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Aula 2
Dispersãodospoluentesnaatmosfera
Prof. Paulo Ricardo Amador Mendes
Principais poluentes doar
• Material particulado (mistura de compostos no estado
sólido ou liquido).
• Compostos de enxofre (SO2, SO3, H2S, sulfatos);
• Compostos de nitrogênio (NO, NO2, NH3, HNO3,
nitratos);
• Compostos orgânicos de carbono ( HC, álcoois, aldeídos,
cetonas e ácidos orgânicos);
• Compostos halogenados (HCl, HF, cloretos e fluoretos);
Poluentes atmosféricos
• Os poluentes atmosféricos classificam-se em dois
grandes grupos:
• Poluentes primários e poluentes secundários
• Os poluentes primários são emitidos diretamente pelas
fontes emissoras e são exemplo o monóxido de carbono,
o dióxido de enxofre, NOx entre outros.
• Estes poluentes podem, na baixa atmosfera, sofrer
transformações e reações fotoquímicas dando origem
a poluentes denominados secundários.
Poluentes atmosféricos
• Dado que a formação de poluentes secundários, tais como o
ozônio, necessita-se de um certo tempo, e ocorrem à medida
que as massas de ar se deslocam, com isso é normal que
concentrações elevadas destes poluentes atinjam áreas mais
afastadas das fontes de emissão que os poluentes primários
Poluentesatmosféricos
• Os poluentes primários, depois de emitidos para a
atmosfera passam a estar submetidos a processos
complexos de transporte, mistura e transformação
química, que dão origem a uma distribuição variável das
suas concentrações na atmosfera, tanto no espaço como
no tempo.
• A distribuição das concentrações de poluentes na
atmosfera dependem das condições de emissão e das
condições meteorológicas, podendo alguns poluentes ser
transportados a grandes distâncias antes de atingirem
o nível do solo
MATERIALPARTICULADO
• As partículas presentes na atmosfera são provenientes de
fontes naturais, como vulcões, aerossóis marinhos e a
ação do vento sobre o solo, e de outras de caráter
antropogênico, tais como a queima de combustíveis
fósseis, processos industriais e tráfego rodoviário.
• As partículas presentes na atmosfera são normalmente
designadas pelo método através do qual são medidas.
• Partículas Totais em Suspensão (PTS);
• Partículas Inaláveis (MP10)
PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO(PTS)
• As Partículas Totais em Suspensão (PTS) são partículas
de material sólido ou líquido que ficam suspensas no ar
na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça ou fuligem;
• As PTS são partículas com um diâmetro aerodinâmico
inferior a 100 µm;
• As fontes principais são os processos industriais,
veículos motorizados (exaustão), poeira de rua
ressuspensa, queima de biomassa.
• Fontes naturais: pólen, aerossol marinho e solo.
PARTÍCULASINALÁVEIS(PM10)
• O material particulado ou aerossol atmosférico é constituído
pelas partículas sólidas e líquidas em suspensão na
atmosfera;
• As partículas inaláveis (PM10) são definidas como partículas
com diâmetro aerodinâmico menor que 10µm, estas
dividem-se:
• Partículas grossas inaláveis ( 2,5 e 10 µm)
• Partículas finas ( < 2,5 µm)
MATERIALPARTICULADO
• Em muitas cidades as PM10 são consideradas como um
dos poluentes que causam maiores preocupações, estando
a sua ação relacionada com todos os tipos de problemas
de saúde, desde a irritação nasal, tosse, até à bronquite,
asma e mesmo a morte
• A fração mais fina das PM10 (0,5µm a 1,0µm) pode ter
efeitos muito grave para a saúde, uma vez que este tipo de
partícula pode penetrar profundamente nos pulmões e
atingir os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades
respiratórias e por vezes danos permanentes.
• As partículas desta dimensão penetram facilmente no
interior dos edifícios.
MATERIALPARTICULADO
• Partículas com diâmetro inferior a 1 µm, podem
permanecer em suspensão na atmosfera durante semanas
e serem transportadas ao longo de centenas ou milhares
de quilômetros;
• Partículas maiores que 2,5 µm, são removidas no período
de algumas horas por precipitação e sedimentação;
• As dimensões das partículas finas, principalmente das
partículas emitidas pelos veículos a diesel, são da ordem
de grandeza do comprimento de onda da luz visível
podendo, por este motivo, reduzir sensivelmente a
visibilidade.
MATERIALPARTICULADO
• A capacidade do material particulado em aumentar os
efeitos fisiológicos dos gases presentes no ar é um dos
aspectos mais importantes a ser considerado;
• Os efeitos de uma mistura de material particulado e
dióxido de enxofre, são mais acentuados do que os
provocados na presença individualizada de cada um deles;
• Além disso, pequenas partículas podem absorver o
dióxido de enxofre do ar e, com água (umidade do ar)
formam partículas contendo ácido, o que irrita o sistema
respiratório e pode danificar as células que protegem o
sistema.
DIÓXIDO DEENXOFRE
• O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor, muito
solúvel na água, que pode ocorrer naturalmente na
atmosfera, principalmente devido às atividades
vulcânicas.
• O SO2 de origem antropogênica, é um poluente primário,
e resulta da queima de combustíveis fósseis, no setor da
produção de energia, e de diversos processos industriais,
podendo também ser emitido em pequenas quantidades
por exemplo em veículos a diesel.
DIÓXIDO DEENXOFRE
• O enxofre libertado na queima de combustíveis combina-
se com o oxigênio do ar e dá origem ao SO2 que, após
oxidação, pode ser transformado em trióxido de enxofre
(SO3);
• Na presença da umidade do ar este composto dá origem
ao ácido sulfúrico e respectivos sais, contribuindo, deste
modo, para a formação de chuvas ácidas, responsáveis
pela acidificação das águas e dos solos e pela ocorrência
de lesões nas plantas;
• A deposição seca e úmida do SO2 e de aerossóis
sulfurados sobre as edificações e materiais de construção
provocam a sua corrosão e aceleram os processos naturais
de envelhecimento e de degradação.
DIÓXIDO DENITROGÊNIO
• Gás marrom avermelhado, com odor forte e muito
irritante. Pode levar a formação de ácido nítrico, nitratos
(o que contribui para o aumento das partículas inaláveis
na atmosfera) e compostos orgânicos tóxicos;
• As fontes são os processos de combustão envolvendo
veículos automotores, processos industriais, usinas
térmicas que utilizam óleo ou gás, incinerações.
MONÓXIDO DECARBONO
• Gás incolor, inodoro e insipido;
• A principal fonte é a combustão incompleta em veículos;
• Os efeitos da exposição dos seres humanos ao monóxido
de carbono são associados à capacidade de transporte de
oxigênio pelo sangue.
• O monóxido de carbono compete como o oxigênio na
combinação com a hemoglobina do sangue, uma vez que
a afinidade da hemoglobina pelo monóxido de carbono é
cerca de 210 vezes maior do que pelo oxigênio;
• Quando uma molécula de hemoglobina recebe uma
molécula de monóxido de carbono forma-se a
carboxihemoglobina, esta diminui a capacidade do sangue
de transportar oxigênio aos tecidos do corpo.
MONÓXIDO DECARBONO
• Os sintomas da exposição ao monóxido de carbono
dependem da quantidade de hemoglobina combinada com
monóxido de carbono.
• Tem sido demonstrado experimentalmente que baixos
níveis de carboxihemoglobina já podem causar
diminuição na capacidade de estimar intervalos de tempo
e podem diminuir os reflexos e a acuidade visual da
pessoa exposta.
• O efeito da intoxicação por CO é semelhante ao da
anemia ou hipoxia.
• A maior parte das exposições a baixas concentrações de
CO produz efeitos sobre o sistema nervoso central.
MONÓXIDO DECARBONO
• Uma possível explicação para isso é a redução do
suprimento de oxigênio para o cérebro. Acima de 1000
ppm o CO é altamente tóxico, podendo ser responsável
por ataques cardíacos e elevada taxa de mortalidade,
especialmente em áreas metropolitanas, onde o CO é
abundante.
• Em condições de exposição aguda, pode originar a morte.
• Os altos níveis de concentração de CO encontrados em
ambientes de cidades altamente poluídas estão associados
com menor peso de recém-nascidos e aumento da taxa de
mortalidade de crianças.
• A principal razão para o controle das emissões de CO está
na proteção da saúde das crianças em gestação, dos
recém-nascidos, dos idosos e enfermos.
Principaisfontesdepoluentesatmosféricos
Efeitos da poluição
• Os efeitos da exposição dos receptores (seres
vivos) dependem essencialmente das
concentrações dos poluentes e do tempo de
exposição;
• Exposições prolongadas a concentrações
baixas de poluentes atmosféricos serem mais
nocivas do que exposições de curta duração a
concentrações elevadas.
Efeitos da poluição
• Existem, ainda fatores de sensibilidade nos
indivíduos que determinam a maior ou menor
severidade dos efeitos, tais como:
• Idade,
• Estado nutricional,
• Condição física;
• Predisposições genéticas.
Efeitos da poluição
• Os poluentes atmosféricos podem ser
particularmente nocivos para:
• Crianças,
• Idosos,
• Grávidas,
• Indivíduos que sofram de problemas respiratórios e
cardíacos.
Efeitos da poluição
• No que diz respeito as quantidades inaladas e ao tempo
de exposição, podem distinguir-se dois tipos de efeitos:
agudos e crônicos.
• Para cada uma das categorias a resposta fisiológica dos
seres vivos varia entre o simples desconforto e o
aparecimento de doenças que por vezes podem conduzir à
morte.
• Exposições prolongadas a pequenas quantidades
inaladas provocam efeitos crônicos e exposições de
curta duração a doses elevadas provocam intoxicações
agudas.
Efeitos da poluição
• Quando se determina a concentração ao nível do solo
de um certo poluente na atmosfera, mede-se o grau de
exposição dos receptores (seres vivos e materiais
diversos) como resultado final do processo de lançamento
deste poluente na atmosfera, desde suas fontes de
emissão, suas interações na atmosfera físicas (diluição)
e químicas (reações)
Concentração dospoluentes
• A concentração de uma determinada substância na
atmosfera varia no tempo e no espaço em função de:
• Intensidade de emissões das diferentes atividades;
• Reações químicas e/ou fotoquímicas,
• Fenômenos de transporte, de fatores meteorológicos
(ventos, turbulências e inversões térmicas)
• Topografia da região.
• As condições meteorológicas têm um papel determinante
na descrição físico-química do transporte de poluentes
entre a fonte e o receptor.
Há três momentos distintos na dispersão de poluentes que são
a emissão, transporte do poluente na atmosfera e a imissão até
dado ponto .
Fatoresqueinfluenciamno transportee dispersão
dospoluentes
✓Os dependentes da chaminé (características da fonte
emissora)
✓Os dependentes das condições meteorológicas e do meio;
✓Os dependentes exclusivamente do efluente (natureza
química e física)
Condiçõesfavoráveisparaa dispersãode poluentes
Condiçõesmeteorológicasno transportee dispersãodos
poluentes
• Após serem emitidos por uma fonte os poluentes passam
a comportar-se em termos de transporte e dispersão
conforme os parâmetros meteorológicos locais;
• O estudo do processo ideal de dispersão tem muita
importância para estudar os valores médios diários de
contaminação;
• Fatores meteorológicos podem influir no sentido de
provocar fortes valores de contaminação:
• Movimentos verticais;
• Movimentos horizontais;
• Turbulência atmosférica;
Responsáveis a partir do
da emissão pelo
do poluente e
instante
transporte
dispersão
Escalas deMovimento
• Os fenômenos meteorológicos que atuam no processo de
dispersão e o fazem obedecendo a uma sequência de
em função da dinâmica da
escalas de movimento
atmosfera;
• Essas escalas são:
✓ Sinótica;
✓Mesoescala;
✓Microescala;
Sinótica
ar resultantes da
da atmosfera,
• Movimentos
circulação
interagindo
de
geral
com as massas de ar
e anti
frontais, ciclones
horizontal de 100 a
(sistemas
ciclones);
• Extensão
3000km;
• Os efeitos dessa escala
poluição
dispersão
podem ser
(ciclones e
sobre a
favoráveis a
frentes) e
desfavorável (anticiclones
estacionários no inverno e as inversões
térmicas inibem a dispersão vertical,
reduzindo a velocidade do vento) Escala sinótica
Mesoescala
• São os movimentos que incluem as brisas marinhas e
terrestres, circulação dentro de vales e os fenômenos de
ilha de calor.
• Os fenômenos dessa escala que influenciam a
qualidade do ar local são as variações diurnas da
estabilidade atmosférica e a topografia regional;
• A extensão horizontal dessa escala é 100km e a vertical
de até 1km;
• Os fenômenos dentro dessa escala tem importância
fundamental nos processos de transporte e dispersão
das emissões atmosféricas;
Mesoescala
• Durante o dia a brisa marítima transporta os poluentes para
a costa. Mas à noite, este fenômeno se inverte já que o solo
se esfria mais rápido do que o mar. A poluição é então
transportada para o mar
Mesoescala
• Nos vales, as massas de ar não se deslocam na mesma direção
durante o dia e a noite.
• Durante o dia ocorre o aquecimento do ar nas encostas e se cria
uma corrente que sobe o vale.
Microescala
• Abrangem os movimentos resultantes dos
efeitos aerodinâmicos das edificações das
cidade e dos parques industriais,
rugosidade das superfícies e a cobertura
vegetal do solo;
• Esses movimentos são responsáveis pelo
transporte e difusão dos poluentes;
• Extensão horizontal inferior a 10 km e de
100 a 500m na vertical;
• Nestes casos a turbulência atmosférica,
gerada pelos obstáculos da topografia, é
importante na trajetória das plumas
emitidas pelas fontes industriais, uma vez
que a direção e a velocidade dos ventos
são dominadas pela topografia;
CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU
CAMADA DEMISTURA
• A maioria dos fenômenos de poluição
ambiental do ar ocorrem na parte mais
baixa da atmosfera, ou camada limite
planetária (boundary layer ou PBL);
• Esta camada é definida como a região
na qual atmosfera sofre os efeitos
oriundos da superfície através de
trocas verticais de momento, calor e
mistura de massas de ar;
• A difusão e o transporte dos poluentes
a escala micrometeorológica e mesmo
mesoescala se produzem ao nível desta
camada limite;
CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU
CAMADA DEMISTURA
Ela pode ser dividida em três subcamadas
principais:
-A camada (z0): Esta
camada é
próxima ao
conhecida
chão
como zona de
Nesta camada a viscosidade
e os fluxos turbulentos são
rugosidade.
molecular
importantes.
-A camada de superfície de z0 até hs varia
de cerca de 10 a 200m. Nesta camada a
viscosidade molecular e os fluxos de
momento, calor e mistura são assumidos
independente da altura e o efeito de Coriolis é
geralmente desprezível.
-a camada de transição , ou de Ekman, de hs
até z1, varia de cerca de 100 a 20.000 metros.
CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU
CAMADA DEMISTURA
especiais,
Em condições
como nas tempestades, a
camada de mistura pode
até a
estender-se
estratosfera.
Condições Meteorológicas
papel na
Condições meteorológicas possuem um importante
dispersão de poluentes atmosféricos.
• Atmosfera Instável: Nesta condição, a dispersão de poluentes é
mais efetiva. Esta situação ocorre devido ao forte aquecimento
da superfície. Ocorre principalmente durante dias com ausência
de vento.
• Atmosfera Neutra: Esta condição permite a dispersão de
poluentes. Esta corresponde a situações de ventos moderados ou
de céu coberto. Tais situações são muito frequentes em zonas
temperadas.
• Atmosfera Estável: Esta condição dificulta o movimento de
massas de ar. Esta é induzida por inversões térmicas próximo ao
solo, limitando a dispersão de poluentes. Estas situações
ocorrem principalmente à noite, com pouco vento.
• O grau de estabilidade ou instabilidade da atmosfera exprime a
tendência da supressão ou da favorabilidade dos movimentos
verticais;
• O grau de turbulência na baixa atmosfera depende fortemente do
gradiente vertical de temperatura, embora este seja também
influenciado pela rugosidade do terreno, velocidade do vento e efeitos
de viscosidade ( cisalhamento);
• Ela é função da relação entre o gradiente de temperatura do perfil
vertical ambiental (gradiente térmico vertical) e o gradiente
adiabático;
• O gradiente térmico (ou gradiente de temperatura) é a relação da
variação da temperatura da atmosfera em função do aumento da
altitude, normalmente negativo para o decréscimo da temperatura.
Quando a temperatura aumenta com a altura, o gradiente é positivo;
CondiçõesMeteorológicasquecontribuemparaa
dispersãodosPoluentes: Movimentaçãodoar
CondiçõesMeteorológicasquecontribuemparaa
dispersãodosPoluentes: Movimentaçãodoar
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
• O movimento do ar na troposfera pode ter sentido
horizontal ou vertical;
• O movimento horizontal é governado principalmente
pelo ventos dominantes;
• Se os ventos estão ativos ou tem força suficiente, os
poluentes não se acumulam e são dispersados;
• A topografia ( montanhas, colinas, edifícios) diminuem a
velocidade dos ventos;
• Com a limitação do movimento horizontal, a dispersão
passa a depender do movimento vertical do ar;
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
• Assim o vento pode contribuir na mistura dos poluentes com o
ar limpo, causando assim a sua diluição. Mas quando o vento
está calmo, a diluição se torna um processo muito lento.
• Assim como o vento depende das condições meteorológicas
ele também depende dos obstáculos que irá encontrar na
superfície da Terra, ou seja, construções, prédios, etc, podem
contribuir na diminuição da velocidade do mesmo.
• Desse modo, em áreas urbanas há uma diminuição da diluição
dos poluentes do ar pelo vento, pois este encontra
impedimentos em seu caminho.
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
• O movimento vertical do ar é governado pelo perfil de
temperatura da troposfera;
• Normalmente, a temperatura diminui com a altura;
• O ar mais próximo da superfície terrestre é aquecido por
esta, se expande e torna-se menos denso que o ar frio que
está acima;
• O ar aquecido e menos denso acende através do ar mais
frio, que o renova.
• Este ar novo também se aquece em contato com o solo,
expande e acende;
• Deste modo criam–se as correntes de ar os poluentes se
dispersam;
CondiçõesMeteorológicasque contribuem para
a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
• A profundidade de mistura é a distância vertical entre a
superfície da Terra e a altitude das correntes de convecção.
• Quando a mistura em profundidade é grande (muitos
quilômetros) observa-se uma grande quantidade de ar limpo
misturada com poucas quantidades de poluentes.
• Pode-se estimar a estabilidade do ar observando uma pluma
que surge de uma chaminé.
• Se a fumaça entra em uma camada de ar instável, a pluma fica
ondulada. Em geral, esta pluma indica que os poluentes estão
sendo misturados, ou seja, diluídos.
• Por outro lado, se a pluma de fumaça fica suspensa e
vagarosamente sobe, significa que as condições são estáveis.
CondiçõesMeteorológicasquecontribuemparaa
dispersãodosPoluentes: profundidadeda mistura
• As condições meteorológicas podem causar uma inversão
no esquema normal de variação de temperatura na
troposfera;
• O resultado é a formação de uma “capa de inversão” e o
efeito é a presença de uma massa de ar frio por baixo de
outra de ar mais quente;
• A presença de uma capa de inversão impede a circulação
atmosférica vertical, já que o ar mais frio não pode subir
através da capa quente de inversão;
CondiçõesMeteorológicasque impedemparaa
dispersão dosPoluentes
• Um problema que aumenta pela presença das capas de
inversão é a atividade fotoquímica;
• A camada de inversão é normalmente quente, seca e sem
nuvens, permitindo a transmissão de uma quantidade
máxima de luz solar, que interage fotoquimicamente com
os contaminantes confinados até formar quantidades
extremas de “smog”;
• Níveis elevados de neblina contaminante estão
associados com casos de contaminação atmosférica que
implicam inversões de temperatura.
CondiçõesMeteorológicasqueimpedemparaa
dispersão dosPoluentes
InversãoTérmica
• As inversões de temperatura podem provocar graves problemas de
contaminação, porque fazem com que os contaminantes se acumulem
na atmosfera inferior em lugar de se dispersarem;
• Ela ocorre em condições meteorológicas particulares: de manhã cedo,
depois de uma noite de céu claro e sem vento, no inverno, em
condições anticiclônicas;
• Muitos casos graves de contaminação atmosférica ocorreram durante
inversões de temperatura.
Emissão dospoluentes
•A emissão de poluentes pode ser
divididas em dois tipos básicos:
podem ser liberações descontínuas
conhecidas como
liberações contínuas
“puff” ou
conhecidas
como “plumas”.
•A concentração dos poluentes na
atmosfera depende parcialmente da
fonte, e em grande parte é
influenciada pelas condições
meteorológicas e a configuração do
terreno.
puff
Comportamento dasplumas
• O comportamento final de uma pluma ao sair de uma
chaminé é subdividido em:
• Ascensão da pluma;
• Difusão e transporte da pluma;
• Ao ser emitida a pluma tem tendência ascensional ditada
pelos parâmetros do próprio efluente, dimensão da chaminé
e pela influencia dos parâmetros meteorológicos no instante
da emissão;
• A seguir, adquirirá um movimento transversal,
acompanhado de difusão em torno da linha de centro, que
caracteriza a componente de difusão e transporte;
Comportamento dasplumas
• Apluma ideal se comporta da seguinte maneira:
• Partículas de maior peso começam a cair sobre o solo;
• Partículas mais finas continuam a subir até perder energia
cinética e cair ao solo;
• Restam as partículas que se comportam como gás e se
adaptam ao processo de dispersão ;
Tipos dePlumas
a) Looping – serpenteante;
b) Conning – em forma de cone ( cônico);
c) Fanning – tubular;
d) Fumigation – fumegante;
e) Lofting – antifumegante
f) Trapping – Entre duas camadas de
inversão
Tipos dePlumas
Tipos dePlumas
Tipos dePlumas
ProcessosNaturaisde LimpezadoAr
• As condições que favorecem a acumulação e concentração
de poluentes no ar são contrabalançadas pelos processos
naturais de limpeza e remoção de poluentes.
• Alguns aerossóis são removidos do ar quando chocam-se
com estruturas e construções e a elas aderem.
• Aerossóis com grandes raios (maiores que 0,1 micrometro)
são chamados de sedimentos. Pesados e largos esses
aerossóis possuem grandes velocidades terminais e
depositam-se mais rapidamente do que os menores. Por
essa razão, aerossóis maiores tendem a depositar-se na
superfície, enquanto os menores podem ser transportados
por muitos quilômetros e atingir grandes altitudes antes de
depositar-se;
• A combinação desses processos é chamada de deposição
seca.
ProcessosNaturaisde LimpezadoAr
• A maioria da remoção natural da poluição é feita pela
chuva e neve.
• Nas regiões que possuem uma precipitação moderada,
essa varredura através da chuva é responsável pela
remoção de 90% dos aerossóis.
• Embora os gases poluentes são menos susceptíveis a
essa varredura que os aerossóis, eles dissolvem-se nas
gotas de chuva ou nas nuvens.
Impactos da Poluição no Tempo
• A poluição do ar aumenta a quantidade de nuvens e a
quantidade e qualidade da precipitação, especialmente em
áreas urbanas.
• Áreas urbanas são fontes de núcleos de condensação a qual
estimula a formação de nuvens; o vapor de água que
aumentam a umidade do ar; e o calor gerados por essas
áreas favorecem a ascensão do ar.
• A chuva e a neve dissolvem os poluentes suspensos no ar.
Impactos da Poluição no Tempo
• Essa diluição nas gotas de chuva, em cidades com
grandes concentrações de poluentes causa o fenômeno
chamado chuva ácida.
• Essa chuva é considerada ácida por causa dos poluentes
envolvidos na mistura. Se o ar é poluído com óxidos de
enxofre e nitrogênio, estes gases interagem com a
atmosfera e produzem gotas de ácido sulfúrico (H2SO4)
e ácido nítrico(HNO3).
• Essa precipitação contaminada é aproximadamente 200
vezes mais ácida do que a precipitação normal.
Referências
DERISIO, J.C.. Introdução ao controle de poluição
ambiental. 2. ed. São Paulo: Signus, 2004. 164 p
MOREIRA, D. M.; TIRABASSI, T.; MORAES, M. R.
Meteorologia e poluição atmosférica. Ambiente e
Sociedade, Campinas, SP , v.11, n.1 , p.1-13, jun. 2008.

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  • 2. Principais poluentes doar • Material particulado (mistura de compostos no estado sólido ou liquido). • Compostos de enxofre (SO2, SO3, H2S, sulfatos); • Compostos de nitrogênio (NO, NO2, NH3, HNO3, nitratos); • Compostos orgânicos de carbono ( HC, álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos orgânicos); • Compostos halogenados (HCl, HF, cloretos e fluoretos);
  • 3. Poluentes atmosféricos • Os poluentes atmosféricos classificam-se em dois grandes grupos: • Poluentes primários e poluentes secundários • Os poluentes primários são emitidos diretamente pelas fontes emissoras e são exemplo o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, NOx entre outros. • Estes poluentes podem, na baixa atmosfera, sofrer transformações e reações fotoquímicas dando origem a poluentes denominados secundários.
  • 4. Poluentes atmosféricos • Dado que a formação de poluentes secundários, tais como o ozônio, necessita-se de um certo tempo, e ocorrem à medida que as massas de ar se deslocam, com isso é normal que concentrações elevadas destes poluentes atinjam áreas mais afastadas das fontes de emissão que os poluentes primários
  • 5. Poluentesatmosféricos • Os poluentes primários, depois de emitidos para a atmosfera passam a estar submetidos a processos complexos de transporte, mistura e transformação química, que dão origem a uma distribuição variável das suas concentrações na atmosfera, tanto no espaço como no tempo. • A distribuição das concentrações de poluentes na atmosfera dependem das condições de emissão e das condições meteorológicas, podendo alguns poluentes ser transportados a grandes distâncias antes de atingirem o nível do solo
  • 6.
  • 7. MATERIALPARTICULADO • As partículas presentes na atmosfera são provenientes de fontes naturais, como vulcões, aerossóis marinhos e a ação do vento sobre o solo, e de outras de caráter antropogênico, tais como a queima de combustíveis fósseis, processos industriais e tráfego rodoviário. • As partículas presentes na atmosfera são normalmente designadas pelo método através do qual são medidas. • Partículas Totais em Suspensão (PTS); • Partículas Inaláveis (MP10)
  • 8. PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO(PTS) • As Partículas Totais em Suspensão (PTS) são partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensas no ar na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça ou fuligem; • As PTS são partículas com um diâmetro aerodinâmico inferior a 100 µm; • As fontes principais são os processos industriais, veículos motorizados (exaustão), poeira de rua ressuspensa, queima de biomassa. • Fontes naturais: pólen, aerossol marinho e solo.
  • 9. PARTÍCULASINALÁVEIS(PM10) • O material particulado ou aerossol atmosférico é constituído pelas partículas sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera; • As partículas inaláveis (PM10) são definidas como partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10µm, estas dividem-se: • Partículas grossas inaláveis ( 2,5 e 10 µm) • Partículas finas ( < 2,5 µm)
  • 10. MATERIALPARTICULADO • Em muitas cidades as PM10 são consideradas como um dos poluentes que causam maiores preocupações, estando a sua ação relacionada com todos os tipos de problemas de saúde, desde a irritação nasal, tosse, até à bronquite, asma e mesmo a morte • A fração mais fina das PM10 (0,5µm a 1,0µm) pode ter efeitos muito grave para a saúde, uma vez que este tipo de partícula pode penetrar profundamente nos pulmões e atingir os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias e por vezes danos permanentes. • As partículas desta dimensão penetram facilmente no interior dos edifícios.
  • 11. MATERIALPARTICULADO • Partículas com diâmetro inferior a 1 µm, podem permanecer em suspensão na atmosfera durante semanas e serem transportadas ao longo de centenas ou milhares de quilômetros; • Partículas maiores que 2,5 µm, são removidas no período de algumas horas por precipitação e sedimentação; • As dimensões das partículas finas, principalmente das partículas emitidas pelos veículos a diesel, são da ordem de grandeza do comprimento de onda da luz visível podendo, por este motivo, reduzir sensivelmente a visibilidade.
  • 12. MATERIALPARTICULADO • A capacidade do material particulado em aumentar os efeitos fisiológicos dos gases presentes no ar é um dos aspectos mais importantes a ser considerado; • Os efeitos de uma mistura de material particulado e dióxido de enxofre, são mais acentuados do que os provocados na presença individualizada de cada um deles; • Além disso, pequenas partículas podem absorver o dióxido de enxofre do ar e, com água (umidade do ar) formam partículas contendo ácido, o que irrita o sistema respiratório e pode danificar as células que protegem o sistema.
  • 13. DIÓXIDO DEENXOFRE • O dióxido de enxofre (SO2) é um gás incolor, muito solúvel na água, que pode ocorrer naturalmente na atmosfera, principalmente devido às atividades vulcânicas. • O SO2 de origem antropogênica, é um poluente primário, e resulta da queima de combustíveis fósseis, no setor da produção de energia, e de diversos processos industriais, podendo também ser emitido em pequenas quantidades por exemplo em veículos a diesel.
  • 14. DIÓXIDO DEENXOFRE • O enxofre libertado na queima de combustíveis combina- se com o oxigênio do ar e dá origem ao SO2 que, após oxidação, pode ser transformado em trióxido de enxofre (SO3); • Na presença da umidade do ar este composto dá origem ao ácido sulfúrico e respectivos sais, contribuindo, deste modo, para a formação de chuvas ácidas, responsáveis pela acidificação das águas e dos solos e pela ocorrência de lesões nas plantas; • A deposição seca e úmida do SO2 e de aerossóis sulfurados sobre as edificações e materiais de construção provocam a sua corrosão e aceleram os processos naturais de envelhecimento e de degradação.
  • 15.
  • 16. DIÓXIDO DENITROGÊNIO • Gás marrom avermelhado, com odor forte e muito irritante. Pode levar a formação de ácido nítrico, nitratos (o que contribui para o aumento das partículas inaláveis na atmosfera) e compostos orgânicos tóxicos; • As fontes são os processos de combustão envolvendo veículos automotores, processos industriais, usinas térmicas que utilizam óleo ou gás, incinerações.
  • 17. MONÓXIDO DECARBONO • Gás incolor, inodoro e insipido; • A principal fonte é a combustão incompleta em veículos; • Os efeitos da exposição dos seres humanos ao monóxido de carbono são associados à capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. • O monóxido de carbono compete como o oxigênio na combinação com a hemoglobina do sangue, uma vez que a afinidade da hemoglobina pelo monóxido de carbono é cerca de 210 vezes maior do que pelo oxigênio; • Quando uma molécula de hemoglobina recebe uma molécula de monóxido de carbono forma-se a carboxihemoglobina, esta diminui a capacidade do sangue de transportar oxigênio aos tecidos do corpo.
  • 18. MONÓXIDO DECARBONO • Os sintomas da exposição ao monóxido de carbono dependem da quantidade de hemoglobina combinada com monóxido de carbono. • Tem sido demonstrado experimentalmente que baixos níveis de carboxihemoglobina já podem causar diminuição na capacidade de estimar intervalos de tempo e podem diminuir os reflexos e a acuidade visual da pessoa exposta. • O efeito da intoxicação por CO é semelhante ao da anemia ou hipoxia. • A maior parte das exposições a baixas concentrações de CO produz efeitos sobre o sistema nervoso central.
  • 19. MONÓXIDO DECARBONO • Uma possível explicação para isso é a redução do suprimento de oxigênio para o cérebro. Acima de 1000 ppm o CO é altamente tóxico, podendo ser responsável por ataques cardíacos e elevada taxa de mortalidade, especialmente em áreas metropolitanas, onde o CO é abundante. • Em condições de exposição aguda, pode originar a morte. • Os altos níveis de concentração de CO encontrados em ambientes de cidades altamente poluídas estão associados com menor peso de recém-nascidos e aumento da taxa de mortalidade de crianças. • A principal razão para o controle das emissões de CO está na proteção da saúde das crianças em gestação, dos recém-nascidos, dos idosos e enfermos.
  • 21. Efeitos da poluição • Os efeitos da exposição dos receptores (seres vivos) dependem essencialmente das concentrações dos poluentes e do tempo de exposição; • Exposições prolongadas a concentrações baixas de poluentes atmosféricos serem mais nocivas do que exposições de curta duração a concentrações elevadas.
  • 22. Efeitos da poluição • Existem, ainda fatores de sensibilidade nos indivíduos que determinam a maior ou menor severidade dos efeitos, tais como: • Idade, • Estado nutricional, • Condição física; • Predisposições genéticas.
  • 23. Efeitos da poluição • Os poluentes atmosféricos podem ser particularmente nocivos para: • Crianças, • Idosos, • Grávidas, • Indivíduos que sofram de problemas respiratórios e cardíacos.
  • 24. Efeitos da poluição • No que diz respeito as quantidades inaladas e ao tempo de exposição, podem distinguir-se dois tipos de efeitos: agudos e crônicos. • Para cada uma das categorias a resposta fisiológica dos seres vivos varia entre o simples desconforto e o aparecimento de doenças que por vezes podem conduzir à morte. • Exposições prolongadas a pequenas quantidades inaladas provocam efeitos crônicos e exposições de curta duração a doses elevadas provocam intoxicações agudas.
  • 25. Efeitos da poluição • Quando se determina a concentração ao nível do solo de um certo poluente na atmosfera, mede-se o grau de exposição dos receptores (seres vivos e materiais diversos) como resultado final do processo de lançamento deste poluente na atmosfera, desde suas fontes de emissão, suas interações na atmosfera físicas (diluição) e químicas (reações)
  • 26.
  • 27. Concentração dospoluentes • A concentração de uma determinada substância na atmosfera varia no tempo e no espaço em função de: • Intensidade de emissões das diferentes atividades; • Reações químicas e/ou fotoquímicas, • Fenômenos de transporte, de fatores meteorológicos (ventos, turbulências e inversões térmicas) • Topografia da região. • As condições meteorológicas têm um papel determinante na descrição físico-química do transporte de poluentes entre a fonte e o receptor.
  • 28. Há três momentos distintos na dispersão de poluentes que são a emissão, transporte do poluente na atmosfera e a imissão até dado ponto .
  • 29. Fatoresqueinfluenciamno transportee dispersão dospoluentes ✓Os dependentes da chaminé (características da fonte emissora) ✓Os dependentes das condições meteorológicas e do meio; ✓Os dependentes exclusivamente do efluente (natureza química e física)
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 34. Condiçõesmeteorológicasno transportee dispersãodos poluentes • Após serem emitidos por uma fonte os poluentes passam a comportar-se em termos de transporte e dispersão conforme os parâmetros meteorológicos locais; • O estudo do processo ideal de dispersão tem muita importância para estudar os valores médios diários de contaminação; • Fatores meteorológicos podem influir no sentido de provocar fortes valores de contaminação: • Movimentos verticais; • Movimentos horizontais; • Turbulência atmosférica; Responsáveis a partir do da emissão pelo do poluente e instante transporte dispersão
  • 35. Escalas deMovimento • Os fenômenos meteorológicos que atuam no processo de dispersão e o fazem obedecendo a uma sequência de em função da dinâmica da escalas de movimento atmosfera; • Essas escalas são: ✓ Sinótica; ✓Mesoescala; ✓Microescala;
  • 36. Sinótica ar resultantes da da atmosfera, • Movimentos circulação interagindo de geral com as massas de ar e anti frontais, ciclones horizontal de 100 a (sistemas ciclones); • Extensão 3000km; • Os efeitos dessa escala poluição dispersão podem ser (ciclones e sobre a favoráveis a frentes) e desfavorável (anticiclones estacionários no inverno e as inversões térmicas inibem a dispersão vertical, reduzindo a velocidade do vento) Escala sinótica
  • 37. Mesoescala • São os movimentos que incluem as brisas marinhas e terrestres, circulação dentro de vales e os fenômenos de ilha de calor. • Os fenômenos dessa escala que influenciam a qualidade do ar local são as variações diurnas da estabilidade atmosférica e a topografia regional; • A extensão horizontal dessa escala é 100km e a vertical de até 1km; • Os fenômenos dentro dessa escala tem importância fundamental nos processos de transporte e dispersão das emissões atmosféricas;
  • 38. Mesoescala • Durante o dia a brisa marítima transporta os poluentes para a costa. Mas à noite, este fenômeno se inverte já que o solo se esfria mais rápido do que o mar. A poluição é então transportada para o mar
  • 39. Mesoescala • Nos vales, as massas de ar não se deslocam na mesma direção durante o dia e a noite. • Durante o dia ocorre o aquecimento do ar nas encostas e se cria uma corrente que sobe o vale.
  • 40. Microescala • Abrangem os movimentos resultantes dos efeitos aerodinâmicos das edificações das cidade e dos parques industriais, rugosidade das superfícies e a cobertura vegetal do solo; • Esses movimentos são responsáveis pelo transporte e difusão dos poluentes; • Extensão horizontal inferior a 10 km e de 100 a 500m na vertical; • Nestes casos a turbulência atmosférica, gerada pelos obstáculos da topografia, é importante na trajetória das plumas emitidas pelas fontes industriais, uma vez que a direção e a velocidade dos ventos são dominadas pela topografia;
  • 41. CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU CAMADA DEMISTURA • A maioria dos fenômenos de poluição ambiental do ar ocorrem na parte mais baixa da atmosfera, ou camada limite planetária (boundary layer ou PBL); • Esta camada é definida como a região na qual atmosfera sofre os efeitos oriundos da superfície através de trocas verticais de momento, calor e mistura de massas de ar; • A difusão e o transporte dos poluentes a escala micrometeorológica e mesmo mesoescala se produzem ao nível desta camada limite;
  • 42. CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU CAMADA DEMISTURA Ela pode ser dividida em três subcamadas principais: -A camada (z0): Esta camada é próxima ao conhecida chão como zona de Nesta camada a viscosidade e os fluxos turbulentos são rugosidade. molecular importantes. -A camada de superfície de z0 até hs varia de cerca de 10 a 200m. Nesta camada a viscosidade molecular e os fluxos de momento, calor e mistura são assumidos independente da altura e o efeito de Coriolis é geralmente desprezível. -a camada de transição , ou de Ekman, de hs até z1, varia de cerca de 100 a 20.000 metros.
  • 43. CAMADALIMITE PLANETÁRIAOU CAMADA DEMISTURA especiais, Em condições como nas tempestades, a camada de mistura pode até a estender-se estratosfera.
  • 44. Condições Meteorológicas papel na Condições meteorológicas possuem um importante dispersão de poluentes atmosféricos. • Atmosfera Instável: Nesta condição, a dispersão de poluentes é mais efetiva. Esta situação ocorre devido ao forte aquecimento da superfície. Ocorre principalmente durante dias com ausência de vento. • Atmosfera Neutra: Esta condição permite a dispersão de poluentes. Esta corresponde a situações de ventos moderados ou de céu coberto. Tais situações são muito frequentes em zonas temperadas. • Atmosfera Estável: Esta condição dificulta o movimento de massas de ar. Esta é induzida por inversões térmicas próximo ao solo, limitando a dispersão de poluentes. Estas situações ocorrem principalmente à noite, com pouco vento.
  • 45. • O grau de estabilidade ou instabilidade da atmosfera exprime a tendência da supressão ou da favorabilidade dos movimentos verticais; • O grau de turbulência na baixa atmosfera depende fortemente do gradiente vertical de temperatura, embora este seja também influenciado pela rugosidade do terreno, velocidade do vento e efeitos de viscosidade ( cisalhamento); • Ela é função da relação entre o gradiente de temperatura do perfil vertical ambiental (gradiente térmico vertical) e o gradiente adiabático; • O gradiente térmico (ou gradiente de temperatura) é a relação da variação da temperatura da atmosfera em função do aumento da altitude, normalmente negativo para o decréscimo da temperatura. Quando a temperatura aumenta com a altura, o gradiente é positivo; CondiçõesMeteorológicasquecontribuemparaa dispersãodosPoluentes: Movimentaçãodoar
  • 47. CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 48. CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 49. CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 50. CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 51. • O movimento do ar na troposfera pode ter sentido horizontal ou vertical; • O movimento horizontal é governado principalmente pelo ventos dominantes; • Se os ventos estão ativos ou tem força suficiente, os poluentes não se acumulam e são dispersados; • A topografia ( montanhas, colinas, edifícios) diminuem a velocidade dos ventos; • Com a limitação do movimento horizontal, a dispersão passa a depender do movimento vertical do ar; CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 52. • Assim o vento pode contribuir na mistura dos poluentes com o ar limpo, causando assim a sua diluição. Mas quando o vento está calmo, a diluição se torna um processo muito lento. • Assim como o vento depende das condições meteorológicas ele também depende dos obstáculos que irá encontrar na superfície da Terra, ou seja, construções, prédios, etc, podem contribuir na diminuição da velocidade do mesmo. • Desse modo, em áreas urbanas há uma diminuição da diluição dos poluentes do ar pelo vento, pois este encontra impedimentos em seu caminho. CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 53. • O movimento vertical do ar é governado pelo perfil de temperatura da troposfera; • Normalmente, a temperatura diminui com a altura; • O ar mais próximo da superfície terrestre é aquecido por esta, se expande e torna-se menos denso que o ar frio que está acima; • O ar aquecido e menos denso acende através do ar mais frio, que o renova. • Este ar novo também se aquece em contato com o solo, expande e acende; • Deste modo criam–se as correntes de ar os poluentes se dispersam; CondiçõesMeteorológicasque contribuem para a dispersãodos Poluentes : Movimentação do ar
  • 54. • A profundidade de mistura é a distância vertical entre a superfície da Terra e a altitude das correntes de convecção. • Quando a mistura em profundidade é grande (muitos quilômetros) observa-se uma grande quantidade de ar limpo misturada com poucas quantidades de poluentes. • Pode-se estimar a estabilidade do ar observando uma pluma que surge de uma chaminé. • Se a fumaça entra em uma camada de ar instável, a pluma fica ondulada. Em geral, esta pluma indica que os poluentes estão sendo misturados, ou seja, diluídos. • Por outro lado, se a pluma de fumaça fica suspensa e vagarosamente sobe, significa que as condições são estáveis. CondiçõesMeteorológicasquecontribuemparaa dispersãodosPoluentes: profundidadeda mistura
  • 55. • As condições meteorológicas podem causar uma inversão no esquema normal de variação de temperatura na troposfera; • O resultado é a formação de uma “capa de inversão” e o efeito é a presença de uma massa de ar frio por baixo de outra de ar mais quente; • A presença de uma capa de inversão impede a circulação atmosférica vertical, já que o ar mais frio não pode subir através da capa quente de inversão; CondiçõesMeteorológicasque impedemparaa dispersão dosPoluentes
  • 56. • Um problema que aumenta pela presença das capas de inversão é a atividade fotoquímica; • A camada de inversão é normalmente quente, seca e sem nuvens, permitindo a transmissão de uma quantidade máxima de luz solar, que interage fotoquimicamente com os contaminantes confinados até formar quantidades extremas de “smog”; • Níveis elevados de neblina contaminante estão associados com casos de contaminação atmosférica que implicam inversões de temperatura. CondiçõesMeteorológicasqueimpedemparaa dispersão dosPoluentes
  • 57. InversãoTérmica • As inversões de temperatura podem provocar graves problemas de contaminação, porque fazem com que os contaminantes se acumulem na atmosfera inferior em lugar de se dispersarem; • Ela ocorre em condições meteorológicas particulares: de manhã cedo, depois de uma noite de céu claro e sem vento, no inverno, em condições anticiclônicas; • Muitos casos graves de contaminação atmosférica ocorreram durante inversões de temperatura.
  • 58. Emissão dospoluentes •A emissão de poluentes pode ser divididas em dois tipos básicos: podem ser liberações descontínuas conhecidas como liberações contínuas “puff” ou conhecidas como “plumas”. •A concentração dos poluentes na atmosfera depende parcialmente da fonte, e em grande parte é influenciada pelas condições meteorológicas e a configuração do terreno. puff
  • 59. Comportamento dasplumas • O comportamento final de uma pluma ao sair de uma chaminé é subdividido em: • Ascensão da pluma; • Difusão e transporte da pluma; • Ao ser emitida a pluma tem tendência ascensional ditada pelos parâmetros do próprio efluente, dimensão da chaminé e pela influencia dos parâmetros meteorológicos no instante da emissão; • A seguir, adquirirá um movimento transversal, acompanhado de difusão em torno da linha de centro, que caracteriza a componente de difusão e transporte;
  • 60. Comportamento dasplumas • Apluma ideal se comporta da seguinte maneira: • Partículas de maior peso começam a cair sobre o solo; • Partículas mais finas continuam a subir até perder energia cinética e cair ao solo; • Restam as partículas que se comportam como gás e se adaptam ao processo de dispersão ;
  • 61. Tipos dePlumas a) Looping – serpenteante; b) Conning – em forma de cone ( cônico); c) Fanning – tubular; d) Fumigation – fumegante; e) Lofting – antifumegante f) Trapping – Entre duas camadas de inversão
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  • 71. ProcessosNaturaisde LimpezadoAr • As condições que favorecem a acumulação e concentração de poluentes no ar são contrabalançadas pelos processos naturais de limpeza e remoção de poluentes. • Alguns aerossóis são removidos do ar quando chocam-se com estruturas e construções e a elas aderem. • Aerossóis com grandes raios (maiores que 0,1 micrometro) são chamados de sedimentos. Pesados e largos esses aerossóis possuem grandes velocidades terminais e depositam-se mais rapidamente do que os menores. Por essa razão, aerossóis maiores tendem a depositar-se na superfície, enquanto os menores podem ser transportados por muitos quilômetros e atingir grandes altitudes antes de depositar-se; • A combinação desses processos é chamada de deposição seca.
  • 72. ProcessosNaturaisde LimpezadoAr • A maioria da remoção natural da poluição é feita pela chuva e neve. • Nas regiões que possuem uma precipitação moderada, essa varredura através da chuva é responsável pela remoção de 90% dos aerossóis. • Embora os gases poluentes são menos susceptíveis a essa varredura que os aerossóis, eles dissolvem-se nas gotas de chuva ou nas nuvens.
  • 73. Impactos da Poluição no Tempo • A poluição do ar aumenta a quantidade de nuvens e a quantidade e qualidade da precipitação, especialmente em áreas urbanas. • Áreas urbanas são fontes de núcleos de condensação a qual estimula a formação de nuvens; o vapor de água que aumentam a umidade do ar; e o calor gerados por essas áreas favorecem a ascensão do ar. • A chuva e a neve dissolvem os poluentes suspensos no ar.
  • 74. Impactos da Poluição no Tempo • Essa diluição nas gotas de chuva, em cidades com grandes concentrações de poluentes causa o fenômeno chamado chuva ácida. • Essa chuva é considerada ácida por causa dos poluentes envolvidos na mistura. Se o ar é poluído com óxidos de enxofre e nitrogênio, estes gases interagem com a atmosfera e produzem gotas de ácido sulfúrico (H2SO4) e ácido nítrico(HNO3). • Essa precipitação contaminada é aproximadamente 200 vezes mais ácida do que a precipitação normal.
  • 75. Referências DERISIO, J.C.. Introdução ao controle de poluição ambiental. 2. ed. São Paulo: Signus, 2004. 164 p MOREIRA, D. M.; TIRABASSI, T.; MORAES, M. R. Meteorologia e poluição atmosférica. Ambiente e Sociedade, Campinas, SP , v.11, n.1 , p.1-13, jun. 2008.