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Éfeso A Igreja do Amor decadente
digg
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as
primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei
do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap 2:5).
I. A fundação da Igreja em Éfeso
Capital da província romana da Ásia (atualmente, parte da
Turquia), residência of icial do governador, cerca de 500.000
habitantes, grande centro cultural, comercial e religioso, Éf eso
f oi alcançada pelo Evangelho no f inal da segunda viagem
missionária de Paulo, que ao chegar na cidade pregava aos
judeus na sinagoga (At 18.19-21). Em sua terceira viagem
missionária Paulo retornou a Éf eso, onde se estabeleceu por
um período de três anos (At 19.1-20; 20.17-21, 31).
A igreja em Éf eso f oi destinatária de duas cartas, a primeira enviada por Paulo entre 60-64 d.C. (Ef 1.1-2), e
a segunda enviada por Cristo através de João por volta do ano 96 d.C. (Ap 2.1-7).
II. AAscensão da Igreja em Éfeso
Em seus primórdios, a igreja em Éf eso f oi contemplada com a plenitude do poder do Espírito, derramada
sob a imposição de mãos de Paulo, e manif esta através da manif estação do f alar em línguas e de
prof ecias (At 19.6-7).
Éf eso se tornou uma base missionária estratégica, a partir de onde todos os habitantes da Ásia f oram
alcançados pela mensagem do Evangelho, e testemunharam dos milagres extraordinários que Deus
operava pelas mãos de Paulo (At 19.10-12). A sã doutrina f oi também ensinada exaustivamente e
amplamente por Paulo (At 20.21).
Na carta escrita por Paulo aos ef ésios f ica evidente o alto nível de vida espiritual vivenciada naquela igreja:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção
espiritual nas regiões celestiais em Cristo, (Ef 1.3) e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos f ez
assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (Ef 2.6)
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda f amília, tanto no céu como
sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais f ortalecidos com poder,
mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela f é, estando vós
arraigados e alicerçados em amor, a f im de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura,
e o comprimento, e a altura, e a prof undidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo
entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Ef 3.14-19)
A igreja em Éf eso f oi abençoada também com a diversidade de ministérios, f ator imprescindível para o
alcance da maturidade espiritual:
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para prof etas, outros para evangelistas e outros para
pastores e mestres, com vistas ao aperf eiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para
a edif icação do corpo de Cristo, até que todos cheguem à unidade da f é e do pleno conhecimento do Filho
de Deus, à perf eita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos
como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela
artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (Ef 4.11-14)
Apesar destas, e de tantas outras bênçãos, a igreja em Éf eso, assim como as demais igrejas da Ásia, f oi
seriamente e claramente advertida quanto aos perigos que a rondaria, e que trabalharia no sentido de
removê-la de sua f é, amor e ortodoxia (At 20.29-31; Ef 6.10-17).
III. A Decadência da Igreja em Éfeso
A igreja em Éf eso, assim como muitas outras ao longo da história, não resistiu ao f ato tempo. Com cerca
de sessenta anos de f undação, já se encontrava num estado de crise espiritual grave, que resultou na
carta que Jesus pediu que João escrevesse e que lhe f osse enviada (Ap 2.1-7).
O cristianismo não pensa em termos do homem f inalmente se submeter ao poder de Deus; pensa em
termos de ele f inalmente se entregar ao amor de Deus. Não se trata de a vontade do homem ser
esmagada, trata-se de o seu coração ser quebrantado.
O amor a Deus é provado pela livre submissão e obediência à sua Palavra e vontade, e pela maneira como
amamos o nosso próximo (1 Jo 4.20).
Será que esses crentes passaram a dedicar-se tanto a combater erros, f alsos prof etas e f alsas doutrinas
que, aos poucos, acabaram se distanciando do amor e da graça, a ponto de o amor cristão nos
relacionamentos ir perdendo lugar? Jesus deixa claro que essa direção é mortal para a igreja.
Em se tratando de Assembléia de Deus, acrescentaria as seguintes possibilidades: Será que a liderança da
igreja passou a dedicar tanto tempo a construção de obras f araônicas, para louvor da própria glória, para
perpetuação do seu nome e para demonstração de f orça e poder diante dos seus “concorrentes” (Gn 11.4;
2 Sm 18.18), e ainda a desperdiçar tanta energia e dinheiro com campanhas políticas eclesiásticas em
disputas eleitorais por cargos e posições, a ponto de o amor cristão e o cuidado com o rebanho ir
perdendo lugar? Será que as recomendações de Paulo aos presbíteros da igreja em Éf eso não nos caberia
hoje (At 20.28)?
Será que na condição de crentes estamos tão voltados para o nosso enriquecimento e acúmulo de bens
materiais (Mt 6.19-21), inf luenciados pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, que acabamos
por incorrer no erro do rico insensato (Lc 12.13-21) e na adoração avarenta às riquezas (Mt 6.24).
Vale lembrar que na perspectiva cristã o próximo é todo aquele que precisa e a quem podemos ajudar
inclusive reais ou potenciais inimigos (Lc 10.25-37), justos ou injustos (Mt 5.43-48).
Diante destes f atos, assim como nos dias do Novo Testamento, uma crise de hipocrisia em torno do amor
assola os púlpitos e a igreja de f orma geral (Rm 12.9-10).
- O abandono do primeiro amor na realização das obras. O ativismo dos ef ésios é outra praga vivenciada
em nossos dias.
Estamos tão envolvidos com a realização de coisas para Deus (e para nós mesmos), que perdemos de
vista as reais e legítimas motivações para isso. Ministérios, igrejas, líderes e membros em geral são
avaliados pela quantidade de coisas que f azem na e para a igreja, e não pelos sentimentos nobres que
deveriam nortear as suas realizações. Fazemos as coisas pelas coisas.
Queremos demonstrar nossas habilidades produtivas, nossa ef iciência e ef icácia, nossas competências,
nossa suposta espiritualidade ou generosidade, nossa disponibilidade ao martírio, mas nos esquecemos
de que se não tivermos amor, nada vale ou aproveita:
Ainda que eu f ale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou
como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de prof etizar e conheça todos os mistérios e toda a
ciência; ainda que eu tenha tamanha f é, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo
para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1 Co 13.1-3).
Além do abandono do primeiro amor na realização das obras, passamos a amar mais as obras do que a
Deus e ao próximo. Amamos presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar, of ertar, porque todas
estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos homens. Quando o primeiro amor é
abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de Deus, nos tornamos egoístas e buscamos o
reconhecimento dos nossos f eitos aqui e agora.
IV. O problema de Éfeso
1. Um grave problema
• Apesar de serem tão abençoados, havia um grande problema entre os crentes ef ésios; sabe quando
passa aquela f ase inicial do casamento e os cônjuges passam a enxergar mais as dif iculdades do que os
benef ícios da vida de casado? Foi isso que aconteceu com eles: o casamento com o Noivo caiu na rotina,
e o amor f oi esf riando sem que ela própria se desse conta disso.
• Analisando o Antigo Testamento, podemos observar que isso parece ser um ref lexo do próprio povo de
Israel: sempre começavam bem, mas, com o tempo, iam se esquecendo de Deus e se entregando às
práticas que desagradam a Ele.
• O apóstolo João, que f icou conhecido como o discípulo do amor, f oi um ministro, e talvez até líder, dessa
igreja; isso prova que, embora os pastores e os instrutores da Casa de Deus exerçam grande inf luência
sobre os seus membros, nem todos os ouvem, e não é justo culpá-los diretamente pelas f alhas existentes
em um determinado trabalho.
• As promessas de Deus somente se cumprem em nossa vida quando não deixamos esf riar o primeiro
amor (Rm 4:16-22 ) Portanto, é pela f é.
• [V.14], não somente à que é da lei, mas também à que é da f é que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,
• V. 17(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber,
Deus, o qual vivif ica os mortos, e chama as coisas que não são como se já f ossem.
(V. 18) O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações,
conf orme o que lhe f ora dito: Assim será a tua descendência.
19 E não enf raquecendo na f é, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase
cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.
20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas f oi f ortif icado na f é, dando glória a Deus,
21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o f azer. 22Assim
isso lhe f oi também imputado como justiça.].
Muitos dizem estar apaixonados por Jesus, mas a paixão é um sentimento superf icial e passageiro; é por
isso que a Bíblia nos ensina a amá-lo: quem ama verdadeiramente suporta as mais adversas situações sem
permitir que o seu sentimento se acabe
2. O primeiro amor
• É praticamente impossível def inir em palavras o que signif ica amor, por isso não devemos nos preocupar
em entendê-lo, mas sim nos ocuparmos em praticá-lo e em senti-lo.
• Quem ama a Deus demonstra isso impulsivamente, externando sua alegria em ser seu servo, não
importando quais sejam as circunstâncias em que esteja vivendo.
• As primeiras coisas costumam serem mais f ortes inesquecíveis e marcantes. Espiritualmente f alando,
viver o primeiro amor é manter a mesma disposição do início de sua caminhada cristã, sem se esquecer de
suas origens e de suas promessas: tanto das recebidas quanto das f eitas a Deus.
• Como pode ser possível alguém que ama f ervorosamente chegar a se esquecer desse amor? Se não
entregarmos nas mãos do Senhor tudo aquilo que temos de mais puro em nosso coração, esse
sentimento não vai ser alimentado por aquEle que o criou, e o inimigo se encarregará de esf riá-lo até
destruí-lo de vez.
• A igreja de Éf eso amava f azer a obra, mas seu coração não estava totalmente entregue ao Senhor.
Muitos cometem o mesmo erro nos dias atuais: pregam, louvam, tocam, evangelizam e cuidam do templo,
mas, dif erentemente de quando começaram, agora f azem isso em nome de algum interesse pessoal e não
por amor ao Dono da Obra.
• O esf riamento do amor não signif ica necessariamente o f im do casamento, mas resulta, muitas vezes,
numa vida conjugal apática sustentada apenas pela aparência; essa é a triste realidade de muitos crentes
que externamente demonstram uma vida espiritual inabalável, mas que internamente seu coração está
implorando por socorro.
• Aqueles que são meros ouvintes esquecidos, e que não conseguem praticar o que aprendem estão
enganando a si mesmos [Tg 1:22 - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-
vos com f alsos discursos.
Muitas religiões ainda pregam a salvação por meio das obras: triste engano; pois mais valem, para Deus,
as intenções do coração do que as atitudes em nome de interesses próprios
V. Voltando ao primeiro amor
2. Rica em obras, pobre em amor
• Não há obras que possam justif icar o esquecimento do verdadeiro amor.
• Jesus elogiou seu desempenho nas boas obras, mas exortou seu pastor a lembrar onde havia caído e a
retornar às primeiras obras, ou seja: ref letir sobre seus erros e corrigi-los.
• A f é sem as obras é morta, e vice-versa, assim como a f é com as obras, mas sem o amor, para Deus não
tem nenhum valor.
• Como aprendemos em 1 Co 13:3, de nada adianta se sacrif icar se o amor não f or verdadeiro.
• A obra f eita carnalmente, ainda que obedecendo a todos os rituais religiosos, não agradam de nenhuma
maneira ao Senhor, pois o que Ele espera de nós é humildade, seriedade e um amor não f ingido naquilo
que f azemos
• Vamos meditar em Lc 18.10-14 que diz: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, f ariseu
• [V.18], e o outro, publicano [19].
(V.11)O f ariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou
como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
(V). 12Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
(V.13)O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia
no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
(V.14Digo-vos que este desceu justif icado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo
se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.].
A Oportunidade de Restauração da Igreja em Éf eso Nenhum juízo é derramado por Deus sobre o seu
povo, sem que Ele antes não deixe claro o pecado cometido, e não conceda a oportunidade de
arrependimento.
Ao mandar que João escrevesse e enviasse a carta à igreja em Éf eso, o Senhor desejou promover uma
tomada de consciência por parte do líder e de toda a igreja, que resultasse na lembrança de onde a mesma
tinha caído (o que implica também “onde”), e conseqüentemente em seu arrependimento:
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e
moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5)
O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples
verbalização de f rases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de
metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de
sentimentos e atitudes.
É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para outra condição de o alegra.
Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
A oportunidade f oi outorgada à igreja em Éf eso, e é também nos concedida hoje. O que f aremos? Qual
será a nossa resposta àquele que graciosamente insiste em nos atrair de volta ao primeiro amor, e
conseqüentemente a ele mesmo. Qual o nosso destino enquanto igreja estabelecida na história,
denominação evangélica e igreja nacional, regional, estadual ou local?
Somos melhores do que a igreja em Éf eso, ou do que qualquer outra igreja da Ásia? Somos melhores do
que alguma igreja que já se estabeleceu em algum momento da história, e que não mais existe? São
melhores do que qualquer igreja que apesar de ainda existir, existe em sua própria apostasia?
A exortação do Senhor à igreja em Éf eso, ainda reverbera nos dias atuais:
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dias às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore
da vida que se encontra no paraíso de Deus. (Ap 2.7)
Voltar à prática das primeiras obras
Tudo estava indo bem na igreja de Éf eso, pois as suas obras e a sua paciência eram reconhecidas até
pelo Senhor Jesus, e nem os f alsos mestres ela tolerava; mas lhe f altava algo muito importante para que
ela f osse uma igreja completa: um amor sincero, puro e verdadeiro por aquEle que a salvou.
Será que estamos amando ao Senhor acima de todas as coisas?
Quem ama alguém, sente a ausência e espera ansiosamente para reencontrá-lo; será que temos
ansiedade por um encontro com Cristo?
Uma igreja como a de Éf eso, certamente já não tem maior desejo pela volta de Cristo.
A realização de grandes trabalhos, mesmo que seja na Obra de Deus, por muitas vezes f az o homem
sentir-se satisf eito e realizado a ponto de amar mais a sua própria obra do que aquEle que o capacitou
para realizá-la.
Estava sendo necessário um grande renovo espiritual naquela congregação, assim como em nosso meio
nos dias atuais.
Devemos aprender a orar como o prof eta Jeremias [21], desejando f ervorosamente retornar ao primeiro
amor [Lm 5:21 - Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes.]
Se não voltarmos urgentemente ao primeiro amor, jamais viveremos o ref rigério de um grande e poderoso
avivamento.
Amém!

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A Igreja do Amor decadente em Éfeso

  • 1. inst it ut ogamaliel.com http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/efeso-a-igreja-do-amor-decadente/teologia Éfeso A Igreja do Amor decadente digg Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap 2:5). I. A fundação da Igreja em Éfeso Capital da província romana da Ásia (atualmente, parte da Turquia), residência of icial do governador, cerca de 500.000 habitantes, grande centro cultural, comercial e religioso, Éf eso f oi alcançada pelo Evangelho no f inal da segunda viagem missionária de Paulo, que ao chegar na cidade pregava aos judeus na sinagoga (At 18.19-21). Em sua terceira viagem missionária Paulo retornou a Éf eso, onde se estabeleceu por um período de três anos (At 19.1-20; 20.17-21, 31). A igreja em Éf eso f oi destinatária de duas cartas, a primeira enviada por Paulo entre 60-64 d.C. (Ef 1.1-2), e a segunda enviada por Cristo através de João por volta do ano 96 d.C. (Ap 2.1-7). II. AAscensão da Igreja em Éfeso Em seus primórdios, a igreja em Éf eso f oi contemplada com a plenitude do poder do Espírito, derramada sob a imposição de mãos de Paulo, e manif esta através da manif estação do f alar em línguas e de prof ecias (At 19.6-7). Éf eso se tornou uma base missionária estratégica, a partir de onde todos os habitantes da Ásia f oram alcançados pela mensagem do Evangelho, e testemunharam dos milagres extraordinários que Deus operava pelas mãos de Paulo (At 19.10-12). A sã doutrina f oi também ensinada exaustivamente e amplamente por Paulo (At 20.21). Na carta escrita por Paulo aos ef ésios f ica evidente o alto nível de vida espiritual vivenciada naquela igreja: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, (Ef 1.3) e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos f ez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (Ef 2.6) Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda f amília, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais f ortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela f é, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a f im de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a prof undidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Ef 3.14-19) A igreja em Éf eso f oi abençoada também com a diversidade de ministérios, f ator imprescindível para o alcance da maturidade espiritual: E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para prof etas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperf eiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edif icação do corpo de Cristo, até que todos cheguem à unidade da f é e do pleno conhecimento do Filho
  • 2. de Deus, à perf eita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (Ef 4.11-14) Apesar destas, e de tantas outras bênçãos, a igreja em Éf eso, assim como as demais igrejas da Ásia, f oi seriamente e claramente advertida quanto aos perigos que a rondaria, e que trabalharia no sentido de removê-la de sua f é, amor e ortodoxia (At 20.29-31; Ef 6.10-17). III. A Decadência da Igreja em Éfeso A igreja em Éf eso, assim como muitas outras ao longo da história, não resistiu ao f ato tempo. Com cerca de sessenta anos de f undação, já se encontrava num estado de crise espiritual grave, que resultou na carta que Jesus pediu que João escrevesse e que lhe f osse enviada (Ap 2.1-7). O cristianismo não pensa em termos do homem f inalmente se submeter ao poder de Deus; pensa em termos de ele f inalmente se entregar ao amor de Deus. Não se trata de a vontade do homem ser esmagada, trata-se de o seu coração ser quebrantado. O amor a Deus é provado pela livre submissão e obediência à sua Palavra e vontade, e pela maneira como amamos o nosso próximo (1 Jo 4.20). Será que esses crentes passaram a dedicar-se tanto a combater erros, f alsos prof etas e f alsas doutrinas que, aos poucos, acabaram se distanciando do amor e da graça, a ponto de o amor cristão nos relacionamentos ir perdendo lugar? Jesus deixa claro que essa direção é mortal para a igreja. Em se tratando de Assembléia de Deus, acrescentaria as seguintes possibilidades: Será que a liderança da igreja passou a dedicar tanto tempo a construção de obras f araônicas, para louvor da própria glória, para perpetuação do seu nome e para demonstração de f orça e poder diante dos seus “concorrentes” (Gn 11.4; 2 Sm 18.18), e ainda a desperdiçar tanta energia e dinheiro com campanhas políticas eclesiásticas em disputas eleitorais por cargos e posições, a ponto de o amor cristão e o cuidado com o rebanho ir perdendo lugar? Será que as recomendações de Paulo aos presbíteros da igreja em Éf eso não nos caberia hoje (At 20.28)? Será que na condição de crentes estamos tão voltados para o nosso enriquecimento e acúmulo de bens materiais (Mt 6.19-21), inf luenciados pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, que acabamos por incorrer no erro do rico insensato (Lc 12.13-21) e na adoração avarenta às riquezas (Mt 6.24). Vale lembrar que na perspectiva cristã o próximo é todo aquele que precisa e a quem podemos ajudar inclusive reais ou potenciais inimigos (Lc 10.25-37), justos ou injustos (Mt 5.43-48). Diante destes f atos, assim como nos dias do Novo Testamento, uma crise de hipocrisia em torno do amor assola os púlpitos e a igreja de f orma geral (Rm 12.9-10). - O abandono do primeiro amor na realização das obras. O ativismo dos ef ésios é outra praga vivenciada em nossos dias. Estamos tão envolvidos com a realização de coisas para Deus (e para nós mesmos), que perdemos de vista as reais e legítimas motivações para isso. Ministérios, igrejas, líderes e membros em geral são avaliados pela quantidade de coisas que f azem na e para a igreja, e não pelos sentimentos nobres que deveriam nortear as suas realizações. Fazemos as coisas pelas coisas. Queremos demonstrar nossas habilidades produtivas, nossa ef iciência e ef icácia, nossas competências, nossa suposta espiritualidade ou generosidade, nossa disponibilidade ao martírio, mas nos esquecemos de que se não tivermos amor, nada vale ou aproveita: Ainda que eu f ale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de prof etizar e conheça todos os mistérios e toda a
  • 3. ciência; ainda que eu tenha tamanha f é, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1 Co 13.1-3). Além do abandono do primeiro amor na realização das obras, passamos a amar mais as obras do que a Deus e ao próximo. Amamos presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar, of ertar, porque todas estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos homens. Quando o primeiro amor é abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de Deus, nos tornamos egoístas e buscamos o reconhecimento dos nossos f eitos aqui e agora. IV. O problema de Éfeso 1. Um grave problema • Apesar de serem tão abençoados, havia um grande problema entre os crentes ef ésios; sabe quando passa aquela f ase inicial do casamento e os cônjuges passam a enxergar mais as dif iculdades do que os benef ícios da vida de casado? Foi isso que aconteceu com eles: o casamento com o Noivo caiu na rotina, e o amor f oi esf riando sem que ela própria se desse conta disso. • Analisando o Antigo Testamento, podemos observar que isso parece ser um ref lexo do próprio povo de Israel: sempre começavam bem, mas, com o tempo, iam se esquecendo de Deus e se entregando às práticas que desagradam a Ele. • O apóstolo João, que f icou conhecido como o discípulo do amor, f oi um ministro, e talvez até líder, dessa igreja; isso prova que, embora os pastores e os instrutores da Casa de Deus exerçam grande inf luência sobre os seus membros, nem todos os ouvem, e não é justo culpá-los diretamente pelas f alhas existentes em um determinado trabalho. • As promessas de Deus somente se cumprem em nossa vida quando não deixamos esf riar o primeiro amor (Rm 4:16-22 ) Portanto, é pela f é. • [V.14], não somente à que é da lei, mas também à que é da f é que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, • V. 17(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivif ica os mortos, e chama as coisas que não são como se já f ossem. (V. 18) O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conf orme o que lhe f ora dito: Assim será a tua descendência. 19 E não enf raquecendo na f é, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. 20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas f oi f ortif icado na f é, dando glória a Deus, 21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o f azer. 22Assim isso lhe f oi também imputado como justiça.]. Muitos dizem estar apaixonados por Jesus, mas a paixão é um sentimento superf icial e passageiro; é por isso que a Bíblia nos ensina a amá-lo: quem ama verdadeiramente suporta as mais adversas situações sem permitir que o seu sentimento se acabe 2. O primeiro amor • É praticamente impossível def inir em palavras o que signif ica amor, por isso não devemos nos preocupar em entendê-lo, mas sim nos ocuparmos em praticá-lo e em senti-lo. • Quem ama a Deus demonstra isso impulsivamente, externando sua alegria em ser seu servo, não
  • 4. importando quais sejam as circunstâncias em que esteja vivendo. • As primeiras coisas costumam serem mais f ortes inesquecíveis e marcantes. Espiritualmente f alando, viver o primeiro amor é manter a mesma disposição do início de sua caminhada cristã, sem se esquecer de suas origens e de suas promessas: tanto das recebidas quanto das f eitas a Deus. • Como pode ser possível alguém que ama f ervorosamente chegar a se esquecer desse amor? Se não entregarmos nas mãos do Senhor tudo aquilo que temos de mais puro em nosso coração, esse sentimento não vai ser alimentado por aquEle que o criou, e o inimigo se encarregará de esf riá-lo até destruí-lo de vez. • A igreja de Éf eso amava f azer a obra, mas seu coração não estava totalmente entregue ao Senhor. Muitos cometem o mesmo erro nos dias atuais: pregam, louvam, tocam, evangelizam e cuidam do templo, mas, dif erentemente de quando começaram, agora f azem isso em nome de algum interesse pessoal e não por amor ao Dono da Obra. • O esf riamento do amor não signif ica necessariamente o f im do casamento, mas resulta, muitas vezes, numa vida conjugal apática sustentada apenas pela aparência; essa é a triste realidade de muitos crentes que externamente demonstram uma vida espiritual inabalável, mas que internamente seu coração está implorando por socorro. • Aqueles que são meros ouvintes esquecidos, e que não conseguem praticar o que aprendem estão enganando a si mesmos [Tg 1:22 - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando- vos com f alsos discursos. Muitas religiões ainda pregam a salvação por meio das obras: triste engano; pois mais valem, para Deus, as intenções do coração do que as atitudes em nome de interesses próprios V. Voltando ao primeiro amor 2. Rica em obras, pobre em amor • Não há obras que possam justif icar o esquecimento do verdadeiro amor. • Jesus elogiou seu desempenho nas boas obras, mas exortou seu pastor a lembrar onde havia caído e a retornar às primeiras obras, ou seja: ref letir sobre seus erros e corrigi-los. • A f é sem as obras é morta, e vice-versa, assim como a f é com as obras, mas sem o amor, para Deus não tem nenhum valor. • Como aprendemos em 1 Co 13:3, de nada adianta se sacrif icar se o amor não f or verdadeiro. • A obra f eita carnalmente, ainda que obedecendo a todos os rituais religiosos, não agradam de nenhuma maneira ao Senhor, pois o que Ele espera de nós é humildade, seriedade e um amor não f ingido naquilo que f azemos • Vamos meditar em Lc 18.10-14 que diz: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, f ariseu • [V.18], e o outro, publicano [19]. (V.11)O f ariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. (V). 12Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. (V.13)O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! (V.14Digo-vos que este desceu justif icado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo
  • 5. se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.]. A Oportunidade de Restauração da Igreja em Éf eso Nenhum juízo é derramado por Deus sobre o seu povo, sem que Ele antes não deixe claro o pecado cometido, e não conceda a oportunidade de arrependimento. Ao mandar que João escrevesse e enviasse a carta à igreja em Éf eso, o Senhor desejou promover uma tomada de consciência por parte do líder e de toda a igreja, que resultasse na lembrança de onde a mesma tinha caído (o que implica também “onde”), e conseqüentemente em seu arrependimento: Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5) O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de f rases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para outra condição de o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10). A oportunidade f oi outorgada à igreja em Éf eso, e é também nos concedida hoje. O que f aremos? Qual será a nossa resposta àquele que graciosamente insiste em nos atrair de volta ao primeiro amor, e conseqüentemente a ele mesmo. Qual o nosso destino enquanto igreja estabelecida na história, denominação evangélica e igreja nacional, regional, estadual ou local? Somos melhores do que a igreja em Éf eso, ou do que qualquer outra igreja da Ásia? Somos melhores do que alguma igreja que já se estabeleceu em algum momento da história, e que não mais existe? São melhores do que qualquer igreja que apesar de ainda existir, existe em sua própria apostasia? A exortação do Senhor à igreja em Éf eso, ainda reverbera nos dias atuais: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dias às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. (Ap 2.7) Voltar à prática das primeiras obras Tudo estava indo bem na igreja de Éf eso, pois as suas obras e a sua paciência eram reconhecidas até pelo Senhor Jesus, e nem os f alsos mestres ela tolerava; mas lhe f altava algo muito importante para que ela f osse uma igreja completa: um amor sincero, puro e verdadeiro por aquEle que a salvou. Será que estamos amando ao Senhor acima de todas as coisas? Quem ama alguém, sente a ausência e espera ansiosamente para reencontrá-lo; será que temos ansiedade por um encontro com Cristo? Uma igreja como a de Éf eso, certamente já não tem maior desejo pela volta de Cristo. A realização de grandes trabalhos, mesmo que seja na Obra de Deus, por muitas vezes f az o homem sentir-se satisf eito e realizado a ponto de amar mais a sua própria obra do que aquEle que o capacitou para realizá-la. Estava sendo necessário um grande renovo espiritual naquela congregação, assim como em nosso meio nos dias atuais. Devemos aprender a orar como o prof eta Jeremias [21], desejando f ervorosamente retornar ao primeiro amor [Lm 5:21 - Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes.]
  • 6. Se não voltarmos urgentemente ao primeiro amor, jamais viveremos o ref rigério de um grande e poderoso avivamento. Amém!