1. Artigo sobre o Capitulo 2. O Universo do Reverendo Evans do livro “Breve História de Quase Tudo”
Diogo Alves, Luís Lopes, Pedro Machado, Sara Pires -12ºB
Supernova Ia
As descobertas dos caçadores de estrelas
Robert Evans, astrónomo e padre australiano reformado, foi um dos grandes observadores
dos céus noturnos à procura de supernovas e estrelas mortas. Hoje em dia sabemos que não existem
“estrelas mortas”. Uma estrela tem como motor a fusão nuclear, que ocorre no seu núcleo, onde
átomos de Hidrogénio são transformados em átomos de Hélio, quando este “combustível” acaba, a
estrela entra noutro ciclo tomando diferentes caminhos consoante o seu tamanho, pode transformar-
se numa anã branca, numa estrela de neutrões ou num buraco negro (se a massa da estrela for
superior a três massas solares).
Várias personalidades trabalharam, em contextos diferentes, para um melhor conhecimento
das supernovas: Chadwick, responsável pela descoberta do neutrão, Zwicky e Baade, que ficaram
reconhecidos pela introdução do conceito das estrelas de neutrões, Hoyle, que conseguiu relacionar
a explosão de supernovas com a formação de novos elementos, Perlumutter, que automatizou a
busca de supernovas e por ultimo o próprio Evans, que “caçava supernovas”.
Consegues imaginar ter que encontrar um ponto branco num céu onde já existiam tantos
outros? Esse era o dom de Evans, conseguir memorizar o céu estrelado que observas á noite.
Apesar de trabalhar em condições mais desfavoráveis em relação aos outros observadores,
Evans tinha resultados mais eficazes relativamente à descoberta de supernovas pois conseguiu
encontrar um maior número de supernovas num menor período de tempo. A verdade é que Evans
tinha grandes aspetos a seu favor: “tinha grande parte do céu só para ele” já que a maior parte dos
observadores estavam no hemisfério norte; tinha uma memória incrível e uma grande perícia em
manusear telescópios que o permitia observar um grande número de galáxias, ao contrário dos
outros profissionais.
A busca destes corpos celestes começou em 1930, por Zwicky, quando este propôs o termo
supernova. Ocorreu-lhe que se uma estrela colapsasse para uma densidade semelhante à do centro
de um átomo, formar-se-iam núcleos compactados. Os átomos seriam esmagados e os eletrões
formariam neutrões devido á sua proximidade ao núcleo, originando-se uma estrela de neutrões, que
após a explosão libertava grandes quantidades de energia. Por outro lado caso uma estrela de
neutrões encolhesse muito tornar-se-ia tão densa que nem a
luz conseguiria escapar á sua atração gravitacional e que
isso seria um buraco negro.
As supernovas surgem quando uma estrela gigante
cai e explode, libertando grandes quantidades de energia e
luz. O que as distingue das outras estrelas é o facto de
antes não existir nada naquela porção de espaço que
ocupam.
Zwicky não conseguia compreender as razões que
estavam por detrás de todos estes fenómenos, contudo foi
dos primeiros a reconhecer que não havia massa visível no
Universo capaz de manter as galáxias unidas e que por isso
outro fator contribuía para a manutenção da ordem no
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Diogo Alves, Luís Lopes, Pedro Machado, Sara Pires -12ºB
Universo - a matéria negra.
De forma a calcular a taxa de expansão do Universo e medir o brilho de outas estrelas
Perlmutter concluiu que podia usar as Supernovas Ia como estrelas padrão, pelo facto de
explodirem sempre da mesma maneira, acabando por desenvolver uma técnica capaz de utilizar
computadores e outros dispositivos para identificar com maior facilidade estas estrelas.
Contudo as supernovas eram algo mais complexas. Segundo Fred Hoyle, a explosão destas
geraria calor suficiente para criar novos elementos, que se espalhavam formando nuvens gasosas
que poderiam aderir a novos sistemas solares. Isto levou-nos à teoria que permite explicar a nossa
origem - a Teoria Nebular.
Já pensaste no que aconteceria se uma estrela explodisse perto da Terra? Na verdade, para a
explosão de uma supernova nos matar teríamos de estar muito perto. O problema é na verdade as
radiações que advém dessa explosão, que poderiam levar à destruição da magnetosfera, fazendo
com que os raios UV chegassem à superfície terrestre, visto que é esta que nos protege dos mesmos.
A observação do céu noturno levou a grandes descobertas. Cada vez que olhares para o céu
hoje, poderás ver as coisas de uma forma mais explícita, mas com noção que ainda há muito para
descobrir e compreender.