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Estruturas de Sólidos Cristalinos
2
Conceitos Fundamentais
SiO2 Polietileno Alumínio
 Os materiais sólidos podem ser
classificados de acordo com a
regularidade do arranjo dos
átomos, íons e moléculas:
 Materiais cristalinos – arranjo
repetitivo ou periódico ao longo
de grandes distâncias atômicas.
 Materiais não-cristalinos – não
existem ordenamentos de longo
alcance na disposição dos
átomos.
3
Conceitos Fundamentais
4
Conceitos Fundamentais
1. Temperatura ambiente até
882ºC.
2. Média resistência mecânica.
3. Não tratáveis termicamente.
4. Boa ductilidade
1. Temperatura ambiente até 883ºC
até 1820ºC.
2. Resistência mecânica elevada.
3. Elevada endurecibilidade.
4. Baixa ductilidade
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-liga-metalica-
quatro-vezes-mais-dura-titanio&id=010170160725#.WKMZnfkrK00
5
Célula Unitária
Representação
do Modelo da
Esfera Rígida
 A estrutura cristalina é caracterizada quando existe uma
organização na disposição espacial dos átomos que constituem
determinado arranjo atômico.
Unidade básica ou menor
unidade repetitiva da
estrutura tridimensional
mantendo as características gerais
de todo reticulado.
6
Os 7 Sistemas Cristalinos
Parâmetros de rede
 comprimento das arestas
(a, b e c)
Ângulos entre os eixos (α,
β e γ).
7
Redes de Bravais
 Dos 7 sistemas cristalinos
podemos identificar 14 tipos
diferentes de células
unitárias, conhecidas com
redes de Bravais.
 Cada uma destas células
unitárias tem certas
características que ajudam a
diferenciá-las das outras células
unitárias e também auxiliam na
definição das propriedades de
um material particular.
 Como a ligação metálica é não-direcional não há restrições quanto
ao número e posições dos vizinhos mais próximos.
 Então, a estrutura cristalina dos metais têm geralmente um
número grande de vizinhos (nº de coordenação) e alto
empacotamento atômico.
FEA – representar a fração do volume de uma célula unitária
8
Estruturas Cristalinas dos Metais
 Três são as estruturas cristalinas mais comuns em
metais:
 Cúbica de face centrada
 Cúbica de corpo centrado
 Hexagonal compacta.
9
Estrutura Cristalina dos Metais
 Apesar de pertencer as
estruturas cúbicas não
permitem alto grau de
empacotamento.
 Com exceção do Polônio, os
metais não apresentam essa
estrutura.
 Cada átomo dos vértices do
cubo é dividido com 8
células unitárias.
10
Estrutura Cristalina Cúbica Simples
Representação de uma célula
unitária CS: (a) posições dos
átomos; (b) arranjo atômico; (c)
átomos no interior da célula unitária.
 Sistema mais comum
encontrado nos metais (Al, Cu,
Pb, Au, Ag, Ni...)
 Comprimento da aresta (relação
entre o parâmetro de rede e o
raio atômico).
11
Estrutura Cristalina Cúbica de Face
Centrada
Representação esquemática de uma
célula unitária CFC: (a) posições
atômicas; (b) arranjo atômico; (c)
átomos dentro da célula unitária.
12
Estrutura Cristalina Cúbica de Face
Centrada
 Cada átomo dos vértices do
cubo é dividido com 8 células
unitárias
 O átomo do centro pertence
somente a sua célula unitária
 Sistema encontrado no Fe, Cr,
W...
 Comprimento da aresta (relação
entre o parâmetro de rede e o
raio atômico:
13
Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo
Centrado
Representação de uma célula unitária
CCC: (a) posições dos átomos; (b)
arranjo atômico; (c) átomos no
interior da célula unitária.
14
Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo
Centrado
15
Exemplo
 A 20ºC o ferro apresenta estrutura CCC, sendo o raio atômico
0,124 nm. O alumínio por sua vez, apresenta estrutura CFC e raio
atômico 0,143 nm. Determine o valor do parâmetro de rede desses
elementos.
16
Cálculo da Massa Específica
 Densidade Verdadeira ou Massa Específica Teórica
n = nº de átomos associados a cada célula unitária
A = peso atômico
Vc = volume da célula unitária
NA = nº de Avogrado
 O cobre possui raio atômico de 0,128 nm, uma estrutura cristalina
CFC e um peso atômico 63,5 g/mol. Calcule a sua massa específica.
17
Exemplo
 Determine o raio atômico do Paládio, sabendo que este elemento
apresenta estrutura cristalina CFC, uma densidade de 12,0 g/cm3,
um peso atômico de 106,4 g/mol.
 Fenômeno no qual uma substância apresenta variações de
arranjos cristalino em diferentes condições.
 Polimorfismo: mudança estrutural em substâncias compostas.
 Alotropia: polimorfismo em elementos puros.
18
Polimorfismo e Alotropia
Polimorfismo do Carbono
19
Alotropia do Fe
20
Alotropia do Fe
Adaptado de Van Vlack, Princípio de ciência e tecnologia
dos materiais. 2003.
a. A forma mais estável
de qualquer material
é a de energia livre
mínima.
b. Energia livre da
Ferrita e Austenita.
Acima de 910°C e
abaixo de 1400°C a
forma CFC tem
energia livre mais
baixa que CCC.
910°C
1400°C
CFC
CFC
CCC CCC
 A temperatura ambiente, o Estrôncio (Sr) exibe estrutura CFC. Ao
ser aquecido acima de 557ºC, esse arranjo atômico transforma-
se em CCC. Determine a variação de volume que envolve essa
transformação alotrópica. Considere que o raio atômico
permanece constante.
21
Exercício
Ocorreu expansão em 8,8%v
 O ferro passa de CCC para CFC a 910ºC. Nesta temperatura os
raios atômicos são respectivamente, 1,258 Å e 1,292 Å. Qual a
percentagem de variação do volume provocada pela mudança de
estrutura?
22
Exercício
23
Questão Concurso
 Frequentemente é necessário identificar as direções e planos
cristalográficos específicos em cristais
 Propriedades Mecânicas x Direções e Planos
 Deformação Plástica (deslizamento de planos -> planos
compactos)
 Módulo de Elasticidade (direções mais compactas -> maior
módulo)
24
Planos e Direções Cristalográficas
 Devido à regularidade da estrutura
cristalina formam-se colunas de
átomos. Estas colunas atômicas
podem ser identificadas por sua
direção.
 Certos processos físicos envolvem a
interação entre os átomos dispostos
segundo certas direções.
25
Direções Cristalográficos
Uma tração agindo em certa
direção em uma estrutura
cristalina tende a afastar os
átomos naquela direção.
26
Direções Cristalográficos
Uma direção cristalográfica é definida como
uma linha entre dois pontos (vetor).
a. Determinação dos índices direcionais:
i. A unidade é medida em termo do parâmetro
de rede (a, b, c)
ii. A notação empregada é [u v w] (entre
colchetes) e representa uma linha que vai da
origem até um ponto de coordenadas
(u,v,w) que correspondem às projeções
reduzidas ao longos dos eixos x, y e z.
iii. As coordenadas devem ser reduzidas ao
menor conjunto de números inteiros.
27
Exercício
 Desenhe a direção [110]
dentro de uma célula
cúbica
O
-y
 Determine os índices
para a direção mostrada
na figura abaixo
[110]
Exercício
 Determine os índices para as direções apresentadas na célula cúbica a
seguir.
Vetor A
ÍNDICE A [110]
PONTA – CAUDA
Vetor B
ÍNDICE B [121]
 Em cristais, uma família de direções está associada a um conjunto
de direções com características equivalentes. A notação empregada
para representar uma família de direções é <uvw>.
Família <111> em cristais cúbicos
29
Família de Direções Cristalográficas
EXERCÍCIO - Estabeleça os
Índices equivalentes para a
família de direções <111>
 Planos são identificados pelos três índices de Miller (hkl), com
exceção dos planos cristalinos hexagonais.
30
Planos Cristalográficos
a. O plano cristalográfico ou intercepta ou é
paralelo a cada um dos três eixos.
b. Os planos paralelos são equivalentes
tendo todos os mesmos índices.
c. Se o plano passa pela origem selecionada,
um outro plano paralelo deve ser
construído ou uma nova origem deve ser
estabelecida no vértice de outra célula
unitária.
d. Cálculo dos valores inversos, se necessário
os números devem ser modificados para o
menor conjunto de número inteiros.
 Em cristais, uma família de planos está associada a um conjunto de
planos com características equivalentes.
Família de planos {110}
31
Família de Planos Cristalográficos
 Determine o Plano (111) em uma célula cúbica e o plano
formado pelas interseções 1/3 a, 2/3 b, 1c.
32
Exercício
33
Exercício
 Determine os índices de Miller para o plano apresentado
34
Questão Concurso
35
Exemplo
 Determine os índices de Miller para os planos apresentados.
 Direções e Planos cristalográficos equivalentes possuem as
mesmas densidades lineares e planares, respectivamente.
 Densidade Linear – Fração do comprimento da linha que é
interceptada pelo centro dos átomos interceptados pelo vetor
direção.
 Fração da área cristalográfica planar total que está ocupada
pelos átomos
36
Densidade Linear e Planar
 Plano (110) para as células unitárias CCC e CFC
 Os círculos representam os átomos que estão localizados no
plano cristalográfico
 Uma família de planos contém todos os planos que são
cristalograficamente equivalentes possuem o mesmo
empacotamento
37
Empacotamento de Planos
Átomos contidos no
plano CCC
Átomos contidos no
plano CFC
38
Exercício
Determine a densidade para o plano (110) da célula CFC do ouro,
considere o raio atômico igual a 0,144 nm.
1/2
1/4
1/4
1/4
1/4
1/2
39
Exercício
Determine a densidade linear para a direção [110] da célula CFC do
ouro, considere o raio atômico igual a 0,144 nm.
 A anisotropia está associada à variação do espaçamento atômico
ou iônico em função da direção cristralográfica.
1. Material Isotrópico: possui as mesmas propriedades em todas as
direções cristalográficas;
2. Material Anisotrópico: propriedades dependem da direção
40
Anisotrpoia
41
Materiais Cristalinos
 Policristais
 Formados por pequenos
grãos.
a. Formação de núcleos com
posições e orientações
cristalográficas aleatórias.
b. Crescimentos de cristalitos
através da adição sucessiva de
átomos vindos do líquido
circunvizinho.
c. Choque das extremidades
adjacentes dos cristais, formando
um grão.
d. Contorno de grão
1. Diferencie estrutura atômico e estrutura cristalino.
2. Explique o conceito de grão.
3. Explique a formação dos materiais policristalinos.
4. Cite a importância dos planos e direções nas propriedades
dos materiais.
42
Exercício de Fixação
7. Determine os Índices de Miiller dos planos apresentados
43
Exercício de Fixação
9. Determine os índices das
direções no cristal ao lado.
11. Desenhe dentro de uma célula cúbica os seguintes planos:
A (011), B (102), C(111), D(221), E(013), F(121), G(020) H(120),
I(122).
44
Exercício de Fixação
12. O ouro apresenta estrutura cristalina CFC e tamanho de raio
atômico igual a 0,144 nm. Determine a densidade do plano (111).
13. O vanádio apresenta estrutura cristalina CCC e tamanho de raio
atômico igual a 0,132 nm. Determine a densidade dos planos
(111) e (100).
14. A prata apresenta estrutura cristalina CFC e tamanho de raio
atômico igual a 0,144 nm. Desenhe as direções as direções e
determine as densidades lineares para as direções [111], [100],
[110].
45
Exercício de Fixação

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  • 3.  Os materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade do arranjo dos átomos, íons e moléculas:  Materiais cristalinos – arranjo repetitivo ou periódico ao longo de grandes distâncias atômicas.  Materiais não-cristalinos – não existem ordenamentos de longo alcance na disposição dos átomos. 3 Conceitos Fundamentais
  • 4. 4 Conceitos Fundamentais 1. Temperatura ambiente até 882ºC. 2. Média resistência mecânica. 3. Não tratáveis termicamente. 4. Boa ductilidade 1. Temperatura ambiente até 883ºC até 1820ºC. 2. Resistência mecânica elevada. 3. Elevada endurecibilidade. 4. Baixa ductilidade http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-liga-metalica- quatro-vezes-mais-dura-titanio&id=010170160725#.WKMZnfkrK00
  • 5. 5 Célula Unitária Representação do Modelo da Esfera Rígida  A estrutura cristalina é caracterizada quando existe uma organização na disposição espacial dos átomos que constituem determinado arranjo atômico. Unidade básica ou menor unidade repetitiva da estrutura tridimensional mantendo as características gerais de todo reticulado.
  • 6. 6 Os 7 Sistemas Cristalinos Parâmetros de rede  comprimento das arestas (a, b e c) Ângulos entre os eixos (α, β e γ).
  • 7. 7 Redes de Bravais  Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas com redes de Bravais.  Cada uma destas células unitárias tem certas características que ajudam a diferenciá-las das outras células unitárias e também auxiliam na definição das propriedades de um material particular.
  • 8.  Como a ligação metálica é não-direcional não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos.  Então, a estrutura cristalina dos metais têm geralmente um número grande de vizinhos (nº de coordenação) e alto empacotamento atômico. FEA – representar a fração do volume de uma célula unitária 8 Estruturas Cristalinas dos Metais
  • 9.  Três são as estruturas cristalinas mais comuns em metais:  Cúbica de face centrada  Cúbica de corpo centrado  Hexagonal compacta. 9 Estrutura Cristalina dos Metais
  • 10.  Apesar de pertencer as estruturas cúbicas não permitem alto grau de empacotamento.  Com exceção do Polônio, os metais não apresentam essa estrutura.  Cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias. 10 Estrutura Cristalina Cúbica Simples Representação de uma célula unitária CS: (a) posições dos átomos; (b) arranjo atômico; (c) átomos no interior da célula unitária.
  • 11.  Sistema mais comum encontrado nos metais (Al, Cu, Pb, Au, Ag, Ni...)  Comprimento da aresta (relação entre o parâmetro de rede e o raio atômico). 11 Estrutura Cristalina Cúbica de Face Centrada Representação esquemática de uma célula unitária CFC: (a) posições atômicas; (b) arranjo atômico; (c) átomos dentro da célula unitária.
  • 13.  Cada átomo dos vértices do cubo é dividido com 8 células unitárias  O átomo do centro pertence somente a sua célula unitária  Sistema encontrado no Fe, Cr, W...  Comprimento da aresta (relação entre o parâmetro de rede e o raio atômico: 13 Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado Representação de uma célula unitária CCC: (a) posições dos átomos; (b) arranjo atômico; (c) átomos no interior da célula unitária.
  • 14. 14 Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado
  • 15. 15 Exemplo  A 20ºC o ferro apresenta estrutura CCC, sendo o raio atômico 0,124 nm. O alumínio por sua vez, apresenta estrutura CFC e raio atômico 0,143 nm. Determine o valor do parâmetro de rede desses elementos.
  • 16. 16 Cálculo da Massa Específica  Densidade Verdadeira ou Massa Específica Teórica n = nº de átomos associados a cada célula unitária A = peso atômico Vc = volume da célula unitária NA = nº de Avogrado  O cobre possui raio atômico de 0,128 nm, uma estrutura cristalina CFC e um peso atômico 63,5 g/mol. Calcule a sua massa específica.
  • 17. 17 Exemplo  Determine o raio atômico do Paládio, sabendo que este elemento apresenta estrutura cristalina CFC, uma densidade de 12,0 g/cm3, um peso atômico de 106,4 g/mol.
  • 18.  Fenômeno no qual uma substância apresenta variações de arranjos cristalino em diferentes condições.  Polimorfismo: mudança estrutural em substâncias compostas.  Alotropia: polimorfismo em elementos puros. 18 Polimorfismo e Alotropia Polimorfismo do Carbono
  • 20. 20 Alotropia do Fe Adaptado de Van Vlack, Princípio de ciência e tecnologia dos materiais. 2003. a. A forma mais estável de qualquer material é a de energia livre mínima. b. Energia livre da Ferrita e Austenita. Acima de 910°C e abaixo de 1400°C a forma CFC tem energia livre mais baixa que CCC. 910°C 1400°C CFC CFC CCC CCC
  • 21.  A temperatura ambiente, o Estrôncio (Sr) exibe estrutura CFC. Ao ser aquecido acima de 557ºC, esse arranjo atômico transforma- se em CCC. Determine a variação de volume que envolve essa transformação alotrópica. Considere que o raio atômico permanece constante. 21 Exercício Ocorreu expansão em 8,8%v
  • 22.  O ferro passa de CCC para CFC a 910ºC. Nesta temperatura os raios atômicos são respectivamente, 1,258 Å e 1,292 Å. Qual a percentagem de variação do volume provocada pela mudança de estrutura? 22 Exercício
  • 24.  Frequentemente é necessário identificar as direções e planos cristalográficos específicos em cristais  Propriedades Mecânicas x Direções e Planos  Deformação Plástica (deslizamento de planos -> planos compactos)  Módulo de Elasticidade (direções mais compactas -> maior módulo) 24 Planos e Direções Cristalográficas
  • 25.  Devido à regularidade da estrutura cristalina formam-se colunas de átomos. Estas colunas atômicas podem ser identificadas por sua direção.  Certos processos físicos envolvem a interação entre os átomos dispostos segundo certas direções. 25 Direções Cristalográficos Uma tração agindo em certa direção em uma estrutura cristalina tende a afastar os átomos naquela direção.
  • 26. 26 Direções Cristalográficos Uma direção cristalográfica é definida como uma linha entre dois pontos (vetor). a. Determinação dos índices direcionais: i. A unidade é medida em termo do parâmetro de rede (a, b, c) ii. A notação empregada é [u v w] (entre colchetes) e representa uma linha que vai da origem até um ponto de coordenadas (u,v,w) que correspondem às projeções reduzidas ao longos dos eixos x, y e z. iii. As coordenadas devem ser reduzidas ao menor conjunto de números inteiros.
  • 27. 27 Exercício  Desenhe a direção [110] dentro de uma célula cúbica O -y  Determine os índices para a direção mostrada na figura abaixo [110]
  • 28. Exercício  Determine os índices para as direções apresentadas na célula cúbica a seguir. Vetor A ÍNDICE A [110] PONTA – CAUDA Vetor B ÍNDICE B [121]
  • 29.  Em cristais, uma família de direções está associada a um conjunto de direções com características equivalentes. A notação empregada para representar uma família de direções é <uvw>. Família <111> em cristais cúbicos 29 Família de Direções Cristalográficas EXERCÍCIO - Estabeleça os Índices equivalentes para a família de direções <111>
  • 30.  Planos são identificados pelos três índices de Miller (hkl), com exceção dos planos cristalinos hexagonais. 30 Planos Cristalográficos a. O plano cristalográfico ou intercepta ou é paralelo a cada um dos três eixos. b. Os planos paralelos são equivalentes tendo todos os mesmos índices. c. Se o plano passa pela origem selecionada, um outro plano paralelo deve ser construído ou uma nova origem deve ser estabelecida no vértice de outra célula unitária. d. Cálculo dos valores inversos, se necessário os números devem ser modificados para o menor conjunto de número inteiros.
  • 31.  Em cristais, uma família de planos está associada a um conjunto de planos com características equivalentes. Família de planos {110} 31 Família de Planos Cristalográficos
  • 32.  Determine o Plano (111) em uma célula cúbica e o plano formado pelas interseções 1/3 a, 2/3 b, 1c. 32 Exercício
  • 33. 33 Exercício  Determine os índices de Miller para o plano apresentado
  • 35. 35 Exemplo  Determine os índices de Miller para os planos apresentados.
  • 36.  Direções e Planos cristalográficos equivalentes possuem as mesmas densidades lineares e planares, respectivamente.  Densidade Linear – Fração do comprimento da linha que é interceptada pelo centro dos átomos interceptados pelo vetor direção.  Fração da área cristalográfica planar total que está ocupada pelos átomos 36 Densidade Linear e Planar
  • 37.  Plano (110) para as células unitárias CCC e CFC  Os círculos representam os átomos que estão localizados no plano cristalográfico  Uma família de planos contém todos os planos que são cristalograficamente equivalentes possuem o mesmo empacotamento 37 Empacotamento de Planos Átomos contidos no plano CCC Átomos contidos no plano CFC
  • 38. 38 Exercício Determine a densidade para o plano (110) da célula CFC do ouro, considere o raio atômico igual a 0,144 nm. 1/2 1/4 1/4 1/4 1/4 1/2
  • 39. 39 Exercício Determine a densidade linear para a direção [110] da célula CFC do ouro, considere o raio atômico igual a 0,144 nm.
  • 40.  A anisotropia está associada à variação do espaçamento atômico ou iônico em função da direção cristralográfica. 1. Material Isotrópico: possui as mesmas propriedades em todas as direções cristalográficas; 2. Material Anisotrópico: propriedades dependem da direção 40 Anisotrpoia
  • 41. 41 Materiais Cristalinos  Policristais  Formados por pequenos grãos. a. Formação de núcleos com posições e orientações cristalográficas aleatórias. b. Crescimentos de cristalitos através da adição sucessiva de átomos vindos do líquido circunvizinho. c. Choque das extremidades adjacentes dos cristais, formando um grão. d. Contorno de grão
  • 42. 1. Diferencie estrutura atômico e estrutura cristalino. 2. Explique o conceito de grão. 3. Explique a formação dos materiais policristalinos. 4. Cite a importância dos planos e direções nas propriedades dos materiais. 42 Exercício de Fixação
  • 43. 7. Determine os Índices de Miiller dos planos apresentados 43 Exercício de Fixação
  • 44. 9. Determine os índices das direções no cristal ao lado. 11. Desenhe dentro de uma célula cúbica os seguintes planos: A (011), B (102), C(111), D(221), E(013), F(121), G(020) H(120), I(122). 44 Exercício de Fixação
  • 45. 12. O ouro apresenta estrutura cristalina CFC e tamanho de raio atômico igual a 0,144 nm. Determine a densidade do plano (111). 13. O vanádio apresenta estrutura cristalina CCC e tamanho de raio atômico igual a 0,132 nm. Determine a densidade dos planos (111) e (100). 14. A prata apresenta estrutura cristalina CFC e tamanho de raio atômico igual a 0,144 nm. Desenhe as direções as direções e determine as densidades lineares para as direções [111], [100], [110]. 45 Exercício de Fixação