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2.Duas agendas na formulação da política econômica nos últimos 20 anos: 
1.Contrato social da redemocratização 
1.Baixa poupança e baixa resposta da poupança a episódios de crescimento 
2.Ensaio nacional desenvolvimentista 
3.O mundo não explica o freio do brasil 
4.Conclusão
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
•A aceleração do crescimento de FHC para Lula é um fenômeno de produtividade 
•A desaceleração do crescimento no quadriênio de Dilma é 80% um fenômeno de produtividade 
•Houve queda na produtividade do capital e forte desaceleração da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 
•Consideramos série de horas trabalhadas construída a partir do cruzamento da PME com as PNADs
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
PIB PTF Horas 
Capital em 
uso 
1982-1994 2,5 -0,1 1,0 1,6 
-4,9 41,5 63,4 
1995-2002 2,3 0,2 1,0 1,0 
10,2 45,1 44,7 
2003-2010 3,9 1,6 1,0 1,4 
39,9 25,3 34,8 
2011-2013 1,9 0,0 0,3 1,6 
0,6 16,3 83,1 
D(Dilma-Lula) -2,0 -1,6 -0,7 0,2 
78,2 34,0 -12,2 
PIB – Produto Interno Bruto 
PTF – Produtividade Total dos Fatores
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
PTFProdutividade do TrabalhoProdutividade do Capital1982-1994-0,10,3-0,5-2743741995-20020,20,20,09732003-20101,61,20,474262011-20130,00,8-0,76721-6621D(Dilma-Lula)-1,6-0,4-1,126,973,1
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
PIBProdutividade do TrabalhoPOJornada1982-19942,50,62,4-0,624,599,8-24,21995-20022,30,41,9-0,117,985,1-3,02003-20103,92,12,1-0,354,153,9-8,02011-20131,91,41,0-0,470,449,4-19,8D(Dilma-Lula)-2,0-0,8-1,2-0,138,258,33,5
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
HorasPOJornada1982-19941,92,4-0,6132-321995-20021,91,9-0,1104-42003-20101,82,1-0,3117-172011-20130,61,0-0,4167-67D(Dilma-Lula)-1,2-1,2-0,194,35,7
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
PIBProdutividade do CapitalCapitalUtilização1982-19942,5-1,03,00,5-40,8120,820,01995-20022,30,02,4-0,10,7105,8-6,52003-20103,90,92,30,822,657,519,92011-20131,9-1,63,8-0,2-84,8194,9-10,1D(Dilma-Lula)-2,0-2,51,5-1,0127-7649
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
Capital em usoCapitalUtilização1982-19943,53,00,586141995-20022,32,4-0,1107-72003-20103,12,30,874262011-20133,63,8-0,2105-5D(Dilma-Lula)0,51,5-1,0281-181
Superintendência Adjunta de Inflação 
EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO 
PO POP PIA/POP PEA/PIA PO/PEA 
1982-1994 2,4 1,9 0,5 0,4 -0,3 
78,4 19,9 15,3 -13,6 
1995-2002 1,9 1,5 0,7 0,2 -0,4 
77,2 36,6 8,3 -22,1 
2003-2010 2,1 1,1 0,4 0,4 0,2 
53,9 19,0 17,8 9,2 
2011-2013 1,0 0,8 0,5 -1,2 0,9 
84,9 49,8 -125,0 90,3 
D(Dilma-Lula) -1,2 -0,3 0,1 -1,6 0,7 
28,4 -6,3 135,5 -57,6 
PO – População ocupada 
POP – População Total 
PIA – População em idade ativa 
PEA – População economicamente ativa
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização 
•Toda e evidência da ciência política recente é que o sistema político brasileiro é funcional 
•Trata-se de presidencialismo multipartidário com presidente muito forte: 
–Veto total e parcial 
–Decide a forma de processamento de PLs: 
•Urgência e urgência urgentíssima 
–Orçamento autorizativo 
•A força do presidente faz com que ele consiga impor sua agenda ao congresso e, portanto, explica a funcionalidade do sistema 
•Não decai em tirania pois há mecanismo de controle: 
–Judiciário independente e imprensa livre 
–Órgão de Estado independentes: Polícia Federal, ministério público, TCU e CGU 
•Democracia funcional em uma sociedade muito desigual faz com que o eleitor mediano vote a favor da elevação da carga tributária
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização 
•O sistema político brasileiro é funcional 
•Democracia em sociedades muito desiguais faz com que a escolha social seja pró redistribuição e aumento da carga tributária 
–O eleitor mediano tem renda muito menor do que a renda média 
–Ele vota por aumento das transferências 
•O contrato social faz com que o crescimento econômico seja variável residual, a agenda da sociedade é equidade
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: 
Contrato social de redemocratização 
Pessoal INSS Subsídios 
Custeio 
Administrativo 
Custeio 
Saúde e 
Educação 
Custeio 
Gastos 
Sociais 
Investimentos 
sem MCMV 
Total 
1999 4,5 5,5 0,2 1,4 1,8 0,6 0,5 14,5 
2000 4,6 5,6 0,3 1,3 1,8 0,6 0,7 14,7 
2001 4,8 5,8 0,4 0,7 1,8 0,9 1,2 15,6 
2002 4,8 6,0 0,2 1,1 1,8 1,0 1,0 15,7 
2003 4,5 6,3 0,4 0,9 1,7 1,0 0,4 15,1 
2004 4,3 6,5 0,3 1,0 1,7 1,2 0,6 15,6 
2005 4,3 6,8 0,5 1,1 1,8 1,3 0,6 16,4 
2006 4,5 7,0 0,4 1,1 1,7 1,6 0,7 17,0 
2007 4,4 7,0 0,4 1,2 1,8 1,6 0,8 17,1 
2008 4,3 6,6 0,2 1,0 1,8 1,6 0,9 16,4 
2009 4,7 6,9 0,2 1,1 1,9 1,9 1,0 17,7 
2010 4,4 6,8 0,3 1,1 2,0 1,8 1,1 17,4 
2011 4,3 6,8 0,4 0,9 2,0 1,9 1,1 17,5 
2012 4,2 7,2 0,6 0,9 2,2 2,1 1,1 18,3 
2013 4,2 7,4 0,9 1,0 2,2 2,2 1,0 18,9 
2014 4,2 7,1 1,0 1,0 2,4 2,1 1,2 19,1 
2013-1999 -0,3 1,9 0,6 -0,4 0,5 1,7 0,5 4,4 
-6,6 42,8 13,9 -10,3 10,7 37,9 11,6 100,0 
Evolução do gasto público não financeiro da União excluindo 
transferência para Estados e Municípios (% do PIB)
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA Estudo do FMI, World Economic Outlook de Abril de 2014 
•O estudo estimou a seguinte equação: 
•푇푃푖푡=퐸퐹푖+휌푇푃푖,푡−1+훽푔푖푡+휖푖푡 
•푇푃푖푡− é a taxa de poupança na i-ésima economia no t- ésimo instante 
•퐸퐹푖− é a o efeito fixo da i-ésima economia 
•푔푖푡− é a taxa de crescimento da i-ésima economia no t- ésimo instante 
•휖푖푡− é a taxa de poupança na i-ésima economia no t-ésimo instante 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA 
•O estudo encontrou do FMI 휌=0,76 e 훽=0,2 푎 0,3 
•Refizemos o exercício de FMI para uma amostra bem maior, 188 países ante 45 do estudo do FMI, e o efeito do crescimento não parece ser robusto 
•No entanto, quando no concentramos em uma amostra menor obtivemos resultados bem próximos 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE 
POUPANÇA 
FE (within) regression with AR(1) disturbanNceusmber of obs = 1219 
Group variable: pais Number of groups = 30 
------------------------------------------------------------------------------ 
Poupança Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] 
-------------+---------------------------------------------------------------- 
Poupança(-1) 0,82 0,02 47,94 0,00 0,78 0,85 
Crescimento 0,21 0,02 11,88 0,00 0,18 0,25 
Constante 3,54 0,29 12,22 0,00 2,97 4,11 
-------------+---------------------------------------------------------------- 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: 
Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA 
•O estudo não explora o impacto de diferenças do efeito fixo sobre a taxa de poupança no longo prazo: 
•푇푃푖푡=퐸퐹푖+휌푇푃푖,푡−1+훽푔푖푡+휖푖푡 
•Logo, longo prazo: 
•푇푃푖= 퐸퐹푖+훽푔푖 1−휌 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA 
Efeito fixo da regressão de painel para os diversos países: diferença estática entre Brasil e China de 2,57 p.p. do PIB, o que pode significar diferença no longo prazo de 8 a 14 p.p. do PIB
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA 
•Além da poupança ser baixa o contrato social da redemocratização faz com que a resposta da poupança e episódios de crescimento não seja forte o suficiente o que limite a continuidade do episódio 
•Exercício simples de simulação de qual seria a resposta da poupança que resulta de nossa estimativa para o período recente de crescimento 
•Resultado: a poupança teria crescido um pouco mais do que cresceu e teria, em seguida com a desaceleração rencente da economia, reduzido menos do que reduziu-se 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista 
•Em 2009, como resposta à crise econômica adotou-se nova agenda na formulação da política econômica 
•O ensaio nacional desenvolvimentista consiste em colocar o Estado no centro da direção da natureza do processo de desenvolvimento econômico 
–Elevado intervencionismo direto do Estado sobre o espaço econômico 
–Note que este intervencionismo não necessariamente significa elevada carga tributária 
–Elevada carga tributária é inerente à construção de um Estado de Bem Estar Social
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista – Medidas 
1.Alteração no regime de câmbio flutuante para fortemente administrado. Por algum tempo vigorou e vigora regime de câmbio fixo 
2.Maior tolerância com a inflação 
3.Adoção recorrente de artifícios para atingir a meta de superávit primário, reduzindo a transparência da política fiscal, além de fortíssima redução do superávit primário 
4.Controle de preços para tentar conter a inflação. Isto é visível, por exemplo, nos combustíveis e na política de desoneração tributária, além das tarifas de eletricidade e de transporte coletivo público 
5.Adotar teorias heterodoxas com relação ao processo de formação dos juros reais na economia (equilíbrio múltiplo e/ou que o impacto do juro sobre a atividade depende da variação deste e não do nível) e, em função deste entendimento, baixar “na marra” a taxa básica de juros 
6.Expansão do papel do BNDES na intermediação do investimento, com forte discricionariedade em relação aos favorecidos 
7.Tendência a fechar a economia ao comércio internacional 
8.Direcionamento da política de desoneração tributária a alguns setores ou bens, em vez de estendê-la de forma equitativa a todos os setores produtivos
Superintendência Adjunta de Inflação 
DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista – Medidas 
9.Aumento do papel do Estado e da Petrobras no setor de petróleo; 
10.Intervenção desastrada no setor elétrico para baixar as tarifas e antecipar a renovação das concessões 
11.Uso dos bancos públicos de forma muito arriscada com vistas a baixar “na marra” o spread bancário 
12.Dificuldade ideológica em relação ao emprego do setor privado na oferta de serviços de utilidade pública e infraestrutura em geral 
13.Adoção indiscriminada da política de conteúdo nacional e de estímulo à produção local sem a preocupação com o custo de oportunidade dos recursos sociais. Em certa medida, trata-se de reedição da lei ‘do similar nacional’, que tem como um dos resultados mais visíveis a criação de forte capacidade ociosa na indústria automobilística 
•Minha interpretação é que a queda do crescimento da produtividade é fruto dos impactos negativos do ensaio nacional desenvolvimentista sobre o desempenho da economia 
•Ou seja, da mesma forma que a aceleração sob Lula é fruto da maturação das reformas institucionais do governo FHC e do primeiro mandato do governo Lula a queda recente é fruto da alteração do regime de política econômica que houve a partir de 2009
Superintendência Adjunta de Inflação 
O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL 
•Há intenso debate público sobre a natureza da desaceleração da economia brasileira 
•Os analistas que avaliam serem corretas as medidas associada ao ensaio nacional desenvolvimentista alegam que a desaceleração econômica resulta da redução do crescimento mundial 
•Dois argumentos, penso eu, tornam difícil esta avaliação: 
–A economia brasileira é das economias mais fechadas que há 
–Os termos de troca ainda estão em nível muito elevado do ponto de vista histórico
Superintendência Adjunta de Inflação 
O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL A desaceleração da economia mundial e latino-americana foi muito menor 
DIFDIF-DIF1982-19941995-20022003-20102011-2014D(Dilma-Lula) %%%%pontospontosEconomia mundial3343-54América Latina3243-66Argentina2-185-262-196XBolívia2346143209 Brasil2242-201-135 Chile654573139 Colômbia425546112 Costa Rica5454-579 República Dominicana 3664-152-86 Equador3246158224 El Salvador3322673 Guatemala24341783 Haiti-2304394460 Honduras3343-93-27 Jamaica3010-759 México222368134 Nicarágua-1435163229 Panamá24810229295 Paraguai314577143 Peru0366-4026 Trinidad e Tobago-2760-548-482XUruguai3055-4422 Venezuela1054-112-46 DIF c/ mundo (pontos)-91-1119-137DIF c/ AL (pontos)-512-9-144*X se a perda de desempenho relativamente à média da América Latina foi maior do que a brasileira. Taxas médias de crescimento para o períodoTamanho relativo da desaceleração*
Superintendência Adjunta de Inflação 
O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL Economia muito fechada 
(X+M)/Y(X+M)/Y com controlesRanking Abertura país i- Ranking PIB país i ** ArgentinaARG0.41-0.41-14BolíviaBOL0.830.0219BrasilBRA0.25-0.52-14ChileCHL0.72-0.121ColômbiaCOL0.39-0.36-20Costa RicaCRI0.79-0.4116República Dominicana DOM0.60-0.583EquadorECU0.66-0.230El SalvadorSLV0.75-0.637GuatemalaGTM0.65-0.314HaitiHTI0.69-0.3821HondurasHND1.160.2424JamaicaJAM0.85-- MéxicoMEX0.640.02-3NicaráguaNIC0.980.1023PanamáPAN1.410.2823ParaguaiPRY0.970.1423PeruPER0.53-0.27-8Trinidade e TobagoTTO0.92-- UruguaiURY0.55-0.444VenezuelaVEN0.50-0.30-8
Superintendência Adjunta de Inflação 
O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL Economia muito fechada
Superintendência Adjunta de Inflação 
CONCLUSÃO 
•Muito provavelmente a desaceleração recente da economia brasileira, 80% fenômeno de produtividade, já resulta dos impactos deletérios da ‘nova matriz econômica’ sobre a eficiência da economia 
•A adoção da ‘nova matriz econômica’ é fruto de ideologia e não da economia política 
•Se for revertida no próximo governo é possível colocar a economia crescendo a 3% ao ano 
•Para acelerar ainda mais o crescimento será preciso rever o contrato social de redemocratização de forma a ser possível aumentar a poupança doméstica 
•Trata-se de agenda para o futuro

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FGV / IBRE - Anatomia da Desaceleração Recente da Economia

  • 1. América Latina Anatomia da Desaceleração Recente da Economia Samuel Pessoa | 2014 A AMÉRICA LATINA E AS NOVAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS MUNDIAIS seminário
  • 2. Superintendência Adjunta de Inflação ANATOMIA DA DESACELERAÇÃO RECENTE DA ECONOMIA Nova matriz econômica ou contrato social? Samuel Pessoa A América Latina e o Novo Estágio da Economia Mundial Ibre-FGV, Rio de Janeiro 19 de setembro de 2014
  • 3. Superintendência Adjunta de Inflação ROTEIRO 1.Exercício de decomposição e fatos estilizados 2.Duas agendas na formulação da política econômica nos últimos 20 anos: 1.Contrato social da redemocratização 1.Baixa poupança e baixa resposta da poupança a episódios de crescimento 2.Ensaio nacional desenvolvimentista 3.O mundo não explica o freio do brasil 4.Conclusão
  • 4. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO •A aceleração do crescimento de FHC para Lula é um fenômeno de produtividade •A desaceleração do crescimento no quadriênio de Dilma é 80% um fenômeno de produtividade •Houve queda na produtividade do capital e forte desaceleração da taxa de crescimento da produtividade do trabalho •Consideramos série de horas trabalhadas construída a partir do cruzamento da PME com as PNADs
  • 5. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO PIB PTF Horas Capital em uso 1982-1994 2,5 -0,1 1,0 1,6 -4,9 41,5 63,4 1995-2002 2,3 0,2 1,0 1,0 10,2 45,1 44,7 2003-2010 3,9 1,6 1,0 1,4 39,9 25,3 34,8 2011-2013 1,9 0,0 0,3 1,6 0,6 16,3 83,1 D(Dilma-Lula) -2,0 -1,6 -0,7 0,2 78,2 34,0 -12,2 PIB – Produto Interno Bruto PTF – Produtividade Total dos Fatores
  • 6. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO PTFProdutividade do TrabalhoProdutividade do Capital1982-1994-0,10,3-0,5-2743741995-20020,20,20,09732003-20101,61,20,474262011-20130,00,8-0,76721-6621D(Dilma-Lula)-1,6-0,4-1,126,973,1
  • 7. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO PIBProdutividade do TrabalhoPOJornada1982-19942,50,62,4-0,624,599,8-24,21995-20022,30,41,9-0,117,985,1-3,02003-20103,92,12,1-0,354,153,9-8,02011-20131,91,41,0-0,470,449,4-19,8D(Dilma-Lula)-2,0-0,8-1,2-0,138,258,33,5
  • 8. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO HorasPOJornada1982-19941,92,4-0,6132-321995-20021,91,9-0,1104-42003-20101,82,1-0,3117-172011-20130,61,0-0,4167-67D(Dilma-Lula)-1,2-1,2-0,194,35,7
  • 9. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO PIBProdutividade do CapitalCapitalUtilização1982-19942,5-1,03,00,5-40,8120,820,01995-20022,30,02,4-0,10,7105,8-6,52003-20103,90,92,30,822,657,519,92011-20131,9-1,63,8-0,2-84,8194,9-10,1D(Dilma-Lula)-2,0-2,51,5-1,0127-7649
  • 10. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO Capital em usoCapitalUtilização1982-19943,53,00,586141995-20022,32,4-0,1107-72003-20103,12,30,874262011-20133,63,8-0,2105-5D(Dilma-Lula)0,51,5-1,0281-181
  • 11. Superintendência Adjunta de Inflação EXERCÍCIOS DE DECOMPOSIÇÃO PO POP PIA/POP PEA/PIA PO/PEA 1982-1994 2,4 1,9 0,5 0,4 -0,3 78,4 19,9 15,3 -13,6 1995-2002 1,9 1,5 0,7 0,2 -0,4 77,2 36,6 8,3 -22,1 2003-2010 2,1 1,1 0,4 0,4 0,2 53,9 19,0 17,8 9,2 2011-2013 1,0 0,8 0,5 -1,2 0,9 84,9 49,8 -125,0 90,3 D(Dilma-Lula) -1,2 -0,3 0,1 -1,6 0,7 28,4 -6,3 135,5 -57,6 PO – População ocupada POP – População Total PIA – População em idade ativa PEA – População economicamente ativa
  • 12. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização •Toda e evidência da ciência política recente é que o sistema político brasileiro é funcional •Trata-se de presidencialismo multipartidário com presidente muito forte: –Veto total e parcial –Decide a forma de processamento de PLs: •Urgência e urgência urgentíssima –Orçamento autorizativo •A força do presidente faz com que ele consiga impor sua agenda ao congresso e, portanto, explica a funcionalidade do sistema •Não decai em tirania pois há mecanismo de controle: –Judiciário independente e imprensa livre –Órgão de Estado independentes: Polícia Federal, ministério público, TCU e CGU •Democracia funcional em uma sociedade muito desigual faz com que o eleitor mediano vote a favor da elevação da carga tributária
  • 13. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização •O sistema político brasileiro é funcional •Democracia em sociedades muito desiguais faz com que a escolha social seja pró redistribuição e aumento da carga tributária –O eleitor mediano tem renda muito menor do que a renda média –Ele vota por aumento das transferências •O contrato social faz com que o crescimento econômico seja variável residual, a agenda da sociedade é equidade
  • 14. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização Pessoal INSS Subsídios Custeio Administrativo Custeio Saúde e Educação Custeio Gastos Sociais Investimentos sem MCMV Total 1999 4,5 5,5 0,2 1,4 1,8 0,6 0,5 14,5 2000 4,6 5,6 0,3 1,3 1,8 0,6 0,7 14,7 2001 4,8 5,8 0,4 0,7 1,8 0,9 1,2 15,6 2002 4,8 6,0 0,2 1,1 1,8 1,0 1,0 15,7 2003 4,5 6,3 0,4 0,9 1,7 1,0 0,4 15,1 2004 4,3 6,5 0,3 1,0 1,7 1,2 0,6 15,6 2005 4,3 6,8 0,5 1,1 1,8 1,3 0,6 16,4 2006 4,5 7,0 0,4 1,1 1,7 1,6 0,7 17,0 2007 4,4 7,0 0,4 1,2 1,8 1,6 0,8 17,1 2008 4,3 6,6 0,2 1,0 1,8 1,6 0,9 16,4 2009 4,7 6,9 0,2 1,1 1,9 1,9 1,0 17,7 2010 4,4 6,8 0,3 1,1 2,0 1,8 1,1 17,4 2011 4,3 6,8 0,4 0,9 2,0 1,9 1,1 17,5 2012 4,2 7,2 0,6 0,9 2,2 2,1 1,1 18,3 2013 4,2 7,4 0,9 1,0 2,2 2,2 1,0 18,9 2014 4,2 7,1 1,0 1,0 2,4 2,1 1,2 19,1 2013-1999 -0,3 1,9 0,6 -0,4 0,5 1,7 0,5 4,4 -6,6 42,8 13,9 -10,3 10,7 37,9 11,6 100,0 Evolução do gasto público não financeiro da União excluindo transferência para Estados e Municípios (% do PIB)
  • 15. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA Estudo do FMI, World Economic Outlook de Abril de 2014 •O estudo estimou a seguinte equação: •푇푃푖푡=퐸퐹푖+휌푇푃푖,푡−1+훽푔푖푡+휖푖푡 •푇푃푖푡− é a taxa de poupança na i-ésima economia no t- ésimo instante •퐸퐹푖− é a o efeito fixo da i-ésima economia •푔푖푡− é a taxa de crescimento da i-ésima economia no t- ésimo instante •휖푖푡− é a taxa de poupança na i-ésima economia no t-ésimo instante DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 16. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA •O estudo encontrou do FMI 휌=0,76 e 훽=0,2 푎 0,3 •Refizemos o exercício de FMI para uma amostra bem maior, 188 países ante 45 do estudo do FMI, e o efeito do crescimento não parece ser robusto •No entanto, quando no concentramos em uma amostra menor obtivemos resultados bem próximos DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 17. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA FE (within) regression with AR(1) disturbanNceusmber of obs = 1219 Group variable: pais Number of groups = 30 ------------------------------------------------------------------------------ Poupança Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval] -------------+---------------------------------------------------------------- Poupança(-1) 0,82 0,02 47,94 0,00 0,78 0,85 Crescimento 0,21 0,02 11,88 0,00 0,18 0,25 Constante 3,54 0,29 12,22 0,00 2,97 4,11 -------------+---------------------------------------------------------------- DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 18. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA •O estudo não explora o impacto de diferenças do efeito fixo sobre a taxa de poupança no longo prazo: •푇푃푖푡=퐸퐹푖+휌푇푃푖,푡−1+훽푔푖푡+휖푖푡 •Logo, longo prazo: •푇푃푖= 퐸퐹푖+훽푔푖 1−휌 DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 19. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA Efeito fixo da regressão de painel para os diversos países: diferença estática entre Brasil e China de 2,57 p.p. do PIB, o que pode significar diferença no longo prazo de 8 a 14 p.p. do PIB
  • 20. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA •Além da poupança ser baixa o contrato social da redemocratização faz com que a resposta da poupança e episódios de crescimento não seja forte o suficiente o que limite a continuidade do episódio •Exercício simples de simulação de qual seria a resposta da poupança que resulta de nossa estimativa para o período recente de crescimento •Resultado: a poupança teria crescido um pouco mais do que cresceu e teria, em seguida com a desaceleração rencente da economia, reduzido menos do que reduziu-se DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 21. Superintendência Adjunta de Inflação TESTE EMPÍRICO: EFEITO DO CRESCIMENTO NA TAXA DE POUPANÇA DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Contrato social de redemocratização
  • 22. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista •Em 2009, como resposta à crise econômica adotou-se nova agenda na formulação da política econômica •O ensaio nacional desenvolvimentista consiste em colocar o Estado no centro da direção da natureza do processo de desenvolvimento econômico –Elevado intervencionismo direto do Estado sobre o espaço econômico –Note que este intervencionismo não necessariamente significa elevada carga tributária –Elevada carga tributária é inerente à construção de um Estado de Bem Estar Social
  • 23. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista – Medidas 1.Alteração no regime de câmbio flutuante para fortemente administrado. Por algum tempo vigorou e vigora regime de câmbio fixo 2.Maior tolerância com a inflação 3.Adoção recorrente de artifícios para atingir a meta de superávit primário, reduzindo a transparência da política fiscal, além de fortíssima redução do superávit primário 4.Controle de preços para tentar conter a inflação. Isto é visível, por exemplo, nos combustíveis e na política de desoneração tributária, além das tarifas de eletricidade e de transporte coletivo público 5.Adotar teorias heterodoxas com relação ao processo de formação dos juros reais na economia (equilíbrio múltiplo e/ou que o impacto do juro sobre a atividade depende da variação deste e não do nível) e, em função deste entendimento, baixar “na marra” a taxa básica de juros 6.Expansão do papel do BNDES na intermediação do investimento, com forte discricionariedade em relação aos favorecidos 7.Tendência a fechar a economia ao comércio internacional 8.Direcionamento da política de desoneração tributária a alguns setores ou bens, em vez de estendê-la de forma equitativa a todos os setores produtivos
  • 24. Superintendência Adjunta de Inflação DUAS AGENDAS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA: Ensaio Nacional Desenvolvimentista – Medidas 9.Aumento do papel do Estado e da Petrobras no setor de petróleo; 10.Intervenção desastrada no setor elétrico para baixar as tarifas e antecipar a renovação das concessões 11.Uso dos bancos públicos de forma muito arriscada com vistas a baixar “na marra” o spread bancário 12.Dificuldade ideológica em relação ao emprego do setor privado na oferta de serviços de utilidade pública e infraestrutura em geral 13.Adoção indiscriminada da política de conteúdo nacional e de estímulo à produção local sem a preocupação com o custo de oportunidade dos recursos sociais. Em certa medida, trata-se de reedição da lei ‘do similar nacional’, que tem como um dos resultados mais visíveis a criação de forte capacidade ociosa na indústria automobilística •Minha interpretação é que a queda do crescimento da produtividade é fruto dos impactos negativos do ensaio nacional desenvolvimentista sobre o desempenho da economia •Ou seja, da mesma forma que a aceleração sob Lula é fruto da maturação das reformas institucionais do governo FHC e do primeiro mandato do governo Lula a queda recente é fruto da alteração do regime de política econômica que houve a partir de 2009
  • 25. Superintendência Adjunta de Inflação O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL •Há intenso debate público sobre a natureza da desaceleração da economia brasileira •Os analistas que avaliam serem corretas as medidas associada ao ensaio nacional desenvolvimentista alegam que a desaceleração econômica resulta da redução do crescimento mundial •Dois argumentos, penso eu, tornam difícil esta avaliação: –A economia brasileira é das economias mais fechadas que há –Os termos de troca ainda estão em nível muito elevado do ponto de vista histórico
  • 26. Superintendência Adjunta de Inflação O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL A desaceleração da economia mundial e latino-americana foi muito menor DIFDIF-DIF1982-19941995-20022003-20102011-2014D(Dilma-Lula) %%%%pontospontosEconomia mundial3343-54América Latina3243-66Argentina2-185-262-196XBolívia2346143209 Brasil2242-201-135 Chile654573139 Colômbia425546112 Costa Rica5454-579 República Dominicana 3664-152-86 Equador3246158224 El Salvador3322673 Guatemala24341783 Haiti-2304394460 Honduras3343-93-27 Jamaica3010-759 México222368134 Nicarágua-1435163229 Panamá24810229295 Paraguai314577143 Peru0366-4026 Trinidad e Tobago-2760-548-482XUruguai3055-4422 Venezuela1054-112-46 DIF c/ mundo (pontos)-91-1119-137DIF c/ AL (pontos)-512-9-144*X se a perda de desempenho relativamente à média da América Latina foi maior do que a brasileira. Taxas médias de crescimento para o períodoTamanho relativo da desaceleração*
  • 27. Superintendência Adjunta de Inflação O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL Economia muito fechada (X+M)/Y(X+M)/Y com controlesRanking Abertura país i- Ranking PIB país i ** ArgentinaARG0.41-0.41-14BolíviaBOL0.830.0219BrasilBRA0.25-0.52-14ChileCHL0.72-0.121ColômbiaCOL0.39-0.36-20Costa RicaCRI0.79-0.4116República Dominicana DOM0.60-0.583EquadorECU0.66-0.230El SalvadorSLV0.75-0.637GuatemalaGTM0.65-0.314HaitiHTI0.69-0.3821HondurasHND1.160.2424JamaicaJAM0.85-- MéxicoMEX0.640.02-3NicaráguaNIC0.980.1023PanamáPAN1.410.2823ParaguaiPRY0.970.1423PeruPER0.53-0.27-8Trinidade e TobagoTTO0.92-- UruguaiURY0.55-0.444VenezuelaVEN0.50-0.30-8
  • 28. Superintendência Adjunta de Inflação O MUNDO NÃO EXPLICA O FREIO DO BRASIL Economia muito fechada
  • 29. Superintendência Adjunta de Inflação CONCLUSÃO •Muito provavelmente a desaceleração recente da economia brasileira, 80% fenômeno de produtividade, já resulta dos impactos deletérios da ‘nova matriz econômica’ sobre a eficiência da economia •A adoção da ‘nova matriz econômica’ é fruto de ideologia e não da economia política •Se for revertida no próximo governo é possível colocar a economia crescendo a 3% ao ano •Para acelerar ainda mais o crescimento será preciso rever o contrato social de redemocratização de forma a ser possível aumentar a poupança doméstica •Trata-se de agenda para o futuro