O documento discute o tratamento da obesidade através da acupuntura e auriculoterapia. Ele explica que esses métodos naturais podem ajudar a controlar o apetite e equilibrar o metabolismo, mas não suprimem totalmente a fome. Outras medidas de apoio como dieta, exercícios e terapia também são importantes para tratar a causa subjacente e criar novos hábitos saudáveis.
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Acupuntura e obesidade
1. OBESIDADE
Ao selecionar os pontos auriculares para
tratamento de vícios, lembramos que a
Acupuntura e a Auriculoterapia são
tratamentos naturais e visam equilibrar o
organismo, prevenir e combater as doenças,
portanto, não tem o poder de forçar o corpo a
realizar atos antinaturais, tais como perder
totalmente o apetite, emagrecer comendo
guloseimas, desaparecer com as vontades e os
desejos relativos a comida, fumo, álcool ou
tóxicos. O apetite e a fome são sinais de
alerta do organismo, fazem parte dos
mecanismos de sobrevivência dos seres vivos.
Para ficar sem apetite, isso ‚ possível somente
com uso de drogas simpaticomiméticas,
forçando e prejudicando o corpo. Os métodos
naturais como Acupuntura ou Homeopatia não
têm tal poder. A Medicina Natural visa
equilíbrio e sincronismo. A Acupuntura não foi
descoberta pelo Huang Ti para tratamento de
vícios. Não estou negando a utilidade da
Acupuntura para os problemas da civilização
moderna como obesidade, tabagismo, estética
facial e corporal. É realmente útil, mas
aplicada em associação aos outros fatores
terapêuticos.
No caso da OBESIDADE, a Acupuntura
pode obter os seguintes efeitos: 1) diminuir e
controlar o apetite, porém não o suprime
totalmente; 2) aumentar o tônus do estômago
(ponto do estômago), dando mais sensação de
plenitude gástrica; 3) tranquilizar as pacientes
diminuindo a descarga das tensões sobre os
alimentos; 4) equilíbrio hormonal. Como é um
tratamento natural, não traz efeitos colaterais,
e a longo prazo, reequilibra as pacientes e cria
novos hábitos alimentares.
Na Auriculoterapia, podemos empregar os
seguintes pontos:
1) Bulimia - boca, esôfago, cárdia, estômago,
fome, sede, trigêmeo, hipotálamo;
2) Ansiedade - Shen-men, sistema
neurovegetativo, rim, coração, ocipital, zero,
olho, agressividade;
3) Metabólico (Hormonal, Digestivo,
Excretório) - secreção interna, hipotálamo,
tiróide, supra-renal, fígado, vesícula, baço,
intestino grosso, rim, bexiga.
Lembrando a todos de que nem no Oriente se
emprega apenas a Acupuntura (pois faz parte
de um todo que é a Medicina Oriental),
devemos sempre indicar medidas de apoio
adequadas a cada caso. Por exemplo, no caso
de bulimia, indica-se alimentação natural rica
em fibras, reeducação alimentar, mastigação
correta, preencher a dispensa de alimentos de
poucas calorias, evitar comer no momento do
pico da fome, ingerir gelatinas dietéticas,
copos de água, celulose etc, para vencer a
compulsão e a fome, distribuir melhor o
horário das refeições, dissociar os
carboidratos das proteínas, evitar comer nas
horas noturnas etc.
No caso de ansiedade, stress, angústia,
depressão etc., necessitamos de algum
psicólogo, hipnólogo, homeopata, o próprio
acupunturista eventualmente acaba assumindo
parte desses papéis, pois de sessão em sessão,
acaba conhecendo os problemas psicológicos
das pacientes, ganhando confiança delas e de
certo modo, ele ter de assumir a orientação e
o comando das pacientes. Às vezes, embora
não haja necessidade da paciente retornar
semanalmente por causa da Auriculoterapia,
ela dever voltar por causa do apoio
psicológico. A prática de exercícios físicos
pode ser necessária como válvula de escape
das tensões e obter novos contatos sociais. A
prática de Tai-Chi, Ioga e outras terapias
corporais-espirituais são úteis para equilibrar o
corpo e a mente.
Raras obesas têm problemas hormonais
congênitos, a maior parte delas apresentam
alterações hormonais adquiridas embora
geralmente tais problemas não sejam
demonstráveis nos exames laboratoriais.
Quando ocorrem tiróides hipofuncionantes,
isso significa apenas que tais desequilíbrios já
ultrapassaram o nível funcional e estão se
manifestando ao nível orgânico. São aquelas
pacientes que apresentam dificuldade de
emagrecer embora façam dieta adequada. Em
geral atribuem a idade. Na verdade,
adquiriram tais alterações hormonais devido a
uma alimentação artificial causando uma
intoxicação crônica do organismo, aliada a
2. uma deficiente eliminação ao nível do intestino
grosso (constipação), e a uma deficiente
eliminação ao nível da pele (falta de
exercícios físicos e de sudorese, roupas
sintéticas). Muitas, além disso, apresentam
tendência à retenção de líquidos por uma
deficiência dos rins. Na verdade, a maioria das
obesas hormonais-metabólicas adquiriram
esses desequilíbrios. Algumas
involuntariamente devido à ingestão de
corticoesteróides por causa de problemas de
coluna e artroses, outras por ingestão de
hormônios estrogênicos para anticoncepção,
para tratamento de menopausa ou de
dismenorréias. Outras por ingestão excessiva
de vitaminas. Outras por interferência de
alguma cicatriz na circulação energética do
corpo, são aquelas que reclamam de engordar
por tomar soro no hospital. Contudo, a maioria
das obesas hormonais são vítimas de dietas
rigorosas intempestivas e ingestão de fórmulas
contendo drogas simpaticomiméticas,
calmantes, laxantes, diuréticos e hormônios
tiroidianos. Isso repetindo diversas vezes, e o
organismo dessas coitadas acaba adaptando o
metabolismo às situações com baixa entrada
de calorias, diminuindo o catabolismo e
aumentando o anabolismo, além de absorver
integralmente todas as calorias que
penetrarem no corpo. E acontece aquilo que
muitas reclamam, no começo, emagreciam
facilmente, e agora, depois de alguns anos e
muitas dietas, não conseguem emagrecer nem
com jejum nem com fórmulas superpotentes.
Em geral são pacientes de vida sedentária,
com celulite, e um certo sentimento
autodestrutivo. A correção de tudo isso exige
sacrifícios e pelo menos 4 meses de
acupuntura. Necessitam de apoio psicológico,
necessitam de exercícios físicos que acelerem
a freqüência cardíaca acima de 120 durante
uns 20 minutos por dia e muita paciência. Os
exercícios físicos não têm a finalidade de
queimar as calorias ingeridas.
Matematicamente falando, a carga de
exercícios físicos para queimar um doce é
muito grande em comparação com o tempo
gasto para engolir o doce. Entretanto, serve
principalmente para aumentar a taxa
metabólica do organismo. O apoio psicológico
é importante, pois se verifica na prática que a
ansiedade e o stress alteram o metabolismo
para uma condição anabólica, é um
mecanismo de sobrevivência dos seres vivos.
É por isso mesmo que as pacientes nunca
devem encarar a dieta como obrigação,
inimiga ou sacrifícios. Nunca encarar como
algo passageiro e que depois podem voltar a
comer de tudo sem engordar. A dieta natural‚
amiga da saúde, previne futuras doenças e
deve ser usada para sempre. As guloseimas
podem entrar eventualmente para matar
alguma vontade. O fato de encarar a dieta
como inimiga cria ansiedade e o regime se
torna contraproducente. Na verdade, todos os
livros sobre obesidade e dietas sempre frisam
que o mais importante‚ conscientizar a
paciente.
Nos casos hormonais-metabólicos, podemos
recorrer a ervas diuréticas como espiga de
milho, dente-de-leão, folhas de abacate,
chapéu de couro, quebra-pedra etc.
Empregam-se laxantes naturais principalmente
por aumentar a ingestão de fibras vegetais,
eventualmente sene, cáscara sagrada, aloes
etc. Há casos extremos em que acabamos
cedendo aos desejos da paciente, desde que
bem conscientizada, podemos empregar
alguma fórmulas depois de algum tempo de
tratamento, em doses baixas. E o importante‚
que tais pacientes, anteriormente não
emagreciam nem com jejum nem com
fórmulas superpotentes, agora, depois da
recuperação do organismo com Acupuntura,
emagrecem com baixas doses de tais
fórmulas.
Na Auriculoterapia buscamos efeitos
imediatos, e assim, logo após a sessão, a
paciente deve referir tranquilidade, maior
salivação ou em seguida, menor salivação.
Isso significa que a paciente é sensível e que o
terapeuta colocou as agulhas nos pontos
certos.