(1) Clostridium difficile é uma bactéria anaeróbia que causa diarreia associada ao uso de antibióticos, principalmente em ambiente hospitalar. (2) Os sintomas variam de diarreia leve a colite fulminante e podem levar à perfuração intestinal ou morte. (3) O diagnóstico é feito por testes de detecção de toxinas ou cultura de fezes e o tratamento é usualmente com metronidazol ou vancomicina oral.
3. Clostridium
difficile
Incidência varia muito
Antibióticos usados em cada hospital
Cepas presentes na região
Padrão dos pacientes (idade/trauma/UTI)
Surtos esporádicos
Critérios diagnósticos usados
Estudos mostram 10 a 30% das diarréias hospitalares
1 a 10 casos/1000 pacientes dia
1,9 casos/1000 pacientes dia na Bélgica
Incidência aumentando progressivamente
0,7% para 2,9% em 10 anos
Mortalidade entre 1 e 2.5%
Lambert ML. Euro Surveill. 2009
4. Clostridium
difficile
Diarréia associada ao uso de antibióticos
Clindamicina
Fluorquinolonas
Cefalosporinas 3a. Geraçao
Amoxicilina
Macrolideos
Sulfametoxazol/trimetoprim
Gravidade dos pacientes
Colonização por VRE
Idade Avançada
Qualquer medicação que altere a motilidade intestinal
Insuficiencia renal cronica e queimados
Resumo: Paciente internado grave com uso de ATB
Hookman P. World J Gastroenterol. 2009
5. Clostridium
difficile
Endógeno
15 a 70% de neonatos saudáveis
Adultos albergam em menos de 8%
Turquia é 3.3%
Japão é 7.8%
Gatos albergam em 9.4% e cães é 3.1%
Pacientes hospitalizados é 20%
Exógeno
Pacientes hospitalizados
Surtos
Albergues
Asilos
Seminários
Prisões
Gursoy S. Hepatogastroenterology. 2007
Kato H. J Med Microbiol. 2001
6. Clostridium
difficile
Portador assintomático
Clássico
5 dias após introdução de ATBs
>10 semanas após a última dose
Diarréia de vários padrões
Aquosa até sanguinolenta
Frequencia variável (1 a 20)
Febre variável
Dores abdominais/cólica
Anorexia
Nausea e vômitos
Leucocitose >15.000L
Fulminante
Letal
Recorrente
Henrich TJ. Emerg Infect Dis. 2009
7. Clostridium
difficile
(1) disruption of normal colonic biota by antibiotics or
antineoplastic agents with antibacterial activity,
(2) colonization with toxigenic C. difficile,
(3) elaboration of toxin A and/or toxin B, both of which
mediate cytoskeletal derangement in target cells,
and
(4) mucosal injury and inflammation.
Farell RL. Curr Top Microbiol Immunol. 2000
8. Clostridium
difficile
Colonoscopia
Útil quando:
(1) Alta suspeita de C. difficile e teste laboratorial
negativo
(2) Urgência no diagnóstico de C. difficile
(3) Falha terpêutica
(4) Apresentação atípica
Contraindicada quando o diagnóstico é obvio, suspeita
de colite fulminante e risco de perfuração
ACHADO – PSEUDOMEMBRANAS
(Colite pseudomembranosa)
Farell RL. Curr Top Microbiol Immunol. 2000
9. Clostridium
difficile
EIA para Toxina A & B
Colher 3 amostras consecutivas
PCR
Teste de citotoxicidade em cultura celular
Cultura para anaeróbios em meio específico
Farell RL. Curr Top Microbiol Immunol. 2000
11. Clostridium
difficile
O que é DACD grave?
1) Morte em 30 dias
2) >1 admissão na UTI
3) Colectomia
4) Perfuração intestinal
Incidência de 3% entre DACD
Mortalidade 80%
Henrich TJ. Emerg Infect Dis. 2009
13. Clostridium
difficile
Casos assintomáticos ou muito leves
Tratamento contra-indicado
Metronidazol
Oral 500mg 8/8h 10 dias
Resistência inferior a 5%
Falha terapêutica entre 5 e 15%
Teasley TG. Lancet. 1983;2:1043–1046
Wenisch C. Clin Infect Dis. 1996;22:813–818.
14. Clostridium
difficile
Uso de vancomicina oral
(1)Impossibilidade de metronidazol oral
Intolerância
gestacão
<10 anos de idade
(2) DACD resistente a metronidazol
(3) Paciente muito grave
Oral 125mg 6/6h por 10 dias
Medo de VRE
Pelaez T. Antimicrob Agents Chemother. 2002;46:1647–1650.
17. Clostridium
difficile
Uso de pró-bióticos ainda controverso, diversas
metanálises com resultados variáveis
Vacina em estudo
Profilaxia baseia-se no uso racional de antibióticos
e isolamento de contato nos pacientes infectados