3. CONTEXTO INTERNACIONAL
3
napoleão
envia, como
resposta, seu
exército para
invadir
Portugal.
Napololeão
para enfraquecer
a Inglaterra,
impõe um
bloqueio
econômico
contra esse país.
portugal
era parceiro
comercial e
não adere ao
bloqueio
contra a
Inglaterra.
A Corte portuguesa,
sem forças para
enfrentar o
Napoleão, foge
para sua colônia
na América: o
BRASIL!
5. *Em novembro de 1807, a família
real, seus parentes, funcionários,
criados e dependentes (em torno de
15 mil pessoas) embarcaram para a
colônia.
*A Inglaterra ofereceu proteção
naval, mediante um acordo firmado,
onde Portugal cede temporariamente
a estratégica Ilha da Madeira e a
permitir o comércio direto com o
Brasil para os britânicos.
6. Imagem: Embarque do príncipe regente de Portugal, Dom João, e toda família real para o Brasil no
cais de Belém/ Henry L'Évêque, 1815/ Biblioteca Nacional de Portugal/ Public Domain
6
9. Chegada da família real
9
*A família real portuguesa desembarcou em
Salvador (BA), no dia 22 de janeiro de 1808.
*A chegada no rio de janeiro ocorreu em 7 de março.
*Havia poucos alojamentos disponíveis para
acomodar a comitiva real e muitas residências foram
solicitadas: as casas que eram escolhidas pelos
nobres recebiam em sua fachada a inscrição P.R.
(“Príncipe Regente“) e indicava a saída dos
moradores para disponibilizar o imóvel. No entanto,
a população interpretou a sigla, ironicamente,
como "ponha-se na rua".
10. Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia, em
1808. Pintura em óleo de Cândido Portinari, 1952
10
Registro da cerimônia do beija-mão na corte
carioca de Dom João, um costume típico da
monarquia portuguesa
11. PRINCIPAIS MEDIDAS AO CHEGAR NO BRASIL
As primeiras medidas que D. João tomou ao chegar ao Brasil em 1808 foram:
✗ Abertura dos portos as nações amigas: beneficiava principalmente a Inglaterra;
✗ Criação do Banco do Brasil;
✗ Em 1810, assinou os tratados de “Aliança e Amizade” e de “Comércio e Navegação” com a
Inglaterra que concedia a esses:
• Vantagens comerciais: o imposto de importação de produtos ingleses seria de 15%,os
produtos portugueses, 16%, e os demais países, 24% em nossas alfândegas;
• Compromisso do fim do tráfico negreiro em vistas da abolição da escravidão;
• Direito da extraterritorialidade (se cometessem crimes seriam julgados pelos ingleses;
• Permissão para construir cemitérios e templos protestantes e a segurança de que a
inquisição não seria implantada no Brasil e, desta maneira, os protestantes não
seriam incomodados.
11
12. INCENTIVO A CULTURA
A presença da família real no Brasil também contribuiu para uma mudança cultural
na colônia e principalmente na cidade do Rio de Janeiro.
✗ Fundação da escola real de ciências, artes e ofícios;
✗ Fundação do Museu Nacional, da Biblioteca Real, e do Observatório
Astronômico;
✗ Criação do Jardim Botânico;
✗ Criação da imprensa régia (primeira gráfica do Brasil);
✗ Estímulo ao desenvolvimento das artes com a vinda da missão
francesa para o brasil. Ex: Debret
14. Em 1815, o
Brasil é elevado
a categoria de:
14
REINO UNIDO DE
PORTUGAL E ALGAVERES
15. Revolução
pernambucana de 1817
Também chamada
de Revolução dos Padres,
aconteceu na Capitania de
Pernambuco.
O movimento, separatista e
republicano, foi liderado pela
elite local, mas com apoio da
maioria da população.
15
16. CAUSAS DA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
✗ A partir de 1808, aumenta o número de portugueses na colônia que se beneficiavam de
regalias que os homens da terra não tinham;
✗ Os comerciantes portugueses controlavam as atividades de importação e exportação,
gerando o endividamento e a dependência dos grandes proprietários;
✗ Em Pernambuco: grave crise econômica em razão do declínio das exportações do açúcar e
do algodão. Além disso, uma grande seca assolou o nordeste entre 1815 e 1816,
destruindo a agricultura e provocando fome e miséria;
✗ A insatisfação popular aumenta ainda mais diante dos pesados tributos e impostos,
cobrados pelo governo de D. João VI.
16
17. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
✗ Líderes : Domingos José Martins, José de Barros Martins (tinha o apelido de “leão coroado”),
João Ribeiro e Miguelinho (esses dois últimos eram padres).
✗ Medidas :
- Abolição dos impostos.
- Liberdade de imprensa.
✗ Consequências:
Dom João VI enviou a Pernambuco vários soldados para combater os rebeldes e retomar
Recife: Os rebeldes foram cercados e derrotados. Alguns conseguiram fugir para o
interior. Os principais líderes foram julgados e condenados à morte.
O padre João Ribeiro suicidou-se.
17
✗ Primeira vez que é declarada uma REPÚBLICA :
Rebeldes pernambucanos rebelaram-se, expulsaram o
governador e proclamaram uma república separada
de Portugal e do RJ. Durou 74 dias.
19. REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO
19
A Revolução Liberal do Porto foi um movimento militar iniciado
em 1820 e ocorrido na cidade portuguesa de Porto.
Ela defendia:
✗ a formação de uma monarquia constitucional;
✗ retorno imediato de Dom João VI, que estava no Brasil desde
1808;
✗ manutenção do Brasil como colônia de Portugal.
20. VOLTA DE DOM JOÃO VI PARA PORTUGAL
Eu volto, deixo
meu filho, mas
antes vou fazer
um “saque” ali
no Banco do
Brasil!
20
21. ✗ Agricultura: crise na
produção de tabaco,
algodão e açúcar
✗ Mineração: jazidas
esgotadas;
✗ Indústria: não se
desenvolvia;
✗ Comércio: limitado pelas
restrições do pacto colonial
de Portugal 21
CONTEXTO ECONÔMICO:
22. CONTEXTO POLÍTICO
✗ PARTIDO BRASILEIRO:
Grandes proprietários rurais e
comerciantes (Brasil e Inglaterra)
- Centralizar o poder no RJ
- Impedir o retorno de Dom
Pedro
- Implantar uma monarquia
constitucional
22
✗ LIBERAIS RADICAIS:
Camadas médias da
população urbana;
- Descentralizar o
poder: regional;
- Fortalecer o
legislativo
✗ PARTIDO
PORTUGUÊS:
- Visava
reestabelecer as
relações coloniais
com Portugal;
23.
24. A insistência das cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal
despertou atitudes de resistência no Brasil.
No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao príncipe regente uma
petição com 8.000 assinaturas solicitando que não abandonasse o
território brasileiro. Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
Dia
do fico Dia do Fico, quadro
de Jean-Baptiste
Debroit, 1822.
25. "COMO É PARA O BEM
DE TODOS E
FELICIDADE GERAL
DA NAÇÃO, ESTOU
PRONTO. DIGA AO
POVO QUE FICO".
25
26. CONTEXTO POLÍTICO
26
Em 1822, iniciava-se um processo de ruptura com Portugal, em que D. Pedro
tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole:
✗ Determinou que nenhuma lei de portugal seria colocada em vigor no Brasil
sem o “cumpra-se”, ou seja, sem a sua aprovação;
✗ Em maio, o prícipe foi aclamado “defensor perpétuo do Brasil”;
✗ Em agosto, assinou um decreto declarando que as tropas portuguesas que
desembarcassem no brasil seriam consideradas inimigas;
27. ✗ José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da
Independência do Brasil, foi um dos grandes construtores do
projeto de independência.
27
Hello!
José
bonifácio
28. Na ausência de seu marido, D. Leopoldina governava como regente interina do país.
Enquanto D. Pedro I estava em São Paulo, chegaram notícias de que 7.200 homens do
Exército português seriam enviados ao Brasil, para forçar o retorno do príncipe e da
princesa a Portugal. Leopoldina convocou o Conselho de Estado no dia 02 de
setembro de 1822, que, sob sua regência, assina o decreto que declarava o Brasil
separado de Portugal.
28
Dona
leopondina
29. INDEPENDÊNCIA OU MORTE
29
Em 7 de setembro, ao voltar de Santos, parado às margens
do riacho Ipiranga, d. Pedro recebeu uma carta com ordens de
seu pai para que voltasse para Portugal, submetendo-se ao rei
e outra de José Bonifácio para que rompesse com Portugal.
Levado pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa
frase :
33. DOM PEDRO I:
IMPERADOR DO BRASIL
Em 12 de outubro de 1822, o
príncipe foi aclamado Imperador
com o título de D. Pedro I, sendo
coroado em 1° de dezembro na
Catedral da Sé, no Rio de Janeiro. 33
34. CONSEQUÊNCIAS:
✗ Dependência econômica da Inglaterra;
✗ Manutenção das estruturas sociais e
econômicas:
- Latifúndio, Exportação, Monocultura e
Escravismo
✗ Sem participação da população na
independência do Brasil
✗ Aliança dos interesses de Dom Pedro I
e das elites brasileiras
34
35. A Independência foi um
desses momentos da
história do Brasil que
atendeu apenas a uma
elite, não dando conta
de garantir a liberdade
para a maior parte da
população brasileira, os
negros e indígenas.
37. A NOTÍCIA DE
INDEPENDÊNCIA NÃO FOI
ACEITA NO PAÍS TODO.
EM VÁRIAS PROVINCIAS
BRASILEIRAS
CONTROLADAS POR
PORTUGUESES, COMO NA
BAHIA, PIAUÍ, GRÃO-PARÁ,
CEARÁ E MARANHÃO, O
POVO PEGOU EM ARMAS
PARA COMBATER
MILITARES FIÉIS AOS
PORTUGUESES.
38. 38
2 DE JULHO - BAHIA:
NA BAHIA, DEPOIS DE VÁRIOS COMBATES, BATALHÕES
POPULARES VINDOS DO INTERIOR DA PROVÍNCIA
CERCARAM AS TROPAS PORTUGUESAS QUE ESTAVAM
EM SALVADOR.
VENDO-SE SEM ALIMENTOS, AS TROPAS
PORTUGUESAS COMANDADAS PELO CORONEL
MADEIRA DE MELO TENTARAM FURAR O CERCO, MAS
FORAM DERROTADOS NAA BATALHA DE PIRAJÁ.
DEPOIS VÁRIOS NAVIOS INGLESES A SERVIÇO DE DOM
PEDRO I BLOQUEARAM SALVADOR E OS FORÇARAM A
DEIXAR O BRASIL EM 2 DE JULHO DE 1823.
É FERIADO PARA FESTEJAR A SUA
INDEPENDÊNCIA.
39. NAS LUTAS PELA CONQUISTA DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA AS MULHERES TIVERAM
PAPEL FUNDAMENTAL. ENTRE ELAS 3 TÊM DESTAQUE NESSA HISTÓRIA E SÃO
CONSIDERADAS HEROÍNAS DO 2 DE JULHO
Heroínas da bahia:
EM FEVEREIRO DE 1822, A ABADESSA JOANA ANGÉLICA SE
TORNOU A PRIMEIRA HEROÍNA E MÁRTIR DA
INDEPENDÊNCIA.
DURANTE O ATAQUE AO QUARTEL DA MOURARIA, OS
SOLDADOS PORTUGUESES TENTAVAM INVADIR O
CONVENTO DA LAPA EM BUSCA DE ARMAS E INIMIGOS
SUPOSTAMENTE ESCONDIDOS.
JÁ COM 60 ANOS A RELIGIOSA TENTOU IMPEDIR A
ENTRADA DE SOLDADOS NO CONVENTO. RECEBEU GOLPES
DE BAIONETA E FALECEU NO DIA SEGUINTE, ESTE
ASSASSINATO SERVIU COMO UM DOS ESTOPINS PARA O
INÍCIO DA REVOLTA DOS BRASILEIROS.
40. 40
Heroínas da bahia
MARIA FELIPA
PESCADORA E MARISQUEIRA, ELA LIDEROU
OUTRAS MULHERES NEGRAS, ÍNDIOS
TUPINAMBÁS E TAPUIAS EM BATALHAS CONTRA
OS PORTUGUESES A PARTIR DE 1822. UM DOS
FEITOS DO GRUPO DE MARIA FELIPA FOI TER
QUEIMADO 40 EMBARCAÇÕES PORTUGUESAS
QUE ESTAVAM PRÓXIMAS À ILHA.
CONHECIDA POR SER UMA MULHER MUITO ALTA,
DE GRANDE FORÇA FÍSICA, MARIA FELIPA TERIA
LIDERADO UM GRUPO DE 200 PESSOAS, QUE
USAVAM FACAS DE CORTAR BALEIA, PEIXEIRAS,
PEDAÇOS DE PAU E GALHOS COM ESPINHOS
COMO ARMAS.
41. Heroínas da bahia
• MARIA QUITÉRIA
ELA NÃO SE CONTENTOU EM ASSUMIR
O PAPEL NORMALMENTE RESERVADO
ÀS MULHERES DAQUELA ÉPOCA.
USANDO O UNIFORME DO CUNHADO,
MARIA QUITÉRIA ENTRA PARA O
BATALHÃO DOS PERIQUITOS, ASSIM
APELIDADO POPULARMENTE PELO USO
DE MANGAS E GOLAS VERDES, E PASSA
A SE CHAMAR SOLDADO MEDEIROS.
ISSO MESMO! ELA SE FINGIU DE
HOMEM, FUGIU DE CASA PARA LUTAR
PELA BAHIA E SE TORNOU UMA DAS
PRINCIPAIS PERSONAGENS DA
INDEPENDÊNCIA.
42. Heroínas da bahia
PELA CORAGEM HONRAS DE PRIMEIRO
CADETE E UM DECRETO IMPERIAL LHE
CONFERIU AS HONRAS DE ALFERES DE
LINHA.
EM 1996, FOI RECONHECIDA COMO
PATRONESSE DO QUADRO COMPLEMENTAR
DE OFICIAIS DO EXÉRCITO BRASILEIRO.
E POR DETERMINAÇÃO MINISTERIAL, SUA
IMAGEM DEVE ESTAR EM TODOS OS
QUARTÉIS DO PAÍS.
EM SALVADOR, UMA ESTÁTUA FOI ERGUIDA
EM 1953, ANO DO CENTENÁRIO DE SUA
MORTE, NO BAIRRO DA LIBERDADE
43. 43
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL :
EUA E NAÇÕES LATINO-AMERICANAS RECONHECEM EM
1924 A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
LEMBRAR: DOUTRINA MONROE: “AMÉRICA PARA OS
AMERICANOS”
COMO PORTUGAL NÃO QUER RECONHECER A
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, A INGLATERRA PASSA A
INTERMEDIAR AS NEGOCIAÇÕES (POR SUAS RELAÇÕES
COMERCIAIS COM PORTUGAL E SEU INTERESSE PELAS
RELAÇÕES COM A NOVA NAÇÃO).
44. 44
PORTUGAL RECONHECE A
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA, MAS
MEDIANTE O PAGAMENTO DE 3
MILHÕES DE LIBRAS ESTERLINAS
COMO FORMA DE “INDENIZAÇÃO”
O BRASIL ENTÃO PEGA EMPRESTADO
COM A INGLATERRA, INICIANDO ASSIM
A SUA PRIMEIRA DÍVIDA EXTERNA.
INGLATERRA RECONHECE A
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL MEDIANTE
A MANUTENÇÃO DAS TARIFAS
ALFANDEGÁRIAS ASSINADAS EM 1810 E
O COMPROMISSO EM ACABAR COM A
ESCRAVIDÃO EM 4 ANOS.