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SINAPSES
Um novo método de aprendizagem
Flavia Caçapava Lorenzi
Usuário BRFPMME1865824
São José dos Campos, 12 de janeiro de 2016.
1
RESUMO
O objetivo deste trabalho é validar um novo método de ensino-aprendizagem
denominado Sinapses, desenvolvido pela autora, baseado nas teorias da
aprendizagem de Jean Piaget e Lev Vygotsky, conceitos de treinamento e
desenvolvimento em ambiente empresarial, e suportado por ferramentas do Lean
Manufacturing. Para comprovação da eficacia deste método, foram executados
projetos-pilotos, cujo escopo, aplicação e resultados são relatados neste trabalho.
Palavras-chave: Lean Concept, ferramentas, aprendizagem, gestão visual,
planejamento.
ABSTRACT
The paper goal is to validate a new teaching-learning method called Sinapses,
developed by the author, based on Jean Piaget and Lev Vygotsky theories, corporate
training and development concepts, and supported by Lean Manufacturing tools. For
attesting the method effectiveness, pilot projects were executed, whose scope,
application and results are reported in this paper.
Keywords: Lean Concept, tools, learning, visual management, planning.
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................4
1.1 Descrição do Problema.............................................................................................5
1.2 Justificativa................................................................................................................6
1.3 Objetivo......................................................................................................................
7
1.4 Hipóteses...................................................................................................................7
2. REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................8
2.1 Teoias da Aprendizagem...........................................................................................8
2.2 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas...........................................................9
2.3 Conceitos e Ferramentas Lean...............................................................................10
3. METODOLOGIA.......................................................................................................16
3.1 Tipo de Pesquisa.....................................................................................................16
3.2 Participantes............................................................................................................17
3.3 Instrumentação........................................................................................................17
3.5 Limitações do Método.............................................................................................18
4. RESULTADOS..........................................................................................................19
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................21
ANEXOS.......................................................................................................................22
Anexo I – Resumo do Método Sinapses.......................................................................22
Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura”.............................................................23
Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática”...........................................................26
3
I - INTRODUÇÃO
Existem várias teorias da aprendizagem e métodos de ensino, substanciados por
estas teorias, que visam trazer a maior eficácia possível no aprendizado em sala de
aula. Porém nenhum destes métodos, até o momento, demonstrou eficiência, de forma
abrangente, para qualquer âmbito de ensino, no contexto do ensino-aprendizagem.
No ano de 2014, baseada nas teorias da aprendizagem, desenvolvidas por Jean
Piaget e Lev Vygotsky; em conceitos de treinamento e desenvolvimento em ambiente
empresarial; e, principalmente, nos conceitos e nas ferramentas provenientes da
escola de Lean Manufacturing; a autora criou o método Sinapses.
Durante sua formação em Psicologia e Administração de Recursos Humanos,
experiencia profissional nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, e
Excelência Empresarial de grandes Empresas, além da vivência em sala de aula, a
autora colecionou certos conceitos, que posteriormente veio a introduzir, implícita ou
explícitamente, neste método: que aprender é entender e provocar conexões e
relações; que ampliar o horizonte é a única forma de compreender fatos e
informações; que repetir e imitar são fundamentais no processo de aprendizagem (ver
mais, para gostar mais); que compreender é transformar, é fazer coisas novas a partir
das já existentes; que para construir é necessário destruir e reconstruir nossa estrutura
mental; e que o proceso de aprendizagem não se ensina, é uma tarefa individual,
exploratória. Em outras palabras, o sujeito tem que querer aprender, pois não é o
professor que ensina, é o aluno que aprende, quando está disposto a aprender.
No cerne do método Sinapses está a questão do "como ensinar", não importando “o
que ensinar”. Qualquer que seja a matéria, o assunto, o método Sinapses pode ser
aplicado. E, mais do ensinar, a proposta do método é enfocar o "como aprender",
colocando o aluno no centro do processo e o professor apenas como facilitador, não
mais como transmissor de conteúdo.
A principal tarefa do professor é incentivar os alunos a criarem novos modelos de
raciocínio individuais. Mas para que o professor tenha esta habilidade, é necessário
que seja suportado por um método que o guie nesta tarefa. E o Sinapses se propõe a
isto.
4
O método Sinapses parte da hipótese que a aprendizagem somente será completa
quando o sujeito que aprende é capaz de abstrair, classificar e categorizar um
determinado conteúdo. Para fazer com que o aluno atinja este patamar, o método
propõe a execução de um proceso que utiliza cinco ferramentas da escola de Lean
Manufacturing: Mapa Mental, Pensamento A3, Matriz de Correlação, Scrum e Obeya.
Para saber mais sobre estas ferramentas, consultar o capítulo 2.3 Conceitos e
Ferramentas Lean; e para ter uma visão geral do método, ver Anexo I – Resumo do
Método Sinapses.
O presente trabalho relata dois momentos distintos: inicialmente, a estruturação do
método Sinapses no final de 2013, a partir de pesquisa bibliográfica e estudos de
caso; e a validação deste método, nos anos de 2014 e 2015, a partir da
implementação de dois projetos pilotos no ambiente educacional.
Os estudos de caso que serviram de base para a construção do método Sinapses
foram feitos a partir da utilização das ferramentas Lean na Embraer, Empresa do ramo
aeroespacial sediada em São José dos Campos, que possui um Programa de
Excelência Empresarial, no qual já estão inseridos os conceitos do Lean
Manufacturing.
Os projetos piloto foram feitos em duas escolas: uma particular e outra pública; a
primeira voltada para alunos do Ensino Médio, a outra para alunos do Ensino
Fundamental; um com foco em Literatura, outro em Matemática. Para saber mais
sobre os projetos piloto, consulte os Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura” e
Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática”, respectivamente.
Pode-se afirmar que a aplicação do método Sinapses nos dois projetos pilotos trouxe
um resultado significativo na aprendizagem dos alunos de ambas as escolas,
validando a aplicação dos conceitos e das ferramentas Lean na área educacional.
1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
A proposta de construção do método Sinapses teve como motivadores dois casos
distintos:
5
Caso 1 - Aluno de 16 anos, cursando o 2º ano do ensino médio em uma escola
particular de altíssima qualidade em São José dos Campos. O aluno havia tirado nota
8 em uma prova de História realizada em março de 2013. Em agosto do mesmo ano
foi solicitado ao aluno que respondesse à mesma prova (sem estudo prévio) e o
resultado foi nota 4. Seis meses depois, 50% do conhecimento adquirido havia se
perdido. Neste caso, parece haver uma questão clara de falta de apreensão de
conteúdo: o aluno aprendeu, ou melhor, decorou, mas não necessariamente
apreendeu o conteúdo.
Caso 2 – Aluno de cursinho pré-vestibular, de 21 anos, que “aprendeu” de forma
repetitiva o mesmo conteúdo durante 4 anos, para atingir pontuação suficiente no
ENEM para passar em um Vestibular de Medicina em universidade pública. Porque
este aluno teve que fazer o cursinho várias vezes, repetindo o mesmo aprendizado
tantas vezes? Porque a aprendizagem do conteúdo, da 1ª vez, não foi eficaz?
A partir destes dois casos, generalizou-se o problema para “como fazer com que um
aluno apreenda um determinado conteúdo, seja ele qual for, em um espaço de tempo
razoável, sem nenhum esforço adicional de estudar por estudar?”
1.2 JUSTIFICATIVA
A questão da eficacia dos métodos de ensino é amplamente debatida por educadores
em todo o país. Na prática, não se verifica nenhum método de ensino com ampla
disseminação, que tenha sua eficácia claramente comprovada. Os métodos de ensino
mais conhecidos no Brasil são aplicados em instituições de ensino particulares, que
contam com um alunado de renda superior, que já trazem para o ambiente escolar
uma boa base de conhecimento e suporte de tecnologias. Escolas públicas não
contam com suporte claro de método de ensino diferenciado.
A proposta deste trabalho é validar um método que pode ser utilizado em qualquer
instituição escolar, para o aprendizado de qualquer matéria.
6
1.3 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é validar o método Sinapses, a partir da apresentação da
aplicação e respectivos resultados em dois projetos plotos.
1.4 HIPOTESE
Durante a implementação do Programa de Excelência da Embraer, que conta com o
suporte de Ferramentas Lean, como o A3, Mapa Mental, entre outras, observou-se um
aumento significativo da eficácia do aprendizado, nos mais diversos assuntos, tanto
para assimilação de conhecimento técnico, como operacional ou administrativo.
Se houve efetivamente este aumento da eficácia da aprendizagem, como comprovam
os Estudos de Caso relatados neste trabalho, porque não utilizar estas mesmas
ferramentas no ambiente escolar? As Ferramentas Lean utilizadas no ambiente
escolar também aumentariam a eficácia da aprendizagem das disciplinas curriculares?
Partindo desta hipótese, foi desenvolvido o método Sinapses e, para comprovação
foram propostos e implementados dos dois projetos plotos.
7
I - REVISÃO DA LITERATURA
O método Sinapses foi desenvolvido com base em três conceitos provenientes de
ramos de conhecimento diferenciados: as teorías de aprendizagem reconhecidas no
meio acadêmico; conceitos de treinamento e desenvolvimento em ambiente
empresarial; e, por fim, conceitos e ferramentas provenientes da escola de Lean
Manufacturing.
2.1 TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Dentre as diversas teorias da aprendizagem, as de maior destaque na educação
contemporânea, e que suportaram o método Sinapses foram: a Epistemologia
Genética de Jean Piaget e o Sócio-interacionismo de Lev Vygotsky.
Para Jean Piaget, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com
seu meio, a partir de estruturas mentais já existentes. Assim sendo, a aquisição de
conhecimentos dependeria tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da relação
dele, sujeito, com o objeto. Esta teoría, denominada Epistemologia Genética,
preconiza que o desenvolvimento humano obedece certos estágios hierárquicos e que
se um destes estágios não for bem desenvolvido, o subsequente será prejudicado e
assim sucesivamente (Piaget, 1998). Além de definir estes estágios, Piaget também
identificou algunas facetas fundamentais, demandadas em cada fase: a assimilação,
onde incorporamos novas informações em esquemas já construídos; acomodação,
que é requisitada quando, durante o processo de assimilação, decobrimos ser
necessário modificar conhecimentos anteriores; e, finalmente, o atingimento do ponto
de equilibrio nas estruturas mentais. A aprendizagem só acontece efetivamente
mediante a consolidação das estruturas de pensamento que a suporta, a partir do
equilibrio destas estruturas. Na perspectiva de Piaget, para que ocorra a construção
de um novo conhecimento, é preciso que se estabeleça um desequilibrio nas
estruturas mentais, isto é, os conceitos já assimilados necessitam passar por um
processo de desorganização para que possam novamente, a partir de uma
perturbação se reorganizarem, estabelecendo um novo conhecimento.
Este mecanismo pode ser denominado de equilibração das estruturas mentais. Para o
autor “o saber é um sistema de transformações que se tornam progresivamente
8
adaptadas” (Piaget, 1796). A adaptação é considerada nesta abordagem como uma
das formas mais básicas de aprendizagem.
Para Lev Vygotsky, o conhecimento é desencadeado pela dialética das interações do
sujeito com o outro e com o meio, impulsionado pela linguagem. A teoría de Vigotsky
difere da teoría de Piaget pois, enquanto este último defende que a estruturação do
organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de
aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais
superiores. Para Vygotsky, as habilidades necessárias para raciocinar, compreender e
memorizar têm origen na vivência da criança com os país, profesores e colegas. Até
mesmo a habilidade de pensar e raciocinar em nível individual deriva das atividades
sociais desempenhadas durante o desenvolvimento que promoveram nossas
capacidades cognitivas inatas. A teoría sócio-interacionista (Vigotsky, 1979)
influenciou tanto a aprendizagem quanto o ensino. De acordo com ela, os professores
devem agir como instrutores, sempre orientando e incentivando os alunos para que
aperfeiçoem suas capacidades de atenção, concentração e aprendizagem e, dessa
forma, acumulem competências. Vygotsky foi o precursor da chamada aprendizagem
colaborativa.
O método Sinapses utiliza, principalmente, os conceitos de equilibração das
estruturas mentais, de Piaget, e de aprendizagem colaborativa, de Vigotsky
durante a implementação das Ferramentas Lean.
2.2 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Treinamento e Desenvolvimento vem sendo foco nas áreas de Recursos Humanos
das grandes Organizações
Para Chiavenato (2003), “a organização é um sistema de atividades conscientemente
coordenadas de duas ou mais pessoas, onde a cooperação entre elas é essencial
para existência da mesma, onde ela só existirá se houver pessoas capazes de se
comunicarem e que estão dispostas a contribuir com ação, a fim de cumprirem um
propósito comum.”
9
Desenvolver uma atividade ou função dentro da Organização seja ela administrativa,
técnica ou operacional normalmente requer algum tipo de treinamento ou ação de
desenvolvimento das pessoas.
O sucesso das organizações modernas em um ambiente instável, dinâmico e
competitivo de negócios - tal como ocorre hoje - está sendo uma decorrência cada vez
maior de uma administração realmente eficaz de recursos humanos. O elemento
dinâmico e empreendedor de qualquer Organização, de fato, são as pessoas. E
entendendo que os recursos humanos constituem o elemento crítico em cada
componente da organização, promover seu desenvolvimento é essencial para levar a
Organização rumo à excelência, competitividade e sustentabilidade, conforme
preconiza Chiavenato, 2009. Nesta mesma obra, o autor sustenta que, nos dias de
hoje, o investimento que traz retorno de forma mais rápida e eficiente em qualquer
negócio é aquele feito em pessoas, principalmente os relacionados a treinamento e
desenvolvimento de pessoal. Somente assim, as pessoas podem ser inseridas como
valores humanos dotados de conhecimento e competências, aptos a se adaptarem a um
contexto complexo e mutável e a aliar qualidade, produtividade e competitividade para
agregar valor ao negócio.
Conscientes disso, grandes Organizações têm criado Universidades Corporativas, que
unem o conceito de treinamento e desenvolvimento de pessoas, já em prática há várias
décadas nas Organizações, com o conceito mais recente de educação continuada.
O método Sinapses utiliza estes conceitos e práticas de desenvolvimento de
pessoas, adotados pela área de Treinamento da Embraer, trazendo-os para o
ambiente e realidade escolar.
2.3 CONCEITOS E FERRAMENTAS LEAN
Lean manufacturing, traduzível como manufatura enxuta, e também chamado de
Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos
de desperdícios: excesso de produção, tempo de espera, transporte, excesso de
processamento, inventário, movimentação e defeitos. Eliminando esses desperdícios, a
qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem.
10
A Manufatura Enxuta foi desenvolvida pelo executivo da Toyota, Taiichi Ohno, durante
o período de reconstrução do Japão após a Segunda Guerra Mundial e o termo foi
popularizado por James P. Womack e Daniel T. Jones (1998).
Originalmente, as ferramentas "lean" incluíam processos contínuos de análise (kaizen),
produção "pull" (no sentido de kanban) e elementos/processos à prova de falhas (poka-
yoke). Com o decorrer da prática nas Organizações, foram acrescentados outras
ferramentas, dentre as quais, o método Sinapses apropriou-se de cinco delas – Mapa
Mental, Pensamento A3, Mapa de Correlação, Scrum e Obeya – detalhadas a seguir.
a) MAPA MENTAL
Mapa mental, ou mapa da mente, é o nome dado para um tipo de diagrama,
sistematizado pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de
conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas;
na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como
ferramenta de brainstorming (tempestade de idéias); e no auxílio da gestão estratégica
de uma empresa ou negócio.
No Sinapses, o MAPA MENTAL é utilizado para sistematizar todo o conteúdo do
ensino médio, considerando a itemização feita pelo material pedagógico utilizado pela
escola.
A figura 1 apresenta alguns modelos de mapa mental, podendo estes modelos serem
adaptados conforme necessidade dos autores (alunos) ou do assunto a ser
trabalhado.
11
Figura 1 – Representações pictóricas de Mapas Mentais
b) PENSAMENTO A3
No relatório A3, a idéia é apresentar e fazer caber todo o raciocínio, o processo, e as
informações relevantes em um relatório do tamanho de uma folha A3 (29,7 x 42 cm).
O pensamento A3 é originário da Toyota, e uma das ferramentas originais do Lean
Manufacturing. Preconiza-se que, quando as informações dos problemas são
adequadamente formatadas desta maneira, elas podem ser lidas ou apresentadas em
5 minutos. Por outro lado, quando um documento é muito grande, existe um grande
risco de que as informações não sejam lidas ou até mesmo mal interpretadas. Pouca
informação, mas com grande valor de conteúdo, além de poder ser apresentada de
forma rápida, também pode ser apreendida de forma mais rápida.
No Sinapses, o Pensamento A3 visa explorar (e trazer conhecimento específico) de
cada conteúdo apontado nos Mapas Mentais. Cada A3 feito deve ser possível de ser
apresentado em 5 minutos por qualquer aluno que participou de sua elaboração O
aluno também deve ser capaz de fazer o movimento de análise e síntese, a partir do
documento, ou seja, ampliar as informações, e novamente trazer na síntese do
pensamento A3.
12
A Figura 2 traz exemplos de layout de Pensamento A3. O lay out pode ser adaaptado,
para melhor representação do conteúdo a ser sintetizado.
Figura 2 – Exemplos de layout de formulários - Pensamento A3
c) MAPA DE CORRELAÇÃO
Embora os mapas de correlação tenham surgido para tratamento estatístico de dados
quantitativos, atualmente o mesmo conceito está sendo utilizado para estabelecimento
de correlações entre dados qualitativos. A principal aplicação tem sido para análise de
mais de duas variáveis, em qualquer ramo do conhecimento.
No Sinapses, o Mapa de Correlação visa apontar e explorar as correlações entre os
conteúdos de uma determinada matéria; entre conteúdos das matérias; entre
conteúdos das matérias e atualidades; e correlações considerando os eventos no
tempo.
A Figura 3 mostra um exemplo de mapa de correlação (à esquerda) e uma
representação pictórica sobre o conceito de correlação entre duas variáveis (à direita).
13
Figura 3 – Demonstrações representativas de correlações entre variáveis.
d) SCRUM
O Scrum é um processo de desenvolvimento iterativo e incremental para
gerenciamento de projetos. Apesar de ter sido inicialmente destinado para
gerenciamento de projetos de software, ele pode ser utilizado como uma abordagem
geral de gerenciamento de projetos, com foco na entrega e administração do tempo.
Um dos focos desta forma de gerenciamento de projetos é a entrega por sprints,
pequenos “pacotes” integralmente cumpridos e entregues em cada fase.
Curiosidade: O nome Scrum foi inspirado numa jogada de Rugby. Após uma "reunião"
(agrupamento em torno da bola), o objetivo é retirar os obstáculos à frente do jogador
que correrá com a bola, para que possa avançar o máximo possível no campo e
marcar pontos.
No Sinapses, o SCRUM vai fazer todo o planejamento e acompanhamento da
construção dos Mapas Mentais, A3 e Mapas de Correlação, utilizando, inclusive, o
conceito de sprint de projeto.
A figura 4 mostra, de forma pictórica, o conceito de Scrum, aliado com conceitos de
planejamento.
14
Figura 4 – Representação pictórica do Scrum
e) GESTÃO VISUAL - OBEYA
O Obeya (palavra em japonês que significa “sala grande”) torna o trabalho em
conjunto visível em um ambiente de projeto. O Obeya tem sido usado para a gestão
de desenvolvimento de novos produtos e projetos de engenharia e também no
gerenciamento lean, com muito sucesso.
São características de uma boa Obeya: ser específica (deve estar direcionada para
uma determinado projeto); ser dinâmica (deve ter reuniões regulares e movimento na
sala); ser útil (deve servir a quem precisa das informações); ser concisa (não deve ter
informações excessivas e/ou desnecessárias); ser atualizada (não deve ter
informações desatualizadas ou fora de contexto).
A idéia da Obeya é ter um ambiente onde todo o conteúdo possa ser construído,
visitado e revisitado continuamente.
No Sinapses, o OBEYA visa trazer uma visualização de toda a estruturação do
conhecimento (mapas mentais e pensamento A3), a construção das correlações entre
conteúdos (mapas de correlação) e o planejamento e evolução do trabalho de
contrução (scrum).
A Figura 5 mostra fotos de dois Obeyas, um com informações digitais, outro, em papel.
15
Figura 5 – Exemplos de Obeya
Abaixo, o esquema apresentado na figura 6 demonstra como as ferramentas do
Sinapses podem se integrar ao conceito do Obeya.
Figura 6 – Proposta de disposição dos materiais do Sinapses no Obeya.
III - METODOLOGIA
Este capítulo trata dos procedimentos metodológicos que foram aplicados ao presente
estudo, incluindo as limitações do método de pesquisa.
16
3.1 TIPO DE PESQUISA
O presente estudo utilizou os seguintes recursos metolológicos:
a) Para desenvolvimento do método Sinapses foi feita uma pesquisa bibliográfica,
sendo realizada a leitura crítica e analítica de livros, bem como consultas de internet e
participação de aulas expositivas-argumentativas referentes aos temas Teorias da
Aprendizagem, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal e Lean Manufacturing; e
Estudos de Caso sobre a eficacia das ferramentas Lean em ambiente de ensino-
aprendizagem, no ambiente da organização Embraer, específicamente focado na
aplicação dos conceitos Lean no Programa de Excelência Empresarial.
b) Para validação do método Sinapses foram realizados dois projetos-pilotos em
ambientes escolares diferenciados, denominados “Obeya de Literatura” e “Eu amo
Matemática”. Para mais informações sobre os projetos, consultar os Anexos II e III,
respectivamente.
3.2 PARTICIPANTES
A pesquisa bibliográfica foi feita no decorrer das vivências acadêmicas e profissionais
da autora e foi desenvolvida de forma individual; os estudos de caso e projetos pilotos
contaram com a participação de várias pessoas.
Os estudos de caso foram desenvolvidos nas células de trabalho da Empresa
Embraer, no contexto do Programa de Excelência Empresarial, por alguns Consultores
Internos da Empresa que gerenciam o programa, incluindo a autora, que também
exerce esta função.
O projeto-piloto “Obeya de Literatura” foi realizado durante o ano de 2014, na Escola
Embraer – Unidade Botucatu, com a participação da direção da escola, orientador
educacional, bibliotecário, professora de literatura e alunos do 2º ano do Ensino
Médio.
O projeto-piloto “Eu amo Matemática” foi desenvolvido na Escola Municipal Sebastiana
Cobra nos anos de 2014 e 2015 e teve a participação da direção da escola, orientador
educacional, profesores voluntarios e alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
17
3.3 INSTRUMENTAÇÃO
Os estudos de caso e projetos pilotos foram totalmente instrumentalizados pelas
Ferramentas Lean, relatadas neste estudo. Foram feitas análises de eficacia do
método, a partir de notas adquiridas pelos alunos antes e após a intervenção dos
projetos pilotos
Foram utilizadas provas de conhecimento – pré-teste e teste final – específicamente
no projeto piloto “Eu amo Matemática”.
3.4 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS
A coleta de dados foi baseada nas análises de performance dos alunos, nas matérias
alvo da aplicação dos projetos-piloto.
No projeto piloto “Obeya de Literatura”, foi comparada a média final na disciplina dos
alunos do 2º ano no final de 2014, à média final dos mesmos alunos, referente ao 1º
ano no final de 2013; e a relação entre a nota de corte dos alunos na seleção,
realizada no início de 2013, e a média final na disciplina dos alunos no final de 2014,
comparando as Unidades de Botucatu e Eugênio de Melo.
No projeto piloto “Eu amo Matemática” foi comparada a média percebida no final do
ano, em teste realizado no âmbito do projeto, comparada à nota percebida no início do
ano, referente à mesma turma; e a evolução na quantidade de alunos que entram em
escolas com excelência em Educação para Ensino Médio, cursando com bolsa de
estudo integral ou maior que 70%.
3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Para a pesquisa bibliográfica e estudos de caso não foi percebida nenhuma limitação
relevante, visto que as atividades eram de responsabilidade exclusiva da autora.
Entretanto, durante a aplicação dos Projetos Pilotos, foram observadas as seguintes
limitações: (1) falta de formação específica nos conceitos lean pelos profesores
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envolvidos, que fez com que a participação da autora tivesse que ser totalmente
presencial; (2) limitação de tempo dos profesores, que tiveram que dispor dos horários
de intervalo ou concordarem em ser voluntários na pesquisa; (3) e, principalmente,
espaço físico para a construção do Obeya, o que levou ao desenvolvimento de uma
solução alternativa no projeto piloto “Eu amo Matemática”, denominada Obeya Móvel.
19
IV - RESULTADOS
Foram observados os seguintes resultados nos Projetos Piloto:
a) No projeto piloto “Obeya de Literatura”:
. a média final na disciplina dos alunos do 2º ano no final de 2014 ficou 20% maior que
a média final dos mesmos alunos, referente ao 1º ano no final de 2013;
. não se conseguiu verificar relação significativa entre a nota de corte e a nota dos
alunos na disciplina de Literatura, específicamente na comparação entre as Unidades
de Botucatu e Eugênio de Melo.
b) No projeto piloto “Eu amo Matemática”:
. a média das notas do teste II, realizado no final do ano, foi significantemente maior
(50%) em relação ao pré-teste, realizado no início do ano.
. 60% dos alunos foram admitidos em escolas particulares, com bolsa integral
recebendo benefício financeiro maior que 50% sobre o valor da mensalidade. No ano
de 2014, 6 alunos entraram no Colégio Embraer de Eugênio de Melo, referencia em
Excelência em Educação, o maior índice comparado às demais escolas públicas da
região, que tiveram, no máximo três alunos admitidos neste mesmo colégio.
20
V - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Os projetos pilotos sofreram alguns ajustes durante sua implementação, e estes
ajustes acabaram resultando em pequenas alterações na formatação original do
método. Entretanto, os conceitos básicos que fazem parte do método Sinapses foram
mantidos, bem como suas cinco ferramentas de suporte. A partir dos resultados
alcançados nos dois projetos pilotos, pode-se considerar validado o método Sinapses
para aplicação em outras situações de aprendizagem no ámbito escolar.
O projeto “Eu amo Matemática” vai continuar em 2016, não mais como piloto, mas
como iniciativa da escola, devido aos resultados alcançados e recorrente apoio da
direção da escola.
Considerando que este método pode ser aplicado em qualquer disciplina, a idéia em
2016 é disponibilizar o método, para ser implementado junto ao projeto da Vinci. Este
projeto, de caráter voluntário, tem como objetivo dar aulas de reforço para alunos do
Ensino Fundamental da rede pública de Ensino de São José dos Campos. A idéia é
reforçar a atuação do projeto da Vinci, com a aplicação exaustiva do método Sinapses.
Pretende-se que o método Sinapses também tenha o reconhecimento da comunidade
acadêmica, a partir da publicação de artigos, pela autora, em revistas da área de
educação e, posteriormente, seus conceitos e ferramentas possam vir a ser ensinados
nas faculdades de Pedagogía e Educação.
Ao acreditar na eficiência deste método, e sua aplicação de forma abrangente, espera-
se que, com o tempo, possa-se notar uma melhoria significativa na qualidade da rede
pública de ensino em São José dos Campos, impactando não somente os alunos,
como também todo o professorado. A idéia é fazer a diferença na comunidade escolar
da cidade.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Didática e teorias educacionais. Rio de Janeiro:
DP&A, 2000.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1998.
PIAGET, Jean. Equilibração das Estruturas Cognitivas. Zahar Editores, Rio de
Janeiro, 1976.
VIGOTSKY, Lev. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 5 ed. São Paulo:
Atlas. 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. O Capital Humano das Organizações. 9 ed. São Paulo:
Ed. Elsevier, 2009.
WOMACK, James & JONES, Daniel. A mentalidade enxuta nas Empresas. 5 ed. Rio
de Janeiro: Campus, 1998,
22
Anexo I – Resumo do método Sinapses
23
24
25
Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura”
Objetivo do Projeto: implementar e validar o método Sinapses no ensino da disciplina
de Literatura.
Escopo: toda a matéria prevista para o 2º ano do Ensino Médio, na disciplina
Literatura, utilizando como referencia o material didático e o planejamento da escola.
Período de realização: janeiro a dezembro de 2014.
Local: Colégio Embraer – Unidade Botucatu
Os Colégios Embraer são financiados pelo Instituto Embraer de Educação e Pesquisa e
tem como foco a excelência acadêmica no Ensino Médio para alunos egressos da rede
pública de ensino. Os alunos selecionados pelo Colégio Embraer recebem bolsa integral
de estudos, além de uniformes, materiais didáticos, alimentação na escola e transporte.
As aulas são ministradas em período integral, de segunda a sexta-feira. O Colégio
Embraer possui uma Unidade em Eugênio de Melo desde 2002 e, em 2013, foi
inaugurada uma 2ª Unidade, em Botucatu.
Ações do projeto:
• Definir objetivo, escopo, recursos, ações, forma de medição, junto com a
coordenação do Colégio;
• Realizar reuniões periódicas de alinhamento com coordenação, professor de
literatura e bibliotecário, utilizando o scrum;
• Construir o Obeya (definir templates e layout, elaborar os A3, construir mapa
mental e mapas de correlação);
• Promover as apresentações da Obeya.
Forma de medição:
• média final na disciplina dos alunos do 2º ano no final de 2014, comparada com a
média final dos mesmos alunos, referente ao 1º ano no final de 2013;
• relação entre a nota de corte dos alunos na seleção, realizada no início de 2013, e
média final na disciplina dos alunos no final de 2014, comparando as Unidades de
Botucatu e Eugênio de Melo.
Imagens do Projeto “Obeya de Literatura”
26
Reuniões periódicas de alinhamento Mapa Mental
A3 Template – Autor –
Exemplo preenchido
A3 Template – Obra –
Exemplo preenchido
Visão Geral do Obeya
Scrum – planejamento março-novembro
(alinhado com a sequência e sugestão de
horas aula do material didático da escola)
A3 – Obra e Autor
Preenchido pelos alunos
27
Apresentações do Obeya
(feita pelos alunos)
28
Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática”
Objetivo do Projeto: implementar e validar o método Sinapses no ensino da disciplina
de Matemática.
Escopo: toda a matéria (matemática) escopo dos vestibulares para Ensino Médio em
escolas com excelência em Educação (Colégio Embraer, ETEC, ETEP, COC, Anglo,
Alpha Lumen).
Período de realização: fevereiro a novembro, nos anos de 2014 e 2015.
Local: Escola Municipal Sebastiana Cobra, em São José dos Campos.
A EMEF Sebastiana Cobra é uma das 43 escolas públicas municipais de São José dos
Campos. Está localizada no bairro Jardim das Indústrias, zona oeste da cidade, tendo
completado, no ano de 2015, 40 anos de existência. Assim como as demais escolas
municipais, providencia aos alunos material escolar, livros didáticos, merenda, etc. As
aulas para os alunos do Fundamental II são ministradas durante o período da manhã. Os
alunos que participaram do projeto “Eu amo Matemática”, bem como os professores
que colaboraram com as atividades, compareceram aos sábados, em caráter voluntário.
Ações do projeto:
• Validar objetivo, escopo, recursos, ações, forma de medição, junto com a
coordenação do Colégio;
• Realizar reuniões periódicas de alinhamento com coordenação da escola;
• Construir os Mapas Mentais e A3 junto aos alunos;
• Acompanhar o andamento das atividades do projeto junto aos alunos, utilizando o
Scrum;
• Promover provas intermediárias para verificação de retenção de conhecimento.
Forma de medição:
• média percebida no final do ano, comparada à nota percebida no início do ano,
referente à mesma turma;
• evolução na quantidade de alunos que entram em escolas com excelência em
Educação para Ensino Médio, cursando com bolsa de estudo integral ou maior que
50%.
29
Imagens do Projeto “Eu amo Matemática”
Reuniões periódicas de alinhamento ocorridas na
escola, trimestralmente.
Mapa Mental construído com os
alunos
A3 – exemplo de A3 construído com os alunos
30
Carteiras de trabalho –
desenvolvendo os A3 em grupo, com o conceito de
aprendizagem colaborativa
A elaboração do mapa mental e
a valiação dos A3, respeitando
a dinâmica da turma – de pé,
junto ao quadro.
Planejamento inicial (Scrum) acordado com os
alunos Obs.: Cada data, correspondente
a um Sprint, incluiu:
- elaboração / revisão do A3.
- elaboração do mapa mental,
referente ao assunto.
Obs.: As datas do quadro ao lado
sofreram pequenas alterações no
decorrer do projeto em 2015.
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Novo método de ensino baseado em ferramentas Lean

  • 1. SINAPSES Um novo método de aprendizagem Flavia Caçapava Lorenzi Usuário BRFPMME1865824 São José dos Campos, 12 de janeiro de 2016. 1
  • 2. RESUMO O objetivo deste trabalho é validar um novo método de ensino-aprendizagem denominado Sinapses, desenvolvido pela autora, baseado nas teorias da aprendizagem de Jean Piaget e Lev Vygotsky, conceitos de treinamento e desenvolvimento em ambiente empresarial, e suportado por ferramentas do Lean Manufacturing. Para comprovação da eficacia deste método, foram executados projetos-pilotos, cujo escopo, aplicação e resultados são relatados neste trabalho. Palavras-chave: Lean Concept, ferramentas, aprendizagem, gestão visual, planejamento. ABSTRACT The paper goal is to validate a new teaching-learning method called Sinapses, developed by the author, based on Jean Piaget and Lev Vygotsky theories, corporate training and development concepts, and supported by Lean Manufacturing tools. For attesting the method effectiveness, pilot projects were executed, whose scope, application and results are reported in this paper. Keywords: Lean Concept, tools, learning, visual management, planning. 2
  • 3. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................4 1.1 Descrição do Problema.............................................................................................5 1.2 Justificativa................................................................................................................6 1.3 Objetivo...................................................................................................................... 7 1.4 Hipóteses...................................................................................................................7 2. REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................8 2.1 Teoias da Aprendizagem...........................................................................................8 2.2 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas...........................................................9 2.3 Conceitos e Ferramentas Lean...............................................................................10 3. METODOLOGIA.......................................................................................................16 3.1 Tipo de Pesquisa.....................................................................................................16 3.2 Participantes............................................................................................................17 3.3 Instrumentação........................................................................................................17 3.5 Limitações do Método.............................................................................................18 4. RESULTADOS..........................................................................................................19 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...................................................................20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................21 ANEXOS.......................................................................................................................22 Anexo I – Resumo do Método Sinapses.......................................................................22 Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura”.............................................................23 Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática”...........................................................26 3
  • 4. I - INTRODUÇÃO Existem várias teorias da aprendizagem e métodos de ensino, substanciados por estas teorias, que visam trazer a maior eficácia possível no aprendizado em sala de aula. Porém nenhum destes métodos, até o momento, demonstrou eficiência, de forma abrangente, para qualquer âmbito de ensino, no contexto do ensino-aprendizagem. No ano de 2014, baseada nas teorias da aprendizagem, desenvolvidas por Jean Piaget e Lev Vygotsky; em conceitos de treinamento e desenvolvimento em ambiente empresarial; e, principalmente, nos conceitos e nas ferramentas provenientes da escola de Lean Manufacturing; a autora criou o método Sinapses. Durante sua formação em Psicologia e Administração de Recursos Humanos, experiencia profissional nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, e Excelência Empresarial de grandes Empresas, além da vivência em sala de aula, a autora colecionou certos conceitos, que posteriormente veio a introduzir, implícita ou explícitamente, neste método: que aprender é entender e provocar conexões e relações; que ampliar o horizonte é a única forma de compreender fatos e informações; que repetir e imitar são fundamentais no processo de aprendizagem (ver mais, para gostar mais); que compreender é transformar, é fazer coisas novas a partir das já existentes; que para construir é necessário destruir e reconstruir nossa estrutura mental; e que o proceso de aprendizagem não se ensina, é uma tarefa individual, exploratória. Em outras palabras, o sujeito tem que querer aprender, pois não é o professor que ensina, é o aluno que aprende, quando está disposto a aprender. No cerne do método Sinapses está a questão do "como ensinar", não importando “o que ensinar”. Qualquer que seja a matéria, o assunto, o método Sinapses pode ser aplicado. E, mais do ensinar, a proposta do método é enfocar o "como aprender", colocando o aluno no centro do processo e o professor apenas como facilitador, não mais como transmissor de conteúdo. A principal tarefa do professor é incentivar os alunos a criarem novos modelos de raciocínio individuais. Mas para que o professor tenha esta habilidade, é necessário que seja suportado por um método que o guie nesta tarefa. E o Sinapses se propõe a isto. 4
  • 5. O método Sinapses parte da hipótese que a aprendizagem somente será completa quando o sujeito que aprende é capaz de abstrair, classificar e categorizar um determinado conteúdo. Para fazer com que o aluno atinja este patamar, o método propõe a execução de um proceso que utiliza cinco ferramentas da escola de Lean Manufacturing: Mapa Mental, Pensamento A3, Matriz de Correlação, Scrum e Obeya. Para saber mais sobre estas ferramentas, consultar o capítulo 2.3 Conceitos e Ferramentas Lean; e para ter uma visão geral do método, ver Anexo I – Resumo do Método Sinapses. O presente trabalho relata dois momentos distintos: inicialmente, a estruturação do método Sinapses no final de 2013, a partir de pesquisa bibliográfica e estudos de caso; e a validação deste método, nos anos de 2014 e 2015, a partir da implementação de dois projetos pilotos no ambiente educacional. Os estudos de caso que serviram de base para a construção do método Sinapses foram feitos a partir da utilização das ferramentas Lean na Embraer, Empresa do ramo aeroespacial sediada em São José dos Campos, que possui um Programa de Excelência Empresarial, no qual já estão inseridos os conceitos do Lean Manufacturing. Os projetos piloto foram feitos em duas escolas: uma particular e outra pública; a primeira voltada para alunos do Ensino Médio, a outra para alunos do Ensino Fundamental; um com foco em Literatura, outro em Matemática. Para saber mais sobre os projetos piloto, consulte os Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura” e Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática”, respectivamente. Pode-se afirmar que a aplicação do método Sinapses nos dois projetos pilotos trouxe um resultado significativo na aprendizagem dos alunos de ambas as escolas, validando a aplicação dos conceitos e das ferramentas Lean na área educacional. 1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA A proposta de construção do método Sinapses teve como motivadores dois casos distintos: 5
  • 6. Caso 1 - Aluno de 16 anos, cursando o 2º ano do ensino médio em uma escola particular de altíssima qualidade em São José dos Campos. O aluno havia tirado nota 8 em uma prova de História realizada em março de 2013. Em agosto do mesmo ano foi solicitado ao aluno que respondesse à mesma prova (sem estudo prévio) e o resultado foi nota 4. Seis meses depois, 50% do conhecimento adquirido havia se perdido. Neste caso, parece haver uma questão clara de falta de apreensão de conteúdo: o aluno aprendeu, ou melhor, decorou, mas não necessariamente apreendeu o conteúdo. Caso 2 – Aluno de cursinho pré-vestibular, de 21 anos, que “aprendeu” de forma repetitiva o mesmo conteúdo durante 4 anos, para atingir pontuação suficiente no ENEM para passar em um Vestibular de Medicina em universidade pública. Porque este aluno teve que fazer o cursinho várias vezes, repetindo o mesmo aprendizado tantas vezes? Porque a aprendizagem do conteúdo, da 1ª vez, não foi eficaz? A partir destes dois casos, generalizou-se o problema para “como fazer com que um aluno apreenda um determinado conteúdo, seja ele qual for, em um espaço de tempo razoável, sem nenhum esforço adicional de estudar por estudar?” 1.2 JUSTIFICATIVA A questão da eficacia dos métodos de ensino é amplamente debatida por educadores em todo o país. Na prática, não se verifica nenhum método de ensino com ampla disseminação, que tenha sua eficácia claramente comprovada. Os métodos de ensino mais conhecidos no Brasil são aplicados em instituições de ensino particulares, que contam com um alunado de renda superior, que já trazem para o ambiente escolar uma boa base de conhecimento e suporte de tecnologias. Escolas públicas não contam com suporte claro de método de ensino diferenciado. A proposta deste trabalho é validar um método que pode ser utilizado em qualquer instituição escolar, para o aprendizado de qualquer matéria. 6
  • 7. 1.3 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é validar o método Sinapses, a partir da apresentação da aplicação e respectivos resultados em dois projetos plotos. 1.4 HIPOTESE Durante a implementação do Programa de Excelência da Embraer, que conta com o suporte de Ferramentas Lean, como o A3, Mapa Mental, entre outras, observou-se um aumento significativo da eficácia do aprendizado, nos mais diversos assuntos, tanto para assimilação de conhecimento técnico, como operacional ou administrativo. Se houve efetivamente este aumento da eficácia da aprendizagem, como comprovam os Estudos de Caso relatados neste trabalho, porque não utilizar estas mesmas ferramentas no ambiente escolar? As Ferramentas Lean utilizadas no ambiente escolar também aumentariam a eficácia da aprendizagem das disciplinas curriculares? Partindo desta hipótese, foi desenvolvido o método Sinapses e, para comprovação foram propostos e implementados dos dois projetos plotos. 7
  • 8. I - REVISÃO DA LITERATURA O método Sinapses foi desenvolvido com base em três conceitos provenientes de ramos de conhecimento diferenciados: as teorías de aprendizagem reconhecidas no meio acadêmico; conceitos de treinamento e desenvolvimento em ambiente empresarial; e, por fim, conceitos e ferramentas provenientes da escola de Lean Manufacturing. 2.1 TEORIAS DA APRENDIZAGEM Dentre as diversas teorias da aprendizagem, as de maior destaque na educação contemporânea, e que suportaram o método Sinapses foram: a Epistemologia Genética de Jean Piaget e o Sócio-interacionismo de Lev Vygotsky. Para Jean Piaget, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas mentais já existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos dependeria tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da relação dele, sujeito, com o objeto. Esta teoría, denominada Epistemologia Genética, preconiza que o desenvolvimento humano obedece certos estágios hierárquicos e que se um destes estágios não for bem desenvolvido, o subsequente será prejudicado e assim sucesivamente (Piaget, 1998). Além de definir estes estágios, Piaget também identificou algunas facetas fundamentais, demandadas em cada fase: a assimilação, onde incorporamos novas informações em esquemas já construídos; acomodação, que é requisitada quando, durante o processo de assimilação, decobrimos ser necessário modificar conhecimentos anteriores; e, finalmente, o atingimento do ponto de equilibrio nas estruturas mentais. A aprendizagem só acontece efetivamente mediante a consolidação das estruturas de pensamento que a suporta, a partir do equilibrio destas estruturas. Na perspectiva de Piaget, para que ocorra a construção de um novo conhecimento, é preciso que se estabeleça um desequilibrio nas estruturas mentais, isto é, os conceitos já assimilados necessitam passar por um processo de desorganização para que possam novamente, a partir de uma perturbação se reorganizarem, estabelecendo um novo conhecimento. Este mecanismo pode ser denominado de equilibração das estruturas mentais. Para o autor “o saber é um sistema de transformações que se tornam progresivamente 8
  • 9. adaptadas” (Piaget, 1796). A adaptação é considerada nesta abordagem como uma das formas mais básicas de aprendizagem. Para Lev Vygotsky, o conhecimento é desencadeado pela dialética das interações do sujeito com o outro e com o meio, impulsionado pela linguagem. A teoría de Vigotsky difere da teoría de Piaget pois, enquanto este último defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores. Para Vygotsky, as habilidades necessárias para raciocinar, compreender e memorizar têm origen na vivência da criança com os país, profesores e colegas. Até mesmo a habilidade de pensar e raciocinar em nível individual deriva das atividades sociais desempenhadas durante o desenvolvimento que promoveram nossas capacidades cognitivas inatas. A teoría sócio-interacionista (Vigotsky, 1979) influenciou tanto a aprendizagem quanto o ensino. De acordo com ela, os professores devem agir como instrutores, sempre orientando e incentivando os alunos para que aperfeiçoem suas capacidades de atenção, concentração e aprendizagem e, dessa forma, acumulem competências. Vygotsky foi o precursor da chamada aprendizagem colaborativa. O método Sinapses utiliza, principalmente, os conceitos de equilibração das estruturas mentais, de Piaget, e de aprendizagem colaborativa, de Vigotsky durante a implementação das Ferramentas Lean. 2.2 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS Treinamento e Desenvolvimento vem sendo foco nas áreas de Recursos Humanos das grandes Organizações Para Chiavenato (2003), “a organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas, onde a cooperação entre elas é essencial para existência da mesma, onde ela só existirá se houver pessoas capazes de se comunicarem e que estão dispostas a contribuir com ação, a fim de cumprirem um propósito comum.” 9
  • 10. Desenvolver uma atividade ou função dentro da Organização seja ela administrativa, técnica ou operacional normalmente requer algum tipo de treinamento ou ação de desenvolvimento das pessoas. O sucesso das organizações modernas em um ambiente instável, dinâmico e competitivo de negócios - tal como ocorre hoje - está sendo uma decorrência cada vez maior de uma administração realmente eficaz de recursos humanos. O elemento dinâmico e empreendedor de qualquer Organização, de fato, são as pessoas. E entendendo que os recursos humanos constituem o elemento crítico em cada componente da organização, promover seu desenvolvimento é essencial para levar a Organização rumo à excelência, competitividade e sustentabilidade, conforme preconiza Chiavenato, 2009. Nesta mesma obra, o autor sustenta que, nos dias de hoje, o investimento que traz retorno de forma mais rápida e eficiente em qualquer negócio é aquele feito em pessoas, principalmente os relacionados a treinamento e desenvolvimento de pessoal. Somente assim, as pessoas podem ser inseridas como valores humanos dotados de conhecimento e competências, aptos a se adaptarem a um contexto complexo e mutável e a aliar qualidade, produtividade e competitividade para agregar valor ao negócio. Conscientes disso, grandes Organizações têm criado Universidades Corporativas, que unem o conceito de treinamento e desenvolvimento de pessoas, já em prática há várias décadas nas Organizações, com o conceito mais recente de educação continuada. O método Sinapses utiliza estes conceitos e práticas de desenvolvimento de pessoas, adotados pela área de Treinamento da Embraer, trazendo-os para o ambiente e realidade escolar. 2.3 CONCEITOS E FERRAMENTAS LEAN Lean manufacturing, traduzível como manufatura enxuta, e também chamado de Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios: excesso de produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimentação e defeitos. Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. 10
  • 11. A Manufatura Enxuta foi desenvolvida pelo executivo da Toyota, Taiichi Ohno, durante o período de reconstrução do Japão após a Segunda Guerra Mundial e o termo foi popularizado por James P. Womack e Daniel T. Jones (1998). Originalmente, as ferramentas "lean" incluíam processos contínuos de análise (kaizen), produção "pull" (no sentido de kanban) e elementos/processos à prova de falhas (poka- yoke). Com o decorrer da prática nas Organizações, foram acrescentados outras ferramentas, dentre as quais, o método Sinapses apropriou-se de cinco delas – Mapa Mental, Pensamento A3, Mapa de Correlação, Scrum e Obeya – detalhadas a seguir. a) MAPA MENTAL Mapa mental, ou mapa da mente, é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade de idéias); e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio. No Sinapses, o MAPA MENTAL é utilizado para sistematizar todo o conteúdo do ensino médio, considerando a itemização feita pelo material pedagógico utilizado pela escola. A figura 1 apresenta alguns modelos de mapa mental, podendo estes modelos serem adaptados conforme necessidade dos autores (alunos) ou do assunto a ser trabalhado. 11
  • 12. Figura 1 – Representações pictóricas de Mapas Mentais b) PENSAMENTO A3 No relatório A3, a idéia é apresentar e fazer caber todo o raciocínio, o processo, e as informações relevantes em um relatório do tamanho de uma folha A3 (29,7 x 42 cm). O pensamento A3 é originário da Toyota, e uma das ferramentas originais do Lean Manufacturing. Preconiza-se que, quando as informações dos problemas são adequadamente formatadas desta maneira, elas podem ser lidas ou apresentadas em 5 minutos. Por outro lado, quando um documento é muito grande, existe um grande risco de que as informações não sejam lidas ou até mesmo mal interpretadas. Pouca informação, mas com grande valor de conteúdo, além de poder ser apresentada de forma rápida, também pode ser apreendida de forma mais rápida. No Sinapses, o Pensamento A3 visa explorar (e trazer conhecimento específico) de cada conteúdo apontado nos Mapas Mentais. Cada A3 feito deve ser possível de ser apresentado em 5 minutos por qualquer aluno que participou de sua elaboração O aluno também deve ser capaz de fazer o movimento de análise e síntese, a partir do documento, ou seja, ampliar as informações, e novamente trazer na síntese do pensamento A3. 12
  • 13. A Figura 2 traz exemplos de layout de Pensamento A3. O lay out pode ser adaaptado, para melhor representação do conteúdo a ser sintetizado. Figura 2 – Exemplos de layout de formulários - Pensamento A3 c) MAPA DE CORRELAÇÃO Embora os mapas de correlação tenham surgido para tratamento estatístico de dados quantitativos, atualmente o mesmo conceito está sendo utilizado para estabelecimento de correlações entre dados qualitativos. A principal aplicação tem sido para análise de mais de duas variáveis, em qualquer ramo do conhecimento. No Sinapses, o Mapa de Correlação visa apontar e explorar as correlações entre os conteúdos de uma determinada matéria; entre conteúdos das matérias; entre conteúdos das matérias e atualidades; e correlações considerando os eventos no tempo. A Figura 3 mostra um exemplo de mapa de correlação (à esquerda) e uma representação pictórica sobre o conceito de correlação entre duas variáveis (à direita). 13
  • 14. Figura 3 – Demonstrações representativas de correlações entre variáveis. d) SCRUM O Scrum é um processo de desenvolvimento iterativo e incremental para gerenciamento de projetos. Apesar de ter sido inicialmente destinado para gerenciamento de projetos de software, ele pode ser utilizado como uma abordagem geral de gerenciamento de projetos, com foco na entrega e administração do tempo. Um dos focos desta forma de gerenciamento de projetos é a entrega por sprints, pequenos “pacotes” integralmente cumpridos e entregues em cada fase. Curiosidade: O nome Scrum foi inspirado numa jogada de Rugby. Após uma "reunião" (agrupamento em torno da bola), o objetivo é retirar os obstáculos à frente do jogador que correrá com a bola, para que possa avançar o máximo possível no campo e marcar pontos. No Sinapses, o SCRUM vai fazer todo o planejamento e acompanhamento da construção dos Mapas Mentais, A3 e Mapas de Correlação, utilizando, inclusive, o conceito de sprint de projeto. A figura 4 mostra, de forma pictórica, o conceito de Scrum, aliado com conceitos de planejamento. 14
  • 15. Figura 4 – Representação pictórica do Scrum e) GESTÃO VISUAL - OBEYA O Obeya (palavra em japonês que significa “sala grande”) torna o trabalho em conjunto visível em um ambiente de projeto. O Obeya tem sido usado para a gestão de desenvolvimento de novos produtos e projetos de engenharia e também no gerenciamento lean, com muito sucesso. São características de uma boa Obeya: ser específica (deve estar direcionada para uma determinado projeto); ser dinâmica (deve ter reuniões regulares e movimento na sala); ser útil (deve servir a quem precisa das informações); ser concisa (não deve ter informações excessivas e/ou desnecessárias); ser atualizada (não deve ter informações desatualizadas ou fora de contexto). A idéia da Obeya é ter um ambiente onde todo o conteúdo possa ser construído, visitado e revisitado continuamente. No Sinapses, o OBEYA visa trazer uma visualização de toda a estruturação do conhecimento (mapas mentais e pensamento A3), a construção das correlações entre conteúdos (mapas de correlação) e o planejamento e evolução do trabalho de contrução (scrum). A Figura 5 mostra fotos de dois Obeyas, um com informações digitais, outro, em papel. 15
  • 16. Figura 5 – Exemplos de Obeya Abaixo, o esquema apresentado na figura 6 demonstra como as ferramentas do Sinapses podem se integrar ao conceito do Obeya. Figura 6 – Proposta de disposição dos materiais do Sinapses no Obeya. III - METODOLOGIA Este capítulo trata dos procedimentos metodológicos que foram aplicados ao presente estudo, incluindo as limitações do método de pesquisa. 16
  • 17. 3.1 TIPO DE PESQUISA O presente estudo utilizou os seguintes recursos metolológicos: a) Para desenvolvimento do método Sinapses foi feita uma pesquisa bibliográfica, sendo realizada a leitura crítica e analítica de livros, bem como consultas de internet e participação de aulas expositivas-argumentativas referentes aos temas Teorias da Aprendizagem, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal e Lean Manufacturing; e Estudos de Caso sobre a eficacia das ferramentas Lean em ambiente de ensino- aprendizagem, no ambiente da organização Embraer, específicamente focado na aplicação dos conceitos Lean no Programa de Excelência Empresarial. b) Para validação do método Sinapses foram realizados dois projetos-pilotos em ambientes escolares diferenciados, denominados “Obeya de Literatura” e “Eu amo Matemática”. Para mais informações sobre os projetos, consultar os Anexos II e III, respectivamente. 3.2 PARTICIPANTES A pesquisa bibliográfica foi feita no decorrer das vivências acadêmicas e profissionais da autora e foi desenvolvida de forma individual; os estudos de caso e projetos pilotos contaram com a participação de várias pessoas. Os estudos de caso foram desenvolvidos nas células de trabalho da Empresa Embraer, no contexto do Programa de Excelência Empresarial, por alguns Consultores Internos da Empresa que gerenciam o programa, incluindo a autora, que também exerce esta função. O projeto-piloto “Obeya de Literatura” foi realizado durante o ano de 2014, na Escola Embraer – Unidade Botucatu, com a participação da direção da escola, orientador educacional, bibliotecário, professora de literatura e alunos do 2º ano do Ensino Médio. O projeto-piloto “Eu amo Matemática” foi desenvolvido na Escola Municipal Sebastiana Cobra nos anos de 2014 e 2015 e teve a participação da direção da escola, orientador educacional, profesores voluntarios e alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. 17
  • 18. 3.3 INSTRUMENTAÇÃO Os estudos de caso e projetos pilotos foram totalmente instrumentalizados pelas Ferramentas Lean, relatadas neste estudo. Foram feitas análises de eficacia do método, a partir de notas adquiridas pelos alunos antes e após a intervenção dos projetos pilotos Foram utilizadas provas de conhecimento – pré-teste e teste final – específicamente no projeto piloto “Eu amo Matemática”. 3.4 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS A coleta de dados foi baseada nas análises de performance dos alunos, nas matérias alvo da aplicação dos projetos-piloto. No projeto piloto “Obeya de Literatura”, foi comparada a média final na disciplina dos alunos do 2º ano no final de 2014, à média final dos mesmos alunos, referente ao 1º ano no final de 2013; e a relação entre a nota de corte dos alunos na seleção, realizada no início de 2013, e a média final na disciplina dos alunos no final de 2014, comparando as Unidades de Botucatu e Eugênio de Melo. No projeto piloto “Eu amo Matemática” foi comparada a média percebida no final do ano, em teste realizado no âmbito do projeto, comparada à nota percebida no início do ano, referente à mesma turma; e a evolução na quantidade de alunos que entram em escolas com excelência em Educação para Ensino Médio, cursando com bolsa de estudo integral ou maior que 70%. 3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO Para a pesquisa bibliográfica e estudos de caso não foi percebida nenhuma limitação relevante, visto que as atividades eram de responsabilidade exclusiva da autora. Entretanto, durante a aplicação dos Projetos Pilotos, foram observadas as seguintes limitações: (1) falta de formação específica nos conceitos lean pelos profesores 18
  • 19. envolvidos, que fez com que a participação da autora tivesse que ser totalmente presencial; (2) limitação de tempo dos profesores, que tiveram que dispor dos horários de intervalo ou concordarem em ser voluntários na pesquisa; (3) e, principalmente, espaço físico para a construção do Obeya, o que levou ao desenvolvimento de uma solução alternativa no projeto piloto “Eu amo Matemática”, denominada Obeya Móvel. 19
  • 20. IV - RESULTADOS Foram observados os seguintes resultados nos Projetos Piloto: a) No projeto piloto “Obeya de Literatura”: . a média final na disciplina dos alunos do 2º ano no final de 2014 ficou 20% maior que a média final dos mesmos alunos, referente ao 1º ano no final de 2013; . não se conseguiu verificar relação significativa entre a nota de corte e a nota dos alunos na disciplina de Literatura, específicamente na comparação entre as Unidades de Botucatu e Eugênio de Melo. b) No projeto piloto “Eu amo Matemática”: . a média das notas do teste II, realizado no final do ano, foi significantemente maior (50%) em relação ao pré-teste, realizado no início do ano. . 60% dos alunos foram admitidos em escolas particulares, com bolsa integral recebendo benefício financeiro maior que 50% sobre o valor da mensalidade. No ano de 2014, 6 alunos entraram no Colégio Embraer de Eugênio de Melo, referencia em Excelência em Educação, o maior índice comparado às demais escolas públicas da região, que tiveram, no máximo três alunos admitidos neste mesmo colégio. 20
  • 21. V - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Os projetos pilotos sofreram alguns ajustes durante sua implementação, e estes ajustes acabaram resultando em pequenas alterações na formatação original do método. Entretanto, os conceitos básicos que fazem parte do método Sinapses foram mantidos, bem como suas cinco ferramentas de suporte. A partir dos resultados alcançados nos dois projetos pilotos, pode-se considerar validado o método Sinapses para aplicação em outras situações de aprendizagem no ámbito escolar. O projeto “Eu amo Matemática” vai continuar em 2016, não mais como piloto, mas como iniciativa da escola, devido aos resultados alcançados e recorrente apoio da direção da escola. Considerando que este método pode ser aplicado em qualquer disciplina, a idéia em 2016 é disponibilizar o método, para ser implementado junto ao projeto da Vinci. Este projeto, de caráter voluntário, tem como objetivo dar aulas de reforço para alunos do Ensino Fundamental da rede pública de Ensino de São José dos Campos. A idéia é reforçar a atuação do projeto da Vinci, com a aplicação exaustiva do método Sinapses. Pretende-se que o método Sinapses também tenha o reconhecimento da comunidade acadêmica, a partir da publicação de artigos, pela autora, em revistas da área de educação e, posteriormente, seus conceitos e ferramentas possam vir a ser ensinados nas faculdades de Pedagogía e Educação. Ao acreditar na eficiência deste método, e sua aplicação de forma abrangente, espera- se que, com o tempo, possa-se notar uma melhoria significativa na qualidade da rede pública de ensino em São José dos Campos, impactando não somente os alunos, como também todo o professorado. A idéia é fazer a diferença na comunidade escolar da cidade. 21
  • 22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Didática e teorias educacionais. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998. PIAGET, Jean. Equilibração das Estruturas Cognitivas. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1976. VIGOTSKY, Lev. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 5 ed. São Paulo: Atlas. 2003. CHIAVENATO, Idalberto. O Capital Humano das Organizações. 9 ed. São Paulo: Ed. Elsevier, 2009. WOMACK, James & JONES, Daniel. A mentalidade enxuta nas Empresas. 5 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998, 22
  • 23. Anexo I – Resumo do método Sinapses 23
  • 24. 24
  • 25. 25
  • 26. Anexo II – Projeto Piloto “Obeya de Literatura” Objetivo do Projeto: implementar e validar o método Sinapses no ensino da disciplina de Literatura. Escopo: toda a matéria prevista para o 2º ano do Ensino Médio, na disciplina Literatura, utilizando como referencia o material didático e o planejamento da escola. Período de realização: janeiro a dezembro de 2014. Local: Colégio Embraer – Unidade Botucatu Os Colégios Embraer são financiados pelo Instituto Embraer de Educação e Pesquisa e tem como foco a excelência acadêmica no Ensino Médio para alunos egressos da rede pública de ensino. Os alunos selecionados pelo Colégio Embraer recebem bolsa integral de estudos, além de uniformes, materiais didáticos, alimentação na escola e transporte. As aulas são ministradas em período integral, de segunda a sexta-feira. O Colégio Embraer possui uma Unidade em Eugênio de Melo desde 2002 e, em 2013, foi inaugurada uma 2ª Unidade, em Botucatu. Ações do projeto: • Definir objetivo, escopo, recursos, ações, forma de medição, junto com a coordenação do Colégio; • Realizar reuniões periódicas de alinhamento com coordenação, professor de literatura e bibliotecário, utilizando o scrum; • Construir o Obeya (definir templates e layout, elaborar os A3, construir mapa mental e mapas de correlação); • Promover as apresentações da Obeya. Forma de medição: • média final na disciplina dos alunos do 2º ano no final de 2014, comparada com a média final dos mesmos alunos, referente ao 1º ano no final de 2013; • relação entre a nota de corte dos alunos na seleção, realizada no início de 2013, e média final na disciplina dos alunos no final de 2014, comparando as Unidades de Botucatu e Eugênio de Melo. Imagens do Projeto “Obeya de Literatura” 26
  • 27. Reuniões periódicas de alinhamento Mapa Mental A3 Template – Autor – Exemplo preenchido A3 Template – Obra – Exemplo preenchido Visão Geral do Obeya Scrum – planejamento março-novembro (alinhado com a sequência e sugestão de horas aula do material didático da escola) A3 – Obra e Autor Preenchido pelos alunos 27
  • 29. Anexo III – Projeto Piloto “Eu amo Matemática” Objetivo do Projeto: implementar e validar o método Sinapses no ensino da disciplina de Matemática. Escopo: toda a matéria (matemática) escopo dos vestibulares para Ensino Médio em escolas com excelência em Educação (Colégio Embraer, ETEC, ETEP, COC, Anglo, Alpha Lumen). Período de realização: fevereiro a novembro, nos anos de 2014 e 2015. Local: Escola Municipal Sebastiana Cobra, em São José dos Campos. A EMEF Sebastiana Cobra é uma das 43 escolas públicas municipais de São José dos Campos. Está localizada no bairro Jardim das Indústrias, zona oeste da cidade, tendo completado, no ano de 2015, 40 anos de existência. Assim como as demais escolas municipais, providencia aos alunos material escolar, livros didáticos, merenda, etc. As aulas para os alunos do Fundamental II são ministradas durante o período da manhã. Os alunos que participaram do projeto “Eu amo Matemática”, bem como os professores que colaboraram com as atividades, compareceram aos sábados, em caráter voluntário. Ações do projeto: • Validar objetivo, escopo, recursos, ações, forma de medição, junto com a coordenação do Colégio; • Realizar reuniões periódicas de alinhamento com coordenação da escola; • Construir os Mapas Mentais e A3 junto aos alunos; • Acompanhar o andamento das atividades do projeto junto aos alunos, utilizando o Scrum; • Promover provas intermediárias para verificação de retenção de conhecimento. Forma de medição: • média percebida no final do ano, comparada à nota percebida no início do ano, referente à mesma turma; • evolução na quantidade de alunos que entram em escolas com excelência em Educação para Ensino Médio, cursando com bolsa de estudo integral ou maior que 50%. 29
  • 30. Imagens do Projeto “Eu amo Matemática” Reuniões periódicas de alinhamento ocorridas na escola, trimestralmente. Mapa Mental construído com os alunos A3 – exemplo de A3 construído com os alunos 30
  • 31. Carteiras de trabalho – desenvolvendo os A3 em grupo, com o conceito de aprendizagem colaborativa A elaboração do mapa mental e a valiação dos A3, respeitando a dinâmica da turma – de pé, junto ao quadro. Planejamento inicial (Scrum) acordado com os alunos Obs.: Cada data, correspondente a um Sprint, incluiu: - elaboração / revisão do A3. - elaboração do mapa mental, referente ao assunto. Obs.: As datas do quadro ao lado sofreram pequenas alterações no decorrer do projeto em 2015. 31