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Por quase dois milênios, Judas foi apontado como o maior traidor de Jesus.
Agora, documentos sugerem que ele pode ter sido o mais fiel de seus
seguidores.
Essa é a última palavra sobre Judas Iscariotes: ele não traiu Jesus. Não é,
necessariamente, a verdadeira. Nem a mais correta. Mas é a última versão da
história mais polêmica do cristianismo. A revelação faz parte de um manuscrito
redigido há cerca de 1,7 mil anos e que passou a maior parte desse tempo
perdido em uma caverna no deserto egípcio. Escrito em copta, o idioma usado
na redação de manuscritos no Egito antigo, o texto não deixa qualquer dúvida
sobre os segredos que promete revelar. Na linha que abre a primeira das 13
folhas encontradas está grafado em destaque: Evangelho de Judas.
A tradução do manuscrito foi apresentada, após cinco anos de trabalho.
Autenticação, restauração e decodificação foram feitas pela Fundação
Mecenas, da Suíça, e bancadas pela National Geographic Society. O resultado
deixou historiadores e arqueólogos eufóricos. Afinal, descobertas como essa
são raras e têm poucos precedentes. Em termos de valor histórico, o evangelho
pode ser comparado ao encontro dos Pergaminhos do Mar Morto, em 1947,
que nos trouxe a mais antiga Bíblia conhecida, ou dos Manuscritos de Nag
Hammadi, em 1948, que revelou ao mundo a existência dos evangelhos
apócrifos. Juntos, todos esses textos estão permitindo que pesquisadores
reconstruam a história do nascimento da religião que mais tem fiéis no mundo.
“Por dois mil anos, acreditamos que as únicas fontes sobre a vida de Jesus
eram os quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas, nos
últimos 50 anos, vimos que eles são apenas um pequeno exemplo entre vários
textos que foram escritos nos primeiros séculos após a crucificação”, diz
Elaine Pagels, professora de religião na Universidade de Princeton. Não que o
Evangelho de Judas fosse exatamente um desconhecido. Estudiosos da religião
já sabiam de sua existência por causa de uma carta escrita em 178 d.C. pelo
então bispo de Lyon, Irineu, que o denominou de apócrifo. Mas por que esse
evangelho, além de outros tantos, não foi sequer divulgado? No Concílio de
Niceia, reunido em 328 por iniciativa do primeiro imperador cristão,
Constantino, a igreja limitou a quatro os evangelhos, que são conhecidos.
Cerca de trinta textos, alguns deles conhecidos, foram descartados porque não
estavam de acordo com o que Constantino desejava como doutrina política. De
acordo com especialistas, o Evangelho de Judas colocaria em questão certos
princípios políticos da doutrina cristã e permitiria uma revolucionária
reabilitação de Judas, que durante séculos carregou o estigma de traidor e
assassino de Jesus. O manuscrito recém-traduzido afirma que o único apóstolo
a entender todo o significado dos ensinamentos de Jesus foi Judas.
Quem foi Judas?
Judas é um personagem sem história. Com exceção de 15 citações nos
evangelhos canônicos e algumas outras no Atos dos Apóstolos, quase não há
registros de seu passado antes de conhecer Jesus.
Ao contrário de apóstolos como Pedro, que era pescador, ou do cobrador de
impostos Mateus, a Bíblia não conta de onde ele veio ou como ganhava a vida.
Um silêncio que não chega a surpreender. “Pouco se sabe sobre Judas porque
os evangelhos não tinham compromisso com a história. Eram apenas textos
para orientar os cristãos e passar os ensinamentos de Jesus”, diz Gabriele
Cornelli, doutor em ciências da religião da Universidade Metodista de São
Paulo. E a orientação oficial sempre foi clara: Judas era o vilão. E ponto final.
Ponto final para os fiéis, é claro. Para os pesquisadores, este é apenas o ponto
de partida para dúvidas que nunca foram respondidas. Algumas delas: assim
como os outros 11 apóstolos, Judas também teve um grupo de seguidores?
Quem eram eles?
Há algum legado seu para o cristianismo? Qual foi a relação dele com Jesus?
Judas foi mesmo o vilão pintado pela Bíblia? As respostas, como boa parte da
história do nascimento do cristianismo, passam mais por hipóteses que por
fatos comprovados. Acredita-se, por exemplo, que Judas era uma espécie de
outsider entre os seguidores mais próximos de Jesus. Seu sobrenome,
Iscariotes, provavelmente é uma indicação da cidade em que ele nasceu:
Cariotes, ou Kerioth, ou algo bem próximo a isso, a vila nunca foi localizada
com precisão. Sabe-se que o lugarejo ficava perto de Hebron, uma importante
área urbana no sul da Judéia. Mas que estava a cerca de cinco dias de viagem
da Galiléia, região que abrigava o coração da religião que nascia, onde viviam
Jesus e seus outros onze apóstolos.
E o que isso quer dizer? Que Judas pode ter sido uma figura bastante
importante para Jesus. Caberia a ele levar as pregações aos habitantes da
Judéia. E isso não era pouco. Vivendo no então principal centro político e
econômico de onde hoje fica Israel, os habitantes da região acreditavam ser
intelectualmente superiores aos moradores da Galiléia, considerados rústicos e
atrasados, quase caipiras. O fato de Judas, um local, falar bem de Jesus pode
ter ajudado a abrir as portas da região para o líder forasteiro. “A existência de
um Evangelho de Judas leva a crer que ele teve seguidores e nos faz supor que
ele tinha forte influência na Judéia”, diz Emmel. Para entender como Judas
podia ter uma “área de influência” é preciso conhecer a estrutura do grupo de
seguidores que Jesus tinha ao seu redor.
Eles estavam divididos em 3 círculos. No mais distante, ficavam os ouvintes.
Eles estavam em todo o território judaico e não seguiam Jesus, mas eram
simpáticos às suas pregações. No segundo grupo estavam os discípulos, cerca
de 70 pessoas que seguiam o mestre, ouviam seus discursos, anunciavam sua
chegada nas cidades, faziam algumas pregações em seu nome, mas não tinham
compromisso com Jesus. Foi desse grupo que ele escolheu 12 homens a quem
chamou de apóstolos (mensageiros, em grego). Eles formavam o terceiro grupo
e eram os mais fiéis. Faziam parte desse núcleo central os irmãos Pedro e
André, Tiago e João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, outro Tiago (que era
primo de Jesus), Judas Tadeu, Simão e Judas Iscariotes. “Jesus e os apóstolos
tinham uma relação de profundo respeito e amizade”, diz o historiador da
religião João de Araújo.
Nesse grupo, alguns tinham papéis definidos. Segundo a Bíblia, cabia a Judas a
administração do dinheiro recolhido durante as pregações, uma função que
sugere a confiança de Jesus (mas que também pode nunca ter existido, sendo
acrescentada apenas para reforçar sua afeição ao dinheiro). A verba arrecadada
cobria o custo das viagens. “Jesus foi um líder itinerante”, diz Cornelli.
Na ausência do líder, seus seguidores trabalhavam individualmente na busca
por fiéis. “Jesus tinha muita clareza do que estava fazendo. Ele organizou
células no território judaico e compôs uma estrutura que deu sustentabilidade
ao seu poder. Isso explica por que o cristianismo sobreviveu mesmo depois de
sua morte”, afirma o historiador André Chevitarese, professor de história
antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Assim, é muito provável que cada um dos apóstolos tivesse um grupo próprio
de seguidores. Afinal, apesar de falarem em nome de Jesus, eram eles que
entravam em contato direto com as pessoas comuns. Davam conselhos,
pregavam, supostamente operavam milagres. E, obviamente, faziam isso a seu
modo: quem ouvia Pedro tinha uma visão diferente da dos seguidores de João
ou Tomé sobre os ensinamentos de Cristo.
Mais tarde, essas peregrinações individuais serviriam como a semente que
germinaria diversos cristianismos diferentes nos séculos 1 e 2 d.C. É isso
mesmo que você leu, diversos cristianismos. Antes, porém, a nova religião
precisaria assistir a seu episódio mais emblemático.
A traição
Judas, a Bíblia manda dizer, teve papel central na prisão de Jesus. Ele foi o
alcagüete, o X-9, o ganso, o dedo-duro, enfim, o judas da história. Levou os
soldados romanos ao jardim do Getsêmani, onde alguns apóstolos e seguidores
estavam reunidos e, à frente dos guardas, deu o famoso beijo que identificou o
líder do grupo. Resumindo, Judas traiu Jesus. Simples assim. Essa é a história
conhecida por todos. Ou pelo menos era, até os pesquisadores da Fundação
Mecenas traduzirem o Evangelho de Judas. Em 26 páginas, o documento narra
os episódios ocorridos durante a semana que antecede a Páscoa judaica no ano
de 33 d.C. (os dias imediatamente anteriores à prisão de Jesus) e mostra uma
versão completamente diferente da que tínhamos acesso até hoje.
No relato, Judas é descrito como o discípulo mais próximo de Jesus, o único
capaz de compreender a essência de seus ensinamentos. A profundidade da
relação entre os dois aparece, por exemplo, numa passagem em que Cristo
desafia os apóstolos ao zombar do comportamento deles. Rindo, acusa-os de
não rezar por vontade própria, mas apenas por acreditarem que assim
agradariam a Deus. Enquanto os apóstolos, ofendidos com a bronca levada,
“começaram a blasfemar contra Jesus em seus corações” (nas palavras do
evangelho), Judas mostra ser o único a entender as palavras do líder.
Impressionado, Jesus o chama em particular para dizer: “Se afaste dos outros e
eu lhe contarei os mistérios do Reino. Você pode entendê-los, mas vai sofrer
por isso”. E quais foram os segredos revelados?
Nos manuscritos, Jesus fala sobre um mundo superior, habitado pelo
verdadeiro Deus, um espírito bom “que nunca foi chamado de nenhum nome”
e que deu origem a uma linhagem de anjos de onde saiu o criador da Terra.
Adorado pelos judeus e citado no Antigo Testamento, este seria um Deus
inferior, cuja criação aprisiona o espírito do homem. Para nos salvar e
encontrar o Deus bom, precisaríamos buscar nossa porção divina interior e nos
libertar desse mundo. Por fim, Jesus revela que Judas será superior a todos os
homens porque ”sacrificará o homem que me veste”. E revela a missão do
discípulo: matar a parte física para livrar o mestre de seu corpo, ou seja, do
reino inferior que aprisionava o espírito divino de Jesus. Judas cumpre à risca
as ordens: imediatamente procura os sacerdotes para denunciar o líder.
Pelo serviço, embolsou algum dinheiro. O valor não é especificado. Nesse
momento, o evangelho acaba, abruptamente. A ideia de que Cristo não só sabia
de sua morte como permitiu que ela acontecesse não é exatamente uma
novidade. Nos textos bíblicos, Jesus avisa pelo menos 3 vezes a seus
seguidores que será morto. Aponta, inclusive, a traição por um de seus
discípulos. O que o Evangelho de Judas acrescenta a essa história é que Jesus
teve um cúmplice para ajudá-lo a cumprir seu destino. “Nesse texto, Judas não
é o seguidor mau que trai seu mestre. Ele é o amigo mais próximo, o que o
compreendia melhor, que o entregou para as autoridades porque assim Jesus
queria”, afirma o historiador Bart Ehrman, professor do Departamento de
Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e
integrante da equipe que traduziu o evangelho.
Apresentar Judas como alguém que agiu a serviço de Jesus é uma história
bastante diferente das contadas em todas as fontes disponíveis – os evangelhos
canônicos, o Atos dos Apóstolos e os textos apócrifos. Mas, antes mesmo da
descoberta do novo evangelho, outros textos já passavam longe de pintar Judas
como grande vilão da história, ou então como uma pessoa gananciosa e
demoníaca. O Evangelho de Marcos, escrito por volta de 65 d.C. e considerado
pelos historiadores o mais velho entre os 4 canônicos, cita Judas nominalmente
apenas 3 vezes, afirma ser ele o responsável pela traição mas diz que a
recompensa em dinheiro foi oferecida pelos sacerdotes. A partir daí, a imagem
de Judas na Bíblia vai se tornando progressivamente má.
Mateus, escrito por volta do ano 80 e o segundo mais antigo, atribui a traição à
ganância de Judas, dizendo que teria denunciado Jesus em troca das famosas
30 moedas de prata, o preço de um escravo na época. Mas relata seu remorso
ao ver que Cristo foi condenado e conta que Judas reconheceu que tinha
entregado um justo, devolvendo as moedas e depois se enforcando. Lucas, o
seguinte na lista, diz que “Satanás entrou em Judas” e, por isso, ele traiu
Cristo. O texto de João, que teria sido escrito no início do século 2, diz que,
além de possuído pelo demônio, Judas também era ganancioso e ladrão.
Em textos apócrifos, outras hipóteses são levantadas. Uma delas diz que os
primeiros cristãos esperavam que Jesus lutasse com armas contra Roma.
Decepcionado com a covardia do mestre, Judas o teria entregado.
“As versões da morte de Judas narradas na Bíblia são inconciliáveis, mas são
os únicos relatos que temos”, afirma Chevitarese. Mas, se Judas foi culpado
pela traição e morreu tão cedo, como reuniu seguidores para escreverem seu
evangelho? O professor Stephen Emmel formula duas hipóteses: ou Judas teve
tempo de contar suas conversas com Cristo antes de se matar; ou não morreu
tão cedo. “Quem escreveu o texto de Judas pensava que ele era um discípulo
muito importante”, diz. “Acreditava que alguns ensinamentos especiais foram
transmitidos por Cristo a Judas. E apenas a ele.”
Nossa conclusão:
Pelo relato dessas passagens do Evangelho, fica bem claro para nós, que um
ser com o poder e a estatura moral de Jesus jamais poderia ser massacrado
como foi se assim não o permitisse.
Entendendo dessa forma, jamais poderíamos condenar Judas, já que o Cristo
não teria sido apanhado de surpresa pelo suposto gesto de traição do apóstolo,
pois sabia de antemão e que o próprio iria realizá-lo. Quem sabendo-se traído e
quem é o traidor, continuaria relacionando-se com ele até a chegada de sua
morte provocada pela traição, senão por estar de acordo, e esta fazer parte de
sua trajetória na Terra? No reconhecimento dessa verdade e no momento em
que a revela a Seus discípulos, Jesus perdoara Judas. As Escrituras cristãs são
sóbrias, porém claras ao mostrar um Jesus que caminha para Jerusalém
sabendo o que o espera, e assumindo a angústia e a dor de sua hora, confiante
no amor do Pai que nunca o abandona, e que lhe permite ir até o fim em Sua
entrega amorosa e total.
É importante destacar que em nenhum momento o Cristo pretende escapar de
sua condição humana. Os discípulos que acompanham assustados o drama que
não entendem, têm diferentes tipos de atitude. Alguns fogem. Poucos ficam.
Agora, duas perguntas: Se Judas tivesse mesmo o firme propósito de trair o
Mestre, para levá-lo à morte, sentiria tamanho remorso? Judas não praticou o
mal necessário para que Jesus demonstrasse todo Seu amor sacrificial? Essa
polêmica revela quão pouco ainda sabemos sobre a vida de Jesus Cristo.
Ainda hoje, quase dois milênios depois, o nome Judas, as trinta moedas de
prata que recebeu e o beijo que deu em Jesus, são símbolos de traição na
cultura ocidental. Apesar da nova versão que veio à tona, a sua imagem
cristalizada no imaginário popular é a do “Vilão”.
No folclore brasileiro, condenado por suposta traição, é tradição no sábado de
aleluia a malhação de Judas, representado por um boneco de palha pendurado
em um poste ou galho de árvore, que depois de derrubado, é queimado e
arrastado pela rua, debaixo de pauladas, enquanto adultos assistem. É a religião
pregando o ódio; enaltecendo a vingança. Essa é a justiça Divina?
Nota:
Na metade do século I, apenas vinte anos após a morte de Jesus, o cristianismo
era formado por diversas correntes, muitas contraditórias entre si. E tinha, pelo
menos, três dezenas de evangelhos diferentes, narrando a passagem de Cristo
pela Terra.
Destes, apenas os de Marcos, Mateus, Lucas e João acabaram reconhecidos
pela doutrina da Igreja. Os demais, acusados de propagar heresias, jamais
foram acolhidos pelas autoridades católicas. Os textos excluídos eram
atribuídos a Maria Madalena, Judas, Tomé, Pedro e, agora se sabe, até a Judas.
“A maior importância na descoberta desse novo manuscrito é comprovar a
existência de uma diversidade de opiniões no cristianismo primitivo”, diz
Marvin Meyer, especialista em Bíblia da Universidade Chapman, nos EUA, e
coordenador da tradução do Evangelho de Judas. Se enquanto Jesus estava
vivo cada discípulo já contava a história ao seu modo, depois da crucificação
as versões se multiplicaram.
Quando os apóstolos morreram sem deixar instruções por escrito, então, já não
havia como esclarecer dúvidas. Circulavam centenas de versões para os
mesmos fatos.
Muita Paz!
Visite meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos
Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

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A verdadeira história de Judas

  • 1.
  • 2. Por quase dois milênios, Judas foi apontado como o maior traidor de Jesus. Agora, documentos sugerem que ele pode ter sido o mais fiel de seus seguidores. Essa é a última palavra sobre Judas Iscariotes: ele não traiu Jesus. Não é, necessariamente, a verdadeira. Nem a mais correta. Mas é a última versão da história mais polêmica do cristianismo. A revelação faz parte de um manuscrito redigido há cerca de 1,7 mil anos e que passou a maior parte desse tempo perdido em uma caverna no deserto egípcio. Escrito em copta, o idioma usado na redação de manuscritos no Egito antigo, o texto não deixa qualquer dúvida sobre os segredos que promete revelar. Na linha que abre a primeira das 13 folhas encontradas está grafado em destaque: Evangelho de Judas.
  • 3. A tradução do manuscrito foi apresentada, após cinco anos de trabalho. Autenticação, restauração e decodificação foram feitas pela Fundação Mecenas, da Suíça, e bancadas pela National Geographic Society. O resultado deixou historiadores e arqueólogos eufóricos. Afinal, descobertas como essa são raras e têm poucos precedentes. Em termos de valor histórico, o evangelho pode ser comparado ao encontro dos Pergaminhos do Mar Morto, em 1947, que nos trouxe a mais antiga Bíblia conhecida, ou dos Manuscritos de Nag Hammadi, em 1948, que revelou ao mundo a existência dos evangelhos apócrifos. Juntos, todos esses textos estão permitindo que pesquisadores reconstruam a história do nascimento da religião que mais tem fiéis no mundo.
  • 4. “Por dois mil anos, acreditamos que as únicas fontes sobre a vida de Jesus eram os quatro evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas, nos últimos 50 anos, vimos que eles são apenas um pequeno exemplo entre vários textos que foram escritos nos primeiros séculos após a crucificação”, diz Elaine Pagels, professora de religião na Universidade de Princeton. Não que o Evangelho de Judas fosse exatamente um desconhecido. Estudiosos da religião já sabiam de sua existência por causa de uma carta escrita em 178 d.C. pelo então bispo de Lyon, Irineu, que o denominou de apócrifo. Mas por que esse evangelho, além de outros tantos, não foi sequer divulgado? No Concílio de Niceia, reunido em 328 por iniciativa do primeiro imperador cristão, Constantino, a igreja limitou a quatro os evangelhos, que são conhecidos.
  • 5. Cerca de trinta textos, alguns deles conhecidos, foram descartados porque não estavam de acordo com o que Constantino desejava como doutrina política. De acordo com especialistas, o Evangelho de Judas colocaria em questão certos princípios políticos da doutrina cristã e permitiria uma revolucionária reabilitação de Judas, que durante séculos carregou o estigma de traidor e assassino de Jesus. O manuscrito recém-traduzido afirma que o único apóstolo a entender todo o significado dos ensinamentos de Jesus foi Judas. Quem foi Judas? Judas é um personagem sem história. Com exceção de 15 citações nos evangelhos canônicos e algumas outras no Atos dos Apóstolos, quase não há registros de seu passado antes de conhecer Jesus.
  • 6. Ao contrário de apóstolos como Pedro, que era pescador, ou do cobrador de impostos Mateus, a Bíblia não conta de onde ele veio ou como ganhava a vida. Um silêncio que não chega a surpreender. “Pouco se sabe sobre Judas porque os evangelhos não tinham compromisso com a história. Eram apenas textos para orientar os cristãos e passar os ensinamentos de Jesus”, diz Gabriele Cornelli, doutor em ciências da religião da Universidade Metodista de São Paulo. E a orientação oficial sempre foi clara: Judas era o vilão. E ponto final. Ponto final para os fiéis, é claro. Para os pesquisadores, este é apenas o ponto de partida para dúvidas que nunca foram respondidas. Algumas delas: assim como os outros 11 apóstolos, Judas também teve um grupo de seguidores? Quem eram eles?
  • 7. Há algum legado seu para o cristianismo? Qual foi a relação dele com Jesus? Judas foi mesmo o vilão pintado pela Bíblia? As respostas, como boa parte da história do nascimento do cristianismo, passam mais por hipóteses que por fatos comprovados. Acredita-se, por exemplo, que Judas era uma espécie de outsider entre os seguidores mais próximos de Jesus. Seu sobrenome, Iscariotes, provavelmente é uma indicação da cidade em que ele nasceu: Cariotes, ou Kerioth, ou algo bem próximo a isso, a vila nunca foi localizada com precisão. Sabe-se que o lugarejo ficava perto de Hebron, uma importante área urbana no sul da Judéia. Mas que estava a cerca de cinco dias de viagem da Galiléia, região que abrigava o coração da religião que nascia, onde viviam Jesus e seus outros onze apóstolos.
  • 8. E o que isso quer dizer? Que Judas pode ter sido uma figura bastante importante para Jesus. Caberia a ele levar as pregações aos habitantes da Judéia. E isso não era pouco. Vivendo no então principal centro político e econômico de onde hoje fica Israel, os habitantes da região acreditavam ser intelectualmente superiores aos moradores da Galiléia, considerados rústicos e atrasados, quase caipiras. O fato de Judas, um local, falar bem de Jesus pode ter ajudado a abrir as portas da região para o líder forasteiro. “A existência de um Evangelho de Judas leva a crer que ele teve seguidores e nos faz supor que ele tinha forte influência na Judéia”, diz Emmel. Para entender como Judas podia ter uma “área de influência” é preciso conhecer a estrutura do grupo de seguidores que Jesus tinha ao seu redor.
  • 9. Eles estavam divididos em 3 círculos. No mais distante, ficavam os ouvintes. Eles estavam em todo o território judaico e não seguiam Jesus, mas eram simpáticos às suas pregações. No segundo grupo estavam os discípulos, cerca de 70 pessoas que seguiam o mestre, ouviam seus discursos, anunciavam sua chegada nas cidades, faziam algumas pregações em seu nome, mas não tinham compromisso com Jesus. Foi desse grupo que ele escolheu 12 homens a quem chamou de apóstolos (mensageiros, em grego). Eles formavam o terceiro grupo e eram os mais fiéis. Faziam parte desse núcleo central os irmãos Pedro e André, Tiago e João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, outro Tiago (que era primo de Jesus), Judas Tadeu, Simão e Judas Iscariotes. “Jesus e os apóstolos tinham uma relação de profundo respeito e amizade”, diz o historiador da religião João de Araújo.
  • 10. Nesse grupo, alguns tinham papéis definidos. Segundo a Bíblia, cabia a Judas a administração do dinheiro recolhido durante as pregações, uma função que sugere a confiança de Jesus (mas que também pode nunca ter existido, sendo acrescentada apenas para reforçar sua afeição ao dinheiro). A verba arrecadada cobria o custo das viagens. “Jesus foi um líder itinerante”, diz Cornelli. Na ausência do líder, seus seguidores trabalhavam individualmente na busca por fiéis. “Jesus tinha muita clareza do que estava fazendo. Ele organizou células no território judaico e compôs uma estrutura que deu sustentabilidade ao seu poder. Isso explica por que o cristianismo sobreviveu mesmo depois de sua morte”, afirma o historiador André Chevitarese, professor de história antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • 11. Assim, é muito provável que cada um dos apóstolos tivesse um grupo próprio de seguidores. Afinal, apesar de falarem em nome de Jesus, eram eles que entravam em contato direto com as pessoas comuns. Davam conselhos, pregavam, supostamente operavam milagres. E, obviamente, faziam isso a seu modo: quem ouvia Pedro tinha uma visão diferente da dos seguidores de João ou Tomé sobre os ensinamentos de Cristo. Mais tarde, essas peregrinações individuais serviriam como a semente que germinaria diversos cristianismos diferentes nos séculos 1 e 2 d.C. É isso mesmo que você leu, diversos cristianismos. Antes, porém, a nova religião precisaria assistir a seu episódio mais emblemático.
  • 12. A traição Judas, a Bíblia manda dizer, teve papel central na prisão de Jesus. Ele foi o alcagüete, o X-9, o ganso, o dedo-duro, enfim, o judas da história. Levou os soldados romanos ao jardim do Getsêmani, onde alguns apóstolos e seguidores estavam reunidos e, à frente dos guardas, deu o famoso beijo que identificou o líder do grupo. Resumindo, Judas traiu Jesus. Simples assim. Essa é a história conhecida por todos. Ou pelo menos era, até os pesquisadores da Fundação Mecenas traduzirem o Evangelho de Judas. Em 26 páginas, o documento narra os episódios ocorridos durante a semana que antecede a Páscoa judaica no ano de 33 d.C. (os dias imediatamente anteriores à prisão de Jesus) e mostra uma versão completamente diferente da que tínhamos acesso até hoje.
  • 13. No relato, Judas é descrito como o discípulo mais próximo de Jesus, o único capaz de compreender a essência de seus ensinamentos. A profundidade da relação entre os dois aparece, por exemplo, numa passagem em que Cristo desafia os apóstolos ao zombar do comportamento deles. Rindo, acusa-os de não rezar por vontade própria, mas apenas por acreditarem que assim agradariam a Deus. Enquanto os apóstolos, ofendidos com a bronca levada, “começaram a blasfemar contra Jesus em seus corações” (nas palavras do evangelho), Judas mostra ser o único a entender as palavras do líder. Impressionado, Jesus o chama em particular para dizer: “Se afaste dos outros e eu lhe contarei os mistérios do Reino. Você pode entendê-los, mas vai sofrer por isso”. E quais foram os segredos revelados?
  • 14. Nos manuscritos, Jesus fala sobre um mundo superior, habitado pelo verdadeiro Deus, um espírito bom “que nunca foi chamado de nenhum nome” e que deu origem a uma linhagem de anjos de onde saiu o criador da Terra. Adorado pelos judeus e citado no Antigo Testamento, este seria um Deus inferior, cuja criação aprisiona o espírito do homem. Para nos salvar e encontrar o Deus bom, precisaríamos buscar nossa porção divina interior e nos libertar desse mundo. Por fim, Jesus revela que Judas será superior a todos os homens porque ”sacrificará o homem que me veste”. E revela a missão do discípulo: matar a parte física para livrar o mestre de seu corpo, ou seja, do reino inferior que aprisionava o espírito divino de Jesus. Judas cumpre à risca as ordens: imediatamente procura os sacerdotes para denunciar o líder.
  • 15. Pelo serviço, embolsou algum dinheiro. O valor não é especificado. Nesse momento, o evangelho acaba, abruptamente. A ideia de que Cristo não só sabia de sua morte como permitiu que ela acontecesse não é exatamente uma novidade. Nos textos bíblicos, Jesus avisa pelo menos 3 vezes a seus seguidores que será morto. Aponta, inclusive, a traição por um de seus discípulos. O que o Evangelho de Judas acrescenta a essa história é que Jesus teve um cúmplice para ajudá-lo a cumprir seu destino. “Nesse texto, Judas não é o seguidor mau que trai seu mestre. Ele é o amigo mais próximo, o que o compreendia melhor, que o entregou para as autoridades porque assim Jesus queria”, afirma o historiador Bart Ehrman, professor do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e integrante da equipe que traduziu o evangelho.
  • 16. Apresentar Judas como alguém que agiu a serviço de Jesus é uma história bastante diferente das contadas em todas as fontes disponíveis – os evangelhos canônicos, o Atos dos Apóstolos e os textos apócrifos. Mas, antes mesmo da descoberta do novo evangelho, outros textos já passavam longe de pintar Judas como grande vilão da história, ou então como uma pessoa gananciosa e demoníaca. O Evangelho de Marcos, escrito por volta de 65 d.C. e considerado pelos historiadores o mais velho entre os 4 canônicos, cita Judas nominalmente apenas 3 vezes, afirma ser ele o responsável pela traição mas diz que a recompensa em dinheiro foi oferecida pelos sacerdotes. A partir daí, a imagem de Judas na Bíblia vai se tornando progressivamente má.
  • 17. Mateus, escrito por volta do ano 80 e o segundo mais antigo, atribui a traição à ganância de Judas, dizendo que teria denunciado Jesus em troca das famosas 30 moedas de prata, o preço de um escravo na época. Mas relata seu remorso ao ver que Cristo foi condenado e conta que Judas reconheceu que tinha entregado um justo, devolvendo as moedas e depois se enforcando. Lucas, o seguinte na lista, diz que “Satanás entrou em Judas” e, por isso, ele traiu Cristo. O texto de João, que teria sido escrito no início do século 2, diz que, além de possuído pelo demônio, Judas também era ganancioso e ladrão. Em textos apócrifos, outras hipóteses são levantadas. Uma delas diz que os primeiros cristãos esperavam que Jesus lutasse com armas contra Roma. Decepcionado com a covardia do mestre, Judas o teria entregado.
  • 18. “As versões da morte de Judas narradas na Bíblia são inconciliáveis, mas são os únicos relatos que temos”, afirma Chevitarese. Mas, se Judas foi culpado pela traição e morreu tão cedo, como reuniu seguidores para escreverem seu evangelho? O professor Stephen Emmel formula duas hipóteses: ou Judas teve tempo de contar suas conversas com Cristo antes de se matar; ou não morreu tão cedo. “Quem escreveu o texto de Judas pensava que ele era um discípulo muito importante”, diz. “Acreditava que alguns ensinamentos especiais foram transmitidos por Cristo a Judas. E apenas a ele.” Nossa conclusão: Pelo relato dessas passagens do Evangelho, fica bem claro para nós, que um ser com o poder e a estatura moral de Jesus jamais poderia ser massacrado como foi se assim não o permitisse.
  • 19. Entendendo dessa forma, jamais poderíamos condenar Judas, já que o Cristo não teria sido apanhado de surpresa pelo suposto gesto de traição do apóstolo, pois sabia de antemão e que o próprio iria realizá-lo. Quem sabendo-se traído e quem é o traidor, continuaria relacionando-se com ele até a chegada de sua morte provocada pela traição, senão por estar de acordo, e esta fazer parte de sua trajetória na Terra? No reconhecimento dessa verdade e no momento em que a revela a Seus discípulos, Jesus perdoara Judas. As Escrituras cristãs são sóbrias, porém claras ao mostrar um Jesus que caminha para Jerusalém sabendo o que o espera, e assumindo a angústia e a dor de sua hora, confiante no amor do Pai que nunca o abandona, e que lhe permite ir até o fim em Sua entrega amorosa e total.
  • 20. É importante destacar que em nenhum momento o Cristo pretende escapar de sua condição humana. Os discípulos que acompanham assustados o drama que não entendem, têm diferentes tipos de atitude. Alguns fogem. Poucos ficam. Agora, duas perguntas: Se Judas tivesse mesmo o firme propósito de trair o Mestre, para levá-lo à morte, sentiria tamanho remorso? Judas não praticou o mal necessário para que Jesus demonstrasse todo Seu amor sacrificial? Essa polêmica revela quão pouco ainda sabemos sobre a vida de Jesus Cristo. Ainda hoje, quase dois milênios depois, o nome Judas, as trinta moedas de prata que recebeu e o beijo que deu em Jesus, são símbolos de traição na cultura ocidental. Apesar da nova versão que veio à tona, a sua imagem cristalizada no imaginário popular é a do “Vilão”.
  • 21. No folclore brasileiro, condenado por suposta traição, é tradição no sábado de aleluia a malhação de Judas, representado por um boneco de palha pendurado em um poste ou galho de árvore, que depois de derrubado, é queimado e arrastado pela rua, debaixo de pauladas, enquanto adultos assistem. É a religião pregando o ódio; enaltecendo a vingança. Essa é a justiça Divina? Nota: Na metade do século I, apenas vinte anos após a morte de Jesus, o cristianismo era formado por diversas correntes, muitas contraditórias entre si. E tinha, pelo menos, três dezenas de evangelhos diferentes, narrando a passagem de Cristo pela Terra.
  • 22. Destes, apenas os de Marcos, Mateus, Lucas e João acabaram reconhecidos pela doutrina da Igreja. Os demais, acusados de propagar heresias, jamais foram acolhidos pelas autoridades católicas. Os textos excluídos eram atribuídos a Maria Madalena, Judas, Tomé, Pedro e, agora se sabe, até a Judas. “A maior importância na descoberta desse novo manuscrito é comprovar a existência de uma diversidade de opiniões no cristianismo primitivo”, diz Marvin Meyer, especialista em Bíblia da Universidade Chapman, nos EUA, e coordenador da tradução do Evangelho de Judas. Se enquanto Jesus estava vivo cada discípulo já contava a história ao seu modo, depois da crucificação as versões se multiplicaram.
  • 23. Quando os apóstolos morreram sem deixar instruções por escrito, então, já não havia como esclarecer dúvidas. Circulavam centenas de versões para os mesmos fatos. Muita Paz! Visite meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.