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RadãoRadão
Um gás radioactivoUm gás radioactivo
de origem naturalde origem natural
Instituto Tecnológico e NuclearInstituto Tecnológico e Nuclear
Departamento de Protecção RadiológicaDepartamento de Protecção Radiológica
e Segurança Nucleare Segurança Nuclear
238
U 226
Ra
222
Rn
218
Po
214
Pb
206
Pb
(estável)
214
Bi
230
Th
214
Po
210
Pb
2 3
O que é ? De ondeO que é ? De onde
provém ?provém ?
O radão é um gás de origem natural, radioactivo, cujos
átomos se desintegram originando outros elementos
também radioativos, causando todos eles exposição do
Homem às radiações ionizantes. Este gás é inodoro,
incolor e insípido e, por isso, não detectável pelos nossos
sentidos.
O radão provém das pequenas quantidades de urânio e
rádio presentes, em proporções variáveis, na maior parte
dos solos e rochas e, consequentemente, em materiais de
construção.
O tempo necessário para se reduzir a metade a
radioactividade do radão (222
Rn) é de 3,8 dias (período ou
semi-vida do radão).
Quais os factores queQuais os factores que
influenciam a libertaçãoinfluenciam a libertação
de radãode radão ??
Nos solos e rochas, a distribuição do urânio e rádio não é
uniforme. As concentrações mais elevadas ocorrem,
usualmente, em rochas graníticas (plutónicas) sendo mais
baixas em rochas sedimentares como os calcários. A
libertação de radão para a atmosfera (exalação) está ainda
condicionada pela permeabilidade e porosidade dos solos e
rochas.
Parâmetros meteorológicos, como a pressão atmosférica,
humidade e temperatura, também influenciam a exalação do
radão.
Por estas razões, a concentração de radão na atmosfera
não é constante, variando de uma região para outra e ao
longo do tempo.
Carta geológica simplificada
Rochas
Sedimentares
Metamórficas
Eruptivas vulcânicas
Eruptivas plutónicas
Partícula alfa
Radiação gama
Radão - 222 Polónio - 218
concentração
4 5
Variações dos níveis de radão no arVariações dos níveis de radão no ar
ConcentraçõesConcentrações
sazonaissazonais
JAN ABR JUL OUT
Num mesmo local, verificam-se variações das
concentrações de radão, quer diárias quer sazonais, sendo
comum os níveis mais elevados duplicarem os valores
mínimos.
No ar exterior (atmosfera) o radão dispersa-se sendo os
níveis geralmente baixos, ou seja, inferiores a 10 Bq/m3
.
Em espaços interiores o radão tende a acumular-se
alcançando concentrações que podem ser muito superiores
às concentrações de radão na atmosfera exterior da
mesma região. Ou seja, podem atingir valores superiores a
400 Bq/m3
ou mesmo superiores a 1000 Bq/m3
.
O tipo de construção, os materiais utilizados e os hábitos
dos moradores (ventilação da casa), são factores que
influenciam os níveis de radão no ar interior.
No interior de edifícios ocorrem igualmente variações
sazonais da concentração de radão, mas inversas das
verificadas no ar exterior, resultantes da maior ventilação
efectuada nos meses de Verão e da menor ventilação
durante o Inverno.
Ar exterior Ar interior
ConcentraçõesConcentrações
diáriasdiárias
0 6 12 18 24 horas
concentração
meses
6 7
Exposição e risco radiológicoExposição e risco radiológico Radão nos edifíciosRadão nos edifícios
O radão é o principal contribuinte para a exposição da
população às radiações ionizantes, de origem natural e
artificial.
Dose média de radiação externa em PortugalDose média de radiação externa em Portugal
Radão
56.7%
Radiação Gama
Terrestre 18.2%
Exposição
Médica 18.8%
Exposição
Ocupacional 0.1%
Radiação
Cósmica 6.2%
O risco radiológico associado ao
radão, deve-se sobretudo aos
seus descendentes sólidos
(polónio, bismuto, chumbo)
formados no ar e que, ao serem
inalados irradiam os tecidos do
pulmão. Os danos provocados
nos tecidos pulmonares pelas
radiações emitidas por estes
radionuclidos podem induzir o
desenvolvimento de um cancro.
A entrada do radão numa habitação dá-se
preferencialmente pelas zonas de contacto com a
superfície do terreno. Aqui, fissuras na laje do chão ou
juntas de canalizações mal vedadas, são vias preferenciais
para a entrada do radão.
Adicionalmente, se bem que em menor proporção, os
materiais de construção também podem contribuir para os
níveis elevados de radão no interior dos edifícios.
Hoje há tendência para uma maior permanência do
Homem em espaços interiores (habitação, escola, local de
trabalho). Os edifícios são também melhor calafetados
para maior estabilidade térmica e poupança de energia.
Disto resulta uma crescente exposição ao radão no interior
dos edifícios.
Em diversos países concluiu-se que existe uma maior
incidência de cancro de pulmão relacionada com a
exposição a concentrações mais elevadas de radão no
interior dos edifícios. Note-se, no entanto, que este risco é
inferior ao do tabagismo activo.
Cartografia do radão emCartografia do radão em
PortugalPortugal
Valores limiteValores limite
A unidade de medida da concentração de radão no ar é o Bq /m3
(Becquerel por metro cúbico).
1 Bq corresponde a uma desintegração nuclear por segundo.
A União Europeia (Directiva 90/143/EURATOM)
recomenda que para habitações já construídas as
concentrações médias anuais não ultrapassem os 400
Bq/m3
e que para futuras construções os níveis de radão
sejam mantidos abaixo dos 200 Bq/m3
.
Vários países adoptaram já limites legais de radão nas
habitações (por exemplo: Suiça 200 Bq/m3
). Para alcançar
estes níveis há que planear de forma mais cuidadosa a
construção dos edifícios (com caixas de ar, ventilação) e
dar atenção à escolha dos materiais de construção. Isto é
importante, sobretudo, nas regiões de radioactividade
natural mais elevada, como as regiões graníticas.
Dos estudos já efectuados,
em 4200 habitações,
verifica-se que cerca de
60% das concentrações
de radão se situam abaixo
dos 50 Bq/m3
. Os valores
mais elevados encontram-se
em casas situadas em
regiões graníticas.
Em 2,6% das habitações
controladas, os níveis
médios anuais de
radão são superiores
a 400 Bq/m3.
8 9
Legenda: Radão (Bq/m3
)
[médias anuais por concelho]
European Commission
European Commission
European Commission
90/143/EURATOM
Sdgfdsjgkdjkgjdkgjk dgdsgh
Dgdlgkdlgkdlgkdlgkdg dg
Dgdgldklsdkgl dgklgkdg
Dgklskgls kglskglskgdldjfhjdd
Dlgskd lgjsdgjskjgk jgds gfgf
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Sldkgldkglkslg kdlkgldkgldgs
Sgd
Fgfgfgfgfhftr
Fgffghghghghgjhjhjhjhh
< 25
25 - 50
50 - 200
Locais com concentrações superiores a 400 Bq/m3
.
Como reduzir as concentrações de radão ?Como reduzir as concentrações de radão ?
Para as habitações e edifícios a construir há que cuidar da
implantação da estrutura no terreno e escolher materiais
privilegiando os que têm baixos teores de radioactividade
natural.
Para as habitações e edifícios já existentes, as acções de
mitigação (redução) do radão podem incluir medidas
simples, tais como:
- selar (tapar) todas as fendas existentes no pavimento ou
juntas de tubagens, de modo a impedir as entradas do
radão do solo para a zona ocupacional;
- favorecer a ventilação natural. Se estas técnicas não forem suficientes (eficazes), poder-
se-ão adoptar medidas correctivas baseadas em:
- colocação no pavimento de membranas que sejam
impermeáveis ao ar (radão);
- ventilação mecânica de modo a diminuir a pressão
existente no espaço subjacente à construção.
Naturalmente que antes de empreender medidas de
redução do radão, é essencial conhecer as concentrações
de radão existentes no interior dos edifícios.
O diagnóstico da situação é efectuado com a ajuda de
detectores de radão a colocar nas divisões da casa
durante 2-3 meses.
10 11
12
Departamento de Protecção Radiológica e Segurança
Nuclear
Instituto Tecnológico e Nuclear
Estrada Nacional nº 10
Apartado 21
2686 - 953 Sacavém Codex
Telef. 21 994 63 19 / 16 Fax. 21 994 19 95
E-mail: dprsn@itn.mces.pt
Como efectuar medições?Como efectuar medições?
Nº
Nome
Início
Fim
9cm
Ser-lhe-ão enviados os
dosímetros por correio, devendo
os mesmos, ser devolvidos pela
mesma via, para análise em
laboratório.
A cada análise corresponde um
relatório com o resultado e o
diagnóstico da situação.
Todo o processo é confidencial.
Se pretende conhecer os níveis de radão no interior do seu
edifício ou habitação, contacte-nos.
Para saber mais, visite o sítio www.itn.pt

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Afinal o que é o Radão?

  • 1. RadãoRadão Um gás radioactivoUm gás radioactivo de origem naturalde origem natural Instituto Tecnológico e NuclearInstituto Tecnológico e Nuclear Departamento de Protecção RadiológicaDepartamento de Protecção Radiológica e Segurança Nucleare Segurança Nuclear 238 U 226 Ra 222 Rn 218 Po 214 Pb 206 Pb (estável) 214 Bi 230 Th 214 Po 210 Pb
  • 2. 2 3 O que é ? De ondeO que é ? De onde provém ?provém ? O radão é um gás de origem natural, radioactivo, cujos átomos se desintegram originando outros elementos também radioativos, causando todos eles exposição do Homem às radiações ionizantes. Este gás é inodoro, incolor e insípido e, por isso, não detectável pelos nossos sentidos. O radão provém das pequenas quantidades de urânio e rádio presentes, em proporções variáveis, na maior parte dos solos e rochas e, consequentemente, em materiais de construção. O tempo necessário para se reduzir a metade a radioactividade do radão (222 Rn) é de 3,8 dias (período ou semi-vida do radão). Quais os factores queQuais os factores que influenciam a libertaçãoinfluenciam a libertação de radãode radão ?? Nos solos e rochas, a distribuição do urânio e rádio não é uniforme. As concentrações mais elevadas ocorrem, usualmente, em rochas graníticas (plutónicas) sendo mais baixas em rochas sedimentares como os calcários. A libertação de radão para a atmosfera (exalação) está ainda condicionada pela permeabilidade e porosidade dos solos e rochas. Parâmetros meteorológicos, como a pressão atmosférica, humidade e temperatura, também influenciam a exalação do radão. Por estas razões, a concentração de radão na atmosfera não é constante, variando de uma região para outra e ao longo do tempo. Carta geológica simplificada Rochas Sedimentares Metamórficas Eruptivas vulcânicas Eruptivas plutónicas Partícula alfa Radiação gama Radão - 222 Polónio - 218
  • 3. concentração 4 5 Variações dos níveis de radão no arVariações dos níveis de radão no ar ConcentraçõesConcentrações sazonaissazonais JAN ABR JUL OUT Num mesmo local, verificam-se variações das concentrações de radão, quer diárias quer sazonais, sendo comum os níveis mais elevados duplicarem os valores mínimos. No ar exterior (atmosfera) o radão dispersa-se sendo os níveis geralmente baixos, ou seja, inferiores a 10 Bq/m3 . Em espaços interiores o radão tende a acumular-se alcançando concentrações que podem ser muito superiores às concentrações de radão na atmosfera exterior da mesma região. Ou seja, podem atingir valores superiores a 400 Bq/m3 ou mesmo superiores a 1000 Bq/m3 . O tipo de construção, os materiais utilizados e os hábitos dos moradores (ventilação da casa), são factores que influenciam os níveis de radão no ar interior. No interior de edifícios ocorrem igualmente variações sazonais da concentração de radão, mas inversas das verificadas no ar exterior, resultantes da maior ventilação efectuada nos meses de Verão e da menor ventilação durante o Inverno. Ar exterior Ar interior ConcentraçõesConcentrações diáriasdiárias 0 6 12 18 24 horas concentração meses
  • 4. 6 7 Exposição e risco radiológicoExposição e risco radiológico Radão nos edifíciosRadão nos edifícios O radão é o principal contribuinte para a exposição da população às radiações ionizantes, de origem natural e artificial. Dose média de radiação externa em PortugalDose média de radiação externa em Portugal Radão 56.7% Radiação Gama Terrestre 18.2% Exposição Médica 18.8% Exposição Ocupacional 0.1% Radiação Cósmica 6.2% O risco radiológico associado ao radão, deve-se sobretudo aos seus descendentes sólidos (polónio, bismuto, chumbo) formados no ar e que, ao serem inalados irradiam os tecidos do pulmão. Os danos provocados nos tecidos pulmonares pelas radiações emitidas por estes radionuclidos podem induzir o desenvolvimento de um cancro. A entrada do radão numa habitação dá-se preferencialmente pelas zonas de contacto com a superfície do terreno. Aqui, fissuras na laje do chão ou juntas de canalizações mal vedadas, são vias preferenciais para a entrada do radão. Adicionalmente, se bem que em menor proporção, os materiais de construção também podem contribuir para os níveis elevados de radão no interior dos edifícios. Hoje há tendência para uma maior permanência do Homem em espaços interiores (habitação, escola, local de trabalho). Os edifícios são também melhor calafetados para maior estabilidade térmica e poupança de energia. Disto resulta uma crescente exposição ao radão no interior dos edifícios. Em diversos países concluiu-se que existe uma maior incidência de cancro de pulmão relacionada com a exposição a concentrações mais elevadas de radão no interior dos edifícios. Note-se, no entanto, que este risco é inferior ao do tabagismo activo.
  • 5. Cartografia do radão emCartografia do radão em PortugalPortugal Valores limiteValores limite A unidade de medida da concentração de radão no ar é o Bq /m3 (Becquerel por metro cúbico). 1 Bq corresponde a uma desintegração nuclear por segundo. A União Europeia (Directiva 90/143/EURATOM) recomenda que para habitações já construídas as concentrações médias anuais não ultrapassem os 400 Bq/m3 e que para futuras construções os níveis de radão sejam mantidos abaixo dos 200 Bq/m3 . Vários países adoptaram já limites legais de radão nas habitações (por exemplo: Suiça 200 Bq/m3 ). Para alcançar estes níveis há que planear de forma mais cuidadosa a construção dos edifícios (com caixas de ar, ventilação) e dar atenção à escolha dos materiais de construção. Isto é importante, sobretudo, nas regiões de radioactividade natural mais elevada, como as regiões graníticas. Dos estudos já efectuados, em 4200 habitações, verifica-se que cerca de 60% das concentrações de radão se situam abaixo dos 50 Bq/m3 . Os valores mais elevados encontram-se em casas situadas em regiões graníticas. Em 2,6% das habitações controladas, os níveis médios anuais de radão são superiores a 400 Bq/m3. 8 9 Legenda: Radão (Bq/m3 ) [médias anuais por concelho] European Commission European Commission European Commission 90/143/EURATOM Sdgfdsjgkdjkgjdkgjk dgdsgh Dgdlgkdlgkdlgkdlgkdg dg Dgdgldklsdkgl dgklgkdg Dgklskgls kglskglskgdldjfhjdd Dlgskd lgjsdgjskjgk jgds gfgf Sgsdlgkldgkl dgldgjlsgjdljg fg Dsgjskjdk gjkdjgkdjkjskgjsfgfg Sldkgldkglkslg kdlkgldkgldgs Sgd Fgfgfgfgfhftr Fgffghghghghgjhjhjhjhh < 25 25 - 50 50 - 200 Locais com concentrações superiores a 400 Bq/m3 .
  • 6. Como reduzir as concentrações de radão ?Como reduzir as concentrações de radão ? Para as habitações e edifícios a construir há que cuidar da implantação da estrutura no terreno e escolher materiais privilegiando os que têm baixos teores de radioactividade natural. Para as habitações e edifícios já existentes, as acções de mitigação (redução) do radão podem incluir medidas simples, tais como: - selar (tapar) todas as fendas existentes no pavimento ou juntas de tubagens, de modo a impedir as entradas do radão do solo para a zona ocupacional; - favorecer a ventilação natural. Se estas técnicas não forem suficientes (eficazes), poder- se-ão adoptar medidas correctivas baseadas em: - colocação no pavimento de membranas que sejam impermeáveis ao ar (radão); - ventilação mecânica de modo a diminuir a pressão existente no espaço subjacente à construção. Naturalmente que antes de empreender medidas de redução do radão, é essencial conhecer as concentrações de radão existentes no interior dos edifícios. O diagnóstico da situação é efectuado com a ajuda de detectores de radão a colocar nas divisões da casa durante 2-3 meses. 10 11
  • 7. 12 Departamento de Protecção Radiológica e Segurança Nuclear Instituto Tecnológico e Nuclear Estrada Nacional nº 10 Apartado 21 2686 - 953 Sacavém Codex Telef. 21 994 63 19 / 16 Fax. 21 994 19 95 E-mail: dprsn@itn.mces.pt Como efectuar medições?Como efectuar medições? Nº Nome Início Fim 9cm Ser-lhe-ão enviados os dosímetros por correio, devendo os mesmos, ser devolvidos pela mesma via, para análise em laboratório. A cada análise corresponde um relatório com o resultado e o diagnóstico da situação. Todo o processo é confidencial. Se pretende conhecer os níveis de radão no interior do seu edifício ou habitação, contacte-nos. Para saber mais, visite o sítio www.itn.pt