SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
REFLEXÕES DO PIBID1
SOBRE OS LIMITES METODOLÓGICOS DA
PERSPECTIVA CONTEXTUALIZADA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Edilane Carvalho Teles – UNEB2
ecteles@uneb.br
RESUMO
O presente estudo tem sua gênese na pesquisa realizada pelo PIBID na Universidade do
Estado da Bahia na Educação do Campo; tem como escopo principal observar e analisar
práticas pedagógicas pautadas na Educação Contextualizada; investiga os processos
metodológicos, as possibilidades dos percursos didáticos, a ação reflexiva dos professores e
alunos na realização da prática que envolve e desperta para o imbricamento com outras
proposições em construção e abertas, a partir do acompanhmento do projeto, tem em vista
ainda, o encontro/relação nem sempre compreendido dos limites desta proposta na Educação
do Campo. Visa portanto, apresentar contribuições para a formação inicial do pedagogo,
através da iniciação a docência, na perspectiva de respeito às vozes, contextos e formações
individualizadas dos sujeitos, bem como, a abertura para outras possibilidades no delinear do
percurso da proposta teórico-metodológica da Educação Contextualizada. Há como opção
metodológica a abordagem hermenêutica filosófica, cuja proposta é aquela de interpretar os
estudos, teorias e práticas observadas, pretendendo encontrar na arte de compreender, a
coerência de uma proposição em consonância com os estudos realizados.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Contextualizada. PIBID. Educação do Campo.
INTRODUÇÃO
Após observar e vivenciar ainda que brevemente a perspectiva de uma proposição
teórico-metodológica de Educação Contextualizada na Educação do Campo, percebe-se que
as discussões e estudos têm direcionado para os limites observáveis e existentes na educação
quando nos referimos à prática contextualizada. Contexto, histórias, percursos em aberto de
uma proposição em construção permanente, pelo seu caráter flexível, interativo e criativo, que
não é fechado a partir de um roteiro. Entretanto, diante da dinâmica da proposta no contexto
de sua prática, surgem nas relações e concepções em volta desta, indagações que inquietam
1
PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência na Universidade do Estado da Bahia, Campus
III em Juazeiro, Bahia.
2
Pedagoga, Mestre em Educação e Contemporaneidade/UNEB. Professora do Curso de Pedagogia da
Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus III, coordenadora substituta do PIBID.
principalmente aqueles que gostaria de desenvolvê-la mais criticamente, coerentemente e com
clareza do seu percurso. Portanto, este estudo questiona: Há um percurso definido? É possível
apontar a possibilidade de um percurso metodológico? Como definir um percurso coerente?
Estas questões nascem da necessidade de compreensão dessa proposição teórico-
metodológica de práticas e formação dos sujeitos respeitando sua dinâmica e complexidade.
Não basta apenas apontar sua emergência e importância no contexto da Educação do
Campo e alguns indícios práticos, ainda faz-se necessário a busca por um conjunto de
proposições, com percursos e indicações do fazer que direcionem à ação docente no
desenvolvimento da prática contextualizada no espaço escolar. Não pretende-se com este
estudo limitar o potencial que tem essa proposta, mas apontar reflexões sobre seu desenho
didático, ou ao menos, nos desafiar que sua configuração e delineamento devem estar
presentes nos projetos e planejamentos, pois, o que temos percebido é que muito se fala,
alguns vivenciam em sua essência, mas, mesmo em espaços que convivem há anos, ainda
encontramos dificuldades de verbalizar um (entre outros) caminho para o fomento e
efetivação nas formações de todos os aprendizes (professores, alunos e comunidade).
Assim, esta pesquisa inicial, pretende dialogar sobre a possibilidade de elaborações
(não fechadas) de percursos teórico-metodológicos do desenho didático de práticas
pedagógicas na Educação Contextualizada no/do campo. Esta, nasce a partir das observações
realizadas em uma escola que tem na sua prática diária da maioria dos docentes, alunos e
comunidade a vivência da Educação Contextualizada, seus limites e possibilidades
construídas no diálogo constante, mesmo com lacunas.
O estudo está organizado em três partes: a primeira apresenta um pouco das
observações realizadas na escola do campo que vivencia a proposta da Educação
Contextualizada e a de outro espaço que deseja vivenciá-la e espera que os bolsitas e
orientadores do PIBID por apresentarem a importância da proposta “digam como fazê-lo”, o
que despertou a partir destas experiências, a urgência de pensar sobre sua possibilidade ou
não de construção ou traços que orientem a prática pedagógica verso a Educação
Contextualizada. O segundo, apresenta uma reflexão sobre a proposicão metodológica da
Educação Contextualizada, apontando reflexões sobre o percurso didático e a abertura para
possibilidades reflexivas que dialogam na sua essência com a prática em um contexto de
forma que valorize essa abordagem como a Comunidade de Investigação e os projetos
baseados na resolução de problemas, refletindo possibilidades que referem-se ao
planejamento e das elaborações diretas e institucionalizadas que desafiam a reformulação
constante, pois, o percurso didático é construído até um limite, e precisa ser superado (se
possível). Este último está nas reflexões finais, pois diante das observações não apenas da
prática contextualizada, encontramos na relação entre comunidade e escola e formação
docente, os elementos centrais para sua criação, efetivação e acompanhamento, ou seja, um
processo dialético que acontece todo o tempo, por isso, que a educacão é contextualizada.
Para Bordieu (2003, p.211),
La pratica è al contempo necessaria e relativamente autonoma rispetto alla
situazione considerata nella sua immediatezza puntuale perché è il prodotto della
relazione dialettica tra una situazione e un habitus, inteso come un sistema di
disposizioni durature e trasferibili che, integrando tutte le esperienze passate,
funziona in ogni momento come matrice delle percezioni, delle valutazioni e delle
azioni, e rende possibile il compimento di compiti infinitamente differenziati,
grazie al trasferimento analogico di schemi che permettono di risolvere i problemi
aventi la stessa forma e grazie alle correzioni incessanti dei risultati ottenuti, che
sono esse stesse prodotte in modo dialettico da quei risultati.
Assim, considerando a complexidade apresentada, primeiro é preciso que tenhamos o
cuidado de não fechar em um modelo estanque, mas em referências. Segundo, acredita-se que
descrever, direcionar com fundamentos e coerência poderia servir de input de estudo para
todos os profissionais que acreditam na possibilidade de um entre tanto percursos possíveis, e
que a partir deste (e de outros) possamos vivenciar mais sua prática.
Nas vivências que o grupo de estudantes de Pedagogia e bolsistas do PIBID têm sobre
as experiências e ações nas atividades de pesquisas, observações e acões têm sugerido no
processo de formacão e realização da investigação, surge da experiência de que o programa
tem proporcionado em especial, de atividades realizadas no locus da pesquisa que neste
projeto e espaço escolheu-se a educacão do campo, por se tratar de uma espaço aberto para
inovações e experiências no chão de terra e da escola, que ensina e questiona os processos de
formação em desenvolvimento.
A UNEB/Campus III através dessa experiência tem vivenciado situações formativas
que questionam os limites de suas propostas e o favorecimento dinâmico e rico da Educação
Contextualizada que se tem observado no cotidiano da pesquisa. Aconteceu inicialmente na
ERUM (Escola Rural de Massaroca, Juazeiro/BA) espaço privilegiado que atua com a
proposta de Educação Contextualizada com os estudantes do campo nas comunidades rurais,
esta é uma (entre outras) referência para a educação, consolidada para a convivência com o
semiárido e a Educação do Campo.
Assim, após meses de observações, diálogos e proposições iniciais de interação com a
proposta, o grupo foi vendo-se envolvido com a discussão dos limites da pesquisa e como esta
indaga permanentemente o fazer nos processos, ou seja, como a Educação Contextualizada a
partir dessa experiência, necessita apontar possibilidades e proposições metodológicas que
viabilizem o fazer durante percurso.
O objetivo aqui não é colocar em cheque a proposta em si, mas destacar que constitui-
se em uma excelente oportunidade formativa para professores, alunos e comunidade, que ao
instaurarem o diálogo, parte do contexto com respeito as situações e vivências que acontecem
durante o processo de aprendizagem. Estamos nessa condição, como estudantes e professor
que acompanha o PIBID, nos vimos envolvidos numa situação/ação de ensino e
aprendizagem que mesmo com suas limitações, não perde sua essência e riqueza de
construção, além dos muros da escola. Assim, durante a efetivação das atividades cotidianas
da escola do campo, a ida ao campo para diálogar com os sujeitos “reais” nos quais estão
inseridos também os alunos da escola
Este projeto encontra na interação entre universidade, escola e comunidade da
Educação do Campo os elementos necessários para a investigação de possibilidades de
pesquisa e os limites do diálogo, onde a universidade não chega ou toca, mas que ao participar
de propostas nesta perspectiva, é tocada em suas raízes de espaço acadêmico de formação
que dialoga com o senso comum contextualizado e que promove outras formas de ver de
mundo e das necessidades regionais e locais que devem fazer parte da formação do pedagogo.
Estas breves reflexões estão presentes sempre que o grupo busca dialogar com a
Educação do Campo, em espaços distantes e nem sempre de fácil acesso, mas que, dizem
mais que ver um filme ou ler sobre, se vive a experiência, ir ao campo, dialogar com
professores, alunos e comunidade e principalmente ouvir, abre elementos perceptivos não
pensados e/ou estudados, pois são elementos vivos.
Assim, falaremos dessa experiência e suas contribuições reflexivass sobre a formação
do pedagogo, a insidência nas formações dos sujeitos envolvidos e uma breve reflexão sobre a
proposição metodológica, analisando seus limites e possibilidades abertas de formação e
efetivação da educação.
O PIBID/UNEB/CAMPUS III NA PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO DO CAMPO
A proposta do departamento ao escolher a Educação do Campo como espaço
privilegiado para os estudos e pesquisas de docentes e discentes, dá ao espaço acadêmico e de
formação incial o privilégio de viver os contextos conflituosos e por vezes extremos para
atuar na Educação do Campo, compreendendo limites e possibilidades e importância do
contexto que faz parte da formação dos sujeitos da Universidade e do campo.
Foram escolhidas duas escolas, uma considerada referência na Educação
Contextualizada citada anteriormente, pois nasce com a proposta e envolvimento de todos os
sujeitos e principalmente a comunidade. E, uma segunda que gostaria de trabalhar na
perspectiva da Educação Contextualizada, mas que ainda “aguarda” um caminho delineado
de como fazê-lo. Ir para a Educação do Campo possibilitou desvendar mitos. O primeiro deles
foi da estrutura encontrada, pois as escolas têm uma estrutura que apesar da limitação está
equiparada com as oferecidas na zona urbana. A escola que mais precisa de melhorias na
estrutura, tem uma proposta consolidada na Educação Contextualizada, encontrando seu
limite na estutura e na entrada de professores que não conhecem a proposta, desconhecem a
metodologia, mas que apesar disso, envolvem-se, pois a comunidade ainda se faz presente e a
metodologia é viva não apenas na prática de alguns professores, como no “corpo” e
comportamentto das crianças e comunidade.
Na segunda experiência, a escola fica distante de todos, atendendo mais de 30
fazendas, muitos para chegar à escola precisam de transporte, os professores devem viver lá,
pois fica distante da sede. Entretanto, a maioria dos professores não têm o vínculo do
concurso, apenas contrato temporário com a preferitura e desconhecem os percursos
dinâmicos, dialéticos, políticos e sociais da Educação Contextualizada, esperam que a
presença dos estudantes de pedagogia e bolsitas do PIBID para iniciar a proposta, seria
possível? Vale salientar que este último espaço tem uma estrutura física pequena, mas nova,
com salas climatizadas e materiais fornecidos pela Secretaria de Educação Municipal, além do
materiais que chegam do Ministério da Educação. Este é um breve relato que serve para
ilustrar, sobre o viver ou não uma proposta contextualizada. A primeira escola já o faz desde
sua gênese, a segunda espera dialogar com a proposição, “aguardando” conhecer como se
faz.
Foi diante destas vivências que o grupo do PIBID iniciou o questionamento sobre os
percursos metodológicos da Educação Contextualizada, se é possivel apontar possibilidades
para os espaços escolares que ainda não iniciaram em sua proposta pedagógica. Este estudo
vem com o propósito de dialogar sobre essa possibilidade e apontar relações com outras
proposições.
OS LIMITES (IN)VISÍVEIS DA PROPOSTA DA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA: POSSIBILIDADES
EM ABERTO PARA A ELABORAÇÃO DE UM PERCURSO METODOLÓGICO
A proposta da Educação Contextualizada tem nas lutas pelos direitos de conquista de
uma educação de qualidade para todos sua maior relevância. Na ação prática cotidiana, o
docente experiencia situações formativas que acredita ser relevantes para os escopos a que se
propôs. Nesta perspectiva, ao atuar seu dizer e fazer deixam explícitos suas crenças, valores e
formação que o constituem.
Apresentar um breve delinear sobre o desenho didático expresso através do
planejamento e prática docente, exige que façamos uma pesquisa e reflexão sobre com nossas
proposições incidem na formação daqueles que estão no centro do processo, os alunos. Todo
o empenho da escola está centrada na formação do discente, valoriza-se e respeita-se seu
contexto, sua história, o desenvolvimento, as relações que contrói durante seu processo de
interação e construção de conhecimentos e saberes necessários à sua atuação no mundo. Dito
dessa forma, podemos perceber que a inovação não está em si nas palavras democráticas e
respeitosas aos contextos, não unicamente, é um início. Ou seja, a inserção e mergulho na
“realidade” com a qual pretende dialogar é o primeiro passo.
Assim, a contextualização dos processos formativos, exigirão da proposta pedagógica
um “olhar” que direciona-se no e com o entorno, numa perspectiva de (re)conhecimento das
realidades e histórias de vida, sociais e culturais que as formam e nos formam. Diante desta
tentativa em aberto e desafiadora, tem-se aqui o convite para uma proposição interdisciplinar
não apenas com relação aos saberes escolares como também, sua relação com os saberes da
comunidade, da vida e dos sujeitos da formação. Como afirma Reis (2011, p. 93),
A perspectiva da Educação Contextualizada será sempre de extrapolação, em que a
construção dos conhecimentos e saberes ganham novos sentidos e significados na e
para a vida dos sujeitos do processo educativo.
Falar de Educação Contextualizada é solicitar aos sujeitos (nós mesmos) que busquem
pelo autocohecimento, a humildade, a coerência e o bom senso de que somos parte disso,
(in)formar-se torna-se um processo contínuo, o qual apresenta a ideia central de que não é
possível encontrar uma proposição que diante do fluxo contínuo de trocas, tenha uma
proposta metodológica “fixa” do caminho para a realização da educação contexturalizada, no
entendimento de pertencimento a um grupo, ao espaço, ao mundo.
É possível construir a proposta a partir do contexto, respeitando o projeto do espaço
onde nasce, se não, não é mais contextualizada, torna-se modelo, assim, nem sempre
apresenta situações formativas com os contextos. Contextualizada que dizer construída a
partir das relações, necessidades e interesses de um grupo. A escola e os profissionais de
educação neste contexto, partem desta para o seu alargamento na formação dos sujeitos.
Ao observar e experenciar uma referência de Educação Contextualizada, práticas e
fundamentos da educação veem à tona. Nos estudos de Célestin Freinet (LEGRAND, 2010),
com as muitas proposições, atividades e ações presentes na escola até hoje, como as aulas
passeio, as assembléias, a relação da escola com a vida do sujeito e vice-versa, a autoria do
próprio sujeito no processo de aprendizagem, a participação da comunidade, entre outras
referências, são apenas algumas práticas que percebemos presentes quando se fala de
Educação Contextualizada.
Encontra-se outras similaridades com a abordagem e proposta metodológica da
Comunidade de Investigação na Educação para o pensar com a Filosofia para as crianças
(SANTI, 2005), cuja investigação dialógica parte das ideias dos sujeitos para a investigação
intelectual, a qual, começa com os interesses de cada um, o conhecimento de si, a interação
com o conhecimento do outro e as elaborações que construímos sobre o estudo ou pesquisa
elaborada. Também nesta proposição, tem-se um percurso idealizado para despertar e
possibilitar o pensar, seja através de novelas filosóficas, literaturas diversificadas ou a partir
das ideias dos sujeitos sobre determinados temas. A Comunidade de Investigação aponta
possibilidades e ações que pautam-se no agir comunicativo (HABERMAS, 2008) e que no
âmbito pedagógico, envolve currículo, metodologias e materiais para a efetivação e
emancipação da investigação das ações do/com/no grupo (professores, alunos e sociedade).
Outro estudo relevante é a realização de projetos, a concepção e abordagem que estes
promovem e provocam na prática pedagógica, que, desde Dewey, Decroly e Kilpatrick
apresentaram possibilidades de elaboração da proposição metodológica, a partir dos interesses
dos sujeitos numa clara tentativa de relacionar a vida à escola, como esta possibilidade seria
coerente na efetivação para uma proposição contextutalizada (MARKHAM, LARMER e
RAVITZ, 2008). Existem nesta perspectiva, (re)formulações que dialogam entre si, a
diferença exatamente no contexto/meio onde acontece como a Aprendizagem baseda em
projetos, Aprendizagem baseada em problemas, ambas (entre outras) têm em sua essência a
escolha e valorização do projeto, levantamento de problemas e hipóteses como aspectos
centrais nas pesquisas e “estratégias” para o desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem dos sujeitos principalmente nos dias de hoje.
Estas proposições, são apenas elementos reflexivos de como na pedagogia dialogamos
continuamente como uma espécie de tessituras do arcabouço teórico-metodológico do fazer
na educação. Não é diferente também na Educação Contextualizada, que encontra nos
princípios considerados coerentes em educação, orientações que inspiram a prática. A
pedagogia do oprimido, da autonomia e os círculos de cultura de Freire (1997, 2003), a
Comunidade de Investigação proposta por Lipmam (SANTI, 2005), a pedagogia Freineriana,
a Aprendizagem baseada em projetos, entre outras reflexões que aqui se fazem presentes
apesar do espaço e tempo limitados.
O passeio acima, por outras proposições pautadas em abordagens além da reprodução do
conhecimento, dialoga vivamente com a Educação Contextualizada, com seu processo de
construção teórica e metodológica, o que nos convida a pensar, dizer e fazer um percurso
didático, delinear algumas etapas discursivas e reflexivas no campo
metodológico/hermenêutico, como:
 Definição do campo e abordagem teórico-metodológica que fundamentam as práticas;
 Compreensão da dinâmica social, cultual, educacional e tecnológica das narrativas
discursivas dos objetos que norteiam a pesquisa na/da prática pedagógica;
 Compreensão do campo das linguagens do contexto com apanágio necessário para o
entendimento dialógico das construções e práticas educativas e sociais (professor,
alunos, comunidade);
 Traçar interpretações e entendimentos tendo como base os estudos teóricos e
metodológicos que fundamentam a práxis pedagógica, sua relação com a abordagem
da Educação Contextualizada e sua relação com os processos de formação e da
educação;
 Compreensão das linguagens e abordagem que não esgotam a construção relativa
(objetiva-subjetiva e vice-versa) e assimétrica das “aberturas” interpretativas do objeto
de pesquisa e da prática pedagógica;
 Desafiar a interpretação e o entendimento coletivo da possibilidade de construção
“individualizada” em cada espaço que propõe a partir do diálogo entre os sujeitos, o
espaço e o tempo de sua elaboração coletiva.
As reflexões acima apresentam algumas possibilidades quando dizemos e criamos
metodologias, sugere o olhar cuidadoso sobre o outro, os processos de sua formação e as
proposições que conhecemos, socializamos e principalmente criamos a partir destas.
LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA NO CAMPO
O estudo aqui apresentado, encontrou nas observações e leituras realizadas tanto no
contexto “real” de sua nascitura, como nos estudos empreendidos para apresentar a
possibilidade de um percurso metodológico para a Educação Contextualizada, limites que
dificultam e inviabilizam a elaboração de práticas contextualizadas. A primeira delas refere-se
à formação docente, concorda-se que apontar um percurso metodológico, propõe situações
formativas que lançam luz para os entrelaçamentos obscuros do fazer pedagógico sem
fundamentos ou relação com o contexto de formação e vida dos sujeitos. O segundo, sugere
que apesar do discurso contemporâneo e emergente ainda esperamos numa perspectiva
moderna e mecânica a “resposta” fechada e/ou guia para a realização da prática em sala de
aula, pois, basta fazer uma breve reflexão sobre o que é Educação Contextualizada para
perceber de imediato que esta é construída criativamente pelos sujeitos que a promovem.
Entretanto, apesar de saber da complexidade epistemológica entre o fazer e dizer sobre os
percursos formativos na educação, criar junto e com os sujeitos da escola, professores,
coordenadores, dirigentes, comunidade e estudantes, abre-se aqui a possibilidade “prática e
real” do tocar, ver e viver uma referência que indica na práxis um modo de fazer. Este num
contexto crítico e reflexivo de formação docente continuada, institui-se como eixo central na
elaboração de práticas e consequentemente do fazer a Educação Contextualizada.
E preciso sim, registrar percursos e socializar nos encontros para que possa-se
dialeticamente (re)fazer quando necessário as direções da formação que têm como foco o
sujeito, sua história e meio a qual pertence, ou seja, o respeito e o cuidado que também
queremos verso nossa própria formação. Assim, este projeto de iniciação a docência instaura
um diálogo com as escolas do campo, o qual tem sido uma referência provocadora (se não
transformadora) de nosso olhar para a Educação Contextualizada no campo.
A experiência foi iniciada na participação do PIBID da UNEB/Campus III na
Educação do Campo. Não basta ir à escola, é preciso ouví-la, observar e respeitar as relações,
vozes, movimentos e lacunas que nossa presença também provoca. A escola no/do campo tem
na experiência com a Educação Contextualizada, a oportunidade de vivências há muito
experienciadas em diferentes contextos e que no momento da formação de outros sujeitos
da/na pedagogia apresenta-se como aspectos de diferenciação dos olhos de quem a observa,
inicialmente como convidado, mas que em sua essência é parte dela.
REFERÊNCIAS
BORDIEU, Pierre. Per una teoria della pratica: con Tre studi di etnologia cabila. Milano,
Italia: Raffaello Cortina Editore, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra, 36.ª ed.,
2003.
_____________. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários `a prática educativa. São
Paulo, Brasil: Paz e Terra (Colecção Leitura), 1997.
HABERMAS, Jurgen. Teoria dell’agire comunicativo. Urbino, Italia: il mulino, 2008. (Vol
I e Vol II)
HERMANN, Nadja. Hermenêutica e Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
LEGRAND, Louis. Célestin Freinet. Recife: Fundaçao JoaquimNabuco, editora
Massangana, 2010.
MARKHAM, Thom, LARMER, John e RAVITZ, Jason (Orgs.) Aprendizagem baseada em
projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. 2ª. Ed. Porto Alegre.
Artmed, 2008.
REIS, Edmerson dos Santos e CARVALHO, Luzineide Dourado (Orgs.). Educaçao
contextualizada:fundamentos e praticas. Juazeiro, BA: UNEB/ Departamento de Ciencias
Humanas – Campus III / NEPEC-SAB / MCT / CNPq / INSA, 2011.
SANTI, Marina (Org.). Philosophy for children: un curricolo per imparare a pensare.
Napoli, Italia: Liguori Editore, 2005.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Temas para TCC
 
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...ProfessorPrincipiante
 
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIAFORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIAProfessorPrincipiante
 
Papel pedagogo
Papel pedagogoPapel pedagogo
Papel pedagogoelanis10
 
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...Leticiacs10
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridadeMariana Correia
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...Temas para TCC
 
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...ProfessorPrincipiante
 
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...ProfessorPrincipiante
 
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...ProfessorPrincipiante
 
Professor como protagonista
Professor como protagonistaProfessor como protagonista
Professor como protagonistaJovina Aguiar
 
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...Leticiacs10
 
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103Maria Rosa Lopes
 
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ProfessorPrincipiante
 
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.revistas - UEPG
 
Integracao Curricular
Integracao CurricularIntegracao Curricular
Integracao CurricularRBE Algarve
 
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasil
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasilDesafios e perspectivas do ensino de geografia no brasil
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasilenoque candido
 
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...cefaprodematupa
 
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...José Neres de Almeida Junior
 

Mais procurados (20)

Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
 
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...
NARRATIVAS DE FORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR PROFESSORES INICIANTES EM AM...
 
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIAFORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
FORMAÇÃO MATEMÁTICA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
 
Papel pedagogo
Papel pedagogoPapel pedagogo
Papel pedagogo
 
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDIZAG...
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
 
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
 
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...
A DINÂMICA INTERATIVA DE UM GRUPO AUTÔNOMO DE PROFESSORES-PESQUISADORES EM RE...
 
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: APROXIMAÇÕES COM...
 
Professor como protagonista
Professor como protagonistaProfessor como protagonista
Professor como protagonista
 
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...
CONSTRUINDO TRAJETÓRIAS: MOVIMENTO INICIAL DOS ESTUDANTES NO PROGRAMA DE EDUC...
 
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103
Trabalho ev056 md4_sa7_id9614_15082016091103
 
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
 
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
A Pedagogia Universitária e a Formação do Professor de Matemática.
 
Integracao Curricular
Integracao CurricularIntegracao Curricular
Integracao Curricular
 
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasil
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasilDesafios e perspectivas do ensino de geografia no brasil
Desafios e perspectivas do ensino de geografia no brasil
 
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...
A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM E A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS TECNOLOGICOS NA FORMAÇ...
 
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...
Pré-projeto de Mestrado: Interface Lúdica para Ensino Remoto de Conteúdos de ...
 
CARTILHA TUTORIA.pdf
CARTILHA TUTORIA.pdfCARTILHA TUTORIA.pdf
CARTILHA TUTORIA.pdf
 

Semelhante a 1

PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTEProfessorPrincipiante
 
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfCleiaMarcelino1
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza Polyana Artilha
 
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...ProfessorPrincipiante
 
Relatório da ação daniela
Relatório da ação danielaRelatório da ação daniela
Relatório da ação danielaDaniela Menezes
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Arivaldom
 
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosMacedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosmarcaocampos
 
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosMacedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosmarcaocampos
 
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdf
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdfTEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdf
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdfDrikaSato
 
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...ProfessorPrincipiante
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...ProfessorPrincipiante
 
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraCursoTICs
 
Aula exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptx
Aula  exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptxAula  exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptx
Aula exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptxssuserfac3ac
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridadeMariana Correia
 

Semelhante a 1 (20)

Aula do dia 03 de outubro
Aula do dia 03 de outubroAula do dia 03 de outubro
Aula do dia 03 de outubro
 
PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSOR INICIANTE: O SER E ESTAR NA PROFISSÃO DOCENTE
 
Papel pedagogo
Papel pedagogo Papel pedagogo
Papel pedagogo
 
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza
 
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...
~PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – UFSCAR: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE ...
 
Relatório da ação daniela
Relatório da ação danielaRelatório da ação daniela
Relatório da ação daniela
 
15 fernanda may
15 fernanda may15 fernanda may
15 fernanda may
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosMacedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
 
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todosMacedo, lino, como construir uma escola para todos
Macedo, lino, como construir uma escola para todos
 
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdf
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdfTEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdf
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdf
 
Ppp
PppPpp
Ppp
 
Ppp
PppPpp
Ppp
 
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: (AUTO)BIOGRAFIA, M...
 
Tese
TeseTese
Tese
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL...
 
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati PereiraRestinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
Restinga Sêca - Maria Nelcinda Forrati Pereira
 
Aula exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptx
Aula  exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptxAula  exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptx
Aula exp dialogada_ As Implicações Éticas do Estágio Curricular na.pptx
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade
 

Último

PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 

Último (20)

PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 

1

  • 1. REFLEXÕES DO PIBID1 SOBRE OS LIMITES METODOLÓGICOS DA PERSPECTIVA CONTEXTUALIZADA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO Edilane Carvalho Teles – UNEB2 ecteles@uneb.br RESUMO O presente estudo tem sua gênese na pesquisa realizada pelo PIBID na Universidade do Estado da Bahia na Educação do Campo; tem como escopo principal observar e analisar práticas pedagógicas pautadas na Educação Contextualizada; investiga os processos metodológicos, as possibilidades dos percursos didáticos, a ação reflexiva dos professores e alunos na realização da prática que envolve e desperta para o imbricamento com outras proposições em construção e abertas, a partir do acompanhmento do projeto, tem em vista ainda, o encontro/relação nem sempre compreendido dos limites desta proposta na Educação do Campo. Visa portanto, apresentar contribuições para a formação inicial do pedagogo, através da iniciação a docência, na perspectiva de respeito às vozes, contextos e formações individualizadas dos sujeitos, bem como, a abertura para outras possibilidades no delinear do percurso da proposta teórico-metodológica da Educação Contextualizada. Há como opção metodológica a abordagem hermenêutica filosófica, cuja proposta é aquela de interpretar os estudos, teorias e práticas observadas, pretendendo encontrar na arte de compreender, a coerência de uma proposição em consonância com os estudos realizados. PALAVRAS-CHAVE: Educação Contextualizada. PIBID. Educação do Campo. INTRODUÇÃO Após observar e vivenciar ainda que brevemente a perspectiva de uma proposição teórico-metodológica de Educação Contextualizada na Educação do Campo, percebe-se que as discussões e estudos têm direcionado para os limites observáveis e existentes na educação quando nos referimos à prática contextualizada. Contexto, histórias, percursos em aberto de uma proposição em construção permanente, pelo seu caráter flexível, interativo e criativo, que não é fechado a partir de um roteiro. Entretanto, diante da dinâmica da proposta no contexto de sua prática, surgem nas relações e concepções em volta desta, indagações que inquietam 1 PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência na Universidade do Estado da Bahia, Campus III em Juazeiro, Bahia. 2 Pedagoga, Mestre em Educação e Contemporaneidade/UNEB. Professora do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus III, coordenadora substituta do PIBID.
  • 2. principalmente aqueles que gostaria de desenvolvê-la mais criticamente, coerentemente e com clareza do seu percurso. Portanto, este estudo questiona: Há um percurso definido? É possível apontar a possibilidade de um percurso metodológico? Como definir um percurso coerente? Estas questões nascem da necessidade de compreensão dessa proposição teórico- metodológica de práticas e formação dos sujeitos respeitando sua dinâmica e complexidade. Não basta apenas apontar sua emergência e importância no contexto da Educação do Campo e alguns indícios práticos, ainda faz-se necessário a busca por um conjunto de proposições, com percursos e indicações do fazer que direcionem à ação docente no desenvolvimento da prática contextualizada no espaço escolar. Não pretende-se com este estudo limitar o potencial que tem essa proposta, mas apontar reflexões sobre seu desenho didático, ou ao menos, nos desafiar que sua configuração e delineamento devem estar presentes nos projetos e planejamentos, pois, o que temos percebido é que muito se fala, alguns vivenciam em sua essência, mas, mesmo em espaços que convivem há anos, ainda encontramos dificuldades de verbalizar um (entre outros) caminho para o fomento e efetivação nas formações de todos os aprendizes (professores, alunos e comunidade). Assim, esta pesquisa inicial, pretende dialogar sobre a possibilidade de elaborações (não fechadas) de percursos teórico-metodológicos do desenho didático de práticas pedagógicas na Educação Contextualizada no/do campo. Esta, nasce a partir das observações realizadas em uma escola que tem na sua prática diária da maioria dos docentes, alunos e comunidade a vivência da Educação Contextualizada, seus limites e possibilidades construídas no diálogo constante, mesmo com lacunas. O estudo está organizado em três partes: a primeira apresenta um pouco das observações realizadas na escola do campo que vivencia a proposta da Educação Contextualizada e a de outro espaço que deseja vivenciá-la e espera que os bolsitas e orientadores do PIBID por apresentarem a importância da proposta “digam como fazê-lo”, o que despertou a partir destas experiências, a urgência de pensar sobre sua possibilidade ou não de construção ou traços que orientem a prática pedagógica verso a Educação Contextualizada. O segundo, apresenta uma reflexão sobre a proposicão metodológica da Educação Contextualizada, apontando reflexões sobre o percurso didático e a abertura para possibilidades reflexivas que dialogam na sua essência com a prática em um contexto de forma que valorize essa abordagem como a Comunidade de Investigação e os projetos baseados na resolução de problemas, refletindo possibilidades que referem-se ao
  • 3. planejamento e das elaborações diretas e institucionalizadas que desafiam a reformulação constante, pois, o percurso didático é construído até um limite, e precisa ser superado (se possível). Este último está nas reflexões finais, pois diante das observações não apenas da prática contextualizada, encontramos na relação entre comunidade e escola e formação docente, os elementos centrais para sua criação, efetivação e acompanhamento, ou seja, um processo dialético que acontece todo o tempo, por isso, que a educacão é contextualizada. Para Bordieu (2003, p.211), La pratica è al contempo necessaria e relativamente autonoma rispetto alla situazione considerata nella sua immediatezza puntuale perché è il prodotto della relazione dialettica tra una situazione e un habitus, inteso come un sistema di disposizioni durature e trasferibili che, integrando tutte le esperienze passate, funziona in ogni momento come matrice delle percezioni, delle valutazioni e delle azioni, e rende possibile il compimento di compiti infinitamente differenziati, grazie al trasferimento analogico di schemi che permettono di risolvere i problemi aventi la stessa forma e grazie alle correzioni incessanti dei risultati ottenuti, che sono esse stesse prodotte in modo dialettico da quei risultati. Assim, considerando a complexidade apresentada, primeiro é preciso que tenhamos o cuidado de não fechar em um modelo estanque, mas em referências. Segundo, acredita-se que descrever, direcionar com fundamentos e coerência poderia servir de input de estudo para todos os profissionais que acreditam na possibilidade de um entre tanto percursos possíveis, e que a partir deste (e de outros) possamos vivenciar mais sua prática. Nas vivências que o grupo de estudantes de Pedagogia e bolsistas do PIBID têm sobre as experiências e ações nas atividades de pesquisas, observações e acões têm sugerido no processo de formacão e realização da investigação, surge da experiência de que o programa tem proporcionado em especial, de atividades realizadas no locus da pesquisa que neste projeto e espaço escolheu-se a educacão do campo, por se tratar de uma espaço aberto para inovações e experiências no chão de terra e da escola, que ensina e questiona os processos de formação em desenvolvimento. A UNEB/Campus III através dessa experiência tem vivenciado situações formativas que questionam os limites de suas propostas e o favorecimento dinâmico e rico da Educação Contextualizada que se tem observado no cotidiano da pesquisa. Aconteceu inicialmente na ERUM (Escola Rural de Massaroca, Juazeiro/BA) espaço privilegiado que atua com a proposta de Educação Contextualizada com os estudantes do campo nas comunidades rurais,
  • 4. esta é uma (entre outras) referência para a educação, consolidada para a convivência com o semiárido e a Educação do Campo. Assim, após meses de observações, diálogos e proposições iniciais de interação com a proposta, o grupo foi vendo-se envolvido com a discussão dos limites da pesquisa e como esta indaga permanentemente o fazer nos processos, ou seja, como a Educação Contextualizada a partir dessa experiência, necessita apontar possibilidades e proposições metodológicas que viabilizem o fazer durante percurso. O objetivo aqui não é colocar em cheque a proposta em si, mas destacar que constitui- se em uma excelente oportunidade formativa para professores, alunos e comunidade, que ao instaurarem o diálogo, parte do contexto com respeito as situações e vivências que acontecem durante o processo de aprendizagem. Estamos nessa condição, como estudantes e professor que acompanha o PIBID, nos vimos envolvidos numa situação/ação de ensino e aprendizagem que mesmo com suas limitações, não perde sua essência e riqueza de construção, além dos muros da escola. Assim, durante a efetivação das atividades cotidianas da escola do campo, a ida ao campo para diálogar com os sujeitos “reais” nos quais estão inseridos também os alunos da escola Este projeto encontra na interação entre universidade, escola e comunidade da Educação do Campo os elementos necessários para a investigação de possibilidades de pesquisa e os limites do diálogo, onde a universidade não chega ou toca, mas que ao participar de propostas nesta perspectiva, é tocada em suas raízes de espaço acadêmico de formação que dialoga com o senso comum contextualizado e que promove outras formas de ver de mundo e das necessidades regionais e locais que devem fazer parte da formação do pedagogo. Estas breves reflexões estão presentes sempre que o grupo busca dialogar com a Educação do Campo, em espaços distantes e nem sempre de fácil acesso, mas que, dizem mais que ver um filme ou ler sobre, se vive a experiência, ir ao campo, dialogar com professores, alunos e comunidade e principalmente ouvir, abre elementos perceptivos não pensados e/ou estudados, pois são elementos vivos. Assim, falaremos dessa experiência e suas contribuições reflexivass sobre a formação do pedagogo, a insidência nas formações dos sujeitos envolvidos e uma breve reflexão sobre a proposição metodológica, analisando seus limites e possibilidades abertas de formação e efetivação da educação.
  • 5. O PIBID/UNEB/CAMPUS III NA PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO DO CAMPO A proposta do departamento ao escolher a Educação do Campo como espaço privilegiado para os estudos e pesquisas de docentes e discentes, dá ao espaço acadêmico e de formação incial o privilégio de viver os contextos conflituosos e por vezes extremos para atuar na Educação do Campo, compreendendo limites e possibilidades e importância do contexto que faz parte da formação dos sujeitos da Universidade e do campo. Foram escolhidas duas escolas, uma considerada referência na Educação Contextualizada citada anteriormente, pois nasce com a proposta e envolvimento de todos os sujeitos e principalmente a comunidade. E, uma segunda que gostaria de trabalhar na perspectiva da Educação Contextualizada, mas que ainda “aguarda” um caminho delineado de como fazê-lo. Ir para a Educação do Campo possibilitou desvendar mitos. O primeiro deles foi da estrutura encontrada, pois as escolas têm uma estrutura que apesar da limitação está equiparada com as oferecidas na zona urbana. A escola que mais precisa de melhorias na estrutura, tem uma proposta consolidada na Educação Contextualizada, encontrando seu limite na estutura e na entrada de professores que não conhecem a proposta, desconhecem a metodologia, mas que apesar disso, envolvem-se, pois a comunidade ainda se faz presente e a metodologia é viva não apenas na prática de alguns professores, como no “corpo” e comportamentto das crianças e comunidade. Na segunda experiência, a escola fica distante de todos, atendendo mais de 30 fazendas, muitos para chegar à escola precisam de transporte, os professores devem viver lá, pois fica distante da sede. Entretanto, a maioria dos professores não têm o vínculo do concurso, apenas contrato temporário com a preferitura e desconhecem os percursos dinâmicos, dialéticos, políticos e sociais da Educação Contextualizada, esperam que a presença dos estudantes de pedagogia e bolsitas do PIBID para iniciar a proposta, seria possível? Vale salientar que este último espaço tem uma estrutura física pequena, mas nova, com salas climatizadas e materiais fornecidos pela Secretaria de Educação Municipal, além do materiais que chegam do Ministério da Educação. Este é um breve relato que serve para ilustrar, sobre o viver ou não uma proposta contextualizada. A primeira escola já o faz desde sua gênese, a segunda espera dialogar com a proposição, “aguardando” conhecer como se faz. Foi diante destas vivências que o grupo do PIBID iniciou o questionamento sobre os percursos metodológicos da Educação Contextualizada, se é possivel apontar possibilidades
  • 6. para os espaços escolares que ainda não iniciaram em sua proposta pedagógica. Este estudo vem com o propósito de dialogar sobre essa possibilidade e apontar relações com outras proposições. OS LIMITES (IN)VISÍVEIS DA PROPOSTA DA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA: POSSIBILIDADES EM ABERTO PARA A ELABORAÇÃO DE UM PERCURSO METODOLÓGICO A proposta da Educação Contextualizada tem nas lutas pelos direitos de conquista de uma educação de qualidade para todos sua maior relevância. Na ação prática cotidiana, o docente experiencia situações formativas que acredita ser relevantes para os escopos a que se propôs. Nesta perspectiva, ao atuar seu dizer e fazer deixam explícitos suas crenças, valores e formação que o constituem. Apresentar um breve delinear sobre o desenho didático expresso através do planejamento e prática docente, exige que façamos uma pesquisa e reflexão sobre com nossas proposições incidem na formação daqueles que estão no centro do processo, os alunos. Todo o empenho da escola está centrada na formação do discente, valoriza-se e respeita-se seu contexto, sua história, o desenvolvimento, as relações que contrói durante seu processo de interação e construção de conhecimentos e saberes necessários à sua atuação no mundo. Dito dessa forma, podemos perceber que a inovação não está em si nas palavras democráticas e respeitosas aos contextos, não unicamente, é um início. Ou seja, a inserção e mergulho na “realidade” com a qual pretende dialogar é o primeiro passo. Assim, a contextualização dos processos formativos, exigirão da proposta pedagógica um “olhar” que direciona-se no e com o entorno, numa perspectiva de (re)conhecimento das realidades e histórias de vida, sociais e culturais que as formam e nos formam. Diante desta tentativa em aberto e desafiadora, tem-se aqui o convite para uma proposição interdisciplinar não apenas com relação aos saberes escolares como também, sua relação com os saberes da comunidade, da vida e dos sujeitos da formação. Como afirma Reis (2011, p. 93), A perspectiva da Educação Contextualizada será sempre de extrapolação, em que a construção dos conhecimentos e saberes ganham novos sentidos e significados na e para a vida dos sujeitos do processo educativo. Falar de Educação Contextualizada é solicitar aos sujeitos (nós mesmos) que busquem pelo autocohecimento, a humildade, a coerência e o bom senso de que somos parte disso,
  • 7. (in)formar-se torna-se um processo contínuo, o qual apresenta a ideia central de que não é possível encontrar uma proposição que diante do fluxo contínuo de trocas, tenha uma proposta metodológica “fixa” do caminho para a realização da educação contexturalizada, no entendimento de pertencimento a um grupo, ao espaço, ao mundo. É possível construir a proposta a partir do contexto, respeitando o projeto do espaço onde nasce, se não, não é mais contextualizada, torna-se modelo, assim, nem sempre apresenta situações formativas com os contextos. Contextualizada que dizer construída a partir das relações, necessidades e interesses de um grupo. A escola e os profissionais de educação neste contexto, partem desta para o seu alargamento na formação dos sujeitos. Ao observar e experenciar uma referência de Educação Contextualizada, práticas e fundamentos da educação veem à tona. Nos estudos de Célestin Freinet (LEGRAND, 2010), com as muitas proposições, atividades e ações presentes na escola até hoje, como as aulas passeio, as assembléias, a relação da escola com a vida do sujeito e vice-versa, a autoria do próprio sujeito no processo de aprendizagem, a participação da comunidade, entre outras referências, são apenas algumas práticas que percebemos presentes quando se fala de Educação Contextualizada. Encontra-se outras similaridades com a abordagem e proposta metodológica da Comunidade de Investigação na Educação para o pensar com a Filosofia para as crianças (SANTI, 2005), cuja investigação dialógica parte das ideias dos sujeitos para a investigação intelectual, a qual, começa com os interesses de cada um, o conhecimento de si, a interação com o conhecimento do outro e as elaborações que construímos sobre o estudo ou pesquisa elaborada. Também nesta proposição, tem-se um percurso idealizado para despertar e possibilitar o pensar, seja através de novelas filosóficas, literaturas diversificadas ou a partir das ideias dos sujeitos sobre determinados temas. A Comunidade de Investigação aponta possibilidades e ações que pautam-se no agir comunicativo (HABERMAS, 2008) e que no âmbito pedagógico, envolve currículo, metodologias e materiais para a efetivação e emancipação da investigação das ações do/com/no grupo (professores, alunos e sociedade). Outro estudo relevante é a realização de projetos, a concepção e abordagem que estes promovem e provocam na prática pedagógica, que, desde Dewey, Decroly e Kilpatrick apresentaram possibilidades de elaboração da proposição metodológica, a partir dos interesses dos sujeitos numa clara tentativa de relacionar a vida à escola, como esta possibilidade seria coerente na efetivação para uma proposição contextutalizada (MARKHAM, LARMER e
  • 8. RAVITZ, 2008). Existem nesta perspectiva, (re)formulações que dialogam entre si, a diferença exatamente no contexto/meio onde acontece como a Aprendizagem baseda em projetos, Aprendizagem baseada em problemas, ambas (entre outras) têm em sua essência a escolha e valorização do projeto, levantamento de problemas e hipóteses como aspectos centrais nas pesquisas e “estratégias” para o desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem dos sujeitos principalmente nos dias de hoje. Estas proposições, são apenas elementos reflexivos de como na pedagogia dialogamos continuamente como uma espécie de tessituras do arcabouço teórico-metodológico do fazer na educação. Não é diferente também na Educação Contextualizada, que encontra nos princípios considerados coerentes em educação, orientações que inspiram a prática. A pedagogia do oprimido, da autonomia e os círculos de cultura de Freire (1997, 2003), a Comunidade de Investigação proposta por Lipmam (SANTI, 2005), a pedagogia Freineriana, a Aprendizagem baseada em projetos, entre outras reflexões que aqui se fazem presentes apesar do espaço e tempo limitados. O passeio acima, por outras proposições pautadas em abordagens além da reprodução do conhecimento, dialoga vivamente com a Educação Contextualizada, com seu processo de construção teórica e metodológica, o que nos convida a pensar, dizer e fazer um percurso didático, delinear algumas etapas discursivas e reflexivas no campo metodológico/hermenêutico, como:  Definição do campo e abordagem teórico-metodológica que fundamentam as práticas;  Compreensão da dinâmica social, cultual, educacional e tecnológica das narrativas discursivas dos objetos que norteiam a pesquisa na/da prática pedagógica;  Compreensão do campo das linguagens do contexto com apanágio necessário para o entendimento dialógico das construções e práticas educativas e sociais (professor, alunos, comunidade);  Traçar interpretações e entendimentos tendo como base os estudos teóricos e metodológicos que fundamentam a práxis pedagógica, sua relação com a abordagem da Educação Contextualizada e sua relação com os processos de formação e da educação;  Compreensão das linguagens e abordagem que não esgotam a construção relativa (objetiva-subjetiva e vice-versa) e assimétrica das “aberturas” interpretativas do objeto de pesquisa e da prática pedagógica;
  • 9.  Desafiar a interpretação e o entendimento coletivo da possibilidade de construção “individualizada” em cada espaço que propõe a partir do diálogo entre os sujeitos, o espaço e o tempo de sua elaboração coletiva. As reflexões acima apresentam algumas possibilidades quando dizemos e criamos metodologias, sugere o olhar cuidadoso sobre o outro, os processos de sua formação e as proposições que conhecemos, socializamos e principalmente criamos a partir destas. LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA NO CAMPO O estudo aqui apresentado, encontrou nas observações e leituras realizadas tanto no contexto “real” de sua nascitura, como nos estudos empreendidos para apresentar a possibilidade de um percurso metodológico para a Educação Contextualizada, limites que dificultam e inviabilizam a elaboração de práticas contextualizadas. A primeira delas refere-se à formação docente, concorda-se que apontar um percurso metodológico, propõe situações formativas que lançam luz para os entrelaçamentos obscuros do fazer pedagógico sem fundamentos ou relação com o contexto de formação e vida dos sujeitos. O segundo, sugere que apesar do discurso contemporâneo e emergente ainda esperamos numa perspectiva moderna e mecânica a “resposta” fechada e/ou guia para a realização da prática em sala de aula, pois, basta fazer uma breve reflexão sobre o que é Educação Contextualizada para perceber de imediato que esta é construída criativamente pelos sujeitos que a promovem. Entretanto, apesar de saber da complexidade epistemológica entre o fazer e dizer sobre os percursos formativos na educação, criar junto e com os sujeitos da escola, professores, coordenadores, dirigentes, comunidade e estudantes, abre-se aqui a possibilidade “prática e real” do tocar, ver e viver uma referência que indica na práxis um modo de fazer. Este num contexto crítico e reflexivo de formação docente continuada, institui-se como eixo central na elaboração de práticas e consequentemente do fazer a Educação Contextualizada. E preciso sim, registrar percursos e socializar nos encontros para que possa-se dialeticamente (re)fazer quando necessário as direções da formação que têm como foco o sujeito, sua história e meio a qual pertence, ou seja, o respeito e o cuidado que também queremos verso nossa própria formação. Assim, este projeto de iniciação a docência instaura um diálogo com as escolas do campo, o qual tem sido uma referência provocadora (se não transformadora) de nosso olhar para a Educação Contextualizada no campo.
  • 10. A experiência foi iniciada na participação do PIBID da UNEB/Campus III na Educação do Campo. Não basta ir à escola, é preciso ouví-la, observar e respeitar as relações, vozes, movimentos e lacunas que nossa presença também provoca. A escola no/do campo tem na experiência com a Educação Contextualizada, a oportunidade de vivências há muito experienciadas em diferentes contextos e que no momento da formação de outros sujeitos da/na pedagogia apresenta-se como aspectos de diferenciação dos olhos de quem a observa, inicialmente como convidado, mas que em sua essência é parte dela. REFERÊNCIAS BORDIEU, Pierre. Per una teoria della pratica: con Tre studi di etnologia cabila. Milano, Italia: Raffaello Cortina Editore, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra, 36.ª ed., 2003. _____________. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários `a prática educativa. São Paulo, Brasil: Paz e Terra (Colecção Leitura), 1997. HABERMAS, Jurgen. Teoria dell’agire comunicativo. Urbino, Italia: il mulino, 2008. (Vol I e Vol II) HERMANN, Nadja. Hermenêutica e Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. LEGRAND, Louis. Célestin Freinet. Recife: Fundaçao JoaquimNabuco, editora Massangana, 2010. MARKHAM, Thom, LARMER, John e RAVITZ, Jason (Orgs.) Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. 2ª. Ed. Porto Alegre. Artmed, 2008. REIS, Edmerson dos Santos e CARVALHO, Luzineide Dourado (Orgs.). Educaçao contextualizada:fundamentos e praticas. Juazeiro, BA: UNEB/ Departamento de Ciencias Humanas – Campus III / NEPEC-SAB / MCT / CNPq / INSA, 2011. SANTI, Marina (Org.). Philosophy for children: un curricolo per imparare a pensare. Napoli, Italia: Liguori Editore, 2005.