O documento discute o uso das novas tecnologias da informação e comunicação (NTCI) no ensino da Geografia. Ele explica que as NTCI podem ajudar os professores a dinamizar as aulas por meio de ferramentas como sistemas de informação geográfica e imagens de satélite. No entanto, é necessária formação adequada dos professores para que eles possam utilizar corretamente essas tecnologias e torná-las produtivas no processo de ensino-aprendizagem.
O USO DAS NTCI (SIG) NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA.
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1. INTRODUÇÃO
A possibilidade de integração das tecnologias à educação requer do docente
uma nova postura que levará o mesmo a rever sua prática em sala de aula,
adequando os vários meios de informação à metodologia utilizada. Requer dos
profissionais novas competências e atitudes para criar e recriar estratégias e
situações de aprendizagem tornando-se significativas para o aluno. Neste
sentido, surge um profundo questionamento a respeito do aprender a integrar
as Novas Tecnologias de forma a promover mudanças no modo de ensinar, de
aprender e de enxergar os jovens e crianças dessa geração. Sabemos que os
métodos tradicionais ainda são bastante visíveis no ensino da Geografia,
observou-se que o uso das novas tecnologias nas aulas de Geografia teve uma
grande importância no processo de ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que
equipamentos tecnológicos não implicam por si só em aulas mais produtivas e
melhores, esses recursos são ferramentas que só serão bem utilizadas e
produtivas se os professores tiverem preparados, ou seja, o docente deve
conhecer e estudar as suas possibilidades de inovação. Objetiva-se então,
analisar como as tecnologias podem ajudar o professor nas aulas de Geografia
do Ensino Fundamental, sendo uma ferramenta a mais para dinamizar a
educação.
Na área da Geografia já existe uma diversidade de recursos tecnológicos, um
exemplo, as aulas de localização do espaço utilizadas no laboratório de
informática com todos os computadores conectados ao programa, Google
Maps e o Google Earth, onde em tempo real visualizamos por meio de imagens
de satélite e outras formas de mapas a nossa escola, e a partir deste ponto
mapeamos as residências de cada aluno como também o percurso que ele faz
de casa para escola. Tais recursos proporcionam aos alunos melhor percepção
sobre o mundo e uma proximidade maior e mais ampla do objeto estudado.
(ano, 2015)
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TEMA: O USO DAS NTCI (SIG) NO PROCESSO DE ENSINO –
APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA.
OBJECTIVO GERAL:
Explicar o uso das NTCI no ensino da Geografia.
Analisar como as Novas Tecnologias podem ajudar o professor nas
aulas, sendo uma ferramenta a mais para dinamizar a educação
geografica.
Procurar quais as inovações tecnológicas mais acessíveis aos
professores na escola.
ESPECÍFICOS:
Compreender o uso das NTCI no ensino da Geografia.
Verificar como estão sendo usadas as Novas Tecnologias nas aulas de
Geografia e sua aceitação.
Valorizar a Importância das NTCI no ensino da Geografia.
De todos os elementos observados, levantou-se o seguinte problema
científico:
PROBLEMA: QUE RAZÕES ESTÃO NA BASE DA INSUFICIÊNCIA DO USO
DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA GEOGRAFIA NOS
PROFESSORES da 5ª e 6ª classe DA ESCOLA PRIMÁRIA Nº 166 MUNDA
PAIVA Huambo Angola?
OBJECTO DE ESTUDO: O ENSINO E APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA
ACTRAVÉS DAS NTCI NA 5ª E 6ª CLASSES DA ESCOLA PRIMÁRIA Nº 166
DA MUNDA PAIVA, HUAMBO, ANGOLA.
CAMPO DE ACÇÃO: ESCOLA PRIMÁRIA Nº 166 DA MUNDA PAIVA,
HUAMBO,ANGOLA.
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1.1. METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
A metodologia utilizada para a execução deste trabalho, considerou as
seguintes informações a ter em conta:
Análise e recolha de dados.
Consulta bibliográfica.
Entrevistas, observação
Métodos teóricos: Indutivo-dedutivo.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
2.1. O USO DAS NTCI (SIG) NO PROCESSO DE ENSINO –
APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA.
O uso das NTCI (SIG) no processo de ensino – aprendizagem da
Geografia, foi pensado como uma resposta a necessidade de contar
com conhecimentos actualizados a nível das Instituições escolares e
concomitantemente aos alunos que transitam de uma classe para outra.
Com o fim de:
Melhorar a qualidade do ensino,
Adequá-los ao contexto ou a nova era, era da globalização pois, as
escolas requerem contar com:
Professores habilitados em alcançar a aprendizagem dos alunos e
fomentar a construção de novos conhecimentos; dispostos a aplicar
diferentes métodos e técnicas, bem como instrumentos para granjear
resultados de aprendizagens excelentes; comprometidos a desenvolver
as competências e talentos de cada um dos estudantes.(Wayengo,
2014).
A aprendizagem de Geografia está relacionada a actividade de ensinar, mas
vale salientar que o ensino ainda está preso a traços que caracterizam a
metodologia tradicional, a mera transmissão de conhecimentos que passam
dos livros para os alunos. Partindo da concepção de que é sustentável
promover mudanças nas práticas pedagógicas tradicionais introduzindo
métodos modernos, principalmente quando se trata do conhecimento
geográfico que é construído de maneira de uma diversidade de conceitos
dentre eles o de paisagem, lugar, território e territorialidade, escala,
globalização, técnicas e redes. Conectar o ensino de Geografia da escola com
a realidade dos alunos através das NTCI é um caminho a seguir, usar aquilo
que chama mais a atenção do aluno, ou seja, o que de melhor eles dominam a
favor da aprendizagem foi uma das alternativas para o ensino de Geografia,
assim as aulas ficaram mais atraentes, o uso dos meios tecnológicos melhorou
muito tanto as aulas quanto a aprendizagem significativa e qualitativa dos
alunos.
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Percebemos a necessidade e as dificuldades encontradas pelos professores e
alunos que muitas vezes têm certo medo de manusear o computador ou o data
show.
Para alguns, a tecnologia educacional pode ser pensada para facilitar a
"assimilação" do conhecimento; para outros como um mediador na construção
de estruturas mentais; ainda para outros como uma "ferramenta cognitiva" que
funciona como um mediador do processo de aprendizagem. (Revista
Portuguesa de Educação).
As pesquisas realizadas, no campo da Geografia, para estudar o espaço
geográfico, compreender e explicar a realidade, sua complexidade e
dinamismo, contam com instrumentos do meio técnico e científico, como as
tecnologias do sensoriamento remoto e da informática e, em particular, os
Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que modificaram a forma de
analisar o espaço. Contudo, na educação as mudanças não ocorrem de forma
tão rápida quanto na tecnologia, gerando um distanciamento a ser superado
(Maio). É fato que a informática está cada vez mais presente na vida escolar,
seja pela Internet ou noutros meios digitais.
Hoje, encontram-se disponíveis e livres na Internet imagens de satélites e
sistemas de informações geográficas, mas sua utilização é ainda limitada no
ambiente escolar. Em se tratando de novas tecnologias, com finalidade
didáctica, constata-se a escassez de material preparado especificamente para
o ensino no país, apesar dos currículos escolares incentivarem o
desenvolvimento de competências para obtenção e utilização de informações
por meio do computador e a sensibilização dos alunos para a presença de
novas tecnologias no quotidiano (Angop, 2015).
O sensoriamento remoto, como uma tecnologia de aquisição de dados da
superfície terrestre, é uma importante ferramenta para a identificação,
monitoramento e análise dos problemas ambientais; portanto, é relevante
contemplar essa tecnologia na educação básica.
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2.2. EDUCAÇÃO, E A IMPLEMENTAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
NO ENSINO GEOGRAFIA.
As recentes inovações tecnológicas atingem todos os aspectos da vida do
homem contemporâneo. As novas possibilidades de comunicação demandam
uma dinâmica de tempo e espaço que ultrapassam fronteiras. Neste contexto,
a imagem tem feito parte do nosso quotidiano como uma das ferramentas mais
importantes da comunicação. O processo de globalização, aliado e
impulsionado pela revolução técnico-científica, disponibilizou um arsenal de
produtos que permitem a aquisição de representações cartográficas cada vez
mais aprimoradas em técnica e exactidão. A Geografia, ciência que trabalha
com o espaço, oferece ao ser humano a possibilidade de um planejamento de
suas intervenções na natureza e assim minimizar a degradação ambiental.
Esse conhecimento, aliado aos instrumentos de gestão disponíveis, permite
explorar e dominar esse espaço de acordo com interesses individuais e
colectivos.
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que modificaram a forma de
analisar o espaço. Contudo, na educação as mudanças não ocorrem de forma
tão rápida quanto na tecnologia, gerando um distanciamento a ser superado. É
fato que a informática está cada vez mais presente na vida escolar, seja pela
Internet ou outros meios digitais. Hoje, encontram-se disponíveis e livres na
Internet imagens de satélites e sistemas de informações geográficas, mas sua
utilização é ainda limitada no ambiente escolar. Em se tratando de novas
tecnologias, com finalidade didáctica, constata-se a escassez de material
preparado especificamente para o ensino no país, apesar dos currículos
escolares incentivarem o desenvolvimento de competências para obtenção e
utilização de informações por meio do computador e a sensibilização dos
alunos para a presença de novas tecnologias no quotidiano (Maio).
A tecnologia espacial integrada à informática possibilita o surgimento e a rápida
divulgação de um novo suporte para comunicação e produção de
conhecimento, pois além de permitir a construção de imagens do passado,
torna possível a simulação de imagens do futuro. Para Santos (1999), essas
tecnologias buscam eficiência no processo de armazenamento de informação
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(memória) para comunicação e construção de modelos cognitivos que,
segundo Levy (1993), são relacionados às três fases da trajectória humana:
a)Oralidade.
b)Escrita.
c) Informática.
A grandeza da informática, segundo Almeida & Fonseca Júnior (2000),
não está em sua capacidade de aumentar o poder centralizado nem na
sua força para isolar as pessoas em torno da máquina, mas sim no
campo da cooperação, da amizade, na criação e desenvolvimento de
actividades em parcerias por meio da Internet. Esses autores ressaltam
que "um acelerado processo de digitalização de toda a informação
produzida até hoje vem garantindo a disponibilidade do acervo cultural
da humanidade para todos os que têm acesso à Internet.
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3. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O CORRECTO USO DAS NTCI.
Quanto à formação do professor, reafirmamos que o domínio das novas
tecnologias educativas pelos professores garante uma utilização e escolha
mais correctas do que usar em sala de aula, sobrepondo-se às imposições
sociopolíticas das invasões tecnológicas de forma indiscriminada. A autora
sugere, para a minimização dessa questão, que os professores também
assumam um papel na equipe produtora dessas novas tecnologias educativas.
Para isso, a escola deve se adaptar, criando mecanismos nos quais se inclua
tempo para o professor pesquisar e trocar experiências com seus pares.
Isso proporcionará aos professores novas competências, ao lado do saber
científico e do saber pedagógico, sendo-lhe oferecida "a capacidade de ser
agente, produtor, operador e crítico das novas tecnologias educativas" (Revista
Portuguesa de Educação).
Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim,
como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar
inserido em actividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever,
compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais
etc. E, nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a
questões ligadas não só a qualidade do ensino mas como também à
cidadania(ANGÉLICA CARVALHO DE MAIO,ALBERTO SETZER,, 2011).
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3.1. A INTERATIVIDADE, O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS
DIGITAIS.
(SILVA, 1998) cita que, segundo Pierre Levy, até meados da década de 70, o
computador era uma máquina binária, rígida, restrita e centralizadora, mas que
depois passou a incorporar a tecnologia do hipertexto, criando interfaces
"amigáveis". O autor julga importante verificar a disposição para a
interactividade contida nas novas tecnologias da comunicação, percepcionando
o computador, o CD-ROM e demais mecanismos de armazenagem de dados
digitais como tecnologias que estão introduzindo mudanças profundas no modo
de organizar, de produzir e de consumir informações. São fortes ferramentas
que permitem ao usuário ampla mobilidade para fazer múltiplas conexões em
tempo real. No computador, a informação não é sequencial e o contacto do
usuário com ela é absolutamente aleatório, conforme o autor, já que tem
liberdade para "navegar" no mar de informações armazenadas. O caminho e as
conexões são feitos por ele, e isto torna o computador, com sua estrutura
hipertextual, um sistema interactivo, ainda que limitado. Qualquer reflexão séria
sobre os sistemas de educação e formação na cibercultura deve apoiar-se
numa análise prévia da mutação contemporânea da relação humana com o
saber. Sobre isto, a primeira constatação envolve a velocidade do surgimento
e da renovação dos saberes e do know-how.
De acordo com o autor, pela primeira vez na história da humanidade,
competências práticas adquiridas no início do percurso profissional de uma
pessoa estarão obsoletas no final de sua carreira.
A segunda constatação se refere à nova natureza do trabalho, onde o
crescimento da parte de transacção de conhecimentos não para.
Uma terceira Educação, Geografia e o desafio de novas tecnologias uma
constatação diz respeito ao ciberespaço que suporta tecnologias pro-intelecto
que contribuem na ampliação, exteriorização e alteração de muitas funções
cognitivas humanas: a memória (bancos de dados, hipertextos, arquivos
digitais de todas as ordens), a imaginação (simulações), a percepção (sensores
digitais, tele-presença, realidades virtuais), os raciocínios (inteligência artificial,
modelagem de fenómenos complexos). Estas tecnologias intelectuais
favorecem novas formas de acesso à informação, tais como: navegação
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hipertextual, procura por informações em sistemas de busca, exploração
contextual por mapas dinâmicos de dados, novos estilos de raciocínio e
conhecimento, como a simulação (que seria uma industrialização da
experiência de pensamento, que não pertence nem à dedução lógica, nem à
indução a partir da experiência); o autor considera que, dentre os novos
géneros de conhecimento carregados pela cibercultura, a simulação ocupa um
lugar central. No campo da cartografia, o computador não é apenas uma
ferramenta para acelerar a criação de mapas de papel: ele representa um meio
diferente de visualizar e interagir com mapas e de repensar como os mapas
são apresentados.
EX: Segundo Peterson (1995), um produto cartográfico que permite
interacções com o usuário é um mapa interactivo, ou seja, é uma forma de
apresentação cartográfica assistida por computador que tenta imitar os mapas
mentais, uma habilidade humana de visualizar lugares e distribuições(1). O
autor diferencia visualização cartográfica e sistema de informação geográfica.
Neste último, as análises espaciais são resultados de processos automatizados
de manipulação dos dados geográficos; já naquela, as análises baseiam-se na
visualização de imagens através de ferramentas computacionais com as quais
o próprio usuário apresenta o mapa da maneira como deseja. No caso de
haver mecanismos de interacção com a base de dados, existem recursos do
tipo: visualizar diferentes aspectos de um mesmo fenómeno, observar as
informações em diferentes escalas, escolher os signos para visualizar as
feições, visualizar uma área de diferentes pontos de vista ou rotacionar o
mapa. Na Internet, cresce o número de SIGs Web disponíveis — como
exemplos: o SIG Web do INE, que permite visualizar a densidade populacional
e urbanística da província do Huambo (http://mapas.NASA/googlehearth.com).
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4. IMPORTÂNCIA DAS NTCI (SIG) NA EDUCAÇÃO
A utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC), no sistema
educativo deve visar um horizonte de actuação dos professores que não se
limita à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização
tecnológica escolar, através dos meios informáticos. As TIC têm um papel
profundo na educação. Elas proporcionam: Novos objectivos para a educação
que emergem uma sociedade de informação e da necessidade de exercer uma
cidadania participativa, critica e interveniente; .Novas concepções acerca da
natureza dos saberes, valorizando o trabalho cooperativo; . Novas vivências e
práticas escolares, através do desenvolvimento de interfaces entre escolas e
instituições, tais como bibliotecas, museus, associações de apoio à juventude,
entre outros; Novas investigações científicas em desenvolvimento no ensino
superior, entre outros. È indispensável ter presente a utilização das TIC na
educação porque estas consistem em escolarizar as actividades que têm lugar
na sociedade, procurando adapta-las aos seus objectivos. As TIC, na
educação, permitem uma compreensão profunda do mundo em que vivemos
enriquecendo o conhecimento.