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Instituto Politécnico de Setúbal – Escola Superior de Educação



              A Língua Portuguesa e a sua inovação

       A língua não se trata apenas de uma tradição e rotina, mas também um espaço de
criatividade e inovação, que capacita os falantes/escreventes de uma língua para produzirem e
interpretarem novos enunciados. Toda esta inovação e criatividade permitiram a criação da
intertextualidade, ou seja, a reutilização de textos anteriores por novos textos por meio de
citações, alusões ou comentários.
       A língua tem acompanhado a evolução dos tempos, pois quando o homem pisou a lua
pela primeira vez, em 1969, o Português criou os termos alunar e alunagem. Actualmente, com
a informática é são formadas novas palavras ou expressões novas, como ciberespaço,
cibernauta, telemática, literacia digital, entre outras. Assim, podemos afirmar que a língua é
um sistema dinâmico, capaz de inovação e auto-regulação.
       Referenciando Ferdinand Sausure, um inovador nos estudos modernos da língua, o
funcionamento de uma língua pode ser comparada com um jogo de xadrez, em que os
jogadores têm a liberdade de planear, surpreender e revelar génio, na condição de tal
acontece dentro dos limites das regas estabelecidas, assim como um jogador não pode
quebrar as regras a seu bel-prazer, um falante também não as pode quebrar.
       Uma língua é encarada como um factor de comunicação entre indivíduos, portanto, nela
estão implícitos o domínio e o cumprimento de um conjunto de normas ou regras ou
gramáticas aceites pela comunidade dos falantes dessa mesma língua – competência
linguística. Assim sendo, ao não dominar essas exigências ou ultrapassar esses limites, o
falante fica impedido de estabelecer e manter uma comunicação.
       Na opinião de Jorge Sampaio, a “cidadania é a responsabilidade perante nós e perante
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participação, é sentido de comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é injusto ou
o que está mal, é vontade de aperfeiçoar, de servir, é espírito de inovação, de audácia, de
risco, é pensamento que age e acção que se pensa”. Assim, comunicar é exercer a cidadania,
pois tal capacidade (aceitando, discutindo, rejeitando e propondo) trata-se de um requisito
para o êxito individual e social, uma necessidade para o exercício da cidadania.




Fonte: NASCIMENTO, Zacarias et José Manuel de Castro Pinto. A DINÂMICA DA ESCRITA – como escrever com
êxito; Plátano Editora, Setembro 2003. ISBN: 972 – 770 – 132 – 9



Língua Portuguesa e TIC – Cátia Dias e Inês Tavares                                                1

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