O documento descreve as origens e a evolução do Carnaval brasileiro ao longo da história. O Carnaval foi trazido pelos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII no Brasil e inicialmente se manifestou através do entrudo, uma brincadeira popular que envolvia jogar água ou outros líquidos nas pessoas. Ao longo do tempo, o Carnaval brasileiro desenvolveu formas próprias como o samba e os desfiles de escolas de samba.
origens do Carnaval - o Carnaval do Rio de Janeiro e do Recife
1. 1
Carnaval do Brasil
As origens da festa do
samba e do frevo
Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E
TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
2. • Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente coordenador da
licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e professor adjunto no ISLA Instituto
Politécnico de Gestão e Tecnologia, docente na Universidade Lusófona do Porto, Atua como
docente e investigador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da
Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado,
Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de
Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios Institucionales, UNED, Espanha,
investigador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de Investigação e
Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de
Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da
Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos
Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL
COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela
avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista
fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro,
Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
•https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue)
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•https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico)
•Email: artursantos.com.pt@gmail.com
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O Património Cultural do Carnaval Brasileiro
• É uma das expressões
populares mais
conhecidas do mundo:
o Carnaval do Brasil
envolve milhões de
foliões a cada ano e as
suas origens são tão
europeias como
indígenas.
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O Património Cultural do Carnaval Brasileiro
• Foi classificado em
2012 pela UNESCO
Património Imaterial da
Humanidade.
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• Mas como terá surgido
esta tradição mescla de
cor e som? E quando é
que o samba se tornou a
música oficial desta festa.
Que outras expressões
carnavalescas podemos
conhecer para além da
folia da “Cidade
Maravilhosa” como é
conhecido Rio de
Janeiro?
6. 6
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O Património Cultural do Carnaval Brasileiro
• Importa referir as
origens intemporais
desta manifestação
cultural mas também
religiosa.
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• As etimologias
populares afirmam que
a palavra vem da
expressão do latim
tardio carne vale, que
significa "adeus à
carne", significando o
período de jejum que
se aproxima.
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• A expressão carne
levare, a partir do
italiano, é uma possível
origem, que significa
"remover a carne", uma
vez que a carne é
proibida durante a
Quaresma.
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• Contudo, a sua origem
pode transportar-nos
até ao antigo Egipto, já
que entre os antigos
egípcios havia as festas
de Ísis e do boi Ápis;
entre os hebreus, a
festa das sortes;
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• Entre os gregos
antigos, as bacanais; na
Roma Antiga, as
Lupercais (festas de
pastores), as saturnais.
Festins, músicas
estridentes, danças e
disfarces
caracterizavam estas
manifestações da
antiguidade clássica.
11. 11
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• Por outro lado os celtas
gauleses tinham festas
análogas, especialmente
a grande festa do inverno
a que é marcada pelo
adeus à carne que a
partir dela se fazia um
grande período de
abstinência e jejum,
como o seu próprio nome
em latim "carnis levale" o
indica.
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• Outros estudiosos
defendem a origem do
nome romano para a
festa do Navigium Isidis
("navio de Isis"), onde a
imagem de Ísis era
levada à praia para
abençoar o início da
temporada de
navegação.
13. 13
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• O festival consistia num
desfile de máscaras que
seguia um barco de
madeira decorado,
possivelmente a origem
dos carros alegóricos
dos carnavais
modernos.
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• O Carnaval pode ser
considerado como um
rito de passagem da
escuridão para a luz, do
inverno ao verão (como
o candelmas ou Imbolc
celta): uma celebração
de fertilidade, a
primeira festa de
primavera do ano novo.
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• Atualmente, o carnaval
encontra-se inserido no
calendário cristão e
muitas das usas atuais
manifestações foram
introduzidas pela Igreja
ao longo dos séculos.
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• Algumas das tradições
mais conhecidas,
incluindo desfiles e
máscaras, foram
registradas pela
primeira vez na Itália
medieval.
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• O Carnaval de Veneza
foi, durante muito
tempo, o Carnaval mais
famoso (embora
Napoleão tenha abolido
a festa em 1797 e só
em 1979 a tradição
restaurada tenha sido
restaurada).
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• Durante o
Renascimento, nas
cidades italianas, surgia
a commedia dell'arte,
teatros improvisados
cuja popularidade
ocorreu até o século
XVIII.
19. 19
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• Em Florença, canções
foram criadas para
acompanhar os
desfiles, que contavam
ainda com carros
decorados, os trionfi.
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• Em Roma e Veneza, os
participantes usavam a
bauta, uma capa com
capuz negro que
encobria ombros e
cabeça, além de
chapéus de três pontas
e uma máscara branca.
•
23. 23
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• Da Itália, as tradições
do Carnaval
espalharam-se para
Espanha, Portugal e
França, e da França
para a América do
Norte.
24. • Carnaval de Pontevedra, com o louro Ravaxol, o “papagaio mais
famoso do mundo”
24
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• De Espanha e Portugal,
chegou com a
colonização às Caraíbas
e a América Latina
(Central e do Sul).
Cuba
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• Importa referir que o
Carnaval é uma
celebração móvel no
calendário gregoriano.
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• O Carnaval ocorre 47
dias antes da Páscoa,
em fevereiro,
geralmente, ou em
março. Conforme o
Cálculo da Páscoa,
ocorre próximo do dia
de Lua Nova.
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• Todas as datas da Igreja Católica
são calculadas em função da data
da Páscoa, com exceção do Natal.
Como o Domingo de Páscoa
ocorre no primeiro domingo após
a primeira lua cheia que se
verificar a partir do equinócio da
primavera (no hemisfério norte)
ou do equinócio do outono (no
hemisfério sul), e a Sexta-feira da
Paixão é a que antecede o
Domingo de Páscoa, então a
Terça-feira de Carnaval ocorre 47
dias antes da Páscoa.
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• Carnaval do Brasil
• O Carnaval foi trazido ao
Brasil pelos colonizadores
portugueses entre os
séculos XVI e XVII,
manifestando-se
inicialmente por meio do
entrudo, uma brincadeira
popular. Com o passar do
tempo, o Carnaval foi
adquirindo outras formas
de se manifestar, como o
baile de máscaras.
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• O surgimento dos
clubes carnavalescas
(as sociedades)
contribuiu para a
popularização da festa
entre as camadas
pobres.
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• O primeiro registro do
entrudo em terras de
Vera Cruz ocorre no ano
de 1533 com a chegada
dos primeiros colonos
portugueses à Capitania
de Pernambuco.
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• A festa da aclamação
de D. João IV, em 1641,
promovida pelo
governador Martim
Correia de Sá, no Rio de
Janeiro, também é
considerada uma
precursora do carnaval
brasileiro.
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• No Rio de Janeiro, tanto
os escravos quanto as
famílias de origem
europeia participavam
do entrudo. Os "limões
de cheiro", bolas de
cera que levavam em
seu interior água e, em
alguns casos, urina,
eram arremessadas das
janelas nos passantes.
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• A partir do século XX, a
popularização da festa
contribuiu para o
surgimento do samba,
estilo musical muito
influenciado pela
cultura africana, e do
desfile das escolas de
samba, organizações
que contaram com
apoio dos governos
populistas.
Quadro do século XIX representando a
realização do entrudo no Rio de Janeiro
35. 35
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• O entrudo brasileiro
começou por realiza-se
de diversas maneiras,
como manifestações de
sátiras públicas.
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• A forma mais conhecida
era o jogo das
molhadelas, realizado
alguns dias antes da
Quaresma e que
consistia numa
brincadeira de molhar
ou sujar as pessoas que
passavam pela rua.
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• No jogo das molhadelas,
produziam-se recipientes
que eram preenchidos de
determinado líquido.
Esse líquido poderia ser
aromatizado, mas
também poderia ser
malcheiroso e, neste
caso, o recipiente era
preenchido com água
suja de farinha ou café,
por exemplo, e até
mesmo urina.
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• Como era uma prática
muito popular,
sobretudo nos séculos
XVIII e XIX, essa
brincadeira era vista
como uma
oportunidade de renda
extra para muitas
famílias.
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• A brincadeira era tão
popular que até mesmo a
família real brasileira foi
adepta do entrudo.
Mesmo sendo popular, o
entrudo não agradava à
grande parte das elites
do Brasil (a partir de
1882), tanto que, ao
longo da nossa história,
diversos decretos contra
o entrudo foram
baixados.
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• Por incrível que possa
parecer, houve uma intensa
campanha contra o entrudo
no Brasil no século XIX.
Como resultado da
passagem da monarquia
para a república, da
atuação mais consistente
do Estado em ações de
gentrificação (expulsão das
camadas populares dos
centros das cidades) e da
repressão a manifestações
populares, a prática perdeu
forças no começo do século
XX.
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• Uma das grandes
responsáveis pelo
desenvolvimento da
campanha contra o
entrudo no Brasil terá
sido a imprensa elitista
que via nestas
manifestações um
sinónimo de
decadência da
sociedade.
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• No entanto, enquanto
que o entrudo era
reprimido nas ruas, a
elite brasileira criava os
bailes de carnaval em
clubes e teatros. No
entrudo, não havia
músicas, ao contrário dos
bailes da antiga capital
imperial, onde eram
tocadas, principalmente,
as polcas.
43. 43
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• Foi com a criação das
sociedades
carnavalescas no seio
da sociedade mercantil
brasileira que o
Carnaval ressurgiu.
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• No ano de 1840, a alta
sociedade carioca
começou a realizar bailes
de carnaval no Rio de
Janeiro. Inspirados nas
festas que aconteciam na
Europa, os encontros
eram regados a muita
bebida comida e ritmos
tipicamente europeus,
como a valsa, a
quadrilha.
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• O carnaval da capital
francesa foi um dos
elementos de
influência, fazendo com
que a folia do Rio de
Janeiro rapidamente
apresente bailes
mascarados aos moldes
parisienses.
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• Inicialmente promovidos
ou incentivados pelas
Sociedades Dançantes
que existiam na cidade
(como a Constante Polka,
por exemplo) esses bailes
acabariam por ser
suplantados pelos bailes
públicos, como o famoso
baile público do Teatro
São Januário promovido
por Clara Delmastro.
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• O grande sucesso dos bailes
acabaria por incentivar outras
formas de diversão, como os
passeios ou promenades. O povo
carioca assistia deslumbrado a
esses cortejos sem, entretanto,
se furtar a saudar com seus
limões de cheiro os elegantes
mascarados. A tensão decorrente
desse embate carnavalesco faria
com que a elite procurasse
organizar cada vez mais seus
passeios através da reunião de
um grande número de
carruagens e da presença
ostensiva de policiamento
incorporado aos desfiles.
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• Aos poucos essas
promenades acabariam
por adquirir uma certa
independência em
relação aos bailes até
que, em 1855, um grupo
de cidadãos notáveis
organizaria aquele que
ficou conhecido como o
primeiro passeio de uma
sociedade carnavalesca
por uma cidade
brasileira: o desfile do
Congresso das Sumidades
Carnavalescas.
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• O sucesso desse evento
abriria as portas para o
surgimento de dezenas
de sociedades
carnavalescas que, em
poucos anos, já
disputariam entre si o
exíguo espaço do
centro da cidade
durante os dias de
carnaval.
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• Atualidade
• O carnaval de rua do
Rio de Janeiro é
designado pela
Guinness World
Records como o maior
carnaval do mundo,
com aproximadamente
dois milhões de
pessoas por dia.
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• As escolas de samba
são grandes, entidades
sociais com milhares de
membros e um tema
para sua música e
desfile a cada ano. No
Carnaval do Rio, as
escolas de samba
desfilaram no
Sambódromo do Rio de
Janeiro, a Avenida
Marquês de Sapucaí.
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• Os turistas pagam entre 500 a
950 dólares, dependendo do
traje, para comprar um traje
de samba e dançar no desfile
juntamente com algumas das
mais importantes escolas:
GRES Estação Primeira de
Mangueira, GRES Portela,
GRES Imperatriz
Leopoldinense, GRES Beija-
Flor de Nilópolis, GRES
Mocidade Independente de
Padre Miguel e,
recentemente, GRES Unidos
da Tijuca e GRES União da Ilha
do Governador
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• De acordo com
informações veiculadas
pelo governo do Estado
do Rio de Janeiro, em
2012 a “indústria” do
Carnaval produziu um
bilião de dólares de
receitas”.
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• Outro carnaval
característico brasileiro
é o carnaval do Recife,
colorido pela típica
dança do Frevo,
classificada como
património Imaterial da
Humanidade em 2017.
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• O Carnaval do Recife
nasceu no final do Séc.
XVII, em organizações,
denominadas
Companhias, que se
reuniam para comemorar
a Festa de Reis. Essas
companhias eram
constituídas na sua
maioria de pessoas de
raça negra, escravos ou
não, que suspendiam
seus trabalhos e
comemoravam o dia dos
Santos Reis.
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• No Século XVIII
apareceu o Maracatu
Nação, chamado
Maracatu de baque
virado, que encenava a
coroação do Rei Negro,
o Rei do Congo. A
coroação era realizada
na Igreja de Nossa
Senhora do Rosário
(Igreja do Rosário dos
Pretos).
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• Com a abolição da
escravatura,
começaram a aparecer
agremiações
carnavalescas baseadas
nos maracatus
(manifestações de
ritmo musical, dança e
ritual de sincretismo
religioso) e nos festejos
dos Reis Magos.
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• O primeiro clube
carnavalesco de que se tem
notícia foi o Clube dos
Caiadores. No Século XX o
Recife já dispunha de
diversas sociedades
carnavalescas e recreativas,
entre elas dois clubes
(ainda hoje existentes): o
Clube Internacional do
Recife e o Clube Português
do Recife, inicialmente
denominado Tuna
Portuguesa, além da
Recreativa Juventude.
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• Grande manifestação do
carnaval pernambucano é a
dança do frevo, ritmo
musical e uma dança
brasileira com origem no
estado de Pernambuco. A
sua música baseia-se na
fusão de géneros como
marcha, maxixe, dobrado e
polca, e a sua dança foi
influenciada pela capoeira,
uma arte marcial disfarçada
de dança, originária nas
comunidades escravas
africanas.
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• A palavra frevo vem de
ferver, por corruptela,
frever, que passou a
designar: efervescência,
agitação, confusão,
rebuliço