EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EG White herética guarda sábado
1. A herética guarda do sábado de EG White
Nas obras de EG White há muitas invencionices acerca da guarda do
sábado. Ela chega a considerar a observância do sábado necessária para
confirmar a salvação dos que creem em Jesus Cristo! A sabadolatria, sem
dúvida, é uma das maiores heresias do adventismo do sétimo dia. Ellen G.
White afirmou, em sua obra mais famosa, que a desobediência ao quarto
mandamento do Decálogo é a causa de existirem tantos pecadores no
mundo: “Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos
e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de
reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo”
(WHITE, p. 436). Então, por que a Bíblia não diz, em 2 Coríntios 5.17:
“Quem guarda o sábado nova criatura é”? O que liberta o ser humano do
poder do pecado e lhe outorga uma nova vida é o estar em Cristo (2 Co
5.17), e não a guarda do sábado.
Em outra obra, Patriarcas e Profetas, a senhora White asseverou: “o
sábado é um sinal do poder de Cristo para nos fazer santos. E é dado a
todos quantos Cristo santifica. Como sinal de Seu poder santificador, o
sábado é dado a todos quantos, por meio de Cristo, se tornam parte do
Israel de Deus”; frase citada no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo
Dia (REID, p. 591). Nesse caso, os cristãos que não guardam o sábado não
podem ser verdadeiramente santos? Não são mais o sangue de Jesus, a
Palavra de Deus e o Espírito Santo que nos santificam? Outra invencionice
sabadolátrica da senhora White diz respeito ao ministério terreno do
Senhor Jesus: “Cristo, durante Seu ministério terrestre, deu ênfase aos
imperiosos reclamos do sábado; em todo o Seu ensino Ele mostrou
reverência pela instituição que Ele mesmo dera” (REID, p. 590).
2. A bem da verdade, o Senhor Jesus nunca ensinou a guarda do sábado! No
Sermão da Montanha (Mt 5-7) nada foi dito a respeito da guarda do
sábado. E olha que o Senhor aludiu ao Decálogo várias vezes! Ele só falou
do sábado quando foi confrontado pelos fariseus (Mt 12.1-14). Jesus disse
que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade (Jo
4.23,24). Mas a senhora White acrescentou: “os adoradores de Deus se
distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento — dado
o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu
direito à reverência e homenagem do homem” (WHITE, p. 445).
Aliás, Ellen G. White, em sua tentativa de sacralizar ou endeusar o sábado,
acrescentou várias palavras à revelação divina contida em Gênesis: “O
sábado foi confiado a Adão, pai e representante de toda a família humana.
[...] A instituição do sábado, que se originou no Éden, é tão antiga como o
próprio mundo. Foi observado por todos os patriarcas, desde a criação”
(REID, p. 589). Ela também disse: “o sábado foi guardado por Adão em sua
inocência no santo Éden; por Adão, depois de caído mas arrependido,
quando expulso de sua feliz morada. Foi guardado por todos os patriarcas,
desde Abel até o justo Noé, até Abraão, Jacó” (WHITE, p. 453). Onde está
escrito, em Gênesis, que Adão, Enoque, Noé, Abraão, Isaque e Jacó
guardaram o sábado?
Quando Deus ordenou que Adão e seus descendentes deveriam guardar o
sábado? Em Gênesis 2.1-3 está escrito que o Senhor, após ter concluído a
obra da Criação, abençoou e santificou o sétimo dia. Mas isso não significa
que Ele instituiu, ali, um mandamento eterno para toda a humanidade.
Isso é uma grande invencionice da “profetisa” Ellen G. White, dos
3. pregadores e telepregadores da sabadolatria. A senhora White afirmou
que, ao ser proclamada a lei, no Sinai, “as primeiras palavras do quarto
mandamento foram: ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx
20:8), mostrando que o sábado não foi instituído ali; aponta-se-nos a sua
origem na criação” (REID, p. 589).
Ora, a instituição da guarda do sábado para os israelitas ocorreu após a
saída do Egito — e, por isso, é mencionada em Êxodo 16 —, antes,
portanto, do Sinai. Daí o Senhor ter dito: “Lembra-te”. Mais uma vez a
senhora White, valendo-se da eisegese, falsifica a Palavra de Deus (cf. 2 Co
2.17). Segundo a Bíblia, a instituição da guarda do sábado ocorreu após a
saída do povo de Israel do Egito: “E ele [Moisés] disse-lhes [aos israelitas]:
Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do
SENHOR” (Êx 16.23). Aqui, vemos a primeira menção, no Pentateuco, à
guarda do sábado. O mandamento da guarda do sábado está, claramente,
ligado à libertação do Egito (Dt 5.15). Segue-se que a guarda do sábado foi
dada exclusivamente a Israel e os estrangeiros que habitassem em sua
terra (Êx 20.1,2,8; 31.13; Is 56). O fato de o Criador ter santificado e
abençoado o sábado após a Criação não denota que Ele tenha ordenado
que o sétimo dia, a partir daquele momento, deveria ser guardado por
Adão e sua descendência. A única ordenança de Deus para o homem, em
Gênesis 2, foi esta: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia
em que dela comeres, certamente morrerás” (vv.16,17).
Finalmente, a “profetisa” Ellen G. White disse, com base em Apocalipse
11.19, que os dez mandamentos estão guardados dentro da arca, no Céu,
e que a guarda do sábado jamais foi abolida. E acrescenta: “Não puderam
4. achar nas Escrituras prova alguma de que o quarto mandamento tivesse
sido abolido, ou de que o sábado fora mudado” (WHITE, p. 433). Ora, o
Decálogo faz parte da lei mosaica. E esta foi, sim, abolida, após a
manifestação em carne do Senhor Jesus e sua obra expiatória (Jo 1.14-17;
Lc 16.16; Rm 10.4; Cl 2.14-16). Que Deus nos guarde da sabadolatria e de
todas as formas de idolatria (Gl 5.20; 1 Co 5.11; 10.7,14; 1 Jo 5.21). E que
observemos o primeiro e grande mandamento apresentado pelo Senhor
Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37).
Ciro Sanches Zibordi do site CPAD News com algumas adequações.
Referências
HANEGRAAFF, Hank. O Livro das Respostas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD,
2010. WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Santo André-SP: Casa
Publicadora Brasileira, 1975. REID, George W. (editor). Tratado de
Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira,
2011.