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1
Guia para
Escolase
Universidades
sobre o aluno
com dislexia
e outros
transtornosde
aprendizagem
2
3
Introdução............................. 4
O que é a dislexia?............6
O ingresso na escola.......8
O ingresso nas
Universidades
e o vestibular....................10
Acomodações
a alunos disléxicos
fora do Brasil ................14
Sugestões de
facilitações para
disléxicos no Brasil...16
Conclusão..........................20
sumário
4
Com o poder de moldar e
educar as pessoas, as escolas de
ensino básico e instituições de
ensino superior (IES) possuem
caráter essencial como agentes
de mudança ao trabalhar
através da inclusão de todos
os perfis de alunos, o que gera
um ambiente acolhedor e de
igualdade. Apesar de muito se
falar na inclusão de pessoas
com deficiência (motora, visual
e mental), ainda é raro o debate
sobre a inclusão de pessoas com
transtornos de aprendizagem
no Brasil. Os transtornos de
aprendizagem se apresentam
como uma inabilidade específica,
de leitura, escrita ou matemática,
em indivíduos que apresentam
resultados significativamente
abaixo do esperado, nestas
atividades, para seu nível de
desenvolvimento, escolaridade e
capacidade intelectual.
Introdução
O Brasil passa por uma grande fase
de inclusão econômica, social e
educacional. Tal contexto nos leva
a uma reflexão sobre o papel de
grandes universidades e escolas
em uma sociedade que, cada vez
mais, busca a inclusão de todos.
[ ]
5
Existem diversos transtornos específicos de
aprendizagem, como:
a discalculia, que afeta a capacidade da pessoa em
compreender e manipular números;
a disgrafia, que compromete a habilidade para
escrever em termos de caligrafia;
a disortografia, que se mostra como uma
inabilidade persistente observada no
planejamento e na coerência textual, além de
grande dificuldade na memorização das regras
ortográficas.
Porém, o mais conhecido transtorno específico
de aprendizagem é a dislexia, que afeta as
capacidades de leitura, escrita e soletração.
Este documento tem como objetivo servir como um guia para escolas
e instituições de ensino superior, auxiliando durante todas as fases
da vida escolar na inclusão dos estudantes com dislexia e outros
transtornos de aprendizagem.
6
A dislexia é um transtorno de
leitura e escrita que pode afetar
também a percepção dos sons da
fala e se manifesta, inicialmente,
durante a fase de alfabetização. É
uma condição de aprendizagem
de base genética, ou seja, tem
natureza hereditária.
Existem vários genes envolvidos
nesta condição e pesquisadores
do mundo todo estão muito
próximos de identificar quais são
esses genes. A dislexia consta
da Classificação Internacional
de Doenças (CID), que descreve
suas características e sintomas.
Trata-se de um transtorno de
aprendizagem persistente e
inesperado. Persistente porque
acompanha o indivíduo ao longo
de sua vida e inesperado porque
o substancial prejuízo nas
habilidades de leitura e escrita
não é justificado por déficits
intelectuais ou sensoriais.
As dificuldades podem ser mini-
mizadas utilizando-se métodos
pedagógicos alternativos e
estratégias individualizadas,
que se adaptam ao perfil de
aprendizagem e necessidades de
cada pessoa.
o que é a
DISLEXIA?
7
Ao ser identificada a dificuldade
para o aprendizado da leitura
e da escrita, após a verificação
de que este aluno frequentou
regularmente e em idade
adequada o ensino regular e,
diferentemente de seu grupo,
não respondeu às instruções/
intervenções educacionais, a
pessoa está no grupo de risco
e deve ser encaminhada para
a avaliação de uma equipe
multidisciplinar composta, em
geral, por um neuropediatra,
um fonoaudiólogo, um
psicopedagogo e um psicólogo,
que farão as avaliações. São
aplicadas provas e testes para
avaliar o nível de leitura, o
vocabulário e as habilidades
neuropsicológicas específicas,
como memória, atenção e
velocidade de processamento.
Estima-se que 4% da
população brasileira
tenha dislexia.
Portanto, são mais de
7 milhões de pessoas
convivendo com o
problema.
”
“
Como é feito o
diagnóstico?
8
Uma vez diagnosticado o
transtorno de aprendizagem, a
escola deve fazer uma reunião
inicial com os pais e com o
aluno para juntos discutirem
qual é a melhor estratégia para
o caso e quais adaptações
deverão ser feitas. Lembramos
que a capacidade cognitiva de
quem tem dislexia, ou outro
transtorno de aprendizagem, não
é afetada, porém há métodos
pedagógicos que podem auxiliar
na aprendizagem dos estudantes
e, muitas vezes, o próprio aluno
já identificou estratégias próprias
para lidar com as demandas
diárias, que também devem ser
consideradas.
Avaliações, provas
e acompanhamento
na escola
Não há cura para os transtornos
de aprendizagem, mas sim
tratamento. Isso significa que as
pessoas com dislexia deverão
enfrentar continuamente os
desafios impostos por essa
condição. Na vida acadêmica,
área de grande impacto desses
transtornos, é papel fundamental
que a escola auxilie seus alunos
disléxicos a desenvolver ao
máximo seu potencial. Durante
os períodos de avaliação escolar,
recomendamos as seguintes
adaptações:
O ingresso
naescola
9
Além das adaptações nas avalia-
ções, é necessário um monitora-
mento contínuo do psicólogo ou
psicopedagogo da escola e do
especialista da saúde que acom-
panha o estudante fora da escola.
É usual que profissionais da edu-
cação e da saúde que conhecem
e acompanham o disléxico man-
a) Ledor - Profissional que, se necessário, pode ler questões de provas
para o aluno.
b) Transcritor – Profissional que auxilie, se necessário, a transcrever a
redação e as questões discursivas.
c) Maior tempo de prova – Recomendamos que os estudantes com
transtornos de aprendizagem tenham, ao menos, 25% a mais de
tempo para realização da prova.
d) Calculadora ou Computador – Para pessoas com discalculia é
importante o uso de ferramentas de calcular como apoio nas provas,
pois o que deve ser valorizado é o raciocínio envolvido na solução e
não as operações matemáticas.
e) Maneiras alternativas de avaliações - Prova oral, trabalhos em
grupo, seminários e etc.
f) Correção diferenciada - A ênfase da correção das provas dos
disléxicos deve privilegiar o conteúdo e seu desenvolvimento
argumentativo, sendo o quesito referente aos erros ortográficos o
último a ser observado.
tenham contato, com o intuito de
compartilhar informações e tro-
car experiências que favoreçam e
viabilizem o desenvolvimento de
estratégias individualizadas, bem
como a realização/orientação
de adaptações que permitam ao
disléxico desenvolver adequada-
mente suas competências.
10
O atendimento diferenciado em
provas de seleção é um direito de
todas as pessoas com deficiên-
cia. De acordo com o Decreto nº
5.296/2004, todos têm direito a
instrumentos, equipamentos ou
tecnologias adaptados para favo-
recer sua autonomia. Além disso,
o Decreto nº 3.298/99 (BRASIL,
1999) descreve especificamen-
te as adaptações que devem ser
oferecidas pelo ensino superior,
ou seja, é uma obrigação para as
IES abrigar e auxiliar a todos que
tenham necessidades específicas.
Apesar de não entrar na categoria
de deficiência, desde 2012, provas
como o Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM) vêm adotando me-
didas de atendimento diferencia-
do para estudantes com dislexia.
Assim, recomendamos que logo
na inscrição do vestibular, o can-
didato possa identificar-se como
disléxico e tenha a disposição as
seguintes adaptações:
O ingresso nas
Universidades
e o vestibular
a) Ledor – Profissional que lê em
voz alta para o vestibulando.
b) Transcritor – Profissional que
auxilie a transcrever a redação, as
questões discursivas e o gabarito.
c) Maior tempo de prova –
Recomendamosqueosestudantes
com transtornos de aprendizagem
tenham, ao menos, 25% a mais de
tempo para realização da prova.
11
O acesso aos itens descritos acima
devem auxiliar os estudantes com
transtornos de aprendizagem
e irá equipará-los aos demais
concorrentes, deixando todos
com as mesmas chances de
acesso à universidade.
Apesar de persistente, a dislexia
é uma condição que pode
ser minimizada por meio de
intervenções específicas e
adequadas a cada caso. É sabido
que os disléxicos que chegam
ao ensino superior apresentam
condições de se desenvolver
se tiverem conhecimento das
limitações de seu quadro e se
forem encorajados a seguir em
suas realizações.
Assim, as instituições de
ensino superior devem criar
condições para o cumprimento
das conquistas, asseguradas
por direitos legais, bem como
disponibilidade para permitir
que esses futuros alunos se
apropriem das ferramentas,
estratégias e adaptações para
iniciar, permanecer e finalizar
a graduação em igualdade
de condições com os demais
universitários.
Avaliações, provas e
acompanhamento
nas Universidades.
12
Além das adaptações citadas acima, outras ações norteadoras são
também eficientes, tais como:
a) Auxílio de calculadora ou computador – Para
pessoas com discalculia, é importante o uso de
ferramentas de calcular como apoio nas provas, pois
o que deve ser valorizado é o raciocínio envolvido na
solução e não as operações matemáticas utilizadas.
b) Maneiras alternativas de avaliações – Prova oral,
trabalhos em grupo, seminários e etc.
Essasaçõesnorteadorasdestacam
a evolução no entendimento e
atendimento às pessoas com
dislexia e outros transtornos de
aprendizagem no ensino superior,
mostrando que não basta atender
a esses jovens apenas no acesso
às universidades, mas também
prover ferramentas, espaços e
currículos adaptados de forma
a permitir sua permanência e
efetiva participação acadêmica.
[ ]
13
A dislexia e os demais transtornos
de aprendizagem não são
devidamente conhecidos por
professores do ensino básico e/
ou professores universitários,
causando dificuldades nas
relações entre eles e seus alunos.
Muitos professores não imaginam
que um aluno possa ser disléxico
ou sofrer com outro transtorno
de aprendizagem, já que alguns
chegam ao ensino superior sem
serem diagnosticados.
Assim, é importante que o
professor fique atento aos
seguintes sinais:
Se o professor perceber que tais
sinais são persistentes e estão
prejudicando o desenvolvimento
do aluno, recomendamos que
seja marcada uma conversa entre
professor, aluno e responsáveis
para que juntos decidam a melhor
maneira de lidar com o caso.
Quando o aluno chega ao ensino
superior sem o diagnóstico
a) Leitura pouco fluente
b) Erros ortográficos
c) Pobreza de vocabulário
d) Dificuldades em cálculos simples
14
Acomodações a
alunos disléxicos
foradoBrasil
Em países como Estados Unidos,
Canadá e Inglaterra, cada univer-
sidade tem autonomia para criar
as acomodações que possam
atender alunos com diferentes
tipos de deficiência e/ou trans-
torno.
É importante lembrar que nos
EUA e Canadá a dislexia é consi-
a) Verificar com o departamento de admissões ou com o Núcleo
de Apoio aos Alunos qual é a documentação necessária para que a
universidade aceite seus pedidos de acomodações.
b) Apresentar o laudo diagnóstico, seu histórico de
acompanhamento e a sua última avaliação feita por um especialista
em leitura ou da saúde.
derada uma deficiência (learning
disability), mas no Brasil não.
Nas universidades americanas e
europeias, o aluno pode pedir
acomodações para sua vida aca-
dêmica, porém este deve entrar
em contato com o departamento
responsável e submeter sua ins-
crição para ter acesso a benefícios.
Por exemplo, para entrar com o pedido para as acomodações na
Universidade de Oxford (Inglaterra) o aluno deve:
15
Uma vez admitido o pedido do aluno, este deve entrar em contato
com o Escritório de Serviços de Deficiência, ou Núcleo de Apoio ao
Aluno, para discutir as acomodações necessárias. Dentre os pedidos
solicitados, o aluno pode ter acesso a:
a) Tecnologia assistiva nas bibliotecas e sala de estudos (ex.:
computador com função text-to-speech);
b) Livros didáticos em formatos alternativos;
c) Permissão para fazer testes em um ambiente separado;
d) Tempo extra para completar todos os trabalhos escritos e
provas;
e) Ledor e/ou transcritor;
f) Instruções orais para provas e trabalhos;
g) Gravador para assistir aulas;
h) Substituições de matérias.
16
Outras Universidades, como
Harvard (EUA), além de oferecer
todas as facilitações necessárias
para os alunos com transtornos
de aprendizagem, também
dispõem de treinamento para
ajudar os professores a lidar com
esses problemas em sala de aula.
Sugestões de facilitações para
disléxicos no Brasil
De forma geral, as facilitações
podem ser classificadas em 5
categorias:
De forma geral, as instituições de
ensino superior têm o direito de
recusar algumas facilitações. Isso
ocorre principalmente no caso
de substituições de matérias,
pois pode alterar radicalmente
o conteúdo acadêmico da
graduação (ex.: dispensa de uma
língua estrangeira). No entanto,
a maioria das faculdades e
universidades se mostra disposta
a trabalhar com o aluno disléxico
fazendo com que ele desenvolva
todo o seu potencial.
Sugestões de
facilitações para
disléxicosnoBrasil
17
1.Tempo;
2.Desenvolvimento das tarefas;
3.Contexto; 4.Respostas;
5.Apresentação do conteúdo.
1. Tempo: facilitações relaciona-das ao tempo podem incluir
várias flexibilizações. Exemplo:
a) Permitir mais tempo nas avaliações;
b) Permitir mais tempo nas atividades em classe (que
envolvam a dificuldade em questão);
c) Permitir mais tempo para entrega de trabalhos (que
envolvam a dificuldade em questão);
d) Permitir intervalos frequentes (em atividades específicas ou
em avaliações);
e) Permitir mais tempo no empréstimo de livros da biblioteca
{ }
18
3. Contexto: refere-se a modificações no ambiente do aluno.
Exemplo:
a) Fazer prova em uma sala a parte ou em um grupo
pequeno;
b) Sugerir assento preferencial;
c) Diminuir estímulos distratores visuais ou auditivos;
d) Incentivar uso de agendas e outros tipos de registros.
2. Desenvolvimento das atividades: inclui alterações na
forma como as atividades são desenvolvidas. Exemplo:
a) Permitir que o aluno grave a aula em áudio ou em vídeo
(para dificuldades de atenção, memória ou compreensão);
b) Oferecer algum tipo de organizador da informação
durante a aula (esquema impresso, por exemplo);
c) Permitir uso de calculadora;
d) Evitar atividades de cópia da lousa. Se necessário: dividir
o quadro em partes, numerá-los, usar cores diferentes nas
linhas ou parágrafos;
e) Fornecer feedback constante e sempre promover a
autoestima dos alunos.
19
4. Respostas: flexibilizar a forma do aluno responder ao que
é solicitado. Exemplo:
a) Permitir respostas orais ou de outro tipo, sem que seja
necessário o uso da escrita cursiva;
b) Disponibilizar um ‘escriba’ para escrever as questões
ditadas pelo aluno;
c) Permitir gravador para gravar as respostas orais do aluno;
d) Permitir uso de computador com corretor ortográfico;
e) Permitir cálculos mentais ao invés de escritos;
f) Oferecer espaço quadriculado, ao invés de espaço em
branco, para resolução de problemas que envolvam
cálculos;
g) Oferecer linhas mais espaçadas;
h) Evitar desencorajar diferentes formas de solução de
problemas.
5. Apresentação do conteúdo:
a) Apresentar o material aos alunos de uma forma diferente da
tradicional;
b) Incluir mudanças de forma e de organização do conteúdo..
20
5.1. Exemplos de mudanças de forma:
a) Fornecer livros falados ou vídeos;
b) Apresentar instruções oralmente;
c) Apresentar o material com letras maiores;
d) Diminuir o número de itens por página ou por linha;
e) Usar indicadores visuais, como desenhos, esquemas, cores
diferentes.
5.2. Exemplos de mudanças de organização do conteúdo:
a) Apresentar novas ideias ou conceitos explicitamente;
b) Fornecer sumário do novo tópico antes de iniciar a matéria
(pode ser na aula anterior, para os alunos lerem em casa);
c) Deixar claro quais são os objetivos e alvos de cada capítulo
da matéria: informação essencial e complementar;
d)Ao final, fornecer sumário das informações principais;
e) Listar os fatos principais de um conteúdo e numerá-los;
f) Durante as aulas e nas avaliações: evitar frases
demasiadamente longas (faladas e escritas);
g) Dar instruções passo a passo;
h) Quebrar tarefas em partes menores;
i) Incentivar revisões frequentes do conteúdo, pois dificul-
dades na memorização são comuns;
j) Buscar ensino multissensorial e variedade dos formatos das
atividades: ouvir, ver (texto, figuras, desenhos, diagramas),
fazer (texto, diagrama, esquemas, cartões), conversar com
colegas, realizar apresentações orais.
21
Crianças e jovens disléxicos podem esconder grandes
potenciais. Não são raros os casos de grandes nomes
ligados aos transtornos de aprendizagem. Entre os
casos mais conhecidos, temos figuras históricas como
Thomas Edison, Albert Einstein, atores de Hollywood
como Orlando Bloom, Tom Hanks e também grandes
empresários como Richard Branson e Charles Schwab.
Assim, pessoas com transtornos de aprendizagem
precisam de apoio e facilitações adequadas, pois elas
podem ter uma vida acadêmica normal se as escolas e
instituições de ensino superior auxiliarem de maneira
adequada, criando condições para abrigar e acomodar
tais alunos da melhor maneira possível, gerando um
retorno para toda a sociedade.
Este documento é de propriedade intelectual do Instituto ABCD e fica proibida
sua utilização ou propagação sem expressa autorização.
Expediente:Texto:EquipeTécnica-PedagógicadoInstitutoABCD;Diagramação:
Virgínia Pereira e Euclides Santos; Revisão Técnica: Profa. Taís Ciboto; Apoio
Técnico: Profa. Karina Tomelin e Profa. Cintia Sanchez – NADD. Contatos:
InstitutoABCD:contato@institutoabcd.org.br; NADD:nadd@fiamfaam.br
Conclusão
22
Anotações
23
Anotações
24

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Almanaque-transtornos aprendizado-novo

  • 1. 1 Guia para Escolase Universidades sobre o aluno com dislexia e outros transtornosde aprendizagem
  • 2. 2
  • 3. 3 Introdução............................. 4 O que é a dislexia?............6 O ingresso na escola.......8 O ingresso nas Universidades e o vestibular....................10 Acomodações a alunos disléxicos fora do Brasil ................14 Sugestões de facilitações para disléxicos no Brasil...16 Conclusão..........................20 sumário
  • 4. 4 Com o poder de moldar e educar as pessoas, as escolas de ensino básico e instituições de ensino superior (IES) possuem caráter essencial como agentes de mudança ao trabalhar através da inclusão de todos os perfis de alunos, o que gera um ambiente acolhedor e de igualdade. Apesar de muito se falar na inclusão de pessoas com deficiência (motora, visual e mental), ainda é raro o debate sobre a inclusão de pessoas com transtornos de aprendizagem no Brasil. Os transtornos de aprendizagem se apresentam como uma inabilidade específica, de leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado, nestas atividades, para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual. Introdução O Brasil passa por uma grande fase de inclusão econômica, social e educacional. Tal contexto nos leva a uma reflexão sobre o papel de grandes universidades e escolas em uma sociedade que, cada vez mais, busca a inclusão de todos. [ ]
  • 5. 5 Existem diversos transtornos específicos de aprendizagem, como: a discalculia, que afeta a capacidade da pessoa em compreender e manipular números; a disgrafia, que compromete a habilidade para escrever em termos de caligrafia; a disortografia, que se mostra como uma inabilidade persistente observada no planejamento e na coerência textual, além de grande dificuldade na memorização das regras ortográficas. Porém, o mais conhecido transtorno específico de aprendizagem é a dislexia, que afeta as capacidades de leitura, escrita e soletração. Este documento tem como objetivo servir como um guia para escolas e instituições de ensino superior, auxiliando durante todas as fases da vida escolar na inclusão dos estudantes com dislexia e outros transtornos de aprendizagem.
  • 6. 6 A dislexia é um transtorno de leitura e escrita que pode afetar também a percepção dos sons da fala e se manifesta, inicialmente, durante a fase de alfabetização. É uma condição de aprendizagem de base genética, ou seja, tem natureza hereditária. Existem vários genes envolvidos nesta condição e pesquisadores do mundo todo estão muito próximos de identificar quais são esses genes. A dislexia consta da Classificação Internacional de Doenças (CID), que descreve suas características e sintomas. Trata-se de um transtorno de aprendizagem persistente e inesperado. Persistente porque acompanha o indivíduo ao longo de sua vida e inesperado porque o substancial prejuízo nas habilidades de leitura e escrita não é justificado por déficits intelectuais ou sensoriais. As dificuldades podem ser mini- mizadas utilizando-se métodos pedagógicos alternativos e estratégias individualizadas, que se adaptam ao perfil de aprendizagem e necessidades de cada pessoa. o que é a DISLEXIA?
  • 7. 7 Ao ser identificada a dificuldade para o aprendizado da leitura e da escrita, após a verificação de que este aluno frequentou regularmente e em idade adequada o ensino regular e, diferentemente de seu grupo, não respondeu às instruções/ intervenções educacionais, a pessoa está no grupo de risco e deve ser encaminhada para a avaliação de uma equipe multidisciplinar composta, em geral, por um neuropediatra, um fonoaudiólogo, um psicopedagogo e um psicólogo, que farão as avaliações. São aplicadas provas e testes para avaliar o nível de leitura, o vocabulário e as habilidades neuropsicológicas específicas, como memória, atenção e velocidade de processamento. Estima-se que 4% da população brasileira tenha dislexia. Portanto, são mais de 7 milhões de pessoas convivendo com o problema. ” “ Como é feito o diagnóstico?
  • 8. 8 Uma vez diagnosticado o transtorno de aprendizagem, a escola deve fazer uma reunião inicial com os pais e com o aluno para juntos discutirem qual é a melhor estratégia para o caso e quais adaptações deverão ser feitas. Lembramos que a capacidade cognitiva de quem tem dislexia, ou outro transtorno de aprendizagem, não é afetada, porém há métodos pedagógicos que podem auxiliar na aprendizagem dos estudantes e, muitas vezes, o próprio aluno já identificou estratégias próprias para lidar com as demandas diárias, que também devem ser consideradas. Avaliações, provas e acompanhamento na escola Não há cura para os transtornos de aprendizagem, mas sim tratamento. Isso significa que as pessoas com dislexia deverão enfrentar continuamente os desafios impostos por essa condição. Na vida acadêmica, área de grande impacto desses transtornos, é papel fundamental que a escola auxilie seus alunos disléxicos a desenvolver ao máximo seu potencial. Durante os períodos de avaliação escolar, recomendamos as seguintes adaptações: O ingresso naescola
  • 9. 9 Além das adaptações nas avalia- ções, é necessário um monitora- mento contínuo do psicólogo ou psicopedagogo da escola e do especialista da saúde que acom- panha o estudante fora da escola. É usual que profissionais da edu- cação e da saúde que conhecem e acompanham o disléxico man- a) Ledor - Profissional que, se necessário, pode ler questões de provas para o aluno. b) Transcritor – Profissional que auxilie, se necessário, a transcrever a redação e as questões discursivas. c) Maior tempo de prova – Recomendamos que os estudantes com transtornos de aprendizagem tenham, ao menos, 25% a mais de tempo para realização da prova. d) Calculadora ou Computador – Para pessoas com discalculia é importante o uso de ferramentas de calcular como apoio nas provas, pois o que deve ser valorizado é o raciocínio envolvido na solução e não as operações matemáticas. e) Maneiras alternativas de avaliações - Prova oral, trabalhos em grupo, seminários e etc. f) Correção diferenciada - A ênfase da correção das provas dos disléxicos deve privilegiar o conteúdo e seu desenvolvimento argumentativo, sendo o quesito referente aos erros ortográficos o último a ser observado. tenham contato, com o intuito de compartilhar informações e tro- car experiências que favoreçam e viabilizem o desenvolvimento de estratégias individualizadas, bem como a realização/orientação de adaptações que permitam ao disléxico desenvolver adequada- mente suas competências.
  • 10. 10 O atendimento diferenciado em provas de seleção é um direito de todas as pessoas com deficiên- cia. De acordo com o Decreto nº 5.296/2004, todos têm direito a instrumentos, equipamentos ou tecnologias adaptados para favo- recer sua autonomia. Além disso, o Decreto nº 3.298/99 (BRASIL, 1999) descreve especificamen- te as adaptações que devem ser oferecidas pelo ensino superior, ou seja, é uma obrigação para as IES abrigar e auxiliar a todos que tenham necessidades específicas. Apesar de não entrar na categoria de deficiência, desde 2012, provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) vêm adotando me- didas de atendimento diferencia- do para estudantes com dislexia. Assim, recomendamos que logo na inscrição do vestibular, o can- didato possa identificar-se como disléxico e tenha a disposição as seguintes adaptações: O ingresso nas Universidades e o vestibular a) Ledor – Profissional que lê em voz alta para o vestibulando. b) Transcritor – Profissional que auxilie a transcrever a redação, as questões discursivas e o gabarito. c) Maior tempo de prova – Recomendamosqueosestudantes com transtornos de aprendizagem tenham, ao menos, 25% a mais de tempo para realização da prova.
  • 11. 11 O acesso aos itens descritos acima devem auxiliar os estudantes com transtornos de aprendizagem e irá equipará-los aos demais concorrentes, deixando todos com as mesmas chances de acesso à universidade. Apesar de persistente, a dislexia é uma condição que pode ser minimizada por meio de intervenções específicas e adequadas a cada caso. É sabido que os disléxicos que chegam ao ensino superior apresentam condições de se desenvolver se tiverem conhecimento das limitações de seu quadro e se forem encorajados a seguir em suas realizações. Assim, as instituições de ensino superior devem criar condições para o cumprimento das conquistas, asseguradas por direitos legais, bem como disponibilidade para permitir que esses futuros alunos se apropriem das ferramentas, estratégias e adaptações para iniciar, permanecer e finalizar a graduação em igualdade de condições com os demais universitários. Avaliações, provas e acompanhamento nas Universidades.
  • 12. 12 Além das adaptações citadas acima, outras ações norteadoras são também eficientes, tais como: a) Auxílio de calculadora ou computador – Para pessoas com discalculia, é importante o uso de ferramentas de calcular como apoio nas provas, pois o que deve ser valorizado é o raciocínio envolvido na solução e não as operações matemáticas utilizadas. b) Maneiras alternativas de avaliações – Prova oral, trabalhos em grupo, seminários e etc. Essasaçõesnorteadorasdestacam a evolução no entendimento e atendimento às pessoas com dislexia e outros transtornos de aprendizagem no ensino superior, mostrando que não basta atender a esses jovens apenas no acesso às universidades, mas também prover ferramentas, espaços e currículos adaptados de forma a permitir sua permanência e efetiva participação acadêmica. [ ]
  • 13. 13 A dislexia e os demais transtornos de aprendizagem não são devidamente conhecidos por professores do ensino básico e/ ou professores universitários, causando dificuldades nas relações entre eles e seus alunos. Muitos professores não imaginam que um aluno possa ser disléxico ou sofrer com outro transtorno de aprendizagem, já que alguns chegam ao ensino superior sem serem diagnosticados. Assim, é importante que o professor fique atento aos seguintes sinais: Se o professor perceber que tais sinais são persistentes e estão prejudicando o desenvolvimento do aluno, recomendamos que seja marcada uma conversa entre professor, aluno e responsáveis para que juntos decidam a melhor maneira de lidar com o caso. Quando o aluno chega ao ensino superior sem o diagnóstico a) Leitura pouco fluente b) Erros ortográficos c) Pobreza de vocabulário d) Dificuldades em cálculos simples
  • 14. 14 Acomodações a alunos disléxicos foradoBrasil Em países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, cada univer- sidade tem autonomia para criar as acomodações que possam atender alunos com diferentes tipos de deficiência e/ou trans- torno. É importante lembrar que nos EUA e Canadá a dislexia é consi- a) Verificar com o departamento de admissões ou com o Núcleo de Apoio aos Alunos qual é a documentação necessária para que a universidade aceite seus pedidos de acomodações. b) Apresentar o laudo diagnóstico, seu histórico de acompanhamento e a sua última avaliação feita por um especialista em leitura ou da saúde. derada uma deficiência (learning disability), mas no Brasil não. Nas universidades americanas e europeias, o aluno pode pedir acomodações para sua vida aca- dêmica, porém este deve entrar em contato com o departamento responsável e submeter sua ins- crição para ter acesso a benefícios. Por exemplo, para entrar com o pedido para as acomodações na Universidade de Oxford (Inglaterra) o aluno deve:
  • 15. 15 Uma vez admitido o pedido do aluno, este deve entrar em contato com o Escritório de Serviços de Deficiência, ou Núcleo de Apoio ao Aluno, para discutir as acomodações necessárias. Dentre os pedidos solicitados, o aluno pode ter acesso a: a) Tecnologia assistiva nas bibliotecas e sala de estudos (ex.: computador com função text-to-speech); b) Livros didáticos em formatos alternativos; c) Permissão para fazer testes em um ambiente separado; d) Tempo extra para completar todos os trabalhos escritos e provas; e) Ledor e/ou transcritor; f) Instruções orais para provas e trabalhos; g) Gravador para assistir aulas; h) Substituições de matérias.
  • 16. 16 Outras Universidades, como Harvard (EUA), além de oferecer todas as facilitações necessárias para os alunos com transtornos de aprendizagem, também dispõem de treinamento para ajudar os professores a lidar com esses problemas em sala de aula. Sugestões de facilitações para disléxicos no Brasil De forma geral, as facilitações podem ser classificadas em 5 categorias: De forma geral, as instituições de ensino superior têm o direito de recusar algumas facilitações. Isso ocorre principalmente no caso de substituições de matérias, pois pode alterar radicalmente o conteúdo acadêmico da graduação (ex.: dispensa de uma língua estrangeira). No entanto, a maioria das faculdades e universidades se mostra disposta a trabalhar com o aluno disléxico fazendo com que ele desenvolva todo o seu potencial. Sugestões de facilitações para disléxicosnoBrasil
  • 17. 17 1.Tempo; 2.Desenvolvimento das tarefas; 3.Contexto; 4.Respostas; 5.Apresentação do conteúdo. 1. Tempo: facilitações relaciona-das ao tempo podem incluir várias flexibilizações. Exemplo: a) Permitir mais tempo nas avaliações; b) Permitir mais tempo nas atividades em classe (que envolvam a dificuldade em questão); c) Permitir mais tempo para entrega de trabalhos (que envolvam a dificuldade em questão); d) Permitir intervalos frequentes (em atividades específicas ou em avaliações); e) Permitir mais tempo no empréstimo de livros da biblioteca { }
  • 18. 18 3. Contexto: refere-se a modificações no ambiente do aluno. Exemplo: a) Fazer prova em uma sala a parte ou em um grupo pequeno; b) Sugerir assento preferencial; c) Diminuir estímulos distratores visuais ou auditivos; d) Incentivar uso de agendas e outros tipos de registros. 2. Desenvolvimento das atividades: inclui alterações na forma como as atividades são desenvolvidas. Exemplo: a) Permitir que o aluno grave a aula em áudio ou em vídeo (para dificuldades de atenção, memória ou compreensão); b) Oferecer algum tipo de organizador da informação durante a aula (esquema impresso, por exemplo); c) Permitir uso de calculadora; d) Evitar atividades de cópia da lousa. Se necessário: dividir o quadro em partes, numerá-los, usar cores diferentes nas linhas ou parágrafos; e) Fornecer feedback constante e sempre promover a autoestima dos alunos.
  • 19. 19 4. Respostas: flexibilizar a forma do aluno responder ao que é solicitado. Exemplo: a) Permitir respostas orais ou de outro tipo, sem que seja necessário o uso da escrita cursiva; b) Disponibilizar um ‘escriba’ para escrever as questões ditadas pelo aluno; c) Permitir gravador para gravar as respostas orais do aluno; d) Permitir uso de computador com corretor ortográfico; e) Permitir cálculos mentais ao invés de escritos; f) Oferecer espaço quadriculado, ao invés de espaço em branco, para resolução de problemas que envolvam cálculos; g) Oferecer linhas mais espaçadas; h) Evitar desencorajar diferentes formas de solução de problemas. 5. Apresentação do conteúdo: a) Apresentar o material aos alunos de uma forma diferente da tradicional; b) Incluir mudanças de forma e de organização do conteúdo..
  • 20. 20 5.1. Exemplos de mudanças de forma: a) Fornecer livros falados ou vídeos; b) Apresentar instruções oralmente; c) Apresentar o material com letras maiores; d) Diminuir o número de itens por página ou por linha; e) Usar indicadores visuais, como desenhos, esquemas, cores diferentes. 5.2. Exemplos de mudanças de organização do conteúdo: a) Apresentar novas ideias ou conceitos explicitamente; b) Fornecer sumário do novo tópico antes de iniciar a matéria (pode ser na aula anterior, para os alunos lerem em casa); c) Deixar claro quais são os objetivos e alvos de cada capítulo da matéria: informação essencial e complementar; d)Ao final, fornecer sumário das informações principais; e) Listar os fatos principais de um conteúdo e numerá-los; f) Durante as aulas e nas avaliações: evitar frases demasiadamente longas (faladas e escritas); g) Dar instruções passo a passo; h) Quebrar tarefas em partes menores; i) Incentivar revisões frequentes do conteúdo, pois dificul- dades na memorização são comuns; j) Buscar ensino multissensorial e variedade dos formatos das atividades: ouvir, ver (texto, figuras, desenhos, diagramas), fazer (texto, diagrama, esquemas, cartões), conversar com colegas, realizar apresentações orais.
  • 21. 21 Crianças e jovens disléxicos podem esconder grandes potenciais. Não são raros os casos de grandes nomes ligados aos transtornos de aprendizagem. Entre os casos mais conhecidos, temos figuras históricas como Thomas Edison, Albert Einstein, atores de Hollywood como Orlando Bloom, Tom Hanks e também grandes empresários como Richard Branson e Charles Schwab. Assim, pessoas com transtornos de aprendizagem precisam de apoio e facilitações adequadas, pois elas podem ter uma vida acadêmica normal se as escolas e instituições de ensino superior auxiliarem de maneira adequada, criando condições para abrigar e acomodar tais alunos da melhor maneira possível, gerando um retorno para toda a sociedade. Este documento é de propriedade intelectual do Instituto ABCD e fica proibida sua utilização ou propagação sem expressa autorização. Expediente:Texto:EquipeTécnica-PedagógicadoInstitutoABCD;Diagramação: Virgínia Pereira e Euclides Santos; Revisão Técnica: Profa. Taís Ciboto; Apoio Técnico: Profa. Karina Tomelin e Profa. Cintia Sanchez – NADD. Contatos: InstitutoABCD:contato@institutoabcd.org.br; NADD:nadd@fiamfaam.br Conclusão
  • 24. 24