O documento descreve a anatomia do fígado, vesícula biliar e ductos biliares. Ele detalha a formação, estrutura, vasos sanguíneos, nervos e funções do fígado, além da anatomia da vesícula biliar e dos ductos hepáticos e biliares. O texto também discute variações anatômicas e correlações clínicas desses órgãos.
Anatomia do fígado, ductos biliares e intestino delgado
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RÔNDONIA
CURSO DE MEDICINA
XI TURMA
ANATOMIA II
FÍGADO,DUCTOS BILIAR E INTESTINO DELGADO.
PROFESSOR:
RODOLFO KORTE
ALUNOS:
CLÁUDIO CÉSAR ZANGALE DE MATTOS JÚNIOR
IBSEN FELIPE ANTONIO
JÉSSICA CAROLINE VAZ
JONES OLIVEIRA DOS SANTOS JÚNIOR
3. Fígado
Formação do Fígado e Aparelho Biliar
O Fígado a Vesícula Biliar e o ducto biliar surgem
como uma protuberância ventral do Intestino
Anterior. (4ª Semana)
Constitui uma massa de mesoderma, situado entre o
coração, em formação, e o intestino médio.
É separado do coração pelo septo Transverso, que
formará o diafragma.
5. Fígado
Durante a 6ª semana, o Fígado participa da
Hematopoese.
Essa atividade é responsável pelo tamanho
relativamente grande desse órgão entre a 7ª e
a 9ª semana. Cerca de 10% da massa do
embrião.
A formação de bile pelas células hepáticas
iniciam-se na 12ª semana.
7. Fígado
Malformações Embriológica do Fígado
Pequenas variações na lobulação do Fígado são comuns e
clinicamente pouco importantes.
Também é comum variações dos ductos hepáticos, biliar e
cístico, mas esses apresentam importância clínica.
Pode haver a existência de Ductos Hepáticos Acessórios,
que correm pelo lobo direito em direção à vesícula biliar.
Podendo receber o ducto cístico no lugar do Ducto
Hepático Comum.
8. Fígado
Hepatócito
O Canalículo biliar forma um
anel ao redor do hepatócito.
A bile produzida é drenada
para o espaço sinusoidal e
posteriormente para a veia
central de cada lóbulo.
9. Fígado
Função
Na Zona Periportal:
-Captação e liberação de glicose
-A formação da bile
-A síntese de albumina e fibrinogênio
Na Zona Perivenosa:
-O catabolismo da glicose,
-O metabolismo xenobiótico
-A síntese de alfa-antitripsina e alfa-fetoproteína
(AFP)
10. Fígado
O Fígado é o maior órgão glandular do corpo.
Pesa cerca de 1500g.
No adulto representa aproximadamente 2,5% do
peso corporal.
É circundado por uma capsula de tecido
conjuntivo denso (cápsula de Glisson), que
confere a ele uma forma definida no cadáver. mas
em vida é macio e semelhante a gelatina.
11. Fígado
Posicionamento
Localiza-se, em grande parte, no Hipocôndrio
direito e no Epigástrico superior, estendendo-se até
o hipocôndrio esquerdo.
É protegido pela Caixa Torácica, estando entre às 7-
11 costelas do lado direito.
Está conectado ao diafragma pelos ligamentos
Falciforme, Coronário e Triangular.
14. Fígado
Faces do Fígado
Face Diafragmática
É lisa e possui forma de cúpula.
Relaciona-se com a face inferior do diafragma.
É separado do Diafragma pela cavidade peritoneal
denominada Recesso Subfrênico.
Apresenta uma porção denominada Área nua.
16. Fígado
Face Visceral
É recoberta pelo peritônio, exceto na fossa da vesícula
biliar e na porta do fígado(Fissura transversal por onde
entram e saem vasos).
Ao contrário da face diafragmática (lisa), a face visceral é
composta por muitas fissuras e impressões.
Possui duas fissuras sagitais unidas transversalmente
pela porta do fígado. (Formando um H na face Visceral)
18. Fígado
Lobos Anatômicos do Fígado
O plano mediano definido pela fixação do
ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda
separa um Lobo hepático direito (grande), de um
lobo hepático esquerdo (bem menor)
A porta do fígado transversal separa dois lobos
acessórios, partes do Lobo Hepático Direito
Anatômico: O Lobo Quadrado e o Lobo Caudado.
20. Fígado
Subdivisão funcional do Fígado
Divisão em partes independentes do ponto de vista funcional:
Parte Direita
Parte Esquerda
Cada parte recebe seu próprio ramo da a. Hepática e v. Porta e é
drenada pelo seu próprio ducto hepático.(Bifurcação da Tríade
Portal)
Lobo caudado – 3º Fígado
21. Fígado
O Fígado ainda pode ser dividido em quatro divisões e,
posteriormente, em oito segmentos hepáticos cirurgicamente
ressecáveis.
23. Fígado
A Artéria Hepática Direita, geralmente dirige-se posteriormente
ao ducto biliar hepático comum e entra no Triângulo de Calot.
24. Fígado
Vasos e Nervos
Vasos sanguíneos:
Veia Hepática
Artéria Hepática
Veia Porta
Mais o Ducto Colédoco = Tríade Portal
Tríade Portal é porque eles atravessam a Porta Hepática.
25. Fígado
80% do suprimento sanguíneo do fígado é através da Veia Porta, que é rica
em nutrientes e pobre em oxigênio.
Os outros 20% é através da Artéria Hepática, que é rica em Oxigênio.
As divisões e ramificações da Tríade Portal servem como base nas divisões
dos 8 segmentos hepáticos cirúrgicos.
Entre os segmentos estão os afluentes da Veia Hepática. Estas abrem-se na
Veia Cava Inferior imediatamente abaixo do diafragma. Isso Ajuda na
manutenção do fígado no lugar normal.
28. Fígado
Anastomoses da Veia Porta
Acontecem em vários vasos, é muito importante no caso de uma obstrução da
veia porta.
O sistema venoso portal se comunica com o sistema venoso sistêmico em :
Entre as Veia Gástrica Esquerda (PORTA), as Veias Esofágicas e a Veia Ázigo
(Sistêmico). Quando muito dilatas geram as Varizes Esofágicas.
Entre ramos das Veias Cólicas (PORTA) com as Veias retroperitoniais
(Sistêmico).
Entre Veias Paraumbilicais (PORTA) com as Veias Epigástricas Superficiais
(Sistêmico).
Entre as Veias Retais. A média e inferior drena para a Veia Cava Inferior
enquanto a Veia Retal Superior continua drenando para a Veia Mesentérica
Inferior.
31. Fígado
Variações Anatômicas dos Vasos sanguíneos.
Artéria Hepática:
Normalmente: É uma ramo Do Tronco Celiáco, Artéria Hepática Comum
emite um Ramo, a Artéria Gastroduodenal, e se torna Artéria Hepática Própria.
Divide-se em direita e esquerda, depois de passar da porta hepática.
Aberrantes:
A. Hep. Esq. Origina-se da A. Gástrica esq.
A. Hep. Dir. Origina-se da A. Mesentérica Sup.
34. Fígado
Em 91% das pessoas a A. Hep. Dir. é anterior a
Veia Porta. Mas em 9% ele é posterior.
35. Fígado
Vasos Linfáticos
Principal órgão produtor de linfa.
Vasos Linfáticos que drenam para os Linfonodos Hepáticos:
Os vasos superficiais dos aspectos anteriores das faces diafragmáticas
e visceral;
E os profundos que acompanham as Tríades Portais.
Dos linfonodos hepáticos, espalhados pelo omento menor, a linfa é
drenada para os linfonodos celíacos que por sua vez drenam para a
Cisterna do Quilo.
36. Fígado
Os vasos superficiais dos aspectos posterior das faces
visceral e diafragmática.
Esses drenam primeiramente para a área nua.
Da área nua eles podem:
1) Drenar para os linfonodos frênicos.
2) Unir-se aos vasos que acompanham a veia hepática,
passar pelo diafragma junto com a Veia Cava e drenar
para os linfonodos mediastianais posteriores.
Alguns vasos seguem ainda trajetos diferentes.
40. Fígado
Nervos
Os nervos do fígado derivam do
Plexos Nervosos Hepáticos
Plexo Celíaco
(Fibras Simpáticas)
Tronco do nervo Vago Posterior e
Anterior. (Fibras Parassimpáticas)
O plexo nervoso hepático acompanha os da artéria hepática e da veia porta
até o fígado.
41. Fígado
Plexos Nervosos Hepáticos
Gânglio Celíaco Direito e o Nervo Vago Direito (Anterior) formam o plexo
hepático anterior.
Gânglio celíaco Esquerdo e o Nervo Vago Esquerdo (Posterior) formam o
plexo hepático posterior
Acompanha a A. Hepática
Acompanha a V. Porta e o ducto biliar
42.
43. DUCTOS BILIARES E VESÍCULA BILIAR
-Os ductos levam a bile do fígado para o duodeno,
onde ela fará a emulsificação das gorduras.
-A vesícula biliar armazena a bile, que é produzida
constantemente pelo fígado
45. Lóbulo hepático
Apesar de ser confundido, não é a unidade
anatômica do fígado.
Os hepatócitos secretam bile para os canalículos
biliares, que drenam para os pequenos ductos biliares
inter-lobulares.Depois, segue para os grandes ductos biliares
coletores da tríade portal intra-hepática
46. Ductos hépáticos
Dentro do fígado eles ainda se fundem e formam os
ductos hepáticos direito e esquerdo.
Ao sair do fígado, se fundem formando o ducto
hepático comum.
Após receber o ducto cístico, passa a se chamar
ducto colédoco.
47.
48. Ducto colédoco
-Margem livre do omento menor
-É a união do ducto cístico com o ducto hepático
-Varia de 5-15cm
-Entra em contato com o ducto pancreático para
formar a ampola hepatopancreática
-Seu esfíncter controla a saída de bile, que é
estimulada pelo hormônio CCK (colecistocinina)
-A ampola abre dentro do duodeno na chamada
papila maior do duodeno
49. Irrigação do colédoco
-Artéria cística – parte proximal
-Artéria hepática direita – parte média
-Artéria pancreáticoduodenal e gastroduodenal –
parte retro duodenal do ducto
50. Irrigação do colédoco
-As veias entram direto no fígado.
-A veia pancreático duodenal superior posterior
drena a parte distal e cai na veia porta
-Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos
císticos, em seguida para o linfonodo do forame
omental e para os linfonodos hepáticos
51. Vesícula biliar
- 7 – 10cm
- Situa-se na fossa da vesícula biliar, na face visceral do
fígado
- Armazena até 50ml de bile
- Circundada por peritônio, que liga o seu corpo e colo
ao fígado
- Ligada ao fígado pelo tecido conjuntivo da capsula
fibrosa do fígado
52. Vesícula biliar
-É dividida em 3 partes:
- Fundo: parte larga
- Corpo: toca com a face visceral do fígado o
colo transverso e o duodeno
- Colo: une-se ao ducto cístico
53.
54. Irrigação da vesícula biliar
-Artéria cística: origina-se da artéria hepática
direita e irriga a vesícula e o ducto
-Veias císticas: entram no fígado diretamente após
drenar o colo e o ducto cístico. As que drenam o
fundo e o corpo vão para os sinusóides hepáticos.
-Linfonodos hepáticos > císticos > celíacos
55. Inervação da vesícula biliar
-Os nervos vão pela artéria cística, saindo do
plexocelíaco, nervo vago e nervo frênico direito
-A ação para a liberação da bile é feita pelo
hormônio CCK (colecistocinina).
56. Correlações clínicas
- Infundíbulo da vesícula biliar
- Vesícula biliar móvel – 4% das pessoas
- Variação nos ductos cístico e hepático
- Ductos hepáticos aberrantes
57. Correlações clínicas
- Cálculos biliares
- Concreção por cristais de colesterol
- Atinge mais mulheres do que homens,
aumentando com a idade
- Geralmente assintomáticos
- Ampola hepatopancreatica é a parte mais estreita
- Cálculo no ducto cistico = cólica biliar
58. Correlações clínicas
-Colecistite aguda: obstrução do ducto e inflamação
da vesícula biliar
-Dor no hipocôndrio direito
-Sinal de Murphy positivo
-Febre
-Leucocitose
-Colecistectomia: retirada da vesícula
59. Correlações clínicas
-Icterícia
• acúmulo de bilirrubina direta no sangue por uma
obstrução no ducto colédoco
• acúmulo de bilirrubina indireta por não metabolizar
corretamente (falta da enzima) ou por uma hemólise
exagerada de modo que o fígado não consiga
metabolizar totalmente, sendo eliminada pelas fezes
62. Intestino DelgadoEmbriologia
•Endoderma –
Origina o
revestimento
epitelial do trato
digestivo.
•Mesoderma – Dá
origem ao tecido
conjuntivo muscular
e às demais
camadas do
intestino.
•Jejuno e Íleo
derivam do intestino
médio
•Duodeno deriva do
intestino anterior
primitivo.
80. Intestino Delgado
Mesentério: é uma longa prega peritoneal que liga o
jenunoíleo à parede abdominal posterior. Ambas as suas
faces são revestidas por um folheto peritoneal. Entre os
dois folhetos peritoneais passam: artéria mesentérica
superior, veia mesentérica, canais e gânglios linfáticos e
plexo nervoso mesentérico.
83. A. Mesentérica Superior A. Pancreaticoduodenal
Inferior
Intestino Delgado
Duodeno Distal
Vascularização do Duodeno
As artérias duodenais se originam do Tronco Celíaco e
da Artéria Mesentérica Superior.
Aorta Abdominal
(L2, 1cm abaixo do t. Celíaco)
92. Intestino Delgado
Jejuno e Íleo
- Vascularização
A Artéria Mesentérica Superior supre Jejuno e Íleo. Seus
ramos unem-se para formar as Arcadas Arteriais que, por
sua vez, formam os Vasos retos.
94. Intestino Delgado
Jejuno e Íleo
Os linfáticos do Intestino delgado são encontrados
principalmente nas placas de Peyer da parte distal.
Os vasos linfáticos lactíferos lançam seu líquido nos plexos
linfáticos nas paredes de jejuno e íleo.
95. Intestino Delgado
Jejuno e Íleo
Vasos Linfáticos do Íleo drenam para os Linfonodos
Ileocólicos.
A drenagem continua para dentro da cisterna chyli, de lá
para os ductos torácicos, até alcançar o sistema venoso no
pescoço.
97. Intestino Delgado
Jejuno e Íleo
Inervação:
As fibras parassimpáticas
derivam do nervo vago,
atravessam o gânglio
celíaco e afetam a
secreção, e as demais
fases da atividade
intestinal.
As fibras simpáticas se
originam de T5 a T9.
A dor do intestino é
mediada por fibras
aferentes viscerais gerais
no sistema simpático.