SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
Baixar para ler offline
Grau de inovação de centros culturais com inserção
comunitária no estado de Pernambuco
Ricardo Ruiz Freire
Programa de Pós-Graduação em
Gestão do Desenvolvimento Local sustentável
Orientador: Prof. Dr. Cristóvão de Souza Brito
Passo a Passo
Apresentação de motivação,
problema, hipótese e objetivos
Fundamentos teóricos sobre
inovação, economia criativa,
políticas e investimentos no setor
Metodologia de Pesquisa Resultados e Conclusão
1 2
3 4
Esta apresentação está dividia em 4 momentos:
MOTIVAÇÕES,
PROBLEMA,
HIPÓTESE E
OBJETIVOS
MOMENTO
PRIMEIRO
Necessidade de evolução e
criação de boas medidas nesse
campo (KON,2015). O
crescimento dos negócios e a
lucratividade na era do
conhecimento dependem da
inovação (GAMAL, 2011).
MENSURAÇÃO
DA INOVAÇÃO
Motivações da Pesquisa
Realizar um diagnóstico da inovação em entidades da a economia criativa,
responsáveis pelo desenvolvimento social e econômico se mostra
importante também para:
1
Uma visão estreita sobre a
inovação limita as oportunidades
das organizações e as torna
vulneráveis a concorrentes com
perspectivas mais amplas.
(CHEN, 2008)
VISÃO AMPLA
DA INOVAÇÃO2
Inovações não-tecnológicas são
ao menos tão importantes quanto
as inovações tecnológicas
(DRUCKER, 1985)
SOCIAL VS.
TECNOLÓGICA3
atribuir valor econômico ao
Patrimônio Cultural do Estado de
Pernambuco
ECONOMIA
4
servir como fonte de referência
para políticas de investimentos
públicos e privados no setor
cultural
POLÍTICAS5
Como mensurar a inovação em iniciativas
organizacionais que colaboram
concomitantemente no desenvolvimento social e
econômico?
Hipótese
Ferramentas holísticas para a mensuração da inovação
tecnológica podem também ser utilizadas para a
mensuração da inovação social.
Objetivo Geral
Compreender o papel da
inovação na economia criativa;
Objetivo específico 2
Compreender o conceito de
inovação e sua relação com a
esfera econômica, social,
tecnológica e ambiental;
Objetivo Específico 1
Fornecer uma ferramenta para
diagnosticar e analisar a
inovação em organizações
culturais comunitárias;
(Construção e aplicação em
campo)
Objetivo específico 4
Identificar o grau de inovação de organizações culturais com inserção
comunitária no estado de Pernambuco.
Identificar o investimento em
inovação no país;
Objetivo específico 3
FUNDAMENTOS
TEÓRICOS
MOMENTO
SEGUNDO
Inovação: Etimologia
Benoît Godin apresenta em sua extensa
obra diversos significados do conceito, os
discursos feitos sobre estes, os valores
envolvidos nos debates sobre o tema e as
estruturas conceituais desenvolvidas para
explicar o que é a inovação.
Desde a origem, Καινοτομία varia entre
significantes positivos e pejorativos
• Ways and Means, Xenófanes (354 a.C.) - “capaz de
afetar o equilíbrio dos poderes políticos existentes"

• Laws "(...) mas se ele é condenado por tentar fazer
inovações na educação e nas leis, deixe-o morrer"
• De Império “Eu sei que o exemplo do que não deve
ser feito contra a tradição e costume de nossos
antepassados”.
• Nos séculos seguintes, revolução e renovação
são os dois polos que impulsionam o termo
inovação entre um significado negativo ou
positivo
Eduardo VI
“A proclamation against those that
doeth innouate, alter or leaue doune any
rite or ceremonie in the Church, of their
priuate aucthoritie: and against them
which preacheth without licence, set
furth the .vj. daie of Februarij, in the
seconde yere of the Kynges Maiesties
most gracious reigne.”
• Inovação passa a significar algo muito negativo, e se
transforma em sinônimo de heresia, uma mudança
intencional para o mal
• Só se altera durante a Revolução Francesa, ou
seja, 300 anos depois
• Willian Lucas Sargant, 1858, cunha o termo
Inovação Social
• Hoje, há uma ideologia econômica baseada
em inovação tecnológica. Mas o termo é um
conceito de disputa política que se perpetua
por dois mil anos. A inovação adquire uma
conotação positiva dominante e exclusiva,
uma prática incontroversa, institucionalizada
e estruturante de pensamentos e ações.
Modelo Linear de Inovação
Como a inovação deixa de ser temida e indesejada para se tornar uma
necessidade humana, organizacional e governamental nos séculos XX e
XXI?
De-contestação (Aleta Norval)
de-contestação - do inglês de-contestation - é um processo de
naturalização de conceitos, práticas e representações em
ideologias. Nessa naturalização, as ideologias apresentam um
modelo organizacional particular da sociedade, um imaginário
não-histórico construído, quase sempre infundado. Como
sistemas de crença coletiva, as ideologias desafiam os
conceitos políticos e convertem as opiniões em uma certeza
monolítica.
A inovação como ideologia serve como um sistema de crença coletiva
“We have no national
policy for science. The
Government has only
begun to utilize science in
the nation's welfare.” -
Science: The Endless
Frontier
VANEVAR BUSH
Modelo Linear de Inovação
O processo de legitimação do conceito foi conduzido por cientistas
sociais que desenvolveram pensamentos sobre inovação tecnológica,
além de práticas especializadas para melhores resultados econômicos
Professor do MIT, fundou
um curso schumpteriano e
desenvolveu o modelo
linear da inovação em seu
livro Invention and
Innovation in the Radio
Industry
WILLIAM RUPERT
MACLAURIN
JOSEPH SCHUMPETER
Responsável pela teoria
dos ciclos econômicos,
porém não usa o termo
inovação em sua obra
original
OPOSIÇÃO À
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
COMPENSAÇÃO NÃO-COMERCIAIS
CLOUTIER, 2003
DOWBOR, 2007
ANDRÉ, 2006
EDILEUSA, 2013
HART, 2015 …
aos males causados pela
inovação tecnológica, uma
dicotomia de forças
opostas
simultaneamente
satisfazem os requisitos
sociais e envolvem
colaborações
Aspectos Sociais: Inovação Social
“Uma contrapartida ao conceito de inovação tecnológica,
que representa a globalização dos mercados locais em uma
escala dominante que neutraliza as diferenças em cada
contexto e leva à monocultura dos processos
produtivos.” (HART, 2015)
No entanto, o cenário percebido na esfera econômica é
diferente: cada vez mais iniciativas coletivas se juntam em
polos organizacionais para inovar - tecnológica e socialmente
- na busca do bem-estar econômico, social e ambiental,
mesmo como micro ou pequenas empresas corporativas.
Essas iniciativas mostram inerente
a face social da inovação.
Corrobora com a hipótese
inovação tecnológica e inovação social não devem ser tratadas como
conceitos díspares. Enquanto exacerbada como produto da invenção
tecnológica, a inovação perde seu significado mais potente: 

o de transformar o meio no qual se insere. Inovação, aqui, diz
respeito a processos de criação de produtos ou métodos, em diversas
escalas, que objetivam alterações econômicas e sociais nos
contextos em que se inserem, e essas transformações
necessariamente envolvem invenções técnicas.
Toda inovação, carregada
de invenções técnicas, tem
o potencial inerente da
revolução social e
ambiental.
Afirma-se que o desenvolvimento sustentável é um conceito que
surge em oposição aos efeitos nocivos do progresso econômico.
Mas esta posição parece conciliadora com as práticas conceituais
da agenda econômica e política (VIZEU, 2012)
Inovação e Sustentabilidade
O modelo de desenvolvimento atual alavanca os esforços para a
acumulação contínua de capital em uma competição entre nações,
grupos e indivíduos.
Fábio Vizeu
“A melhor inovação das últimas décadas no
sistema capitalista foi o conceito de
desenvolvimento sustentável, que ajuda o
capital a atender à ideologia dos menos
favorecidos e os desejos econômicos dos
mais abastados.”
Baseia-se na ideia de reparar os
efeitos prejudiciais do capitalismo
• a forma como o sistema de produção executa sua
essência - a acumulação - é uma dicotomia com a
ideologia presente nos discursos pelo
desenvolvimento que envolva o econômico, o social e
o ambiental
• serve como uma justificativa política na tentativa de
conciliar o desenvolvimento econômico com
questões sociais e ambientais

• o ônus imposto pelo progresso nos sistemas de
produção é o de abarcar o discurso social e
ambiental, sem impedir que as nações se
concentrem na lógica da acumulação.

• A sustentabilidade contribuiu para a
percepção de quais as inovações
tecnológicas orientadas à manutenção do
planeta e do capital.
Uma vez que desenvolvimento sustentável pressupõe os
campos ambientais, econômicos e sociais, por qual motivo
inovação para o progresso econômico é tecnológica e a
compensação das consequências do progresso,
com a mitigação da saturação de capital,
é vista como inovação social?
Por que separar a inovação entre inovação tecnológica
que atende às necessidades do capital e aumenta a
eficiência do investimento focado na acumulação -
e inovação social - um fardo para que o sistema de
produção consiga manter a coesão social sob o argumento
do sócio-ambiental?
O limiar desta dicotomia se situa entre a promoção da
inovação tecnológica aclamada pelo mercado em
expansão e a inovação social para o
desenvolvimento sustentável utópico.
As forças argumentativas direcionam a tese e a antítese
sobre os discursos de inovação para a significação que
melhor se adeque às necessidades
materialistas da produção.
Economia
Criativa, Cultura e
Inovação Social
Richard Barbrook
Em 1997, o governo trabalhista recém
eleito no Reino Unido define o conceito
economia criativa e avalia seu impacto
direto na economia britânica.
Desenvolvimento dos mercados de
intangíveis
• Áreas da atividade econômica com origem na
criatividade individual, habilidade e talento e com
um potencial de criação de riqueza através da
geração de propriedade intelectual
• The High Tech Gift Economy e Cyber-communism,
sobre como os Estados Unidos da América super-
alimentam a economia da dádiva através da troca
de intangíveis nas redes de computador
• Classe de trabalhadores intelectuais
consagrados com diferentes títulos nos últimos
dois séculos, como New Independents, 

E-lancers, Multitude, New Barbarians, Bobos,
Free Agents, Cibertariado, Netocrécicos, entre
outros

• De qualquer forma, inundava a Britânia com
empregos rentáveis e estufava o PIB do
império.
Economia Criativa, no Brasil
O Ministério da Cultura brasileiro funcionou como uma indústria
inovadora em seus processos com forte impacto social
Anos 90
1999
2004
2006
2014
FHC recompõe o
ministério da Cultura
com as secretarias:
Cinema e Vídeo,
Teatro e Dança,
Audiovisual, Belas
Artes, Patrimônio
Histórico e
Bibliotecas.
Lei Rouanet e o
mecenato das
empresas
Gilberto Gil Ministro,
visão antropológica
da cultura.
Programa Cultura
Viva, ação Pontos de
Cultura e foco no livre
compartilhamento de
bens imateriais
Ministério da Cultura
anuncia que Economia
Criativa inclui "a cultura,
a criatividade e o
conhecimento em seu
processo de produção,
independente de ter
finalidade cultural”
Esta inovadora
política de gestão
cultural estatal se
consolidada pela
Lei nº 13.018, de
22 de julho
Lei Cultura Viva
PONTOS DE
CULTURA
potencializar iniciativas culturais já
desenvolvidas por comunidades, grupos
e redes de colaboração;
Potencializar o que já existe
promover, ampliar e garantir a criação e
a produção artística; aumentar a visibi-
lidade de diversas iniciativas culturais;
Preservação da Cultura BR
contribuir para o fortalecimento da
autonomia social das comunidades;
estimular a articulação das redes sociais
e culturais e dessas com a educação;
Garantir a produção e formação
promover a diversidade, garantindo
diálogos interculturais; promover o
intercâmbio entre diferentes segmentos
da comunidade;
Garantir a diversidade
Social innovation is supposed to carry social transformation and to
provide an alternative to the neoliberal system. Yet, because it
emerges in times of crises, it rather seems to repair the dominant
system’s harms, thus allowing it to perpetuate. Therefore, it is not
clear whether it reinforces neoliberal capitalism, or whether it seeks
alternatives to it. (GREGOIRE, 2016)
Pontos de Cultura
São sobre estas instituições, frutos de um processo de inovação social
promovido por uma instituição pública, que se debruça esta pesquisa.
Medir o grau de inovação dos Pontos de Cultura é acompanhar o
desenvolvimento de uma política que possui, em seu cerne, a
inovação como marca, e que, fomentada inicialmente pelo Estado,
propõe absorver o conhecimento cultural como valorosa fonte para
processos de inovação cultural, educacional, social, ambiental,
industrial, de serviços, de organização administrativa ou política, com
foco no desenvolvimento econômico.
PdC em Pernambuco
1945
Campanha Nacional
do Folclore
1964
Movimento de Cultura
Popular
1,6%
Participação estimada
do PIB Criativo em
Pernambuco
#9
Posição no Ranking de
Estados Brasileiros
Alta densidade de atividades culturais no
Estado
Tratam de assuntos culturais de cunho social e uma
quantidade considerável se refere a matrizes africanas.
Trabalham a linguagem musical nas formas das tradições de
maracatu, coco, ciranda ou de orquestras de frevo
Tratam do cinema e do teatro, bem como da preservação de
tradições culturais do Estado e manifestações culturais
locais, com grande inserção em suas localidades.
POSSUI IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
NO DESENVOLVIMENTO DE
POLÍTICAS CULTURAIS NO BRASIL
133 Pontos de Cultura nas 12 regiões de desenvolvimento
97 são em parceria com a FUNDARPE
36 em parceria com o Ministério da Cultura
Após um breve histórico das políticas públicas para a inovação no
Brasil, é analisado como o Plano Plurianual - PPA 2016-2019
configura o investimento em inovação e como a Lei Orçamentária
Anual - LOA de 2017 executa estes investimentos previstos.
Políticas Públicas para a Inovação
Conjunto de estratégias e ações desenvolvidas pelo Estado, e que
podem ser realizadas através da criação de ministérios, conselhos,
secretarias ou fundações que tenham como fim a inovação em seu
sentido mais amplo, com incentivos direcionadas à empresas públicas e
privadas, como empréstimos públicos, incentivos fiscais, programas de
apoio intelectual, apoio em infraestrutura, cooperação, apoio de de
treinamento e gestão, entre outros.
Breve Histórico
Iniciada após a crise de 1929 no governo de Getúlio Vargas, se estende
por todo o período do milagre econômico, e tem investimentos, ajustes
fiscais e leis de protecionismo para garantir uma indústria primária
nacional, que altera gradativamente a dependência do país da
importação até o final da década de 1980
1930 à
1955
1955 à
1970
1975 à
1979
1984 à
2004
2004 e
2005
grandes empresas estatais
que visavam constituir a base
produtiva sobre a qual o
desenvolvimento dos outros
setores poderia se apoiar.

Vale do Rio Doce, Cia
Siderúrgica Nacional e
Petrobras
Conselho de Desenvolvimento
de JK, metas: transportes,
energia, insumos básicos,
alimentação e educação.
Política de ciência e
tecnologia com enfoque na
criação de infraestrutura
científica e tecnológica.
II Plano Nacional de
Desenvolvimento, no
Governo Geisel, focava nos
ativos de produção – aço,
produtos químicos pesados,
metais e minerais –, no setor
energético e nas
exportações
Política Nacional de
Informática, criticada
nacionalmente e
internacionalmente,
instaurou o protecionismo. A
lei se mostrou concentradora
e ineficaz. Programa de
Desenvolvimento
Tecnológico da Indústria -
1994 - Isenção Fiscal.
Lei do Bem. Baseado em
Isenção para Pesquisa.
Utilizou o Modelo Linear para
definir o que é inovação. Lei
da Inovação - Promover
Parcerias público-privadas e
entre Academia e Empresas.
formas de estímulo
permanecem ofertantes e
lineares – da pesquisa à
produção
inovação para da produtividade do
trabalho (…) promoção da ciência,
da tecnologia e da inovação e
estímulo ao desenvolvimento
produtivo e da sustentabilidade da
economia
Plano Plurianual 2016-2019
Salienta que que o crescimento depende da capacidade inovadora das empresas, o que
proporciona elevação da produtividade e da competitividade. Outras 76 vezes a palavra
Inovação aparece, com posicionamento afirmativo em relação à promoção de políticas e
ações colaborativas de ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social
1
crédito à inovação através das
atividades de ensino, pesquisa e
extensão previsto no âmbito da
Financiadora de Estudos e Projetos
- Finep
2
apoio para 1.000 micro e pequenas
empresas de base tecnológica e a
1.250 empresas a realizarem
p e s q u i s a t e c n o l ó g i c a e
desenvolvimento de inovação via
incentivos fiscais
3
produção de insumos para o
Sistema Único de Saúde, para a
sustentabilidade dos sistemas
produtivos da agricultura familiar
4
i n d ú s t r i a n a c i o n a l d e
telecomunicações, e de energia
elétrica, no desenvolvimento da
atividade mineral, da indústria de
petróleo e gás, zona costeira e
Antártida, programa espacial e
nuclear
5
O Plano Plurianual 2016-2019 garante para políticas de
inovação 2% da distribuição do crédito e das fontes extra-
orçamentárias e 9% do gasto tributário, o que
corresponde ao valor global de 7% do orçamento total
previsto para o período.
Porém, ao se avaliar a Lei Orçamentária de 2017, 

percebe-se que o investimento em inovação está na ordem
dos 15,76%, duas vezes mais o planejado pelo PPA vigente.
Para além das áreas previamente estabelecidas como
prioritárias no PPA, diversos programas incorporam
orçamento para ações genéricas em inovação, o que
torna difícil a mensuração de qual o real valor
planejadamente investido em inovação e quais os
resultados econômicos e sociais desses investimentos
Embora ações com foco em inovação tenham sofrido um
significado aumento de investimento em relação ao 

PPA 2016-2019, de todas as diretrizes existentes focadas na
inovação nenhuma ação trata diretamente da promoção
de políticas e ações colaborativas de ciência, tecnologia
e inovação para o desenvolvimento social.
Os investimentos em inovação na cultura, através do
Ministério da Cultura, foram da ordem de
R$765.356.862,00, com o intuito de fortalecer a indústria,
os serviços e as atividades audiovisuais. Porém, nenhum
recurso foi direcionado para o fomento dos demais setores
da Economia Criativa brasileira.
Conforme atesta Vizeu (2012), o investimento para o
desenvolvimento sustentável é mascarado nos termos e
conceitos utilizados, mas corrobora apenas a manutenção
da lógica acumuladora do capital, e favorece minorias em
detrimento das maiorias.
METODOLOGIA
MOMENTO
TERCEIRO
Metodologia da Pesquisa
intenção em apontar dúvidas que possam encadear
outras pesquisas e ampliar os estudos na área da gestão
da inovação em diferentes cadeias produtivas.
Etimologia e conceitos de
inovação, Políticas de
inovação no Brasil, Teorias
sobre Inovação Cultural e
Economia Criativa e
legislações referentes à Lei
Cultura Viva.
REVISÃO INTEGRATIVA
DA LITERATURA
CONCEITUAL
Modelos e ferramentas de
medição da inovação,
suas métricas, relatórios
de auditoria em inovação
de organizações,
dimensões de foco e
técnicas de análise
REVISÃO SISTEMÁTICA
SOBRE MÉTRICAS DE
INOVAÇÃO
CONSTRUÇÃO DE
FERRAMENTA
histórico da evolução da
análise da inovação em
organizações, análise
comparativa das principais
ferramentas utilizadas para
mensuração, seleção de
dimensões para criação de
questionário de coleta
Construção de
questionários online e
divulgação para as
entidades pesquisadas,
logística de visita em
campo, entrevista semi-
estruturada com 33
entidade
APLICAÇÃO DA COLETA
DE DADOS
Análise dos resultados
através da técnica Radar
da Inovação. Análise
comparativa de questões
qualitativas e quantitativas
sobre o perfil das
entidades.
ANÁLISE DOS
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Comparação com
objetivos e motivações da
pesquisa, apontamento de
possibilidades a partir dos
resultados
Evolução das Ferramentas
Todas essas gerações de indicadores se encaixam no clássico modelo
econômico de uma função de produção Y = f(x). A parte central da
equação (em função de, f), que lida com a transformação de uma variável à
outra, mantêm-se intocada em termos de indicadores significativos
1950-60
1970-80
1990
2000
2010
Despesas com
P&D; Pessoal
capacitado;
Capital;
Intensidade
tecnológica
Patentes;
Publicações;
Produtos;
Qualidade;
Mudança
Pesquisas em
inovação;
Indexação;
Comparação das
capacidades
inovativas
Conhecimento;
Intangíveis; Ligações;
Demanda; Agrupamentos;
Técnicas de gestão;
Risco/Retorno; Dinâmicas
sistêmicas
índices de
sustentabilidade
econômica,
ambiental e
social
Anita Kon
2015
As formas de medir a inovação mais
amplamente utilizadas ainda são bastante
relacionadas a um modelo linear, com base
apenas nas informações de inovações
tecnológicas e tangíveis. Isto direciona as
prioridades das políticas públicas a um foco
distante das inovações intangíveis e de
serviços, em prol da ciência e da tecnologia
voltada para a indústria manufatureira
Então, o que é inovação?
É a introdução de um novo processo, serviço, produto ou de
um determinado modelo de negócio, seja pela utilização ou
pela comercialização, que resulte em transformações
positivas no ambiente envolvido.
Por isso, engloba a inovação de produtos, inovação de
serviços, inovação de processos, inovação de modelos de
negócios e a inovação de modelos sociais.
Buscou-se necessário construir nesta pesquisa um
quadro de mensuração holístico e abrangente para a
inovação, que ultrapasse o modelo linear proposto em
meados do século XX.
CADEIA DE VALOR FUNIL ESCALA DE DESEMPENHO
DIAMANTE E RADAR CADEIA VERDE SINALIZADORES
apresenta a inovação
como um processo
sequencial de três fases
lista nove estágios de
inovação.
proposta para avaliar
processos e produtos
sustentáveis
característica principal
avaliar os recursos e o
potencial das organizações
composto por uma só
dimensão de análise, que
concilia o ambiental, o
gerencial e o social
se destina a educar e
orientar o processo de
inovação
Algumas Ferramentas
MANUAL DE OSLO EUROPE INNOVATE NESTA
fornece diretrizes de
medição a nível nacional
Mede constantemente o
desempenho de fatores
chave do gerenciamento
da inovação em PME
missão de transformar a
capacidade de inovação
do Reino Unido
Quadro Comparativo
Mohanbir Sawhney
Radar da Inovação
Concepção holística da inovação
Mais do que apontar um ranking
competitivo em busca da inovação, o
radar permite que as organizações
possam compreender as diferentes
áreas em que inovam, e como podem
ampliar ações inovadoras nas
diferentes dimensões de atuação.
Ainda mais, o Radar da Inovação ajuda
a amplificar a inovação nas empresas e
mostrar que "a inovação é sobre a
criação de novos valores, não a
criação de novos produtos".
O que medir?
Segundo Gamal (2011), se as estratégias de inovação estão no centro
do interesse de políticas públicas, a capacidade de inovação é a questão
mais importante para o desenho de uma pesquisa.
Uma métrica de inovação equilibra precisão, longevidade,
comparabilidade e facilidade de coleta, para medir com
precisão o que for necessário de acordo com a atual fase de
inovação de um determinado setor, além de:

- Gerar valor para a empresa pesquisada;
- Fornecer a gestores públicos informações para o apoio à
tomada de decisão;
- Enfocar na capacidade do processo de inovação bem como
em seus fatores capacitadores;
- Fornecer informações detalhadas sobre o que impede a
inovação dentro da organização;
- Ser simples e eficaz;
- Ter os resultados da medição confidenciais.
Dimensões da Inovação
em Pontos de Cultura
45 minutos para preenchimento.
Resultou em pequenos ajustes em
questões que se repetiam
TESTE DE
APLICAÇÃO
Coleta de Dados
Organizada em dois questionários online com 45 perguntas no total (Lickert).
Possui também questões abertas e fechadas para coleta de dados sobre o
perfil sócio-econômico da organização.
1
serve como uma ferramenta de
c o m u n i c a ç ã o d o p r o j e t o ,
responsável por disponibilizar
informações para os envolvidos na
pesquisa.
PLATAFORMA
ONLINE2
facilitar o deslocamento da equipe
em campo, o agendamento das
visitas e o contato com as
organizações pesquisadas.
CARTOGRAFIA
E AGENDA3
há uma clara relação entre o acesso
ao conhecimento e o aumento da
inovação e da produtividade dos
negócios
ENVIO PRÉVIO
QUESTIONÁRIO4
realizadas entrevistas semi-
estruturadas para uma captura
qualitativa de dados, a partir do
envolvimento de entrevistador/
entrevistado
VISITAS EM
CAMPO5
RESULTADOS E
CONCLUSÃO
MOMENTO
QUARTO
Perfil das Organizações
Com base em questionário quantitativo
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
DE GESTORES (%)
Desmistifica a ideia de que instituições comunitárias são geridas por
pessoas menos capacitadas.
Perfil das Organizações
Com base em questionário quantitativo
PARTICIPAÇÃO DE
MULHERES NA GESTÃO (%)
PARTICIPAÇÃO DE MULHERES
NAS DECISÕES (%)
As mulheres possuem um papel fundamental nas instituições
Perfil das Organizações
Com base em questionário quantitativo
ABRANGÊNCIA DE
ATUAÇÃO (%)
Pontos de Cultura possuem o potencial de nacionalizar e
internacionalizar a cultura de Pernambuco.
Perfil das Organizações
Com base em questionário quantitativo
PÚBLICO ALVO (%)
Jovens e crianças representam 71,42% dos atendidos, na formação em
algum ofício relativo à Economia Criativa ou como frequentadores dos
espaços e das atividades.
Mesmo com uma altos índices de atuação internacional, apenas 3.57%
das entidades se dedicam aos turistas
Perfil das Organizações
Com base em uma questão aberta
SERVIÇOS OFERECIDOS (%)
É notável o papel que Pontos de Cultura exercem na formação de
jovens e crianças, uma vez que 93.3% das organizações oferecem
aulas, oficinas e palestras.
Enquanto exercem papel importante na formação de crianças e jovens,
Pontos de Cultura poderiam também oferecer eventos e espetáculos
internacionalmente.
Perfil das Organizações
Recursos Movimentados
RESPOSTAS À PERGUNTA
(%)
As respostas obtidas apontam um mercado de R$ 1.431.800,00 no ano
de 2016, o que representa 0,057% do PIB da Economia da Cultura no
País em 2016, sendo 1.6% a participação total do estado de
Pernambuco (FIRJAN, 2016).
Grau de Inovação
Índices avaliados segundo a escala de Bachmann (2008)
GRAU INTERPRETAÇÃO
1 organização não inovadora
3 organização inovadora ocasional
5 organização inovadora sistêmica
Grau de Inovação
Grau de Inovação
Grau de Inovação por setores
Grau de Inovação por setores
Tais investimentos
utilizam o mote da
inovação para o bem
estar social como
fomentador da
tradicional lógica de
acumulação do
desenvolvimento
econômico do país,
caracterizado pela
distribuição ineficaz
desses mesmos
investimentos.
A percepção do mercado
de intangíveis como o
eixo da economia
criativa, conforme
abordado por Barbrook
(1998), e o papel dos
centros culturais
pesquisados como frutos
da inovação neste
mercado, salienta ainda
mais as contradições
apontadas por Vizeu
(2012) quando
observados os
investimentos em
inovação no país.
Conclusões da Pesquisa
cumpre seu objetivo principal de identificar o grau de inovação em
centros culturais com inserção comunitária no estado de Pernambuco.
Objetivo
específico #1
Percebe-se que a
compreensão do termo
inovação conforme
abordado por Godin
(2012) e sua relação com
a esfera econômica,
tecnológica, social e
ambiental se mostra
essencial para afirmar o
potencial da inovação
para o desenvolvimento
sustentável, mesmo com
a contradição apontada
por Vizeu (2012) entre a
lógica de acúmulo do
capital e a
sustentabilidade.
Objetivo
específico #2
Objetivo
específico #3
Conclusões da Pesquisa
Compreender a inovação social como no mínimo tão importante quanto a
inovação tecnológica permite a adaptação e o uso de ferramentas para a
mensuração da inovação técnica, como a apresentada por Chen (2008), em
organizações de diferentes áreas de atividade que têm, em comum, a
preocupação com o desenvolvimento social ou ambiental, comumente tidas
como organizações de inovação social.
Isto também comprova a hipótese apresentada neste estudo.
Objetivo específico #4
Conclusões
Em relação às entidades pesquisadas, é percebido que, mesmo
com foco em formação, o elevado grau de instrução de seus
gestores e de possuir o conhecimento como matéria prima de suas
produções, os Pontos de Cultura pesquisados possuem baixa
capacidade de inovação. Isso se dá pois a grande maioria das
entidades não compreende o resultado de seu trabalho como um
produto ou um serviço comercializável.
Esta não-percepção influencia diretamente o tênue relacionamento
com seus clientes/consumidores, a não identificação de possíveis
mercados e tão pouco a abertura destes. Da mesma forma, a
incompreensão do mercado torna as entidades pesquisadas pouco
capazes de ofertar seus produtos ou serviços, o que gera uma
dependência grande de investimentos governamentais federais,
estaduais ou municipais.
Conclusões
Mesmo com o amplo investimento em inovação no país, entidades
com foco na formação de crianças e jovens para inovação da
economia criativa pernambucana não participam desse aporte e,
por sua vez, pouco contribuem para essa economia. Dado o
potencial da cultura para o PIB do estado do Pernambuco, se faz
necessário o investimento em inovação nas entidades
responsáveis por transformar este patrimônio imaterial em
desenvolvimento econômico. Devido às características dessas
instituições, é notório que ações focadas na ampliação de sua
capacidade inovadora acarretará também em um desenvolvimento
social. Esses mesmos investimentos precisam fomentar,
concomitantemente, a conscientização da responsabilidade
ambiental de tais entidades.
Trabalhos futuros devem
validar a ferramenta para
a mensuração da
inovação em diferentes
setores da economia,
para o aperfeiçoamento
da mesma. Da mesma
forma, se mostra
necessário acompanhar
o desenvolvimento da
capacidade inovadora
dos mesmos Pontos de
Cultura pesquisados, no
intuito de avaliar
investimentos e
resultados na ampliação
do PIB da Economia
Criativa Pernambucana.
Este estudo não tem
efeito de auditoria das
atividades ou gastos das
entidades pesquisadas.
Também não aponta
alternativas, como a
união dos serviços com o
turismo ou capacitações
específicas em vendas e
marketing. Acredita-se
que, a partir deste
estudo, estas decisões
possam ser mais
facilmente tomadas por
gestoras e gestores
públicos, bem como por
gestores responsáveis
pelas entidades
pesquisadas.
Conclusões da Pesquisa
Contribuições Limitações Futuro
Colabora na concepção
do conceito de inovação
e suas ferramentas de
mensuração, o que pode
favorecer no
desenvolvimento de
políticas públicas para o
setor. Colabora também
no processo de
desenvolvimento dos
Pontos de Cultura de
Pernambuco e na
compreensão da
importância da Lei
Cultura Viva como
decisiva para ampliar o
PIB da Economia Criativa
no Estado.
Muito obrigado!Ricardo Ruiz Freire
doutorsocrates@icloud.com @Jah_ras_tafariTwitter:Email:
Programa de Pós-Graduação em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...A. Rui Teixeira Santos
 
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...A. Rui Teixeira Santos
 
Cultura, inovação e qualidade de vida
Cultura, inovação e qualidade de vidaCultura, inovação e qualidade de vida
Cultura, inovação e qualidade de vidaRaquel Santos
 
Fundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IVFundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IVHarutchy
 
Escritos não criativos sobre economia criativa: por um novo olhar da relação...
Escritos não criativos sobre economia criativa:  por um novo olhar da relação...Escritos não criativos sobre economia criativa:  por um novo olhar da relação...
Escritos não criativos sobre economia criativa: por um novo olhar da relação...Luis Nassif
 
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGO
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGOLUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGO
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGOGoose Schmitt
 
Aula 6 2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumo
Aula 6   2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumoAula 6   2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumo
Aula 6 2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumoAngelo Peres
 
2011229135625960definicao de inovacao
2011229135625960definicao de inovacao2011229135625960definicao de inovacao
2011229135625960definicao de inovacaomarcello campos
 
Sociologia - A Cultura do Novo Capitalismo
Sociologia - A Cultura do Novo CapitalismoSociologia - A Cultura do Novo Capitalismo
Sociologia - A Cultura do Novo CapitalismoFlávia Senna
 
Gestão da inovação 4EIIMproject
Gestão da inovação 4EIIMprojectGestão da inovação 4EIIMproject
Gestão da inovação 4EIIMprojectPriscyla Patrício
 
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...Nome Sobrenome
 
Máscaras da rio+20.
Máscaras da rio+20.Máscaras da rio+20.
Máscaras da rio+20.Guy Valerio
 
Plano nacional de economia criativa
Plano nacional de economia criativaPlano nacional de economia criativa
Plano nacional de economia criativaredeeconomiacriativa
 
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...Programa Cultiva
 
Palestra Alan boccato viii cba agroecologia
Palestra Alan boccato viii cba agroecologiaPalestra Alan boccato viii cba agroecologia
Palestra Alan boccato viii cba agroecologiaAgroecologia
 
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1Francisco Gómez Castro
 

Mais procurados (20)

Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...
Sustentabilidade e Inovação Social, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos, Escola ...
 
Cultura, inovação e qualidade de vida
Cultura, inovação e qualidade de vidaCultura, inovação e qualidade de vida
Cultura, inovação e qualidade de vida
 
20090819cibrainstorm
20090819cibrainstorm20090819cibrainstorm
20090819cibrainstorm
 
Fundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IVFundamentos de sociologia Unidade IV
Fundamentos de sociologia Unidade IV
 
Escritos não criativos sobre economia criativa: por um novo olhar da relação...
Escritos não criativos sobre economia criativa:  por um novo olhar da relação...Escritos não criativos sobre economia criativa:  por um novo olhar da relação...
Escritos não criativos sobre economia criativa: por um novo olhar da relação...
 
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGO
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGOLUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGO
LUIS GUSTAVO SCHMITT - PMDA UP INSU 2015 - PROPOSTA DE ARTIGO
 
Economia resumo
Economia resumoEconomia resumo
Economia resumo
 
Aula 6 2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumo
Aula 6   2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumoAula 6   2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumo
Aula 6 2014.1 ucam - gestao contemporanea - precaridade e consumo
 
2011229135625960definicao de inovacao
2011229135625960definicao de inovacao2011229135625960definicao de inovacao
2011229135625960definicao de inovacao
 
Sociologia - A Cultura do Novo Capitalismo
Sociologia - A Cultura do Novo CapitalismoSociologia - A Cultura do Novo Capitalismo
Sociologia - A Cultura do Novo Capitalismo
 
Gestão da inovação 4EIIMproject
Gestão da inovação 4EIIMprojectGestão da inovação 4EIIMproject
Gestão da inovação 4EIIMproject
 
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...
Inovação Tecnológica nas Empresas: A Importância da Liderança na Implementaçã...
 
Máscaras da rio+20.
Máscaras da rio+20.Máscaras da rio+20.
Máscaras da rio+20.
 
Plano nacional de economia criativa
Plano nacional de economia criativaPlano nacional de economia criativa
Plano nacional de economia criativa
 
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...
Oficina Economia Criativa e Empreendedorismo Sociocultural Sustentável com Mi...
 
Palestra Alan boccato viii cba agroecologia
Palestra Alan boccato viii cba agroecologiaPalestra Alan boccato viii cba agroecologia
Palestra Alan boccato viii cba agroecologia
 
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1
"Economia criativa + matriz 4d". Francisco Gómez Castro. Design Thinking. 2015.1
 
Abdala a nova classe media
Abdala a nova classe mediaAbdala a nova classe media
Abdala a nova classe media
 
Apcap2
Apcap2Apcap2
Apcap2
 

Semelhante a Grau de inovação em centros culturais comunitários em Pernambuco

A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...
A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...
A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...Vinicius Wenning Koboldt
 
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos Mundiais
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos MundiaisOportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos Mundiais
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos MundiaisBRAIN Brasil Inovação
 
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdfFlavia Gabriela
 
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovaçãoAspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação. .
 
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier Social Good Brasil
 
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociais
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociaisInovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociais
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociaisCaio Colagrande Castro
 
Enit oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense final
Enit   oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense finalEnit   oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense final
Enit oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense finalAntônio Diomário de Queiroz
 
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...Incubadora de Negócios Unifacs
 
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovação
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovaçãoComo gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovação
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovaçãoBRAIN Brasil Inovação
 
Aula Empreendedorismo e Gestão
Aula Empreendedorismo e GestãoAula Empreendedorismo e Gestão
Aula Empreendedorismo e GestãoSusy Alves
 
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismo
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismoindicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismo
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismoClovis de Lima
 
Trajetórias do desenvolvimento.pptx
Trajetórias do desenvolvimento.pptxTrajetórias do desenvolvimento.pptx
Trajetórias do desenvolvimento.pptxLarisse Cabral
 
Criatividade & inovação
Criatividade & inovaçãoCriatividade & inovação
Criatividade & inovaçãoJuliana Tessari
 
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...Mauricio Serafim
 

Semelhante a Grau de inovação em centros culturais comunitários em Pernambuco (20)

A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...
A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...
A centralidade do conceito de inovação tecnológica no processo de mudança est...
 
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos Mundiais
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos MundiaisOportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos Mundiais
Oportunidades de Inovação para os Jogos Esportivos Mundiais
 
Conhecimento e Complexidade
Conhecimento e ComplexidadeConhecimento e Complexidade
Conhecimento e Complexidade
 
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf
4544-Texto do artigo-18265-3-10-20170426 (4).pdf
 
Rede de inovação
Rede de inovaçãoRede de inovação
Rede de inovação
 
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovaçãoAspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação
Aspectos sociais e tecnológicos das atividades de inovação
 
Zeitgeist apresentação final
Zeitgeist apresentação finalZeitgeist apresentação final
Zeitgeist apresentação final
 
A Inovação da Inovaçao
A Inovação da InovaçaoA Inovação da Inovaçao
A Inovação da Inovaçao
 
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier
Redescobrindo a Inovação Social, por kriss deiglmeier
 
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociais
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociaisInovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociais
Inovação: perspectiva schumpeteriana e as ciências sociais
 
Enit oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense final
Enit   oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense finalEnit   oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense final
Enit oportunidades e desafios do empreendedorismo catarinense final
 
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...
Alexandre Paupério, Brasil Inovação (BRAIN)- Rodadas de Inovação: Tecnologias...
 
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovação
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovaçãoComo gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovação
Como gerenciar o processo de desenvolvimento da estratégia para a inovação
 
Pucrs Audy Santa Maria Feisma
Pucrs Audy Santa Maria FeismaPucrs Audy Santa Maria Feisma
Pucrs Audy Santa Maria Feisma
 
Aula Empreendedorismo e Gestão
Aula Empreendedorismo e GestãoAula Empreendedorismo e Gestão
Aula Empreendedorismo e Gestão
 
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismo
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismoindicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismo
indicadores da produção discursiva da inovação no pós-fordismo
 
Trajetórias do desenvolvimento.pptx
Trajetórias do desenvolvimento.pptxTrajetórias do desenvolvimento.pptx
Trajetórias do desenvolvimento.pptx
 
Papel das Universidades nos Parques Tecnológicos
 Papel das Universidades nos Parques Tecnológicos Papel das Universidades nos Parques Tecnológicos
Papel das Universidades nos Parques Tecnológicos
 
Criatividade & inovação
Criatividade & inovaçãoCriatividade & inovação
Criatividade & inovação
 
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...
Economia criativa ou indústria criativa: Delimitação de um Conceito em Constr...
 

Mais de Ricardo Ruiz

Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R School
Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R SchoolDesafio Design e Saúde - C.E.S.A.R School
Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R SchoolRicardo Ruiz
 
Design da Informação e Visualização de dados
Design da Informação e Visualização de dadosDesign da Informação e Visualização de dados
Design da Informação e Visualização de dadosRicardo Ruiz
 
Empreendedorismo Social
Empreendedorismo SocialEmpreendedorismo Social
Empreendedorismo SocialRicardo Ruiz
 
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...Ricardo Ruiz
 
Encantando Sabores Caruaru
Encantando Sabores CaruaruEncantando Sabores Caruaru
Encantando Sabores CaruaruRicardo Ruiz
 
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismoA perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismoRicardo Ruiz
 
Inovação distribuída e ativismo no brasil
Inovação distribuída e ativismo no brasilInovação distribuída e ativismo no brasil
Inovação distribuída e ativismo no brasilRicardo Ruiz
 
Dialogues - different urbanization
Dialogues - different urbanizationDialogues - different urbanization
Dialogues - different urbanizationRicardo Ruiz
 
Apresentação InCiti LabCEUs
Apresentação InCiti LabCEUsApresentação InCiti LabCEUs
Apresentação InCiti LabCEUsRicardo Ruiz
 

Mais de Ricardo Ruiz (17)

Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R School
Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R SchoolDesafio Design e Saúde - C.E.S.A.R School
Desafio Design e Saúde - C.E.S.A.R School
 
Design da Informação e Visualização de dados
Design da Informação e Visualização de dadosDesign da Informação e Visualização de dados
Design da Informação e Visualização de dados
 
Empreendedorismo Social
Empreendedorismo SocialEmpreendedorismo Social
Empreendedorismo Social
 
Economia Criativa
Economia CriativaEconomia Criativa
Economia Criativa
 
Get lucky
Get luckyGet lucky
Get lucky
 
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...
Hipermobilidade, tempos acelerados, espaços virtuais e construção de novas...
 
Encantando Sabores Caruaru
Encantando Sabores CaruaruEncantando Sabores Caruaru
Encantando Sabores Caruaru
 
Resenha hart
Resenha hartResenha hart
Resenha hart
 
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismoA perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
A perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
 
Resilient cities
Resilient citiesResilient cities
Resilient cities
 
Inovação distribuída e ativismo no brasil
Inovação distribuída e ativismo no brasilInovação distribuída e ativismo no brasil
Inovação distribuída e ativismo no brasil
 
Experimenta 2015
Experimenta 2015Experimenta 2015
Experimenta 2015
 
Dialogues - different urbanization
Dialogues - different urbanizationDialogues - different urbanization
Dialogues - different urbanization
 
Apresentação InCiti LabCEUs
Apresentação InCiti LabCEUsApresentação InCiti LabCEUs
Apresentação InCiti LabCEUs
 
Final 1a fase
Final 1a faseFinal 1a fase
Final 1a fase
 
Fase1 parte2
Fase1 parte2Fase1 parte2
Fase1 parte2
 
Fase1 parte1
Fase1 parte1Fase1 parte1
Fase1 parte1
 

Grau de inovação em centros culturais comunitários em Pernambuco

  • 1. Grau de inovação de centros culturais com inserção comunitária no estado de Pernambuco Ricardo Ruiz Freire Programa de Pós-Graduação em Gestão do Desenvolvimento Local sustentável Orientador: Prof. Dr. Cristóvão de Souza Brito
  • 2. Passo a Passo Apresentação de motivação, problema, hipótese e objetivos Fundamentos teóricos sobre inovação, economia criativa, políticas e investimentos no setor Metodologia de Pesquisa Resultados e Conclusão 1 2 3 4 Esta apresentação está dividia em 4 momentos:
  • 4. Necessidade de evolução e criação de boas medidas nesse campo (KON,2015). O crescimento dos negócios e a lucratividade na era do conhecimento dependem da inovação (GAMAL, 2011). MENSURAÇÃO DA INOVAÇÃO Motivações da Pesquisa Realizar um diagnóstico da inovação em entidades da a economia criativa, responsáveis pelo desenvolvimento social e econômico se mostra importante também para: 1 Uma visão estreita sobre a inovação limita as oportunidades das organizações e as torna vulneráveis a concorrentes com perspectivas mais amplas. (CHEN, 2008) VISÃO AMPLA DA INOVAÇÃO2 Inovações não-tecnológicas são ao menos tão importantes quanto as inovações tecnológicas (DRUCKER, 1985) SOCIAL VS. TECNOLÓGICA3 atribuir valor econômico ao Patrimônio Cultural do Estado de Pernambuco ECONOMIA 4 servir como fonte de referência para políticas de investimentos públicos e privados no setor cultural POLÍTICAS5
  • 5. Como mensurar a inovação em iniciativas organizacionais que colaboram concomitantemente no desenvolvimento social e econômico?
  • 6. Hipótese Ferramentas holísticas para a mensuração da inovação tecnológica podem também ser utilizadas para a mensuração da inovação social.
  • 7. Objetivo Geral Compreender o papel da inovação na economia criativa; Objetivo específico 2 Compreender o conceito de inovação e sua relação com a esfera econômica, social, tecnológica e ambiental; Objetivo Específico 1 Fornecer uma ferramenta para diagnosticar e analisar a inovação em organizações culturais comunitárias; (Construção e aplicação em campo) Objetivo específico 4 Identificar o grau de inovação de organizações culturais com inserção comunitária no estado de Pernambuco. Identificar o investimento em inovação no país; Objetivo específico 3
  • 9. Inovação: Etimologia Benoît Godin apresenta em sua extensa obra diversos significados do conceito, os discursos feitos sobre estes, os valores envolvidos nos debates sobre o tema e as estruturas conceituais desenvolvidas para explicar o que é a inovação. Desde a origem, Καινοτομία varia entre significantes positivos e pejorativos • Ways and Means, Xenófanes (354 a.C.) - “capaz de afetar o equilíbrio dos poderes políticos existentes"
 • Laws "(...) mas se ele é condenado por tentar fazer inovações na educação e nas leis, deixe-o morrer" • De Império “Eu sei que o exemplo do que não deve ser feito contra a tradição e costume de nossos antepassados”. • Nos séculos seguintes, revolução e renovação são os dois polos que impulsionam o termo inovação entre um significado negativo ou positivo
  • 10. Eduardo VI “A proclamation against those that doeth innouate, alter or leaue doune any rite or ceremonie in the Church, of their priuate aucthoritie: and against them which preacheth without licence, set furth the .vj. daie of Februarij, in the seconde yere of the Kynges Maiesties most gracious reigne.” • Inovação passa a significar algo muito negativo, e se transforma em sinônimo de heresia, uma mudança intencional para o mal • Só se altera durante a Revolução Francesa, ou seja, 300 anos depois • Willian Lucas Sargant, 1858, cunha o termo Inovação Social • Hoje, há uma ideologia econômica baseada em inovação tecnológica. Mas o termo é um conceito de disputa política que se perpetua por dois mil anos. A inovação adquire uma conotação positiva dominante e exclusiva, uma prática incontroversa, institucionalizada e estruturante de pensamentos e ações.
  • 11. Modelo Linear de Inovação Como a inovação deixa de ser temida e indesejada para se tornar uma necessidade humana, organizacional e governamental nos séculos XX e XXI? De-contestação (Aleta Norval) de-contestação - do inglês de-contestation - é um processo de naturalização de conceitos, práticas e representações em ideologias. Nessa naturalização, as ideologias apresentam um modelo organizacional particular da sociedade, um imaginário não-histórico construído, quase sempre infundado. Como sistemas de crença coletiva, as ideologias desafiam os conceitos políticos e convertem as opiniões em uma certeza monolítica. A inovação como ideologia serve como um sistema de crença coletiva
  • 12. “We have no national policy for science. The Government has only begun to utilize science in the nation's welfare.” - Science: The Endless Frontier VANEVAR BUSH Modelo Linear de Inovação O processo de legitimação do conceito foi conduzido por cientistas sociais que desenvolveram pensamentos sobre inovação tecnológica, além de práticas especializadas para melhores resultados econômicos Professor do MIT, fundou um curso schumpteriano e desenvolveu o modelo linear da inovação em seu livro Invention and Innovation in the Radio Industry WILLIAM RUPERT MACLAURIN JOSEPH SCHUMPETER Responsável pela teoria dos ciclos econômicos, porém não usa o termo inovação em sua obra original
  • 13. OPOSIÇÃO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA COMPENSAÇÃO NÃO-COMERCIAIS CLOUTIER, 2003 DOWBOR, 2007 ANDRÉ, 2006 EDILEUSA, 2013 HART, 2015 … aos males causados pela inovação tecnológica, uma dicotomia de forças opostas simultaneamente satisfazem os requisitos sociais e envolvem colaborações Aspectos Sociais: Inovação Social “Uma contrapartida ao conceito de inovação tecnológica, que representa a globalização dos mercados locais em uma escala dominante que neutraliza as diferenças em cada contexto e leva à monocultura dos processos produtivos.” (HART, 2015)
  • 14. No entanto, o cenário percebido na esfera econômica é diferente: cada vez mais iniciativas coletivas se juntam em polos organizacionais para inovar - tecnológica e socialmente - na busca do bem-estar econômico, social e ambiental, mesmo como micro ou pequenas empresas corporativas. Essas iniciativas mostram inerente a face social da inovação.
  • 15. Corrobora com a hipótese inovação tecnológica e inovação social não devem ser tratadas como conceitos díspares. Enquanto exacerbada como produto da invenção tecnológica, a inovação perde seu significado mais potente: 
 o de transformar o meio no qual se insere. Inovação, aqui, diz respeito a processos de criação de produtos ou métodos, em diversas escalas, que objetivam alterações econômicas e sociais nos contextos em que se inserem, e essas transformações necessariamente envolvem invenções técnicas.
  • 16. Toda inovação, carregada de invenções técnicas, tem o potencial inerente da revolução social e ambiental.
  • 17. Afirma-se que o desenvolvimento sustentável é um conceito que surge em oposição aos efeitos nocivos do progresso econômico. Mas esta posição parece conciliadora com as práticas conceituais da agenda econômica e política (VIZEU, 2012) Inovação e Sustentabilidade O modelo de desenvolvimento atual alavanca os esforços para a acumulação contínua de capital em uma competição entre nações, grupos e indivíduos.
  • 18. Fábio Vizeu “A melhor inovação das últimas décadas no sistema capitalista foi o conceito de desenvolvimento sustentável, que ajuda o capital a atender à ideologia dos menos favorecidos e os desejos econômicos dos mais abastados.” Baseia-se na ideia de reparar os efeitos prejudiciais do capitalismo • a forma como o sistema de produção executa sua essência - a acumulação - é uma dicotomia com a ideologia presente nos discursos pelo desenvolvimento que envolva o econômico, o social e o ambiental • serve como uma justificativa política na tentativa de conciliar o desenvolvimento econômico com questões sociais e ambientais
 • o ônus imposto pelo progresso nos sistemas de produção é o de abarcar o discurso social e ambiental, sem impedir que as nações se concentrem na lógica da acumulação.
 • A sustentabilidade contribuiu para a percepção de quais as inovações tecnológicas orientadas à manutenção do planeta e do capital.
  • 19. Uma vez que desenvolvimento sustentável pressupõe os campos ambientais, econômicos e sociais, por qual motivo inovação para o progresso econômico é tecnológica e a compensação das consequências do progresso, com a mitigação da saturação de capital, é vista como inovação social? Por que separar a inovação entre inovação tecnológica que atende às necessidades do capital e aumenta a eficiência do investimento focado na acumulação - e inovação social - um fardo para que o sistema de produção consiga manter a coesão social sob o argumento do sócio-ambiental?
  • 20. O limiar desta dicotomia se situa entre a promoção da inovação tecnológica aclamada pelo mercado em expansão e a inovação social para o desenvolvimento sustentável utópico. As forças argumentativas direcionam a tese e a antítese sobre os discursos de inovação para a significação que melhor se adeque às necessidades materialistas da produção.
  • 22. Richard Barbrook Em 1997, o governo trabalhista recém eleito no Reino Unido define o conceito economia criativa e avalia seu impacto direto na economia britânica. Desenvolvimento dos mercados de intangíveis • Áreas da atividade econômica com origem na criatividade individual, habilidade e talento e com um potencial de criação de riqueza através da geração de propriedade intelectual • The High Tech Gift Economy e Cyber-communism, sobre como os Estados Unidos da América super- alimentam a economia da dádiva através da troca de intangíveis nas redes de computador • Classe de trabalhadores intelectuais consagrados com diferentes títulos nos últimos dois séculos, como New Independents, 
 E-lancers, Multitude, New Barbarians, Bobos, Free Agents, Cibertariado, Netocrécicos, entre outros
 • De qualquer forma, inundava a Britânia com empregos rentáveis e estufava o PIB do império.
  • 23. Economia Criativa, no Brasil O Ministério da Cultura brasileiro funcionou como uma indústria inovadora em seus processos com forte impacto social Anos 90 1999 2004 2006 2014 FHC recompõe o ministério da Cultura com as secretarias: Cinema e Vídeo, Teatro e Dança, Audiovisual, Belas Artes, Patrimônio Histórico e Bibliotecas. Lei Rouanet e o mecenato das empresas Gilberto Gil Ministro, visão antropológica da cultura. Programa Cultura Viva, ação Pontos de Cultura e foco no livre compartilhamento de bens imateriais Ministério da Cultura anuncia que Economia Criativa inclui "a cultura, a criatividade e o conhecimento em seu processo de produção, independente de ter finalidade cultural” Esta inovadora política de gestão cultural estatal se consolidada pela Lei nº 13.018, de 22 de julho
  • 24. Lei Cultura Viva PONTOS DE CULTURA potencializar iniciativas culturais já desenvolvidas por comunidades, grupos e redes de colaboração; Potencializar o que já existe promover, ampliar e garantir a criação e a produção artística; aumentar a visibi- lidade de diversas iniciativas culturais; Preservação da Cultura BR contribuir para o fortalecimento da autonomia social das comunidades; estimular a articulação das redes sociais e culturais e dessas com a educação; Garantir a produção e formação promover a diversidade, garantindo diálogos interculturais; promover o intercâmbio entre diferentes segmentos da comunidade; Garantir a diversidade
  • 25. Social innovation is supposed to carry social transformation and to provide an alternative to the neoliberal system. Yet, because it emerges in times of crises, it rather seems to repair the dominant system’s harms, thus allowing it to perpetuate. Therefore, it is not clear whether it reinforces neoliberal capitalism, or whether it seeks alternatives to it. (GREGOIRE, 2016) Pontos de Cultura São sobre estas instituições, frutos de um processo de inovação social promovido por uma instituição pública, que se debruça esta pesquisa. Medir o grau de inovação dos Pontos de Cultura é acompanhar o desenvolvimento de uma política que possui, em seu cerne, a inovação como marca, e que, fomentada inicialmente pelo Estado, propõe absorver o conhecimento cultural como valorosa fonte para processos de inovação cultural, educacional, social, ambiental, industrial, de serviços, de organização administrativa ou política, com foco no desenvolvimento econômico.
  • 26. PdC em Pernambuco 1945 Campanha Nacional do Folclore 1964 Movimento de Cultura Popular 1,6% Participação estimada do PIB Criativo em Pernambuco #9 Posição no Ranking de Estados Brasileiros Alta densidade de atividades culturais no Estado Tratam de assuntos culturais de cunho social e uma quantidade considerável se refere a matrizes africanas. Trabalham a linguagem musical nas formas das tradições de maracatu, coco, ciranda ou de orquestras de frevo Tratam do cinema e do teatro, bem como da preservação de tradições culturais do Estado e manifestações culturais locais, com grande inserção em suas localidades. POSSUI IMPORTÂNCIA HISTÓRICA NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS CULTURAIS NO BRASIL 133 Pontos de Cultura nas 12 regiões de desenvolvimento 97 são em parceria com a FUNDARPE 36 em parceria com o Ministério da Cultura
  • 27. Após um breve histórico das políticas públicas para a inovação no Brasil, é analisado como o Plano Plurianual - PPA 2016-2019 configura o investimento em inovação e como a Lei Orçamentária Anual - LOA de 2017 executa estes investimentos previstos. Políticas Públicas para a Inovação Conjunto de estratégias e ações desenvolvidas pelo Estado, e que podem ser realizadas através da criação de ministérios, conselhos, secretarias ou fundações que tenham como fim a inovação em seu sentido mais amplo, com incentivos direcionadas à empresas públicas e privadas, como empréstimos públicos, incentivos fiscais, programas de apoio intelectual, apoio em infraestrutura, cooperação, apoio de de treinamento e gestão, entre outros.
  • 28. Breve Histórico Iniciada após a crise de 1929 no governo de Getúlio Vargas, se estende por todo o período do milagre econômico, e tem investimentos, ajustes fiscais e leis de protecionismo para garantir uma indústria primária nacional, que altera gradativamente a dependência do país da importação até o final da década de 1980 1930 à 1955 1955 à 1970 1975 à 1979 1984 à 2004 2004 e 2005 grandes empresas estatais que visavam constituir a base produtiva sobre a qual o desenvolvimento dos outros setores poderia se apoiar.
 Vale do Rio Doce, Cia Siderúrgica Nacional e Petrobras Conselho de Desenvolvimento de JK, metas: transportes, energia, insumos básicos, alimentação e educação. Política de ciência e tecnologia com enfoque na criação de infraestrutura científica e tecnológica. II Plano Nacional de Desenvolvimento, no Governo Geisel, focava nos ativos de produção – aço, produtos químicos pesados, metais e minerais –, no setor energético e nas exportações Política Nacional de Informática, criticada nacionalmente e internacionalmente, instaurou o protecionismo. A lei se mostrou concentradora e ineficaz. Programa de Desenvolvimento Tecnológico da Indústria - 1994 - Isenção Fiscal. Lei do Bem. Baseado em Isenção para Pesquisa. Utilizou o Modelo Linear para definir o que é inovação. Lei da Inovação - Promover Parcerias público-privadas e entre Academia e Empresas. formas de estímulo permanecem ofertantes e lineares – da pesquisa à produção
  • 29. inovação para da produtividade do trabalho (…) promoção da ciência, da tecnologia e da inovação e estímulo ao desenvolvimento produtivo e da sustentabilidade da economia Plano Plurianual 2016-2019 Salienta que que o crescimento depende da capacidade inovadora das empresas, o que proporciona elevação da produtividade e da competitividade. Outras 76 vezes a palavra Inovação aparece, com posicionamento afirmativo em relação à promoção de políticas e ações colaborativas de ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social 1 crédito à inovação através das atividades de ensino, pesquisa e extensão previsto no âmbito da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep 2 apoio para 1.000 micro e pequenas empresas de base tecnológica e a 1.250 empresas a realizarem p e s q u i s a t e c n o l ó g i c a e desenvolvimento de inovação via incentivos fiscais 3 produção de insumos para o Sistema Único de Saúde, para a sustentabilidade dos sistemas produtivos da agricultura familiar 4 i n d ú s t r i a n a c i o n a l d e telecomunicações, e de energia elétrica, no desenvolvimento da atividade mineral, da indústria de petróleo e gás, zona costeira e Antártida, programa espacial e nuclear 5
  • 30. O Plano Plurianual 2016-2019 garante para políticas de inovação 2% da distribuição do crédito e das fontes extra- orçamentárias e 9% do gasto tributário, o que corresponde ao valor global de 7% do orçamento total previsto para o período. Porém, ao se avaliar a Lei Orçamentária de 2017, 
 percebe-se que o investimento em inovação está na ordem dos 15,76%, duas vezes mais o planejado pelo PPA vigente. Para além das áreas previamente estabelecidas como prioritárias no PPA, diversos programas incorporam orçamento para ações genéricas em inovação, o que torna difícil a mensuração de qual o real valor planejadamente investido em inovação e quais os resultados econômicos e sociais desses investimentos
  • 31. Embora ações com foco em inovação tenham sofrido um significado aumento de investimento em relação ao 
 PPA 2016-2019, de todas as diretrizes existentes focadas na inovação nenhuma ação trata diretamente da promoção de políticas e ações colaborativas de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.
  • 32. Os investimentos em inovação na cultura, através do Ministério da Cultura, foram da ordem de R$765.356.862,00, com o intuito de fortalecer a indústria, os serviços e as atividades audiovisuais. Porém, nenhum recurso foi direcionado para o fomento dos demais setores da Economia Criativa brasileira. Conforme atesta Vizeu (2012), o investimento para o desenvolvimento sustentável é mascarado nos termos e conceitos utilizados, mas corrobora apenas a manutenção da lógica acumuladora do capital, e favorece minorias em detrimento das maiorias.
  • 34. Metodologia da Pesquisa intenção em apontar dúvidas que possam encadear outras pesquisas e ampliar os estudos na área da gestão da inovação em diferentes cadeias produtivas. Etimologia e conceitos de inovação, Políticas de inovação no Brasil, Teorias sobre Inovação Cultural e Economia Criativa e legislações referentes à Lei Cultura Viva. REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA CONCEITUAL Modelos e ferramentas de medição da inovação, suas métricas, relatórios de auditoria em inovação de organizações, dimensões de foco e técnicas de análise REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE MÉTRICAS DE INOVAÇÃO CONSTRUÇÃO DE FERRAMENTA histórico da evolução da análise da inovação em organizações, análise comparativa das principais ferramentas utilizadas para mensuração, seleção de dimensões para criação de questionário de coleta Construção de questionários online e divulgação para as entidades pesquisadas, logística de visita em campo, entrevista semi- estruturada com 33 entidade APLICAÇÃO DA COLETA DE DADOS Análise dos resultados através da técnica Radar da Inovação. Análise comparativa de questões qualitativas e quantitativas sobre o perfil das entidades. ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO Comparação com objetivos e motivações da pesquisa, apontamento de possibilidades a partir dos resultados
  • 35. Evolução das Ferramentas Todas essas gerações de indicadores se encaixam no clássico modelo econômico de uma função de produção Y = f(x). A parte central da equação (em função de, f), que lida com a transformação de uma variável à outra, mantêm-se intocada em termos de indicadores significativos 1950-60 1970-80 1990 2000 2010 Despesas com P&D; Pessoal capacitado; Capital; Intensidade tecnológica Patentes; Publicações; Produtos; Qualidade; Mudança Pesquisas em inovação; Indexação; Comparação das capacidades inovativas Conhecimento; Intangíveis; Ligações; Demanda; Agrupamentos; Técnicas de gestão; Risco/Retorno; Dinâmicas sistêmicas índices de sustentabilidade econômica, ambiental e social
  • 36. Anita Kon 2015 As formas de medir a inovação mais amplamente utilizadas ainda são bastante relacionadas a um modelo linear, com base apenas nas informações de inovações tecnológicas e tangíveis. Isto direciona as prioridades das políticas públicas a um foco distante das inovações intangíveis e de serviços, em prol da ciência e da tecnologia voltada para a indústria manufatureira
  • 37. Então, o que é inovação? É a introdução de um novo processo, serviço, produto ou de um determinado modelo de negócio, seja pela utilização ou pela comercialização, que resulte em transformações positivas no ambiente envolvido. Por isso, engloba a inovação de produtos, inovação de serviços, inovação de processos, inovação de modelos de negócios e a inovação de modelos sociais.
  • 38. Buscou-se necessário construir nesta pesquisa um quadro de mensuração holístico e abrangente para a inovação, que ultrapasse o modelo linear proposto em meados do século XX.
  • 39. CADEIA DE VALOR FUNIL ESCALA DE DESEMPENHO DIAMANTE E RADAR CADEIA VERDE SINALIZADORES apresenta a inovação como um processo sequencial de três fases lista nove estágios de inovação. proposta para avaliar processos e produtos sustentáveis característica principal avaliar os recursos e o potencial das organizações composto por uma só dimensão de análise, que concilia o ambiental, o gerencial e o social se destina a educar e orientar o processo de inovação Algumas Ferramentas MANUAL DE OSLO EUROPE INNOVATE NESTA fornece diretrizes de medição a nível nacional Mede constantemente o desempenho de fatores chave do gerenciamento da inovação em PME missão de transformar a capacidade de inovação do Reino Unido
  • 41. Mohanbir Sawhney Radar da Inovação Concepção holística da inovação Mais do que apontar um ranking competitivo em busca da inovação, o radar permite que as organizações possam compreender as diferentes áreas em que inovam, e como podem ampliar ações inovadoras nas diferentes dimensões de atuação. Ainda mais, o Radar da Inovação ajuda a amplificar a inovação nas empresas e mostrar que "a inovação é sobre a criação de novos valores, não a criação de novos produtos".
  • 42. O que medir? Segundo Gamal (2011), se as estratégias de inovação estão no centro do interesse de políticas públicas, a capacidade de inovação é a questão mais importante para o desenho de uma pesquisa. Uma métrica de inovação equilibra precisão, longevidade, comparabilidade e facilidade de coleta, para medir com precisão o que for necessário de acordo com a atual fase de inovação de um determinado setor, além de:
 - Gerar valor para a empresa pesquisada; - Fornecer a gestores públicos informações para o apoio à tomada de decisão; - Enfocar na capacidade do processo de inovação bem como em seus fatores capacitadores; - Fornecer informações detalhadas sobre o que impede a inovação dentro da organização; - Ser simples e eficaz; - Ter os resultados da medição confidenciais.
  • 43. Dimensões da Inovação em Pontos de Cultura
  • 44. 45 minutos para preenchimento. Resultou em pequenos ajustes em questões que se repetiam TESTE DE APLICAÇÃO Coleta de Dados Organizada em dois questionários online com 45 perguntas no total (Lickert). Possui também questões abertas e fechadas para coleta de dados sobre o perfil sócio-econômico da organização. 1 serve como uma ferramenta de c o m u n i c a ç ã o d o p r o j e t o , responsável por disponibilizar informações para os envolvidos na pesquisa. PLATAFORMA ONLINE2 facilitar o deslocamento da equipe em campo, o agendamento das visitas e o contato com as organizações pesquisadas. CARTOGRAFIA E AGENDA3 há uma clara relação entre o acesso ao conhecimento e o aumento da inovação e da produtividade dos negócios ENVIO PRÉVIO QUESTIONÁRIO4 realizadas entrevistas semi- estruturadas para uma captura qualitativa de dados, a partir do envolvimento de entrevistador/ entrevistado VISITAS EM CAMPO5
  • 46. Perfil das Organizações Com base em questionário quantitativo NÍVEL DE ESCOLARIDADE DE GESTORES (%) Desmistifica a ideia de que instituições comunitárias são geridas por pessoas menos capacitadas.
  • 47. Perfil das Organizações Com base em questionário quantitativo PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NA GESTÃO (%) PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NAS DECISÕES (%) As mulheres possuem um papel fundamental nas instituições
  • 48. Perfil das Organizações Com base em questionário quantitativo ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO (%) Pontos de Cultura possuem o potencial de nacionalizar e internacionalizar a cultura de Pernambuco.
  • 49. Perfil das Organizações Com base em questionário quantitativo PÚBLICO ALVO (%) Jovens e crianças representam 71,42% dos atendidos, na formação em algum ofício relativo à Economia Criativa ou como frequentadores dos espaços e das atividades. Mesmo com uma altos índices de atuação internacional, apenas 3.57% das entidades se dedicam aos turistas
  • 50. Perfil das Organizações Com base em uma questão aberta SERVIÇOS OFERECIDOS (%) É notável o papel que Pontos de Cultura exercem na formação de jovens e crianças, uma vez que 93.3% das organizações oferecem aulas, oficinas e palestras. Enquanto exercem papel importante na formação de crianças e jovens, Pontos de Cultura poderiam também oferecer eventos e espetáculos internacionalmente.
  • 51. Perfil das Organizações Recursos Movimentados RESPOSTAS À PERGUNTA (%) As respostas obtidas apontam um mercado de R$ 1.431.800,00 no ano de 2016, o que representa 0,057% do PIB da Economia da Cultura no País em 2016, sendo 1.6% a participação total do estado de Pernambuco (FIRJAN, 2016).
  • 52. Grau de Inovação Índices avaliados segundo a escala de Bachmann (2008) GRAU INTERPRETAÇÃO 1 organização não inovadora 3 organização inovadora ocasional 5 organização inovadora sistêmica
  • 55. Grau de Inovação por setores
  • 56. Grau de Inovação por setores
  • 57. Tais investimentos utilizam o mote da inovação para o bem estar social como fomentador da tradicional lógica de acumulação do desenvolvimento econômico do país, caracterizado pela distribuição ineficaz desses mesmos investimentos. A percepção do mercado de intangíveis como o eixo da economia criativa, conforme abordado por Barbrook (1998), e o papel dos centros culturais pesquisados como frutos da inovação neste mercado, salienta ainda mais as contradições apontadas por Vizeu (2012) quando observados os investimentos em inovação no país. Conclusões da Pesquisa cumpre seu objetivo principal de identificar o grau de inovação em centros culturais com inserção comunitária no estado de Pernambuco. Objetivo específico #1 Percebe-se que a compreensão do termo inovação conforme abordado por Godin (2012) e sua relação com a esfera econômica, tecnológica, social e ambiental se mostra essencial para afirmar o potencial da inovação para o desenvolvimento sustentável, mesmo com a contradição apontada por Vizeu (2012) entre a lógica de acúmulo do capital e a sustentabilidade. Objetivo específico #2 Objetivo específico #3
  • 58. Conclusões da Pesquisa Compreender a inovação social como no mínimo tão importante quanto a inovação tecnológica permite a adaptação e o uso de ferramentas para a mensuração da inovação técnica, como a apresentada por Chen (2008), em organizações de diferentes áreas de atividade que têm, em comum, a preocupação com o desenvolvimento social ou ambiental, comumente tidas como organizações de inovação social. Isto também comprova a hipótese apresentada neste estudo. Objetivo específico #4
  • 59. Conclusões Em relação às entidades pesquisadas, é percebido que, mesmo com foco em formação, o elevado grau de instrução de seus gestores e de possuir o conhecimento como matéria prima de suas produções, os Pontos de Cultura pesquisados possuem baixa capacidade de inovação. Isso se dá pois a grande maioria das entidades não compreende o resultado de seu trabalho como um produto ou um serviço comercializável. Esta não-percepção influencia diretamente o tênue relacionamento com seus clientes/consumidores, a não identificação de possíveis mercados e tão pouco a abertura destes. Da mesma forma, a incompreensão do mercado torna as entidades pesquisadas pouco capazes de ofertar seus produtos ou serviços, o que gera uma dependência grande de investimentos governamentais federais, estaduais ou municipais.
  • 60. Conclusões Mesmo com o amplo investimento em inovação no país, entidades com foco na formação de crianças e jovens para inovação da economia criativa pernambucana não participam desse aporte e, por sua vez, pouco contribuem para essa economia. Dado o potencial da cultura para o PIB do estado do Pernambuco, se faz necessário o investimento em inovação nas entidades responsáveis por transformar este patrimônio imaterial em desenvolvimento econômico. Devido às características dessas instituições, é notório que ações focadas na ampliação de sua capacidade inovadora acarretará também em um desenvolvimento social. Esses mesmos investimentos precisam fomentar, concomitantemente, a conscientização da responsabilidade ambiental de tais entidades.
  • 61. Trabalhos futuros devem validar a ferramenta para a mensuração da inovação em diferentes setores da economia, para o aperfeiçoamento da mesma. Da mesma forma, se mostra necessário acompanhar o desenvolvimento da capacidade inovadora dos mesmos Pontos de Cultura pesquisados, no intuito de avaliar investimentos e resultados na ampliação do PIB da Economia Criativa Pernambucana. Este estudo não tem efeito de auditoria das atividades ou gastos das entidades pesquisadas. Também não aponta alternativas, como a união dos serviços com o turismo ou capacitações específicas em vendas e marketing. Acredita-se que, a partir deste estudo, estas decisões possam ser mais facilmente tomadas por gestoras e gestores públicos, bem como por gestores responsáveis pelas entidades pesquisadas. Conclusões da Pesquisa Contribuições Limitações Futuro Colabora na concepção do conceito de inovação e suas ferramentas de mensuração, o que pode favorecer no desenvolvimento de políticas públicas para o setor. Colabora também no processo de desenvolvimento dos Pontos de Cultura de Pernambuco e na compreensão da importância da Lei Cultura Viva como decisiva para ampliar o PIB da Economia Criativa no Estado.
  • 62. Muito obrigado!Ricardo Ruiz Freire doutorsocrates@icloud.com @Jah_ras_tafariTwitter:Email: Programa de Pós-Graduação em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável