando-os
como os seus únicos proprietários e eternos guardiões.
Conversão. No mês de julho de 1985 a esforçada missionária voluntária Célia
Regina de Souza Xavier deu início às suas intensas atividades evangelísticas no Fórum
de Mogi das Cruzes, no qual também era funcionária recentemente aprovada num
concurso público bastante concorrido, sendo lotada junto ao Segundo Ofício Cível de
Justiça.
Ela ministrava aos colegas de trabalho, bem como a diversos outros interessados,
os cursos bíblicos “Encontro Com a Vida” e “Família Feliz”. Também os presenteava
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
com Bíblias e livros religiosos, tais como “Caminho a Cristo”, “O Desejado de Todas as
Nações” e “O Grande Conflito”.
Como fruto da dedicada e perseverante atividade evangelística da Célia Xavier, a
partir de fevereiro de 1986, Leandro passou a compreender e aceitar as grandes
verdades proféticas e espirituais ensinadas na Bíblia Sagrada.
No dia 21 de fevereiro de 1986, Célia Xavier compôs para Leandro um poema
intitulado “Assim Era...”. O qual, verdadeiramente, captou o conflito interior que havia
existido na vida de Leandro:
Julgavas ser...
Outrora, alguém seguro e capaz.
Sempre a privar seu próprio
Eu...
Lutavas, portanto, com garra
E vencias sempre que o desejavas.
Até mesmo sacrificavas, a tua
Natureza e a de quem o rodeava.
Duvidoso, porém, às vezes era;
Ruindo-se em seu interior
Olhavas apenas o que restara.
Boas eram as intenções, porém,
Esmagadores foram os resultados.
Ruiu-se, porém, tal situação.
Tremendo foi teu pesar
O que fez teu coração partir e
Lágrimas por tua face rolar.
Desde então, teu ser transbordou,
Não somente de dor,
Mas, principalmente, de amor.
Logo a seguir, por meio da leitura do maravilhoso livro, intitulado “O Desejado
de Todas as Nações” e do Best Seller mundial, denominado “Caminho a Cristo”,
Leandro teve um “encontro pessoal” com Cristo no dia 23 de abril de 1986, fato que
mudou radicalmente o rumo e os valores de sua vida.
Conforme o testemunho dado por Leandro Bertoldo, a partir desse momento o
mundo todo mudou para melhor. Tudo se tornou prazeroso, colorido e belo. Tudo era
novidade e interessante. A vida havia adquirido um novo significado e propósito. Uma
presença invisível tomou posse do seu coração. Nessa ocasião o vazio e a solidão que
sentia dentro d’alma dissiparam-se para sempre. Nunca mais se sentiu sozinho ou
solitário.
Dois Sonhos. No dia em que se converteu, Leandro teve dois sonhos
impressionantes. No primeiro, sonhou que estava numa caverna do tamanho de um
quarto, e cujo interior tinha sido escavado no barranco, numa forma cúbica. Esse quarto
possuía, numa de suas paredes, uma única abertura localizada próxima ao teto, à direita
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
de Leandro. Por essa abertura entrava um intenso facho de luz que iluminava toda a
caverna.
Imediatamente, Leandro acordou do sono e interpretou o sonho. A caverna
representava a sua vida, a qual havia estado vazia e sem rumo, mas agora estava
recomeçando a partir do zero. A abertura na parede para a entrada de luz representava a
Cristo que entrava em sua vida com o conhecimento da verdade que estava adquirindo
pelo estudo das Escrituras Sagradas.
Depois voltou a dormir e teve outro sonho impressionante. Sonhou que ele, sua
filha e sua ex-esposa estavam fugindo desesperadamente de um grande e feroz cachorro
preto, que os perseguia implacavelmente com a intenção de devorá-los. Foi então que
Leandro viu ao longe uma escada em frente da casa de sua mãe, e correndo em sua
direção, subiu rapidamente os degraus junto com a sua filha. Porém, a sua ex-esposa
não conseguiu chegar a tempo e foi devorada pela fera negra.
Novamente Leandro acordou do sono e interpretou o sonho. Sua interpretação
foi que ele, sua filha e sua ex-esposa estavam sendo perseguidos pelo demônio, que
queria destruí-los. Mas, somente Leandro e sua filha encontraram salvação numa
escada, que representava a Cristo. Todavia sua ex-esposa não teve a mesma sorte e foi
devorada e destruída pelo demônio.
Estudos Bíblicos. Entre os meses de maio a dezembro de 1986, Leandro
começou a receber regularmente, por meio da Célia Xavier, algumas dezenas de lições
mimeografadas de cursos bíblicos produzidos por seu esposo, o dedicado professor
Valdir Gonçalves Xavier, que também ministrava os mesmos cursos para os membros
da igreja de Sabaúna e a outras pessoas que tinham interesse em conhecer as verdades
bíblicas.
Com a sua velha Kombi Volkswagen amarela, o professor Valdir Xavier,
transportava os mais diversos interessados na mensagem divina, para assistir aos cultos
religiosos realizados todos os sábados no distrito de Sabaúna. Foi nessa localidade –
entre os meses de maio a julho de 1986 – que Leandro travou os seus primeiros contatos
com a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O primeiro sermão que Leandro ouviu, ocorreu num sábado no distrito de
Sabaúna. Tratava-se do testemunho pessoal do ex-padre Oscar Ferraz do Amaral, que
depois de 27 anos servindo a Igreja Católica Apostólica Romana, conheceu as verdades
bíblicas através do livro “O Grande Conflito” e tornou-se Adventista do Sétimo Dia.
A partir do dia 03 de agosto de 1986, Leandro passou a frequentar assiduamente
a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes, conhecida como “central”.
Também foi nesse dia e local que se apaixonou platonicamente – à primeira vista – por
uma jovem meiga que cantava num trio feminino. Seu nome era Daisy Menezes,
secretária da Escola Adventista Modelo. Tratava-se de uma bela moça de pele morena
clara, com lindos olhos castanhos. Ela tinha cabelos compridos e negros, que eram bem
cuidados. Sendo de baixa estatura, possuía um corpo proporcional ao seu peso e altura.
Em setembro do mesmo ano, Leandro matriculou-se na Classe Bíblica
coordenada pelo amável, querido e sábio professor Pedro B’ärg. Um ano depois, mais
precisamente em 26 de setembro de 1987, Leandro selou o seu compromisso com Cristo
sendo batizado pelo consagrado e esforçado pastor distrital Davi Marski.
Primeiro Encontro. A data de 26 de novembro de 1987 adquiriu um significado
muito importante na vida de Leandro Bertoldo. Pois foi nesse dia às 17h00 que ele teve
o seu primeiro encontro a jovem Daisy Menezes.
Após combinarem por telefone, os jovens marcaram um encontro para depois de
dois dias. Esse encontro ocorreu numa ensolarada tarde de quinta feira, durante a
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
cerimônia religiosa do casamento do Silvano e da Kátia Moyano, que foi realizado na
Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes.
Por estar atrasada ao encontro, Leandro achou que a Daisy havia desistido.
Porém, para sua grande alegria, ela compareceu e estava, simplesmente, deslumbrante,
trajando um belo conjunto amarelo. Mais tarde, nesse mesmo dia, Leandro pediu-a em
namoro. A princípio ela relutou, mas com o passar dos dias abriu o seu coração e
aceitou o pedido de namoro, o qual resultou em casamento.
Trabalho Missionário. A partir de dezembro de 1987, indicado pelo pastor
Davi Marski, Leandro passou a realizar diversas palestras nas igrejas de Biritiba Mirim,
Brás Cubas, Jundiapeba, Mogi das Cruzes e Sabaúna. Ele manteve essa atividade por
sete anos, até que ocupações missionárias e a Classe Bíblica passaram a exigir sua
atenção e dedicação.
Em fevereiro de 1988, influenciado pela professora Ozilda Pereira Moreira e
totalmente apoiado pela dedicada família Pereira, Leandro tornou-se professor da
Escola Sabatina, função que conservou até 26 de fevereiro de 1996.
Em março de 1988, sob a orientação de uns dos grandes diretores de Ação
Missionária da Igreja Adventista de Mogi das Cruzes, Antenógenes Negrão, engajou-se
junto com a sua namorada Daisy Menezes nas atividades evangelísticas organizadas por
sua denominação religiosa.
Em 1990, por indicação do esforçado diretor da Escola Sabatina, Antonio Prado
Júnior, Leandro foi nomeado vice-professor da Classe Bíblica, sob a inestimável
supervisão do professor Pedro B’ärg. Em 01 de janeiro de 1997 tornou-se professor de
Classe Bíblica.
Dupla Missionária. Desde 1988, Leandro vinha ministrando estudos bíblicos no
bairro da Vila Industrial acompanhado por sua namorada Daisy Menezes. Em 1993,
convidado pelo arrojado missionário leigo e recém-batizado, Paulo César Mazanti,
Leandro formou com ele uma dupla missionária.
Juntos, suas atividades missionárias se expandiram e alcançaram muitos outros
bairros da cidade de Mogi das Cruzes. Houve época em que cada sábado a dupla
ministrava estudos bíblicos para mais de quarenta interessados, numa jornada que
perfazia sete horas de trabalho. Tudo isto, tirando os cursos bíblicos ministrados uma
vez por semana, à noite, nas casas de interessados na mensagem.
Em geral, a carreira missionária laica de Leandro Bertoldo e do seu amigo Paulo
Mazanti – em dupla ou individualmente – inclui dezenas de palestras sacras
apresentadas em diversas igrejas da região de Mogi das Cruzes. Também abarca
exposições de estudos bíblicos de casa em casa, nas classes bíblicas e nas igrejas locais.
No currículo do Leandro e do Paulo figura uma passagem missionária, com
duração de um ano, na favela do Gica, a qual somente encerrou-se quando a favela
mudou de lugar por determinação das autoridades civis. Mesmo assim, esse trabalho
não ficou sem fruto. Anos depois, a dupla soube que vários membros da família Dinei,
haviam se decidido pelo santo batismo.
Durante o primeiro semestre de 1999, Leandro Bertoldo, Paulo Mazanti e
Moacir dos Passos, atendendo à solicitação do irmão Edson Felix, realizaram aos
domingos, com grande sucesso, uma série de conferências bíblicas na recém-inaugurada
igreja de César de Souza, fundada pelo amável pastor distrital Paulo Queiroz.
Como resultado de todas essas atividades missionárias, muitos foram os frutos
colhidos para o celeiro celestial de Cristo. Alguns desses preciosos frutos estão
congregando nas igrejas de César de Souza, Jundiapeba e Mogi das Cruzes.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Classe Pós-Batismal. Em 07 de fevereiro de 2004, época em que João Batista
da Silva era pastor distrital em Mogi das Cruzes, Leandro e o irmão Paulo César
Mazanti implantaram e coordenaram uma classe pós-batismal na igreja central de Mogi
das Cruzes, a qual continua funcionando até aos dias de hoje, aos sábados a partir das
14h30, fortalecendo a fé dos novos conversos e preparando-os para o ministério
missionário leigo.
Pela classe pós-batismal passaram nomes que se tornaram lideres de
departamentos das igrejas locais: Anne Patrice Guimarães Leite, Beatriz Maciel
Bertoldo, David de Souza Maria, Donizete da Silva, José Lino Alves Machado,
Mauricio Epiphânio, Mauricio Shoji Kimoto, Nilton Satio Murakami, Tânia Faisã
Daghlawi Machado, Willians Roberto da Silva e tantos outros dedicados e esforçados
irmãos e irmãs que continuam trabalhando na causa do Senhor, ganhando almas para
Cristo.
Metodologia da Classe. Um curso completo na classe pós-batismal é dividido
em sete módulos, sendo que cada módulo apresenta a duração de um semestre. A
apresentação de cada lição dura de 45 a 60 minutos. Dependendo da quantidade de
alunos, torna-se conveniente elaborar uma escala para que todos tenham a mesma
oportunidade de participar.
No primeiro módulo o aluno assiste a apresentação de estudos bíblicos feita por
seu coordenador. No segundo, o aluno repete o estudo que assistiu. No terceiro módulo,
o instrutor escolhe aleatoriamente lições bíblicas para que o aluno improvise sua
apresentação. No quarto, o aluno é convidado a produzir as suas próprias lições
bíblicas. Neste módulo, o aluno recebe um tema, e durante a semana prepara a lição
empregando a Bíblia, a concordância e o dicionário bíblico, e no sábado apresenta sua
lição em público.
Durante esses quatro módulos o aluno é interrompido em sua apresentação para
responder às perguntas feitas pelo coordenador sobre o tema que está sendo
desenvolvido. Essas perguntas têm por finalidade avaliar a compreensão que o aluno
adquiriu sobre o tema apresentando, levando-o a raciocinar e a interpretar o texto
bíblico com sabedoria, inteligência e lógica sistemática.
No quinto módulo, o aluno passa a pregar sermões preparados. No sexto, o aluno
improvisa a pregação de sermões. Neste módulo, o professor escolhe um texto bíblico
para que o aluno desenvolva um tema na aula. Nesses dois módulos o aluno não é
interrompido em nenhum momento em sua palestra. Porém, ao terminar, ele recebe
orientações e críticas construtivas de todos os ouvintes. No sétimo e último módulo o
aluno aprende algumas noções de oratória. No decorrer de todo o curso, o interessado é
incentivado a praticar o que aprendeu, dando estudos bíblicos e pregando sermões em
pequenos grupos e igrejas.
Cargos na Igreja. Ano após ano, Leandro vem ocupando, com grande prazer e
satisfação, diversos cargos eletivos na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das
Cruzes. Durante seus vinte e três anos de batismo, Leandro foi Professor da Escola
Sabatina, Professor da Classe de Visitas, Coordenador de Classe Bíblica, Secretário da
Ação Missionária, Tesoureiro, Promotor de Literatura e Ancião.
Atualmente, foi eleito pela comissão da igreja para coordenar as Classes Bíblicas
mantidas por sua denominação religiosa, aos sábados pela manhã e à tarde. Tem
recebido auxilio de vários professores, entre os quais se destacam: Cínthia Passos
Assumpção Pedroso, Maurício Epiphânio, Maurício Shoji Kimoto, Moacir dos Passos,
Nilton Satio Murakami e Willians Roberto da Silva.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Ministério Pessoal. Procurando suprir as necessidades de material religioso
específico para as Classes Bíblicas que coordenava, Leandro Bertoldo deu início em
2005 a um novo ministério evangelístico pessoal. Trata-se de um ministério pessoal de
publicação de literatura religiosa produzida pelo próprio autor.
Seus livros seguem a linha de estudos bíblicos de cunho eminentemente
doutrinário, escatológico e apologético. Todos essencialmente fundamentados nas
Escrituras Sagradas. Alguns estudos apresentados em seus livros receberam críticas
construtivas emitidas pelo amigo Paulo Mazanti, com quem o autor costumava disputar
sobre pontos doutrinários.
Tais obras têm levado muitas pessoas a se interessarem profundamente pelo
estudo da Bíblia Sagrada. Também tem sido uma grande bênção em despertar algumas
almas dormentes, mas sinceras e preciosas à vista de Deus, para a luz das grandes
verdades bíblicas. Porém, tais fatos somente tornaram-se possíveis devido aos esforços
de dedicados colaboradores como José Dionísio Correa, Donizete da Silva, Maurício
Quintas de Oliveira, Maurício Shoji Kimoto, Nilton Satio Murakami, Setembrino
Lobato Júnior, Valdemar Ferreira da Silva, Vanderléa Silva de Moura, Vladimir
Feliciano da Silva e muitos outros que trabalham com Leandro na obra de divulgação
das verdades eternas, cujos nomes estão arrolados no livro da vida.
Nota de Falecimento. Desde 06 de setembro de 2008, o amigo e companheiro
de labor na Seara do Senhor, Paulo César Mazanti (1967-2008) descansa em Cristo. As
obras resultantes de sua fé sobrevivem em dezenas de corações sinceros e fiéis que
conheceram as verdades bíblicas por seu intermédio. Essas almas servem a Cristo em
diversas igrejas da região de Mogi das Cruzes.
Embora nos dois últimos meses de vida, Paulo Mazanti tenha sofrido de dores
horríveis que lhe causaram sofrimentos inenarráveis, sua fé estava mais acalorada e viva
do que nunca. Nessas circunstâncias, ele jamais duvidou do amor de Deus por sua
pessoa. Em seus melhores momentos ele evidenciava uma firme confiança de que algo
melhor o aguardava. Suas palavras, seu modo de falar e sua espiritualidade
demonstraram a todos os visitantes que, apesar da adversidade, ele tinha se achegado a
Cristo, como jamais havia feito durante toda sua vida.
Paulo César Mazanti nasceu em 20 de agosto de 1967 em Assis – SP. É filho de
José Mazanti e de Hilda Contin Mazanti. Exerceu a profissão de Engenheiro Elétrico e
de Perito Judicial em Mogi das Cruzes. Junto com seu pai, gostava de correr na São
Silvestre. Foi casado com a amável professora Irani Gonçalves Colletes Mazanti. O
casal não teve filhos. Paulo amava a natureza e os animais, ele tinha em sua casa três
cachorros e vários gatos.
Paulo era um homem inteligente e bem ajustado. Possuidor de um carisma todo
especial, era admirado e querido por todos. Doce como açúcar, e como tal derretia-se
facilmente. Sempre foi uma pessoa ativa e também muito emotiva. Várias foram às
vezes que foi visto chorando. Sempre procurava ajudar a todos, sem olhar a quem.
Muitos foram os que lhe pediram emprestado e poucos os que lhe pagaram. Muitos
abusaram e se aproveitaram de sua bondade, sem jamais retribuir algo em troca. Mesmo
assim, Paulo jamais recusou ajudar a quem quer que fosse, quando solicitado.
Agora, Paulo repousa no Cemitério da Saudade de Cândido Mota - SP,
aguardando a fulgurante manhã da ressurreição, quando então, ao comando de Jesus e
sob o toque da Trombeta de Deus, se levantará do pó da Terra glorificado e renovado.
Ele ressurgirá revestido num corpo incorruptível e imortal, para viver pela eternidade
adentro com todos os vencedores, herdeiros do Reino de Deus.
Com uma reluzente coroa de ouro cravejada de pedras preciosas em sua cabeça e
vestido de luz, Paulo Mazanti caminhará deslumbrado pelas ruas de ouro da Nova
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Jerusalém. Entreterá agradável conversa com Jesus, com os santos anjos e com todos os
salvos. Viverá numa Nova Terra, debaixo de um Novo Céu, renovado pelo Senhor
nosso Deus. Brincará com o lobo e com o cordeiro, que docilmente estarão
apascentando juntos, nas eternas relvas verdes da Nova Terra. Sentirá o cheiro
perfumado das flores do Jardim do Éden, e admirará sua beleza imorredoura. Beberá da
refrescante água que corre no rio da vida, cuja nascente está localizada aos pés do trono
de Deus e do Cordeiro. Saboreará o delicioso fruto da árvore da vida, que está no meio
da praça de ouro da Santa Cidade, e viverá para sempre, num estado de perfeita
felicidade. Quem não deseja estar nesse lugar maravilhoso?
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
PREFÁCIO
“No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na
mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a
oportunidade de aprender o que é a verdade”
Ellen Gould White
A presente obra originou-se das indagações da colega de trabalho Luzinete
Alves Leite que, desejando ser batizada na Igreja Adventista do Sétimo Dia, ansiava ver
respondidas algumas de suas mais caras perguntas sobre os mais diversos assuntos
emanados das Escrituras Sagradas.
Como as suas questões eram profundas e o tempo no local de trabalho era
corrido para uma resposta verbal mais elaborada e fundamentada num claro “Assim diz
o Senhor”, solicitei-lhe que as escrevesse em papel e tinta. E que, na medida do
possível, procuraria responder às suas perguntas, também em papel e tinta.
Em 16 de novembro de 2010, a Luzinete apresentou-me uma enorme lista de
perguntas, muitas das quais são altamente complexas. Posteriormente, entregou-me
outra lista contendo novas perguntas, o que resultou em quase quarenta questões.
Apesar disso, todas elas foram rapidamente respondidas e entregues à interessada no dia
07 de dezembro de 2010.
Para minha grande satisfação, Luzinete e suas duas filhas Ingrid e Larine foram
batizadas por imersão em 12 de dezembro de 2010 e, agora, todos compartilham comigo
da mesma fé e esperança em Cristo Jesus e em Seu breve retorno a este mundo.
Entusiasmado e motivado pela profundidade dos assuntos abordados nessas
consultorias, tomei a decisão de transformar as perguntas e as respostas dadas a
Luzinete em livro. Para isso acrescentei àquelas, muitas outras perguntas que me foram
propostas, por diversos interessados, no decorrer dos anos, bem como algumas de minha
própria autoria. Também acrescentei algumas perguntas extemporâneas formuladas por
Katiane Moyano em 8 de janeiro de 2011.
Para responder a todas as perguntas que me foram formuladas, procurei pautar-
me exclusivamente por respostas simples e objetivas, unicamente fundamentadas nas
Escrituras Sagradas e no Espírito de Profecia. Tudo com vista a oferecer ao público
ledor um fundamento límpido e uma compreensão cristalina a respeito dos assuntos aqui
abordados.
Sei que muitas das questões contidas nesta obra estão, naturalmente, no
inconsciente coletivo de todos os cristãos. De tal forma que muitos pensam da mesma
maneira sobre as mesmas questões e fazem as mesmas perguntas sobre os mesmos
assuntos que aqui são abordados. Portanto, o estudo destas questões é indispensável
para um instrutor bíblico eficiente.
Didaticamente dividido em dez módulos, com mais de cem temas, o presente
livro procura responder às grandes perguntas feitas por boa parte das pessoas que
estudam as Escrituras Sagradas ou estão ingressando na vida cristã.
Entre as várias perguntas aqui apresentadas, algumas são bastante simples,
outras altamente complexas. Nesta obra destacam-se as perguntas dos módulos que
tratam da Bíblia Sagrada, do Espírito de Profecia, dos Dons do Espírito Santo, do
Batismo, da Igreja Adventista do Sétimo dia etc.
Evidentemente, pela sua própria natureza pedagógica, a presente obra não
procura exaurir os temas apresentados. Trata-se, simplesmente, de uma singela tentativa
de elucidar algumas dúvidas sobre assuntos de grande interesse para o povo de Deus.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Por fim, é o ardente desejo do meu coração que muitas almas interessadas no
estudo da Palavra de Deus possam enriquece-se espiritualmente com as perguntas e
respostas aqui apresentadas. Também faço votos para que esta obra possa, de alguma
maneira, tirar as dúvidas pessoais que porventura estão semeadas no coração do leitor
sincero à verdade.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
1ª PERGUNTA
A Bíblia e os Textos Originais
Existem várias traduções bíblicas, como saber que a Bíblia Sagrada segue a verdadeira
Palavra de Deus?
Algumas pessoas supõem que a Bíblia Sagrada sofreu tantas traduções que o
texto original acabou ficando corrompido e mutilado, perdendo-se para sempre no
tempo.
Porém, a verdade é que, caso as traduções da Bíblia Sagrada fossem realizadas
de traduções sobre traduções, então essas pessoas teriam razão em questionar a
veracidade do texto bíblico atual. Mas, no mundo protestante, as traduções não são
feitas de traduções sobre traduções, mas são realizadas tendo como referência um texto
grego altamente respeitado entre os estudiosos, bastante antigo.
As traduções das Escrituras Sagradas são realizadas por eruditos, especialistas
nas línguas antigas e modernas. Tal fato oferece maior grau de segurança e
confiabilidade de que as traduções bíblicas, que hoje temos em mãos, seguem
verdadeiramente a Palavra de Deus.
Os manuscritos bíblicos mais antigos, do qual os tradutores protestantes se
serviram, são produtos do meticuloso trabalho dos Massoretas, datado
aproximadamente do ano 1000 d.C. Mas como qualquer outro livro antigo que chegou
até aos dias de hoje, com um grande número de manuscritos, a pergunta que nos vem
mente é a seguinte: podemos confiar que o trabalho dos Massoretas realmente espelha o
verdadeiro conteúdo das escrituras originais?
Bem, apesar dos manuscritos dos Massoretas estarem separados por um lapso de
tempo de quase mil anos dos textos originais, a verdade é que a arqueologia moderna
tem demonstrado que eles fizeram um excelente trabalho de preservação dos textos
bíblicos originais.
Em março de 1947, um pastor beduíno que buscava uma cabra perdida de seu
rebanho, casualmente, deparou-se com uma gruta localizada nas encostas rochosas da
região do Mar Morto. Ao investigar o interior da gruta, constatou que ela continha
vários jarros de cerâmica, os quais estavam lacrados. Esses jarros continham inúmeros
documentos de escritos sagrados de uma seita judaica que existiu na época de Jesus,
conhecida como Essênios.
Entre os documentos encontrados em vários desses jarros, destacam-se os textos
do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos dos profetas
menores, parte do livro de Levítico e uma paráfrase do livro de Jó.
Esses manuscritos somente puderam resistir à ação do tempo porque foram
guardados em potes de cerâmica lacrados, que funcionaram como uma cápsula do
tempo. Entre outros fatores que ajudaram na conservação desses manuscritos destacam-
se a baixa umidade da região desértica e o isolamento do contato com o ar, com os
insetos e com os roedores.
O estudo da cerâmica dos jarros e os testes de datação pelo método do carbono
14 estabeleceram que os documentos contidos nos jarros foram produzidos entre os anos
de 168 a.C a 233 d.C. Estes manuscritos causaram grande impacto na visão moderna
das Escrituras Sagradas, pois confirmaram a precisão da tradução do Texto Massorético,
do qual a Bíblia Sagrada foi traduzida para as línguas modernas.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Os célebres manuscritos do Mar Morto revelaram ao mundo que todo o
conteúdo da Bíblia Sagrada que possuímos em nossas mãos é exato, perfeito e verídico.
Os críticos esperavam que os textos bíblicos do Mar Morto revelassem supostas
corrupções nas Escrituras Sagradas, porém, tiveram uma grande decepção, haja vista
que nada de significativo foi encontrado para ser retirado ou acrescentado na Bíblia
Sagrada.
Porém, caso não houvesse ocorrido a referida descoberta arqueológica dos textos
bíblicos nas cavernas do Mar Morto, ainda assim o mundo teria como avaliar a
originalidade da Bíblia Sagrada que temos em mãos.
Nos primeiros séculos da Era Cristã, mais precisamente entre os séculos II e VII,
os Pais da Igreja escreveram centenas de livros. Nesses livros eles citaram e
comentaram milhares de passagens do Novo Testamento. Essas citações tornaram
possível constatar que o texto bíblico dos dias de hoje não sofreu nenhuma alteração no
decorrer dos séculos e corresponde, perfeitamente, em todos os seus pormenores, à
genuína Palavra de Deus.
Outro método que permite avaliar a veracidade das Escrituras Sagradas editada
nos dias de hoje, está no estudo dos milhares de manuscritos e fragmentos escriturísticos
confeccionados nos primeiros séculos da Era Cristã.
Comparada com outros escritos antigos, a Bíblia Sagrada foi
extraordinariamente preservada no decorrer dos séculos. Por exemplo, existem somente
sete manuscritos antigos da obra de Platão, porém, existem mais de 5.400 manuscritos
do Novo Testamento. Quando os textos de todos esses manuscritos bíblicos são
reunidos e comparados uns com os outros, constata-se que eles são 99,5% consistentes,
comprovando que a Bíblia Sagrada, atualmente editada, corresponde perfeitamente à
Palavra de Deus.
Em geral, as versões tradicionais da Bíblia Sagrada na língua portuguesa são
excelentes. Porém, a versão da “Bíblia Almeida Revista e Corrigida”, edição de 1969,
oferece uma confiança muito grande no estudo da Palavra de Deus, já que é a tradução
mais antiga na língua portuguesa, que segue fielmente, palavra por palavra, o
manuscrito grego que serviu de base para a sua tradução.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
2ª PERGUNTA
Inspiração e Iluminação
Qual é a diferença entre ser “inspirado” e ser “iluminado” pelo Espírito Santo?
Paulo afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (II Timóteo 3:16). O
apóstolo Pedro assevera que “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro
1:21). O salmista Davi declarou: “o espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra
esteve em minha boca” (II Samuel 23:2). Portanto, as Escrituras Sagradas foram
produzidas por “inspiração divina”. Na inspiração divina, o homem recebe as revelações
através de visões e sonhos dados pelo Senhor (Números 12:6).
A Bíblia Sagrada também esclarece que “nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação” (II Pedro 1:20). Isto significa que a Palavra de Deus não pode
ser interpretada de qualquer maneira e com qualquer idéia particular produzida pelos
homens.
Para poder compreender o perfeito conteúdo da mensagem da Palavra de Deus, o
homem necessita ser iluminado pelo Espírito Santo, o qual esclarece o sentido, o
conteúdo e o significado da mensagem bíblica que foi dada por inspiração divina aos
santos profetas.
Aqueles que são iluminados pelo Espírito Santo recebem o dom do
discernimento espiritual para interpretar corretamente as Escrituras Sagradas. Em
conjunto com o discernimento espiritual, a interpretação bíblica será sempre norteada
pelo seguinte princípio: “A Bíblia interpreta-se pela Bíblia”.
As Escrituras Sagradas mostram que enquanto alguns profetas bíblicos foram
inspirados e iluminados, outros jamais foram iluminados para receber qualquer
compreensão a respeito de suas próprias visões e sonhos. Poucos foram os profetas que
receberam iluminação, e mesmo assim, só o receberam muito tempo depois de terem
sido divinamente inspirados com visões e sonhos. Por exemplo, o profeta Daniel não
entendeu a visão que havia recebido sob inspiração divina: “... e espantei-me acerca da
visão, e não havia quem a entendesse”. (Daniel 8:27).
O rei Nabucodonosor foi divinamente inspirado através de um sonho profético,
entretanto ele não foi iluminando quanto à interpretação do seu próprio sonho profético:
“Tive um sonho, que me espantou; e as imaginações na minha cama e as visões da
minha cabeça me turbaram. Por mim pois se fez um decreto, pelo qual fossem
introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber
a interpretação do sonho” (Daniel 4:5-6).
O Faraó do Egito também foi divinamente inspirado, recebendo do Senhor dois
sonhos proféticos, mas ele não recebeu nenhuma iluminação divina quanto à
compreensão do significado de seus sonhos: “E aconteceu que, pela manhã, o seu
espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito e todos os
seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que os
interpretasse a Faraó” (Gênesis 41:8).
O apóstolo Pedro afirmou categoricamente que muitos profetas não foram
iluminados quanto às próprias visões e sonhos que receberam sob inspiração divina.
Razão pela qual passaram a inquirir, indagar e tratar diligentemente das profecias que
tinham recebido, inspiradas pelo Senhor: “Da qual salvação inquiriram e trataram
diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada. Indagando que
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava,
anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se
lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles
ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito
Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho: para as quais coisas os anjos desejam
bem atentar”. (I Pedro 1:10-12).
Os próprios apóstolos estavam sem iluminação quanto a algumas das mensagens
de Jesus: “E eles nada disto entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não
percebendo o que se lhes dizia” (Lucas 18:34). “Mas eles não entendiam essa palavra,
que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca
dessa palavra” (Lucas 9:45). “Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o
que era que lhes dizia” (João 10:6).
Denota-se, portanto, que existe uma enorme diferença entre “inspiração” e
“iluminação”. Na “inspiração” o profeta recebe as mensagens divinas por meio de
visões e sonhos. Na “iluminação” o homem recebe o discernimento espiritual para
compreender as profundezas das mensagens bíblicas.
Para receber iluminação do Espírito Santo e discernimento espiritual para
compreender as mensagens das Escrituras Sagradas, a fervorosa oração do cristão deve
ser uma só: “Sou teu servo: dá-me inteligência, para entender os teus testemunhos”
(Salmos 119:125) e seguir o seguinte conselho do Senhor: “Aconselho-te que... unjas os
teus olhos com colírio, para que vejas”. (Apocalipse 3:18).
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
3ª PERGUNTA
Diversidades de Interpretações
Os homens interpretam a Bíblia Sagrada de diversas maneiras. Como saber qual é a
interpretação correta?
É bom lembrar que “nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação” (II Pedro 1:20). Entretanto, muitos grupos religiosos apresentam
diferentes interpretações para as Escrituras Sagradas. Essas diversidades de
interpretações ocorrem porque esses grupos estão oferecendo uma “particular
interpretação” das Escrituras Sagradas.
Do mesmo modo como se interpreta a verdade com a própria verdade, também
se interpreta a Bíblia com a própria Bíblia, porque “nada podemos contra a verdade,
senão pela verdade” (II Coríntios 13:8).
Esse tipo de interpretação é chamado de “interpretação contextual”, porque ela
leva em consideração – com exclusividade absoluta – os próprios textos bíblicos ao
interpretar um texto bíblico específico. São as Escrituras interpretando as Escrituras. O
resultado dessa interpretação é obrigatório e incontestável para todos os santos do
Altíssimo, afinal de contas, são as próprias Escrituras dizendo ao homem como deve ser
compreendido seu próprio texto.
Existe também a chamada “interpretação doutrinária”. Essa espécie de
interpretação é empregada pelos estudiosos quando as Escrituras Sagradas não contém
informações suficientes para permitir uma interpretação com as próprias Escrituras.
Essa interpretação é baseada na opinião dos doutrinadores que, evitando contradições
com conhecimentos consagrados, procuram equilibrar seus julgamentos com os
princípios gerais das Escrituras, no bom senso, no senso comum, nas razões lógicas e na
filosofia das próprias Escrituras Sagradas.
Também existe a “pseudo-interpretação doutrinária”, na qual o interprete
emprega as Escrituras Sagradas sem nenhum critério científico, mas apenas como
pretexto para defender as suas próprias opiniões pessoais, seus próprios interesses
particulares ou alguma filosofia religiosa estranha às próprias Escrituras Sagradas.
Dentro desse contexto, as Escrituras Sagradas são usadas como pretexto para uma obra
de engano. Assim procedem algumas religiões espiritualistas orientais, o Esoterismo, a
Nova Era, o Espiritismo etc.
Outra forma de interpretação é a chamada “interpretação revelada”, na qual a
interpretação das Escrituras Sagradas é feita por supostas revelações divinas. Nessa
forma de interpretação, ao homem não é dada a liberdade de pensar e interpretar as
Escrituras Sagradas, mas esse direito pertence exclusivamente às entidades
sobrenaturais. Esse fenômeno interpretativo psíquico ocorre no meio espírita e em certas
agremiações pentecostais.
Diante de tantas interpretações bíblicas, como o homem pode conhecer qual é a
verdadeira interpretação das Escrituras Sagradas? Ora, a resposta é muito simples. Basta
seguir as orientações deixadas por Jesus Cristo e pelas próprias Escrituras Sagradas.
Jesus disse aos crentes: “Examinais as Escrituras” (João 5:39). O Senhor sempre
remetia os homens ao exame das Escrituras Sagradas: “E ele lhe disse: Que está escrito
na lei? Como lês?” (Lucas 10:26). Jesus sempre empregou as Escrituras para provar a
verdade: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele
se achava em todas as Escrituras”. (Lucas 24:27).
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Um grande princípio que todo cristão honesto deveria observar para conhecer a
verdadeira interpretação bíblica é seguir o nobre exemplo deixado pelos bereanos, que,
diante de certas interpretações, ficavam “examinando cada dia nas Escrituras se estas
coisas eram assim”. (Atos 17:11).
Ao examinar as Escrituras Sagradas, o crente deve levar em consideração a
perfeita harmonia existente entre os textos bíblicos, já que eles não possuem
contradições. “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca
verão a alva”. (Isaías 8:20). As interpretações bíblicas não devem ser baseadas num
único texto, mas em vários, haja vista que as mensagens bíblicas encontram-se “um
pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28:10). A interpretação correta está em perfeita
conformidade com todos os textos bíblicos, devendo o crente sincero desprezar as
interpretações que contradizem qualquer texto das Escrituras Sagradas.
Disse Jesus: “a Escritura não pode ser anulada” (João 10:35). Denota-se,
portanto, que a interpretação – qualquer que seja sua origem – não deve estar aquém ou
além da clara orientação da Palavra de Deus. Contudo, algumas pessoas que supõem
crer nas Escrituras Sagradas, na realidade, estão tão arraigadas e endurecidas nos seus
próprios erros e nas suas falsas interpretações que deles poder-se-ia dizer: “Se não
ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos
ressuscite”. (Lucas 16:31).
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
4ª PERGUNTA
Interpretações por Revelações
São válidas as interpretações das Escrituras Sagradas quando provenientes de
revelações extrabíblicas?
Uma das grandes revoluções religiosas que purificou a Igreja dos erros
doutrinários foi alcançada pelo movimento protestante do século XVI. Trata-se do
inalienável princípio da “Sola scriptura”, o qual estabelece que o universo da fé cristã
gira unicamente em torno da Bíblia Sagrada. Portanto, a Bíblia deve ser interpretada
com exclusividade absoluta pela própria Bíblia, especialmente porque “nada podemos
contra a verdade, senão pela verdade” (II Coríntios 13:8).
Esse princípio máximo da cristandade bíblica, que também foi empregado por
Cristo e pelos santos apóstolos, baniu da Igreja todas as doutrinas heréticas que não
estavam em harmonia com as Escrituras Sagradas. Eliminou definitivamente todas as
formas de interpretações extrabíblicas provenientes de tradições ou de supostas
revelações sobrenaturais, muito comuns durante a Idade Média.
Qualquer modo de interpretação das Escrituras Sagradas, obrigatoriamente, tem
que levar em consideração a harmonia sistemática das Escrituras: “À Lei e ao
Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”. (Isaías
8:20). Portanto, é falsa toda interpretação que contraria ou não leva em consideração
todos os ensinos das Escrituras Sagradas.
Como os mandamentos, as regras e todos os demais preceitos bíblicos estão
esparsos em toda a extensão das Escrituras Sagradas, então se torna necessário analisar
a Bíblia “um pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28:10), razão pela qual os intérpretes
devem estudar as Santas Escrituras “conferindo uma coisa com a outra para achar a
causa”. (Eclesiastes 7:27).
É claro que conferir um texto bíblico com outro, “um pouco aqui, um pouco ali”
“para achar a causa” explicativa da doutrina, não significa simplesmente colecionar,
ingenuamente, vários textos bíblicos para defender idéias pré-concebidas ou formar
idéias particulares. Mas consiste em realizar uma rigorosa análise hermenêutica de
textos bíblicos que tratam exclusivamente do mesmo tema, dentro do seu devido
contexto, para então poder chegar a um resultado válido. Portanto, a junção “um pouco
aqui, um pouco ali” consiste numa reunião de textos bíblicos temáticos,
contextualizados e conexos. Tudo isso é necessário porque “nenhuma profecia da
Escritura é de particular interpretação”. (II Pedro 1:20). Somente assim, as Escrituras
Sagradas são interpretadas pelas próprias Escrituras Sagradas.
Jesus nunca ensinou nenhum ser humano a confiar em quaisquer espécies de
revelações sobrenaturais para “interpretar” as Escrituras Sagradas. Porém, orientou
todos os Seus seguidores a praticarem o seguinte princípio: “Examinais as Escrituras”.
(João 5:39). Jesus sempre remetia os crentes ao exame das Escrituras: “E ele lhe disse:
Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26).
Os crentes fiéis jamais esperaram por qualquer “revelação sobrenatural” ou
“revelação extrabíblica” para compreenderem as Escrituras Sagradas. Mas eles a
pesquisavam por conta própria: “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas
eram assim”. (Atos 17:11). Esse é o espírito que todos os cristãos devem ter, para não
serem enganados por falsos profetas.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
O próprio Senhor Jesus Cristo nunca exigiu que alguém cresse nEle,
simplesmente, com base em Suas próprias revelações mas, levava-os a examinar as
Escrituras: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que
dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:27).
Os santos homens de Deus nunca dependeram de qualquer espécie de revelação
sobrenatural para lhes interpretarem as Escrituras Sagradas. Eles mesmos liam e
procuravam compreender o sentido das Escrituras: “E leram no livro, na lei de Deus: e
declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”. (Neemias 8:8).
A verdade é que ninguém pode confiar em revelações extrabíblicas ou supostas
revelações sobrenaturais que visam “interpretar” a Bíblia Sagrada. O próprio Satanás
conhece profundamente as Escrituras Sagradas e, transfigurado em anjo de luz, pode
oferecer a interpretação que bem lhe convier, com o único propósito de enganar. A
própria Bíblia Sagrada adverte aos seus leitores crentes contra a obra de engano dos
últimos dias. Observe o que diz a Palavra de Deus:
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns
da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Timóteo
4:1).
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24).
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu
nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas
maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniquidade”. (Mateus 7:22-23).
“A Bíblia nunca será suplantada por manifestações miraculosas. A verdade
precisa ser estudada, precisa ser pesquisada como tesouros escondidos. Não serão dadas
maravilhosas iluminações à parte da Palavra, ou para tomar o lugar dela. Apegai-vos à
Palavra, recebei o enxerto da Palavra, que torna os homens sábios para salvação”. (II
Mensagens Escolhidas, 48).
Diante de tantas orientações e advertências bíblicas contra as manifestações do
sobrenatural, como é possível, então, que alguém possa confiar a salvação de sua
própria alma colocando-se nas mãos de interpretações provenientes de supostas
revelações sobrenaturais?
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
5ª PERGUNTA
Bíblia Tirada dos Crentes
No futuro, a Bíblia Sagrada será tirada dos cristãos?
A Bíblia Sagrada não será tirada dos cristãos, no sentido de que o mundo
inteiro deixará de editar a Bíblia Sagrada. Eles também não serão impedidos de possuí-
la ou de estudá-la, enquanto estiverem livres de perseguições ou de prisões. Tal profecia
de que a Bíblia Sagrada será tirada dos cristãos é falsa, e se trata de uma lenda religiosa,
totalmente destituída de fundamento.
Sobre a questão o Espírito de Profecia se manifesta da seguinte maneira:
“Chegará o tempo em que muitos serão privados da Palavra escrita. Se, porém, essa
Palavra é gravada na memória, ninguém poderá tirá-la de nós”. “Estudai a Palavra de
Deus. Entesourai na memória suas preciosas promessas, para que, quando formos
privados de nossas Bíblias, ainda estejamos de posse da Palavra de Deus”. (Eventos
Finais, 60).
A profecia afirma que “muitos serão privados da Palavra escrita”. Muitos não
são todos, logo a Bíblia Sagrada não será tirada dos cristãos, mas os cristãos é quem
serão tirados da Bíblia Sagrada. Isso ocorrerá quando tiverem que fugir para locais
afastados e desertos, quando estiverem sendo perseguidos pelos malfeitores ou quando
forem lançados nas prisões. Desse modo ficarão impedidos de terem acesso a algum
exemplar das Santas Escrituras. Mas elas estão disponíveis a quem tiver a sorte de
conseguir fugir com algum exemplar.
O que será tirado de todos é o Espírito Santo, o qual nos convence do pecado, da
justiça e do juízo (João 16:8). “O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente,
sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça
de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de
guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior
importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão
robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no
mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”. (III Testemunhos Seletos, 280).
Sem o Espírito Santo, os homens não podem ser convencidos do pecado para
poderem aceitar o Sacrifício de Cristo para expiação e perdão de seus pecados.
Sem o Espírito Santo, os homens não podem compreender ou discernir o sentido
da Palavra de Deus, razão pela qual se pode aplicar a seguinte profecia: “Eis que vêm
dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem
sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até
outro mar, e do norte até ao oriente: correrão por toda a parte, buscando a palavra do
Senhor, e não a acharão” (Amós 8:12).
Caso a Bíblia Sagrada venha a ser tirada dos cristãos, não será no sentido literal
de ficarem privados ou impedidos de ter acesso físico a algum exemplar das Escrituras
Sagradas.
Porém, a grande verdade é que a Bíblia Sagrada já está sendo tirada das mãos
dos cristãos, e eles nem estão percebendo a obra satânica que está em andamento no
mundo. A Bíblia Sagrada está sendo substituída por livros ecumênicos que querem se
passar por Escrituras Sagradas. Como exemplo dessa espécie de livros, temos a
chamada “Bíblia na Linguagem de Hoje”, a “Bíblia Viva” e tantas outras que, apesar do
título, não são Bíblias. Trata-se apenas de um livro ordinário que procura parafrasear a
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Palavra de Deus. Razão pela qual podem, com propriedade, ser chamados de paráfrases.
Até mesmo a versão da “Bíblia Sagrada Almeida Atualizada” está fervilhando de erros
e contradições em relação aos originais. A única Bíblia protestante na língua portuguesa
que realmente está bem afinada e espelhando a Palavra de Deus é a “Bíblia Almeida
Corrigida”, edição de 1969. É claro que, como toda e qualquer tradução, ela também
não é perfeita, porém, está bem mais próxima da verdadeira Palavra de Deus.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
6ª PERGUNTA
Ellen White e o Verdadeiro Profeta
Por que a Igreja Adventista menciona apenas um profeta: Ellen Gold White?
Com referência aos profetas dos tempos antigos, a Igreja Adventista do
Sétimo Dia menciona e crê em todos os profetas bíblicos enviados por Deus. Com
relação aos tempos modernos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia menciona e crê
somente em um profeta. Esse profeta é conhecido pelo nome de Ellen Gold White
(1827-1915). A razão para essa crença é justificada no fato incontestável de que,
reconhecidamente, houve apenas um profeta verdadeiro nestes últimos dias.
Ellen Gold White foi a única profetisa dos tempos modernos que realmente
preencheu todas as especificações impostas pelas Escrituras Sagradas na identificação
de um verdadeiro profeta enviado por Deus.
À semelhança dos profetas bíblicos, Deus falou com ela em visões e sonhos
(Números 12:6); propôs símile (Oséias 12:10). Tudo o que ela escreveu está em perfeita
harmonia com a Bíblia Sagrada (Isaías 8:20). Seus escritos não desviam da verdade
bíblica (Deuteronômio 13:1-3). Seus frutos dão testemunho de um verdadeiro profeta de
Deus (Mateus 7:16-20). À semelhança dos verdadeiros profetas enviados por Deus,
quando em visão Ellen White ficava inconsciente (Daniel 10:9); sem respiração durante
horas (Daniel 10:17) e ficava com os olhos abertos em êxtase (Números 24:4).
Também foi profetizado nas Escrituras Sagradas que, nos últimos dias, a obra
desse profeta deveria acompanhar a Igreja até os fins dos tempos, e que seria uma das
características identificadoras da verdadeira Igreja. Observe: “E o dragão irou-se contra
a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos
de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17). “E eu lancei-me a
seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus: adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o
espírito de profecia”. (Apocalipse 19:10).
Percebe! A verdadeira Igreja é aquela que “guarda os mandamentos de Deus” e
tem o “testemunho de Jesus Cristo”. Mas, o que é o “testemunho de Jesus Cristo”? O
próprio livro do Apocalipse responde: “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”
(Apocalipse 19:10).
A leitura, o estudo e a prática das mensagens contidas nos livros que resultaram
do Espírito de Profecia concedido a Ellen Gold White têm edificado a vida de milhões
de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro. Os leitores desses livros se tornam melhores
como pessoas, cidadãos e, principalmente, como cristãos. A influência desses livros
inspirados tem levado milhões a crescer em conhecimento, sabedoria, saúde física e
mental. Muitos são levados a desenvolver uma vida piedosa e moral perante Deus e os
homens.
Ao ler e praticar as mensagens dos livros do Espírito de Profecia, pode-se
facilmente verificar que, exceto a Bíblia Sagrada, não existe nenhum outro livro tão rico
e equilibrado em seus ensinos e orientações. Constante também a profunda
espiritualidade cristã transmitida nesses livros. Observe que muitas das profecias ali
anunciadas estão em pleno desenvolvimento nos nossos dias. Entre tais profecias,
destacam-se as seguintes: o crescimento dos movimentos católicos e protestantes
visando unir todas as religiões; o fim das barreiras existentes entre católicos e
protestantes; o fim do abismo entre Cristianismo e Espiritismo; o estrondoso
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
crescimento do Espiritismo no mundo; a influência religiosa dos protestantes sobre a
política norte-americana; o retorno da autoridade da Igreja Católica Romana sobre as
nações politizadas etc.
A seguir, serão relacionadas, resumidamente, algumas das profecias anunciadas
por Ellen Gold White, as quais foram largamente confirmadas pelos fatos:
Em 1854 Ellen White alertou que fumar cigarros é prejudicial à saúde e
responsável por alguns cânceres.
Em 1869 ela divulgou que havia correntes elétricas circulando no cérebro,
sessenta anos antes que o Dr. Charles Horace Mayo (1865-1939), da Clínica Mayo,
provasse que ela estava absolutamente correta.
Em 1905 Ellen White revelou que câncer era um germe. Tal afirmação foi
comprovada pelo Doutor Wendell Meredith Stanley (1904-1971), que ganhou o Prêmio
Nobel de Química em 1946.
Em 1905 Ellen White escreveu que bebidas alcoólicas destroem as células
nervosas do cérebro. Quase um século depois, o Doutor Melvin Knisley, da
Universidade da Carolina do Sul, provou que as bebidas alcoólicas provocam danos
permanentes no cérebro.
Ela previu que nos últimos dias da história deste mundo ocorreriam as mais
violentas tempestades: “Furacões, tormentas, tempestades, incêndios e inundações,
desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sequência”. (III
Testemunhos Seletos, 14).
Ellen White profetizou que São Francisco viria a ser uma cidade conhecida por
sua homossexualidade, igual à Sodoma e Gomorra: “São Francisco e Oakland estão se
tornando como Sodoma e Gomorra, e o Senhor irá puni-las”. (Manuscrito 30, 1903).
Ellen White alertou sobre os perigos que os homens terão que enfrentar nos
últimos dias. Será lançada “ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência”
(O Grande Conflito, 639). Quem nunca ouviu falar de “Guerra Química ou Biológica”?
Quem nunca ouviu falar das ameaças do antraz, varíola ou das endemias das gripes
mortais etc.?
Em sua visão sobre a Reforma de Saúde, muitos dos princípios que apresentou
foram ridicularizados ou ignorados. Mas, as descobertas cientificas posteriores vieram a
comprovar a veracidade desses princípios.
Entre centenas de profecias, essas são apenas algumas amostras da veracidade do
dom profético concedido a Ellen White. Eis as razões pela qual a Igreja Adventista do
Sétimo Dia reconhece somente Ellen White como uma verdadeira profetiza dos tempos
modernos.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
7ª PERGUNTA
A Incredulidade no Espírito de Profecia
Por que alguns adventistas dizem não crer no Espírito de Profecia concedido à Igreja
Adventista do Sétimo Dia?
Porque são adventistas heréticos! Do mesmo modo como seriam heréticos os
adventistas que negassem quaisquer doutrina defendida pela Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Por exemplo, é herético quem nega a doutrina da Santíssima Trindade, ou a
Divindade de Cristo, ou a Lei, ou o Sábado, ou o Dízimo, ou o Santuário Celestial, ou a
Morte Vicária de Cristo, ou a Justificação pela Fé etc.
Caso esses heréticos – que negam o Espírito de Profecia – tivessem vivido na
época do profeta Isaías, eles também teriam negado o Espírito de Profecia proveniente
do ministério profético de Isaías, como muitos daquela época o fizeram. Caso vivessem
na época do profeta Jeremias, também teriam negado o Espírito de Profecia ministrado
por Jeremias, como fizeram muitos daquela época. Caso vivessem na época de Cristo,
esses heréticos O teriam negado, como tantos outros o fizeram. Porém, vivem na época
de Ellen White, e da mesma forma como muitos dos antigos incrédulos, eles também
não crêem no Espírito de Profecia proveniente da mensageira do Senhor. Ora, se até
contra Jesus levantaram-se incrédulos, quanto mais contra Ellen White! “E
escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser
na sua pátria e na sua casa”. (Mateus 13:57). Os adventistas que não crêem no Espírito
de Profecia agem como aqueles a quem foram dirigidas as seguintes palavras: “A qual
dos profetas não perseguiram vossos pais?” (Atos 7:52).
Satanás odeia os Testemunhos provenientes do Espírito de Profecia. Primeiro,
porque os Testemunhos o impedem de ter domínio absoluto sobre o mundo inteiro.
Segundo, porque revelam seus planos ardilosos contra a humanidade. Terceiro, porque
os Testemunhos preparam um povo para estar em pé no Grande Dia do Senhor. Por
essas razões, é intenção dos inimigos da verdade levar o descrédito nas mensagens
concedidas pelo Espírito de Profecia. Aliás, isso também foi profetizado. Observe:
“É o plano de Satanás abalar a fé do povo de Deus nos Testemunhos”. (II
Testemunhos Seletos, 287).
“O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso
próprio povo nos Testemunhos. Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e
os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e
repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de
toda a espécie”. (III Mensagens Escolhidas, 83).
“Será ateado contra os testemunhos um ódio satânico. A operação de Satanás
será perturbar a fé das igrejas neles, por esta razão: Ele não pode achar caminho tão
fácil para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e
repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidos”. (Carta 40, 1890).
“Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o
caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do
Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. (Carta 109,
1890).
“Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o
estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões
contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus”. (III Mensagens Escolhidas, 84).
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
A Bíblia Sagrada revela que nos últimos dias a verdadeira Igreja ressurgiria no
cenário mundial para advertir o mundo contra o sinal da besta. Essa Igreja é identificada
nas Escrituras Sagradas como constituída pelos remanescentes que guardam os
Mandamentos de Deus e tem o Testemunho de Jesus Cristo. Ocorre que o Testemunho
de Jesus Cristo nada mais é do que o dom do Espírito de Profecia concedido à
verdadeira Igreja. Note o que diz a Bíblia Sagrada: “E o dragão irou-se contra a mulher,
e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e
têm o testemunho de Jesus Cristo” “... porque o testemunho de Jesus é o espírito de
profecia”. (Apocalipse 12:17; 19:10).
Portanto, os adventistas que guardam os Mandamentos de Deus, mas rejeitam o
Espírito de Profecia, não fazem parte da semente da mulher. Isto porque lhes falta um
dos requisitos básicos que os identificaria como sendo membros da verdadeira Igreja.
Logo, não são membros do verdadeiro povo de Deus, que guarda os Mandamentos de
Deus e têm o Testemunho de Jesus Cristo. Os nomes desses heréticos podem até mesmo
estar arrolado no rol dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que hoje é uma
Igreja Militante, mas eles não poderão fazer parte da Igreja Triunfante, que subsistirá
diante das provações que virão sobre o povo de Deus. O preparo necessário para vencer
as provas dos últimos dias está fundamentado na crença das mensagens deixadas por
Deus, no Espírito de Profecia concedido a Ellen Gold White.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
8ª PERGUNTA
Como Crer no Espírito de Profecia
Como posso crer nos escritos provenientes do Espírito de Profecia manifestado no
ministério de Ellen Gold White?
Muito embora o ato de crer possa até mesmo provocar certas emoções e levar
a algum processo de racionalização, a verdade é que a crença não tem a sua origem em
nossa mente emocional ou em nossa mente racional. O ato de crer está diretamente
vinculado à nossa mente espiritual. Passamos a crer quando passamos a confiar na
veracidade de alguma pessoa, de alguma informação ou de alguma coisa.
Não se pode exigir que alguém creia cegamente simplesmente porque outro está
pedindo ou mandando crer. Tal coisa não existe. Para crer precisamos confiar, e para
confiar precisamos conhecer e refletir. Estando em perfeito juízo, ninguém entregaria a
chave de sua casa ou de seu carro a um completo desconhecido simplesmente porque
ele pediu para confiar nele. Na realidade, para entregar a chave de sua casa ou de seu
carro a algum desconhecido, primeiramente é necessário conhecê-lo melhor, cientificar-
se de seus valores, sua formação, sua família, seu trabalho, seus amigos, seu endereço,
sua idoneidade, seu caráter etc. Somente então você poderá formar uma convicção para
ter certeza de que aquela pessoa é digna ou não de ter crédito.
Milhões de pessoas passaram a crer na Bíblia Sagrada quando passaram a
conhecer e praticar a sua mensagem. Portanto, para que você possa crer ou não crer nos
Testemunhos dado pelo Espírito de Profecia, comece a estudá-los meticulosamente e
sistematicamente. Em sua leitura procure avaliar a possibilidade de um simples ser
humano produzir obra de tal magnitude com tanta profundidade, variedade e
espiritualidade. Verifique como a mensagem é consistente e apresentada de maneira
equilibrada e com bom senso. Compare os Testemunhos dados a Ellen White com a
Bíblia Sagrada, e verifique como os Testemunhos estão em perfeita harmonia com a
Palavra de Deus, não destoando em nada. Leve em consideração que a biblioteca do
Espírito de Profecia é constituída por mais de cem livros volumosos produzidos
durantes décadas, mas que não se contradizem em nenhuma única palavra. Verifique a
profunda espiritualidade que os Testemunhos apresentam e como eles nos influenciam
para melhor. Procure examinar como as profecias anunciadas nos Testemunhos vêm se
cumprindo no decorrer dos anos. Pratique os princípios de saúde anunciado nos
Testemunhos e depois verifique como muitos de seus males de saúde desapareceram.
Após a leitura dos Testemunhos observe como o seu conhecimento das Escrituras
Sagradas aumentou vertiginosamente. Note que você adquiriu uma sabedoria que não
possuía antes dessas leituras. Observe como a sua espiritualidade cresceu. Observe
como a sua fé, nas Escrituras Sagradas, aumentou. Depois de praticar tudo isso, diga-me
se você não passou a crer na inspiração divina dos escritos do Espírito de Profecia!
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
9ª PERGUNTA
Livros Intitulados Espírito de Profecia
Por que os livros escritos por Ellen Gold White são denominados de “Espírito de
Profecia”, quando as Escrituras Sagradas parecem indicar que a expressão “Espírito
de Profecia” aplica-se ao dom profético concedido aos profetas?
Sua pergunta é bastante interessante e oportuna. A Bíblia Sagrada ensina
claramente que a expressão “Espírito de Profecia” é equivalente à expressão
“Testemunho de Jesus”.
Nesse sentido, observe o que diz as Escrituras Sagradas: “o testemunho de Jesus
é o espírito de profecia” (Apocalipse 19:10). Portanto, “Espírito de Profecia” e
“Testemunho de Jesus” são expressões diferentes, empregadas para designar a mesma
idéia bíblica.
Do autor do Apocalipse é dito que ele “testificou da palavra de Deus, e do
testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”. (Apocalipse 1:2) e que “estava
na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus
Cristo”. (Apocalipse 1:9). Portanto, por ter testificado da Palavra de Deus e do Espírito
de Profecia – Testemunho de Jesus Cristo – João foi exilado, por ordem do imperador
romano Domiciano, para a rochosa ilha de Patmos, localizada no mar Egeu.
É evidente que todos os profetas bíblicos profetizaram inspirados pelo
“Testemunho de Jesus”, ou seja, pelo “Espírito de Profecia” concedido por Deus
àqueles homens santos. O interessante é que os escritos desses profetas passaram a ser
conhecidos pela expressão que serve para designar o dom profético: “Testemunho”.
Observe o que diz a Bíblia Sagrada: “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem
segundo esta palavra, nunca verão a alva”. (Isaías 8:20). “A lei do Senhor é perfeita, e
refrigera a alma: o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices”. (Salmos
19:7).
A “lei” é o título bíblico que serve para identificar os primeiros cinco livros das
Escrituras Sagradas, cuja autoria é atribuída a Moisés. Esses livros são conhecidos nos
dias de hoje pela designação de Pentateuco. Quanto às expressões “Testemunho” ou
“Testemunho do Senhor”, podemos afirmar que se tratam da designação bíblica
empregada para identificar os escritos produzidos pelos santos profetas do Senhor.
Portanto, “Testemunhos do Senhor” é a metonímia para os escritos dos profetas.
Ora, se os antigos chamaram os escritos dos santos profetas de “Testemunho do
Senhor”, quando tal designação referia-se ao dom profético concedido aos servos do
Senhor, então também é perfeitamente válido e lógico designar os escritos da profetiza
Ellen Gold White de “Testemunho de Jesus”. Porém, como a expressão “Testemunho de
Jesus” é equivalente à expressão “Espírito de Profecia”, não é nada demais chamar os
escritos de Ellen Gold White de “Espírito de Profecia”. Portanto, “Espírito de Profecia”
é uma metonímia que serve para designar os escritos de Ellen Gold White. Nada mais
simples, lógico e claro!
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
10ª PERGUNTA
Ellen White e Outras Fontes
É verdade que Ellen Gold White copiou textos de outras fontes para os seus próprios
livros? Isso não a descaracteriza como um profeta divinamente inspirado?
Sim, realmente, Ellen Gold White transcreveu parágrafos de outras fontes,
enxertando-os em seus próprios trabalhos. Mas isso nunca foi novidade para ninguém e
muito menos para os leitores da escritora. Ela nunca escondeu tal fato de ninguém. Em
diversas ocasiões, ela mesma explicou francamente ao seu público ledor que havia
lançado mão de alguns textos de outros autores para explaná-los em seus próprios livros
ou para esclarecer melhor as idéias que queria transmitir.
Ela deixou bem claro que esses escritores tinham se expressado melhor do que
ela sobre determinado ponto de vista, os quais estavam em perfeita harmonia com as
Escrituras Sagradas e com as suas próprias visões e sonhos.
Portanto, a questão não se tratava de transcrever o conteúdo ou a idéia da
mensagem, mas simplesmente tratava-se de reproduzir a forma de expressar a
mensagem que ela tinha recebido.
Observe o que a escritora afirmou sobre o assunto em questão: “Em alguns casos
em que algum historiador agrupou os fatos de tal modo a proporcionar, em síntese, uma
visão abrangente do assunto, ou resumiu convenientemente os pormenores, suas
palavras foram citadas textualmente; nalguns outros casos, porém, não se nomeou o
autor, visto que as transcrições não são feitas com o propósito de citar aquele escritor
como autoridade, mas porque sua declaração provê uma apresentação do assunto, pronta
e positiva. Narrando a experiência e perspectivas dos que levam avante a obra da
Reforma em nosso próprio tempo, fez-se uso semelhante de suas obras publicadas”.
(Grande Conflito, 13-14).
Observe as informações prestadas pelo filho da escritora sobre a mesma questão:
“Quando redigia os capítulos para O Grande Conflito, ela fazia às vezes uma descrição
parcial de um acontecimento histórico importante, e quando a sua copista que preparava
os manuscritos para o prelo indagava a respeito do tempo e do lugar, minha mãe dizia
que essas coisas foram registradas por historiadores conscienciosos. Que fossem
inseridas as datas usadas por esses historiadores”. (III Mensagens Escolhidas, 447).
“Em outras ocasiões, ao escrever o que lhe fora apresentado, mamãe encontrava
tão perfeitas descrições dos acontecimentos e apresentações dos fatos e das doutrinas
em nossos livros denominacionais, que copiava as palavras dessas autoridades”. (III
Mensagens Escolhidas, 447).
É digno de nota observar que a autora descartava as partes dos textos que
estavam em desacordo com as visões que havia recebido. Mais tarde essas partes
rejeitadas mostraram-se absurdas e até contrária aos fatos e às novas descobertas da
Ciência. Até mesmo essa atitude demonstra que Ellen White era orientada divinamente.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
11ª PERGUNTA
Escritores Bíblicos e Outras Fontes
Algum escritor da Bíblia copiou textos de fontes fora das Escrituras Sagradas para
fundamentar os seus próprios escritos, à semelhança do que fez Ellen White?
Sim, à semelhança de Ellen White, muitos escritores bíblicos copiaram textos
de fontes fora da Bíblia Sagrada para fundamentar as suas próprias obras. Em seus
escritos, esses escritores sacros admitiram abertamente ter anexado em seus textos
inspirados informações de fontes extrabíblicas. Hoje, essas fontes estão perdidas. Por
exemplo: O livro de Josué e o livro de Samuel registram acontecimentos que estavam
“escrito no livro do Reto” (Josué 10:13; II Samuel 1:18).
Os autores dos livros de Crônicas e de Reis deixam bem claro que eles
empregaram fontes históricas extrabíblicas para complementarem suas próprias obras.
Eles mencionam as seguintes fontes: “livro dos sucessos de Salomão” (I Reis 11:41).
Também fazem referência aos livros: “Falas de Natã”, “Profecia de Aías”, “Visões de
Ido”, “Livro de Semaías” e “Livros dos Videntes” (II Crônicas 9:29; 12:15; 33:19).
Neemias também transcreveu para o seu próprio livro os dados contidos numa obra
intitulada “Livro da Genealogia” (Neemias 7:5).
Apesar de vários escritores bíblicos terem copiado para as suas próprias obras
informações e textos de fontes extrabíblicas, isto não os descaracteriza como um profeta
divinamente inspirado. Então, por uma questão de coerência, o mesmo fato não possui o
condão de descaracterizar Ellen White como uma profetiza divinamente inspirada.
Também se pode observar que algumas partes do Novo Testamento foram
copiadas de fontes extrabíblicas. Por exemplo: A passagem bíblica de Judas 4-5 é um
empréstimo literário copiado do livro Apócrifo de I Enoque 1:6.
Na introdução do Evangelho de Lucas, o autor descreveu como realizou
pesquisas extrabíblicas para elaborar o evangelho que leva o seu nome: “Tendo pois
muitos empreendidos pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram.
Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram
ministros da palavra. Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó
excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo
desde o princípio. Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado”
(Lucas 1:1-4).
O apóstolo Paulo também fez empréstimos literários de algumas fontes
extrabíblica de autores pagãos, reproduzindo-as em suas cartas. Mas, à semelhança de
Ellen White, ele também aplicava os textos copiados às verdades que Deus lhe havia
revelado. Vejamos alguns trechos que foram copiados:
1. No século III antes de Cristo, o poeta grego Menandro escreveu: “Não vos
enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Esse verso foi
reproduzido pelo apóstolo Paulo em I Coríntios 15:33.
2. Na primeira parte de Atos 17:28, Paulo citou parte de uma poesia escrita por
Epimênides, de Creta, no século VI antes de Cristo: “Pois nEle vivemos, e nos
movemos, e existimos”.
3. A segunda parte de Atos 17:28, é uma citação feita por Paulo do poeta
ciliciano Aratus (315-240 c.C.): “Como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele
também somos geração”.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
4. Também em Tito 1:12, Paulo confessadamente transcreveu texto extrabíblico
de fonte pagã: “Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre
mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos”.
Todos esses escritores sacros copiaram de fontes extrabíblicas porque elas
estavam em perfeita harmonia com as verdades que lhes fora revelada pelo Senhor. É
digno de nota observar que tais fontes selecionadas pelos escritores bíblicos se tornaram
partes integrantes da mensagem divinamente inspirada.
LEANDRO BERTOLDO
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12ª PERGUNTA
As Leis do Plágio
Ao copiar de outros autores, Ellen Gold White não teria violado as leis do plágio?
Os empréstimos literários feitos por Ellen White de modo algum configuram
plágio. Um escritor não está impedido de citar textos de outros autores, ou de remanejar
os textos de outras fontes para dar-lhe novo sentido ou ampliar-lhe o significado ou
aplicação. Caso isto fosse considerado plágio, então o consagrado escritor brasileiro
Jorge Amado teria plagiado em sua obra monumental “Seara Vermelha” o livro de
Rachel de Queiroz, intitulado “O Quinze”.
Além do mais, não se devem comparar as leis de direitos autorais do século XIX
com as leis de direitos autorais do final século XX ou do século XXI.
Ao transcrever, para as suas próprias obras, parágrafos de outros escritores,
Ellen White estava realizando uma prática que era comum em sua época e que estava
em harmonia com as leis de direitos autorais existentes naquele tempo e, até mesmo,
nos dias de hoje.
Muitos escritores que tiveram seus textos transcritos para as obras de Ellen
White ainda estavam vivos e conheciam o trabalho da escritora. Porém, eles jamais
questionaram ou reclamaram de supostas violações de direitos autorais. A verdade é que
eles não viram nenhuma violação autoral nas atividades literárias de Ellen Gold White.
Para analisar legalmente a questão do suposto plágio cometido por Ellen White,
a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia solicitou, em 1981, os serviços de
uma consultoria não adventista, especializada em direitos autorais.
Após pesquisar os trabalhos de todos os autores envolvidos, bem como de outros
escritores não envolvidos e a legislação pertinente da época, o relatório pericial concluiu
que “Ellen White não foi plagiadora, e suas obras não constituíram uma infração dos
direitos autorais ou pirataria” (Adventist Review, 17 de setembro de 1981).
As principais razões que levaram os peritos judiciais a chegarem a essa
conclusão foram as seguintes:
Primeiro, as fontes de empréstimos literários feitos por Ellen White não estavam
cobertas por direitos autorais.
Segundo, os peritos observaram que, mesmo que tais fontes estivessem sob a
proteção de direitos autorais, ainda assim, o emprego de parágrafos de outras fontes
literárias não constitui infração a direitos autorais, nem no século XIX e nem no XX.
Terceiro, Ellen White não copiou os textos secamente, mas exerceu sobre eles
um profundo estudo e discriminação, rearranjando-os de tal modo que, inseridos dentro
do contexto de seu próprio trabalho, deu-lhes nova forma, aplicação e abrangência. Com
isso, produziu algo novo dentro de um contexto maior e melhor, tornando-os
legitimamente seus, tanto do ponto de vista legal quanto ético.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
13ª PERGUNTA
Vocabulário dos Profetas
Como pode um profeta, sob inspiração divina, expressar o que lhe foi revelado com as
suas próprias palavras? Por acaso as palavras também não são revelações divinas?
A inspiração divina não atinge, necessariamente, a forma de expressão
empregada pelo profeta para transmitir as ideias que lhe foram divinamente reveladas.
A realidade é que a inspiração divina limita-se ao âmbito do conteúdo da
mensagem, mas a forma, o estilo literário e as palavras empregadas para descrever o
objeto da revelação são produtos da mente do escritor sacro. Exceção é feita quando o
profeta transcreve “ipsis litteris” as expressões empregadas pelo Senhor no momento da
revelação.
Sobre a questão, Ellen White declarou o seguinte: “Se bem que eu dependa do
Espírito do Senhor tanto para escrever minhas visões como para recebê-las, todavia as
palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que sejam as que me
foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas” (I Mensagens
Escolhidas, 37).
A maior prova de que os profetas sacros tinham plena liberdade para se
expressarem está na enorme diversidade literária dos sessenta e seis livros que
compõem as Sagradas Escrituras. Nelas encontram-se livros escritos em diversos estilos
históricos (Josué, Crônicas, Neemias, Ester etc); em diversas formas poéticas (Jó,
Salmos e Provérbios); em diversas formas epistolares (Romanos, Timóteo, Tito,
Hebreus, Tiago, Pedro, Judas) etc. Além das diferenças de estilos, alguns livros
proféticos costumam registrar as expressões ditas pelo Senhor.
Caso o Senhor houvesse inspirado cada palavra anotada na Bíblia Sagrada, então
todas as nações do mundo teriam que aprender a língua original da Bíblia Sagrada para
poder conhecer os vocábulos que foram divinamente inspirados. Todavia, não é isso que
ocorre, porque o que foi inspirado foi a mensagem bíblica e não a expressão linguística.
A verdade é que as Escrituras Sagradas registram vários estilos literários,
mostrando a influência de cada escritor sacro na produção da Bíblia. Com relação ao
Novo Testamento, os vocabulários mais ricos aparecem nos escritos de Paulo e Lucas e
os vocabulários mais pobres aparecem no evangelho de Marcos.
“Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram.
A inspiração não atua nas palavras do homem nem em suas expressões, mas no próprio
homem que, sob a influência do Espírito Santo, é tomado por pensamentos. As palavras,
porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina,
bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim, as
declarações do homem são a Palavra de Deus”. (I Mensagens Escolhidas, 21).
As “informações” resultantes das revelações divinas são inspiradas, mas as
“palavras” empregadas pelos escritores sacros são divinamente iluminadas. Isto ocorre
para que os profetas possam expressar corretamente a revelação divina.
Diante do exposto, fica claro que os escritores sacros tinham a plena liberdade
para se expressarem da melhor maneira que lhes era possível, sobre os temas que lhe
haviam sido revelado por inspiração divina. Evidentemente, esses escritores se
expressaram iluminados pelo Espírito Santo, mas sempre respeitando os limites de suas
instruções formais e capacidades intelectuais.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
Em resumo, a Bíblia Sagrada é um produto da inspiração do pensamento, e não
produto da inspiração verbal. O que foi inspirado na Bíblia Sagrada foi a ideia e não a
forma de expressar essa ideia. O que foi inspirado nas Escrituras Sagradas foi a
mensagem e não a forma como a mensagem foi apresentada.
LEANDRO BERTOLDO
Perguntas e Respostas
14ª PERGUNTA
Assistentes Literários dos Profetas
Soube que Ellen Gold White empregava assistentes literários. Isto está em harmonia
com as Escrituras Sagradas?
A Bíblia Sagrada jamais ocultou o fato de que muitos profetas e apóstolos
dependeram de assistentes literários para preparar os seus manuscritos inspirados, os
quais mais tarde tornaram-se partes das Escrituras Sagradas. Observe os seguintes
exemplos bíblicos:
No Antigo Testamento tem-se o caso de Baruque, que foi secretário literário de
Jeremias: “Então Jeremias chamou a Baruque, filho de Nérias; e escreveu Baruque da
boca de Jeremias todas as palavras do Senhor, que ele lhe tinha revelado, no rolo de um
livro”. (Jeremias 36:4).
“E perguntaram a Baruque, dizendo: Declara-nos agora como escreveste da sua
boca todas estas palavras. E disse-lhes Baruque: Com a sua boca ditava-me todas estas
palavras, e eu as escrevia no livro com tinta”. (Jeremias 36:17-18).
No Novo Testamento, tem-se o caso de Tércio, que foi assistente literário do
apóstolo Paulo: “Eu, Tércio, que esta carta escrevi, vos saúdo no Senhor” (Romanos
16:22).
Ainda no Novo Testamento, pode-se verificar que Pedro empregou Silvano
como seu assistente literário: “Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi
abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual
estais firmes”. (I Pedro. 5:12).
Sem nenhuma contradição com as Escrituras Sagradas, Ellen Gold White
também empregava assistentes literários, tanto quanto os escritores bíblicos o faziam e
também pelas mesmas razões. Sem assistentes literários, muitos de seus sermões jamais
teriam sido estenografados e publicados.
Com uma instrução formal bastante deficiente, Ellen White reconhecida suas
próprias limitações como escritora. “Não sou especialista em gramática” (III Mensagens
Escolhidas, 90). Além disso, a grande solicitação por seus escritos exigia ajuda literária:
“Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam
infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem
publicados”. (I Mensagens Escolhidas, 50).
As assistentes literárias de Ellen White tinham o dever de corrigir os erros
gramaticais, eliminar repetições desnecessárias e agrupas parágrafos e seções numa
ordem lógica. Outras assistentes literárias, especialmente Marian Davis, tinham a
função de realizar compilações dos escritos de Ellen White para complementar algum
capítulo de um novo livro da escritora.
A respeito de sua secretária literária, Marian Davis, Ellen White declarou que ela
“toma meus artigos que são publicados nas revistas e cola-os em livros em branco.
Também possui uma cópia de todas as cartas que escrevo... os livros não são produções
de Marian, porém minhas, tiradas de todos os meus escritos”. (III Mensagens
Escolhidas, 91-92).
Portanto, tanto quanto os escritores bíblicos, Ellen Gold White jamais manteve
segredo o fato de que fazia uso de assistentes literárias para poder melhor apresentar ao
publico as revelações que divinamente recebia.
Perguntas e Respostas sobre Doutrina Cristã
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Perguntas e Respostas sobre Doutrina Cristã

  • 1. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas PERGUNTAS e RESPOSTAS Leandro Bertoldo
  • 2. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Dedico este livro à irmã em Cristo, Luzinete Alves Leite Que deu origem a presente obra.
  • 3. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas “Os que estão dispostos a assim aceitar as Sagradas Escrituras sob a autoridade de Deus, são os que são abençoadas com a mais clara luz. Solicitados a explicarem certas declarações, só saberão responder: ‘Assim é apresentado nas Escrituras’”. (II Testemunhos Seletos, 305). Ellen Gould White Escritora, conferencista, conselheira, e educadora norte-americana. (1827-1915)
  • 4. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas SUMÁRIO Dados Biográficos Prefácio 1º Módulo: Bíblia Sagrada 1. A Bíblia e os Textos Originais 2. Inspiração e Iluminação 3. Diversidades de Interpretações 4. Interpretações por Revelações 5. Bíblia Tirada dos Crentes 2º Módulo: Espírito de Profecia 6. Ellen White e o Verdadeiro Profeta 7. A Incredulidade no Espírito de Profecia 8. Como Crer no Espírito de Profecia 9. Livros Intitulados Espírito de Profecia 10. Ellen White e Outras Fontes 11. Escritores Bíblicos e Outras Fontes 12. As Leis do Plágio 13. Vocabulário dos Profetas 14. Assistentes Literários dos Profetas 3º Módulo: Línguas Estranhas 15. Verdadeiro Dom de Línguas 16. Falta de Entendimento de Línguas 17. Igrejas e Demônios 18. Falsos Profetas 19. Insuficiência da Sinceridade 20. Profecias Sobre Evangélicos 4º Módulo: Dons do Espírito 21. Não Mereço os Dons do Espírito Santo 22. Não Consigo os Dons do Espírito 23. Não Recebi os Dons do Espírito Santo 24. Como Saber Se Recebi o Espírito Santo 25. Dons Proféticos na Igreja Adventista 26. Dons do Espírito Santo na Igreja Adventista 27. Santos Sem o Espírito Santo 5º Módulo: Batismo 28. Batismo com Fogo 29. Batismo de Recém-nascido 30. Recusando o Batismo 31. Procrastinando o Batismo 32. A Igreja e o Batismo de Recém-Nascidos 33. Rebatismo 34. Um Só Batismo
  • 5. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 6º Módulo: Salvação 35. Salvação Pela Fé da Família 36. Uma Vez Salvo, Salvo Para Sempre 37. Salvação Fora da Igreja 38. Salvação Dentro da Igreja 39. Tempos de Ignorância 40. Salvação de Bebês 41. Salvação de Animais 7º Módulo: Lei de Deus 42. Graça e Salvação 43. Lei e Salvação 44. Mandamentos e Vida Eterna 45. Lei do Amor 46. Lei que durou até João 47. Sábado e Salvação 48. Leis Incoerentes 49. Pena de Morte 8º Módulo: Juízo e Julgamento 50. Julgados Pelas Obras ou Pelo Coração 51. Perdão e Julgamento 52. Juízo Sobre as Nações 53. Espécies de Juízos 9º Módulo: A Igreja 54. Uma Religião Cristã 55. Uma Seita 56. A Tradição 57. Apresentação de Crianças 58. Quantidade de Santa Ceia 59. Rigor no Horário 60. Mulheres Caladas na Igreja 61. Mulheres Ensinando na Igreja 62. Cristãos Indignos na Igreja 63. Futuras Perseguições 10º Módulo: A Vinda de Cristo 64. Deus e a Volta de Jesus 65. Quem Viver Verá? 66. Arrebatamento Secreto 67. Os que Traspassaram 68. Aparência Física na Ressurreição 11º Módulo: O Milênio 69. O Reino Terrestre de Mil Anos 70. Mil Anos no Céu 71. Ímpios Salvos Durante o Milênio 12º Módulo: O Céu 72. Recordações Antigas no Céu
  • 6. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 73. Reconhecendo os Familiares no Céu 74. Onde Estão Elias e Enoque 75. Conhecendo os Heróis da Fé no Céu 76. Atividades no Céu 77. Casamentos no Céu 78. Imediatamente para o Céu 79. O Ladrão Crucificado e o Céu 13º Módulo: Conduta Cristã 80. Brincos e Jóias 81. Cinema e Televisão 82. Literaturas Indevidas 83. Leituras Indevidas no Sábado 84. Teatro na Igreja 14º Módulo: Doutrinarias 85. A Trindade 86. Postura Ideal Para Oração 87. Fogo Eterno em Sodoma 88. Continuação do Mal 89. Indevida Criação do Homem 90. Comer de Tudo 91. “Para Sempre” e “Perpétuo” 92. Pregação aos Mortos 93. Ano do Nascimento de Jesus 94. Dia da Morte de Jesus 95. Anjos e Sexo 15º Módulo: Miscelânea 96. A Benção do Pecador 97. Um Basta no Mundo 98. Igreja Católica 99. Árvore da Vida 100. Pôr-do-Sol da Ira 101. Criação da Mulher 102. Símile da Igreja 103. Origem de Deus 104. O Arrependimento de Deus 105. O Dia em que o Sol Parou 106. Quantidade de Anjos 107. Dinossauros 108. Vida em Outros Mundos 109. OVNI Epílogo Endereços
  • 7. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas DADOS BIOGRÁFICOS Leandro Bertoldo é o primogênito do casal José Bertoldo Sobrinho e Anita Leandro Bezerra. Nasceu no dia 03 de março de 1959 no bairro de Belenzinho, na cidade de São Paulo, SP. Quando nasceu, sua mãe contava dezoito anos de idade e seu pai tinha trinta e dois anos. Seu irmão, Francisco Leandro Bertoldo, nasceu no dia 23 de setembro de 1960 na cidade de Guarulhos, SP. Pai. Seu pai, José Bertoldo Sobrinho, veio ao mundo em São Vicente, Icó no Estado do Ceará no dia 16 de setembro de 1926 e faleceu em 05 de junho de 2004. Era filho do primeiro casamento de Francisco Bertoldo de Amorim com Águida Augusta de Amorim, que também tiveram mais duas filhas: Gracilia e Odete. Com o falecimento de Águida Augusta, o velho Francisco Amorim casou segunda vez com Francisca das Chagas, com quem teve quatro filhos: Geraldo (Izidorio), Áurea, Águida e Antonio. À procura de melhores oportunidades financeiras e de trabalho, no fim da década de quarenta, José Bertoldo Sobrinho migrou para o Estado de São Paulo. Ele sempre foi um homem muito esforçado e altamente competente em suas atividades profissionais. No decorrer dos anos, com muita dedicação, aperfeiçoou-se em seu ramo de trabalho, galgando diversas colocações profissionais. Foi Agricultor (1938/1947), Ajudante de Pedreiro (1948/1952), Pedreiro (1953/1966), Mestre Concreto (1967/1968), Mestre Pedreiro (1968/1973), Mestre de Obras (1974/1975) e Mestre Geral de Obras (1975/1977), vindo a aposentar-se nesta última atividade em 10 de maio de 1977. No princípio de sua carreira, começou recebendo quatro salários mínimos por mês mais ajuda de custo, mas na época de sua aposentadoria estava ganhando dezenove salários mínimos mensais, mais ajuda de custo. Durante sua vida, ele trabalhou nas empresas de Engenharia, Arquitetura e Construções: “Hedeager – Bosworth do Brasil S.A.”; “Hoffmann Bosworth do Brasil S.A.”; “Engenal – Engenharia e Comércio Ltda.”; “Christiani-Nielsen”; e “Transpavi – Codrasa S.A.”. Aposentado, tornou-se um profissional autônomo. Como resultado de sua qualificação profissional ele era muito requisitado pelas empreiteiras, razão pela qual viajava constantemente por todo o Brasil, participando na construção de várias obras. No Estado de São Paulo, ele trabalhou nas cidades de Araçatuba, Guarulhos, Mogi das Cruzes e São Paulo. No Estado de Minas Gerais, veio a trabalhar nas cidades de Belo Horizonte, Ibiá e Poços de Caldas. No Estado do Paraná, trabalhou em Porecatu, e no Estado da Bahia, trabalhou em Mataripe. Sua qualificação profissional era tão elevada que jamais ficou, um dia sequer, desempregado. Ele era muito viajado e fazia amigos com grande facilidade. Todo o seu comportamento cultural e moral era típico dos cearenses de sua classe social. Mãe. Sua mãe, Anita Leandro Bezerra, nasceu em Icó, no Estado do Ceará aos 20 de janeiro de 1941 e pereceu em 29 de agosto de 2010. Era filha de Olavo Leandro Bezerra e de Rita Augusta Bezerra, e teve seis irmãos: Filomena, Francisco, Luzia, Marieta, Moreira e Posa. Era tida como a mais bonita entre todas as suas irmãs. Embora não possuísse nenhuma educação formal, era muito inteligente e talentosa. Aos trinta e um anos de idade aprendeu a ler e a escrever com perfeição em apenas seis meses de aulas, ministradas por seu filho Leandro.
  • 8. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Sempre procurava nortear a sua vida por tudo o que era honesto, certo e correto. Não gostava de nada que fosse errado ou imoral. Seu ditado preferido era: “nunca pegue nada de ninguém, nem mesmo um palito de fósforo queimado”. Ela era bastante perspicaz, impulsiva, desconfiada e extremamente cautelosa. Durante toda sua vida, sempre foi muito dedicada ao lar e aos seus dois filhos e, ultimamente, à sua querida neta Beatriz Bertoldo. Irmão. Seu irmão recebeu o nome de Francisco em homenagem ao avô paterno. Na família, o seu apelido de infância era “Lico” e na adolescência passou a ser conhecido pelos colegas de escola como “Chico”. Conforme testemunho de seus pais, o Lico nasceu “tirado a ferro”, ou seja, com a ajuda do fórceps. Esse nascimento forçado deixou marcas indeléveis em seu couro cabeludo. Quando sua mãe obteve alta na maternidade, as enfermeiras entregaram-lhe uma criança da raça negra. Quando seu pai viu a criança, percebeu que houve algum engano, e mandou a jovem parturiente retornar e falar com a parteira, a qual constatou o engano, que foi prontamente corrigido. Lico nasceu tão pequenino que, segundo seu pai, poderia caber dentro de uma caneca de meio litro. Em sua infância, ele sempre vivia com alguma enfermidade, razão pela qual recebia um cuidado todo especial por parte de sua mãe. Mas, quando adulto, tornou-se saudável, inteligente, decidido e seguro de si mesmo. Francisco é casado com Carla dos Reis Leandro Bertoldo, e tem dois lindos filhos: Leandro e Felipe. Ele é um respeitável Oficial de Justiça pertencente ao quadro dos funcionários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Educação Formal. Em 15 de novembro de 1962, por questão de trabalho, o casal José e Anita, juntamente com seus dois filhos, mudaram-se para o município de Ibiá, Minas Gerais, local de onde Leandro preserva as suas primeiras recordações. Em 1964, o casal e seus dois filhos retornaram para São Paulo, vindo a fixar residência da na pacata cidade de Mogi das Cruzes, onde Leandro recebeu toda sua educação formal. Sua instrução teve início no Grupo Escolar Professora Leonor de Oliveira Mello (1966-1971), e seguiu na Escola Estadual de 1º Grau - Dr. Deodato Wertheimer (1972- 1975) e na Escola Estadual de 2º Grau - Francisco Ferreira Lopes (1976-1978). Fez as Faculdades de Física (1979-1981) e de Direito (2000-2004) na Universidade de Mogi das Cruzes – UMC. Sempre foi um estudante altamente respeitado pelos professores e colegas. Na escola primária, longe da mãe, no meio de pessoas estranhas, e totalmente despreparado para a vida estudantil, Leandro encontrou grandes dificuldades e obstáculos para adaptar-se à vida escolar. Porém, depois de alguns anos, tornou-se um aluno esforçado e exemplar, obtendo excelentes notas em todas as disciplinas. No decorrer de sua vida estudantil, Leandro ganhou alguns certificados de honra ao mérito e sempre recebeu elogios de diversos professores, tanto no primário, como no ginásio e no colégio. Como estudante, seu principal objetivo sempre foi atender às expectativas de seus pais. Ficava muito aborrecido quando não conseguia atingir esse alvo. Com a finalidade de alcançar a excelência estudantil dedicou-se integralmente aos estudos. Raramente brincava, jogava futebol ou empinava pipas porque os estudos, os deveres domésticos e alguns trabalhos externos consumiam todo o seu tempo livre. Sempre teve como prioridade o dever, depois o prazer.
  • 9. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Trabalhos e Afazeres. Desde os sete anos de idade, Leandro sempre foi muito dedicado e trabalhador. Realizava pequenos afazeres domésticos, como lavar louça e limpar a casa para sua mãe, sendo ele mesmo o maior beneficiado desse aprendizado. Além disso, uma ou duas vezes por semana, Leandro entregava nos bares salgadinhos, como coxinhas e bolinhos e vendia nas praças da cidade as balas de coco produzidas pela vizinhança. Quando não estava fazendo esses trabalhos, Leandro catava caco de vidro, ferro-velho e papelão nas ruas de Mogi das Cruzes para vender no Ferro Velho localizado na rua Casarejos. Com mais idade, capinava os quintais dos vizinhos, fazia aterros de terrenos, realizava pequenos carretos e ajudava a escavar poços de água. Com o dinheiro que ganhava, algumas vezes, ajudava a sua mãe, mas na maioria das vezes gostava mesmo era de comprar doces e revistas em quadrinhos que eram vendidas nos sebos da cidade. Essas eram as suas principais distrações, mesmo porque, a família não possuía televisor, telefone, energia elétrica ou mesmo água encanada. Carreira Profissional. A carreira profissional de Leandro teve início em 01 de julho de 1975, e sempre transcorreu sob a égide do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde ocupou diversos cargos promocionais: Auxiliar, Auxiliar Judiciário, Escrevente Técnico Judiciário, Chefe de Seção e Oficial Maior. Durante o período de julho de 1975 a outubro de 1984, Leandro exerceu as suas funções no Cartório do Distribuidor Judicial, localizado no Fórum de Mogi das Cruzes. A princípio era supervisionado por Mário Emerson Beck Bottion e, posteriormente, por Silvio da Silva Pires. Nessa época o Cartório do Distribuidor era uma Serventia Extrajudicial Anexada ao Cartório de Registro Civil de Mogi das Cruzes, tendo por Escrivão o Senhor Diomar Mello Freire. O emprego de Leandro no Cartório do Distribuidor foi adquirido por seu pai, que tinha amigos muito influentes na cidade de Mogi das Cruzes. Posteriormente, Leandro realizou algumas provas e foi aprovado para o cargo de Escrevente pelo Juiz Corregedor Dr. José Elias Habice Filho. Com a oficialização de todos os Cartórios Judiciais do Estado de São Paulo em 1984, Leandro pediu sua transferência, e foi lotado junto ao Segundo Ofício Cível de Justiça de Mogi das Cruzes, sob a direção do Bel. Enio de Camargo Franco Junior. Neste Cartório exerceu as funções de escrevente. Em 18 de dezembro de 1992 foi nomeado escrevente-chefe pelo Meritíssimo Juiz Dr. Antonio Carlos Ribeiro dos Santos. Em 02 de fevereiro de 2000 foi nomeado Oficial Maior pelo Excelentíssimo Juiz Corregedor Dr. Marcos de Lima Porta. Pesquisas e Livros. Entre os anos de 1978 a 1985, Leandro realizou uma série de pesquisas nas áreas da Física e da Matemática. Durante esse período de sete anos desenvolveu, na forma matemática, centenas de teses e artigos científicos, totalmente originais. Suas descobertas abrangem pesquisas em diversos ramos da Física Clássica, Física Quântica e Relatividade. Entre seus trabalhos publicados, destacam-se: “Teoria Matemática e Mecânica do Dinamismo”, “Teses da Física Clássica e Moderna” e “Teoria do Ímpeto”. Também desenvolveu dezenas de teorias matemáticas inovadoras, entre as quais se sobressaem as seguintes publicações: “Artigos Matemáticos”, “Cálculo Seguimental” e o seu trabalho de “Geometria”. A partir de 1986, Leandro passou a dedicar seus esforços e energias nas pesquisas da Teologia Bíblica. Suas observações resultaram em Cursos Bíblicos, Estudos em Escatologia e Pesquisas Apologéticas. Seus livros são utilizados nas aulas de estudos bíblicos e nas classes pós-batismais.
  • 10. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas A poesia jorrou na veia literária de Leandro em sua adolescência e mocidade, resultando na publicação de dois livros intitulados: “Lamentações de Leandro” e “Profecias”. Leandro é apreciado por todos os que o conhecem. Tornou-se cientista, escritor, expositor-teólogo, palestrante, poeta, professor e escrevente. Seus livros são conhecidos em todo o Brasil e fora dele. Até o presente momento possui publicado mais de duas dezenas de obras direcionadas para diversos seguimentos, tais como Física, Matemática, Química, Poesia e Teologia. Casamento. Em 02 de julho de 1981, Leandro casou com uma jovem de dezessete anos de temperamento forte chamada Francineide Maciel, com quem teve uma filha muito dedicada aos estudos chamada Beatriz Maciel Bertoldo, que se formou em Direito em 2004. Separado de fato desde 21 de setembro de 1985 e judicialmente desde 03 de março de 1986, Leandro e Francineide vieram a se divorciar amigavelmente no dia 06 de dezembro de 1988. Com fim prematuro de seu casamento, após a sua separação judicial, Leandro Bertoldo veio a conhecer a jovial e amável Daisy Menezes, com quem contraiu matrimônio civil no dia 25 de junho de 1992 e religioso em 28 de junho de 1992. Desde então, o casal tem convivido harmoniosamente, num relacionamento equilibrado e bem sólido. Cães e o Gatão. Em novembro de 1998, a alegre cachorra, que recebeu o nome de Fofa, tomou a inusitada decisão de conquistar e adotar o Leandro, a Daisy e a Beatriz, como seus legítimos donos e proprietários. Quando jovem, a Fofa gostava de brincar de jogar bola na posição de goleiro. Também gostava de lutar com o gato da casa, chamado gatão. Além disso, desde sua juventude, Fofa sempre se divertiu perseguindo reflexos luminosos projetados na parede ou no piso. Também gostava de olhar para o teto da casa, na procura de lagartixas para abocanhar. Hoje, a Fofa é uma senhora de idade avançada. Perdeu um pouco a sua agilidade e diminuiu as suas atividades “esportistas”. Não joga mais bola e nem pula como antigamente. Ela cansa-se com mais facilidade e sua visão diminuiu um pouco a acuidade. Passa boa parte do dia dormindo, mas continua sendo a mesma doce e meiga cachorra. A partir da adoção da Fofa, vieram outras, como a da amorosa cachorra Pitucha, que nunca gostou de bola, lutas ou de gatos; mais tarde veio a da nervosinha da Calma, que gosta somente de latir e ver a rua, e tem sido o terror dos ratos; finalmente chegou o mimado do Mimo, um tremendo lambe-botas, que estando loucamente apaixonado pela senhora Fofa, não é correspondido no amor. Todos esses três cachorros também decidiram, à semelhança da Fofa, conquistar o coração da família Bertoldo, adotando-os como os seus únicos proprietários e eternos guardiões. Conversão. No mês de julho de 1985 a esforçada missionária voluntária Célia Regina de Souza Xavier deu início às suas intensas atividades evangelísticas no Fórum de Mogi das Cruzes, no qual também era funcionária recentemente aprovada num concurso público bastante concorrido, sendo lotada junto ao Segundo Ofício Cível de Justiça. Ela ministrava aos colegas de trabalho, bem como a diversos outros interessados, os cursos bíblicos “Encontro Com a Vida” e “Família Feliz”. Também os presenteava
  • 11. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas com Bíblias e livros religiosos, tais como “Caminho a Cristo”, “O Desejado de Todas as Nações” e “O Grande Conflito”. Como fruto da dedicada e perseverante atividade evangelística da Célia Xavier, a partir de fevereiro de 1986, Leandro passou a compreender e aceitar as grandes verdades proféticas e espirituais ensinadas na Bíblia Sagrada. No dia 21 de fevereiro de 1986, Célia Xavier compôs para Leandro um poema intitulado “Assim Era...”. O qual, verdadeiramente, captou o conflito interior que havia existido na vida de Leandro: Julgavas ser... Outrora, alguém seguro e capaz. Sempre a privar seu próprio Eu... Lutavas, portanto, com garra E vencias sempre que o desejavas. Até mesmo sacrificavas, a tua Natureza e a de quem o rodeava. Duvidoso, porém, às vezes era; Ruindo-se em seu interior Olhavas apenas o que restara. Boas eram as intenções, porém, Esmagadores foram os resultados. Ruiu-se, porém, tal situação. Tremendo foi teu pesar O que fez teu coração partir e Lágrimas por tua face rolar. Desde então, teu ser transbordou, Não somente de dor, Mas, principalmente, de amor. Logo a seguir, por meio da leitura do maravilhoso livro, intitulado “O Desejado de Todas as Nações” e do Best Seller mundial, denominado “Caminho a Cristo”, Leandro teve um “encontro pessoal” com Cristo no dia 23 de abril de 1986, fato que mudou radicalmente o rumo e os valores de sua vida. Conforme o testemunho dado por Leandro Bertoldo, a partir desse momento o mundo todo mudou para melhor. Tudo se tornou prazeroso, colorido e belo. Tudo era novidade e interessante. A vida havia adquirido um novo significado e propósito. Uma presença invisível tomou posse do seu coração. Nessa ocasião o vazio e a solidão que sentia dentro d’alma dissiparam-se para sempre. Nunca mais se sentiu sozinho ou solitário. Dois Sonhos. No dia em que se converteu, Leandro teve dois sonhos impressionantes. No primeiro, sonhou que estava numa caverna do tamanho de um quarto, e cujo interior tinha sido escavado no barranco, numa forma cúbica. Esse quarto possuía, numa de suas paredes, uma única abertura localizada próxima ao teto, à direita
  • 12. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas de Leandro. Por essa abertura entrava um intenso facho de luz que iluminava toda a caverna. Imediatamente, Leandro acordou do sono e interpretou o sonho. A caverna representava a sua vida, a qual havia estado vazia e sem rumo, mas agora estava recomeçando a partir do zero. A abertura na parede para a entrada de luz representava a Cristo que entrava em sua vida com o conhecimento da verdade que estava adquirindo pelo estudo das Escrituras Sagradas. Depois voltou a dormir e teve outro sonho impressionante. Sonhou que ele, sua filha e sua ex-esposa estavam fugindo desesperadamente de um grande e feroz cachorro preto, que os perseguia implacavelmente com a intenção de devorá-los. Foi então que Leandro viu ao longe uma escada em frente da casa de sua mãe, e correndo em sua direção, subiu rapidamente os degraus junto com a sua filha. Porém, a sua ex-esposa não conseguiu chegar a tempo e foi devorada pela fera negra. Novamente Leandro acordou do sono e interpretou o sonho. Sua interpretação foi que ele, sua filha e sua ex-esposa estavam sendo perseguidos pelo demônio, que queria destruí-los. Mas, somente Leandro e sua filha encontraram salvação numa escada, que representava a Cristo. Todavia sua ex-esposa não teve a mesma sorte e foi devorada e destruída pelo demônio. Estudos Bíblicos. Entre os meses de maio a dezembro de 1986, Leandro começou a receber regularmente, por meio da Célia Xavier, algumas dezenas de lições mimeografadas de cursos bíblicos produzidos por seu esposo, o dedicado professor Valdir Gonçalves Xavier, que também ministrava os mesmos cursos para os membros da igreja de Sabaúna e a outras pessoas que tinham interesse em conhecer as verdades bíblicas. Com a sua velha Kombi Volkswagen amarela, o professor Valdir Xavier, transportava os mais diversos interessados na mensagem divina, para assistir aos cultos religiosos realizados todos os sábados no distrito de Sabaúna. Foi nessa localidade – entre os meses de maio a julho de 1986 – que Leandro travou os seus primeiros contatos com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. O primeiro sermão que Leandro ouviu, ocorreu num sábado no distrito de Sabaúna. Tratava-se do testemunho pessoal do ex-padre Oscar Ferraz do Amaral, que depois de 27 anos servindo a Igreja Católica Apostólica Romana, conheceu as verdades bíblicas através do livro “O Grande Conflito” e tornou-se Adventista do Sétimo Dia. A partir do dia 03 de agosto de 1986, Leandro passou a frequentar assiduamente a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes, conhecida como “central”. Também foi nesse dia e local que se apaixonou platonicamente – à primeira vista – por uma jovem meiga que cantava num trio feminino. Seu nome era Daisy Menezes, secretária da Escola Adventista Modelo. Tratava-se de uma bela moça de pele morena clara, com lindos olhos castanhos. Ela tinha cabelos compridos e negros, que eram bem cuidados. Sendo de baixa estatura, possuía um corpo proporcional ao seu peso e altura. Em setembro do mesmo ano, Leandro matriculou-se na Classe Bíblica coordenada pelo amável, querido e sábio professor Pedro B’ärg. Um ano depois, mais precisamente em 26 de setembro de 1987, Leandro selou o seu compromisso com Cristo sendo batizado pelo consagrado e esforçado pastor distrital Davi Marski. Primeiro Encontro. A data de 26 de novembro de 1987 adquiriu um significado muito importante na vida de Leandro Bertoldo. Pois foi nesse dia às 17h00 que ele teve o seu primeiro encontro a jovem Daisy Menezes. Após combinarem por telefone, os jovens marcaram um encontro para depois de dois dias. Esse encontro ocorreu numa ensolarada tarde de quinta feira, durante a
  • 13. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas cerimônia religiosa do casamento do Silvano e da Kátia Moyano, que foi realizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes. Por estar atrasada ao encontro, Leandro achou que a Daisy havia desistido. Porém, para sua grande alegria, ela compareceu e estava, simplesmente, deslumbrante, trajando um belo conjunto amarelo. Mais tarde, nesse mesmo dia, Leandro pediu-a em namoro. A princípio ela relutou, mas com o passar dos dias abriu o seu coração e aceitou o pedido de namoro, o qual resultou em casamento. Trabalho Missionário. A partir de dezembro de 1987, indicado pelo pastor Davi Marski, Leandro passou a realizar diversas palestras nas igrejas de Biritiba Mirim, Brás Cubas, Jundiapeba, Mogi das Cruzes e Sabaúna. Ele manteve essa atividade por sete anos, até que ocupações missionárias e a Classe Bíblica passaram a exigir sua atenção e dedicação. Em fevereiro de 1988, influenciado pela professora Ozilda Pereira Moreira e totalmente apoiado pela dedicada família Pereira, Leandro tornou-se professor da Escola Sabatina, função que conservou até 26 de fevereiro de 1996. Em março de 1988, sob a orientação de uns dos grandes diretores de Ação Missionária da Igreja Adventista de Mogi das Cruzes, Antenógenes Negrão, engajou-se junto com a sua namorada Daisy Menezes nas atividades evangelísticas organizadas por sua denominação religiosa. Em 1990, por indicação do esforçado diretor da Escola Sabatina, Antonio Prado Júnior, Leandro foi nomeado vice-professor da Classe Bíblica, sob a inestimável supervisão do professor Pedro B’ärg. Em 01 de janeiro de 1997 tornou-se professor de Classe Bíblica. Dupla Missionária. Desde 1988, Leandro vinha ministrando estudos bíblicos no bairro da Vila Industrial acompanhado por sua namorada Daisy Menezes. Em 1993, convidado pelo arrojado missionário leigo e recém-batizado, Paulo César Mazanti, Leandro formou com ele uma dupla missionária. Juntos, suas atividades missionárias se expandiram e alcançaram muitos outros bairros da cidade de Mogi das Cruzes. Houve época em que cada sábado a dupla ministrava estudos bíblicos para mais de quarenta interessados, numa jornada que perfazia sete horas de trabalho. Tudo isto, tirando os cursos bíblicos ministrados uma vez por semana, à noite, nas casas de interessados na mensagem. Em geral, a carreira missionária laica de Leandro Bertoldo e do seu amigo Paulo Mazanti – em dupla ou individualmente – inclui dezenas de palestras sacras apresentadas em diversas igrejas da região de Mogi das Cruzes. Também abarca exposições de estudos bíblicos de casa em casa, nas classes bíblicas e nas igrejas locais. No currículo do Leandro e do Paulo figura uma passagem missionária, com duração de um ano, na favela do Gica, a qual somente encerrou-se quando a favela mudou de lugar por determinação das autoridades civis. Mesmo assim, esse trabalho não ficou sem fruto. Anos depois, a dupla soube que vários membros da família Dinei, haviam se decidido pelo santo batismo. Durante o primeiro semestre de 1999, Leandro Bertoldo, Paulo Mazanti e Moacir dos Passos, atendendo à solicitação do irmão Edson Felix, realizaram aos domingos, com grande sucesso, uma série de conferências bíblicas na recém-inaugurada igreja de César de Souza, fundada pelo amável pastor distrital Paulo Queiroz. Como resultado de todas essas atividades missionárias, muitos foram os frutos colhidos para o celeiro celestial de Cristo. Alguns desses preciosos frutos estão congregando nas igrejas de César de Souza, Jundiapeba e Mogi das Cruzes.
  • 14. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Classe Pós-Batismal. Em 07 de fevereiro de 2004, época em que João Batista da Silva era pastor distrital em Mogi das Cruzes, Leandro e o irmão Paulo César Mazanti implantaram e coordenaram uma classe pós-batismal na igreja central de Mogi das Cruzes, a qual continua funcionando até aos dias de hoje, aos sábados a partir das 14h30, fortalecendo a fé dos novos conversos e preparando-os para o ministério missionário leigo. Pela classe pós-batismal passaram nomes que se tornaram lideres de departamentos das igrejas locais: Anne Patrice Guimarães Leite, Beatriz Maciel Bertoldo, David de Souza Maria, Donizete da Silva, José Lino Alves Machado, Mauricio Epiphânio, Mauricio Shoji Kimoto, Nilton Satio Murakami, Tânia Faisã Daghlawi Machado, Willians Roberto da Silva e tantos outros dedicados e esforçados irmãos e irmãs que continuam trabalhando na causa do Senhor, ganhando almas para Cristo. Metodologia da Classe. Um curso completo na classe pós-batismal é dividido em sete módulos, sendo que cada módulo apresenta a duração de um semestre. A apresentação de cada lição dura de 45 a 60 minutos. Dependendo da quantidade de alunos, torna-se conveniente elaborar uma escala para que todos tenham a mesma oportunidade de participar. No primeiro módulo o aluno assiste a apresentação de estudos bíblicos feita por seu coordenador. No segundo, o aluno repete o estudo que assistiu. No terceiro módulo, o instrutor escolhe aleatoriamente lições bíblicas para que o aluno improvise sua apresentação. No quarto, o aluno é convidado a produzir as suas próprias lições bíblicas. Neste módulo, o aluno recebe um tema, e durante a semana prepara a lição empregando a Bíblia, a concordância e o dicionário bíblico, e no sábado apresenta sua lição em público. Durante esses quatro módulos o aluno é interrompido em sua apresentação para responder às perguntas feitas pelo coordenador sobre o tema que está sendo desenvolvido. Essas perguntas têm por finalidade avaliar a compreensão que o aluno adquiriu sobre o tema apresentando, levando-o a raciocinar e a interpretar o texto bíblico com sabedoria, inteligência e lógica sistemática. No quinto módulo, o aluno passa a pregar sermões preparados. No sexto, o aluno improvisa a pregação de sermões. Neste módulo, o professor escolhe um texto bíblico para que o aluno desenvolva um tema na aula. Nesses dois módulos o aluno não é interrompido em nenhum momento em sua palestra. Porém, ao terminar, ele recebe orientações e críticas construtivas de todos os ouvintes. No sétimo e último módulo o aluno aprende algumas noções de oratória. No decorrer de todo o curso, o interessado é incentivado a praticar o que aprendeu, dando estudos bíblicos e pregando sermões em pequenos grupos e igrejas. Cargos na Igreja. Ano após ano, Leandro vem ocupando, com grande prazer e satisfação, diversos cargos eletivos na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes. Durante seus vinte e três anos de batismo, Leandro foi Professor da Escola Sabatina, Professor da Classe de Visitas, Coordenador de Classe Bíblica, Secretário da Ação Missionária, Tesoureiro, Promotor de Literatura e Ancião. Atualmente, foi eleito pela comissão da igreja para coordenar as Classes Bíblicas mantidas por sua denominação religiosa, aos sábados pela manhã e à tarde. Tem recebido auxilio de vários professores, entre os quais se destacam: Cínthia Passos Assumpção Pedroso, Maurício Epiphânio, Maurício Shoji Kimoto, Moacir dos Passos, Nilton Satio Murakami e Willians Roberto da Silva.
  • 15. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Ministério Pessoal. Procurando suprir as necessidades de material religioso específico para as Classes Bíblicas que coordenava, Leandro Bertoldo deu início em 2005 a um novo ministério evangelístico pessoal. Trata-se de um ministério pessoal de publicação de literatura religiosa produzida pelo próprio autor. Seus livros seguem a linha de estudos bíblicos de cunho eminentemente doutrinário, escatológico e apologético. Todos essencialmente fundamentados nas Escrituras Sagradas. Alguns estudos apresentados em seus livros receberam críticas construtivas emitidas pelo amigo Paulo Mazanti, com quem o autor costumava disputar sobre pontos doutrinários. Tais obras têm levado muitas pessoas a se interessarem profundamente pelo estudo da Bíblia Sagrada. Também tem sido uma grande bênção em despertar algumas almas dormentes, mas sinceras e preciosas à vista de Deus, para a luz das grandes verdades bíblicas. Porém, tais fatos somente tornaram-se possíveis devido aos esforços de dedicados colaboradores como José Dionísio Correa, Donizete da Silva, Maurício Quintas de Oliveira, Maurício Shoji Kimoto, Nilton Satio Murakami, Setembrino Lobato Júnior, Valdemar Ferreira da Silva, Vanderléa Silva de Moura, Vladimir Feliciano da Silva e muitos outros que trabalham com Leandro na obra de divulgação das verdades eternas, cujos nomes estão arrolados no livro da vida. Nota de Falecimento. Desde 06 de setembro de 2008, o amigo e companheiro de labor na Seara do Senhor, Paulo César Mazanti (1967-2008) descansa em Cristo. As obras resultantes de sua fé sobrevivem em dezenas de corações sinceros e fiéis que conheceram as verdades bíblicas por seu intermédio. Essas almas servem a Cristo em diversas igrejas da região de Mogi das Cruzes. Embora nos dois últimos meses de vida, Paulo Mazanti tenha sofrido de dores horríveis que lhe causaram sofrimentos inenarráveis, sua fé estava mais acalorada e viva do que nunca. Nessas circunstâncias, ele jamais duvidou do amor de Deus por sua pessoa. Em seus melhores momentos ele evidenciava uma firme confiança de que algo melhor o aguardava. Suas palavras, seu modo de falar e sua espiritualidade demonstraram a todos os visitantes que, apesar da adversidade, ele tinha se achegado a Cristo, como jamais havia feito durante toda sua vida. Paulo César Mazanti nasceu em 20 de agosto de 1967 em Assis – SP. É filho de José Mazanti e de Hilda Contin Mazanti. Exerceu a profissão de Engenheiro Elétrico e de Perito Judicial em Mogi das Cruzes. Junto com seu pai, gostava de correr na São Silvestre. Foi casado com a amável professora Irani Gonçalves Colletes Mazanti. O casal não teve filhos. Paulo amava a natureza e os animais, ele tinha em sua casa três cachorros e vários gatos. Paulo era um homem inteligente e bem ajustado. Possuidor de um carisma todo especial, era admirado e querido por todos. Doce como açúcar, e como tal derretia-se facilmente. Sempre foi uma pessoa ativa e também muito emotiva. Várias foram às vezes que foi visto chorando. Sempre procurava ajudar a todos, sem olhar a quem. Muitos foram os que lhe pediram emprestado e poucos os que lhe pagaram. Muitos abusaram e se aproveitaram de sua bondade, sem jamais retribuir algo em troca. Mesmo assim, Paulo jamais recusou ajudar a quem quer que fosse, quando solicitado. Agora, Paulo repousa no Cemitério da Saudade de Cândido Mota - SP, aguardando a fulgurante manhã da ressurreição, quando então, ao comando de Jesus e sob o toque da Trombeta de Deus, se levantará do pó da Terra glorificado e renovado. Ele ressurgirá revestido num corpo incorruptível e imortal, para viver pela eternidade adentro com todos os vencedores, herdeiros do Reino de Deus. Com uma reluzente coroa de ouro cravejada de pedras preciosas em sua cabeça e vestido de luz, Paulo Mazanti caminhará deslumbrado pelas ruas de ouro da Nova
  • 16. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Jerusalém. Entreterá agradável conversa com Jesus, com os santos anjos e com todos os salvos. Viverá numa Nova Terra, debaixo de um Novo Céu, renovado pelo Senhor nosso Deus. Brincará com o lobo e com o cordeiro, que docilmente estarão apascentando juntos, nas eternas relvas verdes da Nova Terra. Sentirá o cheiro perfumado das flores do Jardim do Éden, e admirará sua beleza imorredoura. Beberá da refrescante água que corre no rio da vida, cuja nascente está localizada aos pés do trono de Deus e do Cordeiro. Saboreará o delicioso fruto da árvore da vida, que está no meio da praça de ouro da Santa Cidade, e viverá para sempre, num estado de perfeita felicidade. Quem não deseja estar nesse lugar maravilhoso?
  • 17. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas PREFÁCIO “No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade” Ellen Gould White A presente obra originou-se das indagações da colega de trabalho Luzinete Alves Leite que, desejando ser batizada na Igreja Adventista do Sétimo Dia, ansiava ver respondidas algumas de suas mais caras perguntas sobre os mais diversos assuntos emanados das Escrituras Sagradas. Como as suas questões eram profundas e o tempo no local de trabalho era corrido para uma resposta verbal mais elaborada e fundamentada num claro “Assim diz o Senhor”, solicitei-lhe que as escrevesse em papel e tinta. E que, na medida do possível, procuraria responder às suas perguntas, também em papel e tinta. Em 16 de novembro de 2010, a Luzinete apresentou-me uma enorme lista de perguntas, muitas das quais são altamente complexas. Posteriormente, entregou-me outra lista contendo novas perguntas, o que resultou em quase quarenta questões. Apesar disso, todas elas foram rapidamente respondidas e entregues à interessada no dia 07 de dezembro de 2010. Para minha grande satisfação, Luzinete e suas duas filhas Ingrid e Larine foram batizadas por imersão em 12 de dezembro de 2010 e, agora, todos compartilham comigo da mesma fé e esperança em Cristo Jesus e em Seu breve retorno a este mundo. Entusiasmado e motivado pela profundidade dos assuntos abordados nessas consultorias, tomei a decisão de transformar as perguntas e as respostas dadas a Luzinete em livro. Para isso acrescentei àquelas, muitas outras perguntas que me foram propostas, por diversos interessados, no decorrer dos anos, bem como algumas de minha própria autoria. Também acrescentei algumas perguntas extemporâneas formuladas por Katiane Moyano em 8 de janeiro de 2011. Para responder a todas as perguntas que me foram formuladas, procurei pautar- me exclusivamente por respostas simples e objetivas, unicamente fundamentadas nas Escrituras Sagradas e no Espírito de Profecia. Tudo com vista a oferecer ao público ledor um fundamento límpido e uma compreensão cristalina a respeito dos assuntos aqui abordados. Sei que muitas das questões contidas nesta obra estão, naturalmente, no inconsciente coletivo de todos os cristãos. De tal forma que muitos pensam da mesma maneira sobre as mesmas questões e fazem as mesmas perguntas sobre os mesmos assuntos que aqui são abordados. Portanto, o estudo destas questões é indispensável para um instrutor bíblico eficiente. Didaticamente dividido em dez módulos, com mais de cem temas, o presente livro procura responder às grandes perguntas feitas por boa parte das pessoas que estudam as Escrituras Sagradas ou estão ingressando na vida cristã. Entre as várias perguntas aqui apresentadas, algumas são bastante simples, outras altamente complexas. Nesta obra destacam-se as perguntas dos módulos que tratam da Bíblia Sagrada, do Espírito de Profecia, dos Dons do Espírito Santo, do Batismo, da Igreja Adventista do Sétimo dia etc. Evidentemente, pela sua própria natureza pedagógica, a presente obra não procura exaurir os temas apresentados. Trata-se, simplesmente, de uma singela tentativa de elucidar algumas dúvidas sobre assuntos de grande interesse para o povo de Deus.
  • 18. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Por fim, é o ardente desejo do meu coração que muitas almas interessadas no estudo da Palavra de Deus possam enriquece-se espiritualmente com as perguntas e respostas aqui apresentadas. Também faço votos para que esta obra possa, de alguma maneira, tirar as dúvidas pessoais que porventura estão semeadas no coração do leitor sincero à verdade.
  • 19. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 1ª PERGUNTA A Bíblia e os Textos Originais Existem várias traduções bíblicas, como saber que a Bíblia Sagrada segue a verdadeira Palavra de Deus? Algumas pessoas supõem que a Bíblia Sagrada sofreu tantas traduções que o texto original acabou ficando corrompido e mutilado, perdendo-se para sempre no tempo. Porém, a verdade é que, caso as traduções da Bíblia Sagrada fossem realizadas de traduções sobre traduções, então essas pessoas teriam razão em questionar a veracidade do texto bíblico atual. Mas, no mundo protestante, as traduções não são feitas de traduções sobre traduções, mas são realizadas tendo como referência um texto grego altamente respeitado entre os estudiosos, bastante antigo. As traduções das Escrituras Sagradas são realizadas por eruditos, especialistas nas línguas antigas e modernas. Tal fato oferece maior grau de segurança e confiabilidade de que as traduções bíblicas, que hoje temos em mãos, seguem verdadeiramente a Palavra de Deus. Os manuscritos bíblicos mais antigos, do qual os tradutores protestantes se serviram, são produtos do meticuloso trabalho dos Massoretas, datado aproximadamente do ano 1000 d.C. Mas como qualquer outro livro antigo que chegou até aos dias de hoje, com um grande número de manuscritos, a pergunta que nos vem mente é a seguinte: podemos confiar que o trabalho dos Massoretas realmente espelha o verdadeiro conteúdo das escrituras originais? Bem, apesar dos manuscritos dos Massoretas estarem separados por um lapso de tempo de quase mil anos dos textos originais, a verdade é que a arqueologia moderna tem demonstrado que eles fizeram um excelente trabalho de preservação dos textos bíblicos originais. Em março de 1947, um pastor beduíno que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, casualmente, deparou-se com uma gruta localizada nas encostas rochosas da região do Mar Morto. Ao investigar o interior da gruta, constatou que ela continha vários jarros de cerâmica, os quais estavam lacrados. Esses jarros continham inúmeros documentos de escritos sagrados de uma seita judaica que existiu na época de Jesus, conhecida como Essênios. Entre os documentos encontrados em vários desses jarros, destacam-se os textos do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos dos profetas menores, parte do livro de Levítico e uma paráfrase do livro de Jó. Esses manuscritos somente puderam resistir à ação do tempo porque foram guardados em potes de cerâmica lacrados, que funcionaram como uma cápsula do tempo. Entre outros fatores que ajudaram na conservação desses manuscritos destacam- se a baixa umidade da região desértica e o isolamento do contato com o ar, com os insetos e com os roedores. O estudo da cerâmica dos jarros e os testes de datação pelo método do carbono 14 estabeleceram que os documentos contidos nos jarros foram produzidos entre os anos de 168 a.C a 233 d.C. Estes manuscritos causaram grande impacto na visão moderna das Escrituras Sagradas, pois confirmaram a precisão da tradução do Texto Massorético, do qual a Bíblia Sagrada foi traduzida para as línguas modernas.
  • 20. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Os célebres manuscritos do Mar Morto revelaram ao mundo que todo o conteúdo da Bíblia Sagrada que possuímos em nossas mãos é exato, perfeito e verídico. Os críticos esperavam que os textos bíblicos do Mar Morto revelassem supostas corrupções nas Escrituras Sagradas, porém, tiveram uma grande decepção, haja vista que nada de significativo foi encontrado para ser retirado ou acrescentado na Bíblia Sagrada. Porém, caso não houvesse ocorrido a referida descoberta arqueológica dos textos bíblicos nas cavernas do Mar Morto, ainda assim o mundo teria como avaliar a originalidade da Bíblia Sagrada que temos em mãos. Nos primeiros séculos da Era Cristã, mais precisamente entre os séculos II e VII, os Pais da Igreja escreveram centenas de livros. Nesses livros eles citaram e comentaram milhares de passagens do Novo Testamento. Essas citações tornaram possível constatar que o texto bíblico dos dias de hoje não sofreu nenhuma alteração no decorrer dos séculos e corresponde, perfeitamente, em todos os seus pormenores, à genuína Palavra de Deus. Outro método que permite avaliar a veracidade das Escrituras Sagradas editada nos dias de hoje, está no estudo dos milhares de manuscritos e fragmentos escriturísticos confeccionados nos primeiros séculos da Era Cristã. Comparada com outros escritos antigos, a Bíblia Sagrada foi extraordinariamente preservada no decorrer dos séculos. Por exemplo, existem somente sete manuscritos antigos da obra de Platão, porém, existem mais de 5.400 manuscritos do Novo Testamento. Quando os textos de todos esses manuscritos bíblicos são reunidos e comparados uns com os outros, constata-se que eles são 99,5% consistentes, comprovando que a Bíblia Sagrada, atualmente editada, corresponde perfeitamente à Palavra de Deus. Em geral, as versões tradicionais da Bíblia Sagrada na língua portuguesa são excelentes. Porém, a versão da “Bíblia Almeida Revista e Corrigida”, edição de 1969, oferece uma confiança muito grande no estudo da Palavra de Deus, já que é a tradução mais antiga na língua portuguesa, que segue fielmente, palavra por palavra, o manuscrito grego que serviu de base para a sua tradução.
  • 21. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 2ª PERGUNTA Inspiração e Iluminação Qual é a diferença entre ser “inspirado” e ser “iluminado” pelo Espírito Santo? Paulo afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (II Timóteo 3:16). O apóstolo Pedro assevera que “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:21). O salmista Davi declarou: “o espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca” (II Samuel 23:2). Portanto, as Escrituras Sagradas foram produzidas por “inspiração divina”. Na inspiração divina, o homem recebe as revelações através de visões e sonhos dados pelo Senhor (Números 12:6). A Bíblia Sagrada também esclarece que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pedro 1:20). Isto significa que a Palavra de Deus não pode ser interpretada de qualquer maneira e com qualquer idéia particular produzida pelos homens. Para poder compreender o perfeito conteúdo da mensagem da Palavra de Deus, o homem necessita ser iluminado pelo Espírito Santo, o qual esclarece o sentido, o conteúdo e o significado da mensagem bíblica que foi dada por inspiração divina aos santos profetas. Aqueles que são iluminados pelo Espírito Santo recebem o dom do discernimento espiritual para interpretar corretamente as Escrituras Sagradas. Em conjunto com o discernimento espiritual, a interpretação bíblica será sempre norteada pelo seguinte princípio: “A Bíblia interpreta-se pela Bíblia”. As Escrituras Sagradas mostram que enquanto alguns profetas bíblicos foram inspirados e iluminados, outros jamais foram iluminados para receber qualquer compreensão a respeito de suas próprias visões e sonhos. Poucos foram os profetas que receberam iluminação, e mesmo assim, só o receberam muito tempo depois de terem sido divinamente inspirados com visões e sonhos. Por exemplo, o profeta Daniel não entendeu a visão que havia recebido sob inspiração divina: “... e espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse”. (Daniel 8:27). O rei Nabucodonosor foi divinamente inspirado através de um sonho profético, entretanto ele não foi iluminando quanto à interpretação do seu próprio sonho profético: “Tive um sonho, que me espantou; e as imaginações na minha cama e as visões da minha cabeça me turbaram. Por mim pois se fez um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho” (Daniel 4:5-6). O Faraó do Egito também foi divinamente inspirado, recebendo do Senhor dois sonhos proféticos, mas ele não recebeu nenhuma iluminação divina quanto à compreensão do significado de seus sonhos: “E aconteceu que, pela manhã, o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que os interpretasse a Faraó” (Gênesis 41:8). O apóstolo Pedro afirmou categoricamente que muitos profetas não foram iluminados quanto às próprias visões e sonhos que receberam sob inspiração divina. Razão pela qual passaram a inquirir, indagar e tratar diligentemente das profecias que tinham recebido, inspiradas pelo Senhor: “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada. Indagando que
  • 22. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho: para as quais coisas os anjos desejam bem atentar”. (I Pedro 1:10-12). Os próprios apóstolos estavam sem iluminação quanto a algumas das mensagens de Jesus: “E eles nada disto entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não percebendo o que se lhes dizia” (Lucas 18:34). “Mas eles não entendiam essa palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca dessa palavra” (Lucas 9:45). “Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia” (João 10:6). Denota-se, portanto, que existe uma enorme diferença entre “inspiração” e “iluminação”. Na “inspiração” o profeta recebe as mensagens divinas por meio de visões e sonhos. Na “iluminação” o homem recebe o discernimento espiritual para compreender as profundezas das mensagens bíblicas. Para receber iluminação do Espírito Santo e discernimento espiritual para compreender as mensagens das Escrituras Sagradas, a fervorosa oração do cristão deve ser uma só: “Sou teu servo: dá-me inteligência, para entender os teus testemunhos” (Salmos 119:125) e seguir o seguinte conselho do Senhor: “Aconselho-te que... unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”. (Apocalipse 3:18).
  • 23. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 3ª PERGUNTA Diversidades de Interpretações Os homens interpretam a Bíblia Sagrada de diversas maneiras. Como saber qual é a interpretação correta? É bom lembrar que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pedro 1:20). Entretanto, muitos grupos religiosos apresentam diferentes interpretações para as Escrituras Sagradas. Essas diversidades de interpretações ocorrem porque esses grupos estão oferecendo uma “particular interpretação” das Escrituras Sagradas. Do mesmo modo como se interpreta a verdade com a própria verdade, também se interpreta a Bíblia com a própria Bíblia, porque “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (II Coríntios 13:8). Esse tipo de interpretação é chamado de “interpretação contextual”, porque ela leva em consideração – com exclusividade absoluta – os próprios textos bíblicos ao interpretar um texto bíblico específico. São as Escrituras interpretando as Escrituras. O resultado dessa interpretação é obrigatório e incontestável para todos os santos do Altíssimo, afinal de contas, são as próprias Escrituras dizendo ao homem como deve ser compreendido seu próprio texto. Existe também a chamada “interpretação doutrinária”. Essa espécie de interpretação é empregada pelos estudiosos quando as Escrituras Sagradas não contém informações suficientes para permitir uma interpretação com as próprias Escrituras. Essa interpretação é baseada na opinião dos doutrinadores que, evitando contradições com conhecimentos consagrados, procuram equilibrar seus julgamentos com os princípios gerais das Escrituras, no bom senso, no senso comum, nas razões lógicas e na filosofia das próprias Escrituras Sagradas. Também existe a “pseudo-interpretação doutrinária”, na qual o interprete emprega as Escrituras Sagradas sem nenhum critério científico, mas apenas como pretexto para defender as suas próprias opiniões pessoais, seus próprios interesses particulares ou alguma filosofia religiosa estranha às próprias Escrituras Sagradas. Dentro desse contexto, as Escrituras Sagradas são usadas como pretexto para uma obra de engano. Assim procedem algumas religiões espiritualistas orientais, o Esoterismo, a Nova Era, o Espiritismo etc. Outra forma de interpretação é a chamada “interpretação revelada”, na qual a interpretação das Escrituras Sagradas é feita por supostas revelações divinas. Nessa forma de interpretação, ao homem não é dada a liberdade de pensar e interpretar as Escrituras Sagradas, mas esse direito pertence exclusivamente às entidades sobrenaturais. Esse fenômeno interpretativo psíquico ocorre no meio espírita e em certas agremiações pentecostais. Diante de tantas interpretações bíblicas, como o homem pode conhecer qual é a verdadeira interpretação das Escrituras Sagradas? Ora, a resposta é muito simples. Basta seguir as orientações deixadas por Jesus Cristo e pelas próprias Escrituras Sagradas. Jesus disse aos crentes: “Examinais as Escrituras” (João 5:39). O Senhor sempre remetia os homens ao exame das Escrituras Sagradas: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26). Jesus sempre empregou as Escrituras para provar a verdade: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. (Lucas 24:27).
  • 24. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Um grande princípio que todo cristão honesto deveria observar para conhecer a verdadeira interpretação bíblica é seguir o nobre exemplo deixado pelos bereanos, que, diante de certas interpretações, ficavam “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”. (Atos 17:11). Ao examinar as Escrituras Sagradas, o crente deve levar em consideração a perfeita harmonia existente entre os textos bíblicos, já que eles não possuem contradições. “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”. (Isaías 8:20). As interpretações bíblicas não devem ser baseadas num único texto, mas em vários, haja vista que as mensagens bíblicas encontram-se “um pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28:10). A interpretação correta está em perfeita conformidade com todos os textos bíblicos, devendo o crente sincero desprezar as interpretações que contradizem qualquer texto das Escrituras Sagradas. Disse Jesus: “a Escritura não pode ser anulada” (João 10:35). Denota-se, portanto, que a interpretação – qualquer que seja sua origem – não deve estar aquém ou além da clara orientação da Palavra de Deus. Contudo, algumas pessoas que supõem crer nas Escrituras Sagradas, na realidade, estão tão arraigadas e endurecidas nos seus próprios erros e nas suas falsas interpretações que deles poder-se-ia dizer: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite”. (Lucas 16:31).
  • 25. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 4ª PERGUNTA Interpretações por Revelações São válidas as interpretações das Escrituras Sagradas quando provenientes de revelações extrabíblicas? Uma das grandes revoluções religiosas que purificou a Igreja dos erros doutrinários foi alcançada pelo movimento protestante do século XVI. Trata-se do inalienável princípio da “Sola scriptura”, o qual estabelece que o universo da fé cristã gira unicamente em torno da Bíblia Sagrada. Portanto, a Bíblia deve ser interpretada com exclusividade absoluta pela própria Bíblia, especialmente porque “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (II Coríntios 13:8). Esse princípio máximo da cristandade bíblica, que também foi empregado por Cristo e pelos santos apóstolos, baniu da Igreja todas as doutrinas heréticas que não estavam em harmonia com as Escrituras Sagradas. Eliminou definitivamente todas as formas de interpretações extrabíblicas provenientes de tradições ou de supostas revelações sobrenaturais, muito comuns durante a Idade Média. Qualquer modo de interpretação das Escrituras Sagradas, obrigatoriamente, tem que levar em consideração a harmonia sistemática das Escrituras: “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”. (Isaías 8:20). Portanto, é falsa toda interpretação que contraria ou não leva em consideração todos os ensinos das Escrituras Sagradas. Como os mandamentos, as regras e todos os demais preceitos bíblicos estão esparsos em toda a extensão das Escrituras Sagradas, então se torna necessário analisar a Bíblia “um pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28:10), razão pela qual os intérpretes devem estudar as Santas Escrituras “conferindo uma coisa com a outra para achar a causa”. (Eclesiastes 7:27). É claro que conferir um texto bíblico com outro, “um pouco aqui, um pouco ali” “para achar a causa” explicativa da doutrina, não significa simplesmente colecionar, ingenuamente, vários textos bíblicos para defender idéias pré-concebidas ou formar idéias particulares. Mas consiste em realizar uma rigorosa análise hermenêutica de textos bíblicos que tratam exclusivamente do mesmo tema, dentro do seu devido contexto, para então poder chegar a um resultado válido. Portanto, a junção “um pouco aqui, um pouco ali” consiste numa reunião de textos bíblicos temáticos, contextualizados e conexos. Tudo isso é necessário porque “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”. (II Pedro 1:20). Somente assim, as Escrituras Sagradas são interpretadas pelas próprias Escrituras Sagradas. Jesus nunca ensinou nenhum ser humano a confiar em quaisquer espécies de revelações sobrenaturais para “interpretar” as Escrituras Sagradas. Porém, orientou todos os Seus seguidores a praticarem o seguinte princípio: “Examinais as Escrituras”. (João 5:39). Jesus sempre remetia os crentes ao exame das Escrituras: “E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26). Os crentes fiéis jamais esperaram por qualquer “revelação sobrenatural” ou “revelação extrabíblica” para compreenderem as Escrituras Sagradas. Mas eles a pesquisavam por conta própria: “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”. (Atos 17:11). Esse é o espírito que todos os cristãos devem ter, para não serem enganados por falsos profetas.
  • 26. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas O próprio Senhor Jesus Cristo nunca exigiu que alguém cresse nEle, simplesmente, com base em Suas próprias revelações mas, levava-os a examinar as Escrituras: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:27). Os santos homens de Deus nunca dependeram de qualquer espécie de revelação sobrenatural para lhes interpretarem as Escrituras Sagradas. Eles mesmos liam e procuravam compreender o sentido das Escrituras: “E leram no livro, na lei de Deus: e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”. (Neemias 8:8). A verdade é que ninguém pode confiar em revelações extrabíblicas ou supostas revelações sobrenaturais que visam “interpretar” a Bíblia Sagrada. O próprio Satanás conhece profundamente as Escrituras Sagradas e, transfigurado em anjo de luz, pode oferecer a interpretação que bem lhe convier, com o único propósito de enganar. A própria Bíblia Sagrada adverte aos seus leitores crentes contra a obra de engano dos últimos dias. Observe o que diz a Palavra de Deus: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Timóteo 4:1). “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24). “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mateus 7:22-23). “A Bíblia nunca será suplantada por manifestações miraculosas. A verdade precisa ser estudada, precisa ser pesquisada como tesouros escondidos. Não serão dadas maravilhosas iluminações à parte da Palavra, ou para tomar o lugar dela. Apegai-vos à Palavra, recebei o enxerto da Palavra, que torna os homens sábios para salvação”. (II Mensagens Escolhidas, 48). Diante de tantas orientações e advertências bíblicas contra as manifestações do sobrenatural, como é possível, então, que alguém possa confiar a salvação de sua própria alma colocando-se nas mãos de interpretações provenientes de supostas revelações sobrenaturais?
  • 27. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 5ª PERGUNTA Bíblia Tirada dos Crentes No futuro, a Bíblia Sagrada será tirada dos cristãos? A Bíblia Sagrada não será tirada dos cristãos, no sentido de que o mundo inteiro deixará de editar a Bíblia Sagrada. Eles também não serão impedidos de possuí- la ou de estudá-la, enquanto estiverem livres de perseguições ou de prisões. Tal profecia de que a Bíblia Sagrada será tirada dos cristãos é falsa, e se trata de uma lenda religiosa, totalmente destituída de fundamento. Sobre a questão o Espírito de Profecia se manifesta da seguinte maneira: “Chegará o tempo em que muitos serão privados da Palavra escrita. Se, porém, essa Palavra é gravada na memória, ninguém poderá tirá-la de nós”. “Estudai a Palavra de Deus. Entesourai na memória suas preciosas promessas, para que, quando formos privados de nossas Bíblias, ainda estejamos de posse da Palavra de Deus”. (Eventos Finais, 60). A profecia afirma que “muitos serão privados da Palavra escrita”. Muitos não são todos, logo a Bíblia Sagrada não será tirada dos cristãos, mas os cristãos é quem serão tirados da Bíblia Sagrada. Isso ocorrerá quando tiverem que fugir para locais afastados e desertos, quando estiverem sendo perseguidos pelos malfeitores ou quando forem lançados nas prisões. Desse modo ficarão impedidos de terem acesso a algum exemplar das Santas Escrituras. Mas elas estão disponíveis a quem tiver a sorte de conseguir fugir com algum exemplar. O que será tirado de todos é o Espírito Santo, o qual nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). “O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”. (III Testemunhos Seletos, 280). Sem o Espírito Santo, os homens não podem ser convencidos do pecado para poderem aceitar o Sacrifício de Cristo para expiação e perdão de seus pecados. Sem o Espírito Santo, os homens não podem compreender ou discernir o sentido da Palavra de Deus, razão pela qual se pode aplicar a seguinte profecia: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente: correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Amós 8:12). Caso a Bíblia Sagrada venha a ser tirada dos cristãos, não será no sentido literal de ficarem privados ou impedidos de ter acesso físico a algum exemplar das Escrituras Sagradas. Porém, a grande verdade é que a Bíblia Sagrada já está sendo tirada das mãos dos cristãos, e eles nem estão percebendo a obra satânica que está em andamento no mundo. A Bíblia Sagrada está sendo substituída por livros ecumênicos que querem se passar por Escrituras Sagradas. Como exemplo dessa espécie de livros, temos a chamada “Bíblia na Linguagem de Hoje”, a “Bíblia Viva” e tantas outras que, apesar do título, não são Bíblias. Trata-se apenas de um livro ordinário que procura parafrasear a
  • 28. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Palavra de Deus. Razão pela qual podem, com propriedade, ser chamados de paráfrases. Até mesmo a versão da “Bíblia Sagrada Almeida Atualizada” está fervilhando de erros e contradições em relação aos originais. A única Bíblia protestante na língua portuguesa que realmente está bem afinada e espelhando a Palavra de Deus é a “Bíblia Almeida Corrigida”, edição de 1969. É claro que, como toda e qualquer tradução, ela também não é perfeita, porém, está bem mais próxima da verdadeira Palavra de Deus.
  • 29. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 6ª PERGUNTA Ellen White e o Verdadeiro Profeta Por que a Igreja Adventista menciona apenas um profeta: Ellen Gold White? Com referência aos profetas dos tempos antigos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia menciona e crê em todos os profetas bíblicos enviados por Deus. Com relação aos tempos modernos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia menciona e crê somente em um profeta. Esse profeta é conhecido pelo nome de Ellen Gold White (1827-1915). A razão para essa crença é justificada no fato incontestável de que, reconhecidamente, houve apenas um profeta verdadeiro nestes últimos dias. Ellen Gold White foi a única profetisa dos tempos modernos que realmente preencheu todas as especificações impostas pelas Escrituras Sagradas na identificação de um verdadeiro profeta enviado por Deus. À semelhança dos profetas bíblicos, Deus falou com ela em visões e sonhos (Números 12:6); propôs símile (Oséias 12:10). Tudo o que ela escreveu está em perfeita harmonia com a Bíblia Sagrada (Isaías 8:20). Seus escritos não desviam da verdade bíblica (Deuteronômio 13:1-3). Seus frutos dão testemunho de um verdadeiro profeta de Deus (Mateus 7:16-20). À semelhança dos verdadeiros profetas enviados por Deus, quando em visão Ellen White ficava inconsciente (Daniel 10:9); sem respiração durante horas (Daniel 10:17) e ficava com os olhos abertos em êxtase (Números 24:4). Também foi profetizado nas Escrituras Sagradas que, nos últimos dias, a obra desse profeta deveria acompanhar a Igreja até os fins dos tempos, e que seria uma das características identificadoras da verdadeira Igreja. Observe: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17). “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus: adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. (Apocalipse 19:10). Percebe! A verdadeira Igreja é aquela que “guarda os mandamentos de Deus” e tem o “testemunho de Jesus Cristo”. Mas, o que é o “testemunho de Jesus Cristo”? O próprio livro do Apocalipse responde: “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse 19:10). A leitura, o estudo e a prática das mensagens contidas nos livros que resultaram do Espírito de Profecia concedido a Ellen Gold White têm edificado a vida de milhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro. Os leitores desses livros se tornam melhores como pessoas, cidadãos e, principalmente, como cristãos. A influência desses livros inspirados tem levado milhões a crescer em conhecimento, sabedoria, saúde física e mental. Muitos são levados a desenvolver uma vida piedosa e moral perante Deus e os homens. Ao ler e praticar as mensagens dos livros do Espírito de Profecia, pode-se facilmente verificar que, exceto a Bíblia Sagrada, não existe nenhum outro livro tão rico e equilibrado em seus ensinos e orientações. Constante também a profunda espiritualidade cristã transmitida nesses livros. Observe que muitas das profecias ali anunciadas estão em pleno desenvolvimento nos nossos dias. Entre tais profecias, destacam-se as seguintes: o crescimento dos movimentos católicos e protestantes visando unir todas as religiões; o fim das barreiras existentes entre católicos e protestantes; o fim do abismo entre Cristianismo e Espiritismo; o estrondoso
  • 30. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas crescimento do Espiritismo no mundo; a influência religiosa dos protestantes sobre a política norte-americana; o retorno da autoridade da Igreja Católica Romana sobre as nações politizadas etc. A seguir, serão relacionadas, resumidamente, algumas das profecias anunciadas por Ellen Gold White, as quais foram largamente confirmadas pelos fatos: Em 1854 Ellen White alertou que fumar cigarros é prejudicial à saúde e responsável por alguns cânceres. Em 1869 ela divulgou que havia correntes elétricas circulando no cérebro, sessenta anos antes que o Dr. Charles Horace Mayo (1865-1939), da Clínica Mayo, provasse que ela estava absolutamente correta. Em 1905 Ellen White revelou que câncer era um germe. Tal afirmação foi comprovada pelo Doutor Wendell Meredith Stanley (1904-1971), que ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1946. Em 1905 Ellen White escreveu que bebidas alcoólicas destroem as células nervosas do cérebro. Quase um século depois, o Doutor Melvin Knisley, da Universidade da Carolina do Sul, provou que as bebidas alcoólicas provocam danos permanentes no cérebro. Ela previu que nos últimos dias da história deste mundo ocorreriam as mais violentas tempestades: “Furacões, tormentas, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sequência”. (III Testemunhos Seletos, 14). Ellen White profetizou que São Francisco viria a ser uma cidade conhecida por sua homossexualidade, igual à Sodoma e Gomorra: “São Francisco e Oakland estão se tornando como Sodoma e Gomorra, e o Senhor irá puni-las”. (Manuscrito 30, 1903). Ellen White alertou sobre os perigos que os homens terão que enfrentar nos últimos dias. Será lançada “ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência” (O Grande Conflito, 639). Quem nunca ouviu falar de “Guerra Química ou Biológica”? Quem nunca ouviu falar das ameaças do antraz, varíola ou das endemias das gripes mortais etc.? Em sua visão sobre a Reforma de Saúde, muitos dos princípios que apresentou foram ridicularizados ou ignorados. Mas, as descobertas cientificas posteriores vieram a comprovar a veracidade desses princípios. Entre centenas de profecias, essas são apenas algumas amostras da veracidade do dom profético concedido a Ellen White. Eis as razões pela qual a Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece somente Ellen White como uma verdadeira profetiza dos tempos modernos.
  • 31. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 7ª PERGUNTA A Incredulidade no Espírito de Profecia Por que alguns adventistas dizem não crer no Espírito de Profecia concedido à Igreja Adventista do Sétimo Dia? Porque são adventistas heréticos! Do mesmo modo como seriam heréticos os adventistas que negassem quaisquer doutrina defendida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por exemplo, é herético quem nega a doutrina da Santíssima Trindade, ou a Divindade de Cristo, ou a Lei, ou o Sábado, ou o Dízimo, ou o Santuário Celestial, ou a Morte Vicária de Cristo, ou a Justificação pela Fé etc. Caso esses heréticos – que negam o Espírito de Profecia – tivessem vivido na época do profeta Isaías, eles também teriam negado o Espírito de Profecia proveniente do ministério profético de Isaías, como muitos daquela época o fizeram. Caso vivessem na época do profeta Jeremias, também teriam negado o Espírito de Profecia ministrado por Jeremias, como fizeram muitos daquela época. Caso vivessem na época de Cristo, esses heréticos O teriam negado, como tantos outros o fizeram. Porém, vivem na época de Ellen White, e da mesma forma como muitos dos antigos incrédulos, eles também não crêem no Espírito de Profecia proveniente da mensageira do Senhor. Ora, se até contra Jesus levantaram-se incrédulos, quanto mais contra Ellen White! “E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa”. (Mateus 13:57). Os adventistas que não crêem no Espírito de Profecia agem como aqueles a quem foram dirigidas as seguintes palavras: “A qual dos profetas não perseguiram vossos pais?” (Atos 7:52). Satanás odeia os Testemunhos provenientes do Espírito de Profecia. Primeiro, porque os Testemunhos o impedem de ter domínio absoluto sobre o mundo inteiro. Segundo, porque revelam seus planos ardilosos contra a humanidade. Terceiro, porque os Testemunhos preparam um povo para estar em pé no Grande Dia do Senhor. Por essas razões, é intenção dos inimigos da verdade levar o descrédito nas mensagens concedidas pelo Espírito de Profecia. Aliás, isso também foi profetizado. Observe: “É o plano de Satanás abalar a fé do povo de Deus nos Testemunhos”. (II Testemunhos Seletos, 287). “O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos. Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. (III Mensagens Escolhidas, 83). “Será ateado contra os testemunhos um ódio satânico. A operação de Satanás será perturbar a fé das igrejas neles, por esta razão: Ele não pode achar caminho tão fácil para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidos”. (Carta 40, 1890). “Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie”. (Carta 109, 1890). “Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus”. (III Mensagens Escolhidas, 84).
  • 32. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas A Bíblia Sagrada revela que nos últimos dias a verdadeira Igreja ressurgiria no cenário mundial para advertir o mundo contra o sinal da besta. Essa Igreja é identificada nas Escrituras Sagradas como constituída pelos remanescentes que guardam os Mandamentos de Deus e tem o Testemunho de Jesus Cristo. Ocorre que o Testemunho de Jesus Cristo nada mais é do que o dom do Espírito de Profecia concedido à verdadeira Igreja. Note o que diz a Bíblia Sagrada: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” “... porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. (Apocalipse 12:17; 19:10). Portanto, os adventistas que guardam os Mandamentos de Deus, mas rejeitam o Espírito de Profecia, não fazem parte da semente da mulher. Isto porque lhes falta um dos requisitos básicos que os identificaria como sendo membros da verdadeira Igreja. Logo, não são membros do verdadeiro povo de Deus, que guarda os Mandamentos de Deus e têm o Testemunho de Jesus Cristo. Os nomes desses heréticos podem até mesmo estar arrolado no rol dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que hoje é uma Igreja Militante, mas eles não poderão fazer parte da Igreja Triunfante, que subsistirá diante das provações que virão sobre o povo de Deus. O preparo necessário para vencer as provas dos últimos dias está fundamentado na crença das mensagens deixadas por Deus, no Espírito de Profecia concedido a Ellen Gold White.
  • 33. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 8ª PERGUNTA Como Crer no Espírito de Profecia Como posso crer nos escritos provenientes do Espírito de Profecia manifestado no ministério de Ellen Gold White? Muito embora o ato de crer possa até mesmo provocar certas emoções e levar a algum processo de racionalização, a verdade é que a crença não tem a sua origem em nossa mente emocional ou em nossa mente racional. O ato de crer está diretamente vinculado à nossa mente espiritual. Passamos a crer quando passamos a confiar na veracidade de alguma pessoa, de alguma informação ou de alguma coisa. Não se pode exigir que alguém creia cegamente simplesmente porque outro está pedindo ou mandando crer. Tal coisa não existe. Para crer precisamos confiar, e para confiar precisamos conhecer e refletir. Estando em perfeito juízo, ninguém entregaria a chave de sua casa ou de seu carro a um completo desconhecido simplesmente porque ele pediu para confiar nele. Na realidade, para entregar a chave de sua casa ou de seu carro a algum desconhecido, primeiramente é necessário conhecê-lo melhor, cientificar- se de seus valores, sua formação, sua família, seu trabalho, seus amigos, seu endereço, sua idoneidade, seu caráter etc. Somente então você poderá formar uma convicção para ter certeza de que aquela pessoa é digna ou não de ter crédito. Milhões de pessoas passaram a crer na Bíblia Sagrada quando passaram a conhecer e praticar a sua mensagem. Portanto, para que você possa crer ou não crer nos Testemunhos dado pelo Espírito de Profecia, comece a estudá-los meticulosamente e sistematicamente. Em sua leitura procure avaliar a possibilidade de um simples ser humano produzir obra de tal magnitude com tanta profundidade, variedade e espiritualidade. Verifique como a mensagem é consistente e apresentada de maneira equilibrada e com bom senso. Compare os Testemunhos dados a Ellen White com a Bíblia Sagrada, e verifique como os Testemunhos estão em perfeita harmonia com a Palavra de Deus, não destoando em nada. Leve em consideração que a biblioteca do Espírito de Profecia é constituída por mais de cem livros volumosos produzidos durantes décadas, mas que não se contradizem em nenhuma única palavra. Verifique a profunda espiritualidade que os Testemunhos apresentam e como eles nos influenciam para melhor. Procure examinar como as profecias anunciadas nos Testemunhos vêm se cumprindo no decorrer dos anos. Pratique os princípios de saúde anunciado nos Testemunhos e depois verifique como muitos de seus males de saúde desapareceram. Após a leitura dos Testemunhos observe como o seu conhecimento das Escrituras Sagradas aumentou vertiginosamente. Note que você adquiriu uma sabedoria que não possuía antes dessas leituras. Observe como a sua espiritualidade cresceu. Observe como a sua fé, nas Escrituras Sagradas, aumentou. Depois de praticar tudo isso, diga-me se você não passou a crer na inspiração divina dos escritos do Espírito de Profecia!
  • 34. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 9ª PERGUNTA Livros Intitulados Espírito de Profecia Por que os livros escritos por Ellen Gold White são denominados de “Espírito de Profecia”, quando as Escrituras Sagradas parecem indicar que a expressão “Espírito de Profecia” aplica-se ao dom profético concedido aos profetas? Sua pergunta é bastante interessante e oportuna. A Bíblia Sagrada ensina claramente que a expressão “Espírito de Profecia” é equivalente à expressão “Testemunho de Jesus”. Nesse sentido, observe o que diz as Escrituras Sagradas: “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse 19:10). Portanto, “Espírito de Profecia” e “Testemunho de Jesus” são expressões diferentes, empregadas para designar a mesma idéia bíblica. Do autor do Apocalipse é dito que ele “testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”. (Apocalipse 1:2) e que “estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 1:9). Portanto, por ter testificado da Palavra de Deus e do Espírito de Profecia – Testemunho de Jesus Cristo – João foi exilado, por ordem do imperador romano Domiciano, para a rochosa ilha de Patmos, localizada no mar Egeu. É evidente que todos os profetas bíblicos profetizaram inspirados pelo “Testemunho de Jesus”, ou seja, pelo “Espírito de Profecia” concedido por Deus àqueles homens santos. O interessante é que os escritos desses profetas passaram a ser conhecidos pela expressão que serve para designar o dom profético: “Testemunho”. Observe o que diz a Bíblia Sagrada: “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”. (Isaías 8:20). “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma: o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices”. (Salmos 19:7). A “lei” é o título bíblico que serve para identificar os primeiros cinco livros das Escrituras Sagradas, cuja autoria é atribuída a Moisés. Esses livros são conhecidos nos dias de hoje pela designação de Pentateuco. Quanto às expressões “Testemunho” ou “Testemunho do Senhor”, podemos afirmar que se tratam da designação bíblica empregada para identificar os escritos produzidos pelos santos profetas do Senhor. Portanto, “Testemunhos do Senhor” é a metonímia para os escritos dos profetas. Ora, se os antigos chamaram os escritos dos santos profetas de “Testemunho do Senhor”, quando tal designação referia-se ao dom profético concedido aos servos do Senhor, então também é perfeitamente válido e lógico designar os escritos da profetiza Ellen Gold White de “Testemunho de Jesus”. Porém, como a expressão “Testemunho de Jesus” é equivalente à expressão “Espírito de Profecia”, não é nada demais chamar os escritos de Ellen Gold White de “Espírito de Profecia”. Portanto, “Espírito de Profecia” é uma metonímia que serve para designar os escritos de Ellen Gold White. Nada mais simples, lógico e claro!
  • 35. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 10ª PERGUNTA Ellen White e Outras Fontes É verdade que Ellen Gold White copiou textos de outras fontes para os seus próprios livros? Isso não a descaracteriza como um profeta divinamente inspirado? Sim, realmente, Ellen Gold White transcreveu parágrafos de outras fontes, enxertando-os em seus próprios trabalhos. Mas isso nunca foi novidade para ninguém e muito menos para os leitores da escritora. Ela nunca escondeu tal fato de ninguém. Em diversas ocasiões, ela mesma explicou francamente ao seu público ledor que havia lançado mão de alguns textos de outros autores para explaná-los em seus próprios livros ou para esclarecer melhor as idéias que queria transmitir. Ela deixou bem claro que esses escritores tinham se expressado melhor do que ela sobre determinado ponto de vista, os quais estavam em perfeita harmonia com as Escrituras Sagradas e com as suas próprias visões e sonhos. Portanto, a questão não se tratava de transcrever o conteúdo ou a idéia da mensagem, mas simplesmente tratava-se de reproduzir a forma de expressar a mensagem que ela tinha recebido. Observe o que a escritora afirmou sobre o assunto em questão: “Em alguns casos em que algum historiador agrupou os fatos de tal modo a proporcionar, em síntese, uma visão abrangente do assunto, ou resumiu convenientemente os pormenores, suas palavras foram citadas textualmente; nalguns outros casos, porém, não se nomeou o autor, visto que as transcrições não são feitas com o propósito de citar aquele escritor como autoridade, mas porque sua declaração provê uma apresentação do assunto, pronta e positiva. Narrando a experiência e perspectivas dos que levam avante a obra da Reforma em nosso próprio tempo, fez-se uso semelhante de suas obras publicadas”. (Grande Conflito, 13-14). Observe as informações prestadas pelo filho da escritora sobre a mesma questão: “Quando redigia os capítulos para O Grande Conflito, ela fazia às vezes uma descrição parcial de um acontecimento histórico importante, e quando a sua copista que preparava os manuscritos para o prelo indagava a respeito do tempo e do lugar, minha mãe dizia que essas coisas foram registradas por historiadores conscienciosos. Que fossem inseridas as datas usadas por esses historiadores”. (III Mensagens Escolhidas, 447). “Em outras ocasiões, ao escrever o que lhe fora apresentado, mamãe encontrava tão perfeitas descrições dos acontecimentos e apresentações dos fatos e das doutrinas em nossos livros denominacionais, que copiava as palavras dessas autoridades”. (III Mensagens Escolhidas, 447). É digno de nota observar que a autora descartava as partes dos textos que estavam em desacordo com as visões que havia recebido. Mais tarde essas partes rejeitadas mostraram-se absurdas e até contrária aos fatos e às novas descobertas da Ciência. Até mesmo essa atitude demonstra que Ellen White era orientada divinamente.
  • 36. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 11ª PERGUNTA Escritores Bíblicos e Outras Fontes Algum escritor da Bíblia copiou textos de fontes fora das Escrituras Sagradas para fundamentar os seus próprios escritos, à semelhança do que fez Ellen White? Sim, à semelhança de Ellen White, muitos escritores bíblicos copiaram textos de fontes fora da Bíblia Sagrada para fundamentar as suas próprias obras. Em seus escritos, esses escritores sacros admitiram abertamente ter anexado em seus textos inspirados informações de fontes extrabíblicas. Hoje, essas fontes estão perdidas. Por exemplo: O livro de Josué e o livro de Samuel registram acontecimentos que estavam “escrito no livro do Reto” (Josué 10:13; II Samuel 1:18). Os autores dos livros de Crônicas e de Reis deixam bem claro que eles empregaram fontes históricas extrabíblicas para complementarem suas próprias obras. Eles mencionam as seguintes fontes: “livro dos sucessos de Salomão” (I Reis 11:41). Também fazem referência aos livros: “Falas de Natã”, “Profecia de Aías”, “Visões de Ido”, “Livro de Semaías” e “Livros dos Videntes” (II Crônicas 9:29; 12:15; 33:19). Neemias também transcreveu para o seu próprio livro os dados contidos numa obra intitulada “Livro da Genealogia” (Neemias 7:5). Apesar de vários escritores bíblicos terem copiado para as suas próprias obras informações e textos de fontes extrabíblicas, isto não os descaracteriza como um profeta divinamente inspirado. Então, por uma questão de coerência, o mesmo fato não possui o condão de descaracterizar Ellen White como uma profetiza divinamente inspirada. Também se pode observar que algumas partes do Novo Testamento foram copiadas de fontes extrabíblicas. Por exemplo: A passagem bíblica de Judas 4-5 é um empréstimo literário copiado do livro Apócrifo de I Enoque 1:6. Na introdução do Evangelho de Lucas, o autor descreveu como realizou pesquisas extrabíblicas para elaborar o evangelho que leva o seu nome: “Tendo pois muitos empreendidos pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram. Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra. Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio. Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado” (Lucas 1:1-4). O apóstolo Paulo também fez empréstimos literários de algumas fontes extrabíblica de autores pagãos, reproduzindo-as em suas cartas. Mas, à semelhança de Ellen White, ele também aplicava os textos copiados às verdades que Deus lhe havia revelado. Vejamos alguns trechos que foram copiados: 1. No século III antes de Cristo, o poeta grego Menandro escreveu: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Esse verso foi reproduzido pelo apóstolo Paulo em I Coríntios 15:33. 2. Na primeira parte de Atos 17:28, Paulo citou parte de uma poesia escrita por Epimênides, de Creta, no século VI antes de Cristo: “Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos”. 3. A segunda parte de Atos 17:28, é uma citação feita por Paulo do poeta ciliciano Aratus (315-240 c.C.): “Como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração”.
  • 37. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 4. Também em Tito 1:12, Paulo confessadamente transcreveu texto extrabíblico de fonte pagã: “Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos”. Todos esses escritores sacros copiaram de fontes extrabíblicas porque elas estavam em perfeita harmonia com as verdades que lhes fora revelada pelo Senhor. É digno de nota observar que tais fontes selecionadas pelos escritores bíblicos se tornaram partes integrantes da mensagem divinamente inspirada.
  • 38. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 12ª PERGUNTA As Leis do Plágio Ao copiar de outros autores, Ellen Gold White não teria violado as leis do plágio? Os empréstimos literários feitos por Ellen White de modo algum configuram plágio. Um escritor não está impedido de citar textos de outros autores, ou de remanejar os textos de outras fontes para dar-lhe novo sentido ou ampliar-lhe o significado ou aplicação. Caso isto fosse considerado plágio, então o consagrado escritor brasileiro Jorge Amado teria plagiado em sua obra monumental “Seara Vermelha” o livro de Rachel de Queiroz, intitulado “O Quinze”. Além do mais, não se devem comparar as leis de direitos autorais do século XIX com as leis de direitos autorais do final século XX ou do século XXI. Ao transcrever, para as suas próprias obras, parágrafos de outros escritores, Ellen White estava realizando uma prática que era comum em sua época e que estava em harmonia com as leis de direitos autorais existentes naquele tempo e, até mesmo, nos dias de hoje. Muitos escritores que tiveram seus textos transcritos para as obras de Ellen White ainda estavam vivos e conheciam o trabalho da escritora. Porém, eles jamais questionaram ou reclamaram de supostas violações de direitos autorais. A verdade é que eles não viram nenhuma violação autoral nas atividades literárias de Ellen Gold White. Para analisar legalmente a questão do suposto plágio cometido por Ellen White, a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia solicitou, em 1981, os serviços de uma consultoria não adventista, especializada em direitos autorais. Após pesquisar os trabalhos de todos os autores envolvidos, bem como de outros escritores não envolvidos e a legislação pertinente da época, o relatório pericial concluiu que “Ellen White não foi plagiadora, e suas obras não constituíram uma infração dos direitos autorais ou pirataria” (Adventist Review, 17 de setembro de 1981). As principais razões que levaram os peritos judiciais a chegarem a essa conclusão foram as seguintes: Primeiro, as fontes de empréstimos literários feitos por Ellen White não estavam cobertas por direitos autorais. Segundo, os peritos observaram que, mesmo que tais fontes estivessem sob a proteção de direitos autorais, ainda assim, o emprego de parágrafos de outras fontes literárias não constitui infração a direitos autorais, nem no século XIX e nem no XX. Terceiro, Ellen White não copiou os textos secamente, mas exerceu sobre eles um profundo estudo e discriminação, rearranjando-os de tal modo que, inseridos dentro do contexto de seu próprio trabalho, deu-lhes nova forma, aplicação e abrangência. Com isso, produziu algo novo dentro de um contexto maior e melhor, tornando-os legitimamente seus, tanto do ponto de vista legal quanto ético.
  • 39. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 13ª PERGUNTA Vocabulário dos Profetas Como pode um profeta, sob inspiração divina, expressar o que lhe foi revelado com as suas próprias palavras? Por acaso as palavras também não são revelações divinas? A inspiração divina não atinge, necessariamente, a forma de expressão empregada pelo profeta para transmitir as ideias que lhe foram divinamente reveladas. A realidade é que a inspiração divina limita-se ao âmbito do conteúdo da mensagem, mas a forma, o estilo literário e as palavras empregadas para descrever o objeto da revelação são produtos da mente do escritor sacro. Exceção é feita quando o profeta transcreve “ipsis litteris” as expressões empregadas pelo Senhor no momento da revelação. Sobre a questão, Ellen White declarou o seguinte: “Se bem que eu dependa do Espírito do Senhor tanto para escrever minhas visões como para recebê-las, todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas” (I Mensagens Escolhidas, 37). A maior prova de que os profetas sacros tinham plena liberdade para se expressarem está na enorme diversidade literária dos sessenta e seis livros que compõem as Sagradas Escrituras. Nelas encontram-se livros escritos em diversos estilos históricos (Josué, Crônicas, Neemias, Ester etc); em diversas formas poéticas (Jó, Salmos e Provérbios); em diversas formas epistolares (Romanos, Timóteo, Tito, Hebreus, Tiago, Pedro, Judas) etc. Além das diferenças de estilos, alguns livros proféticos costumam registrar as expressões ditas pelo Senhor. Caso o Senhor houvesse inspirado cada palavra anotada na Bíblia Sagrada, então todas as nações do mundo teriam que aprender a língua original da Bíblia Sagrada para poder conhecer os vocábulos que foram divinamente inspirados. Todavia, não é isso que ocorre, porque o que foi inspirado foi a mensagem bíblica e não a expressão linguística. A verdade é que as Escrituras Sagradas registram vários estilos literários, mostrando a influência de cada escritor sacro na produção da Bíblia. Com relação ao Novo Testamento, os vocabulários mais ricos aparecem nos escritos de Paulo e Lucas e os vocabulários mais pobres aparecem no evangelho de Marcos. “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é tomado por pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim, as declarações do homem são a Palavra de Deus”. (I Mensagens Escolhidas, 21). As “informações” resultantes das revelações divinas são inspiradas, mas as “palavras” empregadas pelos escritores sacros são divinamente iluminadas. Isto ocorre para que os profetas possam expressar corretamente a revelação divina. Diante do exposto, fica claro que os escritores sacros tinham a plena liberdade para se expressarem da melhor maneira que lhes era possível, sobre os temas que lhe haviam sido revelado por inspiração divina. Evidentemente, esses escritores se expressaram iluminados pelo Espírito Santo, mas sempre respeitando os limites de suas instruções formais e capacidades intelectuais.
  • 40. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas Em resumo, a Bíblia Sagrada é um produto da inspiração do pensamento, e não produto da inspiração verbal. O que foi inspirado na Bíblia Sagrada foi a ideia e não a forma de expressar essa ideia. O que foi inspirado nas Escrituras Sagradas foi a mensagem e não a forma como a mensagem foi apresentada.
  • 41. LEANDRO BERTOLDO Perguntas e Respostas 14ª PERGUNTA Assistentes Literários dos Profetas Soube que Ellen Gold White empregava assistentes literários. Isto está em harmonia com as Escrituras Sagradas? A Bíblia Sagrada jamais ocultou o fato de que muitos profetas e apóstolos dependeram de assistentes literários para preparar os seus manuscritos inspirados, os quais mais tarde tornaram-se partes das Escrituras Sagradas. Observe os seguintes exemplos bíblicos: No Antigo Testamento tem-se o caso de Baruque, que foi secretário literário de Jeremias: “Então Jeremias chamou a Baruque, filho de Nérias; e escreveu Baruque da boca de Jeremias todas as palavras do Senhor, que ele lhe tinha revelado, no rolo de um livro”. (Jeremias 36:4). “E perguntaram a Baruque, dizendo: Declara-nos agora como escreveste da sua boca todas estas palavras. E disse-lhes Baruque: Com a sua boca ditava-me todas estas palavras, e eu as escrevia no livro com tinta”. (Jeremias 36:17-18). No Novo Testamento, tem-se o caso de Tércio, que foi assistente literário do apóstolo Paulo: “Eu, Tércio, que esta carta escrevi, vos saúdo no Senhor” (Romanos 16:22). Ainda no Novo Testamento, pode-se verificar que Pedro empregou Silvano como seu assistente literário: “Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes”. (I Pedro. 5:12). Sem nenhuma contradição com as Escrituras Sagradas, Ellen Gold White também empregava assistentes literários, tanto quanto os escritores bíblicos o faziam e também pelas mesmas razões. Sem assistentes literários, muitos de seus sermões jamais teriam sido estenografados e publicados. Com uma instrução formal bastante deficiente, Ellen White reconhecida suas próprias limitações como escritora. “Não sou especialista em gramática” (III Mensagens Escolhidas, 90). Além disso, a grande solicitação por seus escritos exigia ajuda literária: “Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados”. (I Mensagens Escolhidas, 50). As assistentes literárias de Ellen White tinham o dever de corrigir os erros gramaticais, eliminar repetições desnecessárias e agrupas parágrafos e seções numa ordem lógica. Outras assistentes literárias, especialmente Marian Davis, tinham a função de realizar compilações dos escritos de Ellen White para complementar algum capítulo de um novo livro da escritora. A respeito de sua secretária literária, Marian Davis, Ellen White declarou que ela “toma meus artigos que são publicados nas revistas e cola-os em livros em branco. Também possui uma cópia de todas as cartas que escrevo... os livros não são produções de Marian, porém minhas, tiradas de todos os meus escritos”. (III Mensagens Escolhidas, 91-92). Portanto, tanto quanto os escritores bíblicos, Ellen Gold White jamais manteve segredo o fato de que fazia uso de assistentes literárias para poder melhor apresentar ao publico as revelações que divinamente recebia.