SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
18
produto | investimentos
Para cada investidor,
uma solução
O mercado de
investimentos é
arriscado, mas pode
contar com alguns
produtos de seguro
para minimizar seus
impactos
Amanda Cruz
19
e Aquisições da Marsh Brasil.
Esse produto está disponível apenas
para o comprador, cobrindo o passivo
oculto da empresa comprada. “Caso surja
um processo pós fechamento, referente
a um ato desconhecido no momento da
operação, o comprador será reembolsado”,
afirma Bruna. Essa apólice foi desenhada
semelhante ao que é oferecido nos EUA
e na Europa, o que falta é a expansão que
contemple uma apólice para o vendedor e
também para contingências, cláusulas que
já estão disponíveis lá fora.
Ainda existem poucas apólices de
proteção para fusões e aquisições e o mer-
cado brasileiro não apresenta exclusões
específicas. “Porém, com a crise política
no País, as últimas cotações foram apre-
sentadas com exclusão para reclamações
relacionadas à corrupção”, esclarece
Bruna. Mesmo assim, a executiva afirma
que essa não é uma exclusão padrão e que
poderá ser renegociada.
Semelhante a essa iniciativa estão os
produtos da Chubb voltados para proteger
os gestores de investimento e as entidades
responsáveis envolvidas nessa gestão. A
apólice oferece cobertura em casos de
responsabilizaçãodosadministradorespor
questõesrelacionadascomagestão(D&O)
e cobertura em casos de responsabilização
das entidades envolvidas e dos seus gesto-
res por questões relacionadas à prestação
de serviços de investimento (E&O). “O
IMI - Investment Menagement Insurance
é um seguro de responsabilidade civil à
base de reclamação. Um produto voltado
❙❙Luciano Mendonça, da Euler Hermes
A preocupação está no core business.
As empresas precisam focar no objeto
principal de sua existência e por isso
preferem deixar as avaliações de crédito,
análises de clientes potenciais e o moni-
toramento dos créditos nas mãos de um
especialista.
Mendonça alerta para o fato de que os
empresários costumam segurar veículos,
imóvel, vida dos funcionários etc, mas a
carteira das vendas a prazo é deixada sem
qualquer proteção, ainda que represente
40% dos ativos de uma empresa. “Imagine
uma empresa na qual a margem de vendas
é bastante apertada: 5%. Se houver um
calote, em uma venda de R$100, deve-se
vender 20 vezes o mesmo valor para equa-
lizar aquela perda. Assim, proteção contra
calote é essencial para uma empresa que
quer se manter competitiva no mercado”,
aponta o executivo da Euler Hermes.
Entre empresas
Outra preocupação, que ultrapassa a
área de atividade de uma empresa e pre-
ocupa todas de maneira geral, é investir
em uma fusão ou aquisição e mais tarde
encontrar irregularidades ou graves pro-
blemas que possam atingir sua reputação
e seu capital financeiro. Há dois anos,
uma seguradora trouxe ao Brasil um pro-
duto que quer proteger essas transações.
“Apesar do mercado da América Latina
ser novo, a demanda por esse produto
vem crescendo consistentemente, por isso
acreditamos que essa tendência continue
nos próximos anos”, aposta Bruna Reis,
líder da prática de Private Equity e Fusões
O
s investidores do mercado
financeiro estão sempre ro-
deados de apostas, riscos, in-
vestimentos que nem sempre
têm um retorno garantido. Alguns mais
conservadores, outros mais agressivos.
Embora os engravatados de Wall Street
ou da Bovespa não tenham um seguro que
cubra os riscos de suas grandes apostas,
o mercado de investimentos, no Brasil
e fora dele, pode contar com diferentes
produtos, para diferentes perfis, que
auxiliam transações de pessoa física ou
jurídica e evitam que grandes perdas
sejam desastrosas. Caso saibam apostar
bem, claro.
Brincadeira de gente grande
À parte dos investimentos prazero-
sos, feitos para o lazer, existem aqueles
que são motivo de tensão para seus
investidores.
Os seguros podem não fazer com
que seu investimento aumente, nem
promete garantias financeiras além dos
valores estabelecidos para indenização
de sinistro, mas esses dois mercados são
muito próximos. “O seguro impede que
investimentos feitos em ativos se percam
por ocorrência de força maior, uma ca-
tástrofe, um acidente”, aponta Luciano
Mendonça, da Euler Hermes.
O melhor exemplo de risco entre
investidores que pode contar com um
seguro de crédito são os chamados rece-
bíveis à prazo, como é o caso de títulos
de dívida e ativos que venham da venda
de mercadorias, serviços prestados que
financiam os sacados e antecipam recur-
sos aos cedentes. “Os recebíveis podem
não ser honrados pelos sacados na data
de vencimento e, assim, os investidores
podem se proteger deste risco comprando
uma apólice de seguro de crédito, que vai
garantir o recebimento do título em caso
demoraouinsolvênciadosacado”,explica
Mendonça.
Ou seja, o seguro de crédito ajuda a
cobrir os danos causados por inadimplên-
cia. Mendonça explica que quem procura
por esse tipo de cobertura no mercado são,
na maioria das vezes, empresas manufa-
tureiras que possuem margens menores
e precisam buscar novos clientes para
alavancar essas vendas. ❙❙Bruna Reis, da Marsh Brasil
20
para fundos de investimento que tem
como principal característica o fato de
ser a junção de dois produtos: D&O e
E&O”, explica Rafael Domingues, diretor
de Financial Lines da companhia.
Esses fundos, chamados FIDC –
Fundo de Investimentos em direitos
creditórios – funcionam da seguinte
maneira: eles compram os direitos dos
créditos que um portador tem sobre de-
terminados títulos da dívida quem vêm
de vendas de mercadorias ou prestação
de serviços. Esses compradores têm,
portanto, seus títulos segurados contra
eventuais inadimplências. Mendonça,
da Euler Hermes, explica que “embora
não haja proteção para a taxa de retorno
– yield - que um investidor espera de um
fundo de crédito desse tipo, há proteção
para os ativos que o compõem. Isso acaba
mitigando o risco de perda do fundo que
pode ser causado pelo calote”, elucida.
Já no caso de seguro de fusões
e aquisições, as empresas de Private
Equity podem vender suas alavancadas
e precisar encerrar esses fundos. Bruna,
da Marsh, afirma que a apólice dá a ga-
rantia ao comprador sem precisar deixar
os recursos da empresa bloqueados. Isso
faz com que exista um fluxo do capital
adquirido, com o qual o comprador po-
derá contar assim que fizer a aquisição.
Olhar ao seguro de crédito
As equações são complexas mas
abrangem qualquer empresário, do mais
entendido de captação de recursos e in-
vestimento até aquele que decide colocar
uma máquina de cartão de crédito em sua
loja de varejo e vender a prazo.
Uma boa maneira de entender como
funciona esse mercado de compra, venda,
investimentos e título de crédito é o fil-
me norte-americano The Big Short – A
Grande Aposta – de 2014. Ele trata sobre
a grande bolha imobiliária que surgiu
no mercado dos EUA após o país liberar
uma quantia grandiosa de crédito à popu-
lação sem verificação de perfil, sem saber
se elas poderiam arcar com suas dívidas
– os chamados subprime. Com essa rea-
lidade, havia muitos imóveis com preços
muito baixos. Ao não conseguirem arcar
com as hipotecas, os norte-americanos
abandonaram suas dívidas e aqueles
que detinham os títulos dessas dívidas
ficaram com um grande rombo financeiro
em suas mãos. Muitos deles estavam
segurados, mas devido ao tamanho da
crise, perderam seu valor e até mesmo
as seguradoras não tinham como arcar
com esses gigantescos sinistros.
“Proteção contra esta variação do
preço de mercado dos ativos é uma coisa
que muitas empresas buscam, mas não
existe proteção de apólice de seguro que
cubra essa diferença”, explica Mendonça,
que completa: “geralmente, esse tipo de
proteção está ligada aos investimentos que
flutuamnacontra-mãodatendênciadestes
ativos. Aparece aqui a figura importante
do corretor para buscar a melhor solução”.
Hoje, os corretores que vendem esses
tipos de seguro são, em sua maioria, alta-
mente especializados e capacitados para
lidar com essas complexidades.
Para Domingues, da Chubb, esses
produtos constituem uma ótima oportu-
nidade para o profissional da corretagem.
“É um mercado em franco desenvolvi-
mento e ainda com poucos corretores
atuando nesse nicho. Os corretores de
seguro que buscam o conhecimento
podem colher bons frutos, já que há uma
demanda represada, além de já existirem
seguradoras com apetite para aceitar esse
tipo de risco”, aponta.
Cada um a seu modo
Nem todos os investidores vivem de
comprar e vender ações na bolsa. Alguns
são pessoas com outras profissões que
trazemosnegócioscomoinvestimento,es-
>>> investimentos
❙❙Rafael Domingues, da Chubb
colhendo imóveis ou fundos com retornos
menores, mas com ganhos certos, outros
ainda praticam o investimento também
como hobby. É o caso daqueles que optam
por ter como patrimônio obras de arte.
Obras consagradas são leiloadas
e vendidas aos colecionadores que sa-
bem que o valor artístico e histórico de
algumas peças é imensurável, mas que
fazem questão de tê-las em suas paredes.
Nessa questão, o mercado de seguros
aposta na cobertura All Risks, ou seja,
que qualquer tipo de risco que a obra
corra estará coberto caso o investidor
tenha uma apólice, conforme explica
Midiã Borges, consultora em Riscos e
Seguros para Entretenimento e Obras
de Arte da Aon Brasil. “A cobertura é
mundial, a partir do período que as obras
são retiradas dos locais até o seu retorno
ao lugar de origem ou o local indicado
pelo proprietário”, explica. Exposição
doméstica e internacional, transporte e
até terremotos e furacões fazem parte
dos riscos cobertos.
Obra de arte não é apenas um quadro
ou escultura de um artista famoso; anti-
guidades, prataria e objetos de estanho,
jóias, tapetes antigos, livros raros, manus-
critos e fotografias, moedas e medalhas
entram no escopo de bens segurados. A
apólice, geralmente, custa 2% do valor
dos bens e conta com flexibilidade para
se adequar à realidade e necessidade
do colecionador, que pode ser discutida
com um bom corretor de seguros. “A
consultoria adequada para garantir a co-
bertura de seguros para as obras de arte
é um dos desafios desse mercado, que já
é bem mais maduro em outros países. É
preciso uma equipe especializada, com
conhecimento técnico e rápido retorno”,
opina a executiva.
A evolução para esses investidores
está em acompanhar o mercado lá fora.
Midiã conta que em mercados como o
dos EUA, que têm um produto chamado
Art Plus para acervos de museus que
atendem o pacote completo de seguros, o
patrimônio, responsabilidade civil, D&O,
crime, entre outros.
Os seguros podem ser desenhados
de acordo com a necessidade ou caracte-
rística, cobrindo coleções particulares e
corporativas através de uma apólice anual
até exposições temporárias onde o seguro
garante a cobertura chamada prego a
prego incluindo a cobertura de RCTRC,
de Seguro Transporte, que é obrigatória.
De uma forma ou de outra, os corre-
tores podem ter grande papel de destaque
dentro desse nicho. A consultoria especia-
lizada é importante em qualquer carteira,
mas é mais fácil de ser percebida nesta
por sua elevada necessidade de conhe-
cimento dos pormenores que envolvem
cada apólice e cada operação de crédito.
Os corretores são responsáveis por levar
soluções de prevenção e cobertura de risco
enquanto investidores são completamente
avessos a qualquer possibilidade de perdas
em investimentos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009
(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009
(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009guest96b99d
 
Transferência de risco através do mercado de capitais
Transferência de risco através do mercado de capitaisTransferência de risco através do mercado de capitais
Transferência de risco através do mercado de capitaisEditora Roncarati
 
Minze apresentação institucional corporate
Minze apresentação institucional corporateMinze apresentação institucional corporate
Minze apresentação institucional corporateRafael Campos, CFA, CAIA
 
Condições gerais produção de filmes
Condições gerais   produção de filmesCondições gerais   produção de filmes
Condições gerais produção de filmesEspaço Allianz
 
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do Segurado
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do SeguradoCartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do Segurado
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do SeguradoUniversidade Federal Fluminense
 

Mais procurados (11)

Compreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e segurosCompreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e seguros
 
(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009
(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009
(Final) City Of Boston Homebuyers Presentation February 28 2009
 
Transferência de risco através do mercado de capitais
Transferência de risco através do mercado de capitaisTransferência de risco através do mercado de capitais
Transferência de risco através do mercado de capitais
 
Estrutura tecnica da operacao de seguro (2)
Estrutura tecnica da operacao de seguro (2)Estrutura tecnica da operacao de seguro (2)
Estrutura tecnica da operacao de seguro (2)
 
Os seguros e os riscos: como compreendê-los?
Os seguros e os riscos: como compreendê-los?Os seguros e os riscos: como compreendê-los?
Os seguros e os riscos: como compreendê-los?
 
Minze apresentação institucional corporate
Minze apresentação institucional corporateMinze apresentação institucional corporate
Minze apresentação institucional corporate
 
Gestão atuarial compilado
Gestão atuarial   compiladoGestão atuarial   compilado
Gestão atuarial compilado
 
Provisões técnicas
Provisões técnicasProvisões técnicas
Provisões técnicas
 
Perfil da KOR
Perfil da KORPerfil da KOR
Perfil da KOR
 
Condições gerais produção de filmes
Condições gerais   produção de filmesCondições gerais   produção de filmes
Condições gerais produção de filmes
 
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do Segurado
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do SeguradoCartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do Segurado
Cartilha SUSEP: Guia de orientação e defesa do Segurado
 

Destaque (14)

HRN
HRNHRN
HRN
 
Harshal cv
Harshal cvHarshal cv
Harshal cv
 
where magazine sips 2016
where magazine sips 2016where magazine sips 2016
where magazine sips 2016
 
ENCUESTA CONSUMO ARTES
ENCUESTA CONSUMO ARTESENCUESTA CONSUMO ARTES
ENCUESTA CONSUMO ARTES
 
Rubricas
RubricasRubricas
Rubricas
 
Male Mate Choice in Menemerus bivittatus Jumping Spiders
Male Mate Choice in Menemerus bivittatus Jumping SpidersMale Mate Choice in Menemerus bivittatus Jumping Spiders
Male Mate Choice in Menemerus bivittatus Jumping Spiders
 
Modelo prueba psu lenguaje y tabla conversion ptjes
Modelo prueba psu lenguaje y tabla conversion ptjesModelo prueba psu lenguaje y tabla conversion ptjes
Modelo prueba psu lenguaje y tabla conversion ptjes
 
Guruvayurappan Chand_updated
Guruvayurappan Chand_updatedGuruvayurappan Chand_updated
Guruvayurappan Chand_updated
 
Self incompatibility
Self incompatibilitySelf incompatibility
Self incompatibility
 
Redes
RedesRedes
Redes
 
Biografía de rousseau
Biografía de rousseauBiografía de rousseau
Biografía de rousseau
 
Presentacion cuentos
Presentacion cuentosPresentacion cuentos
Presentacion cuentos
 
SIMPLE FUTURE
SIMPLE FUTURESIMPLE FUTURE
SIMPLE FUTURE
 
Silicon Happy Valley 2016
Silicon Happy Valley 2016Silicon Happy Valley 2016
Silicon Happy Valley 2016
 

Semelhante a Revista Apólice - Para cada investidor uma solução

Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de segurosRc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de segurosUniversidade Federal Fluminense
 
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010Editora Roncarati
 
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?FabioAraujo927947
 
Clipping marketing de seguros
Clipping   marketing de segurosClipping   marketing de seguros
Clipping marketing de segurosPatrícia Barros
 
Apostila analise de investimento
Apostila analise de investimentoApostila analise de investimento
Apostila analise de investimentoTony Oliver
 
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...MDS Portugal
 
Microsseguro, Resseguro e a Swiss Re
Microsseguro, Resseguro e a Swiss ReMicrosseguro, Resseguro e a Swiss Re
Microsseguro, Resseguro e a Swiss Repaulooficinadotexto
 
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melopaulooficinadotexto
 
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014Editora Roncarati
 

Semelhante a Revista Apólice - Para cada investidor uma solução (20)

Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de segurosRc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
 
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010
Revista Opinião.Seg - Edição 3 - Março de 2010
 
Revista opinião.seg nº 7 maio de 2014
Revista opinião.seg nº 7   maio de 2014Revista opinião.seg nº 7   maio de 2014
Revista opinião.seg nº 7 maio de 2014
 
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?
Grandes riscos: critérios de seleção e aceitação, o que fazer?
 
Apresentação jacometo seguros
Apresentação jacometo segurosApresentação jacometo seguros
Apresentação jacometo seguros
 
O mundo em crise
O mundo em criseO mundo em crise
O mundo em crise
 
Clipping marketing de seguros
Clipping   marketing de segurosClipping   marketing de seguros
Clipping marketing de seguros
 
VIDA ECONOMICA 4SET2015
VIDA ECONOMICA 4SET2015VIDA ECONOMICA 4SET2015
VIDA ECONOMICA 4SET2015
 
Apostila analise de investimento
Apostila analise de investimentoApostila analise de investimento
Apostila analise de investimento
 
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...
Como se proteger perante responsabilidades junto das finanças e com situações...
 
Compreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e segurosCompreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e seguros
 
Microsseguro, Resseguro e a Swiss Re
Microsseguro, Resseguro e a Swiss ReMicrosseguro, Resseguro e a Swiss Re
Microsseguro, Resseguro e a Swiss Re
 
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo
20120209 microinsurance soc cienciasdoseguro claudia melo
 
Compreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e segurosCompreendendo os riscos e seguros
Compreendendo os riscos e seguros
 
Hedge funds
Hedge fundsHedge funds
Hedge funds
 
Riscos financeiros
Riscos financeirosRiscos financeiros
Riscos financeiros
 
Riscorpo
RiscorpoRiscorpo
Riscorpo
 
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014
Opinião.Seg - Edição 8 - Agosto de 2014
 
Cálculo de riscos aplicado a atividades industriais
Cálculo de riscos aplicado a atividades industriaisCálculo de riscos aplicado a atividades industriais
Cálculo de riscos aplicado a atividades industriais
 
Resseguro – wikipédia, a enciclopédia livre
Resseguro – wikipédia, a enciclopédia livreResseguro – wikipédia, a enciclopédia livre
Resseguro – wikipédia, a enciclopédia livre
 

Último

Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdfInsttLcioEvangelista
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasE-Commerce Brasil
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024E-Commerce Brasil
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...E-Commerce Brasil
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoE-Commerce Brasil
 

Último (19)

Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
 

Revista Apólice - Para cada investidor uma solução

  • 1. 18 produto | investimentos Para cada investidor, uma solução O mercado de investimentos é arriscado, mas pode contar com alguns produtos de seguro para minimizar seus impactos Amanda Cruz
  • 2. 19 e Aquisições da Marsh Brasil. Esse produto está disponível apenas para o comprador, cobrindo o passivo oculto da empresa comprada. “Caso surja um processo pós fechamento, referente a um ato desconhecido no momento da operação, o comprador será reembolsado”, afirma Bruna. Essa apólice foi desenhada semelhante ao que é oferecido nos EUA e na Europa, o que falta é a expansão que contemple uma apólice para o vendedor e também para contingências, cláusulas que já estão disponíveis lá fora. Ainda existem poucas apólices de proteção para fusões e aquisições e o mer- cado brasileiro não apresenta exclusões específicas. “Porém, com a crise política no País, as últimas cotações foram apre- sentadas com exclusão para reclamações relacionadas à corrupção”, esclarece Bruna. Mesmo assim, a executiva afirma que essa não é uma exclusão padrão e que poderá ser renegociada. Semelhante a essa iniciativa estão os produtos da Chubb voltados para proteger os gestores de investimento e as entidades responsáveis envolvidas nessa gestão. A apólice oferece cobertura em casos de responsabilizaçãodosadministradorespor questõesrelacionadascomagestão(D&O) e cobertura em casos de responsabilização das entidades envolvidas e dos seus gesto- res por questões relacionadas à prestação de serviços de investimento (E&O). “O IMI - Investment Menagement Insurance é um seguro de responsabilidade civil à base de reclamação. Um produto voltado ❙❙Luciano Mendonça, da Euler Hermes A preocupação está no core business. As empresas precisam focar no objeto principal de sua existência e por isso preferem deixar as avaliações de crédito, análises de clientes potenciais e o moni- toramento dos créditos nas mãos de um especialista. Mendonça alerta para o fato de que os empresários costumam segurar veículos, imóvel, vida dos funcionários etc, mas a carteira das vendas a prazo é deixada sem qualquer proteção, ainda que represente 40% dos ativos de uma empresa. “Imagine uma empresa na qual a margem de vendas é bastante apertada: 5%. Se houver um calote, em uma venda de R$100, deve-se vender 20 vezes o mesmo valor para equa- lizar aquela perda. Assim, proteção contra calote é essencial para uma empresa que quer se manter competitiva no mercado”, aponta o executivo da Euler Hermes. Entre empresas Outra preocupação, que ultrapassa a área de atividade de uma empresa e pre- ocupa todas de maneira geral, é investir em uma fusão ou aquisição e mais tarde encontrar irregularidades ou graves pro- blemas que possam atingir sua reputação e seu capital financeiro. Há dois anos, uma seguradora trouxe ao Brasil um pro- duto que quer proteger essas transações. “Apesar do mercado da América Latina ser novo, a demanda por esse produto vem crescendo consistentemente, por isso acreditamos que essa tendência continue nos próximos anos”, aposta Bruna Reis, líder da prática de Private Equity e Fusões O s investidores do mercado financeiro estão sempre ro- deados de apostas, riscos, in- vestimentos que nem sempre têm um retorno garantido. Alguns mais conservadores, outros mais agressivos. Embora os engravatados de Wall Street ou da Bovespa não tenham um seguro que cubra os riscos de suas grandes apostas, o mercado de investimentos, no Brasil e fora dele, pode contar com diferentes produtos, para diferentes perfis, que auxiliam transações de pessoa física ou jurídica e evitam que grandes perdas sejam desastrosas. Caso saibam apostar bem, claro. Brincadeira de gente grande À parte dos investimentos prazero- sos, feitos para o lazer, existem aqueles que são motivo de tensão para seus investidores. Os seguros podem não fazer com que seu investimento aumente, nem promete garantias financeiras além dos valores estabelecidos para indenização de sinistro, mas esses dois mercados são muito próximos. “O seguro impede que investimentos feitos em ativos se percam por ocorrência de força maior, uma ca- tástrofe, um acidente”, aponta Luciano Mendonça, da Euler Hermes. O melhor exemplo de risco entre investidores que pode contar com um seguro de crédito são os chamados rece- bíveis à prazo, como é o caso de títulos de dívida e ativos que venham da venda de mercadorias, serviços prestados que financiam os sacados e antecipam recur- sos aos cedentes. “Os recebíveis podem não ser honrados pelos sacados na data de vencimento e, assim, os investidores podem se proteger deste risco comprando uma apólice de seguro de crédito, que vai garantir o recebimento do título em caso demoraouinsolvênciadosacado”,explica Mendonça. Ou seja, o seguro de crédito ajuda a cobrir os danos causados por inadimplên- cia. Mendonça explica que quem procura por esse tipo de cobertura no mercado são, na maioria das vezes, empresas manufa- tureiras que possuem margens menores e precisam buscar novos clientes para alavancar essas vendas. ❙❙Bruna Reis, da Marsh Brasil
  • 3. 20 para fundos de investimento que tem como principal característica o fato de ser a junção de dois produtos: D&O e E&O”, explica Rafael Domingues, diretor de Financial Lines da companhia. Esses fundos, chamados FIDC – Fundo de Investimentos em direitos creditórios – funcionam da seguinte maneira: eles compram os direitos dos créditos que um portador tem sobre de- terminados títulos da dívida quem vêm de vendas de mercadorias ou prestação de serviços. Esses compradores têm, portanto, seus títulos segurados contra eventuais inadimplências. Mendonça, da Euler Hermes, explica que “embora não haja proteção para a taxa de retorno – yield - que um investidor espera de um fundo de crédito desse tipo, há proteção para os ativos que o compõem. Isso acaba mitigando o risco de perda do fundo que pode ser causado pelo calote”, elucida. Já no caso de seguro de fusões e aquisições, as empresas de Private Equity podem vender suas alavancadas e precisar encerrar esses fundos. Bruna, da Marsh, afirma que a apólice dá a ga- rantia ao comprador sem precisar deixar os recursos da empresa bloqueados. Isso faz com que exista um fluxo do capital adquirido, com o qual o comprador po- derá contar assim que fizer a aquisição. Olhar ao seguro de crédito As equações são complexas mas abrangem qualquer empresário, do mais entendido de captação de recursos e in- vestimento até aquele que decide colocar uma máquina de cartão de crédito em sua loja de varejo e vender a prazo. Uma boa maneira de entender como funciona esse mercado de compra, venda, investimentos e título de crédito é o fil- me norte-americano The Big Short – A Grande Aposta – de 2014. Ele trata sobre a grande bolha imobiliária que surgiu no mercado dos EUA após o país liberar uma quantia grandiosa de crédito à popu- lação sem verificação de perfil, sem saber se elas poderiam arcar com suas dívidas – os chamados subprime. Com essa rea- lidade, havia muitos imóveis com preços muito baixos. Ao não conseguirem arcar com as hipotecas, os norte-americanos abandonaram suas dívidas e aqueles que detinham os títulos dessas dívidas ficaram com um grande rombo financeiro em suas mãos. Muitos deles estavam segurados, mas devido ao tamanho da crise, perderam seu valor e até mesmo as seguradoras não tinham como arcar com esses gigantescos sinistros. “Proteção contra esta variação do preço de mercado dos ativos é uma coisa que muitas empresas buscam, mas não existe proteção de apólice de seguro que cubra essa diferença”, explica Mendonça, que completa: “geralmente, esse tipo de proteção está ligada aos investimentos que flutuamnacontra-mãodatendênciadestes ativos. Aparece aqui a figura importante do corretor para buscar a melhor solução”. Hoje, os corretores que vendem esses tipos de seguro são, em sua maioria, alta- mente especializados e capacitados para lidar com essas complexidades. Para Domingues, da Chubb, esses produtos constituem uma ótima oportu- nidade para o profissional da corretagem. “É um mercado em franco desenvolvi- mento e ainda com poucos corretores atuando nesse nicho. Os corretores de seguro que buscam o conhecimento podem colher bons frutos, já que há uma demanda represada, além de já existirem seguradoras com apetite para aceitar esse tipo de risco”, aponta. Cada um a seu modo Nem todos os investidores vivem de comprar e vender ações na bolsa. Alguns são pessoas com outras profissões que trazemosnegócioscomoinvestimento,es- >>> investimentos ❙❙Rafael Domingues, da Chubb
  • 4. colhendo imóveis ou fundos com retornos menores, mas com ganhos certos, outros ainda praticam o investimento também como hobby. É o caso daqueles que optam por ter como patrimônio obras de arte. Obras consagradas são leiloadas e vendidas aos colecionadores que sa- bem que o valor artístico e histórico de algumas peças é imensurável, mas que fazem questão de tê-las em suas paredes. Nessa questão, o mercado de seguros aposta na cobertura All Risks, ou seja, que qualquer tipo de risco que a obra corra estará coberto caso o investidor tenha uma apólice, conforme explica Midiã Borges, consultora em Riscos e Seguros para Entretenimento e Obras de Arte da Aon Brasil. “A cobertura é mundial, a partir do período que as obras são retiradas dos locais até o seu retorno ao lugar de origem ou o local indicado pelo proprietário”, explica. Exposição doméstica e internacional, transporte e até terremotos e furacões fazem parte dos riscos cobertos. Obra de arte não é apenas um quadro ou escultura de um artista famoso; anti- guidades, prataria e objetos de estanho, jóias, tapetes antigos, livros raros, manus- critos e fotografias, moedas e medalhas entram no escopo de bens segurados. A apólice, geralmente, custa 2% do valor dos bens e conta com flexibilidade para se adequar à realidade e necessidade do colecionador, que pode ser discutida com um bom corretor de seguros. “A consultoria adequada para garantir a co- bertura de seguros para as obras de arte é um dos desafios desse mercado, que já é bem mais maduro em outros países. É preciso uma equipe especializada, com conhecimento técnico e rápido retorno”, opina a executiva. A evolução para esses investidores está em acompanhar o mercado lá fora. Midiã conta que em mercados como o dos EUA, que têm um produto chamado Art Plus para acervos de museus que atendem o pacote completo de seguros, o patrimônio, responsabilidade civil, D&O, crime, entre outros. Os seguros podem ser desenhados de acordo com a necessidade ou caracte- rística, cobrindo coleções particulares e corporativas através de uma apólice anual até exposições temporárias onde o seguro garante a cobertura chamada prego a prego incluindo a cobertura de RCTRC, de Seguro Transporte, que é obrigatória. De uma forma ou de outra, os corre- tores podem ter grande papel de destaque dentro desse nicho. A consultoria especia- lizada é importante em qualquer carteira, mas é mais fácil de ser percebida nesta por sua elevada necessidade de conhe- cimento dos pormenores que envolvem cada apólice e cada operação de crédito. Os corretores são responsáveis por levar soluções de prevenção e cobertura de risco enquanto investidores são completamente avessos a qualquer possibilidade de perdas em investimentos.