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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
1/8 de átomo em cada vértice da célula unitária
Um átomo no centro da célula unitária
2 átomos por célula unitária CCC
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Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn
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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
O número de coordenação de uma célula
unitária é o número de vizinhos próximos de
um dado átomo
NCCCC = 8
Sendo a aresta do cubo a, e sabendo
que há tangência total entre átomos na
a
4R
diagonal do cubo, tem-se
4.R
a 2
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aCCC
3
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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
O Índice de Ocupação Volumétrica (IOV) de uma
célula unitária é a razão entre o volume efetivamente
ocupado por átomos e o volume da célula unitária.
Sendo R o raio atômico e a a aresta da célula
unitária, pode-se escrever:
IOV
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IOV
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3 8.
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64.R
3 3
,68
3
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CCC
Ou seja, 32% da célula unitária CCC é composta por vazios entre os átomos
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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
Nos centros das faces e nos centros das arestas de uma célula unitária CCC há
interstícios octaédricos irregulares.
Há um total de 6 interstícios octaédricos irregulares numa célula unitária CCC
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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
O raio da maior esfera (átomo) que pode ser alojada(o) num interstício octaédrico
irregular CCC pode ser calculado segundo:
4.R
3
R .r ccc
rccc ,15.R
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Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC)
Planos e direções de máxima densidade atômica
As diagonais da célula unitária CCC apresentam
tangência entre os átomos, e portanto são as
direções de maior densidade atômica linear, ou
direções compactas da estrutura CCC.
As duas direções de máxima densidade acima
descritas pertencem ao mesmo plano, indicado
ao lado, e este é um dos planos de maior
densidade atômica planar da estrutura CCC.
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aCCC 2
aCCC
4. 2.R
3
4.R
3
A densidade atômica (DP) do plano acima é a
razão entre o número de átomos contidos no
plano (2) e a área do plano que contém estes
4R
a
a 2
átomos
2 2
DP 2 2
aCCC
2 aCCC
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Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC)
4 átomos por célula unitária
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Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC)
4R
a
a 2.R
CFC
IOV CFC
4
4.
3
2. 2.R
IOV
3 16.
3
16.
,74
3
3
3
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CFC
2. 2.R .R
rCFC
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Nos centros das arestas e no centro de uma célula
unitária CFC há interstícios octaédricos regulares.
Há portanto um total de 4 interstícios octaédricos
regulares numa célula unitária CFC.
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Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC)
4R
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aCFC 2.R
2. 2.R .R .rCFC
r CFC ,41.R
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Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC)
As três direções acima são de máxima densidade atômica planar, ou
direções compactas da estrutura CFC. Três direções compactas como
estas formarão o plano de máxima densidade atômica planar possível, ou
plano compacto.
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Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC)
NCCFC = 12
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Como o metal puro líquido
se solidifica?
Molde
onde o
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líquido é
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Contornos de grão (“grain boundaries”):
Superfície de encontro entre dois cristais idênticos
(física e quimicamente) de orientações espaciais
diferentes.
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Microestrutura
de grãos
equiaxiais em
metais puros
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Discordância em cunha
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x y
Existe um campo de tensões associado a discordâncias
em cunha
é o módulo de rigidez transversal, é o coeficiente de Poisson do material
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Densidade de discordâncias
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Num material isento de deformação plástica, 108 < r < 1010 m-2
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Exercícios de fixação de conceitos
Ferro puro na temperatura ambiente apresenta densidade 7,87 g/cm³. Sabendo que sua massa
atômica é 55,85 g/mol, que seu raio atômico é 0,124 nm, e que o número de Avogadro é
6,022.1023 átomos/mol, determine se a estrutura cristalina do ferro puro na temperatura ambiente é
CCC ou CFC.
Considere uma liga monofásica metálica de ferro que contém 18% de cromo (Cr), na qual os
átomos de ferro assumem a estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC). Como seria uma
forma de calcular teoricamente a densidade desta liga? Neste cálculo, desconsidere a presença do
carbono, que ocorre em quantidade muito pequena na liga.
Prove a validade do modelo atômico de esferas rígidas, comprovando que este modelo permite o
cálculo da densidade do cobre a partir apenas do raio atômico do cobre, da massa atômica do
cobre, do número de Avogadro e da informação de que a estrutura cristalina do cobre é CFC.
Explique seu raciocínio. São dados: raio atômico = 0,128 nm; massa atômica = 63,5 g/mol,
constante de Avogadro = 6,022x1023 mol-1
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Cúbica de Corpo Centrado (CCC

  • 1. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) 1/8 de átomo em cada vértice da célula unitária Um átomo no centro da célula unitária 2 átomos por célula unitária CCC MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 1
  • 2. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) O número de coordenação de uma célula unitária é o número de vizinhos próximos de um dado átomo NCCCC = 8 Sendo a aresta do cubo a, e sabendo que há tangência total entre átomos na a 4R diagonal do cubo, tem-se 4.R a 2 Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias aCCC 3 MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 2
  • 3. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) O Índice de Ocupação Volumétrica (IOV) de uma célula unitária é a razão entre o volume efetivamente ocupado por átomos e o volume da célula unitária. Sendo R o raio atômico e a a aresta da célula unitária, pode-se escrever: IOV 2. CCC IOV 4 3 4.R 3 3 8. 3 64.R 3 3 ,68 3 3 CCC Ou seja, 32% da célula unitária CCC é composta por vazios entre os átomos MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 3
  • 4. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Nos centros das faces e nos centros das arestas de uma célula unitária CCC há interstícios octaédricos irregulares. Há um total de 6 interstícios octaédricos irregulares numa célula unitária CCC MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 4
  • 5. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) O raio da maior esfera (átomo) que pode ser alojada(o) num interstício octaédrico irregular CCC pode ser calculado segundo: 4.R 3 R .r ccc rccc ,15.R MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 5
  • 6. Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Planos e direções de máxima densidade atômica As diagonais da célula unitária CCC apresentam tangência entre os átomos, e portanto são as direções de maior densidade atômica linear, ou direções compactas da estrutura CCC. As duas direções de máxima densidade acima descritas pertencem ao mesmo plano, indicado ao lado, e este é um dos planos de maior densidade atômica planar da estrutura CCC. MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 6
  • 7. aCCC 2 aCCC 4. 2.R 3 4.R 3 A densidade atômica (DP) do plano acima é a razão entre o número de átomos contidos no plano (2) e a área do plano que contém estes 4R a a 2 átomos 2 2 DP 2 2 aCCC 2 aCCC MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 7
  • 8. Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC) 4 átomos por célula unitária MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 8
  • 9. Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC) 4R a a 2.R CFC IOV CFC 4 4. 3 2. 2.R IOV 3 16. 3 16. ,74 3 3 3 2.R CFC 2. 2.R .R rCFC .rCFC ,41.R Nos centros das arestas e no centro de uma célula unitária CFC há interstícios octaédricos regulares. Há portanto um total de 4 interstícios octaédricos regulares numa célula unitária CFC. MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 9
  • 10. Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC) 4R a aCFC 2.R 2. 2.R .R .rCFC r CFC ,41.R MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 10
  • 11. Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC) As três direções acima são de máxima densidade atômica planar, ou direções compactas da estrutura CFC. Três direções compactas como estas formarão o plano de máxima densidade atômica planar possível, ou plano compacto. MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 11
  • 12. Estrutura Cúbica de Faces Centradas (CFC) NCCFC = 12 MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 12
  • 13. Como o metal puro líquido se solidifica? Molde onde o metal líquido é vazado MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 13
  • 14. Contornos de grão (“grain boundaries”): Superfície de encontro entre dois cristais idênticos (física e quimicamente) de orientações espaciais diferentes. MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 14
  • 15. Microestrutura de grãos equiaxiais em metais puros MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 15
  • 16. A tensão na qual inicia-se a deformação plástica de metais, macroscopicamente, é o limite de escoamento (SLE), e marca a RESISTÊNCIA do material 600 500 400 300 200 100 0 0,000 sLE 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 deformação (mm/mm) Observa-se experimentalmente que a deformação plástica de metais ocorre por cisalhamento... MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 16
  • 17. 2 .sen2. Para provocar a mudança de forma no quadrado ao lado, podemos aplicar tanto uma tensão de tração como uma tensão de cisalhamento MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 17
  • 18. A deformação plástica de cristais se dá por deslizamento de DISCORDÂNCIAS do cristal em planos específicos MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 18
  • 19. Discordância em cunha Semi-plano sobre a linha de discordância, ou CUNHA Este é o plano de escorregamento da discordância MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 19
  • 20. y x x x y Existe um campo de tensões associado a discordâncias em cunha é o módulo de rigidez transversal, é o coeficiente de Poisson do material MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 20
  • 21. Densidade de discordâncias m discordâncias m3 material m Num material isento de deformação plástica, 108 < r < 1010 m-2 Num material com severa deformação plástica, 1014 < r < 1016 m-2 MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 21
  • 22. Exercícios de fixação de conceitos Ferro puro na temperatura ambiente apresenta densidade 7,87 g/cm³. Sabendo que sua massa atômica é 55,85 g/mol, que seu raio atômico é 0,124 nm, e que o número de Avogadro é 6,022.1023 átomos/mol, determine se a estrutura cristalina do ferro puro na temperatura ambiente é CCC ou CFC. Considere uma liga monofásica metálica de ferro que contém 18% de cromo (Cr), na qual os átomos de ferro assumem a estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC). Como seria uma forma de calcular teoricamente a densidade desta liga? Neste cálculo, desconsidere a presença do carbono, que ocorre em quantidade muito pequena na liga. Prove a validade do modelo atômico de esferas rígidas, comprovando que este modelo permite o cálculo da densidade do cobre a partir apenas do raio atômico do cobre, da massa atômica do cobre, do número de Avogadro e da informação de que a estrutura cristalina do cobre é CFC. Explique seu raciocínio. São dados: raio atômico = 0,128 nm; massa atômica = 63,5 g/mol, constante de Avogadro = 6,022x1023 mol-1 MR6430 - Materiais Metálicos e Cerâmicos (Eng. Química) Aula 2 - Estruturas cristalinas, grãos e discordâncias http://www.fei.edu.br/~rodrmagn © 2009-2010 - Rodrigo Magnabosco -Slide 22