O documento discute vários precursores importantes ao longo da história, incluindo João Batista para Jesus, Francisco de Assis durante a Idade Média, Jan Huss para a Reforma Protestante, Emanuel Swedenborg e as irmãs Fox para o Espiritismo e como eles ajudaram a preparar o caminho para ideias transformadoras.
2. Este estudo tem por objetivo maior destacar alguns daqueles que prepararam a
vinda de figuras ou o aparecimento de algo que modificaram a Humanidade.
Que Jesus, a eterna fonte das nossas esperanças, possa envolver-nos, agora e
para sempre; multiplicando as oportunidades de aprender e servir, na proporção
dos nossos esforços e de nossos merecimentos.
Na época de Jesus, temos a figura de João, o Batista. João, aquele que batizava.
João foi um grande precursor de Jesus. E, antes de mais nada, podemos lembrar
que as figuras de precursores são figuras que não devem falhar, porque a elas é
dada a tarefa de preparar o caminho, o terreno. Ao precursor é dada a tarefa de
abrir o espaço; a ele é dada a tarefa de efetivamente enfrentar as primeiras
dificuldades, a fim de que aqueles que venham após ele, possam realizar as suas
tarefas sem os enfrentamentos da primeira hora.
3. Os precursores, em geral, são Espíritos mais marcantes; são Espíritos mais
positivos; são Espíritos que já chegam dizendo para que vieram. João, o Batista,
fez isso. “Arrependei-vos!” “Arrependei-vos porque Ele vem”! “E Ele é o
machado que corta os galhos das árvores”. E, em determinado momento, João, o
Batista, disse: Ele está entre nós. Quando recebe Jesus para ser batizado, no rio,
ele diz: Eu é que preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim para ser batizado?
Quando na verdade eu não sou sequer digno de amarrar as Suas alparcatas. E
Jesus diz para João: faze o que é necessário, porque é importante que se cumpra
a Escritura. Então, João, o Batista, concluiu a sua tarefa, ao chegar ao palácio de
Herodes e contrapô-lo com a sua relação com a cunhada. Então é levado ao
cárcere e, pela vontade de Salomé, tem a sua cabeça cortada.
4. Então, o precursor, aquele que apresentou a Jesus as melhores condições pra que
Ele trabalhasse, inclusive entregasse ao Mestre os seus seguidores. No livro de
João, o Evangelista, nós temos a narrativa bastante detalhada de quando Jesus
aparece para falar com João, o Batista. Então, o precursor preparou o terreno; o
evento aconteceu; e Jesus, durante três anos, fala de um novo mundo que virá.
Daí, vamos dar um salto para o século XII. Este século estava no período da
Idade das Trevas. Esta expressão para se referir à Idade Média, foi muito
utilizada no passado. Alguns historiadores usaram esta expressão, pois tinham
como referência a cultura greco-romana e da época do Renascimento. De acordo
com estes historiadores, a Idade Média foi uma época com pouco
desenvolvimento cultural, pois a cultura foi controlada pela Igreja Católica.
5. Afirmavam também que praticamente não ocorreu desenvolvimento científico e
técnico, pois a Igreja impedia esses avanços ao colocar a fé como único caminho
a seguir. Dizem os Espíritos benfeitores, que Jesus convocou alguém as sua
afeição pessoal para retornar à Terra, a fim de trazer luzes às trevas. E, Ele
convoca João, o Evangelista, que se intitula o apóstolo amado. Então, ele nasce e
se desenvolve em Assis, sendo conhecido como Giovanni di Pietro di
Bernardone, o nosso Francisco de Assis, que surge naquele momento de trevas,
reacendendo a essência do cristianismo, falando de um Jesus puro. Uma luz no
tempo das trevas.
Agora, vamos dar um salto para a Reforma Protestante, que foi um movimento
reformista cristão, culminado no início do século XVI, por Martinho Lutero.
6. Lutero protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana.
Mas, antes, temos a obrigação de lembrar de John Huss, que foi um dos mais
importantes precursores da Reforma. Huss foi um padre e teólogo tcheco, que
criticou as doutrinas católicas; iniciou um movimento religioso, propondo a
reforma da Igreja Romana, na Boêmia, ensinando que o papado não tinha
nenhuma autoridade de oferecer a remissão dos pecados, através da venda de
indulgências, como também questionou a legitimidade dos dois papas rivais
Gregório XII e Alexandrev. Iniciou um movimento religioso. Conseguiu levantar
questões de tal ordem que a Igreja Católica não perdoou tais rebeliões. Jan Huss
foi excomungado e obrigado a deixar Praga. No ano de 1414, os líderes da Igreja
Romana se reuniram para um Concílio em Constança, e John Huss foi
convocado a comparecer a fim de esclarecer seus ensinos controvertidos com o
da Igreja.
7. O imperador Boêmio, Sigismund, prometeu salvo-conduto, mas, após um mês
em Constança, os seguidores do Papa João XXIII o prenderam, e ele foi
impelido pelo Concílio de se retratar. Huss permaneceu preso durante os sete
meses de seu julgamento, e pouca oportunidade foi-lhe dada de se defender. Por
não voltar atrás, Jan Huss foi condenado como herege, despido e queimado na
estaca fora da cidade. Huss morreu cantando o hino em grego “Kyrie eleeson”
(Senhor, tem misericórdia). O local de sua morte é marcado até hoje com uma
pedra memorial. Huss lutou pela reforma da Igreja pagando o preço com sua
vida. Os perseguidores destruíram o corpo, mas não os ensinos de Huss, que foi
espalhado por toda a Europa por seus discípulos mais radicais. A sua morte, na
fogueira, ilumina a Europa daquela época.
8. O resultado do trabalho de Huss e de tantos outros foi visto um século depois, na
pessoa de Lutero.
Aí, chegamos ao movimento espírita. Quem foram os seus precursores? De
início, vamos falar de Emanuel Swedenborg, que foi um espiritualista sueco,
com diversas ocorrências marcantes de habilidade mediúnica, como, por
exemplo, ele, excitadamente, contou aos presentes às seis horas da tarde que
estava havendo um incêndio em Estocolmo (a 405 km de onde estavam) e que
ele consumia a casa de um vizinho seu, estando a ameaçar a sua própria. Duas
horas mais tarde, ele exclamou, com alívio, que o fogo tinha parado a três portas
da sua casa. Dois dias mais tarde, relatórios confirmaram cada declaração que
ele tinha feito a ponto de coincidir com exatidão quanto à hora em que
Swedenborg tinha recebido sua primeira impressão.
9. Outra foi quando ele visitou a Rainha Louisa Ulrika da Suécia, que lhe pediu que
contasse a ela algo sobre seu irmão falecido, o Príncipe Augustus William da
Prússia. No dia seguinte, Swedenborg cochichou algo em seu ouvido, o que fez a
Rainha ficar pálida, tendo ela explicado tratar-se de algo de que somente ela e
seu irmão podiam ter conhecimento. Estes acontecimentos são qualificáveis
como sendo o que o Espiritismo chama de acontecimentos mediúnicos. Outros
relatos apontam que conversava com os espíritos, como mostram dois relatos
seus reproduzidos por Conan Doyle. Desde o dia da sua primeira visão até a sua
morte, vinte e sete anos depois, esteve ele em contínuo contato com o outro
mundo (Doyle). Então, ele começa a preparar a Europa para os fenômenos
mediúnicos.
10. Nos Estados Unidos, surgem as irmãs Fox com seus diálogos com o caixeiro
viajante desencarnado, através de batidas na parede. Temos também uma outra
figura pouco conhecida do movimento espírita como precursor, que foi Johann
Lavater. Pastor protestante, médium poderoso, que dentro do seio da Igreja
Protestante daquela época, testou, com segurança, os fenômenos espíritas. E
tantos outros médiuns que contribuíram para que Kardec pudesse brindar o
mundo com a sua codificação.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e
de O Evangelho Segundo o Espiritismo.