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Cronologia Escatológica
Segue aqui a ordem cronológica dos principais fatos relacionados aos finais dos tempos de acordo com as
Escrituras Sagradas:
1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo: O Aprisionamento de Satanás e a Primeira Ressurreição
2) O Milênio (Reino de Deus na era presente)
3) A Grande Tribulação (curto período de tempo em que Satanás será solto)
4) A Segunda Vinda de Cristo (O Dia do Senhor, evento único, visível e portentoso)
5) A Segunda Ressurreição ou Ressurreição Geral dos Corpos (evento único e geral, uns para a vida,
outros para a morte)
6) O Juízo Final (evento único e geral)
7) Novo Céu e Nova Terra (Nova Jerusalém e a plenitude do Reino Eterno)
Pretendo demonstrar que esta ordem se encontra tanto nas Escrituras do Antigo como do Novo Testamentos,
tanto nos ensinos de Cristo como também de seus apóstolos, tanto nos Evangelhos como também nas Epístolas
e no Apocalipse. Havendo uma coerência muito grande entre todos eles.
Agora, é importante ressaltar que o livro de Apocalipse não está todo em uma ordem cronológica, não é uma
narrativa linear de começo, meio e fim, mas apresenta-se divido em 7 seções paralelas e progressivas, onde
cada seção abarca o período que vai da primeira vinda de Cristo até a consumação dos séculos, cada uma
trazendo novos detalhes em relação a anterior, como retratos de uma mesma história tirados de diversos ângulos
diferentes de maneira a enriquecer a visão como um todo.
O Apóstolo João, autor do Apocalipse, também escreveu o Evangelho de João e lá também fez uso do número
sete para destacar certas verdades, no caso, para defender a divindade de Jesus, pois o Evangelho registra sete
milagres de Cristo e também sete vezes a expressão “Eu Sou”. Então, Apocalipse, segue esta mesma linha,
possuindo sete seções. Sendo que cada seção compreende o período que vai da primeira à segunda vinda. Cada
nova seção é mais clara em seu retrato do fim até chegarmos ao clímax! Primeira Seção (1-3) – Os sete
candeeiros; Segunda Seção (4-7) – Os sete selos; Terceira Seção (8-11) – As sete trombetas; Quarta Seção (12-
14) – A trindade maligna; Quinta Seção (15-16) -As sete taças; Sexta Seção (17-19) – A derrota dos agentes do
Dragão; e a Sétima Seção (20-22), que mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não em um
milênio na terra depois da segunda vinda.
Embora o capítulo 19 descreva a Segunda Vinda de Cristo, ele termina com uma descrição viva do juízo final. Os
eventos descritos no Capítulo 20 não seguem os do capítulo 19 em ordem cronológica, assim como também a
descrição do nascimento de Jesus que encontramos no capítulo 12, de maneira alguma segue cronologicamente
os eventos do juízo registrados no capítulo 11.
Portanto, assim como o capítulo 11 termina com uma descrição do Juízo Final e o capítulo 12 recomeça contando
a história a partir do nascimento de Cristo, assim também, acontece com os capítulos 19 e 20. Pois, o capítulo 20
começa descrevendo os eventos que marcaram a primeira vinda. Porque foi por ocasião da Primeira Vinda de
Cristo que aconteceu o aprisionamento de Satanás (Mt12.28-29; Jo 1.5; Mt 16.18; Mt 28.18) e seu lançamento no
abismo (Lc 10.18, 19; Is 14.12; Jd 1.6; 2Pe 2.4; Jo 12.31,32).
Vejamos agora uma descrição mais detalha dos eventos escatológicas na ordem sequencial em que se darão
conforme a sétima e última seção do Livro de Apocalipse (20-22) e como tal sequência é também ensina por
Jesus, seus apóstolos e pelos profetas.
1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo o Aprisionamento de Satanás e a
Primeira Ressurreição
O Aprisionamento de Satanás
Satanás é preso por ocasião da primeira Vinda de Cristo conforme registrado em Mateus 12:28-29, pois as
mesma palavras traduzidas por “amarrar” ou “acorrentar” (deo) e “expulsar” ou “lançar” (ek-ballo) são
empregados tanto emMateus 12.28-29 como também em Apocalipse 20.2-3. Depois de amarrado (deo), Satanás
é expulso (ekballo) da terra e lançado no abismo. Jesus disse que Satanás já estava sendo expulso naquele
tempo em que Jesus esteve entre nós: “agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12.31). Jesus declarou
também que já havia visto Satanás caindo como um raio (Lc 10.18).
Estas ações de “amarrar”, “prender” e “expulsar” não devem ser interpretadas literalmente, pois elas tem como
propósito demonstrar que Jesus restringiu o poder do maligno “para assim impedi-lo de enganar as nações” (Ap
20.3). “Amarrado” e “expulso”, Satanás não pode impedir que Jesus “atraia todos a si” através da cruz ( Jo
12.31,32), de modo que Satanás não conseguirá também impedir que a Igreja seja bem sucedida no cumprimento
de sua Grande Missão de fazer discípulos de todas as nações durante esta era do Evangelho do Reino, em que
as “portas do inferno” não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18), pois a Igreja recebeu sua missão do Rei que já
tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18-20), e recebeu deste Rei o poder do Seu Espírito para lhe ser
testemunha (At 1.8), tendo recebido dele também as chaves do Reino ( Mt 16.19), e o poder para pisar cobras,
escorpiões e sobre todo o poder do mal (Lc 10.19; Mc 16.18). Tanto é verdade, que o Apocalipse mostra uma
inumerável multidão de salvos de todas as nações (Ap 6.9-11 e 7.9-14), de modo que se cumprirá a profecia que
diz que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”(Is 11.9).
Tal sucesso da Igreja somente foi possível porque Jesus, que veio para desfazer as obras do Diabo ( 1Jo 3.8),
amarrou Satanás (Mt 12.29 e Ap 20.2), vencendo-o em todas as batalhas: na tentação do deserto ( Mt 4.1-11; Mc
1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30). Portanto, assim como um cachorro,
Satanás foi acorrentado, tendo o seu raio de ação limitado de modo a não poder impedir o avançar missionário
da Igreja, mas, cuidado: “Não deis lugar ao diabo”, ou seja, não entre no raio de ação dele.
A primeira Ressurreição
A primeira ressurreição descrita em Apocalipse 20.6 é de natureza espiritual e diz respeito ao novo nascimento
em Cristo que promove a ressurreição dos que estavam mortos em seus delitos e pecados (1Jo 3:14, Rm 6:8, Ef
2:4-6 e Cl 2:13).
Os cristãos são descritos como já estando espiritualmente assentados com Cristo em seu trono celestial,
reinando sobre todo principado e potestade (Ef 2:6, 1Co 3:21-22 e Cl 3:1-2). Todos os que estão em Cristo já
passaram da morte para a vida, ainda estão sujeitos a morte física, que é a primeira morte, mas “a segunda morte
não tem poder sobre eles” (Ap 20.6)! Já, os demais, continuam mortos nos seus delitos e pecados durante o
milênio, não participam da primeira ressurreição e nem reinam com Cristo. Todos estes ressuscitarão apenas uma
única vez na ressurreição geral e física de todos os mortos que acontecerá após o milênio e serão condenados
no juízo final e padecerão a segunda morte que é o castigo eterno (Ap 20.5).
Mais uma prova de que a primeira ressurreição ( Ap 20.6) é de caráter espiritual, sendo uma referência ao novo
nascimento e a condição dos salvos, que já estão inscritos no Livro da Vida, pode ser aferida do texto paralelo
que se encontra no v. 15. Pois quem nasceu de novo não sofre o dano da segunda morte ou condenação do
inferno. O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo, ou seja, o inferno, e conhecemos bem a afirmação
paulina de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). O que concorda
plenamente com a exclamação de Nosso Senhor: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”
(João 5:24).
Portanto, quem tem o seu nome inscrito no Livro da Vida ( Ap 20.15), ou seja, quem já participou da Primeira
Ressurreição (v. 6), não sofrerá o dano da Segunda Morte ( v. 6 e 15). Tanto a Primeira Ressurreição como a
Segunda Morte são de caráter espiritual. Não seria coerente dizer que um Ressurreição física livra o homem de
uma condenação espiritual.
O Novo Testamento usa com frequência o termo ressurreição, ressuscitados e ressurretos para descrever a
condição do crente em Cristo: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12)… “Portanto, se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de
Deus” (Cl 3:1)… Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4)… “Nós sabemos
que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1
Jo 3:14). Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, de modo que os mártires cristãos estão vivos em Deus e
reinam com Cristo.
Vemos, no capítulo 5 do Evangelho de João, o emprego do termo ressurreição tanto no sentido espiritual como no
físico e isto num mesmo contexto (Jo 5.25-29). Portanto, não seria de se estranhar que o mesmo acontecesse
neste outro escrito de João.
A primeira ressurreição mencionada em Apocalipse 20.6 é espiritual, apresentada aqui principalmente para
indicar a vitória dos mártires que vivem e reinam com Cristo, pois o estado intermediário dos crentes, entre a
morte e a ressurreição, é um período de vida (Lc 20.38) e consciência (Ap 6.9-11), que segundo Paulo é
incomparavelmente melhor do que a dos crentes antes da morte (Fp 1.23), que o faz até preferir deixar o corpo
para habitar com o Senhor (2 Co 5.8), pois eles desfrutam da presença do Senhor numa dimensão superior, por
se acharem diante do trono de Deus, servindo a Deus de dia e de noite no seu santuário, já não tem mais fome,
nem sede, e já não sofrem mais a intempéries da vida, pois são apascentados e consolados por Jesus (Ap 7.15-
17), e, aqui, em Ap 20.6, vemos que eles também partilham de alguma maneira do privilégio de reinar juntamente
com Cristo. Já, a segunda ressurreição é descrita nos versos de 11 a 13 como algo distinto da primeira, sendo
uma clara referência a ressurreição do corpo que se dará por ocasião da Segunda Vinda de Cristo
A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a primeira ressurreição, que é o novo nascimento e a Segunda Vinda nos
trará a segunda ressurreição que será a do corpo. A segunda morte é uma referência ao castigo eterno, o que
implica em que a primeira ressurreição, mencionada por João, não seja uma ressurreição física. Pois se os
crentes já tivessem aqui (em Ap 20.6) ressuscitado fisicamente, em corpo glorificado, eles já estariam desfrutando
do gozo pleno e total da vida vindoura e não seria necessário dizer que sobre eles a segunda morte não tem
poder (v.6).
Sendo assim, teríamos aqui o uso de um recurso estilístico comum naquela época, conhecido por chiasmo, que
disporia os quatro elementos (primeira e segunda ressurreição e primeira e segunda morte) de modo a
estabelecer um contraste diagonal em “X”, como ilustrado no diagrama abaixo, onde “a)” estaria se contrapondo a
“b)”, espiritual com espiritual e físico com físico. Notar que este contraste, pelo menos em sua dimensão espiritual,
entre a primeira ressurreição e a segunda morte, pode ser visto também no versículo 15, que diz: “E, se alguém
não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. A expressão “foi achado
inscrito no Livro da Vida” indica a condição do salvo, daquele que nasceu de novo, que já foi ressuscitado
espiritualmente com Cristo e que já passou da morte para a vida, enquanto que, no versículo 14, é dito que o lago
de fogo é a segunda morte.
Assim, este texto estabelece o mesmo contraste encontrado no versículo 6, que diz “Bem-aventurado e santo é
aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário,
serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”. O que fortalece o argumento em defesa da
interpretação da primeira ressurreição como de natureza espiritual, não apenas pelo contraste estabelecido, mas
também pelo paralelo que se vê entre os versículos 6 e 15, onde a expressão do v. 6 “aquele que tem parte na
primeira ressurreição” tem a sua expressão paralela no v. 15 em termos que não deixam dúvida quanto ao caráter
espiritual da mesma: “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Ou seja, “aquele que tem parte na primeira
ressurreição” é o mesmo que dizer: aquele que “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Veja o diagrama:
Tabela – Diagrama Demonstrativo Ap 20.6
a) “Primeira ressurreição” – espiritual= símbolo da vida
eterna= “foi achado inscrito no Livro da Vida”(Comparar
v.6 com v.15)
a) “segunda ressurreição” (“reviveram”v.5)=
ressurreição geral e física (v. 13)
b) “Primeira morte” (subentendida)= morte física b) “Segunda morte” – espiritual – (v.6)= símbolo
da morte eterna= “A Segunda Morte é o Lago de
Fogo” (v.14)
Para os que fazem questão de que os dois usos do termo ezesan em Apocalipse 20 sejam referências a
ressurreições físicas, existe ainda uma outra interpretação possível, plausível e em perfeita harmonia com os
Evangelhos e as Epístolas, onde ezesan significaria a transição da morte física dos mártires para a vida com
Cristo no Céu durante o período intermediário entre a morte e a ressurreição.
E também podemos afirmar com propriedade que a Primeira Ressurreição foi a de Jesus, o “Primogênito dentre
os mortos” (Cl 1.18)! De modo que os que estão em Cristo, estão, de fato, identificados com sua morte e
ressurreição, tendo já passados da morte para a vida (Jo 5.24), e, como bem frisou o Apóstolo Paulo, dizendo
que os cristãos já foram: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus,
que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12). “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que
são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3:1). “Nem tampouco apresenteis os vossos
membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os
vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6:13).
Mesmo no estágio intermediário, entre a morte e a ressurreição, as almas dos crentes estão bem vivas e ativas
no céu (Ap 6.9-11 e 7.9-17), diferente do que acontece com os restantes dos mortos que não creem em Deus.
Pois Deus não é Deus de mortos, mas sim, é Deus de vivos (Mc 12.27). O estado intermediário dos salvos já é
infinitamente superior a nossa existência terrena, de modo a levar Paulo a exclamar: “desejo partir e estar com
Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23); e ainda: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e
habitar com o Senhor” (2 Co 5:8). Tanto é verdade, que o autor de Hebreus, após elencar uma série de mártires e
heróis da fé, inicia o capítulo 12 mencionando que nós os vivos na terra estamos cercados de uma nuvem tão
grande de testemunhas vivas nos céus (Hb 12.1). “As almas dos decapitados” vivem e reinam dos altos céus ( Ap
20.4). Obviamente, este texto de Apocalipse não pode ser interpretado literalmente, pois, se não, seríamos
forçados a concluir que apenas as almas dos decapitados é que ressuscitariam para reinar, o que excluiria os
crentes que foram mortos de outra forma; algo que nem mesmo o mais ferrenho literalista seria capaz de afirmar.
É óbvio, portanto, que a referência aos decapitados é muito mais inclusiva e abrangente, envolvendo todos os
que estão em Cristo.
Paulo ensinou que nossa posição em Cristo é muito elevada. Como ressurretos dentre os mortos, já estamos
assentados com Cristo, em seu trono, muito acima de todos os principados e potestades e sobre todo o reino e
domínio que existe sobre a terra (Ef 2.6). Os crentes em Cristo exercem autoridade sobre os demônios ( Lc 10.16-
21), o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18).
O próprio Paulo também afirmou que “é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos
debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de
reinado de Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da
Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo
capítulo: “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade,
então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”! Portanto, para Paulo, o milênio
vem antes da ressurreição e do arrebatamento, pois a morte será destruída por ocasião da Segunda Vinda de
Cristo e do Juízo Final: “Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda
morte” (Ap 20.14).
É possível que alguns possam estranhar o fato de Apocalipse 20 começar com a Primeira Vinda de Cristo, talvez
por desconhecerem que os eventos relacionados à Primeira Vinda de Cristo são cumprimentos de profecias
escatológicas do Antigo Testamento. Eis alguns exemplos:
Os “últimos dias” começaram com o advento de Cristo, o Rei (Dn 2.28,34-44; Lc 1.31). O Messias já veio
(Is 9.6-7; Lc 1.31)!
Satanás já foi amarrado (Ap 20.2,3; Mt 12.29; 16.18; Mc 16.18; Lc 10.18,19; Jo 12.31 e 1Jo 3.8). Jesus
venceu Satanás em todas as batalhas: na tentação do deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz
(Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30).
“Foi morto o ungido” conforme profetizaram Daniel, Isaías e Davi ( Dn 9.26; Is 53, Sl 22 cf. Mc 15.37; At
3.15;5.30 e 1Ts 2.15).
Jesus venceu a morte (Mt 28.6; Rm 8.34 e 1Co 15.55)
O Reino já foi inaugurado (Ap 20.1-6; Mt 12.28; 28.18; Lc 17.20,21; Rm 14.17; Cl 1.13; Mt 13; 1Co
15.25,26; Ap 4.4; Ef 2.6; Hb 2.8 e 10.13). Jesus foi exaltado acima de todo principado e potestade (At
2.33; At 5.31 e Fp 2.9)
A profecia de Joel de que nos últimos dias seria derramado o Espírito Santo sobre toda a carne se cumpriu
em Pentecostes (Jl 2.28-29 cf. At 2.16-21).
A promessa de Ezequiel 36.36 “Darei a você um coração novo e porei um espírito novo em vocês” se
cumpriu em Jesus Cristo que concede vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.5), os
quais, pela graça de Cristo, participam da Primeira Ressurreição (Ap 20.6), que é espiritual, ou seja, uma
figura de linguagem para o Novo Nascimento ou regeneração, o que Paulo também descreve em termos
de ressurreição a semelhança de Apocalipse 20.6: “Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com
ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre
os mortos” (Cl 2.12). João, em seu Evangelho, revela que Jesus costumava referir-se a salvação da alma
em termos de ressurreição: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou,
tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está
chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a
ouvirem, viverão. Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida
em si mesmo” (Jo 5.24-26).
O templo foi profanado (Dn 9.27) e destruído novamente juntamente com a cidade de Jerusalém pelo
abominável da desolação de que falou Daniel (Dn 9:26). E Jesus disse que isto se daria naquela mesma
geração (Mt 23.35 – 24.2) e assim aconteceu no ano 70 através do Exército Romano liderado pelo General
Tito, “príncipe”, filho do Imperador Vespasiano.
Portanto, estamos vivendo os últimos dias! A Escatologia está em processo! A Igreja tem parte viva e atuante
neste processo de expansão do Evangelho do Reino!
2) O Milênio (Reino de Deus)
Como demonstrado no capítulo anterior, a Bíblia ensina que Jesus amarrou a Satanás e inaugurou o seu reino
em sua primeira vinda.
Em Apocalipse 20, os 1.000 anos são usados como um símbolo de perfeição e plenitude do Reinado de Cristo na
presente era que começou com a Primeira Vinda de Cristo e vai até o início da Grande Tribulação. O Uso figurado
do número mil pode ser encontrado em diversas outras passagens bíblicas, tais como: “Que o Senhor, o Deus
dos seus antepassados, os multiplique mil vezes mais” (Dt 1:11), “… Deus fiel, que mantém a aliança e a
bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos” ( Dt 7:9); “mil colinas”
(Sl 50:10); “Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar” (Sl 84:10); e “mil anos” como um dia para
Deus (Sl 90:4, 2Pe 3:8).
O Apóstolo Paulo ensinou que: “é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo
de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de
Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da Segunda Vinda de
Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: “Quando,
porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a
palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da
ressurreição e do arrebatamento.
A expressão “até que” de 1Co 15.25 indica um desenvolvimento paulatino do Reino em que os inimigos vão
sendo gradativamente postos debaixo dos pés de Cristo e não abruptamente como ensinam os pre-milenistas. As
Parábolas do Reino de Mateus 13 ensinam que o Reino de Deus se estabelece de maneira gradativa como o
desenvolvimento da plantação de um grão de mostarda e também possui um caráter paradoxal e híbrido devido a
presença do joio no meio do trigo, pelos pássaros que roubam a semente e que vem aninhar-se debaixo da
árvore, e pelos peixes maus, coisas que seriam simplesmente inconcebíveis num milênio após a Segunda Vinda.
Jesus falou de seu reino em termos espirituais e em ação já na presente era: “…não vem o reino de Deus com
visível aparência… porque o reino de Deus está dentro em vós” (Lc.17:20,21).
A Igreja militante na terra e triunfante no céu reina com Cristo já está espiritualmente assentada, juntamente com
Cristo, acima de todo o principado e potestade (Ap 4.4; Ef 2.6 cf. 20.4-6). É preciso que se reconheça a natureza
deste Reino de Cristo, pois se de um lado sabemos que Jesus já é o Senhor e que o seu reinado já foi
inaugurado, por outro, ainda não vemos todas as coisas debaixo dos pés de Cristo, conforme lemos em Hebreus
2:8: “todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou
fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas” (ver também Hb 10.13). É
preciso observar que, na parábola do Joio e do Trigo (Mt 13.24-30), que é uma das parábolas do Reino de Deus,
paralelamente ao crescimento do trigo, observasse também o crescimento do joio. Portanto, realismo bíblico
ajuda a evitar os extremos perigosos do ufanismo de um lado e, de outro, a acomodação daqueles que
postergam a inauguração do Reino para depois da Segunda Vinda de Cristo.
Este milênio completar-se-á quando chegar o tempo denominado de “a plenitude dos gentios” ( Rm 11.25),
quando, consequentemente, “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26)! O Apóstolo Pedro explica que o motivo da
aparente demora de Cristo em regressar a este mundo se deve a longanimidade de Deus que não quer que
ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3.9). Jesus aguarda até que sua Igreja
cumpra cabalmente a sua missão!
3) A Grande Tribulação
Após o milênio, Satanás será solto da sua prisão por pouco tempo ( Ap 20.7), quando terá liberdade de enganar
as nações, promovendo uma revolta mundial contra a Igreja de Cristo, descrita aqui como “o acampamento dos
Santos” (Ap 20.7-9). Período este que é também conhecido como a Grande Tribulação ( Mt 24.21), que será de
curta duração por causa do amor de Deus pelos escolhidos (Mt 24.22).
Daniel descreve os juízos de Deus que serão derramados sobre a terra no período da Grande Tribulação e afirma
que é somente após isto que se dará a ressurreição geral dos mortos, “uns para a vida eterna, outros para a
vergonha, para o desprezo eterno”, sendo assim, para Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande
Tribulação, mas somente após:
“Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia
como nunca houve desde o início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome
está escrito no livro, será liberto. Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros
para a vergonha, para o desprezo eterno.” (Dn 12.1,2)
A menção “as almas dos decapitados” em Apocalipse 20.4 é muito semelhante a visão dos mártires na glória
registrada no capítulo 6. São textos paralelos, de modo que um ajuda a entender melhor o outro. Vejamos o que
diz: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da
palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: ‘Até quando, ó Soberano santo e
verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?’ Então cada um deles recebeu
uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus
conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles” (Ap 6.9-11). É impressionante a similaridade das duas
descrições. Compare: “as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho
que deram” (Ap 6.9) com: “as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de
Deus” (Ap 20.4).
Os mártires estão conscientes do que se passa aqui na terra no período ainda da Grande Tribulação. Eles
clamam por justiça e recebem vestiduras brancas e lhes é dito que aguardem um pouco mais, pois a Segunda
Vinda de Cristo e a consequente ressurreição e o juízo final ainda estão por vir! O que é visto em Apocalipse 6 é
visto também em Apocalipse 20, pois as almas dos decapitados aguardam a ressurreição do corpo cuja descrição
se dá no final do capítulo 20, mais precisamente, no versículo 13.
Portanto, a ressurreição do corpo e o julgamento final estão registrados no fim do capitulo 20, após a descrição
do reinado de mil anos.
4) A Segunda Vinda de Cristo
Em Apocalipse 20.9, temos uma descrição da Segunda Vinda de Cristo, como um fogo que desce do céu e que
destruirá seus inimigos naquela batalha final que também é conhecida como a Batalha do Armagedom: “As
nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada;
mas um fogo desceu do céu e as devorou“. Paulo ensinou o mesmo, afirmando que Jesus Cristo retornaria em
meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (2Ts 1.6-10; cf. Mt 16.27; 25.31,32) e o mesmo disse
Isaías: “Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira,
e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento
sobre todos os homens” (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra em
labaredas de fogo! É o próprio Senhor Jesus quem matará o perverso “com o sopro da sua boca e destruirá pela
manifestação de sua vinda” (2Ts 2.8)!
O profeta Joel igualmente descreve a Segunda Vinda de Cristo como um fogo devorador ( Jl 2.1-3).
Pedro também fala da Segunda Vinda de Cristo em termos semelhantes, dizendo assim: “O dia do Senhor,
porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo
calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada” (2Pe 3.10 cf. 1Ts 5.2-3).
E, para o profeta Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após ( Dn
12.1,2). Sendo assim, como a ressurreição dos mortos é produto da Segunda Vinda de Cristo, chegamos a
conclusão de que Daniel também é pós-tribulacionista assim como todos os autores do Novo Testamento!
Então, “imediatamente após a tribulação daqueles dias” (Mt 24.29), “aparecerá no céu o sinal do Filho do homem,
e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céus com poder e
grande glória” (Mt 24.30), o arrebatamento acontecerá neste grande e glorioso Dia do Senhor, pois que, na
sequência, é dito: “E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos
quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24.31). A Igreja será arrebatada para encontrar-se com
o Senhor nos ares e acompanhá-lo em sua triunfal descida em direção a terra (1Ts 4.16,17). Não nos
esqueçamos que Paulo ensinou que a Segunda Vinda de Cristo e a Nossa Reunião com ele não aconteceria sem
que antes se desse a apostasia e fosse revelado o homem o filho da perdição (2Ts 2.1-3). De maneira que o
arrebatamento da Igreja que acontece no Dia do Senhor só acontecerá após a Grande Tribulação
Diante de todas estas afirmações bíblicas, fica patente que a Segunda Vinda de Cristo acontecerá após a
manifestação do anticristo, que sabemos ocorrerá no período da Grande Tribulação. Paulo claramente ensinou
que a Segunda Vinda de Jesus Cristo e o arrebatamento que promoverá nossa reunião com Ele somente
acontecerá após a apostasia e a manifestação do anticristo (2Ts 2.1-3).
5) A Ressurreição dos Mortos ou A Segunda Ressurreição que é física
Após o milênio, a Grande Tribulação e a Segunda Vinda de Cristo, teremos a “segunda ressurreição” que é a
ressurreição física geral de todos os mortos:
“Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos.
Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito,
segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a
morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com
o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo . O lago de fogo é a
segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no
lago de fogo” (Ap 20.11-15).
Uma série de outros textos bíblicos também ensinam que a Ressurreição será Geral e que depois dela vem o
Juízo Final: (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts
4:16).
Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, todos mortos ressuscitarão ( Dn 12.2)! “Todo olho o verá, até mesmo os
que o traspassaram” (Ap 1.7,) o que só será possível se a ressurreição física e geral de todos os mortos
acontecer no dia da Segunda Vinda de Cristo.
Jesus também ensinou que haveria apenas uma única ressurreição geral e que esta aconteceria logo após a Sua
Segunda Vinda:
“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na
glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como
o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua
esquerda… E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt 25.31-33 e
46).
Portanto, a Primeira Vinda de Cristo trouxe a Primeira Ressurreição e a Segunda Vinda trará a Segunda
Ressurreição.
6) O Juízo Final
Em Apocalipse 20, após a descrição da Ressurreição Física de todos os mortos, temos o Juízo Final:
“O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles
havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito” (v.13). “Aqueles cujos nomes não
foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (v.15).
Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; de que haverá ressurreição geral
tanto de justos como de injustos:
“Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a
que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas, e
tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos
como de injustos” (At 24.14,15).
Como vimos, Daniel e Jesus ensinaram que a ressurreição dos mortos é geral e acontece exatamente antes do
Juízo final (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16).
Há também um outro importante texto em que Jesus ensina claramente que a ressurreição será geral, para todos,
crentes e não crentes, uns para vida e outros para a condenação:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos
ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que
tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28,29).
Assim como a Ressurreição, o Juízo também será geral, abarcando os vivos e os mortos, o salvos e os perdidos.
Pois, todos compareceremos perante o Tribunal de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10-12). Os que não tiverem os seus
nomes escritos no livro da vida serão condenados (Ap 20.11-13).
Paulo também ensina que Jesus virá como um ladrão à noite e que juízo e destruição é o que as nações
receberão e não um milênio:
“Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando
disserem: “Paz e segurança”, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à
mulher grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5.2,3).
O Profeta Joel também ensina que o Dia do Senhor é dia de Juízo Final e não de milênio terrestre.
“Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores
da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto; Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens
e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca
houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em
geração. Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é
como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará. A sua
aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm. Como o estrondo de carros, irão
saltando sobre os cumes dos montes, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana,
como um povo poderoso, posto em ordem para o combate. Diante dele temerão os povos; todos
os rostos se tornarão enegrecidos. Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os
muros; e marchará cada um no seu caminho e não se desviará da sua fileira. Ninguém apertará a
seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma espada se arremessarão, e não
serão feridos. Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas
como o ladrão. Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e
as estrelas retirarão o seu resplendor. E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército;
porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o
dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?” (Joel 2:1-11)
Note também que as descrições deste Dia se assemelham as descrições da Segunda Vinda encontradas no
Novo Testamento, tais como:
“Tocai a trombeta” (Mt 24.31; 1Co 15.52; 1Ts 4.16), “diante dele um fogo consome” (2Ts 1.7), “a
sua aparência é como a de cavalos” (Ap 19.11,21), “como um povo poderoso”, “diante dele
tremeram os povos” (Mt 24.30), “diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se
enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor” (Mt 24.29), “porque o dia do Senhor é
grande e mui terrível” (1Ts 5.3 e 2 Pe 3.10).
Confirmando assim que a Segunda Vinda desencadeará o Juízo Final.
Pedro também ensina que a Segunda Vinda de Cristo trará o julgamento final:
“O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os
elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que
tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira
santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão
desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor” (2Pe 3.10-12).
O Novo Testamento sempre diz que o Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda de Cristo ( 2 Ts 1.7-10; Mt
16.27; 25.31-32;Jd 14-15 e Ap 22.12). E o Credo Apostólico também estabelece esta mesma relação ao dizer:
“de onde há de vir pra julgar os vivos e os mortos”. Note que não diz “de onde há de vir para inaugurar seu reino
milenar”). Seguindo este raciocínio, o Milênio só poderá acontecer antes da Segunda Vinda de Cristo, pois o juízo
final acontecerá após a sua Segunda Vinda.
Portanto, concluímos que o texto de Apocalipse 20 não está ensinando nada de novo, como duas ressurreições
físicas separadas por um período de mil anos, mas, sim, estaria falando de modo simbólico, como é característico
da literatura apocalíptica, do tema da ressurreição de modo a concordar com todos os vários outros textos
bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são unânimes no ensino de uma única ressurreição geral, tanto de
crentes como de incrédulos, seguida do Juízo Final. Veremos a seguir um estudo mais acurado sobre a natureza
do Reino de Deus em sua íntima relação com a natureza e a missão de Jesus e do Espírito Santo.
Os eventos registrados nos capítulos 19 e 20 não estão em ordem cronológica como querem os pre-milenistas.
Pois o capítulo 19 não termina com uma descrição da Segunda Vinda, mas, sim, com uma clara descrição do
juízo final, culminando com a destruição de todos os inimigos de Deus. Se o capítulo 19 conclui com a morte de
todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos no livro da vida, quem restou das nações para um
reinado milenar na terra?
Além disso, o milênio descrito em Apocalipse 20 não descreve Jesus reinando de Jerusalém, mas do céu. Não faz
também sentido algum supor um motim generalizado contra Jesus no final dos mil anos. É absurda a ideia de
exércitos marchando sobre a terra para atacar com armas a Jesus e os salvos com corpos glorificados e
indestrutíveis.
Soa no mínimo estanho que Jesus careça de um fogo vindo do céu para destruir seus inimigos, quando bem
sabemos que é Jesus mesmo quem desce do céu no meio de labaredas de fogo para destruir seus inimigos.
Temos aqui uma alusão a Segunda-Vinda de Cristo em socorro a sua igreja que sofre perseguição no período da
Grande Tribulação. Paulo ensinou que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a
humanidade (1Ts 1.6-10) e o mesmo disse Isaías: “Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um
turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a
espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens” (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por labaredas
de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo!
Diante da Segunda Vinda de Cristo, os pecadores não tem esperança de um reino milenar, mas sim, uma terrível
expectativa do juízo final. Jesus claramente ensinou que a Segunda Vinda precipitaria imediatamente o Juízo
Final: “Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anos, assentar-se-á em seu trono na glória
celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as
ovelhas dos bodes… Então dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo
eterno, preparado para o Diabo e seus anjos’… E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida
eterna” (Mt 25.31-46). A Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de vida e nem de salvação para
os perdidos após a Segunda Vinda de Jesus. Ficando, assim, descartada a ideia de uma segunda oportunidade
de vida e salvação para os não salvos após o Arrebatamento da Igreja.
Todos estes textos ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é o Grande e terrível Dia do Senhor em que Jesus
vem para julgar a terra. Os inimigos de Deus serão condenados e o mal terá fim. Já, os remidos do Senhor
receberão a vida eterna em um lar celestial.
7) O Reino Eterno nos Céus – Nova Jerusalém
O Capítulo 21 de Apocalipse descreve o destino eterno do povo de Deus como uma cidade celestial “a noiva e a
esposa do Cordeiro” (v.10). Este novo céu é chamado de “Nova Jerusalém” (v.11), uma prometida Canaã celestial!
“Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar
já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus,
preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e
dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os
seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 Ele enxugará dos seus olhos
toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já
passou. Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E
acrescentou: “Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança” (Ap 21.1-
5).
A descrição deste novo céu também remonta a Israel: “Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de
Israel” (v. 12). E é nesta mesma cidade santa que encontramos “os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”
inscritos nos fundamentos de seus muros. O que revela que o destino de Israel não é um paraíso na terra, mas,
sim, no mesmo céu da Igreja! Pois de ambos os povos, Deus fez um: A Igreja, que está edificada sobre o
fundamento dos profetas do Antigo Testamento e dos Apóstolos do Novo (Ef 2.20).
O Apóstolo Pedro diz que nossa esperança não é um milênio na terra, pois o que nós aguardamos como crentes
são os novos céus e a nova terra:
“Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a
justiça” (2Pe 3.13).
Paulo também confirma que a esperança do crente é um habitação celestial:
“Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte
de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas. 2 Enquanto
isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial” (2Co 5.1)
Concluindo
Portanto, em Sua Primeira Vinda, Jesus já venceu e amarrou Satanás. A grande Batalha já foi travada na cruz,
onde Jesus sagrou-se vencedor. O Corpo de Cristo também partilha desta vitória, de modo que seus membros já
são “mais do que vencedores”. A pequena semente de mostarda transformar-se-á em grande árvore, pois a Igreja
foi estabelecida com a promessa de prevalecer sobre as portas do inferno, recebendo todo o poder para ser bem-
sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações, o que certamente acontecerá segundo a visão
futura descritiva da grande multidão de convertidos de Apocalipse 7. Quando a igreja cumprir a sua missão,
Satanás será solto por pouco tempo e promoverá uma guerra universal contra a Igreja.
Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem diferente do ensino de Jesus e de seus Apóstolos
que deixaram claro que a Primeira Vinda de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que Jesus foi entronizado, tendo
recebido todo o poder e glória, de modo que Ele já reina do seu trono celestial colocando um a um de seus
inimigos debaixo de seus pés, cujo último inimigo, a morte, será destruído por ocasião da sua Segunda Vinda, que
é única, pessoal, visível, portentosa, em meio a labaredas de fogo, promovendo uma ressurreição geral de todos
para o Juízo Final, quando o joio será separado do trigo e os bodes das ovelhas. Os mortos em Cristo
ressuscitarão e receberão corpos espirituais e indestrutíveis capacitados para viver a eternidade na Jerusalém
Celestial.
Pois, não pertencemos a Jerusalém terrena, nossa cidadania é celeste! Aguardamos novos céus e nova terra,
nossa morada celestial que Jesus foi preparar!

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Cronologia escatológica segundo Apocalipse

  • 1. institutogamaliel.com http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/cronologia-escatologica/teologia Cronologia Escatológica Segue aqui a ordem cronológica dos principais fatos relacionados aos finais dos tempos de acordo com as Escrituras Sagradas: 1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo: O Aprisionamento de Satanás e a Primeira Ressurreição 2) O Milênio (Reino de Deus na era presente) 3) A Grande Tribulação (curto período de tempo em que Satanás será solto) 4) A Segunda Vinda de Cristo (O Dia do Senhor, evento único, visível e portentoso) 5) A Segunda Ressurreição ou Ressurreição Geral dos Corpos (evento único e geral, uns para a vida, outros para a morte) 6) O Juízo Final (evento único e geral) 7) Novo Céu e Nova Terra (Nova Jerusalém e a plenitude do Reino Eterno) Pretendo demonstrar que esta ordem se encontra tanto nas Escrituras do Antigo como do Novo Testamentos, tanto nos ensinos de Cristo como também de seus apóstolos, tanto nos Evangelhos como também nas Epístolas e no Apocalipse. Havendo uma coerência muito grande entre todos eles. Agora, é importante ressaltar que o livro de Apocalipse não está todo em uma ordem cronológica, não é uma narrativa linear de começo, meio e fim, mas apresenta-se divido em 7 seções paralelas e progressivas, onde cada seção abarca o período que vai da primeira vinda de Cristo até a consumação dos séculos, cada uma trazendo novos detalhes em relação a anterior, como retratos de uma mesma história tirados de diversos ângulos diferentes de maneira a enriquecer a visão como um todo. O Apóstolo João, autor do Apocalipse, também escreveu o Evangelho de João e lá também fez uso do número sete para destacar certas verdades, no caso, para defender a divindade de Jesus, pois o Evangelho registra sete milagres de Cristo e também sete vezes a expressão “Eu Sou”. Então, Apocalipse, segue esta mesma linha, possuindo sete seções. Sendo que cada seção compreende o período que vai da primeira à segunda vinda. Cada nova seção é mais clara em seu retrato do fim até chegarmos ao clímax! Primeira Seção (1-3) – Os sete candeeiros; Segunda Seção (4-7) – Os sete selos; Terceira Seção (8-11) – As sete trombetas; Quarta Seção (12- 14) – A trindade maligna; Quinta Seção (15-16) -As sete taças; Sexta Seção (17-19) – A derrota dos agentes do Dragão; e a Sétima Seção (20-22), que mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não em um milênio na terra depois da segunda vinda. Embora o capítulo 19 descreva a Segunda Vinda de Cristo, ele termina com uma descrição viva do juízo final. Os eventos descritos no Capítulo 20 não seguem os do capítulo 19 em ordem cronológica, assim como também a descrição do nascimento de Jesus que encontramos no capítulo 12, de maneira alguma segue cronologicamente os eventos do juízo registrados no capítulo 11. Portanto, assim como o capítulo 11 termina com uma descrição do Juízo Final e o capítulo 12 recomeça contando a história a partir do nascimento de Cristo, assim também, acontece com os capítulos 19 e 20. Pois, o capítulo 20 começa descrevendo os eventos que marcaram a primeira vinda. Porque foi por ocasião da Primeira Vinda de Cristo que aconteceu o aprisionamento de Satanás (Mt12.28-29; Jo 1.5; Mt 16.18; Mt 28.18) e seu lançamento no abismo (Lc 10.18, 19; Is 14.12; Jd 1.6; 2Pe 2.4; Jo 12.31,32). Vejamos agora uma descrição mais detalha dos eventos escatológicas na ordem sequencial em que se darão conforme a sétima e última seção do Livro de Apocalipse (20-22) e como tal sequência é também ensina por Jesus, seus apóstolos e pelos profetas. 1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo o Aprisionamento de Satanás e a Primeira Ressurreição
  • 2. O Aprisionamento de Satanás Satanás é preso por ocasião da primeira Vinda de Cristo conforme registrado em Mateus 12:28-29, pois as mesma palavras traduzidas por “amarrar” ou “acorrentar” (deo) e “expulsar” ou “lançar” (ek-ballo) são empregados tanto emMateus 12.28-29 como também em Apocalipse 20.2-3. Depois de amarrado (deo), Satanás é expulso (ekballo) da terra e lançado no abismo. Jesus disse que Satanás já estava sendo expulso naquele tempo em que Jesus esteve entre nós: “agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12.31). Jesus declarou também que já havia visto Satanás caindo como um raio (Lc 10.18). Estas ações de “amarrar”, “prender” e “expulsar” não devem ser interpretadas literalmente, pois elas tem como propósito demonstrar que Jesus restringiu o poder do maligno “para assim impedi-lo de enganar as nações” (Ap 20.3). “Amarrado” e “expulso”, Satanás não pode impedir que Jesus “atraia todos a si” através da cruz ( Jo 12.31,32), de modo que Satanás não conseguirá também impedir que a Igreja seja bem sucedida no cumprimento de sua Grande Missão de fazer discípulos de todas as nações durante esta era do Evangelho do Reino, em que as “portas do inferno” não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18), pois a Igreja recebeu sua missão do Rei que já tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18-20), e recebeu deste Rei o poder do Seu Espírito para lhe ser testemunha (At 1.8), tendo recebido dele também as chaves do Reino ( Mt 16.19), e o poder para pisar cobras, escorpiões e sobre todo o poder do mal (Lc 10.19; Mc 16.18). Tanto é verdade, que o Apocalipse mostra uma inumerável multidão de salvos de todas as nações (Ap 6.9-11 e 7.9-14), de modo que se cumprirá a profecia que diz que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”(Is 11.9). Tal sucesso da Igreja somente foi possível porque Jesus, que veio para desfazer as obras do Diabo ( 1Jo 3.8), amarrou Satanás (Mt 12.29 e Ap 20.2), vencendo-o em todas as batalhas: na tentação do deserto ( Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30). Portanto, assim como um cachorro, Satanás foi acorrentado, tendo o seu raio de ação limitado de modo a não poder impedir o avançar missionário da Igreja, mas, cuidado: “Não deis lugar ao diabo”, ou seja, não entre no raio de ação dele. A primeira Ressurreição A primeira ressurreição descrita em Apocalipse 20.6 é de natureza espiritual e diz respeito ao novo nascimento em Cristo que promove a ressurreição dos que estavam mortos em seus delitos e pecados (1Jo 3:14, Rm 6:8, Ef 2:4-6 e Cl 2:13). Os cristãos são descritos como já estando espiritualmente assentados com Cristo em seu trono celestial, reinando sobre todo principado e potestade (Ef 2:6, 1Co 3:21-22 e Cl 3:1-2). Todos os que estão em Cristo já passaram da morte para a vida, ainda estão sujeitos a morte física, que é a primeira morte, mas “a segunda morte não tem poder sobre eles” (Ap 20.6)! Já, os demais, continuam mortos nos seus delitos e pecados durante o milênio, não participam da primeira ressurreição e nem reinam com Cristo. Todos estes ressuscitarão apenas uma única vez na ressurreição geral e física de todos os mortos que acontecerá após o milênio e serão condenados no juízo final e padecerão a segunda morte que é o castigo eterno (Ap 20.5). Mais uma prova de que a primeira ressurreição ( Ap 20.6) é de caráter espiritual, sendo uma referência ao novo nascimento e a condição dos salvos, que já estão inscritos no Livro da Vida, pode ser aferida do texto paralelo que se encontra no v. 15. Pois quem nasceu de novo não sofre o dano da segunda morte ou condenação do inferno. O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo, ou seja, o inferno, e conhecemos bem a afirmação paulina de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). O que concorda plenamente com a exclamação de Nosso Senhor: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). Portanto, quem tem o seu nome inscrito no Livro da Vida ( Ap 20.15), ou seja, quem já participou da Primeira Ressurreição (v. 6), não sofrerá o dano da Segunda Morte ( v. 6 e 15). Tanto a Primeira Ressurreição como a Segunda Morte são de caráter espiritual. Não seria coerente dizer que um Ressurreição física livra o homem de uma condenação espiritual. O Novo Testamento usa com frequência o termo ressurreição, ressuscitados e ressurretos para descrever a
  • 3. condição do crente em Cristo: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12)… “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3:1)… Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4)… “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1 Jo 3:14). Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, de modo que os mártires cristãos estão vivos em Deus e reinam com Cristo. Vemos, no capítulo 5 do Evangelho de João, o emprego do termo ressurreição tanto no sentido espiritual como no físico e isto num mesmo contexto (Jo 5.25-29). Portanto, não seria de se estranhar que o mesmo acontecesse neste outro escrito de João. A primeira ressurreição mencionada em Apocalipse 20.6 é espiritual, apresentada aqui principalmente para indicar a vitória dos mártires que vivem e reinam com Cristo, pois o estado intermediário dos crentes, entre a morte e a ressurreição, é um período de vida (Lc 20.38) e consciência (Ap 6.9-11), que segundo Paulo é incomparavelmente melhor do que a dos crentes antes da morte (Fp 1.23), que o faz até preferir deixar o corpo para habitar com o Senhor (2 Co 5.8), pois eles desfrutam da presença do Senhor numa dimensão superior, por se acharem diante do trono de Deus, servindo a Deus de dia e de noite no seu santuário, já não tem mais fome, nem sede, e já não sofrem mais a intempéries da vida, pois são apascentados e consolados por Jesus (Ap 7.15- 17), e, aqui, em Ap 20.6, vemos que eles também partilham de alguma maneira do privilégio de reinar juntamente com Cristo. Já, a segunda ressurreição é descrita nos versos de 11 a 13 como algo distinto da primeira, sendo uma clara referência a ressurreição do corpo que se dará por ocasião da Segunda Vinda de Cristo A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a primeira ressurreição, que é o novo nascimento e a Segunda Vinda nos trará a segunda ressurreição que será a do corpo. A segunda morte é uma referência ao castigo eterno, o que implica em que a primeira ressurreição, mencionada por João, não seja uma ressurreição física. Pois se os crentes já tivessem aqui (em Ap 20.6) ressuscitado fisicamente, em corpo glorificado, eles já estariam desfrutando do gozo pleno e total da vida vindoura e não seria necessário dizer que sobre eles a segunda morte não tem poder (v.6). Sendo assim, teríamos aqui o uso de um recurso estilístico comum naquela época, conhecido por chiasmo, que disporia os quatro elementos (primeira e segunda ressurreição e primeira e segunda morte) de modo a estabelecer um contraste diagonal em “X”, como ilustrado no diagrama abaixo, onde “a)” estaria se contrapondo a “b)”, espiritual com espiritual e físico com físico. Notar que este contraste, pelo menos em sua dimensão espiritual, entre a primeira ressurreição e a segunda morte, pode ser visto também no versículo 15, que diz: “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. A expressão “foi achado inscrito no Livro da Vida” indica a condição do salvo, daquele que nasceu de novo, que já foi ressuscitado espiritualmente com Cristo e que já passou da morte para a vida, enquanto que, no versículo 14, é dito que o lago de fogo é a segunda morte. Assim, este texto estabelece o mesmo contraste encontrado no versículo 6, que diz “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”. O que fortalece o argumento em defesa da interpretação da primeira ressurreição como de natureza espiritual, não apenas pelo contraste estabelecido, mas também pelo paralelo que se vê entre os versículos 6 e 15, onde a expressão do v. 6 “aquele que tem parte na primeira ressurreição” tem a sua expressão paralela no v. 15 em termos que não deixam dúvida quanto ao caráter espiritual da mesma: “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Ou seja, “aquele que tem parte na primeira ressurreição” é o mesmo que dizer: aquele que “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Veja o diagrama: Tabela – Diagrama Demonstrativo Ap 20.6 a) “Primeira ressurreição” – espiritual= símbolo da vida eterna= “foi achado inscrito no Livro da Vida”(Comparar v.6 com v.15) a) “segunda ressurreição” (“reviveram”v.5)= ressurreição geral e física (v. 13)
  • 4. b) “Primeira morte” (subentendida)= morte física b) “Segunda morte” – espiritual – (v.6)= símbolo da morte eterna= “A Segunda Morte é o Lago de Fogo” (v.14) Para os que fazem questão de que os dois usos do termo ezesan em Apocalipse 20 sejam referências a ressurreições físicas, existe ainda uma outra interpretação possível, plausível e em perfeita harmonia com os Evangelhos e as Epístolas, onde ezesan significaria a transição da morte física dos mártires para a vida com Cristo no Céu durante o período intermediário entre a morte e a ressurreição. E também podemos afirmar com propriedade que a Primeira Ressurreição foi a de Jesus, o “Primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18)! De modo que os que estão em Cristo, estão, de fato, identificados com sua morte e ressurreição, tendo já passados da morte para a vida (Jo 5.24), e, como bem frisou o Apóstolo Paulo, dizendo que os cristãos já foram: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12). “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3:1). “Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6:13). Mesmo no estágio intermediário, entre a morte e a ressurreição, as almas dos crentes estão bem vivas e ativas no céu (Ap 6.9-11 e 7.9-17), diferente do que acontece com os restantes dos mortos que não creem em Deus. Pois Deus não é Deus de mortos, mas sim, é Deus de vivos (Mc 12.27). O estado intermediário dos salvos já é infinitamente superior a nossa existência terrena, de modo a levar Paulo a exclamar: “desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23); e ainda: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5:8). Tanto é verdade, que o autor de Hebreus, após elencar uma série de mártires e heróis da fé, inicia o capítulo 12 mencionando que nós os vivos na terra estamos cercados de uma nuvem tão grande de testemunhas vivas nos céus (Hb 12.1). “As almas dos decapitados” vivem e reinam dos altos céus ( Ap 20.4). Obviamente, este texto de Apocalipse não pode ser interpretado literalmente, pois, se não, seríamos forçados a concluir que apenas as almas dos decapitados é que ressuscitariam para reinar, o que excluiria os crentes que foram mortos de outra forma; algo que nem mesmo o mais ferrenho literalista seria capaz de afirmar. É óbvio, portanto, que a referência aos decapitados é muito mais inclusiva e abrangente, envolvendo todos os que estão em Cristo. Paulo ensinou que nossa posição em Cristo é muito elevada. Como ressurretos dentre os mortos, já estamos assentados com Cristo, em seu trono, muito acima de todos os principados e potestades e sobre todo o reino e domínio que existe sobre a terra (Ef 2.6). Os crentes em Cristo exercem autoridade sobre os demônios ( Lc 10.16- 21), o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18). O próprio Paulo também afirmou que “é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da ressurreição e do arrebatamento, pois a morte será destruída por ocasião da Segunda Vinda de Cristo e do Juízo Final: “Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte” (Ap 20.14). É possível que alguns possam estranhar o fato de Apocalipse 20 começar com a Primeira Vinda de Cristo, talvez por desconhecerem que os eventos relacionados à Primeira Vinda de Cristo são cumprimentos de profecias escatológicas do Antigo Testamento. Eis alguns exemplos: Os “últimos dias” começaram com o advento de Cristo, o Rei (Dn 2.28,34-44; Lc 1.31). O Messias já veio (Is 9.6-7; Lc 1.31)!
  • 5. Satanás já foi amarrado (Ap 20.2,3; Mt 12.29; 16.18; Mc 16.18; Lc 10.18,19; Jo 12.31 e 1Jo 3.8). Jesus venceu Satanás em todas as batalhas: na tentação do deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30). “Foi morto o ungido” conforme profetizaram Daniel, Isaías e Davi ( Dn 9.26; Is 53, Sl 22 cf. Mc 15.37; At 3.15;5.30 e 1Ts 2.15). Jesus venceu a morte (Mt 28.6; Rm 8.34 e 1Co 15.55) O Reino já foi inaugurado (Ap 20.1-6; Mt 12.28; 28.18; Lc 17.20,21; Rm 14.17; Cl 1.13; Mt 13; 1Co 15.25,26; Ap 4.4; Ef 2.6; Hb 2.8 e 10.13). Jesus foi exaltado acima de todo principado e potestade (At 2.33; At 5.31 e Fp 2.9) A profecia de Joel de que nos últimos dias seria derramado o Espírito Santo sobre toda a carne se cumpriu em Pentecostes (Jl 2.28-29 cf. At 2.16-21). A promessa de Ezequiel 36.36 “Darei a você um coração novo e porei um espírito novo em vocês” se cumpriu em Jesus Cristo que concede vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.5), os quais, pela graça de Cristo, participam da Primeira Ressurreição (Ap 20.6), que é espiritual, ou seja, uma figura de linguagem para o Novo Nascimento ou regeneração, o que Paulo também descreve em termos de ressurreição a semelhança de Apocalipse 20.6: “Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.12). João, em seu Evangelho, revela que Jesus costumava referir-se a salvação da alma em termos de ressurreição: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão. Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5.24-26). O templo foi profanado (Dn 9.27) e destruído novamente juntamente com a cidade de Jerusalém pelo abominável da desolação de que falou Daniel (Dn 9:26). E Jesus disse que isto se daria naquela mesma geração (Mt 23.35 – 24.2) e assim aconteceu no ano 70 através do Exército Romano liderado pelo General Tito, “príncipe”, filho do Imperador Vespasiano. Portanto, estamos vivendo os últimos dias! A Escatologia está em processo! A Igreja tem parte viva e atuante neste processo de expansão do Evangelho do Reino! 2) O Milênio (Reino de Deus) Como demonstrado no capítulo anterior, a Bíblia ensina que Jesus amarrou a Satanás e inaugurou o seu reino em sua primeira vinda. Em Apocalipse 20, os 1.000 anos são usados como um símbolo de perfeição e plenitude do Reinado de Cristo na presente era que começou com a Primeira Vinda de Cristo e vai até o início da Grande Tribulação. O Uso figurado do número mil pode ser encontrado em diversas outras passagens bíblicas, tais como: “Que o Senhor, o Deus dos seus antepassados, os multiplique mil vezes mais” (Dt 1:11), “… Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos” ( Dt 7:9); “mil colinas” (Sl 50:10); “Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar” (Sl 84:10); e “mil anos” como um dia para Deus (Sl 90:4, 2Pe 3:8). O Apóstolo Paulo ensinou que: “é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de
  • 6. Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da ressurreição e do arrebatamento. A expressão “até que” de 1Co 15.25 indica um desenvolvimento paulatino do Reino em que os inimigos vão sendo gradativamente postos debaixo dos pés de Cristo e não abruptamente como ensinam os pre-milenistas. As Parábolas do Reino de Mateus 13 ensinam que o Reino de Deus se estabelece de maneira gradativa como o desenvolvimento da plantação de um grão de mostarda e também possui um caráter paradoxal e híbrido devido a presença do joio no meio do trigo, pelos pássaros que roubam a semente e que vem aninhar-se debaixo da árvore, e pelos peixes maus, coisas que seriam simplesmente inconcebíveis num milênio após a Segunda Vinda. Jesus falou de seu reino em termos espirituais e em ação já na presente era: “…não vem o reino de Deus com visível aparência… porque o reino de Deus está dentro em vós” (Lc.17:20,21). A Igreja militante na terra e triunfante no céu reina com Cristo já está espiritualmente assentada, juntamente com Cristo, acima de todo o principado e potestade (Ap 4.4; Ef 2.6 cf. 20.4-6). É preciso que se reconheça a natureza deste Reino de Cristo, pois se de um lado sabemos que Jesus já é o Senhor e que o seu reinado já foi inaugurado, por outro, ainda não vemos todas as coisas debaixo dos pés de Cristo, conforme lemos em Hebreus 2:8: “todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas” (ver também Hb 10.13). É preciso observar que, na parábola do Joio e do Trigo (Mt 13.24-30), que é uma das parábolas do Reino de Deus, paralelamente ao crescimento do trigo, observasse também o crescimento do joio. Portanto, realismo bíblico ajuda a evitar os extremos perigosos do ufanismo de um lado e, de outro, a acomodação daqueles que postergam a inauguração do Reino para depois da Segunda Vinda de Cristo. Este milênio completar-se-á quando chegar o tempo denominado de “a plenitude dos gentios” ( Rm 11.25), quando, consequentemente, “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26)! O Apóstolo Pedro explica que o motivo da aparente demora de Cristo em regressar a este mundo se deve a longanimidade de Deus que não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3.9). Jesus aguarda até que sua Igreja cumpra cabalmente a sua missão! 3) A Grande Tribulação Após o milênio, Satanás será solto da sua prisão por pouco tempo ( Ap 20.7), quando terá liberdade de enganar as nações, promovendo uma revolta mundial contra a Igreja de Cristo, descrita aqui como “o acampamento dos Santos” (Ap 20.7-9). Período este que é também conhecido como a Grande Tribulação ( Mt 24.21), que será de curta duração por causa do amor de Deus pelos escolhidos (Mt 24.22). Daniel descreve os juízos de Deus que serão derramados sobre a terra no período da Grande Tribulação e afirma que é somente após isto que se dará a ressurreição geral dos mortos, “uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno”, sendo assim, para Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após: “Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto. Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno.” (Dn 12.1,2) A menção “as almas dos decapitados” em Apocalipse 20.4 é muito semelhante a visão dos mártires na glória registrada no capítulo 6. São textos paralelos, de modo que um ajuda a entender melhor o outro. Vejamos o que diz: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: ‘Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?’ Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus
  • 7. conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles” (Ap 6.9-11). É impressionante a similaridade das duas descrições. Compare: “as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram” (Ap 6.9) com: “as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus” (Ap 20.4). Os mártires estão conscientes do que se passa aqui na terra no período ainda da Grande Tribulação. Eles clamam por justiça e recebem vestiduras brancas e lhes é dito que aguardem um pouco mais, pois a Segunda Vinda de Cristo e a consequente ressurreição e o juízo final ainda estão por vir! O que é visto em Apocalipse 6 é visto também em Apocalipse 20, pois as almas dos decapitados aguardam a ressurreição do corpo cuja descrição se dá no final do capítulo 20, mais precisamente, no versículo 13. Portanto, a ressurreição do corpo e o julgamento final estão registrados no fim do capitulo 20, após a descrição do reinado de mil anos. 4) A Segunda Vinda de Cristo Em Apocalipse 20.9, temos uma descrição da Segunda Vinda de Cristo, como um fogo que desce do céu e que destruirá seus inimigos naquela batalha final que também é conhecida como a Batalha do Armagedom: “As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou“. Paulo ensinou o mesmo, afirmando que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (2Ts 1.6-10; cf. Mt 16.27; 25.31,32) e o mesmo disse Isaías: “Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens” (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo! É o próprio Senhor Jesus quem matará o perverso “com o sopro da sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda” (2Ts 2.8)! O profeta Joel igualmente descreve a Segunda Vinda de Cristo como um fogo devorador ( Jl 2.1-3). Pedro também fala da Segunda Vinda de Cristo em termos semelhantes, dizendo assim: “O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada” (2Pe 3.10 cf. 1Ts 5.2-3). E, para o profeta Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após ( Dn 12.1,2). Sendo assim, como a ressurreição dos mortos é produto da Segunda Vinda de Cristo, chegamos a conclusão de que Daniel também é pós-tribulacionista assim como todos os autores do Novo Testamento! Então, “imediatamente após a tribulação daqueles dias” (Mt 24.29), “aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céus com poder e grande glória” (Mt 24.30), o arrebatamento acontecerá neste grande e glorioso Dia do Senhor, pois que, na sequência, é dito: “E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24.31). A Igreja será arrebatada para encontrar-se com o Senhor nos ares e acompanhá-lo em sua triunfal descida em direção a terra (1Ts 4.16,17). Não nos esqueçamos que Paulo ensinou que a Segunda Vinda de Cristo e a Nossa Reunião com ele não aconteceria sem que antes se desse a apostasia e fosse revelado o homem o filho da perdição (2Ts 2.1-3). De maneira que o arrebatamento da Igreja que acontece no Dia do Senhor só acontecerá após a Grande Tribulação Diante de todas estas afirmações bíblicas, fica patente que a Segunda Vinda de Cristo acontecerá após a manifestação do anticristo, que sabemos ocorrerá no período da Grande Tribulação. Paulo claramente ensinou que a Segunda Vinda de Jesus Cristo e o arrebatamento que promoverá nossa reunião com Ele somente acontecerá após a apostasia e a manifestação do anticristo (2Ts 2.1-3). 5) A Ressurreição dos Mortos ou A Segunda Ressurreição que é física Após o milênio, a Grande Tribulação e a Segunda Vinda de Cristo, teremos a “segunda ressurreição” que é a ressurreição física geral de todos os mortos:
  • 8. “Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo . O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.11-15). Uma série de outros textos bíblicos também ensinam que a Ressurreição será Geral e que depois dela vem o Juízo Final: (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16). Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, todos mortos ressuscitarão ( Dn 12.2)! “Todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram” (Ap 1.7,) o que só será possível se a ressurreição física e geral de todos os mortos acontecer no dia da Segunda Vinda de Cristo. Jesus também ensinou que haveria apenas uma única ressurreição geral e que esta aconteceria logo após a Sua Segunda Vinda: “Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda… E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt 25.31-33 e 46). Portanto, a Primeira Vinda de Cristo trouxe a Primeira Ressurreição e a Segunda Vinda trará a Segunda Ressurreição. 6) O Juízo Final Em Apocalipse 20, após a descrição da Ressurreição Física de todos os mortos, temos o Juízo Final: “O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito” (v.13). “Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (v.15). Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; de que haverá ressurreição geral tanto de justos como de injustos: “Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos” (At 24.14,15). Como vimos, Daniel e Jesus ensinaram que a ressurreição dos mortos é geral e acontece exatamente antes do Juízo final (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16). Há também um outro importante texto em que Jesus ensina claramente que a ressurreição será geral, para todos, crentes e não crentes, uns para vida e outros para a condenação:
  • 9. “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28,29). Assim como a Ressurreição, o Juízo também será geral, abarcando os vivos e os mortos, o salvos e os perdidos. Pois, todos compareceremos perante o Tribunal de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10-12). Os que não tiverem os seus nomes escritos no livro da vida serão condenados (Ap 20.11-13). Paulo também ensina que Jesus virá como um ladrão à noite e que juízo e destruição é o que as nações receberão e não um milênio: “Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: “Paz e segurança”, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5.2,3). O Profeta Joel também ensina que o Dia do Senhor é dia de Juízo Final e não de milênio terrestre. “Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto; Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará. A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm. Como o estrondo de carros, irão saltando sobre os cumes dos montes, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, posto em ordem para o combate. Diante dele temerão os povos; todos os rostos se tornarão enegrecidos. Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e marchará cada um no seu caminho e não se desviará da sua fileira. Ninguém apertará a seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma espada se arremessarão, e não serão feridos. Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas como o ladrão. Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?” (Joel 2:1-11) Note também que as descrições deste Dia se assemelham as descrições da Segunda Vinda encontradas no Novo Testamento, tais como: “Tocai a trombeta” (Mt 24.31; 1Co 15.52; 1Ts 4.16), “diante dele um fogo consome” (2Ts 1.7), “a sua aparência é como a de cavalos” (Ap 19.11,21), “como um povo poderoso”, “diante dele tremeram os povos” (Mt 24.30), “diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor” (Mt 24.29), “porque o dia do Senhor é grande e mui terrível” (1Ts 5.3 e 2 Pe 3.10). Confirmando assim que a Segunda Vinda desencadeará o Juízo Final. Pedro também ensina que a Segunda Vinda de Cristo trará o julgamento final:
  • 10. “O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor” (2Pe 3.10-12). O Novo Testamento sempre diz que o Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda de Cristo ( 2 Ts 1.7-10; Mt 16.27; 25.31-32;Jd 14-15 e Ap 22.12). E o Credo Apostólico também estabelece esta mesma relação ao dizer: “de onde há de vir pra julgar os vivos e os mortos”. Note que não diz “de onde há de vir para inaugurar seu reino milenar”). Seguindo este raciocínio, o Milênio só poderá acontecer antes da Segunda Vinda de Cristo, pois o juízo final acontecerá após a sua Segunda Vinda. Portanto, concluímos que o texto de Apocalipse 20 não está ensinando nada de novo, como duas ressurreições físicas separadas por um período de mil anos, mas, sim, estaria falando de modo simbólico, como é característico da literatura apocalíptica, do tema da ressurreição de modo a concordar com todos os vários outros textos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são unânimes no ensino de uma única ressurreição geral, tanto de crentes como de incrédulos, seguida do Juízo Final. Veremos a seguir um estudo mais acurado sobre a natureza do Reino de Deus em sua íntima relação com a natureza e a missão de Jesus e do Espírito Santo. Os eventos registrados nos capítulos 19 e 20 não estão em ordem cronológica como querem os pre-milenistas. Pois o capítulo 19 não termina com uma descrição da Segunda Vinda, mas, sim, com uma clara descrição do juízo final, culminando com a destruição de todos os inimigos de Deus. Se o capítulo 19 conclui com a morte de todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos no livro da vida, quem restou das nações para um reinado milenar na terra? Além disso, o milênio descrito em Apocalipse 20 não descreve Jesus reinando de Jerusalém, mas do céu. Não faz também sentido algum supor um motim generalizado contra Jesus no final dos mil anos. É absurda a ideia de exércitos marchando sobre a terra para atacar com armas a Jesus e os salvos com corpos glorificados e indestrutíveis. Soa no mínimo estanho que Jesus careça de um fogo vindo do céu para destruir seus inimigos, quando bem sabemos que é Jesus mesmo quem desce do céu no meio de labaredas de fogo para destruir seus inimigos. Temos aqui uma alusão a Segunda-Vinda de Cristo em socorro a sua igreja que sofre perseguição no período da Grande Tribulação. Paulo ensinou que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (1Ts 1.6-10) e o mesmo disse Isaías: “Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens” (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo! Diante da Segunda Vinda de Cristo, os pecadores não tem esperança de um reino milenar, mas sim, uma terrível expectativa do juízo final. Jesus claramente ensinou que a Segunda Vinda precipitaria imediatamente o Juízo Final: “Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes… Então dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos’… E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt 25.31-46). A Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de vida e nem de salvação para os perdidos após a Segunda Vinda de Jesus. Ficando, assim, descartada a ideia de uma segunda oportunidade de vida e salvação para os não salvos após o Arrebatamento da Igreja. Todos estes textos ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é o Grande e terrível Dia do Senhor em que Jesus vem para julgar a terra. Os inimigos de Deus serão condenados e o mal terá fim. Já, os remidos do Senhor receberão a vida eterna em um lar celestial. 7) O Reino Eterno nos Céus – Nova Jerusalém
  • 11. O Capítulo 21 de Apocalipse descreve o destino eterno do povo de Deus como uma cidade celestial “a noiva e a esposa do Cordeiro” (v.10). Este novo céu é chamado de “Nova Jerusalém” (v.11), uma prometida Canaã celestial! “Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança” (Ap 21.1- 5). A descrição deste novo céu também remonta a Israel: “Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel” (v. 12). E é nesta mesma cidade santa que encontramos “os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” inscritos nos fundamentos de seus muros. O que revela que o destino de Israel não é um paraíso na terra, mas, sim, no mesmo céu da Igreja! Pois de ambos os povos, Deus fez um: A Igreja, que está edificada sobre o fundamento dos profetas do Antigo Testamento e dos Apóstolos do Novo (Ef 2.20). O Apóstolo Pedro diz que nossa esperança não é um milênio na terra, pois o que nós aguardamos como crentes são os novos céus e a nova terra: “Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pe 3.13). Paulo também confirma que a esperança do crente é um habitação celestial: “Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas. 2 Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial” (2Co 5.1) Concluindo Portanto, em Sua Primeira Vinda, Jesus já venceu e amarrou Satanás. A grande Batalha já foi travada na cruz, onde Jesus sagrou-se vencedor. O Corpo de Cristo também partilha desta vitória, de modo que seus membros já são “mais do que vencedores”. A pequena semente de mostarda transformar-se-á em grande árvore, pois a Igreja foi estabelecida com a promessa de prevalecer sobre as portas do inferno, recebendo todo o poder para ser bem- sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações, o que certamente acontecerá segundo a visão futura descritiva da grande multidão de convertidos de Apocalipse 7. Quando a igreja cumprir a sua missão, Satanás será solto por pouco tempo e promoverá uma guerra universal contra a Igreja. Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem diferente do ensino de Jesus e de seus Apóstolos que deixaram claro que a Primeira Vinda de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que Jesus foi entronizado, tendo recebido todo o poder e glória, de modo que Ele já reina do seu trono celestial colocando um a um de seus inimigos debaixo de seus pés, cujo último inimigo, a morte, será destruído por ocasião da sua Segunda Vinda, que é única, pessoal, visível, portentosa, em meio a labaredas de fogo, promovendo uma ressurreição geral de todos para o Juízo Final, quando o joio será separado do trigo e os bodes das ovelhas. Os mortos em Cristo ressuscitarão e receberão corpos espirituais e indestrutíveis capacitados para viver a eternidade na Jerusalém Celestial.
  • 12. Pois, não pertencemos a Jerusalém terrena, nossa cidadania é celeste! Aguardamos novos céus e nova terra, nossa morada celestial que Jesus foi preparar!