Renha crítica GEOGRAFIA, ESCOLA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
MARTA MARIA DOS SANTOS GONÇALVES
Turma: 03
Resenha Crítica do livro
GEOGRAFIA, ESCOLA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Lana de Souza Cavalcanti
Papirus Editora. 2011 (318ª Ed.). 192p.
Rio de Janeiro
Julho/2013
2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Prof. Hugo Heleno
Ensino de geografia aplicada aos anos iniciais do ensino fundamental de crianças, jovens e
adultos- UERJ - 1º Sem.2013.
MARTA MARIA DOS SANTOS GONÇALVES
Resenha Crítica do livro
Geografia, escola e construção do conhecimento
Lana de Souza Cavalcanti1
.
Trabalho apresentado à disciplina geografia
aplicada aos anos iniciais do ensino fundamental
de crianças, jovens e adultos- UERJ ministrada
pelo Prof. Hugo Heleno, como requisito parcial à
obtenção de nota.
Rio de Janeiro
Julho/2013
1
Doutora em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1996) e pós-
doutorado na Universidade Complutense de Madrid/Espanha.Professora associada da Universidade Federal
de Goiás
3. INTRODUÇÃO
Esse livro destaca as práticas pedagógicas no ensino de geografia a partir de suas
categorias centrais (sociedade, território, lugar e paisagem). Trata-se de um estudo sobre os
processos envolvidos na construção de conhecimentos geográficos por alunos de 5ª e 6ª séries
do ensino fundamental.O livro está organizado em quatro capítulos que tratam
sequencialmente de: Ciência geográfica e ensino de Geografia; O conhecimento geográfico
através de representações sociais de determinados conceitos elementares; Geografia escolar e
a construção de conceitos de ensino; Proposições metodológicas para a construção de
conceitos geográficos no ensino escolar.
A autorainicia fazendo importantes reflexões sobre a construção de conhecimentos
geográficos na escola. Destacando a necessidade de“apreensão da realidadesob o ponto de
vista da espacialidade, ou seja, de compreensão do papel do espaço nas práticas sociaise
destas na configuração do espaço”, A especialidade em que os alunos vivem na sociedade
atual (p.11).
No livro além de fazer uma abordagem dos objetivos específicos do ensino de
geografia no âmbito no ensino fundamental, Cavalcanti nos coloca a pensar sobre o papel dos
conteúdos científico e suas representações sociais frente à organização do trabalho escolar
desta disciplina numa perspectiva socioconstrutivista, apresentando os resultados de suas
pesquisas com professores e alunos do 5º e 6º ano do fundamental II.
Ciência geográfica e ensino de Geografia
Neste capítulo Cavalcanti discute os acontecimentos da sociedade na virada do
séculona qual ela chama de “uma nova era” que éresponsável pelas denominações dos
fenômenos socioeconômicos, culturais e políticos que caracterizam a sociedade
contemporânea.
É necessário pensarmos a geografia com a qual queremos trabalhar em sala de aula e
se essa geografia vai ou está influenciando a formaçãodo educando, do homem cidadão,
diante da modernização do trabalho e das mudanças constantes no espaço urbano.
De acordo com Cavalcanti (2011, p.16):
“A geografia defronta-se, assim, com a tarefa de entender o espaço
geográfico num contexto bastante complexo. O avanço das técnicas, a
maior e mais acelerada circulação de mercadorias, homens e ideias
distanciam os homens do tempo da natureza e provocam um certo
“encolhimento” do espaço de relação entre eles. Na sociedade
moderna, baseada em princípios de circulação e racionalidade, há um
domínio do tempo e do espaço, mecanizados e padronizados, que se
4. torna fonte de poder material e social numa sociedade que constitui à
base do industrialismo e do capitalismo (...)”
A importância da geografia escolar é indiscutível, para a formação do educando e para
a consolidação de uma sociedade sustentável. Há uma necessidade da definição da
metodologia a ser adotada em sala de aula. Aqui nós encontramos a ideia de redes sociais,
onde o sentido e a compreensão do mundo atual exige uma nova “conexão” espaço-tempo,
tornando-se assim uma só categoria para explicar a realidade.
A autora explica que o ensino de Geografia foi introduzido nas escolas com o objetivo
de contribuir para a formação dos cidadãos, cidadão aquele que é capaz de emitir opinião
sobre temas públicos no sentido de direcionar decisões políticas e como aquele que tem
conhecimento e acesso aos seus direitos e que admite e assume seus deveres. Cavalcanti faz
uma crítica a respeito dos conteúdos da matéria, que não basta somente ter o conhecimento
para se ensinar, concordamos com ela, não basta introduzir a Geografia na educação, tem que
buscar uma metodologia em que o aluno se sinta inserido, a partir daí o nível de aprendizagem
será bem melhor.
Fechando este capítulo, a autora fala o queo papel do ensino, parte principalmenteda
mediação docente, que deve ter como objetivo promover o encontro dos conceitos científicos
e conceito cotidianos possibilitando assim o desenvolvimento intelectual.
O conhecimento geográfico através de representações sociais de representações
sociais de determinados conceitos elementares
O propósito deste capítulo foi investigar como se dá a compreensão das representações
sociais para compreender os caminhos da prática do ensino de Geografia. Para obter estas
informações importantes para o ensino de Geografia, a autora lançou mão de alguns recursos
tais como: registros de observações de aulas nas classes dos alunos pesquisados; questionários
aplicados; atividades de grupo e entrevistas. A partir dessa pesquisa vemos quebusca pela
qualidade do ensino deve ser uma constante na vida do geógrafo-educador, quando se coloca
o uso dos recursos didáticos, tais como usados pela autora. Ao propor uma metodologia em
que o aluno se sinta inserido, o nível de aprendizagem pode resultar numa melhor
compreensão.
A autora pode compreender ao entrevistar os aluno e professores, que o ensino
tradicional é um ato mecânico e muitas das vezes não passa de decoreba, o aluno só estuda
para fazer prova, na realidade ele não aprendeu o verdadeiro sentido do ensino. Durante as
entrevistas a autora constatou as precariedades das condições de trabalho do magistério e os
problemas referentes a manejo de classe, isso foi constatado pela autora pela falta de
formação de algumas das professoras que possuíam apenas a formação básica. Ela também
traz as concepções de algumas das professoras a respeito de concepções de sociedade:
“Então, tipo assim, a sociedade ela é muito complexa no seu contexto pela dificuldade de
5. aceitarem alguns aspectos certas questões... mas talvez a maneira de visão do mundo não
deixa que eu tenha uma mesma concepção de „valores‟”. A autora faz a análise de que o
conceito das representações da sociedade feitas pelos alunos e professoras são diferentes, fica
claro pois os alunos não tem formação para elaborar um conceito tão genérico.