Este documento apresenta uma análise detalhada do livro bíblico Cântico dos Cânticos. Discorre sobre sua possível autoria, datação, características, conteúdo, temas e abordagens interpretativas, enfatizando os aspectos de amor conjugal e relacionamento entre Deus e seu povo retratados na obra.
1. O Cântico dos cânticos
Sexualidade
O padrão divino X A cultura do estupro
2. A singela beleza do padrão divino
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3. I. Cenas de abertura 1.1-2.7 II. A busca por abertura 2.8-3.5 III. A busca por mutualidade 3.6-
5.8
Lembrando o amor do rei de bom
nome 1.1-4
Começando a busca 2.8-15 A carruagem matrimonial real do
amor da aliança 3.6-11
A morena e agradável guarda de
vinhas 1.5,6
A alegria do amor no frescor do dia
2.16,17
Conhecendo sulamita 4.1-7
Procurando amor nas pisadas do
rebanho 1.7,8
A procura determinada pelo
objetivo principal 3.1-4
Uma visão sobre a terra de cima do
monte Hermom 4.8
Removendo as marcas da
escravidão 1.9-11
A segunda súplica 3.5 Uma vida de união íntima num
banquete no jardim 4.9-5.1
A linguagem do amor 1.12-17 A queda da sulamita 5.2-7
O espírito e a árvore 2.1-6 A terceira súplica 5.8
A primeira súplica 2.7
Esboço (Cont...)
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4. Esboço (Cont...)
IV. A busca por unidade 5.9 –8.4 V. Últimas cenas com resumo de realizações 8.5-14
Conhecendo Salomão 5.9-6.3 alcançando o objetivo principal 8.5
A glória triunfante da sulamita 6.4-10 Alcançando o amor autêntico 8.6,7
O nobre povo da sulamita 6.11-12 Alcançando ao maternidade e a paz 8.8-10
A dança memorial de Maanaim 6.13-7.9 Obtendo uma vinha igual a de Salomão 8.11-12
O início do novo amor de iguais 7.9 –8.3 Obtendo a herança 8.13-14
A quarta súplica 8.4
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5. 1. Dramática
Esta abordagem considera o livro como uma peça de teatro baseada nas antigas tragédias gregas. Esta
teoria era bastante comum na tradição da igreja a partir do século III d.C.A poesia do livro é um roteiro
para uma peça para encenação real, dividida em seis atos com duas cenas cada um.
2. Tipológica
A abordagem tipológica não desconsidera a historicidade do livro, mas relaciona esta história com o
relacionamento da aliança de Deus com Israel, para os intérpretes judeus, ou o relacionamento de Cristo
com a Igreja, para os intérpretes cristãos.
3. Cúltica
Esta linha de interpretação considera o livro como uma adaptação hebraica de um mito mesopotâmico da
fertilidade. Os que adotam esta abordagem dizem que o amado é o deus Dode retratado numa encenação
que associa os personagens mitológicos da trama para aceitação na fé hebraica.
4. Matrimonial Nesta abordagem supõe-se que o livro retrate o ciclo matrimonial com coleções de poemas similares aos
cânticos árabes da antiguidade.
5. Didática A linha didática não rejeita a historicidade do livro, porém considera os aspectos morais de simplicidade,
fidelidade, castidade e santidade no casamento acima das questões históricas.
6. Alegórica
A abordagem alegórica difere da tipológica desconsiderando totalmente a historicidade do livro. A alegoria
acontece quando o intérprete atribui um significado mais profundo ao conteúdo mesmo que o autor
nunca tenha pretendido isso. Este foi o método mais utilizado nas tradições cristã e judaica na história.
7. Literal
A interpretação literal considera a poesia por si mesma, isto é, uma manifestação de amor sensual e
erótica de dois jovens apaixonados, combinando os elementos histórico e didático.Se Salomão não foi de
fato o autor do livro, pode ainda ser considerado uma ironia sobre a exploração de Salomão sobre as
mulheres e o caráter exemplar da Sulamita que rejeitou o cortejo do rei sobre si demonstrando fidelidade
ao pastor plebeu.
7. Cantares 5.4
O livro de Cantares é cheio de metáforas sexuais. Infelizmente já no primeiro século os
judeus começaram a alegorizá-lo como sendo uma referência ao amor de Yahweh por
Israel. No mesmo caminho seguiram os primeiros cristãos, que sem perder tempo
deram a ele um caráter pedagógico. O livro seria uma referência ao amor de Cristo pela
Igreja. Será?
As metáforas sexuais são inúmeras no livro, mas há uma que me chama atenção. Trata-
se do texto de Ct 5,4:
O meu amado pôs a mão por uma abertura da tranca; meu coração começou a palpitar
por causa dele” (NVI).
O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se comoveu por amor
dele (JFA).
A NVI acrescenta a expressão “da tranca” ao texto original. Mas como você pode ver,
no texto hebraico original ela não existe (veja a figura acima). Esta versão também
substituiu um intestino gemendo, por um coração palpitando. Eu diria que ficou mais
poético.
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8. A JFA, por outro lado, não explica que fresta é esta. O texto parece ter menos sentido, apesar disso é mais fiel ao original. A fim de
adequar o versículo à nossa cultura, esta versão também substitui a palavra intestino (órgão ligado aos sentimentos na cultura
semita) pela palavra coração. Na NVI o coração palpita, na JFA o coração se comove. Como sempre, a JFA é mais formal.
Permanece a dúvida, por que Sulamita ficou tão excitada (sim, excitada!) com o simples fato de o seu amado ter posto a mão
numa fresta? E que fresta é esta?
Sei que corro o risco de ser chamado de “malicioso” ou de termos piores, mas a grande verdade é que a palavra yad, traduzida por
“mão” no texto, também pode ser traduzida por “pênis”, como ocorre, por exemplo, em Is 57,8.10.
Bem, caso tenha sido esta a intenção do autor, o versículo teria um duplo sentido. Sulamita estaria ansiosa pela chegada do seu
amado (que anuncia sua presença pondo a mão na abertura da porta) e excitada por seu toque.
O LIVRO DE CANTARES
Cantares é uma canção de amor que honra o matrimônio. As alusões mais explícitas sobre sexo na Bíblia podem ser encontradas
neste livro, que, muitas vezes, tem sido criticado por causa da linguagem sensual empregada pelo escritor. Contudo, a pureza e a
santidade do amor representado nele são muito necessárias nos dias de hoje, nos quais o amor, o sexo e o casamento são
banalizados. Deus criou o sexo e a intimidade; mas para serem desfrutados dentro do casamento. Um marido e uma esposa
honram a Deus quando se amam e desfrutam um do outro.
AME E SEJA FELIZ
Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que o vinho.
Cantares 1. 2
Deixo para você, leitor, a decisão para esta inquietante questão!
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9. A teologia bíblica do corpo
• Gênesis 3.19 (do pó ao pó),
• Salmo 146.4 (planos, pó, vaidade),
• Isaías 26.19 (ressurreição),
• 1ª. Cor. 3.16 (santuário),
• 1ª. Cor. 15.52 (transformação em um abrir e fechar de olhos),
• João 20.27 (marcas da crucificação no corpo ressuscitado),
• Gálatas 6.17 (marcas de Cristo no corpo),
• 1ª. Cor.12.31 a 13.13 (um caminho sobremodo excelente).
10. Autoria
• De (ou para) Salomão (há controvérsia, pois o estilo é feminino. Talvez uma composição a 4
mãos de Bate-Seba com Salomão). Vide http://alb.com.br/arquivo-morto/linha-
mestra/revistas/revista_05/art2_05.asp.html
• Data: Entre 970 a 930 aC
Autor e Data
A autoria de Salomão é contestada, mas a glória do simbolismo salomônico é essencial em
Cantares. Jesus referiu-se duas vezes à glória e sabedoria de Salomão (Mt 6.29; 12.42). Como
filho real de Davi, Salomão tece um lugar singular na história da aliança (2Sm 7.12,13). Seus
dois nomes de nascimento, que simbolizam paz (Salomão) e amor (Jedidias), aplicam-se
diretamente a Ct (2Sm 12.24-25); 1Cr 22.9). O glorioso reino de Salomão foi como uma
restauração do jardim do Éden (1Rs 4.20-34), e o templo e o palácio que construiu
personificam as verdades do tabernáculo e a conquista da Terra Prometida (1Rs 6.7). Salomão
encaixa-se perfeitamente como a benção personificada do amor da aliança, visto que ele
aparece em Ct com toda a sua perfeição real (1.2-4; 5.10-16).
Embora Ct não forneça informações precisas sobre o contexto, Salomão reinou em Israel de
970 a 930 aC. Linguagem e ideais similares também são encontrados na oração que Davi fez no
templo por Salomão e pelo povo durante a entronização de Salomão (1Cr 29)
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11. • Características e Conteúdo
O livro de Ct é a melhor de todas as canções, um trabalho literário de arte e uma obra– prima
teológica. No séc. II, um dos maiores rabinos, Akida bem Joseph, disse: “No mundo inteiro, não há
nada que se iguale ao dia em que o Cântico dos Cânticos foi entregue a Israel.” O livro de Ct, em si, é
como a sua fruta favorita, a romã, em cores vivas e repleto de sementes. Bastante diferente de
qualquer outro livro bíblico. Ele merece consideração especial como arquétipo bíblico que
apresenta, de um modo novo, as realidades básicas das relações humanas. Ct emprega linguagem
simbólica pra expressar verdades eternas, em semelhança ao Livro de Apocalipses.
Ct contém descrições da mulher sulamita juntamente com uma exibição completa dos produtos de
seu jardim. Isso deve ser entendido como um paralelo poético do amor conjugal e como bênçãos ao
povo da aliança, em sua terra.
Claras indicações são dadas na descoberta das bênçãos da aliança: “sai-te pelas pisadas das
ovelhas” (1.8). Aqui, o termo “pisadas” é, literalmente, “marcas de calcanhar”, e pode ser uma
alusão a Jacó, o patriarca cujo nome conota “um calcanhar”. A função pastoril de Jacó e a sua
constante luta pela bênção de Deus e do homem são citadas como a norma bíblica para o povo de
Deus (Os 12.3-4,12,14). Ele nasceu segurando o calcanhar do seu irmão, um manipulador
congênito.
Foi “desconjuntado” com ardil no âmago de seu ser, como ilustrado por seu mancar em Maanaim
(Gn 32). Foi forçado a viver fora de sua terra sob a ameaça de uma irmão irado. Retornou pra sua
terra depois de 20 anos com uma instituição familiar defeituosa. Ardil, falta de amor, ciúme, raiva e
amor de aluguel (de mandrágora, um suposto afrodisíaco) entraram nessa fraca estrutura. Os
próprios nomes das Doze Tribos mostram a necessidade de uma nova história familiar.
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12. A sulamita ajuda e reescreve essa história. Ela executa a dança memorial de Maanaim (6.13);
ver Gn 32.2). Quando encontra a quem ama, ela o detém e não o deixa partir (3.4; ver Gn
32.26). Mandrágoras perfumadas crescem nos campos dela (7.11-13; ver Gn 30.14). Quando
as filhas vêem, chama-na bem– aventurada ou feliz (6.9; ver Gn 30.13). Na sulamita, a
corrompida árvore familiar produz “frutos excelentes”, os melhores (7.13; ver Dt 33.13-17).
As bênçãos da aliança que havia sido distorcidas são redimidas.
Os mesmos acontecimentos também podem ser visto como retratos do amor conjugal.
Dessa maneira, ela detém o seu marido e não o deixa partir (3.4). É o seu marido que elogia
sua beleza (6.4-10). E a procissão de um casamento real e a alegria recíproca do noivo e da
noiva aparecem retratadas em 3.6-5.1.
O Espírito Santo em Ação
De acordo com Rm 5.5, “o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo ES”.
Baseado em Jesus Cristo, o ES é o poder de ligação e união do amor. A feliz unidade revelada
em Ct é inconcebível à parte do ES. A própria forma do livro como cântico e símbolo é
adaptada especialmente ao Espírito, pois ele mesmo faz uso de sonhos, linguagem figurada
e o canto (At 2.17; Ef 5.18,19). Um jogo de palavras sutil, baseado no “sopro” divino do
fôlego da vida (o ES, Sl 104.29,30) de Gn 2.7 parece vir à tona em Ct. Isso acontece em
“antes que refresque o dia” (2.17; 4.6), no “soprar” do vento no jardim da sulamita (4.16) e,
surpreendentemente, na fragrância da respiração e do fruto da macieira (7.8).
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13. A perversidade da cultura do estupro
RAPAZ
O Senhor da terra e o tributo das núpcias
https://www.youtube.com/watch?v=iTQwDrimfAw
O pecado primordial
https://www.youtube.com/watch?v=fjgh_t12nV0
A cultura do estupro
https://www.youtube.com/watch?v=nyZWgs7IcVg