1. CAPÍTULO 03: TÉCNOLOGIA A SERVIÇO DA EXPANSÃO DO MERCADO: AS GRANES NAVEGAÇÕES
As longas distâncias – carência de Tempero e conserva.
tecnologia. Os árabes e os italianos mantinham o seu
A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES: MARES E
“INFOMARES” Não se tinha a noção de correntes, de monopólio.
ventos e calmarias. Os recursos
A internet e caravela instrumentos que deram a
possibilidade ao ser humano de ultrapassar o Diversos tipos de animais marinhos ─ No início das grandes navegações, poucos eram os
desconhecido. poderiam ser perigosos. recursos náuticos disponíveis.
REPRESENTAÇÕES EUROPÉIAS DO MUNDO: MEDO, ─ Para minimizar os perigos do mar, acredita-se no A medida que as viagens iam acontecendo,
REALIDADE E FANTASIA. poder da igreja e dos seus representantes. novas técnicas instrumentos de navegação
─ O medo e o exótico Devoção a santos navegadores. Ex: Santo eram criados ou aperfeiçoados.
─ Os europeus do século XV consideravam o mundo Amaro e Santelmo. Navegava-se mais por experiência do que por
como o conjunto do seu continente, de parte da Os europeus implementaram o processo de instrumentos náuticos.
África e da Ásia. cristianização dos mares. ─ Aos poucos as técnicas de navegação foram
─ O que a maior parte a população européia A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES E A AMPLIAÇÃO DAS aperfeiçoadas.
conhecia era o que a imaginação havia criado. FRONTEIRAS EUROPÉIAS. Análise de texto e imagem – página 63.
Pinturas, desenho e literatura. Durante muito tempo o termo navegação ficou Os resultados
Relato dos viajantes – (Marco Polo e John associado a transporte de pessoas ou de produtos ─ O horizonte dos europeus se ampliou.
Mendeville) sobre as águas. ─ Os europeus entraram em contato com outros
─ Nos últimos séculos este conceito foi ampliado: povos e aprenderam coisas novas.
Seus relatos misturavam realidade e
fantasia. Navegar pelo ar – navegar pelo espaço sideral, ─ Tiveram acesso a regiões antes desconhecidas.
navegar pela internet, etc. O PREDOMÍNIO LUSO: A CONSTRUÇÃO DE UM IMPÉRIO
Os homens medievais imaginavam como
seriam os homens de terras distantes. ─ As fronteiras são ultrapassadas e as pessoas MERCANTILISTA
Leitura de texto complementar – página 56. aproximadas. Foi Portugal que se destacou como pioneiro das rotas
─ Já que a relação entre o europeu e o além-mar oceânicas.
Entre o medo e a coragem.
era marcada pelo medo. O que os teria movido a Portugal navegava sozinho
─ Sair da Europa = Desejo de melhorar a vida – de
conhecer novos mundos.
se lançarem em tão grande aventura? ─ A primeira grande expedição marítima, em 1415
─ O mar era o lugar temido – conhecido como o A necessidade Com o objetivo de vencer os muçulmanos,
“grande abismo”. ─ Os reis precisavam de riqueza para manter e tomaram a cidade de Ceuta, no Norte da
ampliar o seu poder África.
Era comum navios saírem para o Oriente e não
─ Era interesse dos reis e dos burgueses que o A disputa pelo controle das rotas do Atlântico
voltarem.
comércio se expandisse cada vez mais. ─ Colombo, navegando em nome da Espanha,
O medo era cultivado por histórias de
─ Sem o amplo suprimento de ouro para a produziu uma das maiores surpresas da história.
monstros, sereias encantadas e terrores
fabricação de moeda, o comércio não se Seguiu o Atlântico para o oeste e acabou
marítimos.
expandia. chegando onde hoje é a América, pensando
Também havia riscos de viagem muito
─ O europeu, de modo geral, não conseguia ficar serem as Índias.
concretos.
sem as chamadas especiarias.

2. A rainha da Espanha, Isabel de Castela, 1501 com apenas 7 barcos e metade de seus Esse conjunto de medidas adotadas foi
interessada nas riquezas que poderia homens, mas trazendo um carregamento de denominado de mercantilismo.
conseguir e na expansão da fé católica, especiarias. ─ O mercantilismo caracterizou-se:
apoiada por banqueiros espanhóis, patrocinou ─ Navegando pela Espanha, Fernão de Magalhães, Pelo controle estatal sobre as atividades
a viagem de Colombo, em 1492. partiu em 1519 com cinco navios e 260 homens. econômicas.
A divisão das terras a serem descobertas entre A viagem levou mais de três anos para se Pelo exercício do protecionismo alfandegário –
Portugal e Espanha. completar e custou a vida não só do próprio monopólios.
─ Tratado de Alcáçovas – Toledo – assinado em comandante como também da vasta Esforços contínuos para favorecer o
1481 tripulação. desenvolvimento da navegação.
─ Bula (Inter Coetera) – 1493 18 homens sobreviveram. Rigoroso controle da qualidade da produção.
─ Tratado de Tordesilhas – 1494 Essa foi considerada a primeira viagem de Proteção da moeda dos estoques de metais
Os outros países europeus, quando entraram circum navegação. preciosos.
na corrida marítima, questionaram o Tratado Desta forma pôde provar que a terra era Busca de uma balança comercial favorável.
de Tordesilhas. redonda.
O rei Francisco I, da França, teria dito o As mudanças no comércio
seguinte: “gostaria muito de ver no ─ O comércio mundial se ampliou
Testamento de Adão a passagem em que ─ As rotas comerciais ficaram mais longas e
ele divide o Novo Mundo entre meus arriscadas
irmãos, o Imperador Carlos V (Espanha) e o ─ A concorrência aumentou
rei de Portugal”. ─ O Estado passou a estabelecer regras e
Outras expedições vitoriosas regulamentos comerciais.
─ Uma expedição comandada por Vasco da Gama – Os burgueses fariam o comércio sob o
partiu em 1497. controle do Estado, ao qual deviam pagar
Em 1498, Vasco da Gama inaugurou a nova impostos.
rota marítima chegando a Calicute, nas Índias. ─ As moedas de ouro e prata eram a base das
─ Menos de seis meses após a volta do descobridor transações comerciais, e o país que tivesse maior
do caminho para as Índias uma armada de treze quantidade desses metais estava tranqüilo.
navios e 1200 homens foi despachada sobre o Desde o século XIV as minas européias se
comando de Pedro Álvares Cabral. esgotaram.
Ao penetrar Atlântico adentro, a frota afastou- Boa parte do ouro europeu foi para as Índias
se para oeste o suficiente para tocar as costas em troca de especiarias.
do Brasil. O ouro e a prata passaram a ser sinônimos de
Cabral tratou logo de reivindicar as terras riqueza.
para Portugal. ─ Cada país adotou medidas, regras e mecanismos
Contornando o Cabo da Boa Esperança chegou que permitissem o acúmulo cada vez maior de
as Índias e travaram uma grande batalha pelo metal precioso.
comércio e voltaram para Lisboa em junho de