2. A VINDA DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA PARA O
BRASIL
3. Napoleão deu uma força...
Quando, em 1808, Dom João veio para o Brasil deu
início a uma série de mudanças que culminariam com o
fim da colonização.
Napoleão foi, em parte, responsável. Quando Dom João
se recusa a participar do Bloqueio Continental contra a
Inglaterra, as tropas francesas invadem Portugal,
forçando a fuga da família real para o Brasil.
Entre os argumentos utilizados estava o fato do regente
poder governar o Império de qualquer outra parte, não
precisando ficar em Portugal.
5. A Corte Portuguesa se instalou na cidade do Rio de
Janeiro que de capital do Brasil torna-se capital do todo o
império português.
A cidade, na época possuía cerca de 50 mil habitantes e
recebeu mais 10 mil pessoas, da noite para o dia. Junto
com a corte, vieram os problemas.
Onde alojar o rei e nobreza?
Como abastecer a cidade dos gêneros necessários?
O resultado disso foi que muitos pessoas perderam suas
casas e o custo de vida aumentou: ficou mais caro viver
na cidade do Rio de Janeiro.
8. Praticamente invadida pelos portugueses, a nova sede
do governo passa por uma série de mudanças.
São criados espaços de lazer como caminhos públicos e
praças.
D. João cria manda fundar a Biblioteca e o Museu Real.
É criado o Real Teatro de São João e a Escola Real de
Ciências, Artes e Ofícios e o Jardim Botânico.
Muitos artistas são convidados para virem ao Brasil,
retratar sua gente e sua natureza.
Foi criada a Imprensa Régia: caía a lei que proibia
imprensa no Brasil. Em 10 se setembro de 1808 circula o
primeiro jornal impresso no Brasil.
10. As mudanças na economia não demoraram para
acontecer.
Já em 1808, D. João abre os portos brasileiros a todas as
nações amigas.
É o fim do pacto colonial, que estabelecia o monopólio da
economia brasileira por Portugal.
Para reforçar nossa recém adquirida liberdade
econômica, Em 1810, D. João assinou o Tratado de
Comércio e Navegação, que dava privilégios ficais aos
produtos ingleses, que pagavam menos imposto para
serem comercializados com o Brasil.
De colônia, tínhamos agora só o nome e não foi por
muito tempo.
12. Em 1815 o Brasil é elevado a Reino e em 1818 D. João é
coroado Rei do Reino Unido do Brasil, Portugal e
Algarves, com o título de Do. João VI.
Em 1817, D. João enfrenta um de seus maiores desafios
no Brasil: a Revolução Pernambucana.
A região Nordeste sofria há tempos com problemas de
concentração de renda e instabilidade econômica.
No ano de 1816, a região de Pernambuco sofreu uma
série de secas e más colheitas que agravaram os
problemas dos produtores da região.
Para agravar a situação, havia ainda uma grande
hostilidade contra os comerciantes portugueses e
insatisfação com a elevação dos impostos.
14. A insatisfação aumentou com a nomeação do governador
Caetano Pinto Montenegro.
Em março de 1817 o descontentamento ganhou força e
se transformou em um movimento de inspiração
separatista.
Os revoltosos estabeleceram uma República controlada
por um Governo Provisório.
Reagindo à imposição do novo governo, forças
portuguesas atacaram os revoltosos e após alguns
meses de conflito, a agitação separatista foi contida e
muitos revoltosos foram punidos com a prisão e a morte.
17. Parte D. João VI, fica D. Pedro
Em agosto do ano de 1820 foi iniciado um movimento de
caráter liberal e militar na Cidade do Porto que ficou
conhecido como A Revolução Liberal do Porto ou,
simplesmente, Revolução do Porto, que em pouco
tempo espalhou-se por Portugal, chegando até a capital,
Lisboa.
De forma resumida, a Revolução Liberal do Porto tinha
por objetivo acabar com o absolutismo em Portugal e
aprovar uma Constituição. Para isso, foram eleitos
deputados que representariam os interesses do povo na
Assembleia Constituinte que recebia o nome de Cortes
Portuguesas.
19. Entre outras coisas, as Cortes exigiam o retorno do Rei,
que deveria concordar em governar com o poder limitado
pela Constituição.
No Brasil, num primeiro momento, a revolução foi bem
acolhida, sendo que em algumas regiões governadores
foram depostos e substituídos por Juntas Governativas,
que respondiam diretamente às Cortes.
Mais tarde, os brasileiros iram perceber que as Cortes
não tinham intenção de dividir com o reino americano as
conquistas da revolução. Na verdade, o Brasil corria era o
risco de voltar a ser colônia.
No Rio de Janeiro, tropas se rebelaram contra o Rei, que
acabou cedendo às pressões portuguesas e retornando à
Portugal no ano de 1821.
21. D. João VI parte, mas deixa seu filho mais velho e
herdeiro ao trono no Brasil, como regente.
Caso algo acontecesse com o rei, automaticamente D.
Pedro seria coroado.
D. Pedro, por sua vez, governa com muita dificuldade,
pois as Cortes não aceitam sua autoridade.
Sendo pressionado a retornar a Portugal e se reunir a
seu pai, deixando assim a regência.
A elite brasileira, com medo da recolonização, busca
junto ao príncipe uma solução.
Cresce o desejo de independência.
22. Pela sua participação no processo de Independência, José Bonifácio de Andrada
ficou conhecido como o Patriarca da Independência (COLONESSE, Eugênio. A
independência do Brasil em Quadrinhos. Rio de Janeiro: Ebal, 1970)
23. • A elite (grandes proprietários e terras e escravos,
comerciantes e profissionais liberais) deseja a permanência
da monarquia pois temem mudanças sociais que poderiam
vir com a República e que comprometeriam tanto seu
status social quando econômico.
• Articulando juntamente com a princesa Dona Leopoldina,
esposa de D. Pedro, José Bonifácio de Andrada é uma das
lideranças do movimento de Independência.
• A recusa de D. Pedro em retornar a Portugal (o Dia do Fico,
09 de janeiro de 1822), é considerado o primeiro ato de
rebeldia do príncipe.
24. COLONESSE, Eugênio. A independência do Brasil em Quadrinhos. Rio de
Janeiro: Ebal, 1970
25. Para enfraquecer o poder do regente, os deputados das
Cortes determinaram que os governos provinciais não
obedeceriam mais as ordens de D. Pedro.
Após o episódio do Dia do Fico D. Pedro decreta que
todas as ordens vindas de Portugal só teriam valor no
Brasil após a aprovação do príncipe regente.
Em junho de 1822, o regente convoca uma Assembleia
Constituinte local, para elaborar uma Constituição para o
Brasil
Por fim as Cortes tão um ultimato a D. Pedro: ele deve
retornar, nem que seja a força. Dom Pedro responde
proclamando a Independência do Brasil no dia 07 de
setembro de 1822.
26. SOUSA, Maurício de. Você Sabia? Turma da Mônica - Independência
do Brasil. São Paulo: Ed. Globo, 2003, p 32.
29. Ficou sob responsabilidade do pintor e desenhista
francês Jean-Baptiste Debret a criação da bandeira do
Brasil. Como pintor oficial do Império, Debret desenhou a
bandeira com a cor verde e o losango amarelo que ainda
permaneceram na bandeira republicana que nos
representa até hoje.
31. Hino da Independência
O Hino da Independência do Brasil foi criado logo após o
7 de setembro. A letra do hino é de Evaristo da Veiga e a
música de D. Pedro I. Veja o refrão:
“Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.”
32. SOUSA, Maurício de. Você Sabia? Turma da Mônica - Independência
do Brasil. São Paulo: Ed. Globo, 2003, p. 10.
33. FONTES UTILIZADAS
• COLONESSE, Eugênio. A independência do Brasil em
Quadrinhos. Rio de Janeiro: Ebal, 1970.
• Debret, o Padroeiro das Vernissages no Rio de Janeiro.
Disponível em: http://goo.gl/3J5VwJ, acesso em
07/03/2014.
• SCHWARCZ, Lília Moritz D. João Carioca. Cia da Letras,
2007.
• SOUSA, Maurício de. Você Sabia? Turma da Mônica -
Independência do Brasil. São Paulo: Ed. Globo, 2003.