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O Brasil precisa de engenheiros
13-08-2010
* José Carlos Nunes Barreto
Uma das graves crises anunciadas está acontecendo no país a partir deste momento, quando voltamos a crescer: o
apagão da mão-de-obra especializada. E falo não só daquela de nível superior, e de excelência. É só darmos uma volta no
canteiro de obras que se formou nas cidades brasileiras com o boom da construção civil, e perguntarmos se falta
pedreiro, encanador, eletricista. A demanda suplanta em muito a oferta destes profissionais, o que eleva
extraordinariamente os seus ganhos e nos evidencia que, criada está uma nova bolha de crescimento, que terá de ser
contida com uma provável freada de arrumação no novo governo, seja ele de que partido for.
Tenho andado pelo Brasil com a delegação do MEC para autorizar cursos de engenharia, que estão sendo autorizados
agora às dezenas, porque precisamos de engenheiros para crescer nos próximos vinte anos, e não os temos na praça
porque houve miopia dos dirigentes deste País.Basta verificar: formamos menos de 10% do total de universitários com
esta especialidade.E durante duas décadas descartamos o capital humano formado em engenharia.
Houve na década de oitenta - quando com muita honra fui dirigente do sindicato de engenheiros do estado de SP,
representando a baixada santista, época em que LULA estava despontando como líder em São Bernardo do Campo-
desespero geral desses profissionais, aos quais tivemos de prestar assistência jurídica e psicológica, e, como crise é
sinal de oportunidade, muitos fizeram fortuna, se transformando em prósperos empresários, como aquele que criou uma
lanchonete em plena avenida Paulista com o sugestivo nome :“ O engenheiro que virou suco”.
Todavia estes são os 20% do 80/20, pois a maioria teve muita dificuldade na vida, pela própria formação do
engenheiro,rígida e cartesiana,não aprenderam outra coisa, ficaram deprimidos, sós, e alguns se mataram das formas
mais inteligentes possíveis.
E hoje fazem falta, num mercado que está agora, segundo o CREA, chamando de volta até os engenheiros velhinhos
e aposentados.
O cuidado com o capital humano deste país está fora do debate dos presidenciáveis, engessamento que não esconde
o despreparo para gerir o que ainda está por vir. Ninguém fala, mas eu sou bem informado pela minha função, e preciso
dividir isso com meus leitores: Estamos importando engenheiros chineses, indianos e até americanos e ingleses (de
novo).
Não dá pra fazer trem bala, copa do mundo e olimpíada sem engenheiros, e não formamos engenheiros suficientes, e
pior, algumas vezes formamos mal esses engenheiros por conta da má escola fundamental e básica que possuímos, e
por conta da ganância de uma parcela de empresários do ensino - responsáveis por 75% do resultado, que cortam
custos, onde nunca deveriam, ou seja na contratação de mestres e doutores.O CONFEA e o MEC calculam que
precisaríamos hoje formar pelo menos quatro vezes mais engenheiros do que formamos atualmente.
Como fez a Coréia do Sul, que há 20 anos tinha o mesmo PIB per capita que o nosso, e graças a esse investimento,
nos deixou comendo poeira. Alguma novidade nisso? Claro que não. O Japão fizera isso no século passado, a
Alemanha também. O Chile está fazendo neste século. E existe assunto mais importante a ser debatido na televisão
entre os presidenciáveis?
* Professor doutor
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O brasil precisa de engenheiros

  • 1. O Brasil precisa de engenheiros 13-08-2010 * José Carlos Nunes Barreto Uma das graves crises anunciadas está acontecendo no país a partir deste momento, quando voltamos a crescer: o apagão da mão-de-obra especializada. E falo não só daquela de nível superior, e de excelência. É só darmos uma volta no canteiro de obras que se formou nas cidades brasileiras com o boom da construção civil, e perguntarmos se falta pedreiro, encanador, eletricista. A demanda suplanta em muito a oferta destes profissionais, o que eleva extraordinariamente os seus ganhos e nos evidencia que, criada está uma nova bolha de crescimento, que terá de ser contida com uma provável freada de arrumação no novo governo, seja ele de que partido for. Tenho andado pelo Brasil com a delegação do MEC para autorizar cursos de engenharia, que estão sendo autorizados agora às dezenas, porque precisamos de engenheiros para crescer nos próximos vinte anos, e não os temos na praça porque houve miopia dos dirigentes deste País.Basta verificar: formamos menos de 10% do total de universitários com esta especialidade.E durante duas décadas descartamos o capital humano formado em engenharia. Houve na década de oitenta - quando com muita honra fui dirigente do sindicato de engenheiros do estado de SP, representando a baixada santista, época em que LULA estava despontando como líder em São Bernardo do Campo- desespero geral desses profissionais, aos quais tivemos de prestar assistência jurídica e psicológica, e, como crise é sinal de oportunidade, muitos fizeram fortuna, se transformando em prósperos empresários, como aquele que criou uma lanchonete em plena avenida Paulista com o sugestivo nome :“ O engenheiro que virou suco”. Todavia estes são os 20% do 80/20, pois a maioria teve muita dificuldade na vida, pela própria formação do engenheiro,rígida e cartesiana,não aprenderam outra coisa, ficaram deprimidos, sós, e alguns se mataram das formas mais inteligentes possíveis. E hoje fazem falta, num mercado que está agora, segundo o CREA, chamando de volta até os engenheiros velhinhos e aposentados. O cuidado com o capital humano deste país está fora do debate dos presidenciáveis, engessamento que não esconde o despreparo para gerir o que ainda está por vir. Ninguém fala, mas eu sou bem informado pela minha função, e preciso dividir isso com meus leitores: Estamos importando engenheiros chineses, indianos e até americanos e ingleses (de novo). Não dá pra fazer trem bala, copa do mundo e olimpíada sem engenheiros, e não formamos engenheiros suficientes, e pior, algumas vezes formamos mal esses engenheiros por conta da má escola fundamental e básica que possuímos, e por conta da ganância de uma parcela de empresários do ensino - responsáveis por 75% do resultado, que cortam custos, onde nunca deveriam, ou seja na contratação de mestres e doutores.O CONFEA e o MEC calculam que precisaríamos hoje formar pelo menos quatro vezes mais engenheiros do que formamos atualmente. Como fez a Coréia do Sul, que há 20 anos tinha o mesmo PIB per capita que o nosso, e graças a esse investimento, nos deixou comendo poeira. Alguma novidade nisso? Claro que não. O Japão fizera isso no século passado, a Alemanha também. O Chile está fazendo neste século. E existe assunto mais importante a ser debatido na televisão entre os presidenciáveis? * Professor doutor Gazeta do Triângulo http://www.gazetadotriangulo.com.br/site Produzido em Joomla! Criado em: 6 September, 2010, 16:12
  • 2. debatef@debatef.com.br Gazeta do Triângulo http://www.gazetadotriangulo.com.br/site Produzido em Joomla! Criado em: 6 September, 2010, 16:12