O documento discute o desenvolvimento das habilidades socioemocionais na atividade docente no contexto do paradigma pós-moderno. Aborda teóricos como Piaget, Vygotsky, Wallon e Winnicott que enfatizaram os aspectos sociais e emocionais no desenvolvimento humano. Também discute inteligências múltiplas e inteligência emocional, e suas implicações para a sala de aula. Aponta desafios atuais como a crise de autoridade docente e o adoecimento de professores.
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
Desenvolvimento de Habilidades Sociemocionais nos professores
1. O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES
SOCIOEMOCIONAIS NA ATIVIDADE DOCENTE
PROF. MS.
FLÁVIO A. SANTOS
2. “LUGAR DE FALA”
=> explicitação do “lugar de onde se fala”
Psicólogo de formação clínica (2009), embora atue apenas no ensino, coordenação de programas e projetos na
assistência social, Mestre em Desenvolvimento, Fotógrafo e Designer Gráfico (autodidata);
Docente atuante no ensino superior em cursos de Graduação e Pós-Graduação em Pedagogia e Psicopedagogia;
Ex-professor do Ensino Fundamental I e II, Educação de Jovens e Adultos e Cursos Profissionalizantes;
Ex-professorTutor no Curso de Especialização em Gestão de Saúde – Universidade Estadual da Paraíba.
3. PARADIGMA ATUAL DO(S) AMBIENTE(S) DE APRENDIZAGEM(NS)
PARADIGMA DA PÓS-
MODERNIDADE:
Conhecimento como
representação da realidade
Novas relações com a
informação e o
conhecimento
Globalização da economia
Encurtamento do planeta
Velocidade das mudanças:
preparar o aluno para um
futuro incerto
4.
5. REALIDADE E CONHECIMENTO
Antes - Modernidade
⇒A realidade é linear e imutável
⇒Busca de certezas incontestáveis: Conhecimento
válido = científico (neutro)
Hoje (ou amanhã?) - Pós-Modernidade
⇒A realidade está em constante movimento de
construção, desconstrução e reconstrução
⇒Conhecimento como representação
⇒ Situado no tempo e espaço, na cultura que o
produziu
6. APRENDIZAGEM
Modernidade
⇒Aprender = reproduzir o já
foi consagrado como
conhecimento válido
Pós-Modernidade
⇒Aprender a aprender;
construir e reconstruir
conhecimento; sujeito-autor
7. COMO SE APRENDE?
Modernidade
⇒Valorização das habilidades cognitivas
⇒Primazia do raciocínio lógico
⇒Acesso ao conhecimento
⇒ livros
Pós-Modernidade
⇒Resgate das habilidades socioemocionais
⇒Múltiplas inteligências, valorização de diferentes
linguagens
⇒Acesso às informações
⇒ Internet
8. FUNÇÃO DA ESCOLA
Modernidade
⇒Garantir a transmissão do conhecimento já existente e
consagrado
Pós-Modernidade
⇒Garantir o contato com o conhecimento já existente
+ desenvolvimento global (cognitivo, ético,
socioemocional)
- Pensar criticamente e relativizar o conhecimento
(diferenças culturais)
- Posicionar-se ideologicamente
- Interrelacionar conhecimentos
- Ampliar, produzir, criar...
9. PAPEL DO PROFESSOR
Modernidade
⇒Transmissor da “Verdade Única” (conhecimento
científico)
Pós-Modernidade
⇒Mediador da relação do aluno com o conhecimento
(conhecimento científico integrado a outras
construções culturais e pessoais)
⇒Promotor do desenvolvimento dos estudantes
13. BREVE REVISÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO
ABORDAGEM SÓCIO INTERACIONISTA
INTERAÇÃO (sujeito-objeto)
14. JEAN PIAGET
o conhecimento é uma construção que se dá na interação de um
sujeito ativo com o meio, em constantes processos de desequilíbrio
e busca de novo equilíbrio.
Foco no desenvolvimento cognitivo
- Fatores: maturação, experiência ativa, interação social; processo de
equilibração
- Tipos de conhecimento: físico, social e lógico
- Assimilação / acomodação
- Dimensão afetiva => fator energético, motivação, sentimentos,
interesses, valores
O professor deixa de ser o detentor e o transmissor do saber para
ser um organizador de situações significativas de desequilíbrios que
levem os alunos à busca ativa da construção dos saberes.
15. Pouco antes de sua morte, em 1980, Piaget afirmou em uma entrevista que “deixava aos seus seguidores” a tarefa
de pesquisar como os aspectos emocionais e sociais interferem no desenvolvimento cognitivo e na construção do
conhecimento...
Esse desejo vai ser objeto de estudo da PSICOPEDAGOGIA como a desenvolvida por autores neopiagetianos
como ALÍCIA FERNANDEZ e de autores consagrados em suas teorias comoWINNICOTT, WALLON e o
próprioVYGOTSKY.
16. ALÍCIA FERNÀNDEZ
Segundo Fernàndez (1990), há quatro aspectos,
interdependentes e indissociáveis, que constituem
cada um dos protagonistas que comparecem à
situação de ensino-aprendizagem: o organismo, o
corpo, a inteligência e o desejo.
O organismo, transversalizado pela inteligência e pelo
desejo, constrói e reconstrói o corpo ao longo de
toda a vida.
Aprender é incorporar,“incorporar” significa colocar
no corpo, tornar parte de si mesmo algo que não o
era antes do aprendizado.
17. ALÍCIA FERNÀNDEZ
O ensinante não transmite o conhecimento, como se entregasse um pacote ao outro – o aprendente;
não se aprende simplesmente pegando um conteúdo transmitido e colocando-o no bolso.
Se o conhecimento não passar a fazer parte das entranhas do aprendente (a sua realidade social e emocional), ele
não aprendeu de fato, não tornou seu um conhecimento que é do Outro – o conhecimento, portanto, permanece
externo.
Quantas vezes o aluno consegue apenas reproduzir um conhecimento, sem dominar o conteúdo, sem operar com
ele...? Quantas vezes sabe apenas o suficiente para passar na prova e depois, esquece...? E quantas vezes o
professor (ensinante) acha que essa é sua função, que foi paga, concursado, contratado para isso apenas?
18. COMO SE FAZ ISSO?
AO INVÉS DETRANSMITIR O CONHECIMENTO COMO SE FOSSE UMA MERCADORIA PARA O ALUNO
ADQUIRIR, O ENSINANTE, COM O SEU CORPO,APRESENTA AO APRENDENTE OS SINAIS DESSE
CONHECIMENTO PARA QUE ESTE,AO INTERAGIR ATIVAMENTE COM O CONHECIMENTO, COM SEU
ORGANISMO, SEU CORPO, SEU DESEJO E SUA INTELIGÊNCIA, POSSA CONSTRUÍ-LO EM SI MESMO.
AO REVESTIR O CONHECIMENTO DE PRAZER E DE SENTIDO, O ENSINANTE OFERECE AO APRENDENTE
O SEU PRÓPRIO PRAZER PARA QUE O APRENDENTE POSSA “DESTRUIR” O CONHECIMENTO QUE
RECEBE E “RECONSTRUÍ-LO” A PARTIR DA SUA PRÓPRIA SUBJETIVIDADE,ATRIBUINDO-LHE SENTIDO E
VALOR. INCORPORANDO-O,TOMANDO-O COMO PARTE DE SI.
Para que a aprendizagem aconteça, é necessário que se construa um espaço de confiança
entre aquele que ensina e aquele que aprende. “Não aprendemos de qualquer um, aprendemos
daquele a quem outorgamos confiança e o direito de ensinar” (FERNÀNDEZ, 1990).
19. LEV VYGOTSKY
Ênfase nos aspectos socioculturais
- Mediação da cultura
– papel da linguagem
- Funções psicológicas superiores
- Do plano intersubjetivo para o intrasubjetivo
- Conceitos espontâneos e científicos
- Significado...o uso compartilhado da palavra da língua... e
sentido...o uso pessoal, emocional da palavra
- ZPD – Zona de Desenvolvimento Proximal
20. HENRI WALLON
Em 1947, Wallon coordenou o projeto Reforma do Ensino
Francês calcado na concepção de que a escola deve
proporcionar a formação integral dos estudantes: intelectual,
afetiva e social (competências socioemocionais);
Campos funcionais: motricidade, afetividade, inteligência
- Predominância funcional => afetiva ou cognitiva - em cada
fase, há predominância de um tipo de atividade, que lhe dá
unidade e colorido próprio
- Alternância funcional - o desenvolvimento é uma construção
progressiva, em que o afetivo e o cognitivo se alternam
enquanto predominância.
- Integração funcional => construção recíproca; processo
contínuo de diferenciação e integração
21. DONALD WINNICOTT
Desenvolvimento emocional
- Indiferenciação => diferenciação
- Ambiente suficientemente bom
=> função de handing, de holding e de apresentação de mundo em
pequenas doses
23. IMPLICAÇÕES PARA A SALA DE AULA
Gardner, coloca a necessidade de resgatar os estilos
que foram desvalorizados pela cultura da Modernidade
(especialmente o Sentimento e a Intuição), ressaltando a
importância do respeito à diversidade humana.
A escola deveria promover o desenvolvimento das
diferentes facetas do conhecimento, colaborando com o
amadurecimento e integração, nas pessoas, dos seus
múltiplos potenciais;
partir do reconhecimento tanto dos canais facilitadores
de aprendizagem de cada um, que devem ser
cultivados...
...quanto dos pontos mais frágeis, que também devem ser estimulados, sempre no sentido da promoção
de pessoas mais inteiras, mais equilibradas, mais integradas internamente.
24.
25. OS CINCO GRANDES DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL (GOLEMAN, 2007)
1 – CONHECER AS PRÓPRIAS EMOÇÕES – É fundamental para o discernimento emocional e
autocompreensão. A incapacidade de conhecer os nossos verdadeiros sentimentos nos deixa a mercê deles...as
pessoas com essa habilidade já desenvolvida, tem maior consciência de como se sentem em relação a decisões
pessoais;
2 – LIDAR COM AS EMOÇÕES – Lidar com sentimentos para que sejam apropriados, é uma aptidão que se
desenvolve a partir da autoconsciência. A incapacidade de confortar-se, a ansiedade, a tristeza, a irritabilidade, nos
incapacitam...as pessoas fracas nessa habilidade, irão lutar constantemente contra sentimentos de desespero.
3 – MOTIVAR-SE – Pôr as emoções a serviço de uma meta. O autocontrole emocional – saber adiar a satisfação
e conter a impulsividade – está por trás de qualquer tipo de realização.
26. OS CINCO GRANDES DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL (GOLEMAN, 2007)
4 – RECONHECER AS EMOÇÕES DOS OUTROS – A EMPATIA – outra capacidade que se desenvolve na
autoconsciência, é conhecida como a “aptidão pessoal fundamental”. Diz respeito a sintonizar-se com os sinais
sutis do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou o que querem. Fundamental para a atividade
docente.
5 – LIDAR COM RELACIONAMENTOS - A arte de se relacionar, é a aptidão de lidar com as emoções dos
outros. São aptidões que determinam a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal. Essa habilidade é
fundamental para desenvolver relacionamentos sólidos no campo individual e coletivo, como os relacionamentos
amorosos, sociais e profissionais.
27. IMPLICAÇÕES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA SALA DE AULA:
1 - Abertura a experiências => estar disposto e interessado pelas experiências - curiosidade, imaginação,
criatividade, prazer pelo aprender…
2 - Consciência => ser organizado, esforçado e responsável pela própria aprendizagem - perseverança, autonomia,
autorregulação, controle da impulsividade…
3 - Extroversão => orientar os interesses e energia para o mundo exterior - autoconfiança, sociabilidade,
entusiasmo…
4 - Cooperatividade => atuar em grupo de forma cooperativa e colaborativa - tolerância, simpatia, altruísmo…
5 - Estabilidade emocional => demonstrar previsibilidade e consistência nas reações emocionais - autocontrole,
calma, serenidade…
28. ...ESSES DOMÍNIOS SÃO NECESSÁRIOS NÃO APENAS PARA ALUNOS, MASTAMBÉM, OU
PRINCIPALMENTE PARA OS DOCENTES...
....POIS NÃO HÁ NADA MAIS DESATROSO DO QUE UM PROFISSIONAL QUE NÃO TENHA
DOMÍNIO DE SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES, COMPROMENTE TODA A SUA CAPACIDADE
ACADÊMICA E PREPARO PROFISSIONAL...
....TODOS ESTÃO NA PÓS-MODERNIDADE, IMERSOS EM UM UNIVERSO DE INCERTEZAS!
Implica em fortalecer os protagonistas da cena pedagógica para que possam estabelecer vínculos
saudáveis entre si e com os objetos do conhecimento, construindo de maneira eficiente e prazerosa
essas relações.
29. QUESTÕES QUE DIFICULTAM A ATIVIDADE DOCENTE NA PÓS
MODERNIDADE
Crise de autoridade docente
Adoecimento físico e psicológico
Violência simbólica, física e institucional
30. CRISE DE AUTORIDADE DOCENTE
Quando perguntamos quais as causas do enfraquecimento da autoridade, as respostas remetem
hegemonicamente a causas externas ao ambiente escolar:
perda ou crise de valores, falta de educação e de limites, a ausência da família na escola, a desestruturação da
família e o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), que é condescendente com o adolescente e não
ensina que ele também tem deveres além de direitos.
O que muitas vezes acontece é que os educadores sentem a mudança de valores mais tradicionais como uma
crise, e por isso, não conseguem perceber que não há uma ausência de valores, mas uma readequação, uma
positivação de alguns valores em detrimento de outros, ou ainda, uma mudança na forma como certos valores são
vivenciados.
Quando a falta de obediência acontece vez ou outra, ela faz parte do processo de afirmação da autoridade, pois
segundoWinnicott (1977), toda autoridade precisa ser testada. Resistir aos testes é o que vai reforçá-la e
reafirmá-la. No entanto, os testes tendem a diminuir com o tempo. Se isso não acontecer, a autoridade pode estar
enfraquecida.
31. CRISE DE AUTORIDADE DOCENTE
A escola como lócus de fomentação do pensamento humano – por meio da recriação do legado cultural – parece
ter sido substituída, grande parte das vezes, pela visão difusa de um campo de pequenas batalhas civis; pequenas
mas visíveis o suficiente para causar uma espécie de mal-estar coletivo nos educadores brasileiros.
A LÓGICA DA DOMINAÇÃO SOCIAL,TROUXE A GUERRA DE MICROGRUPOS PARA O INTERIOR DA
ESCOLA: DESSA MANEIRA,AS DISPUTAS PASSARAM A SE DAR ENTRE GRUPOS QUE DIANTE DO SISTEMA
POLITICO E SOCIAL (E ECONÔMICO), OCUPAM A MESMA POSIÇÃO:A DE DOMINADOS – MAS QUE SE
LEVA A CRER QUE OS PERTENCENTES A DETERMINADOS GRUPOS (HETEROSSEXUAIS, HOMOSSEXUAIS,
EVANGELICOS, CATÓLICOS, DIREITISTAS, ESQUERDISTAS, ETC...) SÃO ALGUMA COISA DIFERENTES DOS
DEMAIS,A NÃO SER UMA MASSA DOMINADA E A SERVIÇO DE UMA IDEOLOGIA DOMINANTE.
32. CRISE DE AUTORIDADE DOCENTE
A crise da autoridade na educação guarda a mais estreita conexão
com a crise da tradição, ou seja, com a crise de nossa atitude perante
o âmbito do passado. É sobremodo difícil para o educador arcar com
esse aspecto da crise moderna, pois é de seu ofício servir como
mediador entre o velho e o novo, de tal modo que sua própria
profissão lhe exige um respeito extraordinário pelo passado.
(Arendt 1992, pp. 243-244)
33. CRISE DE AUTORIDADE DOCENTE
Embora certa qualificação seja indispensável para a autoridade, a
qualificação, por maior que seja, nunca engendra por si só autoridade.
A qualificação do professor consiste em conhecer o mundo e ser
capaz de instruir os outros acerca deste, porém, sua autoridade se
assenta na responsabilidade que ele assume por este mundo. Em face
da criança, é como se ele fosse um representante de todos os
habitantes adultos, apontando os detalhes e dizendo à criança: – Isso é
o nosso mundo (Ibid., p. 239).
34. CRISE DE AUTORIDADE DOCENTE
TOMANDO COMO CONTRAPONTO CONCRETO AVIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA, DA
QUAL NOSVEMOS COMO REFÉNS A MAIOR PARTE DOTEMPO:
Qual mundo temos apresentado a nossos alunos?
Quais de seus detalhes lhes temos apontado?
Qual história queremos legar para as novas gerações?
Há ainda, no encontro habitual da sala de aula, responsabilidade por este mundo e esperança de um outro
melhor?
35. MECANISMOS DE DEFESAS
Negação - recusa a aceitar a verdade ou a realidade de um fato ou experiência.
Repressão - envolve simplesmente esquecer de algo ruim. ..esquecer uma experiência desagradável
Regressão - volta a um estado emocional infantil em que seus medos inconscientes, ansiedades, e “angústia”
geral reaparecem.
Deslocamento - transfere seus sentimentos originais perigosos (geralmente raiva, inveja) para longe da pessoa
que é o alvo e para uma vítima mais infeliz e inofensiva.
Projeção - suposição de que o reconhecimento de uma qualidade particular em si mesmo poderia causar-lhe
dor psíquica...Você está “projetando” suas inseguranças sobre os outros e, no processo, alienando-os.
36. MECANISMOS DE DEFESAS
Intelectualização – se acha afastado de uma reação de emoção ou
sentimento que você não gosta...exemplificando, em vez de enfrentar
o intenso sofrimento e rejeição que se sente, depois que a
esposa decide sair de casa, o homem faz uma análise financeira
detalhada de quanto passou a gastar, agora que você mora
sozinho...afastando a dor emocional do abandono;
Formação reativa - significa expressar o oposto de seus
sentimentos internos em seu comportamento exterior... a obsessão
com a pornografia se revertendo em desprezo extremo para todas as
coisas sexuais.
37. MECANISMOS DE DEFESAS
Racionalização - racionalizar algo, tentar
explicá-lo...As pessoas freqüentemente
usam racionalização para escorar suas
inseguranças ou remorso depois de fazer algo
que eles se arrependem. É mais fácil culpar
alguém do que tomar a culpa para si mesmo.
Sublimação - quando as pessoas
transformam suas emoções conflitantes em
algo produtivo...as vocações, as chamadas
“boas ações”, podem ter raízes na sublimação
de desejos que o ego não suportaria.
38. PAPEL DO PROFESSOR DO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES
SOCIOEMOCIONAIS NOS ALUNOS:
=> Necessidade de ampliar e solidificar o seu processo de
formação – teórico e vivencial (pessoal)
Sempre que possível ter consciência de suas defesas
psicológicas;
Reconhecer-se um sujeito em formação, que é muito mais do
que uma titulação, ou uma função acadêmica, que é SER
HUMANO, como os demais do planeta têm o direito de ser;
39. Implicação nas relações interpessoais: cada vez
mais se requer a consideração do outro como
sujeito de direitos, de emoções e de uma cultura
pautada pela diversidade, quer se aceite ou não
aceite, sendo esse o percurso que a sociedade
humana trilhou, e que no Brasil, em comparação
com outros países, estamos ainda em defasagem.
40.
41. COMO SE AVALIA NA PERSPECTIVA DAS COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS
Diferentes instrumentos de avaliação e de modalidades de pesquisas devem ser utilizados:
correlação entre autopercepção do aluno x percepção do professor x observação de ações...
Modalidades variadas de pesquisas
=> estudos longitudinais; estudos comparativos interculturais; estudos exploratórios; estudos inferenciais; análises
qualitativas e quantitativas; estudos interdisciplinares; estudos de caso; propostas de intervenção e medidas de
seus impactos...
42. LUGAR DATEORIA: DESENVOLVER UM OLHAR...
“... a teoria deve estar “atrás” dos olhos, não à sua
frente. Colocar a teoria “na frente dos olhos”, como se
fosse uma lente, faz com que o olhar se feche,
contaminado pelo viés teórico em questão. Por outro
lado, quando ficam “por trás do olhar”, como se fossem
panos de fundo, os conceitos e reflexões enriquecem a
percepção, abrem o olhar para o infinitamente rico
universo dos fenômenos.” (Abed, 2014)
44. REFERÊNCIAS
ABED,Anita Lilian Zuppo. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a
aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. São Paulo: 2014.
PESCAROLO, J. K.; DE MORAES, P. R. B. O declínio da autoridade docente na escola contemporânea. In: Rev.
Diálogo Educ., Curitiba, v. 16, n. 47, p. 147-168, jan./abr. 2016.
FORATTINI, Cristina Damm. Adoecimento e sofrimento docente na perspectiva da precarização do trabalho.
In: Laplage em Revista (Sorocaba), vol.1, n.2, mai.- ago. 2015, p.32- 47.
ARENDT, Hannah. Sobre a violência.Tradução André Macedo Duarte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
FREUD, Sigmund. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 2014.
FERNÀNDEZ,Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre:Artes Médicas, 1990.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre,Artes Médicas Sul, 2000.
PIAGET, Jean. Inteligência e afetividade. Buenos Aires:Aique, 2005.
VYGOTSKY, Lev. A Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.